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31/01/2022

Resposta ao Preconceito

Resposta ao preconceito


1. Eu sei que Macumba é o nome de uma árvore da qual se faz um instrumento de percussão com o mesmo nome, e que por consequência, macumbeiro seria quem toca o instrumento “macumba”. Também sei que este é um termo amplamente usado pejorativamente para designar trabalhos decorrentes de religiões afro-brasileiras, ou os denominados “despachos”. Mas uso aqui o termo “macumbeiro” de propósito, pra quebrarmos de vez esse preconceito tolo. Vou pra macumba, faço macumba, e isso não tem nada de mal. Não prejudico as pessoas, não amarro ninguém, sou a favor do amor e da felicidade. Talvez você, que use esse termo com a intenção de denegrir alguém, seja o tipo de pessoa que fere, machuca e maltrata os outros. Eu não sou.

2. Eu acredito num Deus único. Às vezes o chamo de Olorum, às vezes de Zambi, ou ainda de Pai Maior, de Criador Onipotente, de Nosso Pai. Às vezes o chamo simplesmente de Deus. Se você acha que o Deus da sua religião é diferente do da minha, quem acredita que existe mais de um Deus é você e não eu.

3. Eu não idolatro imagens. Não acho que a imagem que eu tenho no meu Terreiro ou na minha Casa é a própria divindade. Não sou idiota. Seria o mesmo que dizer que ao beijar uma foto, eu pense que estou beijando a própria pessoa. Não menospreze a minha inteligência.

4. Considero os Orixás como qualidades divinas, irradiações do Pai todo poderoso, que minha religião usa respeitosamente e didaticamente para que entendamos como essas manifestações atuam em nossas vidas. Não é fácil entender isso. Vá estudar a respeito, e quem sabe um dia possamos conversar de igual pra igual.

5. Se você acredita que alguém está passando por algum problema na vida (seja financeiro, de relacionamento ou de saúde) pelo simples fato de ser Umbandista , então provavelmente você é uma pessoa Milionária, que nunca sofreu nenhuma desilusão e nunca ficou (nem ficará) doente. Se não é o seu caso, nada justifica um pensamento tão absurdo como este. Reveja seus conceitos.

6. A minha religião não cultua o demônio e só faz o bem. Se você conheceu alguém que se denominava Umbandista e era do mal, saiba que isso é do indivíduo e não da Religião. Do mesmo modo, há padres promíscuos, pastores usurpadores, espíritas soberbos que não são capazes de doutrinar nem seus demônios internos, quanto mais os dos outros. Gente ruim há em todo o canto. Não culpemos a religião pelas maldades do ser humano.

7. Sei que isso é óbvio, mas quero deixar claro que a Umbanda é uma parte importante da minha vida, mas ninguém precisa ser da Umbanda pra ser meu amigo. O que precisa é me respeitar e respeitar a minha religião. O fato de não acreditar nas mesmas coisas que eu, não interfere em nossa amizade, desde que haja um respeito mútuo. Se minhas publicações em redes sociais o agridem, faça a gentileza de me excluir. Se minha religião o incomoda a ponto de você não conseguir conter a sua língua, favor me excluir também da sua vida. Está aí um cordão energético que não faço a menor questão de manter.

8. Se você sentir que algumas dessas palavras foram direcionadas a você, espero de verdade que elas toquem fundo o seu coração e lhe façam refletir.

9. Umbanda não é um balcão de negócios. Eu levo a sério a minha religião. Mas fique tranquilo: se um dia você precisar, pode procurar um Terreiro, pois não discriminamos ninguém. Com certeza você será bem atendido. Só prepare-se: as entidades falam o que você precisa ouvir, não necessariamente o que você quer escutar.

10. Independente da opinião de uns e outros, tento fazer a minha parte da melhor maneira possível. Na maioria das vezes erro, pois não sou perfeito. Mas estou firme em minha caminhada. A maioria dos críticos ácidos estão bem distantes da sua. Fica a dica.

Pra finalizar, agradeço por lerem meu desabafo. E a todos, independente da religião, desejo paz e luz na caminhada.

Axé à todos...

