Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

06/03/2019

O Guia e o Terreiro não Precisam do Médium

O guia e o terreiro não precisam do médium


ACONTECE NO TERREIRO DE UMBANDA

Era uma vez um médium antigo da Casa, que sempre chegava em cima da hora (e muitas vezes atrasado!) para qualquer trabalho espiritual, sempre com mil e uma desculpas do quão foi difícil chegar ao terreiro, de tudo que estava fazendo e interrompeu para ir ao trabalho mediúnico.

Ao encerrar a Gira, sempre saía com pressa, não podia nunca ajudar na limpeza, pois precisava atender a mãe que ficou sozinha, ou os filhos que precisavam dele, ou a esposa/marido que não entendia sua vida religiosa e reclamava sua ausência, ou um relatório profissional que precisava ser terminado para o dia seguinte.

Esse médium fazia muita questão de deixar bem claro o quanto sua vida era ocupada e cheia de afazeres e que abandonava tudo para vir ao terreiro fazer sua caridade incorporado de seus Guias.

E quando um irmão se apiedava de sua vida tão sacrificada em prol da Umbanda, ele respondia: "A Casa precisa de mim, tem poucos médiuns confirmados! Além disso, meus Guias precisam trabalhar para evoluir!"

E suas incorporações eram sofridas, difíceis e cansativas pois, segundo ele, seus Guias exigiam demais de seu corpo físico e usavam muito seu ectoplasma.

Muitas vezes, alegava dificuldades financeiras (que faziam parte da sua encarnação tão cheia de problemas) e acabava por não contribuir (ou apenas parcialmente) nas despesas do terreiro...

Esse personagem não é de ficção e existe na maioria dos Templos Umbandistas. E por ser antigo na Casa, acaba cristalizando esse comportamento e se viciando nesta conduta.

Conceitos que devem ficar bem claros para qualquer médium (antigo ou novo):

1. Nenhum médium é insubstituível - O Templo não precisa do médium; o médium é quem precisa do Templo, como um local físico e espiritual para praticar a caridade através da incorporação e outros dons mediúnicos.

2. A espiritualidade sabe muito bem quantos médiuns confirmados a Casa tem e quantos terão condição de comparecer à Gira daquele dia. Há todo um planejamento no Astral quanto aos Guias que darão consulta, aos consulentes que virão, por qual Guia serão atendidos e do tempo de duração geral do trabalho espiritual. Então não há UM médium essencial ao trabalho; um corpo mediúnico saudável, consciente e bem disposto é que é essencial!

3. O Guia não precisa do seu médium de incorporação para trabalhar! Ele é um trabalhador de Deus e tem MUITO trabalho a fazer sem precisar estar incorporado aqui em nossa dimensão material. Se o terreiro faz uma Gira de Caboclo a cada 3 meses, o coitado do caboclo trabalha dando consultas durante 2 ou 3 horas e se vê obrigado a ficar de "licença obrigatória" até a próxima oportunidade 3 meses depois?? A incorporação é um milésimo do trabalho geral na vida de um Guia!

4. O Guia não precisa do seu médium de incorporação para evoluir! É a presença (incorporada ou não) do Guia, dando conselhos e orientações, que ajuda o médium a evoluir. Nós somos as crianças que muito pouco ou nada sabemos - os Guias são os adultos, pais e mestres, que com amor e paciência nos orientam, guiam e protegem. E eles muito trabalham no Astral para conquistar sua evolução sem precisar de nós!

5. As incorporações sofridas, difíceis e cansativas não acontecem por culpa do Guia que exige demais do seu médium... são produto do ego do médium que se posiciona como vítima de sua mediunidade e precisa chamar a atenção de seu sacerdote, de seus irmãos de corrente, de seus familiares e de si mesmo de quanto ele é um mártir do trabalho mediúnico e da Umbanda. Porque incorporar é algo suave, sublime e reenergizador - a maior preocupação do Guia, após terminar qualquer trabalho mediúnico, é deixar seu médium melhor do que estava antes de começar.

