Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

15/05/2017

Transporte e Descarrego


Transporte e Descarrego


Muito se fala sobre transporte e descarrego na Umbanda, mas poucos são os médiuns que sabem a diferença entre essas duas práticas tão comuns em nossos trabalhos assistenciais. Foi pensando nisso que resolvi colocar hoje para vocês, de maneira bem simples, o que é o transporte e o que é o descarrego na Umbanda, para que todos possam entender como cada um desses processos funciona e saber diferenciar um do outro.

O TRANSPORTE acontece quando um médium desenvolvido, capacitado e firmado dentro de uma corrente mediúnica, por determinação do astral, incorpora uma entidade espiritual de outro médium que no momento é incapaz de incorporar, um exemplo disso é quando ocorre a incorporação do Guia Espiritual de um consulente. Esse ato requer responsabilidade, conhecimento e atenção, pois acontece por algumas necessidades especificas que devem ser compreendidas proporcionando assim o equilíbrio espiritual e energético de todos os envolvidos.

Alguns dos motivos para que o Transporte aconteça: para absorver a energia prânica do médium, assim o corpo astral do espírito é vitalizado, fortalecido e até curado; para solicitar algo específico e importante como uma oferenda; para apresentação ou confirmação da existência de um Guia.

Já o DESCARREGO acontece quando um médium desenvolvido, capacitado e firmado dentro de uma corrente mediúnica, por determinação do astral, incorpora um espírito de baixa vibração energética, mental e emocional com intuito de “limpeza”.

Algumas situações que acontecem durante o Descarrego: médium incorpora “seu” próprio Exu de Trabalho para fazer limpezas energéticas, fazer negociações e/ou vitalizar o consulente; médium incorpora o Exu do consulente para fazer limpezas energéticas, fazer negociações, vitalizar seu médium e/ou solicitar oferenda especifica para que possa defender ou descarregar seu médium junto com elementos naturais e energéticos; médium incorpora Exu ativado pela Lei que, até então, atuava de forma punitiva e paralisadora retirando elementos energéticos e recolhendo espíritos que atuavam sob seu comando; médium incorpora espíritos negativos (faixas vibratórias negativas) como sofredores, eguns, zombeteiros, vampirizadores ou quiumbas, nesses casos todo cuidado e atenção são necessários, um exemplo disso é que para esses espíritos não se deve servir cigarro, vela, bebida etc, assim como não podem ser permitidas a comunicação ou solicitação de oferendas.

Todas essas situações de descarrego acontecem por permissão da Lei Divina, e é a partir de um trabalho religioso, de médiuns preparados, onde o único intuito é a caridade, que se tem a grande oportunidade de encaminhamento destes irmãos, que necessitam de nossa ajuda para um redirecionamento evolutivo.

Tanto o Transporte quanto o Descarrego, são práticas importantíssimas que permeiam as giras de Umbanda facilitando os trabalhos dos Guias Espirituais, além disso, são práticas que requerem muita responsabilidade, disciplina e conhecimento, portanto ESTUDAR é fundamental para melhor agir, praticar e servir dentro da Lei de Umbanda e da Lei Divina.

Mônica Caraccio




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02/05/2017

Desmotivação do Médium de Umbanda


Desmotivação do médium de umbanda

Eu acredito que muitos dos que aqui lerem esse texto, já se sentiram desmotivados ou mesmo já se depararam com pessoas que por mais que tinham anos de Umbanda, numa determinada ocasião, fraquejaram e sentiram vontade de largar tudo, digo pessoas mais velhas na religião, mas não deixo como regra, porque esse tipo de sentimento não tem uma determinada época ou regra para acontecer então cabe a todos.

Às vezes a pessoa sente uma perda de energia tão grande, que ela não consegue nem acender uma vela, na realidade ela não sente vontade, ela até se inclina a fazer, mas chega na hora “H”, ela pensa agora não, depois. E nisso vai passando-se os dias. E como um vírus pestilento a desmotivação vai tomando conta.

Essa desmotivação pode ser provocada por inúmeras questões, originadas em nós mesmos (pela forma que nos enxergamos perante a vida), pelos outros (que muitas vezes nos derrotam, nos jogam para baixo), ou mesmo por ordem espiritual (assédio, obsessão).

Vamos refletir juntos a respeito. Muitas vezes essa desmotivação começa pela forma com que nos enxergamos perante nossa vida, pelas nossas próprias expectativas que vamos criando em torno de nós, muitas vezes o médium chega num patamar de tão necessário, diria até insuperável, que ele não se permite fracassar diante de um obstáculo, tipo: “… eu sou médium, filho de Ogum, eu tenho que conseguir ajudar tal pessoa, eu estou acima de tudo, eu nunca erro, tudo dá certo para mim…”, só que infelizmente não é bem assim, e as vezes o Médium se depara com inúmeras dificuldades na vida e obstáculos que ele vai começando a perceber que mesmo ele tendo amparo espiritual está sujeito as entrelinhas que a vida impõe, essas dificuldades poderão surgir em inúmeros aspectos e setores da vida, é no ambiente familiar, aquele filho que está andando em más companhias, e na harmonia conjugal que anda de mal a pior, é na saúde que anda mais frágil do que de costume, é a crise financeira que assola o país que lhe tirou o trabalho, os recursos para manter a sua casa e família e assim por diante, e todas essas questões vão abalando a fé daquela pessoa.

