Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

29/12/2019

Réveillon nas Praias e a Umbanda

Réveillon nas Praias e a Umbanda

A origem da tradicional festa de réveillon nas praias do Brasil vem das religiões de matriz africana. O ritual de jogar flores ao mar em devoção à Iemanjá, pedindo boas vibrações para o ano novo, bem como pular as sete ondas, o uso de roupas brancas, velas e outras oferendas à Rainha do Mar foi prática exclusiva dos cultos afros nos anos 1950 até 1970.

As pessoas que viam a beleza reluzir nas praias nesta época de fim de ano, foram paulatinamente aderindo aos rituais, quase que mecanicamente, sem entender ao certo os seus fundamentos. Nos anos 1980 e 1990 esses rituais de saudar Iemanjá, pular as sete ondas e vestir o branco se popularizaram nacionalmente.

Infelizmente esta herança religiosa está sendo esquecida por muitos e algumas vezes hostilizada. A partir do ano 1980 os hotéis das praias introduziram os fogos de artifício para angariar turistas, os governos cada vez mais investem em shows pirotécnicos e patrocínios milionários para as festas de réveillon nas praias.

Os rituais de matriz africana nas praias para receber o ano novo estão sendo banidos sutilmente, felizmente uma parte da população aprendeu e mantém a tradição. Mas diante do avanço tecnológico e dos investimentos culturais para a celebração do ano novo, o fundamento religioso está sendo perdido, como também os intolerantes religiosos muitas vezes hostilizam, em mais uma tentativa de denegrir a religião. Outros, apesar de serem contra a religião, não deixam de usar o branco na virada do ano e disfarçadamente jogam flores ao mar...

Será que estamos assistindo com imparcialidade a intolerância às religiões afro também no cenário do réveillon nas praias?

Umbandistas: mantenhamos o nosso espaço para professar a nossa fé, que foi tão duramente conquistado. Que os nossos rituais sejam de fato respeitados e respeitemos o espaço dos nossos irmãos que não professam da mesma fé. A Umbanda é plural e diversa, tem como base o respeito ao livre arbítrio e a Toda Obra de Olorum. Vamos saudar Mãe Iemanjá na beira do mar, não polua suas águas com objetos que possam agredir a vida marinha, leve flores, leve bons pensamentos e leve amor... E independente da religião, desejamos a todos os irmãos da família humana: Feliz Ano Novo, com as bençãos de Iemanjá!

Mãe Ednay





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18/12/2019

Erva Para-Raio

Erva Para-Raio



Nome Científico: Melia azedarach

Nomes Populares: Cinamomo, Árvore-santa, Bombal, Bombolo-de-portugal, Cedro-do-ceilão, Conteira, Jasmim-azul, Jasmim-de-cachorro, Jasmim-de-soldado, Jasmim-soldado, Lilás-da-índia, Lilás-das-antilhas, Lilás-do-cabo, Lírio-da-índia, Margosa, Mélia, Nimbo, Niumbó, Paraíso, Sicómoro-bastardo, Sinamão, Árvore-de-jonny, Tenente-e-intendente, Santa-bárbara, Para-raio
Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais
Clima: Continental, Mediterrâneo, Oceânico, Subtropical, Temperado, Tropical
Origem: Ásia, Austrália, China, Himalaia, Índia, Indonésia, Oceania
Altura: 6.0 a 9.0 metros, 9.0 a 12 metros, acima de 12 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene

Árvore cuja copa é arredondada ou em forma de guarda-chuva, de acordo com a variedade. As folhas são aromáticas, alternas, de margens serrilhadas. Inicialmente elas são verde escuros, e pouco antes de caírem, adquirem tonalidade de amarelo. A casca do tronco é marrom avermelhada, e adquire fissuras com o passar do tempo. A madeira é de média densidade, cor castanha clara ao vermelho escuro, com fibras retas e resistente aos cupins, porém é quebradiça e de baixa durabilidade. Ela é comumente utilizada como lenha e na carpintaria leve, na fabricação de caixotes, cabos de ferramentas, brinquedos, etc. Seu porte médio é de 7 a 12 metros de altura, mas em condições especiais pode alcançar até 45 metros. As flores surgem em cachos, na primavera e verão, e são pequenas, pentâmeras, de cor lilás, bastante fragrantes e atrativas. Os frutos são drupas ovóides, de cor verde a amarela, que se tornam esbranquiçados e murchos com o amadurecimento. Eles são consumidos por aves, mas muito tóxicos para mamíferos.

Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil, drenagem, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente no primeiro ano de implantação. Prefere o clima subtropical. Resiste bem aos solos argilosos e após bem estabelecida, é resistente à estiagem também. Multiplica-se facilmente por sementes, obtidas dos frutos maduros e despolpados. Também é possível propagar o cinamomo por estacas.

Esta planta é bastante tóxica ao seres humanos e a ingestão de uma pequena porção pode provocar a morte.

USO RITUAL
Erva que vibra na irradiação dos Orixás Iansã e Xangô. Usada para banhos de descarrego quando envolvidas energias deletérias de demandas e para limpeza astral de ambientes. A árvore emite fluidos de proteção energética a sua volta.

Ednay Melo



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17/12/2019

Eucalipto

Eucalipto


A árvore de eucalipto é originária da Austrália e pode atingir até 90 metros de altura, suas folhas são resistentes e quando a árvore é nova suas folhas são azuis e verdes ovais e as árvores maduras têm folhas compridas, estreitas e amareladas com flores beges e brancas. Árvore que se destaca pelo colorido espetacular do seu tronco; o segredo por trás do colorido especial desta árvore está na forma como ela vai se descascando e revelando as partes coloridas. Inicialmente a casca fina, lisa e marrom se despreende, e uma cor verde clara e vibrante aparece. Esta mancha de cor torna-se então sucessivamente verde escura, azulada, púrpura, laranja e por fim vermelha. Acontece que o processo ocorre a todo momento, formando manchas coloridas em diferentes estágios. A impressão que se tem é de que a árvore foi misteriosamente pintada, tornando-se uma verdadeira obra de arte da natureza.

Deve ser cultivada sob meia-sombra ou sol pleno, em diversos tipos de solos, preferencialmente drenáveis, profundos, enriquecidos com matéria orgânica e irrigados regularmente por pelo menos dois anos após o plantio. Não é indicado para climas temperados ou mais frios. Aprecia o calor e a umidade tropicais. Multiplica-se facilmente por sementes ou estacas. As sementes germinam entre 4 a 20 dias após a semeadura. As estacas devem ser removidas dos ramos de plantas jovens, com menos de 2 anos. As mudas podem ir para o local definitivo com cerca de 4 meses.

O eucalipto tem relevância comercial para medicações e produtos de uso geral.

Na medicina aborígene (tribos indígenas nativas da Austrália), o Eucalipto é usado para tratar feridas e infecções. O gargarejo em forma de líquido é usado para limpeza bucal e dor de garganta. A pomada ou óleo de massagem esfregados no tórax agem como descongestionante.

Nas folhas e ramos do Eucalipto se concentram suas propriedades curativas. Durante o último século, os médicos americanos usaram o óleo do Eucalipto para desinfetar o equipamento médico e para fazer a assepsia de feridas. O Eucalipto faz com que o nariz solte muco, facilitando para que o mesmo seja expelido mais fácil. O Eucalipto também possui propriedades antibacterianas.

Eucalipto

Na medicina popular, o óleo essencial diluído é usado para tratar herpes e feridas. É uma planta base para a produção de desodorizantes, desinfetantes e repelentes. É usado em banhos a vapor e saunas. É considerado um dos óleos essenciais que possuem as maiores propriedades antissépticas dentre todos os óleos essenciais. O óleo do Eucalyptus globulus tem um aroma muito forte e estimulante. É indicado para problemas respiratórios, reduzindo o muco, inchaço e a inflamação, além de aliviar dores musculares, reumatismo e dores de cabeça. É amplamente utilizado em remédios comerciais para combater resfriados e preparações para alívio das dores.

Existem muitas espécies diferentes de Eucalipto, mas o Eucalyptus globulus é a espécie usada como terapêutica. O cultivo de várias espécies de eucalipto visa a produção de madeira, além de seus subprodutos como papel, lenha, carvão, etc.

O Óleo Essencial é extraido das folhas e usado como antisséptico do sistema respiratório e pulmonar. Usado no difusor elétrico, ajuda a desbloquear as vias respiratórias e purifica o ar. Algumas pessoas usam este óleo essencial para repelir pulgas.