Autor desconhecido


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28/01/2022

A Umbanda é para Poucos

A Umbanda é para Poucos


Todos querem incorporar o Erê mais fofo, o Caboclo mais forte, o Preto Velho mais sábio, o Exu ou Pombagira mais "temível"...

Poucos incorporam as doutrinas, os ensinamentos, os alertas, os conselhos, as recomendações...

Todos querem fazer trabalhos nas matas, nas praias, nas montanhas, nos rios, nas estradas, no cemitério....

Poucos querem varrer o chão, tirar o lixo, lavar a louça, arrumar as cadeiras, justamente no Terreiro onde os Orixás, Guias e Protetores trazem sua luz...

Todos querem trabalhar com oferendas de velas, ervas, alguidares, elementos mágicos...

Poucos querem raspar a tábua, esvaziar os cinzeiros, lavar os alguidares, raspar o respingo de vela...

Todos querem aprender mirongas, banhos, encantamentos, fórmulas, pontos riscados...

Poucos querem respeitar a hierarquia, acatar as normas, saudar e respeitar o chão santo...

Todos querem ver, ouvir, sentir, receber intuição...

Poucos querem ouvir as razões, ver as fraquezas, sentir a sensibilidade, intuir as carências de seu irmão...

Todos querem firmar o congá, cruzar imagem, vestir o branco, cantar pontos, bater palma, riscar a tábua...

Poucos querem ter humildade, serenidade e sinceridade...

Todos querem a roupa mais vistosa, a Guia mais elaborada, o chapéu, o brinco, a capa, a saia, o instrumento mais exótico...

Poucos querem se vestir com a armadura da fé, se vestir com as armas da coragem... e pior ainda, não querem se despir do orgulho, da vaidade e da arrogância...

Todos querem, poucos fazem.

Todos querem, poucos recebem.

Todos reclamam, poucos aprendem.

Poucos olham pra dentro de si mesmos ou para o lado...

A UMBANDA quer ser para todos,

mas a UMBANDA, infelizmente, é para poucos...

A.D.




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25/01/2022

Seu Caminho é a Umbanda

Mensagem do Caboclo Tupinambá


Sim, sua vida espiritual vai bem à medida que você observa, analisa e lapida seu comportamento, suas ações, pensamentos e principalmente seus julgamentos, frequentemente precipitados e equivocados, a respeito das pessoas e daquilo que ainda está por vir...

Sim, seu caminho é a Umbanda enquanto você valorizar a experiência espiritual com os Orixás, Guias e Mensageiros do Astral que se desdobram em muitas formas para te auxiliar...

Seu caminho é e sempre será a Umbanda, enquanto você acender uma vela e sentir que ela fala contigo...
Enquanto você escutar o som do atabaque e seu corpo aquecer num compasso de vibrações e arrepios...

Enquanto você sentir o aroma das ervas transmutadas em fumaça ao contato com a brasa incandescente e for acometido da sensação de estar sendo transportado para outro lugar... 

A Umbanda continuará sendo seu caminho enquanto o brado dos Caboclos te arrepiar, o silêncio dos Pretos Velhos te emocionar, o gracejo dos Baianos te alegrar...

A sinceridade dos Exus te curvar, a simpatia das Pomba Giras te atrair e a ciranda dos Erês te relembrar que, apesar dos pesares, o mais importante é não perder a pureza das crianças... 

Sim, seu lugar é no Templo que frequenta, enquanto os espíritos regentes ainda forem referências de aprendizado, enquanto você sentir saudade ao final de cada gira...

Enquanto os objetivos espirituais e materiais também forem os seus objetivos...
Enquanto o sentimento de irmandade não se dissipar facilmente em momentos de atritos e conflitos naturais... 

Enquanto você preservar o respeito e lealdade ao seu Sacerdote...

Sr. Caboclo Tupinambá




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22/01/2022

Médium Esponja


A mediunidade empática é uma das habilidades mediúnicas mais difíceis de lidar. Pessoas com esse tipo de sensibilidade sofrem em dobro. E muitas nem sabem.