A falta de aceitação perante os obstáculos vai minando as forças, porque nem tudo depende unicamente da pessoa, as vezes os braços se cansam, doem de tanto empunhar a espada na batalha. E o guerreiro fraqueja, e pode se deixar sucumbir. As vezes a aceitação é necessária, é preciso recuar, esperar o melhor momento para continuar, contornar a situação, mas nem sempre a ansiedade deixa que isso aconteça, e quando nada se concretiza a desmotivação aparece.

O Médium começa a perceber que ajuda a muitas pessoas, mas se desmotiva quando não consegue ajudar a si mesmo. E muitas vezes isso acontece porque ele se deu um poder que não pertencia a ele, e se esquece que está aqui em uma escola, um mundo de expiações e o que tiver que passar, ninguém poderá passar por ele. A grande diferença é como ele vai se colocar perante as dificuldades, se vai se abrir a ter apoio ou não de seus guias e mentores. Às vezes é preciso se silenciar para ouvir o espiritual.

É tanto sofrimento que a pessoa vai perdendo a crença nos próprios resultados, e começa a pensar: “…vou todos os dias de gira no terreiro, cumpro minhas obrigações direitinho, e por que meu Pai acontece tanta coisa de ruim comigo? ” Com essas e outras o Médium vai perdendo a crença e a confiança na sua própria capacidade de superação, ninguém é de ferro, somos Médiuns, mas não somos os próprios Orixás que nos regem, e enxergar essa limitação ajuda a criar forças para superar as dificuldades. Porque o que causa a desmotivação é achar que não consegue mais, que não é mais capaz de realizar algo.

Essa visão é tão equivocada que vemos críticas pesadas oriundas de terceiros que dizem: “… está assim desse jeito porque é “macumbeiro”, fica mexendo com coisas de espíritos, isso é atraso de vida…”, até então nem devem ser consideradas porque são perseguições oriundas de pessoas que nem sabem o que estão falando na grande maioria das vezes, agora mais triste é ver críticas de tão forte teor vindas dos próprios irmãos de fé, que dizem: “…fulano está assim porque o terreiro onde frequenta é fraco, suas entidades e guias são fracos…”. Como se nossos guias fossem responsáveis por tudo que nos acontece, essa perseguição ignorante chega ao cúmulo do absurdo quando vemos médiuns que simplesmente sofrem calados, porque temem ser criticados, humilhados por outros irmãos de crença.

Porque lhes digo e afirmo que quem está sofrendo não quer que lhes atire pedras ou críticas, apenas uma motivação ou mesmo o apontar de um caminho, uma saída já ajuda é suficiente, ou quando mais se não puder ajudar apoie.

Uma das causas também da desmotivação é quando o médium acha que já aprendeu tudo, logo sabe de tudo, não se abre a aprender coisas novas, não se defronta perante seus próprios conhecimentos, irredutível não aceita críticas, não se dá o direito a dúvida e ao questionamento de pensar, será que tudo que sei é certo mesmo? E mesmo quando correto, não se deixa aprimorar-se.

A falta de expectativa de renovar-se e aprender no dia a dia na religião também traz desmotivação, tudo vira rotina médium muitas vezes acredita que ele não consegue fazer outras coisas, ele se bloqueia tanto que não consegue ver as esquinas que existem em sua estrada, só vê um caminho reto, sem curvas e vazio. Mas seu medo, a sua falta de crença em si mesmo não permite ver que em cada esquina dessa estrada tem alguém ali, te intuindo, te inspirando a prosseguir, porque nossos guias não podem vir e resolver e viver por nós, mas podem nos intuir, nos encaminhar e nos inspirar a uma saída, até mesmo nos inspirando a aceitação necessária para determinados momentos nos inspirando a desapegar e continuar, porque ficar ali não vai resolver muita coisa.

Quem nunca esteve numa situação e do nada recebeu um telefonema, ou cruzou com uma pessoa que a tempos não via, e bate papo aqui e bate papo ali, quando acabou percebeu que aquela pessoa havia deixado algo, a boa palavra, uma esperança, um encorajamento, as vezes nossos guias usam da boca de outras pessoas para chegar até nós.

A desmotivação muitas vezes é oriunda, pela nossa teimosia e descrença, mesmo dizendo que tem uma fé inabalável, que ama seus guias e Orixás, mas muitas vezes o médium vai pede, ora, faz sua oferenda, acende sua vela e pede muito uma determinada coisa ou quer muito um determinado resultado, e pensa:“… meu Orixá vai me dar, meu Preto Velho vai buscar para mim, meu Exu não há de me faltar..”, e de repente, “BUMM” não rolou, não deu certo, você não conseguiu, e logo vem a revolta, para que eu vou no terreiro, eu não vejo uma melhora na minha vida, eu não consigo nada de bom, eu só me lasco, ah quer saber não quero saber mais de nada de terreiro, de guias etc., e lá fica umas horinhas xingando, praguejando, revoltado. Ah e não me venha dizer que isso não acontece, porque acontece sim, a fé fraqueja, somos falíveis, e estamos bem longe da perfeição.

