Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

12/09/2019

Reflexão sobre os Sacramentos na Umbanda

Reflexão sobre os sacramentos


Muitas pessoas ficam curiosas para saber se existem alguns sacramentos como batismo e casamento em religiões fora do Catolicismo, e muitas vezes por falta de informação, muitas bobagens são ditas e perpetuadas.

Na Umbanda, por exemplo, existem rituais cerimoniais relacionados ao casamento, batismo e rituais fúnebres, e até mesmo muitos frequentadores da própria religião desconhecem a existência destes sacramentos na religião que seguem.

A verdade é que quer seja por motivos sociais ou históricos, muitos frequentadores da Umbanda buscam a oficialização destes sacramentos tão importantes em suas vidas em outras religiões, procurando, por exemplo, a própria igreja apostólica.

A união celebrada em uma Igreja, tem sua valia apenas dentro da própria. O documento que tem função social, a "certidão de casamento" e é reconhecido legalmente, só pode ser expedido por um cartório. Enquanto o documento religioso cumpre seu papel dentro da Doutrina escolhida.

O que precisa esclarecer é que os médiuns e membros da assistência, que vivem maritalmente mesmo sem as bênçãos da religião, não deixam de ser filhos da Casa. Não há pecado! Ninguém é obrigado aos sacramentos, a escolha é de cada um. A escolha é livre. Todos temos o livre arbítrio!

Mas cabe ao médium parar e refletir sobre a sua própria Fé.

O médium bate cabeça, faz trabalho na cachoeira, incorpora um Preto Velho, louva a magia das ervas, canta pro seu Orixá... Mas casa em outra Religião? Seu ritual fúnebre é o da igreja católica? Será que esse médium é mesmo Umbandista? Será que está na Doutrina certa? Será que sabe o valor de um sacramento?

Vale a reflexão.

Vale ressaltar a importância de todo trabalho mediúnico. A força e o reconhecimento da Umbanda como religião. A magia e todo glamour do simples e humilde.

Na Umbanda, a união é celebrada pela Entidade que abençoa, pelos presentes que emanam energia e por todos os Guias de Luz que vibram em sintonia pela harmonia e amor de todos.

Autoria desconhecida




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11/09/2019

O Valor da Mediunidade

O valor da mediunidade


Joaquim, um espírito recém-desencarnado, cuja vida na terra havia sido péssima, fez um requerimento aos mentores espirituais de planos mais elevados, rogando desesperadamente nova oportunidade para resgatar as dívidas contraídas na extinta existência corpórea. Era tão grande seu arrependimento e tanto o torturava a própria consciência que, ao pedido feito, suplicava novo corpo físico, em qualquer situação, qualquer tipo de existência, por pior que fosse: poderia vir louco, cego, aleijado, mudo, idiota, canceroso, leproso, morfético, fosse o que fosse, pouco lhe importaria. Submeter-se-ia com resignação, mas desejava encarnar-se de novo e para isso, suplicava de joelhos. Levado seu pedido ao alto, Deus, em sua infinita misericórdia, avaliou seus rogos, seus desejos, e atendeu-o; dar-lhe-ia oportunidade para reencarnar-se, porém, dizia a permissão, o filho pedinte não necessitava vir à terra com defeito físico, doença ou perturbações mentais. Apenas uma condição era-lhe imposta: nascesse, na terra, como homem normal, mas viria como médium e comprometer-se-ia a prestar a caridade quatro horas por semana, durante trinta anos, ou seja, dos vinte até os cinquenta anos. Feito isso, sua dívida estaria saldada. Joaquim, é claro, chorando de alegria, reencarnou-se.

Até vinte anos de idade, tudo foi normal. Daí em diante desabrochou-lhe a mediunidade. Passou então a frequentar um templo espírita, trabalhando duas horas na terça e duas horas no sábado. Assim, foi levando placidamente sua existência e até casou.