6. Não contribuir (ou fazê-lo parcialmente) nas despesas, no caso deste médium, apenas reflete a personagem "médium vítima" que ele criou para si mesmo. Essa atitude é o reflexo do não contribuir espiritualmente para o Corpo Mediúnico, da não consciência da importância do Solo Sagrado em sua evolução, da inversão das prioridades em sua vida - porque é comum ver esse médium com roupas novas, comprando livros, fazendo cursos, gastando em gasolina, se alimentando na lanchonete do terreiro... então a situação financeira não está tão difícil assim, não é?

Não se pode acreditar que ser "mais velho" no terreiro ou na Umbanda faz o médium ser imune à prepotência, ignorância, paralisia, desequilíbrio e negatividade. Ao contrário, esse médium deve redobrar sua autovigilância, pois o tempo lhe conduz à famosa zona de conforto e acomodação, onde todas as paralisias são prejudiciais

Repense seus conceitos, reveja suas visões, recicle seus conhecimentos e procure domar seu ego que pode se transformar no seu maior inimigo na jornada evolutiva desta encarnação!

Fabiana Carvalho




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01/03/2019

Incorporação e Confiança no Guia


Incorporação: Estado alterado de consciência onde atualmente menos de 1% dos médiuns são inconscientes. A maioria das incorporações é consciente ou semi-conscientes, por isso a necessidade de desenvolver a passividade dos médiuns.

O guia espera a sua confiança. Incorporar é dar passagem para que outra personalidade se manifeste. 70% das incorporações não são mecânicas, isto é, apenas o mental é tomado, portanto, quando incorporado, seu corpo pode tossir, espirrar, limpar os olhos, o nariz, pois trata-se do corpo do médium com todas as suas necessidades fisiológicas.

Nosso corpo é o veículo do guia, como um carro, que ele usará para se manifestar.

Nascemos dentro deste carro e a afinidade com o nosso veículo é tão grande que não fazemos nada sem ele, olhamos pela sua janela (olhos) andamos (pernas), não imaginamos que esse carro possa ter dois lugares ou que alguém possa “dirigi-lo” sem causar um desastre.

A primeira coisa que o guia nos mostra é que não somos este carro, apenas vivemos dentro dele, e vai querer mostrar que alguém mais pode “dirigi-lo” para você.

A nossa dificuldade inicial é “entregar a direção” para ele.

Nas giras de desenvolvimentos vamos sentir muitos “trancos” e sentir uma presença ao nosso lado (é o guia que sentou no banco do passageiro e está pisando no freio, mostrando que está lá).

Com o tempo, vamos “soltando” o volante e deixando ele dirigir, no inicio deixamos um pouquinho mas ficamos tão apreensivos que tomamos a direção de volta, depois deixamos mais um pouquinho, mas como ele dirige diferente de nós ficamos com a mão no volante, quando ele faz uma curva a gente mete o pé no freio.

Ai ficamos na dúvida, quem está dirigindo? Eu ou ele?

Com o tempo começamos a pegar confiança nele e a soltar a mão da direção e vemos que ele dirige bem melhor do que a gente e começamos a “apreciar” a paisagem.

Para que ele dirija, temos que dar passividade, confiança, dar a direção para ele. Ele conhece outros caminhos, outros lugares, nunca se perde e sabe sempre pra onde está indo.

Lar Mensageiros de Maria





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27/02/2019

Incorporação em Médiuns Iniciantes

Incorporação em Médiuns Iniciantes

A incorporação é o fenômeno pelo qual uma entidade utiliza um médium em toda sua totalidade, isto é, seu cérebro, sua coordenação motora, sua voz, seus gestos, para se comunicar.

O ato de incorporar não é simples. Um espírito não “entra” em nós como entramos em um carro.

Na verdade a plena incorporação leva tempo e precisa estabelecer outros processos anteriores. Um deles é a irradiação. O que isso significa? É o período de tempo variável que as entidades irradiam suas vibrações no médium, preparando seus corpos sutis para posteriores incorporações.

Nessa etapa o médium pode captar a vibração da entidade e ter contato fluidicamente com o seu corpo astral.

Isso dará ao médium uma impressão de como é a entidade, como ele a sente. Ele pode nessa fase captar muitas ideias vinda das entidades, mas pode se confundir muito com seus próprios pensamentos.