Só que o médium se esquece, que nem sempre aquilo que ele está pedindo é bom realmente para ele, por isso quando pedirem digam: Senhor, que eu seja abençoado com o que o senhor reservou de melhor para mim. Que seja feita a sua vontade. Muitas vezes não sabemos o que estamos pedindo, mas nossos Orixás, guias e mentores sabem.

Sabe aquela frase que diz: filho de umbanda bambeia, mas não cai, ela é bem cabível nesses momentos, mesmo diante de tanta revolta nossos guias não nos abandonam e sempre buscam nos ajudar na medida do possível que lhes é permitido, porque saibam que nem tudo eles podem intervir.

E o filho de pemba fica ali desmotivado, desanimado diante de tantas lutas e dificuldades, mas as vezes é preciso chegar no fundo poço, para olhar para o alto e ver que tem uma saída, temos nosso instinto de sobrevivência nato, a gente chora, se desespera, mas tem uma coisa ali dentro de cada um que é mais forte do que tudo, a nossa Fé. A Fé é como uma chama de uma vela que tem momentos que ela fica pequenininha quase imperceptível e tem outros que vira uma labareda de fogo imensa. E nós somos a vela e quando nossa chama ameaça de apagar vem nossos guias e nos cercam para que vento nenhum a apague.

Sabe meu irmão e minha irmã, não é vergonha as vezes fraquejar, bambear, isso acontece mesmo com os mais valorosos médiuns, medo, todo guerreiro tem perante a batalha, e o medo nem sempre é ruim, as vezes o medo nos ajuda a recuar na hora certa e descobrir a melhor estratégia para vencer. E quando sua prece não querer sair da sua boca, porque a tristeza e a dor a está impedindo, reze com a alma e com o coração, feche os olhos e converse com Deus, com seus Orixás e seus guias com seu pensamento, porque este ninguém consegue barrar.

E se sua desmotivação for ocasionada dentro do próprio terreiro, com as pessoas que ali estavam, pensa que talvez essas pessoas lhe foram colocadas para te ensinar algo, para que se auto superasse, para lhe ensinar a não cometer os mesmos erros, sobre as leis de compaixão, perdão e caridade, pense que essas pessoas lhe foram colocadas em sua vida para te ensinar a ser mais forte, e fortalecer sua fé e crença em si mesmo.

Mas, lembre-se que essas pessoas podem se dizer fazer parte da Umbanda, mas não são a Umbanda como um todo, e que dentro dessa egrégora há várias famílias e que se essa não é para você com certeza terá uma que será, porque Orixá é vento que ninguém prende, ele caminha por todos os caminhos e espaço, e onde você estiver seu Orixá irá estar com você.

Mas, há outra questão mais preocupante correlacionada com a desmotivação, é o assédio espiritual oriundo do acumulo da tristeza, depressão, quando nos desmotivamos, nos derrotamos na verdade, abrimos um canal perigoso, nossas armaduras tendem a ir ao chão, ficamos vulneráveis e desprotegidos, e alguns espíritos usam de nossa fraqueja para nos atingir. Acabamos por nos sintonizar naquela frequência negativa, tudo fica enegrecido em torno da pessoa, parece que a esperança acabou, porque esses espíritos acabam por nos induzir e acentuar ainda mais determinados sentimentos.

Infelizmente muitos médiuns nos chegam até nós no fundo do poço, completamente vampirizados, porque cederam a essas forças nefastas, obsidiados, precisam não só da força de seus guias e mentores mas de toda uma egrégora espiritual que como um exército se prontificará a lhe salvar o espírito, resgatando sua força de viver. É por essas e outras que é tão preocupante quando vemos uma pessoa desmotivada sem vontade de viver.

A desmotivação tem levado a muitos danos e perdas, pode sim ser algo momentâneo como mencionei, algo passageiro, uma doença que após o paciente medicado com uma boa dose de motivação e encorajamento acaba rapidinho, mas como todo mal se não tiver conscientização imediata, incentivo, poderá se tornar algo muito danoso e perigoso, levando a consequências terríveis, uma dessas consequências que temos presenciado é o “suicídio”, que é a fuga, a falta de vontade de viver, é quando a pessoa usa do seu sopro para desligar o botão o laço que liga sua vida a esse mundo, é muito triste, porque se essas pessoas tivessem tido talvez a palavra certa na hora certa, muitos não teriam feito tal ato.

