Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

11/09/2023

Ibejis e Mestres Juremeiros 2023

Nossa homenagem aos Ibejis e Mestres, gira pública em 09/09/23. Saravá Ibejis e Sonbonirê Reis Malunguinho!


Ibejis e Mestres Juremeiros 2023

Ibejis e Mestres Juremeiros 2023

Ibejis e Mestres Juremeiros 2023

Leia a mensagem do Mestre Malunguinho, proferida nesta gira do dia 09/09/23, canalizada por Mãe Ednay:


AQUI SE FAZ, AQUI SE PAGA

Tem um ditado popular que diz: "Aqui se faz, aqui se paga."

Não duvide: Todas as suas ações retornam para você, se não for nessa vida é em outra, isso tanto para o bem quanto para o mal. Essa é a principal causa dos sofrimentos.

Tem gente que não se conforma: "Nunca fiz nada de mal, no entanto sofro tanto..."

O mal que você cometeu pode não ser desta vida, são infinitas vidas que se tem, em cada uma delas vocês aprontam, mas também trabalham bonito, então vai depender das suas ações o sofrer ou as recompensas que se adquirem nesta vida.

Quando encarnada a pessoa não lembra do que fez em outras vidas, se lembrasse talvez não aguentasse viver, por isto é providência divina o véu do esquecimento.

Vou contar uma história de uma senhora que vivia no umbral, que é lugar de muito sofrimento no plano espiritual, uns chamam umbral, outros chamam de outros nomes.

Ela sofreu tanto que já estava perdendo as feições humanas, a aparência dela já estava "desumana", ou seja, não parecia um ser humano, nem eu tenho a permissão de dizer como era essa aparência.

Sofria muito essa senhora. Mas tinha uma pessoa na Terra que rezava muito para ela, e de tanto rezar as preces foram atendidas e a senhora foi resgatada do umbral. Eu fui um dos que ajudou nessa missão.

Foi levada para um hospital espiritual e lá ficou por muito tempo para ser tratada. Quando recuperada, foi dada a ela a dádiva da reencarnação, essa permissão para reencarnar foi uma chance para resgatar os seus débitos.

A sua vida no corpo físico também foi de muito sofrimento, e piorava porque ela reclamava muito, era inconformada. Ela sofria com dores nos ossos e músculos que a incapacitava para trabalhar e, por isto, passava por privações financeiras.

Ela tinha uma amiga que era sua vizinha, que se compadecia com o seu sofrimento. Então, pensando em como ajudar a pobre mulher, a convidou para ir a sua Igreja: "Aprenda a rezar que vai lhe ajudar!" Ela só sabia reclamar e nunca rezar, porque reclamar é mais fácil.

Ela conseguiu rezar e se sentiu tão bem que retornou todos os dias para a Igreja, e assim foi rezando e se sentindo melhor... É assim mesmo, Deus e a espiritualidade às vezes atendem as preces com rapidez, para que aquela pessoa creia e se fortifique na fé.

Séculos após o seu desencarne, ela pode entender o que se passou com ela: Em uma de suas vidas ela foi parteira, e praticava aborto para as senhoras ricas da sociedade, ela vendia esse serviço. Esse o motivo do seu sofrimento no umbral e também na Terra.

Porém, ela foi salva pela amiga vizinha. Sabem quem era essa amiga? Que por sinal era a mesma pessoa que em outra vida rezava por ela, enquanto estava no umbral?

- Essa pessoa era uma das crianças que ela não tinha deixado nascer.

Esse ser de luz a perdoou e pediu por ela. Por isto cresceu ainda mais em luz! E ajudou a sofrida mulher a encontrar a sua própria luz!

Moral da história: Não lamentem nunca os sofrimentos, porque eles têm uma razão de ser. Agradeçam e peçam para que sempre sejam dadas oportunidades para que se livrem deles e cresçam em luz, como a história que o Mestre contou!

Mestre Malunguinho - Canalizada por Mãe Ednay - Gira Pública na Tulca em 09/09/23


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27/08/2023

Influências para a Constituição da Umbanda

Influências para a Constituição da Umbanda


A Umbanda se propagou no Brasil mesclando elementos do espiritismo, do catolicismo, dos indígenas e principalmente do candomblé, que é uma religião de matriz africana. 


INFLUÊNCIA AFRICANA

A influência africana na Umbanda é fundamental, uma vez que a religião tem suas raízes nas tradições religiosas africanas trazidas pelos escravos que foram trazidos para o Brasil durante o período colonial.