Será que é o seu caso? Você é um empata?
SE DESCOBRIR EMPATA É DIFÍCIL

Existem muitos tipos de mediunidade e quase todas elas se mostram de forma agressiva. Quem vê espíritos, vê espíritos. Quem ouve vozes, ouve o raio das vozes. É claro que pessoas assim podem ser diagnosticadas com esquizofrenia e outros transtornos, pois quase sempre a reação da família (na maior parte das vezes católica) é pensar que a pessoa sofre com algum desequilíbrio psíquico, então, ao invés do médium ser levado ao centro, ele acaba é no psiquiatra. Mas eles sabem que não estão loucos, sabem que algo diferente se passa com eles. Mas não os empatas. Eles apenas sentem. Sentem tudo. São tidos como muito intensos, sensíveis, frágeis. São considerados pessoas que não conseguem lidar com as emoções, pessoas instáveis. Mas na verdade eles são as pessoas que mais lidam com as emoções, deles mesmos e dos outros. Ser um empata significa ter a capacidade de perceber e ser afetado pelas energias de outras pessoas, dos ambientes e do mundo. Eles são as famosas “esponjas”.

Ser simpático ou ter empatia pelo outro não é ser empata. O empata (ou sensitivo) absorve emoções e energias de pessoas e ambientes, o que gera nele uma confusão emocional enorme. O empata também doa energia, pois ele funciona como um ponto de equilíbrio por onde passa. Se um empata convive com uma pessoa negativa, seja no trabalho ou na vida pessoal, essa negatividade vem para ele. Ele suga esse padrão energético e devolve energia sadia para a pessoa ou ambiente. Isso ocorre de forma espontânea, sem que eles se deem conta. É aquela dor de cabeça que aparece do nada, o estômago que fica atacado, uma fadiga que surge sem explicação, uma coluna que sai totalmente do eixo. Mudanças de humor também castigam os empatas. Se algo acontece no mundo, eles recebem essa carga mesmo que não façam ideia do que está se passando. 

Além da tristeza, ansiedade e outras sensações desagradáveis, o empata sofre com sintomas físicos para os quais nunca encontra uma causa. Fazem exames que nunca acusam nada. E como é uma mediunidade que se expressa através das emoções, é muito difícil identificar esses casos e conseguir receber uma orientação correta e apoio nessa jornada. 

Quase todos os empatas se descobrem empatas sozinhos, estudando, buscando por informações e soluções quando já não sabem mais para onde correr, quando não aguentam mais sofrer.

Se descobrir sensitivo e estudar essa forma de mediunidade é essencial inclusive para a saúde dos empatas. As relações ficam melhores, a forma como encaram as situações se transformam e a vida fica mais fácil. 

Desenvolver a consciência através do autoconhecimento é o caminho das pedras que pode mudar a vida das pessoas com esse tipo de mediunidade.


SENTIR O MUNDO NÃO É FÁCIL


Se antes da pandemia o mundo já não era um local de paz, agora com esse vírus a solta o padrão vibratório do planeta não está dos melhores. E o que acontece com os empatas? Eles sentem tudo isso. Sentem a aflição dos doentes, sentem o desespero das famílias, o medo generalizado, a insegurança com relação ao futuro. Sentem a raiva das pessoas, a ira, o ódio. Sentem tudo que você está sentindo agora, só que dobrado. Eles sentem espiritualmente, não racionalmente. Pessoas sem essa habilidade primeiro entendem uma situação, depois sentem a emoção relacionada a essa situação. O empata não, primeiro ele sente a situação. Depois, com alguma sorte, ele consegue racionalizar os acontecimentos.
Um sensitivo dessa linha vai alcançar informações a seu respeito que você pensa esconder. Seu dom primário é a compreensão divina da psicologia humana! Isso lhes dá a capacidade de saber quando alguém está fingindo, mentindo, ou simplesmente não são quem eles disseram que eram. Algumas pessoas boas têm intenções cruéis e os empatas podem reconhecer isso. Imagina como é difícil levar a vida com essa avalanche de sensações? O tempo inteiro? Perceber o interior das pessoas e as intenções que elas têm é muito complicado, exige uma maturidade emocional e espiritual muito grande. E a pandemia não está facilitando em nada a vida dessas pessoas.