A vida está aí, linda e bela, temos inúmeros motivos para nos motivar, mas como seres humanos falíveis tendemos a sempre olhar para o lado ruim da situação, hoje em dia viver nos dias atuais onde nossos antepassados diziam é uma luta, hoje em dia está sendo uma guerra, são muitas dificuldades e obstáculos, mas temos graças a Deus e aos Orixás uma arma forte e imbatível, nossa Fé, e ela tem que ser renovada todos os dias, é em pensamentos, nas boas palavras e ações. Quando temos Fé sempre há uma luz no final do túnel a nos guiar, que nossa luz chegue na frente, derrubando todas as muralhas escuras impostas. E quando nossa Fé fraquejar, está na hora do filho de pemba, se colocar de joelhos novamente e orar. A oração aquieta e acalma nos dando condições de pensar e sempre aparece uma boa saída.

Por isso, cuidado com a desmotivação, encoraje-se, motive-se, tenha Fé que não há mal que dure para sempre. Tudo passa.


Cristina Alves


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01/05/2017

Livro: O Espiritismo, a Magia e as Sete Linhas de Umbanda

Antônio Eliezer Leal de Souza foi jornalista, poeta, ensaísta, militar… e escreveu os primeiros livros sobre a Umbanda. O primeiro é de 1925: “No Mundo dos Espíritos”.  Em 1933, escreveu a primeira edição de “O Espiritismo, a Magia e as Sete Linhas de Umbanda”. Tratava-se de um livro extremamente raro, até que, em 2008, foi editado pela segunda vez, por iniciativa altamente louvável da Editora do Conhecimento.

No início do século XX, imperava uma profusão de cultos e rituais estranhos e voltados ao baixo espiritismo. Era necessário esclarecer a opinião pública e as autoridades sobre a real natureza da doutrina umbandista, para evitar a discriminação de seus adeptos e até a prisão de seus dirigentes. Apesar de jornalista, Leal de Souza nunca usou de sua profissão para promover proselitismo religioso, passando a escrever sobre o assunto por iniciativa de jornais como o “Diário de Notícias” e “A Noite”, interessados na repercussão que o assunto tomava à época.

Assim, o livro é uma compilação desses artigos. São textos sintéticos, mas estruturados brilhantemente: acabamos vislumbrando um panorama das práticas espirituais da época, mediante um contraponto entre a Umbanda e as práticas de magia negra. O autor também discorre sobre a importância de Zélio de Moraes e o Caboclo das Sete Encruzilhadas; as “sete linhas brancas”; os orixás, guias e protetores.

Vários outros temas, muito interessantes, estão nesse livro singelo, mas fundamental para quem quiser saber mais sobre a Umbanda, em suas raízes: Leal de Souza foi frequentador da Tenda Nossa Senhora da Piedade durante anos, e dela só se afastou para atender às instruções do Caboclo das Sete Encruzilhadas, que o incumbiu de dirigir, pessoalmente, a Tenda Nossa Senhora da Conceição.

Desvendando a Umbanda




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26/04/2017

Umbanda é Pé no Chão!

Umbanda é Pé no Chão!

Todo Umbandista já deve ter ouvido a frase “Umbanda é pé no chão”. Mas será que todos sabem o porque de ficarmos descalços em nossos terreiros? São três motivos principais.

O primeiro é que o solo representa a morada dos nossos antepassados e quando estamos descalços tocando com os pés no chão estamos entrando em contato com estes ancestrais e, consequentemente, com todo o conhecimento e a sabedoria que esse passado guarda.

O segundo motivo pelo qual tiramos os calçados é o respeito ao solo sagrado do terreiro. Imagine que vir da rua com os sapatos sujos e entrar com eles onde nossos trabalhos espirituais são realizados seria como alguém entrar em nossa casa carregando uma montanha de lixo que vai caindo e se espalhando por todos os cantos. Diante desta situação você diria o quê? No mínimo que essa tal pessoa não tem respeito por você ou pela sua casa.

O terceiro motivo é o fato de que naturalmente nós atuamos como “para-raios” e ao recebermos qualquer energia mais forte, se estivermos descalços sem nenhum material isolante entre nosso corpo e o chão, ela automaticamente se dissipa no solo. É uma forma de garantir a segurança do médium para que não acumule ou leve determinadas energias consigo.

Além de tudo isso podemos dizer também que realizar nossos trabalhos espirituais descalços é uma forma de representar a humildade e a simplicidade do Rito Umbandista.

Vale lembrar que no início este costume, nos cultos de origem africana, tinha outro significado. Os pés descalços eram um símbolo da condição de escravo, de coisa, uma vez que o escravo não era considerado um cidadão e estava, por exemplo, na mesma categoria do gado bovino das fazendas. Quando liberto a primeira coisa que o negro procurava fazer era comprar sapatos que eram o símbolo de sua liberdade e, de certa forma, faziam com que ele fosse incluso na sociedade formal. O significado da “conquista” dos sapatos era tão profundo que muitas vezes eles eram colocados em lugar de destaque na casa para que todos os vissem. No entanto, ao chegar ao terreiro, espaço que havia sido transformado magisticamente em solo africano, os sapatos tornavam-se novamente apenas um símbolo de valores da sociedade branca e eram deixados do lado de fora. Ali os negros sentiam-se de novo na África e podiam retornar à sua condição de guerreiros, sacerdotes, príncipes, caçadores, etc.

Tenho certeza que agora entrar descalço no terreiro terá um outro valor e sentido.

