Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

12/02/2019

A Mistificação de Médiuns na Umbanda

A mistificação de médiuns na umbanda


Muito se prega dentro dos terreiros para termos cuidado máximo em não nos entregarmos à mistificação.

Sabemos que a mistificação é danosa ao médium mistificador, ao andamento dos trabalhos, à casa, aos consulentes, enfim, a todos os envolvidos.

Médiuns que dão abertura a essas mistificações, automaticamente estão dando abertura a espíritos sem luz, como Eguns, Kiumbas e Zombeteiros, que se utilizam desses médiuns mal preparados, vaidosos, mentirosos para se apossar da vida tanto dos consulentes que vão buscar auxílio em momentos de desesperança e desespero, quanto do próprio médium mistificador, além de entrarem com facilidade nos terreiros que por algum motivo a firmeza não esteja 100%. Aliás, o próprio médium mentiroso e mistificador já faz essas firmezas ficarem sobrecarregadas, pois ele deveria estar ali para auxiliar a caridade e não elevar a sua própria vaidade.

Sabemos que a incorporação tem como objetivo principal o trabalho espiritual, realizado com a Entidade de Luz em conjunto com o médium. Tem como foco principal promover limpezas, quebrar demandas, restabelecer o equilíbrio, curar, abençoar e comunicar o que é necessário no momento.

Nenhuma Entidade de luz vai se ater a assuntos peculiares, como por exemplo, perguntas sem ligação com o fato principal, ficar perguntando por pessoas, dando detalhes como nome de fulano ou beltrano, passando receituários grandiosos, sem ligação de nada com nada, cobrar adoração, mandar o consulente ir a lugares dificultosos como cemitérios, matas fechadas a noite, enfim, tudo que possa dificultar o andamento dos trabalhos, somente para dizer que sabe mais coisas que seu semelhante igualmente médium.

Infelizmente vemos muitos médiuns mal preparados tentarem entrar no caminho das adivinhações, e assim poderão se perder na mensagem, e ao invés de comunicar o que realmente importa à pessoa, e que irá ajudar a melhorar sua vida e sua caminhada rumo à evolução, inicia um show de adivinhação, que certamente nunca acerta e também não soma em nada. Basta percebermos, toda vez que um médium mistificador quer adivinhar coisas, ele busca falar fatos que não pertencem a ele ou à espiritualidade, inventam cargas e obsessores, receitam diversas coisas que nada têm de concreto com o caso do consulente, tenta demonstrar que o problema é mais sério e complicado do que realmente é, manda o consulente fazer oferendas com elementos e em lugares mais improváveis possíveis, só para dificultar e assim mostrar que o fato é grave, e logicamente demonstrando a velha vaidade de querer ser o melhor médium para solucionar tudo, e quando nada acontece de bom, ele diz que foi a falta de fé do consulente.

E assim chegamos ao ponto critico da questão, e entender que a mistificação deve ser combatida nos terreiros, no qual os Zeladores de Santo devem tomar extremo cuidado com seus médiuns vaidosos, orgulhosos, inseguros, mal desenvolvidos.

Devemos também frisar que muitos médiuns mistificam não por sentimentos obscuros, mas pela ânsia em auxiliar o consulente, e assim desenvolvem emoções de caridade pessoal, não deixando a Entidade de Luz falar o que realmente deveria ser dito.

Normalmente em casos assim, esse médium fala pelo seu subconsciente, e não pelas más intenções de espíritos sem luz como Kiumbas, Eguns e principalmente Zombeteiros. Dessa forma ele fala também o que é importante avaliar: o que tem efetividade e traz benefícios.
Portanto, mistificação intencional de forma vaidosa em si, já é outro precedente, mais profundo e complexo, pois é a intenção de mentir, coisa que acontece com o zombeteiro, tem espírito que finge ser e tem pessoas que fingem ser. Se a intenção é de mentir, enganar, falsear... isso sim é mistificação intencional e vaidosa. Podemos dar um exemplo básico de quando uma pessoa diz estar incorporado com um Preto Velho, se faz parecer com o linguajar e manifestando como tal, mas na verdade não é essa Entidade que está presente, normalmente é um espírito Zombeteiro, que certamente vai dificultar ainda mais a caminhada do consulente. E assim o erro já está instaurado, e essa inspiração de mentir, é algo nocivo e tende a uma falta de caráter espiritual completa do médium, pois somente ele é o responsável por esse acontecimento, pelas aberturas dadas, estando esse médium em trabalho humilde e bem feito, essas aberturas não são dadas e é impossível a chegada de um Zombeteiro na coroa dele.