EMPATAS SIMPLESMENTE SABEM


Os sensitivos sabem coisas sem que elas lhe sejam ditas. É uma capacidade que vai além da intuição. Seja sobre coisas do mundo, seja sobre pessoas, eles sempre têm a resposta. Ela brota, emerge, aparece na cabeça.


AGLOMERAÇÕES ENLOUQUECEM O EMPATA


Estar em locais públicos é muito desconfortável, pois ter muitas pessoas ao redor traz ao sensitivo muitas emoções ao mesmo tempo. É uma “interferência mental” que incomoda pessoas com esse tipo de mediunidade, então, é comum um empata não gostar de estar em locais muito cheios. Multidões então nem se fala.


O OUTRO É TRANSPARENTE


É exatamente isso que acontece: o empata faz uma leitura emocional do outro, como se pudessem enxergar dentro do outro. As máscaras sociais não funcionam com eles. Este é o grande traço dos empatas. Eles podem sentir emoções daqueles que estão perto e também de pessoas distantes. Você pode ter um lindo sorriso no rosto, mas se por dentro não estiver bem, o empata vai perceber.


TELEVISÃO É UM TORMENTO


Assistir violência, crueldade, tragédias ou notícias tristes e impactantes é insuportável para um empata. A reação deles é de emoção profunda, podendo até apresentar sintomas físicos. Quase sempre um empata precisa se afastar das notícias e evitar filmes e leituras muito fortes. Eles precisam escolher com muito cuidado o que consomem.


IDENTIFICAM A MENTIRA


Mentir para um empata é uma péssima ideia. Eles sabem quando alguém está mentindo ou não está sendo completamente honesto. São as intenções que contam, como vibramos. É isso que os empatas acessam. É impossível esconder as emoções de um empata ou tentar enganá-lo.


TOMAM AS DORES DOS OPRIMIDOS


Onde há opressão, lá está o empata. Qualquer um em sofrimento, dor emocional, vítima de injustiça ou intimidado, chama a atenção e a compaixão de um empata, que sempre vai agir em defesa dessas pessoas. São pessoas que se colocam contra qualquer tipo de agressão (física, emocional, verbal, moral) e sentem como se fosse com eles. Eles simplesmente não toleram injustiças, bullying, preconceitos, nada que humilhe e cause dor no outro.


FUNCIONAM COMO “MURO DAS LAMENTAÇÕES”


Empatas ouvem muito “não sei porque estou te contando isso” ou “nunca contei isso para ninguém”. A energia do empata é tão agradável que até mesmo desconhecidos se sentem seguros e à vontade para desabafar e falar de suas dores e problemas. Quando o empata sabe lidar com isso é ótimo, pois ele se torna um instrumento de ajuda divina para o outro. Porém, quando não está preparado, esse tipo de sensitivo pode acumular emoções e problemas que não são seus, sem saber como lidar com essas questões.


COMPORTAMENTO DESTRUTIVO


Viver em chamas não é fácil. Então, o empata tende a querer aliviar esse mal-estar, e pode acabar enveredando por um caminho destrutivo. No desespero de bloquear as energias dos outros e se proteger, para se “sentir” tanto, o empata pode recorrer ao álcool, tabaco e outras drogas para aliviar essa enxurrada de emoções e sentimentos.


DIAS DA SEMANA QUE AFETAM O HUMOR


Um empata sentirá o “sentimento de sexta-feira” ou “a melancolia do domingo”, pois captam a energia do coletivo. Nesse caso não é preciso ser empata para sentir que um domingo tem cara de domingo e, quando ele começa a terminar, bate aquela sensação de “amanhã começa tudo outra vez”. É que o empata sente de forma mais intensa essa sensação. O mesmo ocorre para datas comemorativas como Natal ou Páscoa, épocas em que, mesmo que o empata racionalmente pense não ter importância, no dia ele é tomado pela emoção coletiva do momento.


EMPATAS AMAM A NATUREZA


Estar rodeado de natureza ou na presença de animais são como bálsamos para um empata. Se eles sentem as energias de tudo, sentem também a vibração divina que emana da natureza e dos animais. Empatas realmente adoram essa conexão e se sentem revigorados quando podem trocar energia com a natureza.