Mônica Caraccio




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16/04/2017

Casamento na Tulca

Sentimo-nos honrados em realizar mais um Casamento na Umbanda! Parabéns aos noivos! Que a luz deste dia, irradiada por todos os Orixás, os ilumine hoje e sempre!

Casamento na Tulca

Casamento na Tulca

Casamento na Tulca

Casamento na Tulca

Casamento na Tulca

Casamento na Tulca

Casamento na Tulca

Casamento na Tulca

Casamento na Tulca

Casamento na Tulca

Casamento na Tulca

Casamento na Tulca

Casamento na Tulca



Casamento na Tulca

Casamento na Tulca

Casamento na Tulca

Casamento na Tulca

Casamento na Tulca

Casamento na Tulca

Casamento na Tulca

Casamento na Tulca

Cerimônia de Casamento realizada na Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca, pela Sacerdotisa Ednay Melo, em 15 de abril de 2017




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07/04/2017

Livro: A Saga de uma Sinhá



A SAGA DE UMA SINHÁ
Pelo Espírito Luís Fernando - Pai Miguel de Angola
Médium: Maria Nazareth Dória

É sempre muito emocionante termos a oportunidade de apreciar uma obra que narra sobre os tempos da escravidão no Brasil. Tempos de irracionalidade humana, a tratar seres humanos como diferentes somente porque nasceram com outra cor de pele. Pessoas, humanas, irmãos que sofreram a perda da própria identidade, a perda de suas origens, a perda de liberdade, a perda de sentido para a vida, submetendo-se humildemente aos caprichos insanos de tantas almas involuídas a lhes trilharem caminhos tortuosos de muitas dores e incertezas. Mas tudo o que acontece entre o céu e a terra tem a sabedoria de Deus a iluminar as consciências de que há sempre um propósito, um alerta, de que todo sofrimento pode ser modificado pela ação do próprio homem. Esta grande obra, através da história de Pai Miguel, é obra considerada romance espírita, mas para nós umbandistas temos mais uma oportunidade de sentir as bem-aventuranças de um valoroso Preto Velho a nos presentear com a sua sabedoria e amor. Sem proselitismos, pois sabemos que o espírito imortal está em toda parte, em todas as religiões, vestido perispiritualmente com a aparência que queira ou necessite. Segue abaixo um trecho do livro, em que ele nos deixa a sua mensagem, para a nossa reflexão. Saravá! (Ednay Melo)

Trecho do livro:

(...) Morri sem sofrimento nenhum; pelo contrário, foi em um dia de festa que meu espírito se apartou do velho corpo. Naquele dia eu cheguei a ver uma estrela cruzando o céu e um vaga-lume passando perto da janela... Bem que desconfiei que era o último presente que Deus me dava na terra.

Hoje, totalmente consciente de que os meus deveres continuam, procuro me envolver em trabalhos de ajuda a outros irmãos. A minha contribuição é pequena, mas pode auxiliar muitos filhos que necessitam se sustentar na mão de um velho amigo.

Meus amados filhos, tudo o que vocês enxergam existe! E muitas coisas que os seus olhos não enxergam também existem, e como existem!

Muitas vezes presenciamos correntes de sofrimento tão pesadas que são bem piores que as correntes usadas nos antigos negros escravizados. Aquelas correntes prendiam o corpo físico, doíam na carne, mas a alma era livre e sadia. E isso atinge a todas as famílias, seja de brancos, seja de negros. Os carrascos chamados drogas, corrupção, violência e tantas novas doenças, tantos novos sofrimentos que naqueles tempos não nos atingiam, hoje aprisionam tantos jovens, mutilando seus corpos físicos e enlouquecendo suas almas!

Desde aqueles tempos, já pressentíamos que o descaso e o abuso no tratamento com a mãe Terra iriam trazer consequências dolorosas para os viventes do planeta. Começaram com as derrubadas, e as matas foram desaparecendo; o fogo queimava a terra e matava os animais. Os rios secavam; os peixes morriam envenenados. A pesca nos mares não só matou enormes quantidades de peixes como poluiu as águas.

A ganância ultrapassou os limites; os homens esqueceram suas diferenças de cor, mas começaram a enxergar outra coisa bem pior: a moeda! Se tiver dinheiro, tanto faz ser branco ou preto, o que vale mesmo é a quantia que se tem no bolso.

Vieram as guerras pelo poder, inventaram armas e mais armas, gastaram quantias enormes em invenções que não vão levar o homem a lugar nenhum. Enquanto isso, as doenças se alastram, e a pior fome que existe para o homem, que é a falta de amor, toma conta dos lares.

E nas novas previsões que tenho ouvido por aí, tanto dos estudiosos encarnados na Terra quanto dos amigos aqui de muitas esferas espirituais, se não houver um movimento mais rigoroso que o da libertação da escravatura, o planeta não terá condições de se sustentar em sua rotação.

Filhos do Brasil, filhos do planeta Terra, juntem-se a este movimento de libertação! Libertem o sofrimento da mãe Terra. Plantem e replantem o que arrancaram dela.

