Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

27/02/2019

Incorporação em Médiuns Iniciantes

Incorporação em Médiuns Iniciantes

A incorporação é o fenômeno pelo qual uma entidade utiliza um médium em toda sua totalidade, isto é, seu cérebro, sua coordenação motora, sua voz, seus gestos, para se comunicar.

O ato de incorporar não é simples. Um espírito não “entra” em nós como entramos em um carro.

Na verdade a plena incorporação leva tempo e precisa estabelecer outros processos anteriores. Um deles é a irradiação. O que isso significa? É o período de tempo variável que as entidades irradiam suas vibrações no médium, preparando seus corpos sutis para posteriores incorporações.

Nessa etapa o médium pode captar a vibração da entidade e ter contato fluidicamente com o seu corpo astral.

Isso dará ao médium uma impressão de como é a entidade, como ele a sente. Ele pode nessa fase captar muitas ideias vinda das entidades, mas pode se confundir muito com seus próprios pensamentos.

Pode sentir uma forte força o conduzindo a andar, sentar ou manipular algo. Ele sente muitas reações corporais; suor, tremores, mãos frias e molhadas, ou calores, falta de noção de espaço e possível visão embasada, além de dormência, taquicardia, fraqueza nas pernas, tonteira, torpor, dor em determinadas áreas do corpo. Esses são alguns sintomas que se pode sentir.

Essas reações são variáveis de pessoa pra pessoa, resultado da manipulação energética que as entidades operam em seus médiuns.

Muitas vezes desobstruindo chacras, reparando buracos na aura, além de estarem preparando as áreas responsáveis para estabelecer futuras incorporações.

A ansiedade, medo, angustia e a falta de esclarecimento podem dificultar essa fase, pois o médium não se permite receber de forma plena essas irradiações e bloqueia.

Mas com o tempo a entidade consegue preparar seu pupilo para estabelecer uma conexão satisfatória para uma incorporação.

O medo ou a auto confiança demais só tem a atrapalhar o desenvolvimento do médium que está em desenvolvimento; iniciante ou não.

O medo exagerado o faz ser travado e ele bloqueia uma ação mais profunda das entidades.

E a auto confiança demais, faz com que ele perca a humildade e se torne arrogante, achando que já é desenvolvido, tem as melhores entidades e não precisa de conselhos e orientações. É como Allan Kardec coloca no Livro dos médiuns; é um médium fascinado.

Mãe Ana Cláudia Araújo






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26/02/2019

Orgulho e Vaidade do Médium

Orgulho e vaidade do médium


UM PERIGO QUE RONDA TODOS OS MÉDIUNS

Sempre que falamos de mediunidade, tratamos de sua definição e de suas particularidades dentro de nossa querida Umbanda. Entretanto é preciso fazer um alerta para a reflexão de todos os médiuns! Sempre ressalto e tento demonstrar que ser médium não é possuir um dom, ser especial, ser melhor que ninguém. Ser médium é possuir uma faculdade e ao mesmo tempo uma missão, e como toda missão, ela vem acompanhada de muita responsabilidade.

No entanto não podemos confundir essa nossa missão com um mediunismo missionário, ou seja, que somos enviados diretos dos Orixás, escolhidos. Estes tipos de médiuns são, obviamente, raros e a simples presença dessas pessoas nos inspira, nos emociona e nos transforma. Médiuns missionários são aqueles que estão moralmente muito mais equilibrados do que nós, possuem um amor verdadeiro e nato, possuem a verdadeira sabedoria.

Desta forma como entender a nós? Somos médiuns de expiação, médiuns que tiveram a graça de receber a faculdade da mediunidade para expurgar os karmas, uma oportunidade para acelerarmos nossos resgates, uma forma a mais para que possamos nos deparar com espíritos amigos ou com antigos desafetos e, juntos, buscarmos um caminho de luz e de paz. Somos assim pessoas normais, com um mesmo fim: a busca da verdadeira felicidade.