USO RITUAL:
Como erva ritual da Umbanda vibra na irradiação da Orixá Iansã e do Orixá Oxóssi. É erva amplamente usada para banhos e defumações com o objetivo de descarrego, defesa e limpeza astral. Auxilia nos tratamentos espirituais, formando uma camada fluídica de proteção contra obsessores.

Ednay Melo






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14/12/2019

Erva Espada de Iansã

Espada de Iansã


Nome Científico: Sansevieria trifasciata
Nomes Populares: Espada de Iansã, Espada de Santa Bárbara, Língua de sogra, Rabo de lagarto, Sansevéria
Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical
Origem: África
Altura: 70 a 90 cm
Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno

A erva espada de Iansã tem formato de espada e difere da espada de Ogum pelas bordas, que são amarelas.

Planta muito resistente e de crescimento lento, sobrevive bem em jardins com pouca manutenção. Podem ser cultivadas em pleno sol, resistentes às estiagens, ao frio e ao calor. Deve-se deixar o solo secar bem para regar, que pode ser feito uma vez por semana.

De acordo com estudos realizados pelo NASA Clean Air Study, a sansevieria tem a capacidade de purificar o ar removendo toxinas através da absorção de dióxido de carbono que faz durante a noite, e da libertação de oxigénio durante o dia.

Reprodução: Multiplica-se por divisão da planta pelas raízes, ou também por estacas feitas das folhas, enterrando-se a base de pedaços de folhas.

Na Umbanda é usada como erva de proteção, que estimula a perseverança e o otimismo. Carrega o simbolismo de luta e poder, tais como as espadas objetos.

Erva quente, que corta o mal pela raiz e auxilia no direcionamento quando a pessoa encontra-se confusa e indecisa.

Seu uso ritualístico é para banhos e ornamentação de ambientes, para descarregos e proteção. Usada também como bate folha para quebrar miasmas e larvas astrais. Usar seguindo as orientações das entidades espirituais.

Erva que vibra na irradiação da Orixá Iansã.

Ednay Melo





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27/11/2019

Soberana Lei de Ogum

Soberana Lei de Ogum
Na Criação Divina, tudo segue obedecendo à Ordenação. E qualquer intenção ou atitude que pretenda contrariar isto, mais cedo ou mais tarde será apanhada pela Tela da Lei, para a devida correção, em benefício do bem comum e do próprio infrator.

Mas como seguir a Lei Divina, em meio ao caos aparente da vida humana? Como fazer isto, se de quando em quando alguém que merecia a nossa confiança e amizade nos surpreende com atos de traição, escondendo-se em “pele de cordeiro” para nos atacar covardemente? Como sobreviver em paz e segurança, em meio a essas “quintas colunas”?

Uma coisa é certa: esses “inimigos” estão muito próximos de nós. Justamente porque têm pouca ou nenhuma capacidade espiritual. São medíocres. E os medíocres só alcançam― e quando alcançam― aquilo que está perto das suas garras... Não se capacitaram a atingir metas de médio e de longo prazo, de longo alcance. Por isso, mortificam-se na inveja contra aqueles que vencem as próprias limitações, trabalhando e trabalhando, até atingirem objetivos maiores e mais elevados.

Enfermos da alma, os invejosos não compreendem que também poderão alçar voos mais altos, a partir do momento em que a isto se dediquem. Porém, como não se empenham, querem destruir e macular os trabalhadores do Bem. Mas tal possibilidade não existe dentro da Criação Divina. O que muito acontece é que “o vento da maldade” sopre e, por momentos, pareça tirar tudo do lugar.

Porém, vamos recordar que o elemento Ar pertence ao Trono da Lei Maior! Então, no final das contas, aquela “ventania” vai acabar colocando a descoberto os autores da maldade. O caos aparente é “a faxina do Astral” e, enquanto está sendo feita, tudo parece meio que perdido. Mas a Ordenação Divina está presidindo este trabalho, que terminará banindo e levando para o seu lugar de origem e merecimento tudo o que não pertence à Lei. E a maldade voltará para os infratores, que são os seus criadores e, portanto, merecem tal “prêmio”...