SINTOMAS FÍSICOS QUE OS EMPATAS SENTEM


Se você apresenta um ou mais desses sintomas constantemente e não existe uma razão médica para eles, pode ser que sua dor física seja energia acumulada que você absorveu do mundo!


DISTÚRBIOS DIGESTIVOS


O chakra do plexo solar no abdômen é conhecido como a sede das emoções. Este é o lugar onde os empatas sentem as emoções dos ambientes, as suas próprias e também dos outros. Eles têm uma tendência a enfraquecer a área e apresentar sintomas gástricos como dor, gastrite, úlcera, má digestão, sensação de bolo no estômago. Toda a região gástrica fica afetada, pois é pelo chakra localizado ali que o empata absorve energias.

Guta Monteiro

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26/12/2021

Assentamento na Umbanda

Assentamento na Umbanda


O assentamento é uma força extrema e assentada, enraizada, plantada, que ficará ali pelo tempo desejado por quem assentou, ao contrário do firmamento, que ficará ali enquanto uma vela estiver acesa, por exemplo, ao se findar essa vela o firmamento se finda.

O assentamento é uma base bem estruturada e bem sustentada para dar força aos trabalhos espirituais, normalmente o assentamento é a força de sustentação do templo de Umbanda, que auxilia no recebimento de pessoas.

Nos terreiros estruturados se faz uso normalmente de dois principais assentamentos, que são o assentamento do Gongá e o assentamento da Tronqueira.

Esses dois pontos dos terreiros são de extrema importância, pois a Tronqueira que fecha a entrada do terreiro, afastando todo e qualquer tipo de espírito sem luz que possa ter a intenção de atrapalhar os trabalhos, e o assentamento do Gongá é para que todos os filhos tenham um apoio espiritual do dirigente da casa, fazendo assim um bom trabalho junto as Entidades de Luz.

No Gongá se faz normalmente o assentamento para o Orixá de frente do seu dirigente encarnado, Pai, Mãe de Santo, responsável pela casa.

Na Tronqueira se faz os assentamentos para o Exu ou Pombo Gira do dirigente da casa, ou seja, para os Guardiões que acompanha esse Zelador.

O assentamento de um terreiro, ou casa, ou templo de Umbanda pode ser feito com elementos da natureza na força do Orixá ou da Entidade Mentora da casa, e normalmente será o mesmo que indicará quando, como e com o que deverá ser feito esse assentamento.

Devemos entender que o assentamento é a sustentação dos trabalhos de um terreiro, e não é fundamento, é sustentação ao trabalho da casa, o fundamento é a teoria da religião de Umbanda.

Quando se recebe uma ordem de montar um terreiro à primeira providência a ser tomada é assentar essa casa, ou seja, fazer o fundamento particular daquela casa, dentro das regras e leis do Orixá ou da Entidade Mentora do seu futuro Zelador.

Na maioria das vezes esses assentamentos podem ser feitos por diversos elementos da natureza, porém um dos mais utilizados é o Otá, ou seja, no idioma Nagô iorubá, significa pedra.

Devemos esclarecer que não se deve pedir a terceiros que assentem o futuro terreiro, pois o correto é que o Mentor do médium responsável diga como será feito esse assentamento.

Vejamos que se o médium tiver certa insegurança para fazer esse assentamento, certamente ele não estará preparado para dirigir uma casa de Umbanda. Seria recomendado aguardar o momento mais propicio, pois o tempo trará mais firmeza e maturidade para tal missão, e assim não trazer mazelas a terceiros, ou a si próprio.

Devemos entender também que não se deve copiar um assentamento de alguma outra casa, pois muitos Zeladores de Umbanda acreditam ter que acompanhar assentamentos mirabolantes, como por exemplo, a de uma casa de Candomblé, que nada tem a ver com os assentamentos da Umbanda, pois normalmente não tem nada de simplicidade, assim como e de praxe na Umbanda, que busca a demonstrar humildade e simplicidade extrema.