Muito se vê esses erros e entregas a espíritos Zombeteiros em Giras de Exu e Pomba Giras, pois são nesses trabalhos que mais chamam a atenção de consulentes, que muitos médiuns desejam ser o centro das atenções, e assim soltam por completo a vaidade, o descontrole, e o mal caratismo, fazendo com que dezenas de Kiumbas, Eguns e Zombeteiros se acheguem em sua coroa, dando diversas aberturas, e isso é extremamente prejudicial a todos.

Por esse motivo que vemos tantos erros dentro de terreiros nessa Gira, que deveria ser tão iluminada, erros como médiuns pregando amarrações, oferendas sem nexo, acendimento de velas em locais obscuros, sacrifícios de animais, enfim, tudo invenção do médium, ou indução de espíritos sem luz, pois como sabemos nenhuma Entidade de Luz da Umbanda prega essas coisas.

É inimaginável crer que um médium acredite que está servindo a caridade utilizando-se de artifícios que serão, mais cedo ou mais tarde, descobertos. Senão pela corrente mediúnica encarnada, mas pela corrente espiritual.

Sabemos que a caridade exige de nós três coisas:

1° Amor a Deus.
2º Amor ao próximo.
3º Amor próprio.

Se não tivermos essas três formas de amor, certamente não faremos um trabalho digno dentro da Umbanda.

Finalizando, devemos observar muito bem o trabalho dos médiuns, verificar suas falas, suas ações, seus gestos. E quando observar um médium se dizendo incorporado de um "guia de luz", que se manifesta para tudo, menos para praticar a caridade, e até mesmo, afirmando que veio em terra (pois afirma estar incorporado) pra beber, fumar e fazer o que bem entende, desconfie, pois: ou o médium está utilizando de uma suposta incorporação para satisfazer seus vícios (mistificação), ou, se tem um espírito incorporado, é um espírito que pode pertencer a qualquer universo, menos ao universo umbandista, pois a Umbanda tem Lei e Ordem, tem Preceitos que não podem ser lançados fora, e de fato não são lançados pelos espíritos genuinamente trabalhadores de Umbanda.

Desconfie quando ver o contrário. Infelizmente isso acontece dentro dos "terreiros de umbanda" o tempo todo. Espíritos do baixo astral tomam a forma de guias de Umbanda, se identificam como se fossem os guias de Umbanda, enganam o médium (ou o médium se deixa enganar) e fazem barbaridades no ambiente e com os consulentes que estão presentes. Mas também é comum a mistificação onde pessoas que não são médiuns fingem estar incorporadas de espíritos de luz nos dias de gira de Umbanda, e isso para chamar atenção, vaidade, entre outras coisas.

Então consulentes vamos ficar atentos; senhores médiuns trabalhem pela caridade com honestidade; senhores dirigentes e Zeladores atenção redobrada dentro de suas casas de Umbanda, para que possamos levar uma verdadeira Umbanda a quem precisa, com amor, paz, humildade, honestidade, sem vícios, maus sentimentos, vaidade e mentiras.

Carlos de Ogum




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11/02/2019

O Silêncio na Assistência

O silêncio na assistência


Talvez algumas pessoas não entendam o verdadeiro sentido de se fazer silêncio ao adentrar no terreiro.

O silêncio não é só uma forma de respeito aos médiuns e entidades que ali vão trabalhar, mas temos que entender que no momento em que se entra num terreiro as entidades mesmo não incorporadas num médium, já começam a atuar sobre todos nós.