Quando tudo à nossa volta pareça desordenado, varrido por um “tufão”, fiquemos atentos: a Lei Maior está realizando um trabalho de “faxina Astral”, limpando de nossas vidas tudo o que é daninho, tudo o que estava oculto, para nos poupar de um dano maior, e já preparando caminhos de realizações mais altas.

Bendito seja o Divino Pai Ogum, que sempre esteve e estará à nossa frente, e atrás, e à direita, e à esquerda, e no centro, bem como em torno de nós, abrindo caminhos na Lei e pela Lei! Bendita seja a Sua Espada de Luz, que nos protege da maldade! Benditas sejam as Suas Armas, que combatem por nós, por todo o sempre!

Que nos momentos mais difíceis, saibamos nos entregar à proteção do Divino Senhor da Lei, perseverando no Bem e confiando na Sua Guarda Soberana.

Aqueles que agem com honra serão abençoados e amparados; e os que assim não procedem serão encaminhados pela Divina Mãe Iansã para um caminho de regeneração.

Autoria desconhecida




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20/11/2019

A Necessidade da Fé

A necessidade da fé


Não basta os filhos simplesmente frequentarem uma casa de Umbanda se não acreditarem e entenderem o que ali está se passando.

A Fé não é para os outros, mas para a própria alma. Não basta os filhos se dizerem Umbandistas se nela efetivamente não acreditarem. Ser Umbandista é antes de tudo crer na Umbanda.

Aqueles que a praticam e não creem, estão apenas indo a um templo, sem que ocorra a mudança que a Umbanda traz a vida dos filhos, que na prática é trazida ao dia a dia daqueles que são, realmente, Umbandistas.

É preciso ter fé. Não uma Fé cega e não esclarecida, mas a verdadeira Fé que realiza perguntas e quando obtêm as respostas as toma como certeza.

A Fé que é mais forte do que qualquer dissabor da vida, problema e dificuldade. A Fé que leva a prosseguir, mesmo que contra tudo e todos na certeza do caminho correto.

É necessário, pois, a existência da fé, para a prática da Umbanda.

Os filhos Umbandistas não devem seguir os fundamentos e as verdades da Umbanda apenas quando estão dentro das casas, mas sim em todos os atos de sua vida.

Ser Umbandista é fazer as escolhas dentro das verdades da Umbanda, respeitando as leis desta. É pedir auxilio sempre que preciso para as entidades. É entender que as dificuldades não são nunca em vão. É conseguir respeitar a crença dos outros sem deixar abalar a sua própria. Ser Umbandista é entender seus erros e o dos outros. É resgatar seus erros, dentro da grande Lei. Ser Umbandista é antes de tudo, crer.

A crença é absolutamente fundamental a qualquer filho Umbandista. Se não houver a Fé e a certeza nos conhecimentos Umbandistas e nas entidades a ela afeitas, não haverá a necessária firmeza quando os problemas se apresentarem mais difíceis e quando o caminho parecer se fechar.

Crer em momentos de felicidade e tranqüilidade é fácil, mas é preciso ter a certeza da fé. Porque se efetivamente ela não for forte poderá desaparecer quando as trilhas forem difíceis e os problemas, quase que completamente tomarem o futuro.

É então quando a Fé se fará mais necessária. E será tão fundamental quanto o ar que se respira, para que possa haver uma continuidade.

Porque somente aqueles que acreditam num todo maior, conseguem enxergar uma perda com maior facilidade, e perceber que , quando as tampas de caixões se fecham, outras já se abriram.

Somente aqueles que enxergam que acima de todos os interesses mesquinhos e mundanos existe um objetivo é que poderão se manter fiel a esse objetivo quando tudo mais parecer ruir à sua volta.

Filho, a Fé é a tabua que salva dos grandes desastres e que mantém corpo e alma na superfície. Portanto ela é não apenas necessária, mas fundamental para uma vida com tranquilidade e esperança.

Aqueles que em nada creem ou que não tem na força da Fé sua estrutura de vida, acabarão por serem derrotados pela visão de que nada, afinal, valerá à pena.

Que nem os melhores esforços serão recompensados se não com a morte. Porque cada dia de vida é um dia a menos na ampulheta do futuro. E se o futuro se encerrar em dificuldades, doença e velhice, então filhos em um momento ou em outro, inexistindo a fé, a tristeza e a falta de esperança se tornarão tão fortes e presentes que não haverá motivos para lutar.