Na Umbanda se diz que ninguém assenta fora o que não está assentado dentro, essa é uma das grandes lições da Umbanda no que se refere a assentamento, ou seja, devemos antes de tudo ter amor, carinho, dedicação, caridade para com a Umbanda e a quem a procura, pois o terreiro é exteriorização do que está dentro de você, ou seja, receber pessoas, fatos, problemas alheios de assistentes, devemos recebê-los antes em nossos corações. Portanto devemos mostrar em nossos assentamentos aquilo que devemos mostrar caridosamente e humildemente a nossos assistentes, sendo assim basta um assentamento simples, feito com muito amor, sem muitos elementos naturais, mas com extrema quantidade de caridade, amor e carinho, principalmente demonstrar toda a verdade no que está destinado a ser feito, pois ali estará a sua verdade.

Faça com amor seu assentamento, caso seja necessário um dia cumprir essa missão.

Carlos de Ogum







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20/12/2021

Umbanda e Espiritismo

Umbanda e Espiritismo

Vejo com curiosidade essa eterna discussão sobre a denominação “espírita-umbandista” que algumas pessoas usam, e que causa profundo desconforto entre os umbandistas e irritação entre os espíritas.

Desconforto entre os umbandistas porque sabemos que a Umbanda tem personalidade própria e que apesar de estudarmos a doutrina de Kardec, não somos espíritas, pois espírita é quem segue esta doutrina codificada por ele. Bem, pelo menos isto é o que a grande maioria pensa, embora em julho de 1953, à página 149, o órgão oficial da Federação Espírita Brasileira, O Reformador, declarou oficial e textualmente:

“Todo aquele que crê nas manifestações do espírito é Espírita”.

E conclui:

“Pelo que estamos entendendo, os umbandistas creem nas manifestações, logo são Espíritas”.

No ano de sua morte, Allan Kardec declarou na Revue Spirite, de 1869, página 25:

“Para que alguém seja considerado espírita, basta que simpatize com os princípios da Doutrina (além da crença em Deus, nos espíritos imortais e na comunicação deles, na evolução, na lei de causa e efeito, pré-existência do espírito, pluralidade dos mundos habitados, etc) e que por ela paute a sua conduta”.

Citado por Luciano Napoleão da Costa e Silva, no livro "Nosso Amigo Chico Xavier".


A Umbanda tem sua própria doutrina que não foi codificada por encarnado nenhum, mas sim pelas entidades que militam na Seara Umbandista. Nós encarnados é que perdemos tempo discutindo fundamentos, preceitos, etc, quando deveríamos estudar melhor aqueles fundamentos e preceitos que desconhecemos.

A função da Umbanda é bem diferente da função espírita frente a Espiritualidade Maior. Entretanto elas não são conflitantes, como muitos desejam fazer o leigo crer, mas sim complementares. Essa “divisão” existe somente em nível de terra e não em nível de Astral Superior. O que existe é uma categorização que não significa superioridade e nem inferioridade, mas especialidades diferentes. Apenas isso.

Infelizmente alguns espíritas nos veem como inferiores, pois lidamos com entidades que “falam errado”, utilizamos rituais, velas, defumadores, enquanto eles (os espíritas) não utilizam nada disto e trabalham do mesmo jeito. São médiuns do mesmo jeito.

Entretanto desde que o mundo é mundo e começaram a existir as religiões, todas tem ritualística, com início, meio e fim. Somente a doutrina espírita não tem ritualística.

A grande maioria dos espíritos desencarnados que precisa de ajuda, teve algum tipo de contato, enquanto encarnados, com algum tipo de religião, consequentemente com algum tipo de ritualística, por isso muitos são encaminhados pela espiritualidade superior, para os terreiros de Umbanda, pois entenderão mais rapidamente a “linguagem” que lá é falada. Por isso os trabalhos de desobsessão na Umbanda são mais rápidos do que nos Centros Espíritas.

Mais uma diferença entre Espiritismo e Umbanda é que esta última dá oportunidade a qualquer entidade em qualquer faixa vibratória e evolutiva de trabalhar em função do Bem, indiscriminadamente e sem preconceitos.