Voltemos ao plano espiritual. Quarenta anos depois do nascimento de Joaquim, os mentores espirituais depararam com outro irmão necessitado de socorros urgentes, para tanto, tinham de recorrer a um médium na terra, que fornecesse fluídos materiais para sintonizar com a vibração grosseira daquele espírito em desespero, a fim de ser aliviado nos sofrimentos morais, após a necessária doutrinação. Um dos mentores, então, lembrou-se do Joaquim, o irmão que fizera o requerimento pedindo para encarnar-se nas piores condições possíveis, mas que por bondade de Deus, apenas lhe fora imposta a faculdade mediúnica com a finalidade de ressarcir males semeados. Sim, o Joaquim era a pessoa indicada, porque deveria estar em plena atividade, já fortalecido em seu dom e ser-lhe-ia útil naquela emergência. Consultada sua ficha cármica, comprovaram o fato. Daí resolveram conduzir aquela alma sofredora até o médium para que sua mediunidade de incorporação, ajudasse o irmão aflito. E levaram-no até o centro, onde o médium compromissado deveria estar atuando, pois era um sábado, dia de sessão.

Chegando ao centro, os mentores viram outros médiuns, menos o Joaquim… um deles disse apreensivo: “talvez esteja doente… vamos até sua residência e apliquemos-lhe passes magnéticos para revitalizar-lhe, neutralizando algum mal-estar que por ventura tenha sido acometido”.

Verificada a ficha do centro, anotaram-lhe o endereço, para lá rumando. Antes, porém, deixaram o espírito angustiado entregue a outros médiuns daquele templo. Ao chegarem ao lar de Joaquim, encontraram-no. Lá estava ele deitado em uma rede, ocioso e indiferente, tomando uma cerveja. Surpresos, os mentores ainda ouviram a esposa do médium irresponsável perguntar-lhe por que não fora ao centro, pois era dia de sessão. O marido respondeu que fazia muito calor e ele já estava cansado de ficar horas e horas a atender irmãos que compareciam ao centro para aborrecê-lo…

Um dos mentores observou: “Não foi este que pediu para reencarnar-se como louco, cego, idiota, leproso, canceroso ou o que merecesse, desde que lhe fosse permitido reencarnar-se em novo corpo físico?… E Deus, na sua infinita benevolência, tão somente lhe impôs servir como médium, trabalhando quatro horas por semana, dos vinte aos cinquenta anos de idade… E só isso? Ele está agora com apenas quarenta de vida terrena!” É verdade, afirmou o outro e ambos tristes, compadecidos do irmão, se retiraram.

Adivinhem o que irá acontecer ao Joaquim, quando novamente regressar ao mundo dos espíritos?…

Aí está, meus irmãos, a responsabilidade do médium, reflitam e muito cuidado para não incidirem no mesmo erro do Joaquim.

Transcrevi esse texto de J.Edson Orphanake (Livro “Umbanda – Perguntas & Respostas) para que, como diz o autor, reflitamos sobre o valor da mediunidade.



Sim, é necessária muita reflexão e atitude quando nos percebemos ou nos entendemos MÉDIUNS.

A base para essa reflexão deve estar relacionada ao fato de que ninguém é médium por acaso. Há mistérios, compromissos, resgates, missão e um longo passado que não temos acesso nesse momento e nessa realidade, portanto, menosprezar ou achar que a mediunidade é simplesmente um dom, um acontecimentos, uma fatalidade, uma escolha, um desejo, uma vantagem ou desvantagem dessa encarnação, é um grande erro.

Um grande erro também é pensar que a não prática, que a falta de atitude ou de movimento a favor do desenvolvimento da mediunidade pessoal e do compromisso espiritual NÃO interferem no presente, no futuro, no outro, no entorno e ainda no plano espiritual. Dessa forma, pensamentos egocêntricos, em que o desejo e as escolhas pessoais prevalecem sobre o coletivo, só promove a própria dor.

Não posso deixar de compartilhar minha experiência junto a uma querida Entidade Espiritual que, muito antes de eu ter acesso a esse texto já a ouvia falar “quem escolheu, pediu e implorou para voltar como médium trabalhador foi você. Quem se comprometeu, combinou, acordou e jurou doação foi você. COMPROMISSO É COMPROMISSO! Assim agimos no Astral, assim agimos no plano material”.

Triste é que essa fala – mesmo com tantas facilidades atuais, com tantos estudos, livros, informações disponíveis – ainda é dita várias vezes, em quase todas as giras, para várias pessoas diferentes.

Mais triste ainda, é quando ela é dita várias vezes para a mesma pessoa.