Começando a descarregar as cargas negativas, dando início a um trabalho de cura, entre outras coisas, que serão aprofundadas no momento do passe ou da consulta, dentro da misericórdia e merecimento de cada um.

Mas, fundamentalmente, o silêncio é uma oportunidade única das pessoas pararem, olharem para dentro de si e reavaliarem o porquê de estarem passando determinada situação. Tudo na vida é um resultado das nossas ações - a famosa Lei da Ação e Reação.

Assim, aquele momento em que se está sentado nos bancos esperando o início da sessão, consulta ou passe, é o momento pra avaliar os acontecimentos, um momento para se respirar fundo, tentar se desvincular dos pensamentos negativos para então se tornar receptivo ao passe e melhor entender o que as Entidades vêm a lhe falar.

Sim, queremos dizer que se uma pessoa que for procurar um terreiro, ao chegar neste, tomado pela negatividade, achando que nada em sua vida vai mudar, que espera que ali venha uma Entidade e que num passe de mágica faça tudo melhorar em sua vida, certamente sairá frustrado.

As Entidades servirão como um farol indicando por onde se deve caminhar para então melhor se chegar ao destino, no entanto por determinação Divina, as Entidades não podem simplesmente livrar as pessoas do que, por lei cármica, tem que passar.

Dessa maneira, todos os Guias Espirituais, serão uma força extra que teremos e nos norteará para ultrapassar nossas provações.

Procure ao chegar num terreiro, respirar fundo, e mentalizar: aqui, entrarei para me reencontrar comigo mesmo, vou abrir meu coração e procurar entender tudo aquilo que os Guias me falarem e aconselharem.
Assim, por lei de atração você estará mais receptivo a todos os bálsamos que os Espíritos de Luz irão derramar sobre você e sua vida!

Fonte: Tenda de Umbanda Caboclo Pena Verde



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08/02/2019

A Umbanda Deixa de Dar Respostas

A umbanda deixa de dar respostas


A RELIGIÃO DE UMBANDA possui características marcantes: o perfume, a sonoridade, as riquezas de seus elementos, as belezas de seus rituais e, ainda, o título de ‘pronto-socorro espiritual’.

Contudo, Umbanda é religião e deve ser compreendida como tal. Um dos principais aspectos que fazem com que a Umbanda transforme vidas é o conhecimento! Seu trabalho e sua missão não se resumem somente em rituais que encantam, como também em um despertar consciencial. Para isso, as preleções no início das giras são tão importantes. É nesse momento em que o consulente se depara com uma autoreflexão e analisa se o seu problema está dentro ou fora de si!

Religião mágica por natureza, a Umbanda realiza milagres diariamente. Porém, devemos entender que os religiosos não vivem somente de sua magia como também de uma reforma íntima e pessoal. Frequentes são os casos de médiuns que procuram as soluções de seus problemas através de descarregos, banhos, defumações, entre outros e se esquecem da consciência.

Se esquecem do despertar consciencial necessário, da lição em que a vida está tentando dar através de suas provações. Frequentemente vemos médiuns que abandonam a religião por julgá-la incapaz de resolver seus problemas. Eis aí um dos maiores erros daqueles que acham que a Umbanda substitui o aprendizado da vida. E é aí quando a Umbanda deixa de dar as respostas.

A Umbanda deixa de dar respostas quando o médium, em sua imaturidade, se nega a enxergar o que a vida tenta lhe ensinar; 

A Umbanda deixa de dar respostas quando o médium acredita que seus problemas estão relacionados à sua religião e, mudando sua forma de se relacionar com Deus, seus desafios vão desaparecer;

A Umbanda deixa de dar respostas quando as atitudes de um médium limitam sua evolução;

A Umbanda deixa de dar respostas quando o médium acredita que seu futuro está na mensagem dos oráculos, longe de suas próprias atitudes;

A Umbanda deixa de dar respostas quando o médium não compreende seus fundamentos;

A Umbanda deixa de dar respostas quando o fanatismo ocupa o lugar da fé;

A Umbanda deixa de dar respostas quando o médium acredita que não precisa de desenvolvimento, “nasceu pronto”;

A Umbanda deixa de dar respostas ao médium que não busca o conhecimento para explanar a sua fé e sua religião, achando que a responsabilidade do saber é somente do guia incorporado;

Enfim, são inúmeros os casos em que a Umbanda deixa de dar as respostas. Questione, busque conhecimento e informação e saiba que, independente de sua religião, a ética e o bom senso devem ser prioridades em sua vida, ante mesmo de sua fé!