Assim por sermos espíritos endividados, por não sermos criaturas “aladas”, especiais, devemos cuidar muito de nosso desenvolvimento moral. Pois só com muito suor e força de vontade que um dia nos tornaremos médiuns missionários, e assim seremos médiuns melhores, e com certeza mais capazes de fazermos valer a vontade dos Orixás. Por sermos assim tão normais, é que muitos médiuns se perdem no caminho, começam a vender suas faculdades, percebem que podem manipular as energias, conseguem magnetizar pessoas e objetos e essa sensação de poder faz com que o orgulho cubra os olhos da carne e da alma.

Não são poucas as histórias de médiuns envaidecidos e que acreditam ser super-homens, e assim estarem acima do bem e do mal e por isso poderem fazer uso de suas faculdades da forma que melhor lhe convierem. Não são poucas as histórias de umbandistas, de pais e mães-de-santo, e outros médiuns de outras religiões, que acabaram perdidos. Tudo porque não conseguiram ter a humildade necessária para a tarefa mediúnica e, assim, caíram no caminho do orgulho.

Diante disto, nossa tarefa emergencial, urgente mesmo, é zelarmos para que possamos controlar e lutar incessantemente contra o nosso orgulho. Uma tarefa difícil, mas possível. E para isso poderemos contar com nossos queridos guias espirituais, basta realmente encararmos nosso orgulho e pedirmos para que ele seja derrotado pela verdadeira e nobre humildade.

O médium orgulhoso acredita que pode mais e melhor que o seu irmão de gira. Acredita sempre que tem razão, que os outros médiuns têm muito o que aprender com ele. Os ensinamentos dos outros sempre estão equivocados, pois não é o mesmo do que o dele, assim como ele é sempre o certo não consegue mais absorver ou reciclar seus conhecimentos. Por isso o médium nesta fase escuta muito pouco, e sempre quer falar muito. Escutar não é necessário, pois ele já sabe. Não permite que a entidade lhe fale, e lhe mostre como fazer, pois sua mente embriagada do orgulho acha que já conhece o caminho. Quando não lhe é dado toda a atenção se zanga, e tem certeza que se trata de uma perseguição, ou então deve ser ciúmes de suas qualidades.

É típico desses médiuns aprenderem receitas, lerem e decorarem pontos riscados, banhos e “ebós para todos os fins” e passam a “receitar” estas simpatias em todo o lugar que andam. Este é um caso mais avançado do orgulho que extrapola as correntes de uma gira.

Diante deste quadro o médium vai se afastando de seus guias, deixando de escutar os verdadeiros emissários dos Orixás, e permite que espíritos menos evoluídos deixem se passar por mensageiros. A mistificação será uma questão de tempo.

Não conheço ninguém que não deva cuidar de sua mente para que não seja corrompido pelo orgulho. Esse mal assombra a todos, mas quem conseguir vencê-lo dará passos decisivos rumo a sua iluminação.

Por isso peço que os Orixás enviem seus emissários e mensageiros para nos proteger e iluminar quanto a este mal que nós mesmos criamos e cultivamos que se chama orgulho. Em especial que os Pretos-Velhos possam nos mostrar com seu exemplo, suas energias e sua sempre simples e profunda conversa, o caminho para a humildade.

P.S. Se você leu este texto e o tempo todo pensou em outra pessoa que não você mesma, leia de novo, pois com certeza este texto serve para você. Julgar os outros acreditar que este ou aquele é um médium orgulhoso, é uma clara demonstração do orgulho, pois acha que é capaz de julgar o seu semelhante. Este também é um alerta, cuida de julgar os seus atos, e para os atos dos outros a única coisa que você pode fazer é rezar para que os Orixás os iluminem, e que você agindo de forma humilde seja um exemplo em seu meio

Pai Tobias





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25/02/2019

A Falta de Compromisso do Médium

A falta de compromisso do médium


Sabemos que não estamos à toa num grupo Umbandista, ou pelo menos deveríamos ter essa noção. Para cada médium que trabalha num terreiro, tem pelo menos uns cem espíritos trabalhando no plano espiritual. E não estou exagerando. Basta a gente pensar nos guias que atuam em nossa coroa, fora os espíritos que estão aqui para auxiliar nos trabalhos, os espíritos que estão aprendendo a doutrina da seara umbandista, sem contar também os espíritos que precisam ser socorridos, e que são levados ao terreiro com a ajuda de espíritos socorristas.