Pode sentir uma forte força o conduzindo a andar, sentar ou manipular algo. Ele sente muitas reações corporais; suor, tremores, mãos frias e molhadas, ou calores, falta de noção de espaço e possível visão embasada, além de dormência, taquicardia, fraqueza nas pernas, tonteira, torpor, dor em determinadas áreas do corpo. Esses são alguns sintomas que se pode sentir.

Essas reações são variáveis de pessoa pra pessoa, resultado da manipulação energética que as entidades operam em seus médiuns.

Muitas vezes desobstruindo chacras, reparando buracos na aura, além de estarem preparando as áreas responsáveis para estabelecer futuras incorporações.

A ansiedade, medo, angustia e a falta de esclarecimento podem dificultar essa fase, pois o médium não se permite receber de forma plena essas irradiações e bloqueia.

Mas com o tempo a entidade consegue preparar seu pupilo para estabelecer uma conexão satisfatória para uma incorporação.

O medo ou a auto confiança demais só tem a atrapalhar o desenvolvimento do médium que está em desenvolvimento; iniciante ou não.

O medo exagerado o faz ser travado e ele bloqueia uma ação mais profunda das entidades.

E a auto confiança demais, faz com que ele perca a humildade e se torne arrogante, achando que já é desenvolvido, tem as melhores entidades e não precisa de conselhos e orientações. É como Allan Kardec coloca no Livro dos médiuns; é um médium fascinado.

Mãe Ana Cláudia Araújo






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26/02/2019

Orgulho e Vaidade do Médium

Orgulho e vaidade do médium


UM PERIGO QUE RONDA TODOS OS MÉDIUNS

Sempre que falamos de mediunidade, tratamos de sua definição e de suas particularidades dentro de nossa querida Umbanda. Entretanto é preciso fazer um alerta para a reflexão de todos os médiuns! Sempre ressalto e tento demonstrar que ser médium não é possuir um dom, ser especial, ser melhor que ninguém. Ser médium é possuir uma faculdade e ao mesmo tempo uma missão, e como toda missão, ela vem acompanhada de muita responsabilidade.

No entanto não podemos confundir essa nossa missão com um mediunismo missionário, ou seja, que somos enviados diretos dos Orixás, escolhidos. Estes tipos de médiuns são, obviamente, raros e a simples presença dessas pessoas nos inspira, nos emociona e nos transforma. Médiuns missionários são aqueles que estão moralmente muito mais equilibrados do que nós, possuem um amor verdadeiro e nato, possuem a verdadeira sabedoria.

Desta forma como entender a nós? Somos médiuns de expiação, médiuns que tiveram a graça de receber a faculdade da mediunidade para expurgar os karmas, uma oportunidade para acelerarmos nossos resgates, uma forma a mais para que possamos nos deparar com espíritos amigos ou com antigos desafetos e, juntos, buscarmos um caminho de luz e de paz. Somos assim pessoas normais, com um mesmo fim: a busca da verdadeira felicidade.

Assim por sermos espíritos endividados, por não sermos criaturas “aladas”, especiais, devemos cuidar muito de nosso desenvolvimento moral. Pois só com muito suor e força de vontade que um dia nos tornaremos médiuns missionários, e assim seremos médiuns melhores, e com certeza mais capazes de fazermos valer a vontade dos Orixás. Por sermos assim tão normais, é que muitos médiuns se perdem no caminho, começam a vender suas faculdades, percebem que podem manipular as energias, conseguem magnetizar pessoas e objetos e essa sensação de poder faz com que o orgulho cubra os olhos da carne e da alma.

Não são poucas as histórias de médiuns envaidecidos e que acreditam ser super-homens, e assim estarem acima do bem e do mal e por isso poderem fazer uso de suas faculdades da forma que melhor lhe convierem. Não são poucas as histórias de umbandistas, de pais e mães-de-santo, e outros médiuns de outras religiões, que acabaram perdidos. Tudo porque não conseguiram ter a humildade necessária para a tarefa mediúnica e, assim, caíram no caminho do orgulho.