Antes de acreditar que a Umbanda não tenha suas respostas, avalie! Talvez o problema esteja nas suas dúvidas.

Cantinho de Francisco de Assis




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05/02/2019

Dez Mandamentos para o Trabalho Espiritual


Dez Mandamentos para o Trabalho Espiritual

1. Não se desconectar da matéria. O excesso de espiritualismo pode criar uma descompensação com graves prejuízos para a vida pessoal e material de uma pessoa. A matéria é tão importante quanto o espírito; ambos são matizes, graus da mesma manifestação. Nenhum dos dois pode prevalecer sobre o outro.
ANTÍDOTO: EQUILÍBRIO.

2. Não despertar os poderes antes da consciência. Os poderes estão a serviço da consciência. Não é preciso buscá-los; quando chega o momento, eles surgem naturalmente. Buscar o poder antes do saber é inverter a ordem natural do processo. Para que sirvam a consciência, os poderes devem ser doados a partir de algo além de nossa vontade.
ANTÍDOTO: EQUANIMIDADE.

3. Não fixar-se em pessoas em vez de em suas informações. Você não monta uma casa em um túnel. Ele é só um meio para se chegar até ela. Quem depende de um mestre volta à infância psicológica. Em um processo de iniciação ou terapêutico isso pode ser necessário, mas somente como uma fase a superar, e não como um estado onde parar.
ANTÍDOTOS: DISCERNIMENTO E MODERAÇÃO.

4. Não sentir excesso de autoconfiança. Quem se crê auto-suficiente é uma presa fácil para os agentes do engano e não raro se vê envolvido por eles. Quem crê demais na própria capacidade está fadado a equivocar-se.
ANTÍDOTO: DESCONFIAR DE SI MESMO.

5. Não sentir-se superior. Nunca julgue que a própria linha de trabalho é superior às demais. Essa superioridade é a antítese do esoterismo, que afirma justamente a onipresença da consciência em todos os seres e caminhos. Essa postura desconecta uma pessoa das autênticas correntes da consciência amplificada, e é o ponto de partida para a via negra.
ANTÍDOTO: EQUIDADE.

6. Não deixar-se levar por impulsos messiânicos. A vontade de salvar os demais é uma armadilha fatal. Sua tela de fundo é a vaidade e a insegurança. Essa fobia paranóica rompe com os canais de conexão com o mestre interior, bloqueia o processo de autoconhecimento e lança a espiritualidade numa espiral involuta, além de inibir o direito ao "livre-arbítrio de cada um".
ANTÍDOTO: CONFIANÇA NA EXISTÊNCIA. 

7. Não tomar medidas inconsequentes. O entusiasmo pode levar uma pessoa a romper com seu círculo profissional e familiar sem necessidade. Com o "fluir" ou o "fechar os olhos e saltar" — axiomas que só deveriam ser usados em situações muito especiais —, os idiotas mais entusiasmados do mundo esotérico incentivam os recém-chegados a se arrebentarem logo na largada.
ANTÍDOTO: RESPONSABILIDADE SERENA.

8. Não agir com demasiada rigidez. Encantada com as novas informações que lhe ampliam a consciência, uma pessoa pode-se tornar intolerante. Ela tem a tentação de impor sua forma de pensar e seus modelos de conduta aos demais. Limitando sua capacidade de ver a partir de outras perspectivas, ela perde o acréscimo de consciência que havia conquistado.
ANTÍDOTO: TOLERÂNCIA E RELAXAMENTO.