Não tem jeito, é tudo muito simples, claro e lógico:

* Compromisso é compromisso;
* Ações provocam reações;
* O passado não se muda, mas o futuro, depende das escolhas do presente;
* Ser médium é a maior oportunidade que um ser tem para se transformar em um Ser Humano Melhor.
* Ser médium ativo, desenvolvido, comprometido, compromissado, equilibrado, coeso e coerente, é a MELHOR COISA que o passado pode nos proporcionar.

Mônica Caraccio



“Eu me sinto feliz de ser obstinadamente médium
Eu gosto de ser médium, gosto dessa palavra
Quero morrer médium
É tudo o que eu sempre quis ser…”
(Chico Xavier)



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Não vá a Terreiros de Umbanda


Escuta este conselho não vá a terreiros de Umbanda.

Certo dia aproximei-me daquele terreiro de Umbanda, cheio de receio por tudo o que me diziam a respeito dos centros de Umbanda.

Mas a curiosidade era tanta que quando dei por conta já estava entrando e não foi possível mudar de ideia.

Uma voz que teimava em falar aos meus ouvidos dizia: "Tenha cuidado! Tenha cuidado!".

Afinal de contas, estava ignorando o conselho de um colega que dizia: "Não vá a centro de Umbanda!

Você vai ficar horrorizado com o que fazem lá".

Mas agora já era tarde, já tinha passado pela porta e uma senhora, com estranha bondade, convidou-me a entrar.

Atento a tudo e a todos me sentei na última fileira.

Pensei comigo: "aqui está bom, estou mais perto da porta, qualquer coisa saio em desabalada carreira que ninguém conseguirá me segurar".

Logo comecei a prestar atenção na palestra, pois a platéia estava atenta ao que dizia um senhor de meia idade.

Ele falava sobre coisas que eu não podia entender, ou talvez não quisesse, pois tinha receio.

Aos poucos fui me sentindo à vontade.

"Que estranho!" - pensei.

Há muito tempo que não me sentia tão bem.

Parecia que aquele pesado fardo que eu estava carregando tinha ficado mais leve.

As palavras, aos poucos foram me envolvendo aquele senhor falava de perdão, de caridade, de fazer bem ao próximo sem olhar a quem, e o mais incrível sem querer nada em troca e até de reforma íntima para ser feliz.

Falou e comentou de Jesus!

Após a palestra, fui convidado a entrar onde outras pessoas que após vim, a saber, que eram médiuns, estavam como em transe e neste momento uma senhora de meia idade me aplicou um passe, passava suavemente suas mãos a uns dois centímetros de minha cabeça e por todo o meu corpo e um alivio inesperado se fez, meus pensamentos antes em turbilhão começaram a tornar límpidos e bem mais claros.

Atento a tudo e a todos, por via das dúvidas também resolvi fazer uma prece, já que não fazia uma desde há muito tempo.

Após o termino do passe, ela com uma voz estranha um pouco rouca que destoava de sua aparência frágil e doce disse-me que a vida era sucessão de acertos e erros, que todos temos altos e baixos que não deveria me deixar abater pelo desanimo e nem ter medo de buscar a minha felicidade.

Confesso que sai daquele local esperançoso de um novo recomeço, prometi a mim mesmo que voltaria novamente para buscar uma explicação razoável sobre o acontecido naquela noite.

E assim fiz e novamente me aproximava daquela casa.

Isto foi a tantos anos atrás que já nem me lembro mais a data precisa, sei somente que realmente mudei, hoje sou uma pessoa diferente, continuo com problemas, ainda tenho dificuldades, meu dinheiro muitas vezes acaba assim que o recebo, mas sei que tudo tem o porquê de ser, consegui enfim um equilíbrio, hoje durmo tranquilo, raramente tenho pesadelos, ou insônia, mas confio nos guias e orixás que sempre me mostram novas perspectivas de melhora.

Hoje, quando me perguntam sobre essa escola de almas que frequento, eu brinco:

"Não vá a um centro de Umbanda!

Pois “você vai ficar impressionado com tantas coisas boas que acontecem lá”.

E se teimar mesmo assim a ir conhecer, tenha certeza que muito provavelmente você vai se apaixonar e nunca mais será o mesmo, isto ocorreu comigo e com muitas pessoas que conheço.