Diante disto, nossa tarefa emergencial, urgente mesmo, é zelarmos para que possamos controlar e lutar incessantemente contra o nosso orgulho. Uma tarefa difícil, mas possível. E para isso poderemos contar com nossos queridos guias espirituais, basta realmente encararmos nosso orgulho e pedirmos para que ele seja derrotado pela verdadeira e nobre humildade.

O médium orgulhoso acredita que pode mais e melhor que o seu irmão de gira. Acredita sempre que tem razão, que os outros médiuns têm muito o que aprender com ele. Os ensinamentos dos outros sempre estão equivocados, pois não é o mesmo do que o dele, assim como ele é sempre o certo não consegue mais absorver ou reciclar seus conhecimentos. Por isso o médium nesta fase escuta muito pouco, e sempre quer falar muito. Escutar não é necessário, pois ele já sabe. Não permite que a entidade lhe fale, e lhe mostre como fazer, pois sua mente embriagada do orgulho acha que já conhece o caminho. Quando não lhe é dado toda a atenção se zanga, e tem certeza que se trata de uma perseguição, ou então deve ser ciúmes de suas qualidades.

É típico desses médiuns aprenderem receitas, lerem e decorarem pontos riscados, banhos e “ebós para todos os fins” e passam a “receitar” estas simpatias em todo o lugar que andam. Este é um caso mais avançado do orgulho que extrapola as correntes de uma gira.

Diante deste quadro o médium vai se afastando de seus guias, deixando de escutar os verdadeiros emissários dos Orixás, e permite que espíritos menos evoluídos deixem se passar por mensageiros. A mistificação será uma questão de tempo.

Não conheço ninguém que não deva cuidar de sua mente para que não seja corrompido pelo orgulho. Esse mal assombra a todos, mas quem conseguir vencê-lo dará passos decisivos rumo a sua iluminação.

Por isso peço que os Orixás enviem seus emissários e mensageiros para nos proteger e iluminar quanto a este mal que nós mesmos criamos e cultivamos que se chama orgulho. Em especial que os Pretos-Velhos possam nos mostrar com seu exemplo, suas energias e sua sempre simples e profunda conversa, o caminho para a humildade.

P.S. Se você leu este texto e o tempo todo pensou em outra pessoa que não você mesma, leia de novo, pois com certeza este texto serve para você. Julgar os outros acreditar que este ou aquele é um médium orgulhoso, é uma clara demonstração do orgulho, pois acha que é capaz de julgar o seu semelhante. Este também é um alerta, cuida de julgar os seus atos, e para os atos dos outros a única coisa que você pode fazer é rezar para que os Orixás os iluminem, e que você agindo de forma humilde seja um exemplo em seu meio

Pai Tobias





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25/02/2019

A Falta de Compromisso do Médium

A falta de compromisso do médium


Sabemos que não estamos à toa num grupo Umbandista, ou pelo menos deveríamos ter essa noção. Para cada médium que trabalha num terreiro, tem pelo menos uns cem espíritos trabalhando no plano espiritual. E não estou exagerando. Basta a gente pensar nos guias que atuam em nossa coroa, fora os espíritos que estão aqui para auxiliar nos trabalhos, os espíritos que estão aprendendo a doutrina da seara umbandista, sem contar também os espíritos que precisam ser socorridos, e que são levados ao terreiro com a ajuda de espíritos socorristas.

Por outro lado sabemos que há também aquela falange de espíritos que não quer que o trabalho evolua, que não quer que o bem se propague, que não quer que a caridade seja praticada, pois isso coloca a Casa Umbandista e todos que dela participam num padrão vibratório elevado, resistindo às investidas dos menos evoluídos.

O médium de Umbanda deve sempre programar da melhor forma os seus dias de trabalho. Para isso, o dirigente do terreiro se incumbe de passar todo o calendário para que seus médiuns se programem, porque do lado espiritual, os guias também se programarão para estarem presentes no terreiro. No dia programado, o médium Umbandista procura sempre manter o seu equilíbrio e a sua serenidade para os trabalhos.