A Umbanda incorpora elementos das religiões africanas, como o Candomblé, por exemplo.

A influência do candomblé na Umbanda é bastante significativa. A Umbanda é considerada uma religião sincrética, ou seja, ela incorpora elementos de várias tradições religiosas, sendo o candomblé uma delas.

Essas influências africanas são percebidas principalmente nas práticas rituais, no culto aos orixás e nos ritmos musicais e danças presentes nos terreiros de Umbanda.

Os orixás, divindades da religião africana, são cultuados na Umbanda como energias da natureza que estão ligadas a qualidades específicas. Eles são reverenciados nas giras de terreiro através dos pontos cantados e preces, as incorporações dos seus falangeiros, espíritos que representam os Orixás, são marcadas pela distribuição do axé da natureza, para o reequilíbrio energético dos encarnados.

Existem diferenças significativas nestas duas religiões, por exemplo, os Pretos Velhos, que são espíritos com roupagens ancestrais africanos muito reverenciados na Umbanda, podem ser relacionados aos voduns e aos antepassados cultuados no candomblé.

A música são os pontos cantados de cada linha ou falange espiritual da Umbanda, pode ser acompanhada ou não pelo som de atabaques, mas predomina o uso de palmas, que intensifica o alcance a nível astral. No candomblé, as músicas são na maioria em língua iorubá, na Umbanda em português.

A Umbanda é uma religião que abraça e valoriza as suas origens africanas.

No entanto, é importante destacar que a Umbanda não é simplesmente uma continuação do candomblé. Embora haja essa influência e semelhanças, a Umbanda é uma religião independente, com sua própria doutrina e filosofia. A Umbanda possui um caráter inclusivo, aberto a pessoas de diferentes origens étnicas e religiosas, o que a diferencia do candomblé, que é uma religião específica das tradições africanas.


INFLUÊNCIA INDÍGENA

A influência indígena na Umbanda varia de acordo com a região geográfica e o contexto histórico em que se desenvolve a prática religiosa. A Umbanda é uma religião afro-brasileira que mescla elementos das culturas africanas, indígenas e europeias.

Na Umbanda, a influência indígena é percebida principalmente em relação aos elementos da natureza, na relação com os espíritos da natureza e na incorporação de entidades espirituais que representam  os indígenas, que são  os Guias Caboclos, guias espirituais que oferecem orientação e cura. Eles têm uma conexão profunda com a natureza e são conhecidos por transmitir sabedoria, proteção e força.

Além disso, algumas práticas rituais na Umbanda envolvem o uso de plantas medicinais e rituais de purificação, como a utilização de banhos de ervas e defumadores, que também têm influência indígena. A relação com a natureza é fundamental na Umbanda, assim como na cosmovisão indígena, e isso se reflete nas crenças e práticas religiosas.

Em resumo, a influência indígena na Umbanda é significativa e se manifesta através da incorporação de entidades espirituais indígenas ou que os representam, do uso de elementos da natureza, da valorização da sabedoria ancestral indígena e das práticas de cura baseadas nas plantas medicinais.


INFLUÊNCIA EUROPEIA

A influência europeia na Umbanda é menos proeminente em comparação à influência africana e indígena. No entanto, é possível identificar algumas contribuições europeias na religião.

Durante o processo de colonização do Brasil, os europeus trouxeram consigo suas próprias crenças e práticas religiosas, como o catolicismo. Na Umbanda, pode-se observar elementos sincréticos do catolicismo, como a utilização de imagens de santos. Muitos terreiros de Umbanda possuem um altar com imagens de santos católicos, que são cultuados como Orixás e Guias.

Além disso, alguns aspectos das práticas rituais na Umbanda, como o uso de velas e incensos, podem ter influência das tradições europeias. O uso da água também é comum nos rituais, sendo uma prática tipicamente católica incorporada à Umbanda.

É importante ressaltar que a Umbanda é uma religião sincrética, que integra diferentes influências e tradições religiosas. Portanto, a influência europeia na Umbanda é mais sutil e variada, se mesclando com outras influências, como a africana e indígena, formando uma religião única e rica em diversidade cultural.


INFLUÊNCIA DA DOUTRINA ESPÍRITA

A influência da doutrina espírita na Umbanda é significativa e está presente na sua estrutura e filosofia. A Umbanda é considerada uma religião espiritualista, que acredita na comunicação com os espíritos e na continuidade da vida após a morte, conceitos que são centrais na doutrina espírita.