Mas a Fé trará então, a percepção da necessidade das dificuldades ao ensinamento, a percepção da continuidade, da beleza da renovação que se fará presente em cada novo tombo e mais forte em cada dificuldade.

Porque filhos é quando então devem se socorrer das entidades e dos conhecimentos Umbandistas para poderem seguir em frente, e entender que não haverá outro meio de continuar se não ultrapassando os problemas e recomeçando a luta em cada amanhecer.

É isso que faz viva a esperança no amanha.

Importante, pois, que os filhos criem seus próprios filhos sob a luz e os ensinamentos da Umbanda desde a mais tenra idade.

Porque então para eles a Fé se fará tão natural quanto o dia amanhecer. Na força das entidades devem ser essas novas almas ensinadas, para que aprendam que se existe a dificuldade, também existe a recompensa.

Para que quando fatalmente enxergarem que a vida terá fim, que a velhice se fará presente, que aqueles que amam irão embora a algum momento, já saberão que tudo isso tem um motivo simples, que todos esses sofrimentos apenas renovam a esperança no amanhã.

Assim quando os filhos dos filhos precisarem buscar forças para continuar terão em seus conhecimentos a certeza da Fé e com ela a tranqüilidade de que toda a separação será apenas temporária, que toda a dor motivo possui e que toda a dificuldade deverá trazer aprendizado e crescimento.

Terão também a certeza de que poderão levantar de qualquer tombo, para recomeçar a caminhada, que haverá sempre uma entidade para ajudar aos que lutam e procuram o bem.

Então, mesmo na ausência dos pais terrenos, estarão confortados e em paz.

A Fé é a maior herança que se pode deixar. É necessário pois que as crianças possam frequentar as casas de Umbanda para aprenderem e para elas com a naturalidade da vida dada especial atenção porque, é nela que a certeza da Fé ira se fazer presente.

A Fé, filhos, também se pratica. Nos momentos de alegria ou de tristeza sempre devem questionar o motivo de tudo que se passa a volta e porque aqueles que estão ao lado ali se apresentam.

Também nas atitudes diárias, nas pequenas decisões a Fé igualmente deve se fazer presente. Sempre que houver uma escolha ela deverá ser tomada dentro da crença Umbandista na construção do bem.

E no dia a dia as entidades também estarão presente orientando os filhos, cabendo a esses se manterem sempre atentos as suas lições.

Pensem filhos quantas vezes as palavras sábias de um preto velho são ditas nos momentos mais difíceis? Quantas vezes os conselhos de um boiadeiro são fundamentais para desfazer às dúvidas no caminho?

E é assim que a Fé se constrói e se pratica, nas escolhas do dia a dia, no eco dos corações e na certeza que o final irá sempre ao encontro do bem.

Texto do livro "Umbanda para a Vida" - Roberto di Luca Melani e Samantha Sade






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18/11/2019

Como Melhor Aproveitar a Gira de Umbanda

Como melhor aproveitar uma gira de umbanda


No momento em que você entra no terreiro, a espiritualidade já está trabalhando por você. Um primeiro filtro de energia já é realizado: nem toda energia tem permissão para entrar. No plano astral, entre os diferentes seres que podem estar te acompanhando, acontece uma espécie de triagem. Alguns ficam do lado de fora, outros são encaminhados para tratamentos e, por fim, outra parcela te acompanhará para o atendimento com o guia.

Enquanto aguarda o início dos rituais, evite conversas desnecessárias e pensamentos negativos. Prefira o silêncio e a oração. Os guias já se fazem presentes. Muitas vezes, basta uma intuição para encontrar a solução de seus problemas. Porém, se estiver com a mente ocupada com futilidade e negatividade, dificilmente captará as inspirações da espiritualidade.

O descarrego e o passe já estão sendo ministrados, no próprio banco de espera. Esteja receptivo às vibrações elevadas. Lembre-se de que a espiritualidade é invisível aos olhos da carne, mas sentida no coração. E o terreiro é um espaço sagrado. Não é local para fofocas, intrigas, discussões, julgamentos e nem qualquer outro assunto de baixa moralidade.

Quando, enfim, iniciar-se os trabalhos, abra o coração. Vibre junto com os pontos cantados e o axé dos guias e Orixás. Cante, bata palma, dê a sua contribuição à energia da casa.