Por outro lado sabemos que há também aquela falange de espíritos que não quer que o trabalho evolua, que não quer que o bem se propague, que não quer que a caridade seja praticada, pois isso coloca a Casa Umbandista e todos que dela participam num padrão vibratório elevado, resistindo às investidas dos menos evoluídos.

O médium de Umbanda deve sempre programar da melhor forma os seus dias de trabalho. Para isso, o dirigente do terreiro se incumbe de passar todo o calendário para que seus médiuns se programem, porque do lado espiritual, os guias também se programarão para estarem presentes no terreiro. No dia programado, o médium Umbandista procura sempre manter o seu equilíbrio e a sua serenidade para os trabalhos.

Mas há aqueles que colocam diversos empecilhos para comparecer ao terreiro: um mal estar, uma briga em casa, o cansaço, dores físicas aqui e ali, o excesso de trabalho, uma festinha que seria imperdível, o dia chuvoso ou muito quente, etc. E é aí que os espíritos contrários ao trabalho de Umbanda atuam. Pois sabem que aquele aparelho mediúnico vai desfalcar a equipe em pelo menos cem espíritos. E ainda vai sobrecarregar aqueles médiuns que conseguem superar as dificuldades do cotidiano para estarem presentes na Gira, renovando sua fé, e trabalhando a caridade na Umbanda.

O médium que não valoriza o dia de Gira ou Sessão como um dia sagrado, não dá valor nem importância ao seu próprio trabalho no terreiro. Dia de Gira para ele passa a ser um dia como outro qualquer. Que mal há em faltar um dia ou outro? Com isso ele falta uma, duas, três semanas, dois meses, três meses... e quando se percebe, ele já está completamente afastado da corrente mediúnica, prejudicando seu desenvolvimento e se entregando à sua própria “sorte espiritual”. Mas na Espiritualidade não existe sorte. Existe CAUSA e EFEITO.

E aí, quando esse EFEITO aperta-lhe os calos, o médium procura se reintegrar à corrente. Mas por quanto tempo? Até os próximos empecilhos?

Nós sabemos que fazer a caridade exige dedicação e, algumas vezes, sacrifício por parte dos médiuns, porque trabalhamos sem receber nenhuma paga material. Mas o que se ganha no astral é algo que nada na Terra vai pagar. E isso vai ajudar o médium a trilhar seus caminhos. Portanto, médium de Umbanda, antes de esmorecer na primeira dificuldade, tenha fé na religião que abraçou, nos guias da Casa, nos seus guias. Se você acha que já está se esforçando muito para ir ao terreiro e não está adiantando, faça aquele esforcinho a mais.

Quanto mais o mundo “conspirar” para você não ir ao terreiro, acredite, maior será a sua necessidade de você estar no terreiro. E depois de ajudar irmãos que vêm na assistência porque tem problemas maiores que os seus, após receber as bênçãos e a energia do gongá de sua Casa, você voltará para casa mais pleno. Os problemas podem não desaparecer por completo, mas você saberá que, se o mundo material “conspira” contra você, o mundo espiritual está vibrando por você.

Cristiano Queiroz





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24/02/2019

Tipos de Personalidades de Médiuns

Tipos de Personalidades de Médiuns

Que médium sou eu?