Mas há aqueles que colocam diversos empecilhos para comparecer ao terreiro: um mal estar, uma briga em casa, o cansaço, dores físicas aqui e ali, o excesso de trabalho, uma festinha que seria imperdível, o dia chuvoso ou muito quente, etc. E é aí que os espíritos contrários ao trabalho de Umbanda atuam. Pois sabem que aquele aparelho mediúnico vai desfalcar a equipe em pelo menos cem espíritos. E ainda vai sobrecarregar aqueles médiuns que conseguem superar as dificuldades do cotidiano para estarem presentes na Gira, renovando sua fé, e trabalhando a caridade na Umbanda.

O médium que não valoriza o dia de Gira ou Sessão como um dia sagrado, não dá valor nem importância ao seu próprio trabalho no terreiro. Dia de Gira para ele passa a ser um dia como outro qualquer. Que mal há em faltar um dia ou outro? Com isso ele falta uma, duas, três semanas, dois meses, três meses... e quando se percebe, ele já está completamente afastado da corrente mediúnica, prejudicando seu desenvolvimento e se entregando à sua própria “sorte espiritual”. Mas na Espiritualidade não existe sorte. Existe CAUSA e EFEITO.

E aí, quando esse EFEITO aperta-lhe os calos, o médium procura se reintegrar à corrente. Mas por quanto tempo? Até os próximos empecilhos?

Nós sabemos que fazer a caridade exige dedicação e, algumas vezes, sacrifício por parte dos médiuns, porque trabalhamos sem receber nenhuma paga material. Mas o que se ganha no astral é algo que nada na Terra vai pagar. E isso vai ajudar o médium a trilhar seus caminhos. Portanto, médium de Umbanda, antes de esmorecer na primeira dificuldade, tenha fé na religião que abraçou, nos guias da Casa, nos seus guias. Se você acha que já está se esforçando muito para ir ao terreiro e não está adiantando, faça aquele esforcinho a mais.

Quanto mais o mundo “conspirar” para você não ir ao terreiro, acredite, maior será a sua necessidade de você estar no terreiro. E depois de ajudar irmãos que vêm na assistência porque tem problemas maiores que os seus, após receber as bênçãos e a energia do gongá de sua Casa, você voltará para casa mais pleno. Os problemas podem não desaparecer por completo, mas você saberá que, se o mundo material “conspira” contra você, o mundo espiritual está vibrando por você.

Cristiano Queiroz





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24/02/2019

Tipos de Personalidades de Médiuns

Tipos de Personalidades de Médiuns

Que médium sou eu?

Em qualquer Terreiro de Umbanda ou Casa Sagrada em que ocorram atendimentos e trabalhos religiosos a dinâmica de organização e rotina envolvem pessoas. Quando isso ocorre podemos contar com algumas características que fazem parte ainda do desenvolvimento humano e que estão impregnadas à faixa vibratória em que nos encontramos aqui na Terra, ou seja, que estão presentes em nossa forma de ser e viver no mundo. São elas:

  • Soberba/Arrogância
É o médium que acha que tem mais valor que o outro seja por sua função na corrente, seja por incorporar um Mentor de Luz específico, por ações que resultaram em êxito no trabalho espiritual, seja por seu tempo de experiências mediúnicas ou mesmo por ter títulos, condição financeira ou intelectual ou qualquer outro atributo que ache importante.
É o médium que tem a vaidade e o orgulho enaltecidos, desenvolvendo uma postura de desvalorização do outro, pois aos seus olhos ele sempre é o melhor, o mais capaz e o imprescindível aos andamentos dos trabalhos.

  • Hipocrisia
É o médium que fala uma coisa e faz outra, concorda com as normas, porém suas ações são exatamente contrárias ao seu discurso. Ele engana, finge, é desleal, possui uma postura dissimulada, muitas vezes apontando nos outros os seus próprios erros. Aqui se inclui o médium que possui uma determinada postura dentro do Terreiro e uma totalmente diferente fora dele, ou seja, ‘façam o que falo, mas não o que faço’.