Allan Kardec, o fundador do espiritismo, é frequentemente citado e respeitado na Umbanda. Muitos umbandistas veem a Umbanda como uma manifestação religiosa que mantém conexões com o espiritismo, especialmente em relação à prática da mediunidade.

Na Umbanda, a mediunidade é considerada um dom divino, instrumento  de evolução espiritual. Os médiuns atuam como intermediários entre o mundo espiritual e o mundo terreno, recebendo mensagens, orientações e ajudando na cura espiritual. Essa prática mediúnica é ensinada na doutrina espírita, que enfatiza a mediunidade como condição de comunicação com os espíritos desencarnados.

A maior influência do espiritismo se refere ao entendimento da reforma íntima e da prática da caridade para a evolução espiritual. Bem como a crença na reencarnação e na lei do retorno, ou seja, o mal ou bem que se pratica retorna para si mesmo nesta vida ou em próximas.

No entanto, é importante ressaltar que a Umbanda é uma religião independente e possui suas próprias características e rituais, diferentes do espiritismo. Embora existam influências do espiritismo na Umbanda, cada religião tem sua própria individualidade e identidade. A Umbanda é marcada pela sua diversidade cultural e influências de outras tradições religiosas, como o candomblé africano e as religiões indígenas.

Por Mãe Ednay - Dirigente da Tulca 




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13/08/2023

Omulu e Exus 2023

 Omulu e Exus 2023

Omulu e Exus 2023

Omulu e Exus 2023

Omulu e Exus 2023



Omulu e Exus 2023



Omulu e Exus 2023

Omulu e Exus 2023


Homenagem Tulca ao Pai Omulu e aos Exus Guardiões 2023. Muito axé a todos, saúde e proteção!


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06/08/2023

A Diversidade na Umbanda

A Diversidade na Umbanda

A diversidade na Umbanda refere-se à variedade de práticas, crenças, rituais, linhas de trabalho, tradições regionais e culturais presentes dentro da religião. É importante ressaltar que a diversidade é um componente central da Umbanda, que promove a inclusão e a aceitação de diferentes perspectivas e vivências religiosas.

A diversidade na Umbanda pode ser vista, por exemplo, nas diferentes linhas de trabalho que existem, como a linha dos pretos velhos (arquétipo de sabedoria e humildade), a linha das crianças (que trabalha com espíritos infantis), entre outras; ou nos diferentes Orixás cultuados em cada Templo, em outros não cultuam Orixás, apenas os Guias ou entidades de Umbanda.

Há também variações regionais na Umbanda, com práticas e conceitos específicos de diferentes partes do país. Por exemplo, no Sudeste, a Orixá Iemanjá é sincretizada com Nossa Senhora dos Navegantes, cujo dia comemorativo é 02 de fevereiro; já no Nordeste é sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, cujo dia comemorativo é 08 de dezembro. Outros vários fatores variam de acordo com a Região, como as cores atribuídas a cada Orixá e Linhas de trabalho.

Além disso, cada centro de Umbanda pode ter suas próprias peculiaridades e tradições, que são influenciadas pelas experiências individuais dos membros e pelos guias espirituais que atuam no local.

Em suma, a diversidade na Umbanda se manifesta na pluralidade de formas de praticar, cultuar e entender a religião, abraçando a riqueza das diferentes expressões espirituais e culturais dos seus praticantes.

A diversidade na Umbanda existe por várias razões.

Primeiro, a Umbanda é uma religião sincrética que se originou no Brasil, combinando elementos do catolicismo, espiritismo, candomblé e cultos indígenas. Cada um desses elementos contribui para a diversidade de práticas, rituais e crenças dentro da Umbanda.

Além disso, a Umbanda é uma religião inclusiva, que acolhe pessoas de diferentes origens étnicas, sociais e culturais. Isso resulta em uma diversidade de adeptos que trazem suas próprias perspectivas, experiências e tradições para a prática da Umbanda.

Outro fator que contribui para a diversidade na Umbanda é o fato de ser uma religião que permite a comunicação com os espíritos, o que significa que os médiuns e praticantes podem ter diferentes conexões espirituais e experiências individuais. Isso leva a uma variedade de crenças e práticas relacionadas aos espíritos e guias espirituais.