Em qualquer Terreiro de Umbanda ou Casa Sagrada em que ocorram atendimentos e trabalhos religiosos a dinâmica de organização e rotina envolvem pessoas. Quando isso ocorre podemos contar com algumas características que fazem parte ainda do desenvolvimento humano e que estão impregnadas à faixa vibratória em que nos encontramos aqui na Terra, ou seja, que estão presentes em nossa forma de ser e viver no mundo. São elas:

  • Soberba/Arrogância
É o médium que acha que tem mais valor que o outro seja por sua função na corrente, seja por incorporar um Mentor de Luz específico, por ações que resultaram em êxito no trabalho espiritual, seja por seu tempo de experiências mediúnicas ou mesmo por ter títulos, condição financeira ou intelectual ou qualquer outro atributo que ache importante.
É o médium que tem a vaidade e o orgulho enaltecidos, desenvolvendo uma postura de desvalorização do outro, pois aos seus olhos ele sempre é o melhor, o mais capaz e o imprescindível aos andamentos dos trabalhos.

  • Hipocrisia
É o médium que fala uma coisa e faz outra, concorda com as normas, porém suas ações são exatamente contrárias ao seu discurso. Ele engana, finge, é desleal, possui uma postura dissimulada, muitas vezes apontando nos outros os seus próprios erros. Aqui se inclui o médium que possui uma determinada postura dentro do Terreiro e uma totalmente diferente fora dele, ou seja, ‘façam o que falo, mas não o que faço’.

  • Desrespeito
É o médium que tem a insubordinação como postura em seu trabalho, falta-lhe educação ao tratar com os outros, não consegue acatar regras e cumprir o que foi combinado. Não sabe lidar com ideias contrárias as suas, dessa forma, ao invés de tentar argumentar e dialogar para se chegar a um acordo, despreza a opinião alheia, muitas vezes a ridicularizando e insultando, o que leva a confrontos agressivos e desnecessários. A fofoca e o julgamento alheio podem ser também fontes de desrespeito.

  • Passividade/Acomodação
É o médium que se acomodou em suas ações, preferindo ficar em sua zona de conforto. Concorda com todos para não ter mais responsabilidades que envolva tomada de decisões, criatividade, mudanças de postura, envolvimento e cooperação na organização dos trabalhos. Dessa forma, sua postura é de desresponsabilização pelo que ocorre à sua volta. Ele acha que só a sua presença é suficiente para o seu progresso espiritual. Não busca novos desafios, nem contribui com o desenvolvimento do Terreiro.

  • Ignorância
É o médium que foge das novas experiências e oportunidades. É o que não busca conhecimento e desenvolvimento, se apoiando muitas vezes em conceitos falsos ou inverdades, pois acredita no que lhe foi passado, sem verificar sua procedência, ou mesmo mantém seus conceitos que eram verdadeiros há tempos, porém não dizem mais respeito ao contexto presente. Dessa forma, não busca renovar-se. Não quer dar um passo a mais, acha que tudo o que tem e sabe já basta, ou mesmo tem medo de expandir e ampliar os seus conhecimentos e saber.

  • Ciúmes/Inveja
É o médium que tem ciúmes e inveja do outro, por querer ter ou ser o que o outro tem ou é, se colocando em uma postura de rivalidade. Dessa forma, se põe em constante concorrência com o outro, isso ocorre muitas vezes por um rebaixamento de autoestima e dificuldade em se valorizar. Ao invés de enaltecer a qualidade do outro que ele tanto preza, ele sofre por sentir que não a possui, provocando nele um pesar e um sentimento de dor; não consegue desenvolver tal qualidade e sente-se incomodado com o outro.

  • Inflexibilidade mental
É o médium que não tem a capacidade de se adaptar frente às novas demandas do meio, portanto possui uma postura irritadiça e exaltada frente a qualquer mudança que se apresente. Ele é inflexível e rígido em seus pensamentos e atitudes, muitas vezes projetando no outro suas frustrações e dificuldades, o que pode gerar ódio e intolerância.