Saravá...

Roberley Meirelles




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13/08/2019

Um Guia não é Mais Forte do que o Outro

Um Guia não é mais forte do que o outro


Por que um Guia é mais forte, ou mais poderoso do que o outro?
Por que sinto uma força grande num Guia e em outro não?

Muitas vezes essa confusão se faz até porque na Umbanda se atua com várias linhas de trabalho, e isso por si só faz com que sejam diferentes as vibrações dos Guias. Pois uma linha de trabalho difere da outra em “funções”, magnetismos e vibrações.

A falta desse conhecimento leva muitas vezes o principiante a não só achar que um caboclo é mais forte do que um boiadeiro, que este é mais forte do que um baiano, ou um baiano é mais forte do que um preto velho, e por aí vai.

Essa situação agrava-se quando falamos de Guias dentro da mesma linha de trabalho, pois para o leigo, um caboclo é igual a outro, e não é bem assim.

Dentro das linhas de trabalho, cada Guia “carrega” uma força única (grau) e diferente ao mesmo tempo.

Exemplo: 
Um caboclo de Xangô ira manifestar-se de uma forma diferente de um Caboclo de Oxóssi, ou de Ogum, etc. O que quer dizer que seu magnetismo ou “força” terá uma característica diferente. O que não quer dizer de forma alguma que ele seja mais fraco ou mais forte do que qualquer outro, apenas diferente.

Não existe Guia mais forte ou poderoso do que o outro. Existe sim Guias que atuam, ou trabalham em linhas de ação diferentes, e que dentro dessas linhas possuem qualidades, forças ou melhor, vamos assim dizer: funções diferentes, cada um com sua especialidade.

Por exemplo, um Preto velho na Umbanda é um espírito que evoluiu e atingiu um certo patamar ou grau, o de Preto velho. Ou seja, ele possui o mesmo grau que todos os Pretos Velhos na Umbanda, que é uma linha de trabalho regida por Pai Omulu. São individualidades diferentes atuando dentro de uma uniformidade: Preto velho.

Claro que na nossa compreensão, ou entendimento humano acabamos por atribuir a alguns fatores como fortes, ou mais poderosos, pois nossa compreensão de força, mistérios e poderes ainda é muito pequena.

Assim quando vemos uma irradiação, ou manifestação de Pai Ogum, Orixá da milícia celeste, dos campos de batalha, etc. Ele nos passa uma vibração de um destemido guerreiro, pronto para enfrentar qualquer batalha. Diferente de quando sentimos uma irradiação ou manifestação de Mãe Oxum, Orixá da serenidade, do amor. Sua energia é sentida por nós de maneira diferente, e quando não temos essa compreensão, é bem provável que sejamos capazes de “confundir as coisas” e achar que a energia de Pai Ogum é mais “forte”.

Ela não é mais forte, ela possui características diferentes da de Oxum, apenas nossa questão de julgamento ou percepção credita ter mais força a vibração ordenadora de Pai Ogum que a amorosa de Oxum.

E o mesmo acontece com todas as linhas de trabalho e magnetismo dos Orixás.

Esse problema complica, quando um assistente acostumado a passar por uma entidade, ou por um mesmo médium, sempre tentando resolver algum tipo de problema, e que por algum motivo, ele passa por um outro Guia, ou outro médium que o ajuda da mesma forma do que o outro, só que desta vez o problema se resolve.

– “Olha, passa por este Guia que ele é mais forte do que o outro!” afirmam.

– Como assim?!

O outro Guia veio trabalhando, auxiliando, ajudando na questão já algum tempo, será que se esqueceu disso?

É mesma coisa de eu pedir para um amigo preparar para mim a massa de um bolo, e depois eu só a coloco no forno e dizer que meu bolo é melhor do que o dele. Claro que eu tive meu mérito, afinal fui eu que untei a forma, coloquei no forno, e esperei o momento certo para tirar, mas e ele? Será que não teve mérito nenhum?

Não é assim, ele preparou quase tudo, eu apenas terminei, foi um trabalho em equipe. Como é, aliás, sempre feito na Umbanda. Nenhum Guia trabalha sozinho, os próprios Guias ensinam que ninguém é auto-suficiente e que todos necessitam de todos, pois só assim compreenderemos melhor o processo de inter-ajuda, de irmandade, tão fortemente pregada pela Umbanda e que nos ajudará a crescer, evoluir, melhorar e nos fortificar.