Este espírito velho que agora lhes fala já viveu nesse mesmo mundo em que você se encontra agora. Já vi muitas coisas acontecerem. Ouçam bem o que direi, meus filhos: muita coisa boa foi trazida e colocada nas mãos de vocês. Infelizmente, estes benefícios de Deus foram usados de forma errada, e eis aí os resultados: um planeta pendurado por um fio de cabelo!

Com muita consideração e respeito, deixo a cada um de vocês o meu abraço e a minha benção. Continuo do mesmo jeitinho! Confesso que não sinto falta do meu antigo corpo físico; sinto saudade, isso eu não posso negar! Ele muito me ajudou a atravessar as barreiras, e é por isso que sinto saudade. Meu corpo físico foi um instrumento amigo na minha escalada, e através dele conquistei amigos e mais amigos.

Irmãos, nunca é tarde para recomeçar um novo empreendimento. Que tal nos unirmos para fortalecer este movimento de fé? Não estou falando de religião, estou falando de Deus. Eu, por exemplo, pelo bem do nosso Deus entraria em qualquer lugar sem hesitar.

Separados, não somos ninguém; juntos, somos um povo! Deixo a minha mensagem de amor e fé a todos vocês, e espero que tenham gostado dessa minha história: uma história mais real do que possa parecer.

Paz!

Luis Fernando (Pai Miguel de Angola)





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05/04/2017

Os Médiuns Que Se Acham Demais

Os Médiuns Que Se Acham Demais

No tema de hoje, eu quero trazer uma reflexão, eu acho que todo mundo já se deparou com o perfil do nosso tema de hoje, aquele médium que nenhum terreiro é bom o suficiente para ele.

Vamos chamá-lo de o Médium X, o nosso amigo em questão, ele possui características bem distintas, em todo terreiro que ele vá visitar, ele sempre gosta de frisar, sua mediunidade incrível, sua vidência extraordinária, os feitos inacreditáveis de suas entidades, ele chega no terreiro que está visitando como se estivesse vendendo um produto ou uma marca extraordinária, faz uso de um marketing agressivo, gosta de impressionar a todos.

A gente sabe que há vários tipos de dirigentes, desde os mais espertos até os mais tolos, desde os que tem conhecimento, até aqueles que pensam que o tem, isso é um fato.

Para um dirigente mais crédulo ele irá acreditar piamente no X, e poderá até pensar, nossa que máximo se esse médium entrar na minha corrente, será de suma ajuda, estou precisando de médiuns assim, negligenciando talvez alguns pontos que o nosso irmão X mencionou e destacou em suas próprias palavras.

Já um dirigente um pouco mais astuto e sábio, irá ver nosso irmão X com olhos um pouco mais cautelosos, diria até caritativos, amorosos, suas tão formidáveis qualidades, provavelmente irão ceder espaço e chamaram atenção para a vaidade, a arrogância e o orgulho, características bem problemáticas para qualquer médium.

Em sequência no decorrer de uma boa conversa, o dirigente provavelmente irá perguntar de sua trajetória, e logo nosso irmão X se arma como um pavão de penas coloridas, vejamos algumas falas:

” Na casa do Pai Fulano de tal onde trabalhei é uma bagunça, o tal pai de santo não sabe nem para ele, eu tinha que ficar ali corrigindo, senão coitados dos médiuns, e eu chamava a atenção dele na frente de todo mundo mesmo, para ele passar vergonha, onde já se viu.”

Sabemos e temos plena consciência, que com essa nova moda de virar Pai e Mãe de Santo, que muita gente anda aparecendo completamente despreparado para estar conduzindo uma casa religiosa e muito menos a mediunidade e espiritualidade alheia, isso é um fato realmente verdadeiro.

Pode acontecer de um médium entrar para dentro de um terreiro e saber coisas que o dirigente não saiba, claro, porque veja já vi médiuns com seus 30 anos de mediunidade trabalhando singelamente como médiuns de trabalho, não quiseram abrir suas próprias casas, ao contrário do que todo mundo pensa nem todos os médiuns por melhores e aplicados que sejam possuem a missão e condições de serem dirigentes e nem por isso deverão ser vistos com menos valor ou tratam seus dirigentes com arrogância.

Mas todo professor sabe ensinar, tem paciência, tem sabedoria de mostrar conhecimento sem ostentação, é humilde, fatores ai que faltaram no nosso irmão X.

O diálogo sempre tem que ser construtivo e não prepotente.

Apesar de saber que muitos dirigentes por aprenderem errado não se abrem ao diálogo sadio, não se permitem a troca. Melindrosos, não permitem que ninguém os ensine, SABEM DEMAIS em sua convicções, e perdem a chance de mostrar de uma forma inteligente o que sabem e de aprenderem também.

Tem uma frase que gosto muito e que cabe muito bem nessa questão que diz assim:

“Com carinho e gentileza me levas na boca do Inferno, mas com gritos e grosseria não me levas nas portas do Céu”.

Muito ensinamento fica perdido, inutilizado porque as pessoas não sabem ensinar, querem apenas impor.