  • Medo/Insegurança
É o médium que não tem coragem de aceitar o desconhecido, de aceitar o seu dom, de enfrentar os obstáculos que encontra no caminho e expandir seu próprio eu. Dessa forma, opta sempre por caminhos sem riscos, da mesma forma, não consegue permitir se aprimorar em suas qualidades mediúnicas. Tem dificuldade em confiar nas pessoas e Mentores que estão ali para ajudar a desenvolver os seus dons.

  • Indiscrição
É o médium que possui uma postura indiscreta, querendo aparecer e exacerbar suas qualidades como médium no sentido aparente, seja em quantidade e qualidade de guias, roupas e acessórios espalhafatosos, incorporação de dezenas de Entidades, sem contextos específicos, podendo incorporar em qualquer ambiente, não consegue controlar sua sensibilidade mediúnica, o que evidencia seu descontrole e desequilíbrio.

  • Abuso de poder
É o médium que tem dificuldades emocionais para concretizar seus desejos, portanto se utiliza da incorporação das Entidades ou qualquer outro instrumento de poder (hierarquia, função) para satisfazer suas vontades pessoais. Pode culminar em diversos tipos de assédios, sejam eles morais, sexuais entre outros.

  • Perfeccionismo
É o médium que vive na idealização das coisas, não consegue trazer seus pensamentos e ideias para a realidade, pois a realidade nunca é suficientemente perfeita como a que foi criada em sua mente. É aquele que tem um alto grau de cobrança, seja do outro, seja dele mesmo e, dessa forma, se frustra constantemente, pois nunca está satisfeito com os resultados encontrados.

  • Devaneios
É o médium que vive na poesia, na fantasia do mundo espiritual, tendo dificuldade em se adaptar a realidade da vida material. Não assume as responsabilidades devidas da Casa, seus problemas reais, pois não consegue aceitar as dificuldades e obstáculos da realidade, dessa forma, encontra-se paralisado em seu mundo imaginário (excessos de sonhos e fantasias).

  • Desconcentração/Desatenção
É o médium que não consegue se concentrar devidamente durante os trabalhos. Não possui a capacidade de se abster dos inúmeros estímulos irrelevantes que estão no ambiente ou nele próprio, não consegue se desligar de seus problemas pessoais, se distraindo facilmente, não consegue estar conectado com sua função de trabalho e as necessidades da corrente. Não consegue concentrar seus sentidos (visão, audição e etc.), assim como a mente e a alma no trabalho realizado.

  • Falta de acolhimento
É o médium que não consegue se disponibilizar emocionalmente ao acolhimento do outro, ou seja, tem dificuldade para desenvolver a capacidade de empatia, seja no trato com os irmãos de dentro da corrente, seja com os consulentes. Não consegue se permitir o trabalho de ter a escuta e o acolhimento ao sofrimento ou ao desconhecimento de informações do outro, muitas vezes se colocando impaciente ou desrespeitoso frente ao outro. Não consegue perceber que o trabalho de caridade vai muito além de sua função dentro da gira.


Todos nós, em maior ou menor grau, consciente ou inconscientemente, podemos ter atitudes como essas, por isso é necessário um exame de consciência, uma reflexão sobre esses itens, para nos identificar e reconhecer quais são as características que estão nos paralisando e nos impedindo de realizar nossa tarefa como médiuns de uma Casa Espiritual.
Vamos nos desafiar a ter ânimo e comprometimento com a nossa reforma íntima, como as Entidades sempre nos orientam, sejamos a diferença que queremos no mundo, comecemos por nós mesmos.

Texto de Isadora, Rossana e Lucinda Di Natale 





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22/02/2019

Refletindo a Umbanda dos dias Atuais

Refletindo a umbanda dos dias atuais


Venho de uma época onde poucos se atreviam a fazer Umbanda... Tudo era oculto, de acesso reservado e restrito. Para os novos adeptos da religião, o primeiro passo era plantar a semente, fortalecer isso tudo com adubo para então finalmente se criar uma coisa chamada Raiz... 

Ao dirigir-se aos mais experientes o primeiro mandamento era o respeito, ao dirigir-se ao sacerdote a benção tornara-se obrigatória. 