Autoria desconhecida


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12/08/2019

Os Benefícios da Influência dos Orixás e Guias

Os benefícios da influência dos Orixás e Guias


Benefício da incorporação ou do transe mediúnico de Umbanda:

Para algumas pessoas parece até estranho falar de benefícios mediúnicos, visto que muitos possuem problemas ou dificuldades com a sua mediunidade e ainda não conseguiram ver ou encontrar alguma benesse nessa sua característica.

Então, antes de explicar isso vou lembrar uma frase do Irmão X (Humberto de Campos), psicografada por Chico Xavier:

“Mediunidade é sintonia. Cada mente recebe segundo a extensão da onda de sentimento que lhe é própria.” (Irmão X)

Ou seja, cada mente funciona como uma grande antena emissora e receptora dos sinais que se assemelham. Onde cada um de nós através de um padrão próprio atrai energias e espíritos semelhantes às ondas vibratórias irradiadas de nossa mente. Por nossa mente entendemos: nossas crenças, pensamentos, emoções, sentimentos, ou simplesmente comportamento.

Então, aquele que ainda não conseguiu se beneficiar de sua mediunidade é porque ainda não conseguiu de fato compreender e perceber que essa característica é uma via, uma ferramenta de evolução, de transformação e melhoria do ser.

“Médium, não é aquele que balança o corpo e sente alguma coisa, médium é aquele que através do seu próprio bem, faz o bem.” (Calunga)

Aqui entra a Umbandoterapia.

Umbanda é uma religião, e como religião sua principal ação é realizar a conexão de seu adepto com o sagrado. Essa conexão se dá através da evolução consciencial do ser, e para isso a única via é ensinar, fazer e praticar o bem. Qualquer coisa que fuja a esse princípio básico, me desculpem, mas não é Umbanda.

Ao contrário de que alguns pregam, os espíritos Guias de Umbanda são seres de alto grau de evolução, pois são espíritos que conseguiram um estatuto espiritual e serem integrados nas correntes de Luz dos Sagrados Orixás. E o contato com esses espíritos é extremamente salutar para os médiuns e assistência que não apenas podem se beneficiar de seus trabalhos, de seus conselhos, mas também de seus magnetismos.

Assim como cada Orixá (divindade) possui um magnetismo próprio, cada Linha de Umbanda também, pois as mesmas “tomam” emprestadas para si as características dos seus regentes de linha.

Não vou entrar aqui no magnetismo individual de cada Guia, porque se por aí fossemos o assunto não teria mais fim, mas sim no padrão genérico de cada linha de trabalho de Umbanda.

Cada vez que utilizamos de nossas características espirituais e mediúnicas para algum trabalho, um pouco daquele magnetismo, daquela vibração fica impregnada em nosso campo mediúnico gerando em nós uma influência espiritual, psíquica e emocional.

Ou seja, no caso da Umbanda, dentro de nossa característica mediúnica incorporamos o Sagrado, seja através dos Orixás, seja através dos Guias de Lei integrados em suas falanges. Então essa ação cria uma força de condução que nos influencia no sentido de desenvolvermos em nós certas qualidades.

A medida que vamos desenvolvendo-as, vamos nos transformando, nos curando de nossos vícios de comportamento que trazem problemas e dissabores em nosso dia-a-dia.

O interessante é notar que esse magnetismo influencia a todos que estão a volta do médium e não apenas a ele, ou pelo menos a todos aqueles que estão em sintonia com o trabalho e com o propósito de se melhorar.

Porque digo isso?

Quantas vezes, eu já escutei dos médiuns e frequentadores de nossa casa: “ Nossa, na hora que o Orixá ou o Guia chegou a energia mudou!” Ou: “Eu não estava a me sentir muito bem, mas foi só o Orixá ou Guia incorporar e já me senti melhor.”

Como também já escutei: “ Não senti nada!”

Claro que quando falamos desses exemplos dentro de uma mesma situação, eles tem a ver com a conexão dos médiuns e consulentes com os trabalhos que estão a ser executados.