  • Desrespeito
É o médium que tem a insubordinação como postura em seu trabalho, falta-lhe educação ao tratar com os outros, não consegue acatar regras e cumprir o que foi combinado. Não sabe lidar com ideias contrárias as suas, dessa forma, ao invés de tentar argumentar e dialogar para se chegar a um acordo, despreza a opinião alheia, muitas vezes a ridicularizando e insultando, o que leva a confrontos agressivos e desnecessários. A fofoca e o julgamento alheio podem ser também fontes de desrespeito.

  • Passividade/Acomodação
É o médium que se acomodou em suas ações, preferindo ficar em sua zona de conforto. Concorda com todos para não ter mais responsabilidades que envolva tomada de decisões, criatividade, mudanças de postura, envolvimento e cooperação na organização dos trabalhos. Dessa forma, sua postura é de desresponsabilização pelo que ocorre à sua volta. Ele acha que só a sua presença é suficiente para o seu progresso espiritual. Não busca novos desafios, nem contribui com o desenvolvimento do Terreiro.

  • Ignorância
É o médium que foge das novas experiências e oportunidades. É o que não busca conhecimento e desenvolvimento, se apoiando muitas vezes em conceitos falsos ou inverdades, pois acredita no que lhe foi passado, sem verificar sua procedência, ou mesmo mantém seus conceitos que eram verdadeiros há tempos, porém não dizem mais respeito ao contexto presente. Dessa forma, não busca renovar-se. Não quer dar um passo a mais, acha que tudo o que tem e sabe já basta, ou mesmo tem medo de expandir e ampliar os seus conhecimentos e saber.

  • Ciúmes/Inveja
É o médium que tem ciúmes e inveja do outro, por querer ter ou ser o que o outro tem ou é, se colocando em uma postura de rivalidade. Dessa forma, se põe em constante concorrência com o outro, isso ocorre muitas vezes por um rebaixamento de autoestima e dificuldade em se valorizar. Ao invés de enaltecer a qualidade do outro que ele tanto preza, ele sofre por sentir que não a possui, provocando nele um pesar e um sentimento de dor; não consegue desenvolver tal qualidade e sente-se incomodado com o outro.

  • Inflexibilidade mental
É o médium que não tem a capacidade de se adaptar frente às novas demandas do meio, portanto possui uma postura irritadiça e exaltada frente a qualquer mudança que se apresente. Ele é inflexível e rígido em seus pensamentos e atitudes, muitas vezes projetando no outro suas frustrações e dificuldades, o que pode gerar ódio e intolerância.

  • Medo/Insegurança
É o médium que não tem coragem de aceitar o desconhecido, de aceitar o seu dom, de enfrentar os obstáculos que encontra no caminho e expandir seu próprio eu. Dessa forma, opta sempre por caminhos sem riscos, da mesma forma, não consegue permitir se aprimorar em suas qualidades mediúnicas. Tem dificuldade em confiar nas pessoas e Mentores que estão ali para ajudar a desenvolver os seus dons.

  • Indiscrição
É o médium que possui uma postura indiscreta, querendo aparecer e exacerbar suas qualidades como médium no sentido aparente, seja em quantidade e qualidade de guias, roupas e acessórios espalhafatosos, incorporação de dezenas de Entidades, sem contextos específicos, podendo incorporar em qualquer ambiente, não consegue controlar sua sensibilidade mediúnica, o que evidencia seu descontrole e desequilíbrio.

  • Abuso de poder
É o médium que tem dificuldades emocionais para concretizar seus desejos, portanto se utiliza da incorporação das Entidades ou qualquer outro instrumento de poder (hierarquia, função) para satisfazer suas vontades pessoais. Pode culminar em diversos tipos de assédios, sejam eles morais, sexuais entre outros.

  • Perfeccionismo
É o médium que vive na idealização das coisas, não consegue trazer seus pensamentos e ideias para a realidade, pois a realidade nunca é suficientemente perfeita como a que foi criada em sua mente. É aquele que tem um alto grau de cobrança, seja do outro, seja dele mesmo e, dessa forma, se frustra constantemente, pois nunca está satisfeito com os resultados encontrados.