Orixá, Exu, Pomba Gira era uma intimidade do médium que ia crescendo conforme o tempo ia passando... Trabalhei 05 anos com Pai Ogum para então na minha concentração descobrir seu nome (7 Ondas). Passei outros 30 anos estudando e me concentrando ao extremo para entender a essência e magia de uma religião chamada de Umbanda. Continuo na certeza que pouco sei e que tenho muito a aprender.

Então me reporto aos dias atuais onde, de forma escancarada, a figura de Exu é revelada como se Ele mesmo fosse um ser desse mundo... Entidades que acabam de incorporar e conhecer seu médium e estão preocupadas com seu chapéu, marca de charuto, cor de capa.

Num mundo globalizado e cheio de hipocrisia vejo a magia de Umbanda se perder em frases de efeito chulas e atrevidas tais como: "Quem me protege não dorme"; "Filho de Xangô não cai" ou "Aqui o joelho não se dobra..."

Sofremos nossa derrota quando nos sentimos auto suficientes, ou quando nossa vaidade e ego estão acima das lições de um Preto Velho... 

Vejo postagens de Exus, Preto velhos, caboclos, mas quase não encontro alguém efetivamente de joelhos pedindo perdão ou a benção ao Pai... 

É preciso dar o toque de recolher... É necessário cessar a falta de respeito com seu guia e com seu Orixá... Chegou a hora de fazer de sua fé o seu altar, do seu respeito o seu chão e do seu crescimento a intimidade com o seu guia.

O Altar devolve pra gente o que dedicamos a Ele de coração.

Não permita que seu Ego seja maior que a luz do seu Orixá

É preciso refletir.

Pai Rogério



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21/02/2019

Compromisso com a Mediunidade

Compromisso com a Mediunidade

O Médium que não quer se desenvolver

Muitas pessoas sabem que têm mediunidade, mas não querem assumir a responsabilidade, tendo várias alegações para isto. Claro que esta pendência vai continuar para uma próxima vida aqui na terra. Todos os seguimentos que lidam com a mediunidade, acreditam na vida pós morte ou seja : na Reencarnação. Sendo assim, acreditamos que temos um Karma a ser cumprido, uma Missão, ou um Odu que é o nosso destino. Resumindo não viemos a passeio, temos um propósito que é único para todos nós, independente de nossa crença religiosa que é……Evoluir.

Quando o médium não quer trabalhar ele pensa…….Eu tenho meu livre arbítrio, eu sou livre para fazer minhas escolhas. Não deixa de ter razão, só que nossas escolhas não são feitas aqui e sim no plano espiritual, onde temos plena consciência do nosso grau de entendimento. Assumimos compromissos para que tenhamos a oportunidade de crescimento. No caso do médium, ele tem um compromisso em trabalhar em conjunto com outra entidade, para que os dois possam crescer. Tudo isso é aceito, é uma escolha feita no plano Astral.

O esquecimento nos é dado assim que reencarnamos, justamente para que possamos por em pratica tudo aquilo que escolhemos, mas aqui nos deixamos influenciar por quase 48h por tudo ao nosso redor, compramos idéias que nem sempre fazem parte de nosso programa e assim vamos nos desviando de nossa missão.

Claro que o crescimento desta pessoa será prejudicado, assim como o da entidade com a qual foi acordado o compromisso. Começa então a cobrança, ou melhor, a lembrança de um acordo, que o inconsciente grita, dando vários sinais dos mais sutis como : sonhos, pessoas que falam sobre o assunto, livros, reportagens na tv etc.. e os mais incisivos como: desequilíbrio emocional, mal estar, barulho em casa e as vezes até doença que não é física. Tudo é tentado para que a pessoa olhe para dentro de si e sinta que tem algo errado e vá procurar ajuda.