Tanto os médiuns de uma corrente como a assistência precisam entender que o trabalho espiritual, energético e magnético gerado dentro de uma gira de umbanda não se limita apenas ao momento em que você está a ser orientado pelas entidades Guias de Umbanda.

Essa ação se inicia muitas vezes antes dos inícios dos trabalhos, como permanecem durante o trabalho e continuam após o término dele.

Me lembro ainda adolescente de escutar do Guia: “Fio, o trabalhador é meu, mas o pensador é seu.” E do tempo que eu levei para atinar para o que o Guia me queria dizer, e a mensagem era tão simples: não adiantava eu pedir auxílio seja lá para o que for se eu não me colocava em sintonia mental e comportamental com o que ele estava a pedir. Pois só eu estando em real sintonia eu tinha melhores condições de ser beneficiado pelo trabalho.

Assim, tendo explicado a importância do magnetismo mediúnico como forma de crescimento, vou expor de forma sintética os benefícios ou a influência das vibrações dos Orixás e das Linhas de Trabalho de Umbanda no campo mediúnico, energético, psíquico e emocional dos médiuns e dos consulentes:


Orixás

Oxalá – Magnetiza a fé, a confiança, o positivismo.

Oxum – Fortalece o emocional, o amor-próprio, o amor e integração na vida.

Oxóssi – Expande as capacidades mentais, intelectuais e mediúnica, favorece a confiança, a coragem e o direcionamento.

Xangô – Auxilia o equilíbrio psíquico e emocional, favorece a racionalidade.

Ogum – Ordena os pensamentos e os comportamentos, fortalece a personalidade, traz paz e segurança.

Iansã – Direciona e ordena os comportamentos e caminhos, gera movimento e ação.

Nanã – Limpa, purifica e decanta emoções viciadas, traz serenidade, tranquilidade e sabedoria.

Iemanjá – Cria, gera amor, felicidade, satisfação e vontade de viver.

Omulu – Traz sustentação, firmeza e segurança na vida.


Linhas de Trabalho

Caboclo – Traz força, firmeza, impulso, coragem e determinação…

Preto velho – Traz tranquilidade, serenidade, brandura, paciência e auxilia nossa capacidade reflexiva…

Boiadeiro – Traz confiança, coragem e humildade para aceitar o presente e libertarmo-nos do passado…

Marinheiro – Traz uma energia que nos auxilia na purificação emocional psíquica e energética…

Cigano – Traz uma energia de liberdade, desimpedimento que nos permite crescer e prosperar…

Criança – Traz uma energia que dissolve, dilui e desbloqueia padrões e traumas de nossa criança interior, renova nosso ânimo e alegria…

Mestres – Traz confiança, flexibilidade e visão abrangente da vida…

Exu – Traz vitalidade e potencia a nossas qualidades ao mesmo tempo que nos revela nossas fragilidades.

Pombagira – Traz estimulo, vontade, leveza, satisfação e força para vivermos com dignidade.

Autoria desconhecida




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11/08/2019

Cuidado Quando Pedir Justiça a Xangô

Cuidado Quando Pedir Justiça a Xangô

Não há necessidade de pedir a Xangô a justiça, Ele a fará sempre mesmo que você não peça ajuda a Ele. Na realidade evite pedir justiça, se você pedir a justiça, tenha certeza que Ele atenderá o seu pedido, mas como qualquer ser humano você tem em seu passado alguma coisa da qual se envergonha e Xangô também vai ver os seus erros e lhe dará também, ao mesmo tempo, o seu pagamento por suas obras.

Você se sente injustiçado? Então aguarde, Xangô fará a justiça por você, sem que exista a necessidade de pedir coisa alguma a Ele; mas se pedir, prepare-se, você também receberá o seu pagamento.

Se o assunto é ligado a lei e aos seus processos e você possui a verdade ao seu lado, pode recorrer a Ele com toda a garantia de vitória, mas só proceda desta forma se tiver à verdade ao seu lado, porque se você é o errado na questão, tenha certeza que Ele vai puni-lo.

A justiça de Xangô é baseada em leis Divinas, leis que têm origem Divina e não pode ser manipulada pelos homens, seja sábio.