Em resumo, a diversidade na Umbanda surge da combinação de diferentes influências religiosas, da inclusão de pessoas de diferentes origens e experiências, e da comunicação individual com os espíritos. Essa diversidade enriquece a religião e permite que ela se adapte às necessidades e crenças de seus praticantes.

A diversidade na Umbanda pode trazer numerosos fatores positivos e negativos. Alguns exemplos destes são mencionados abaixo:

Fatores positivos da diversidade na Umbanda:

1. Pluralidade cultural: A diversidade na Umbanda permite a incorporação de diferentes elementos e influências de culturas africanas, indígenas e europeias. Isso enriquece a religião, promovendo uma maior compreensão e aceitação entre distintos grupos.

2. Respeito à diferença: A Umbanda promove a valorização das diferenças e a aceitação de cada indivíduo como único, independentemente de suas origens étnicas, sociais ou religiosas. Essa valorização da diversidade contribui para a formação de uma sociedade mais inclusiva e tolerante.

3. Acesso a diferentes conhecimentos espirituais: A diversidade de tradições religiosas presentes na Umbanda proporciona uma variedade de conhecimentos e práticas espirituais, permitindo que cada pessoa encontre uma conexão com o divino que mais se identifica e lhe traga benefícios.

Fatores negativos da diversidade na Umbanda:

1. Conflitos entre grupos: A diversidade também pode gerar tensões e conflitos entre diferentes grupos dentro da Umbanda, especialmente quando há divergências de crenças, práticas e rituais. Esses desentendimentos podem prejudicar a união e a harmonia entre os praticantes.

2. Preconceito e discriminação: Infelizmente, algumas pessoas podem alimentar preconceitos e discriminação contra determinadas práticas, linhas espirituais ou tradições presentes dentro da Umbanda. Esses comportamentos podem gerar exclusão e marginalização de determinados grupos, limitando a plena participação e expressão religiosa dos seus membros.

3. Dificuldade em definir uma identidade unificada: Devido à sua diversidade, a Umbanda pode enfrentar dificuldades em definir uma identidade religiosa unificada, o que pode impactar a sua representação e aceitação na sociedade em geral.

É importante lembrar que essas são apenas algumas possibilidades, e que a diversidade dentro da Umbanda pode se manifestar de diversas outras maneiras, tanto positivas quanto negativas.

É possível que a Umbanda tenha algum tipo de órgão regulador no futuro, para torná-la homogênea, assim como várias outras religiões possuem. No entanto, isso depende de vários fatores, como a vontade e o consenso dos praticantes da Umbanda, bem como questões legais e sociais. A Umbanda é uma religião que tem várias tradições e vertentes, e a diversidade é parte da sua natureza. A possibilidade de se tornar uma religião homogênea vai depender do desenvolvimento e das escolhas feitas pela comunidade umbandista ao longo do tempo.

Mãe Ednay - Dirigente da Tulca 



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31/07/2023

Sem vontade de ir para o Terreiro

Sem vontade de ir para o terreiro


Quem nunca sentiu aquele desânimo antes de ir a uma gira?

Quem já quase não desistiu de ir ao Terreiro?

Isso acontece com todos e é absolutamente normal.

O problema na maioria das vezes não está em você ou no cansaço decorrente a um dia de trabalho... Mas sim nas vibrações que estão ao seu redor.

Para dez Guias espirituais (espíritos de luz) há cerca de mil espíritos obsessores, os quais dependem de nossas vibrações e o nosso atraso para que ganhem forças. A maior estratégia de um obsessor é desproteger, então lhe pergunto: Onde você ganha mais proteção espiritual? Exatamente, no centro de Umbanda, no Terreiro!

Já diziam: Orai e vigiai!

Não diziam a toa, estamos sim regados de proteção... Mas que se coloca cada vez mais próxima de nós se tiver a nossa colaboração. E como colaborar?

Vigiando e orando, usando o nosso livre arbítrio para que sejamos um ímã a atrair as boas vibrações. E elas automaticamente afastarem as más vibrações.

Quando aquele desânimo bater, não o deixe entrar. Use de suas ferramentas, que são as diversas formas de comunicação com o Sagrado: Reze, faça uma oração com um copo de água, afirme seus pensamentos, tome aquele banho de ervas (banho de defesa contra más vibrações), lute contra esses obsessores atraindo as boas vibrações se provendo de proteção espiritual e posteriormente ao ir para o Terreiro... Se edificando e afastando o mal de vez.