Alguns fatores sociais interferem muito em nossa vida aqui neste plano, é preciso haver muita determinação para que sigamos nossa missão. Mas o principal, é dar o primeiro passo, que é Aceitar. Qualquer tipo de mediunidade a ser desenvolvida é sempre para o nosso bem, nosso crescimento espiritual, um aprendizado que nos leva ao caminho da Luz. A responsabilidade é sempre nossa, nós nos deixamos influenciar, nós desistimos de nossos compromissos e sempre arrumamos uma desculpa…….ou melhor uma desculpa para outra desculpa e deixamos de fazer o que viemos para fazer. A ajuda sempre vem, só é preciso prestar atenção e Aceitar.

Mãe Solange





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Aos Médiuns Faltosos

Aos Médiuns Faltosos

A SUA RESPONSABILIDADE COM O TERREIRO E A IMPORTÂNCIA DO SEU TRABALHO

Quando você entrou para o terreiro, além do desejo de ser orientado a como se tornar uma pessoa melhor, você também entrou pensando no seu equilíbrio energético e no auxílio que poderia receber de seus Guias e Orixás na sua vida cotidiana (relacionamentos, profissão, etc), não foi?

Desde aí, você tem escutado que muitos desses fatores dependem obviamente da sua própria ação e de seu karma, e que os Guias, em muitas vezes, não os resolverão, pois cabem a você resolvê-los; mas que, com o seu equilíbrio energético, algumas dificuldades poderão ser diminuídas, quando tiverem sido criadas por mediunidade descontrolada, por cargas espirituais, obsessões ou desequilíbrios vibratórios.

Tendo assim entendido, muitos médiuns começam o seu desenvolvimento mediúnico cheios de gás! Não faltam a nenhuma sessão e se interessam em estar presentes em qualquer oportunidade. Afinal, quem não quer ser ajudado? Quem não quer ter auxílio espiritual? Contudo, há pessoas que, passado um tempo, começam a colocar qualquer outra coisa à frente do seu trabalho mediúnico: passeios, parentes, festas, viagens, trabalhos que poderiam ser feitos em outros horários; TUDO passa a ser mais importante...

Então, deixa eu te lembrar uma coisa: Você sabe como o seu Guia consegue controlar e equilibrar as suas vibrações de modo a poder diminuir problemas causados por más energias em sua vida? Ele não consegue isso somente porque você pertence a um terreiro! Nem é porque você tem um uniforme branco na gaveta que estará sendo protegido e ajudado! O Guia só vai conseguir isso, aos poucos, pela quantidade de vezes que ele conseguir encostar em você e atuar sobre o seu campo vibratório. E isso ele só faz nas sessões em que você está presente. Repito: “nas em que VOCÊ está presente!”, e um pouco a cada semana!

É como um remédio homeopático que VOCÊ, médium, que tem energias desequilibradas precisa tomar. E tomar para quê? Para controlar as suas vibrações, para defendê-lo de ataques espirituais e ajudar até na vida material, na medida do possível!

Chega a ser cômico, para não dizer ridículo, ver pessoas que não levam seu trabalho espiritual a sério, que colocam qualquer coisa à frente do mesmo, faltando mesmo sem motivos graves, e depois pedindo aos seus Guias para ajudarem nisso ou naquilo! É como o doente que não toma remédios e pede ao médico que o cure.

Tenho certeza de que, se você tivesse uma doença física e a sua vida dependesse de você fazer um tratamento médico semanal, você não iria marcar uma viagem para aquele dia, você não iria visitar um amigo naquela hora e, podendo, você não trabalharia naquele mesmo horário. Se você ainda substitui a sua atividade espiritual por qualquer coisa dessas, então você não tem consciência do quanto ela é importante para a sua vida.

Por mais animado que seja, o terreiro NÃO É um clube, onde se vai para reencontrar amigos e somente quando se quer! Não! A frequência ao seu trabalho espiritual é OBRIGATÓRIA! Mas não é obrigatória porque o terreiro precisa de você! É obrigatória porque VOCÊ precisa do terreiro, do contato com seus Guias, e essa é a função da casa!