Um caso de Umbanda:

Certa noite no final de um trabalho de gira de desenvolvimento, o Caboclo Arranca Toco riscou no chão o ponto de um caboclo da linha de Xangô conhecido por nós como Caboclo Treme Terra e dentro desse ponto colocou uma pedra.

Nessa ocasião, informou a todos da corrente que aquela noite seria a noite da justiça, que ele iria pedir ao seu irmão da linha de Xangô, que intercedesse por todos nós no sentido de buscar a justiça contra todos aqueles que haviam nos traído.

Para fazer o pedido, era simples, qualquer médium poderia se dirigir ao ponto, segurar a pedra nas mãos e mentalmente pedir a Xangô a justiça sobre o que se julgava injustiçado.

Perguntou então a corrente, quem gostaria de ser o primeiro a pedir justiça. Os médiuns mais velhos, conhecedores do rígido caráter do Caboclo Arranca Toco, ficaram quietos em seus lugares, porque sabiam que vinha desse episódio um grande puxão de orelha.

Uma das iniciantes que não o conhecia bem, disse ao caboclo: - Eu quero ser a primeira!

Dirigiu-se ao ponto e quando ia tocar na pedra, o caboclo segurou sua mão impedindo que ela tocasse na pedra e lhe disse o seguinte:

- Filha, se você tocar nessa pedra, você estará traçando o seu infortúnio futuro!

O caboclo nos deu a lição de que não existe a necessidade de pedir justiça a Xangô, Ele a fará mesmo que você não peça. 

Explicou ainda que todos que pedem por justiça, na realidade querem a vingança. Se desejam a punição do próximo, é porque alimentam prazer pela possibilidade do castigo que será aplicado em outra pessoa.

O passado não pode mais ser mudado, se algo ruim aconteceu no passado envolvendo você e outras pessoas, tenha certeza que todos desejariam voltar no tempo e corrigir os seus erros. Isso, porém, não pode ser feito. Desta forma, perdoe as ofensas e as traições. Se você é realmente umbandista, você tem a obrigação moral de perdoar qualquer ofensa.

Você foi traído, foi injustiçado, foi roubado, ou lhe fizeram coisas que o magoaram, esqueça-as; confie em Deus, em Xangô e em seus amigos espirituais, porque eles farão justiça por você.

Jamais peça a Xangô a punição de outra pessoa, porque nesse caso você não quer justiça, você quer vingança, sentimento nada típico de um médium ou de um seguidor umbandista.

Em relação aos canalhas, exploradores da fé alheia, matreiros e vagabundos da espiritualidade, de Xangô só temos uma coisa a lhes dizer:

- Com o tempo eles irão conhecê-lo e também conhecerão a dureza e a imparcialidade de suas leis, tenham a certeza disso!

Fonte: Nuss


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09/08/2019

Orixá e o Silêncio



Cadê ?
Onde está?
Rezo, oro, canto e louvo.
E nada
Simplesmente nada.
Nem uma resposta, nem um auxílio.
Pra que a fé, se nada muda?
Pedi a Orixá e nada aconteceu.
Faço tudo certo.

Dou flores, comidas, velas e o meu clamor.
Mas parece que nada é suficiente para eles.
Penso em desistir
Em mudar de religião.
Ou então não crer em mais nada...

Mas é nesse momento que Orixá me responde:
Do que adianta tantas velas acesas?
Se sua fé já está apagada?

Do que adianta pedir, pedir, pedir.
E nunca agradecer?

Do que adianta desistir da sua religião.
Se sem fé religião alguma não lhe ajudará?

Filhos e filhas....
Não esperamos que vocês nos compreendam.
Só esperamos que vocês confiem!

Querem força?
Lhes traremos a oportunidade de vocês aprenderem a serem fortes!

Querem emprego?
Lhes daremos a oportunidade de vocês correrem atrás e conquistarem seus objetivos!

Querem amor?
Lhes traremos a oportunidade de vocês aprenderem a amar a si e aos outros!

Viver para ORIXÁ não é ter uma vida na bandeja.
Com tudo pronto.
Tudo perfeito.

Viver para Orixá é aprender a viver a vida como ela é .
Com altos, baixos, dores, perdas, alegrias, tristezas e vitórias.

Não é uma vida fácil.
Mas é uma vida verdadeira.

Autoria desconhecida







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