9. Não se dispersar. Estudar ou praticar demasiadas coisas ao mesmo tempo sem aprofundar-se em nenhuma delas leva a uma falsa sensação de saber. Nessa atitude, pode-se passar uma vida inteira andando em círculos, enquanto se faz passar por um sábio.
ANTÍDOTO: CONCENTRAÇÃO.

10. Não abusar. Manipuladas, as informações espirituais servem de álibis ou justificativas convincentes para os piores atavismos. Usar essas informações para fins muito particulares é um crime. Ninguém profana impunemente o que pertence a todos.
ANTÍDOTO: RETIDÃO E INTEGRIDADE.

Equilíbrio, equanimidade, discernimento e moderação, equidade, tolerância e relaxamento, confiança na existência, responsabilidade serena, desconfiança de si mesmo, concentração, retidão e integridade são a grande proteção daquele que se aventura pelo mundo espiritual e esotérico. Por outro lado, quem se assegura dessas qualidades pode fazer o que quiser nesse campo que estará sempre num bom caminho.
Fabio Fittipaldi




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Oxum

Oxum

É a força dos rios, que correm sempre adiante, levando e distribuindo pelo mundo sua água que mata a sede. É a Mãe da água doce, Rainha das cachoeiras, Deusa da candura e da meiguice.

Orixá da prosperidade e da riqueza interior, ela é a manifestação do Amor, o amor puro, real, maduro, solidificado, sensível e incondicional, por isso é associada à maternidade e ligada ao desenvolvimento da criança ainda no ventre da mãe, da mesma maneira que Yemanjá.

A regência fascinante de Oxum é o processo de fecundação, na multiplicação da célula mater.

É Oxum quem gera o nascimento de novas vidas que estarão no período de gestação numa bolsa de água – como ela, Oxum, rainha das águas.

É, sem dúvida alguma, das regências mais fascinantes, pois é o início, a formação da vida. É Oxum que "tomará conta" até o nascimento, quando, então, entrega à Yemanjá, que será responsável pelo destino daquela criança.

Oxum não vê defeitos nos seus filhos, não vê sujidade. Os seus filhos são verdadeiras jóias, e ela só consegue ver o seu brilho. É por isso que Oxum é a mãe das crianças, seres inocentes e sem maldade, zelando por elas desde o ventre até que adquiram a sua independência.

Os seus filhos, melhor, as suas jóias, são a sua maior riqueza. Como acontece com as águas, nunca se pode prever o estado em que encontraremos Oxum; como também não podemos segurá-la em nossas mãos. Assim, Oxum é o ardil feminino, considerada a deusa do amor, a Vênus africana. O casamento, o ventre, a fecundidade e as crianças são de Oxum, assim como, talvez por consequência, a felicidade.

De menina-moça faceira, passando pela mulher irresistível até a senhora protetora, Oxum é sempre dona de uma personalidade forte, que não aceita ser relegada a segundo plano, afirmando-se em todas circunstâncias da vida.

Oxum é o amor, é a capacidade de sentir amor. A partir desse amor é que se dá a origem as Agregações, e consequentemente origina a concepção das coisas.

Ela é o elo que une os Seres sob uma mesma crença, trazendo a união espiritual. É o elo que une dois Seres sob o mesmo amor, agregando-os onde se dá inicio à concepção de uma nova vida. Ela é quem agrega os bens materiais que torna um ser rico, portanto, é conhecida como Orixá da Riqueza, Senhora do Ouro e das Pedras Preciosas.

O toque dos atabaques, que acompanha sua dança no candomblé, é denominado ijexá. A dança de Oxum é a mímica da mulher faceira, que se embeleza e atavia, exibindo com orgulho colares e pulseiras tilintantes.

Diante do espelho sorri, vaidosa e feliz, por se ver tão linda e sedutora. Essa doçura de encanto feminino, porém, não revela a deusa por inteiro. Pois ela é também guerreira intrépida e lutadora pertinaz.