“MEUS GUIAS NÃO SE ADAPTAM EM TERREIRO NENHUM”

Eu falo para vocês como dirigente, é muito triste ouvir ou ler uma declaração onde um médium fala uma coisa assim, porque denota um desconhecimento tremendo, quantos bons médiuns a gente não vê trabalhando até em casas desequilibradas, onde a presença dos seus guias são fundamentais para aquele grupo e que com o tempo seus guias vão ajudando a reequilibrar a egrégora da casa, ou porque querem mostrar a seus pupilos ensinamento que só com o exemplo pode ser obtido? Pois é.

Guias e mentores não possuem esse tipo de vaidade, fora que um espírito para não se adaptar em lugar algum o problema não é com a casa, é com o médium e com a ordem de espíritos que ele anda se sintonizando, fora que denota uma arrogância e prepotência enorme desse médium como se não houvesse casa boa suficiente para ele.

E muitas vezes são oriundas de médiuns, e espíritos não muito idôneos que não aceitam ordenança, doutrina, médiuns desequilibrados.

“TODA CASA QUE ENTRO, ME ENVOLVEM EM FOFOCAS E NÃO CONSIGO PERMANECER”

Fofoca é uma via de mão dupla se você se envolveu é porque você consentiu, estava ali no meio da roda.

Alguns médiuns falam isso, mas quando você vai buscar informações, ele pode até não ter dito nada, mas estava ali no meio ouvindo tudo, se colocando a par do ibope da semana, então ele foi tão maledicente quanto.

O pior que o perfil desses médiuns é daqueles que nada falaram, mas são o primeiro a ir levar para o dirigente.

São os famosos puxa sacos, destrutivos e leva e trás. Usam os outros como degrau.

Essas são apenas três situações bem corriqueiras, mas há várias outras.

Médiuns extremamente anímicos, que literalmente passam a carroça na frente dos bois, como bem diz o ditado.

Mistificadores, que um dia já foram realmente bons médiuns mas que se deixaram corromper pela vaidade, arrogância, ganância.

Médiuns com más posturas, mal educados, com falhas graves de doutrina, não conseguem seguir regras e normas.

Orgulhosos não aceitam serem criticados, estão acima de qualquer questionamento quanto as suas maravilhosas qualidades mediúnicas.

As vezes um conselho, nem diria uma critica, pode salvar todo o caminho de um médium, evitando que ele se perca em sua missão.

E tem aqueles que se acham tão bons que não querem trabalhar em terreiro algum, viram verdadeiros nômades, ficam 3 meses num terreiro, 6 meses em outro, e assim por diante, não conseguem passar de 1 ano numa casa fixa, não conseguem manter raízes, criar uma história, uma herança.

Se esquecem que para ensinar é preciso aprender, que para ser bom pai e mãe é preciso ser bom filho.

Em toda casa que vão, não pode começar a tocar o atabaque que eles já começam a querer espiritar, “são tão bons”, mas não possuem firmeza, controverso, fazem da casa alheia uma verdadeira descarga de suas energias negativas, nada contra, todo bom terreiro é para cura de quem está adoentado, é um hospital. O grande problema não é nem esse, o problema é que não admitem estarem passando por momentos de desequilíbrio espiritual, imaginem são tão bons, como assim? tratamento, acompanhamento, fala sério, eu me garanto. Huumm será?

Por outro lado, em suas ignorâncias acham que recebendo seus guias vão mostrar para os outros como eles são bons, trabalham bonito, são firmes.

Muitos até tem bons e excelentes guias mas se perdem na vaidade de suas arrogâncias.

Será que são firmes? será que essa palavra é adequada, um guia não precisa se mostrar para ninguém. Pensemos.

Um detalhe interessante nesta questão, muitas vezes um guia vem em terra, para descarregar seu médium, tem casos e CASOS, as vezes a entidade precisa daquele choque anímico junto ao médium, mas … nem sempre é necessário, porque na hora que o guia está dando o passe, o guia mentor daquele médium já está próximo e o descarrega sem necessariamente ter que estar acoplando a seu médium, principalmente se tratando de médium já firme e com um grau de desenvolvimento bom, é mais comum ver isso em médiuns neófitos que ainda estão no começo de desenvolvimento por não possuírem um maior controle de suas faculdades mediúnicas.

Na realidade os bons médiuns sabem perfeitamente que não podem ficar dando passagem para seus guias em tudo que é terreiro, muito menos permitem que qualquer médium lhe traga seus guias em terra, questões de equilíbrio, doutrina, vigilância.

Não se enquadra nessas questões é claro quando se trata de visitas em outras casas religiosas, ai nesse caso o guia poderá vir em terra para prestigiar a casa daquele irmão.

E temos aqueles que passam a dar passagem a seus guias em casa, isso já foi em várias ocasiões falado que não é algo recomendável e aconselhável, por várias questões espirituais, mediúnicas.