Que o espírita tenha feito esta opção é um direito dele e não cabe a ninguém ir contra, entretanto o que ele não tem o direito é de dizer que a Umbanda é inferior ou que esteja num estágio evolutivo abaixo do Espiritismo, baseado simplesmente no fato da Umbanda se utilizar de rituais que ele está longe de entender ou não se identificar, ou ainda por a Umbanda ter em suas raízes influências africanas, ameríndias, católicas e espírita. Criticar o que não se entende ou desconhece não foi um ato do Codificador do Espiritismo, aliás o verdadeiro espírita não tem esse tipo de atitude. O verdadeiro espírita nos respeita!

Por outro lado, vemos os detratores do Espiritismo e das religiões espiritualistas colocando num mesmo saco a Umbanda, o Espiritismo e o Candomblé, e o que é pior, pessoas que denigrem o nome da Umbanda e do Candomblé.

É óbvio e compreensível que se você é espírita, portanto estudioso das coisas do espírito, médium dedicado e consciente, e totalmente avesso a rituais, ficará indignado ao ser comparado com terceiros.

Importante é entender que Umbanda e Candomblé não são sub-divisões, correntes ou linhas do Espiritismo, mas sim religiões espiritualistas, com características próprias e bem estabelecidas.

O grande problema são esses irmãos desonestos e ignorantes que se dizem espíritas, umbandistas ou candomblecistas e saem cometendo desatinos em nome de uma dessas três religiões que tem em comum apenas o fato de se comunicarem com a espiritualidade.

Que espíritas, umbandistas e candomblecistas se indignem e reajam contra os desonestos, os charlatães, mas não uns contra os outros, sem agressões mútuas, tentando agir da mesma maneira que os mentores, guias e Orixás de cada segmento fazem, esclarecendo e orientando, ou seja, fraternalmente e com respeito.

Que Eles sejam nosso exemplo!

Iassan Pery


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12/12/2021

Umbanda também é Respeito

Umbanda também é Respeito

O UMBANDISTA NÃO JULGA AS OUTRAS RELIGIÕES

A Umbanda é uma religião universalista. Isto significa que ela reconhece a parcela de verdade que há em cada um dos diferentes caminhos espirituais e não se considera melhor que as outras religiões. Não faz julgamentos negativos sobre os caminhos adotados pela fé dos outros, nem busca convencer ninguém a seguir seus rituais.

Em sua própria formação, a Umbanda recebeu a influência de diferentes religiões. Há elementos do catolicismo, do espiritismo francês, do xamanismo, do candomblé, do culto aos ancestrais dos povos bantos, do esoterismo e até mesmo das religiões árabes, entre outros. Os próprios guias, em seus atendimentos, trazem consigo os saberes das diferentes espiritualidades que vivenciaram quando encarnados.

Um mesmo espírito de luz pode trabalhar em diferentes religiões. Há relatos de guias que se apresentam na Umbanda como preto velhos e na mesa branca como doutores. O que importa para eles é ter espaço para fazer a caridade. Onde o bem é praticado, os bons espíritos fazem-se presentes para auxiliar. Até mesmo nas igrejas encontramos os Exus fazendo a proteção.

A Umbanda não conquista ninguém pelo medo, mas encanta pelo amor. Não faz promessas de salvação eterna e nem de resolver todos os problemas de uma pessoa. Antes, explica a cada um as lições que precisa passar. Todo mundo é livre para deixá-la a qualquer momento. E a vida da pessoa continuará abençoada da mesma forma, seguindo ela um caminho de luz.

A Umbanda não se apresenta como o único caminho para conhecer Deus, nem o melhor, ou o verdadeiro, ou o mais elevado. Ela é apenas mais uma entre tantas milhares de outras formas que o Pai Maior, em seu imenso amor, permitiu ser conhecido. A religião é um rótulo, que varia de acordo com a cultura de cada povo e a consciência de cada pessoa. Mas a espiritualidade é universal. Há diferentes caminhos para diferentes consciências. O mais importante é fazer o bem a si mesmo e ao próximo.

Cada um que se considera um Umbandista deve-se considerar um representante dela. Ter uma postura de respeito perante as outras religiões. Mostrar, nas palavras e na prática, que nossa religião é uma religião de amor, luz e caridade ao próximo.

Autor desconhecido






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