Olha que engraçado, mesmo desanimado, quando você insiste e vai ao Terreiro, chegando lá o ânimo volta e você sai de lá renovado, mas porquê?

Porque obsessores não entram em locais como um centro de Umbanda (temos nossos guardiões).

Obsessores tentarão te convencer a não ir se proteger e tentando lhe impedir de crescer espiritualmente. Portanto, lute contra esse desânimo, com absoluta certeza ele não faz parte de seu cansaço.

Obsessores usam o cansaço do dia para um impulso a lhe impedir de se proteger, lhe deixando dez vezes com a sensação de estar ainda mais estafado... Não seja um alvo fácil!!!

E não é só sensação de cansaço não, eles também induzem todo tipo de pensamento ruim contra o terreiro ou contra alguém de lá. Induzem o pensamento de que qualquer mal estar ou doença que tenha seja culpa do terreiro. Eles não querem te ver no lugar certo para a sua evolução, te querem desprotegidos para continuarem te dominando.

Lute, resista e persevere em suas obrigações com o Sagrado e com o Terreiro, e lute contra os maus pensamentos.

A.D.


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26/07/2023

Eu não Tenho uma Mediunidade Forte

Eu não tenho uma mediunidade forte


Eu não tenho uma mediunidade forte, nunca nem cheguei perto disso. Não sou daquelas pessoas que olham e dizem “esse daí tá incorporado de verdade”.  Ao contrário, não sou muito o médium mais popular.

Também não diria que minhas incorporações são bonitas. Os movimentos, tanto na chegada quanto na ida, são simples e comuns. E rápidas, mal dá para cantar os pontos. Não porque acelero, é só o meu jeito mesmo.

Quando passam com as entidades que trabalho, elas não adivinham toda a vida da pessoa. Não prometem solução certeira, não respondem se o relacionamento vai dar certo ou não.

O milagre, coisa mais rara de se ver. Melhor falar em tratamento, que é lento, exige muito do consulente, com seus altos e baixos. Se preciso, os guias orientam procurar médico, cuidar da saúde, movimentar o corpo.

Seria eu um médium sábio? Mais difícil ainda de afirmar. Durante os atendimentos, tantas vezes escuto situações que não tenho ideia em como ajudar. Ainda bem que são as entidades a responder.

Passo por dificuldades na vida como qualquer pessoa. Às vezes as contas apertam, há conflitos nos relacionamentos, a gripe me pega. Fico triste, desanimado e confuso, forço-me a sair da cama.

Minha fé também não é inabalável. Há momentos que duvido, que quero desistir, fico inseguro com as minhas escolhas, questiono o sagrado. Há dias que vamos no terreiro mais por hábito do que por vontade legítima.

Não tenho todas as respostas, estou longe de saber tudo. Assusta-me quando alguém pede orientações que impactarão toda a vida dela, assim como me assusta quando alguém deposita em mim e na minha mediunidade a esperança de mudarem sua vida.

Por que realizo essas confissões? Tenho refletido em como nossa religião perde quando cria um ideal de médium “forte e firme”. Aquele que teria uma mediunidade inquestionável, totalmente confiável, capaz de assegurar a solução dos nossos problemas e dar respostas às nossas angústias.

Entretanto, quando observo a realidade dos terreiros, não é isso o que eu encontro. E sim, médiuns que enfrentam os mesmos conflitos que eu, mas buscam mascará-la através dessa roupagem de “médium forte”.

É preciso humanizar nossa relação com o sagrado, numa abertura e honestidade com nossos sentimentos. Não são as entidades que cobram esse ideal de “médium forte”, mas os próprios irmãos de corrente e consulentes. Resgatemos um desenvolvimento espiritual que não se baseie no olhar do outro, mas antes, num verdadeiro crescimento interior.

A.D.



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27/06/2023

Fotos Tulca 2023

Nossa homenagem aos Orixás e Guias do ano 2023:

Oxóssi - Jan/23 
Oxóssi 23

Oxóssi 23


Ogum - abr/23
Ogum 23

Ogum 23



Pretos Velhos e Povo Cigano - mai/23
Ciganos 23

Povo Cigano 23

Pretos Velhos 23

Tulca



Xangô - Jun/23
Xangô 2023



Xangô na Tulca 2023




Oxum e Boiadeiros - jul/23
Aniversário de 12 anos da Tulca
Oxum 2023

12 anos da Tulca

Boiadeiros Tulca 2023

Oxum na Tulca 2023

Tulca 2023

Oxum 2023

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