Um dos fatores correlacionados a isso, fora a vaidade e o comodismo, que dentro de uma casa religiosa, de um terreiro tem todo um amparo, e olha que mesmo assim, vira e mexe é um choque energético nefasto que pode surgir, toda casa está sujeita a isso mas para isso temos nossas firmezas e sustentações, a nossa egregora espiritual que irá estar de prontidão.

Agora imaginem um médium que trabalha sem essa sustentação, sozinho, por mais boa vontade que tenha, sem onde dissipar tanta carga energética, por mais que seus guias e mentores sejam bons, ele com o passar do tempo irá virar um imã, adoece, e poderá a vir necessitar de amparo extra espiritual, onde deverá ser socorrido por uma boa casa religiosa, que irá lhe tratar, por essas e outras não é recomendável, deve ser evitado. E todo bom guia e mentor sabe dessas consequências e não irá contribuir para o desmantelar energético de seu médium. Isso se tratando de um médium experiente, agora imaginem de um médium que nem bem desenvolvido foi e se acha em condições de estar prestando atendimento.

O médium que fala que toda casa que ele trabalha, nenhuma casa é boa o suficiente para ele, nenhum lugar é bom, duas ou uma, ou ELE É BOM MESMO, ou ele é um FALASTRÃO.

Vamos analisar com cautela a frase acima, o médium quando ele é um bom INSTRUMENTO MEDIÚNICO, primeiramente ele tem raízes, ele tem experiência de chão de terreiro, tem estudo aprimorado, é idôneo, sério e comprometido, tem uma cultura espiritual sustentável. Nesse caso a própria ordenança divina vai colaborar para que esse médium tenha seu próprio axé ou seja bem aproveitado numa boa casa religiosa, ele terá amparo, sustentação, missão e ordenança, e não fugirá de suas responsabilidades. Quando falo de tempo, estou falando de tempo preenchido e não de caçambas vazias.

Agora quando você se depara com um médium com muito pouco do que está citado acima, e quando questionado, tipo: “Você é tão bom, porque você não abre um terreiro então para você” , e em seguida vem com ns. desculpas e argumentações e diz: não quero isso para mim, ele no mínimo é um FALASTRÃO, porque sempre é muito fácil criticar o trabalho, a missão alheia, o duro é arregaçar as mangas e se colocar em serviço, infelizmente tem muito médium assim, que não sabe o quanto é difícil manter uma casa religiosa nos dias de hoje, o lidar com o ser humano nunca foi e nunca será uma tarefa fácil.

É fácil dizer que a carga está leve quando não é no nosso lombo que está pesando.

FALASTRÃO também se enquadra naquele médium que não tem nenhuma experiência de chão de terreiro sustentável, nem estudo suficiente e bagagem mediúnica e espiritual, e lá com seus 2 anos de desenvolvimento porque fez um cursinho, pegou um diploma e se acha CAPACITADO para estar abrindo um TERREIRO DE UMBANDA. Infelizmente é a nova moda do momento para que ser filho de santo se pode pular etapas e ser pai e mãe de santo, se esquecem que em todo exercito para se chegar a general se aprende a ser soldado primeiro, as consequências já estamos vendo, médiuns sugestionáveis, extremamente anímicos, mistificadores, corrompendo mediunidades e desequilibrando vidas.

É muita arrogância, muita petulância, se colocar acima dos próprios guias e mentores, tem muito médium se achando guia em terra, muita vaidade que não combina com as leis sagradas de Umbanda.

Médiuns chegando agora, questionando e modificando doutrinas antigas a seu bel prazer. Doutrinas que foram pilares da Umbanda e hoje estão sendo consideradas ultrapassadas.

O médium precisa ter senso crítico antes de culpar o outro, apontar o erro, olhar para si próprio e pensar, se ele é tão bom assim, porque não contribuiu, não agregou, não fortaleceu. Não deixaram? pode acontecer, mas o bom médium é servidor da caridade, serviço não lhe falta seja onde for. Vamos procurar ser úteis.

É muito fácil querer e se achar acima do bem e do mal, agora fazer a diferença são para poucos.

Médium bom é médium humilde, não precisa de marketing pessoal, a sua bondade, o seu caráter, a sua índole fala por si mesmo. A sua obra é seu estandarte.

Médium bom é aquele que respeita o mestre, sabe ser discípulo dos guias e mentores.

Médium bom é instrumento afinado com as leis disciplinatórias e doutrinárias.

Fala pouco e ouve muito.

Médium bom é honesto, sincero, caridoso, não é ostensivo, manipulador, mercenário.

Enfim meus irmãos, quando se acharem muito bons, vejam e analisem para quem realmente estão sendo bons, se para alimentar o vosso ego, ou para o bem e a caridade pelas quais carregam suas missões mediúnicas e espirituais.

Sejamos úteis, prestativos, caritativos, nossa mediunidade não é para vaidades e arrogâncias tolas, mediunidade estagnada é como a água parada que fica turva e poluída e atrai insetos e doenças. Pensemos.

Que nossos falangeiros de Oxossi nos tragam a sabedoria tão necessária para nossa evolução, que seus conselhos nunca nos faltem, e que sempre tenhamos tempo para ouvi-los.

Paz e Luz a todos.

Cristina Alves






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