  • Devaneios
É o médium que vive na poesia, na fantasia do mundo espiritual, tendo dificuldade em se adaptar a realidade da vida material. Não assume as responsabilidades devidas da Casa, seus problemas reais, pois não consegue aceitar as dificuldades e obstáculos da realidade, dessa forma, encontra-se paralisado em seu mundo imaginário (excessos de sonhos e fantasias).

  • Desconcentração/Desatenção
É o médium que não consegue se concentrar devidamente durante os trabalhos. Não possui a capacidade de se abster dos inúmeros estímulos irrelevantes que estão no ambiente ou nele próprio, não consegue se desligar de seus problemas pessoais, se distraindo facilmente, não consegue estar conectado com sua função de trabalho e as necessidades da corrente. Não consegue concentrar seus sentidos (visão, audição e etc.), assim como a mente e a alma no trabalho realizado.

  • Falta de acolhimento
É o médium que não consegue se disponibilizar emocionalmente ao acolhimento do outro, ou seja, tem dificuldade para desenvolver a capacidade de empatia, seja no trato com os irmãos de dentro da corrente, seja com os consulentes. Não consegue se permitir o trabalho de ter a escuta e o acolhimento ao sofrimento ou ao desconhecimento de informações do outro, muitas vezes se colocando impaciente ou desrespeitoso frente ao outro. Não consegue perceber que o trabalho de caridade vai muito além de sua função dentro da gira.


Todos nós, em maior ou menor grau, consciente ou inconscientemente, podemos ter atitudes como essas, por isso é necessário um exame de consciência, uma reflexão sobre esses itens, para nos identificar e reconhecer quais são as características que estão nos paralisando e nos impedindo de realizar nossa tarefa como médiuns de uma Casa Espiritual.
Vamos nos desafiar a ter ânimo e comprometimento com a nossa reforma íntima, como as Entidades sempre nos orientam, sejamos a diferença que queremos no mundo, comecemos por nós mesmos.

Texto de Isadora, Rossana e Lucinda Di Natale 





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22/02/2019

Refletindo a Umbanda dos dias Atuais

Refletindo a umbanda dos dias atuais


Venho de uma época onde poucos se atreviam a fazer Umbanda... Tudo era oculto, de acesso reservado e restrito. Para os novos adeptos da religião, o primeiro passo era plantar a semente, fortalecer isso tudo com adubo para então finalmente se criar uma coisa chamada Raiz... 

Ao dirigir-se aos mais experientes o primeiro mandamento era o respeito, ao dirigir-se ao sacerdote a benção tornara-se obrigatória. 

Orixá, Exu, Pomba Gira era uma intimidade do médium que ia crescendo conforme o tempo ia passando... Trabalhei 05 anos com Pai Ogum para então na minha concentração descobrir seu nome (7 Ondas). Passei outros 30 anos estudando e me concentrando ao extremo para entender a essência e magia de uma religião chamada de Umbanda. Continuo na certeza que pouco sei e que tenho muito a aprender.

Então me reporto aos dias atuais onde, de forma escancarada, a figura de Exu é revelada como se Ele mesmo fosse um ser desse mundo... Entidades que acabam de incorporar e conhecer seu médium e estão preocupadas com seu chapéu, marca de charuto, cor de capa.

Num mundo globalizado e cheio de hipocrisia vejo a magia de Umbanda se perder em frases de efeito chulas e atrevidas tais como: "Quem me protege não dorme"; "Filho de Xangô não cai" ou "Aqui o joelho não se dobra..."

Sofremos nossa derrota quando nos sentimos auto suficientes, ou quando nossa vaidade e ego estão acima das lições de um Preto Velho... 

Vejo postagens de Exus, Preto velhos, caboclos, mas quase não encontro alguém efetivamente de joelhos pedindo perdão ou a benção ao Pai... 

É preciso dar o toque de recolher... É necessário cessar a falta de respeito com seu guia e com seu Orixá... Chegou a hora de fazer de sua fé o seu altar, do seu respeito o seu chão e do seu crescimento a intimidade com o seu guia.

O Altar devolve pra gente o que dedicamos a Ele de coração.

Não permita que seu Ego seja maior que a luz do seu Orixá

É preciso refletir.

Pai Rogério



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