É verdadeiro o ditado “quem canta os males espantas". A música possui um alto poder de agir nas profundezas de nosso ser. É momento de prestigiar, agradecer, honrar a espiritualidade que nos ampara. Quando os pontos louvarem, por exemplo, a força de Ogum, permita que esta energia, através do toque dos tambores, do ritmo das palmas, e do axé das palavras, vibre em sua essência, trazendo todas as suas bênçãos. Ali mesmo as demandas podem ser quebradas, a força de vontade crescer e os caminhos se abrirem. O mesmo vale para todos os Orixás. Entenda que nenhum elemento do ritual está ali à toa, tudo possui o seu propósito e seu fundamento.

O bom atabaqueiro não é aquele que canta mais alto, nem o que bate mais forte nos tambores. Mas sim aquele que sabe, com harmonia, fazer o terreiro vibrar a força dos guias e Orixás. E o bom consulente e médium é aquele que sabe receber as bênçãos de toda esta espiritualidade.

Então vem a defumação. Através da queima de algumas ervas e resinas específicas, escolhidas pelo sacerdote da casa, as diferentes energias da natureza são liberadas do ambiente do terreiro. A defumação limpa, harmoniza e energiza nosso campo astral. Saiba que a força das folhas está na energia liberada, e não na fumaça que sai do turíbulo.

Digo isto pois vejo alguns que não se sentem satisfeito se a defumação não estiver em excesso e não tomarem um “banho” com a fumaça. É no plano astral que as bênçãos acontecem. Você não precisa fazer movimento nenhum, a não ser que este seja um fundamento da sua casa, basta apenas estar receptivo às boas energias. Como sempre dissemos, não se apegue àquilo que vê e toca, mas ao que sente.

E depois disso, temos, enfim, a grande oportunidade de conversarmos com as entidades. Que nunca esqueçamos quão maravilhosa é esta oportunidade de nos encontrarmos com os guias da Umbanda. Eles que já experimentaram as mais diversas peripécias da vida e atingiram níveis de sabedoria e iluminação ainda tão distantes de nós e dispõem-se, regularmente, a vir em Terra para nos instruir, proteger, fortalecer. E apesar de todos os conselhos e paciência deles, quantas vezes os filhos de Umbanda insistem em errar, a vibrar no negativo, a se voltar contra seus irmãos. E depois estes “filhos" dizem-se esquecidos pela espiritualidade, sem fé, quando eles mesmos não fizeram as suas partes.

Não desperdicem a oportunidade que possuem, pois é pela misericórdia de Deus que a Umbanda pode existir e fazer seus milagres na Terra. Quem pode dizer-se verdadeiramente merecedor de suas graças? Mas os guias compreendem a extensão da missão que carregam e é por amor a todos nós que fazem-se presentes no terreiro. Pelo estágio de evolução que já alcançaram, hoje eles poderiam habitar outros planos tão mais felizes que a Terra, mas optaram por fazer essa missão grandiosa em nosso planeta.

E apesar de toda luz e conhecimento que querem nos passar, são tantos os que apenas buscam dinheiro, relacionamento, casa, emprego, e outras coisas apenas materiais, isto quando não pedem, inutilmente, o mal do próximo. É triste isto. Sábio é aquele que sabe agradecer em vez de pedir. E maduro o que escuta em vez de lamentar e reclamar.

Há muita sabedoria nas palavras dos guias. Há muita elevação nas energias que deles recebemos. Mais uma vez repetimos: não se apegue ao que vê. Nem sempre é preciso acender uma vela, ou realizar uma oferenda, acender um charuto, ou usar pólvora, ou qualquer outro elemento material. Muitas vezes, é suficiente um simples passe. Em outros momentos, uma simples conversa, ou uma simples oração.

É muito importante compreender que existem algumas dificuldades que somente podem ser superadas com a nossa transformação interior. E enquanto você não mudar, não vencer este defeito, o problema não se resolve, não importa quantos trabalhos você realizar. São as sombras que habitam nosso coração e bloqueiam nosso caminho. E para lidar com isso, não há atalhos. Deve-se encarar a si mesmo, aprofundar-se no autoconhecimento, e elevar o espírito.

Tugu Reis





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