No nosso último trabalho de praia, na Festa das Iabás, por exemplo, fiquei surpreso ao ver a falta de médiuns para os quais, poucos dias antes, tínhamos feito firmezas e diversos pedidos aos seus Orixás. Ou seja, querem a ajuda, mas não querem tomar o remédio! E isso se repete constantemente! É impressionante a quantidade de pessoas que falam que amam os seus Guias, mas “não se encontram com eles”. Pedem auxílio e esperam recebê-lo sem tomar o remédio homeopático semanal.

Aprenda uma coisa: Se você acha que um dia precisará contar com o auxílio do seu Orixá para qualquer coisa, então ele tem SEMPRE que vir na frente de tudo! O Orixá tem sempre que ser o mais importante! Não é o “meio” importante; é o MAIS! Caso contrário, quando você precisar, não terá construído a afinidade vibratória com ele, para conseguir obter sua ajuda e, de repente, mudar uma situação necessária com a agilidade de que você precisa!

Na verdade, poucas coisas são mais importantes que o tratamento espiritual de que VOCÊ precisa, semanalmente. Aliás, lembro apenas de quatro ocasiões que justificam sua falta: a primeira é questão de doença. É óbvio que, estando doente, você não poderá comparecer; embora eu já tenha visto pessoas melhorarem somente por estarem presentes a uma sessão...

A segunda é morte. Sim, compreende-se que havendo morte na família, você não tenha condições de estar presente.

A terceira é a ocorrência de aula no mesmo horário. É claro que se você é estudante, haverá sessões em que não poderá estar presente, por motivo alheio a sua vontade.

E a quarta e última é viagem a trabalho, e que não possa ser remarcada para outro dia. Entende-se que você está sujeito às ordens do patrão e que, por isso, naquele dia não poderá tomar seu remédio espiritual.

Quero aproveitar esse último item para esclarecer aos trabalhadores autônomos, que fazem seu próprio horário: Se você tem condições de decidir QUANDO trabalhar, evite marcar trabalho para o horário de sua atividade espiritual. Quando você NÃO TROCA as três horinhas de trabalho espiritual por um trabalho físico que poderia ser realizado em outro horário, a ajuda espiritual vem em dose maior, e compensará o que você deixou de faturar por ter ido ao terreiro! Tenha certeza disso! Aliás, isso se chama FÉ! E quando você comprova a sua FÉ pelos seus atos, tudo se resolve mais rápido!

Para finalizar, quero lembrar que não se trata de o Guia querer ou não querer ajudar! Nossos Guias não são vingativos e nem passionais! Eles SEMPRE querem nos ajudar! Também não se trata de pensar: “o meu Guia está vendo o porquê não fui, e tenho certeza de que vai me perdoar e me ajudar!”. NÃO! O quanto o Guia consegue ajudar não depende só da vontade dele! Depende do quanto ele consegue se aproximar de você no terreiro! Em outras palavras, seu Guia pode até achar que você tem toda a razão em não estar presente, e ainda assim, não conseguir te ajudar. Entendeu?

Por isso, não adianta você faltar, justificar sua presença na secretaria do terreiro ou obter isenção de frequência e achar que, com isso, todos os problemas estarão resolvidos! Pode ser que, administrativamente, essa justificativa conte para alguma coisa, mas espiritualmente, não substitui o seu contato com o seu Guia. Você vai continuar “capenga” espiritualmente. Vai continuar a pedir ajuda e ter dificuldades para obtê-la!

Portanto, aquele que realmente QUER auxílio espiritual, não pode estar presente no terreiro somente quando quiser ou quando não tiver nada mais importante para fazer! O seu Guia é o seu remédio, e você PRECISA dele semanalmente! Não basta você querer que o seu Guia te ajude, e nem adianta ele querer ajudá-lo! É preciso haver a interação entre vocês dois, e isso só acontece NO TERREIRO, a cada trabalho, a cada sessão, de roupa branca e pé no chão!

Tata Luis





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