Como as águas dos rios, a força de Oxum vai a todos os cantos da terra. Ela dá de beber às folhas de Ossain, aos animais e plantas de Oxossi, esfria o aço forjado por Ogum, lava as feridas de Obaluaê, compõe a luz do arco-íris de Oxumarê.

Oxum está em tudo, pois, se amamos algo ou alguém é porque ela está dentro de nós.

Mônica Caraccio




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Postura nos Templos


Postura nos Templos de Umbanda

O sucesso dos trabalhos efetuados em uma sessão espiritual depende, em grande parte, da concentração e da postura de médiuns e assistentes presentes.

Os templos umbandistas são locais sagrados, especialmente preparados para atividades espirituais, e que têm sobre seus espaços uma cúpula espiritual responsável pelas diretrizes básicas de amparo, orientação e segurança daqueles que, ou buscam ali a solução ou o abrandamento de seus males, ou dos que emprestam sua estrutura física para servirem de veículos à prática da caridade.

Apesar disto, alguns participantes julgam que, por tratar-se de culto de invocação, não se deve dar a devida atenção e respeito, sendo tais virtudes ausentes nestes indivíduos.

Devemos lembrar que o silêncio e a pureza de pensamentos são essenciais ao exercício da fé.

Alguns assistentes, e mesmo alguns médiuns, dirigirem-se desrespeitosamente aos espíritos trabalhadores. Debocham de suas características e duvidam de sua eficiência. Entretanto, quando passam por uma série de sofrimentos físicos e espirituais, tendo recorrido inclusive a médicos, sem êxito, recorrem àqueles mesmos espíritos que outrora foram alvos de sua indiferença. Restabelecidos, atribuem sua melhora ao acaso.

Devem, médiuns e assistentes, observar o silêncio e o pensamento em situações ou coisas que representem fluidos do bem. Este procedimento tem como consequência a imanação energética com os espíritos, decorrendo daí o derramamento sobre o terreiro do elixir etéreo da paz e da fraternidade.

O que se consegue do mundo astral é, antes de tudo, fruto da bondade e do merecimento de cada um. A conduta reta e positiva deve ser a tônica em uma agremiação umbandista, para que os Guias e Protetores possam instalar no mental e no coração de cada participante sementes de bondade, amor e proteção. A homogeneidade de pensamentos é instrumento de poder do ser humano, rumo a concretização de seus desejos, sendo fundamental que se apresentem límpidos e sinceros em uma Casa de Umbanda.


Umbanda e Assistência:

Qual o papel de fato da Umbanda na vida das pessoas que frequentam seus rituais e ao mesmo tempo, qual deve ser a postura de uma pessoa enquanto participante da assistência em um ritual de Umbanda? Estas duas questões, guardam íntima relação entre si.

A primeira questão tenta descobrir como as pessoas que participam de assistências de cultos de Umbanda, veem esses cultos e a própria Umbanda. O que destes cultos e das vivências neles apreendidas, elas levam para suas vidas quotidianas? Como essas pessoas se definem em termos de religião?

É certo que não podemos generalizar. Assim como em qualquer coletividade, também em uma assistência estarão presentes pessoas com pensamentos, anseios e posturas diferentes. Mas a questão que se impõe é se é necessário que essas pessoas tenham um mínimo de conhecimento do que é a Umbanda e seus cultos. E se realmente precisam enxergar a Umbanda como religião e até mesmo como a religião delas. Uma premissa muito importante enunciada pela Umbanda é que não se deve negar ajuda a ninguém. Assim, partindo deste princípio, não podemos cobrar de uma pessoa que se ela frequenta os cultos de uma casa de Umbanda, ele se declare como Umbandista.

Sabemos que a Umbanda ainda sofre de muitos preconceitos, e que decorrente disso muitas pessoas que frequentam cultos de Umbanda têm medo de serem rotulados pejorativamente. 

Também pela origem multifacetada da Umbanda e também pela premissa de ajudar a todos, não podemos e nem devemos proibir a participação de irmãos oriundos de outras religiões. Por outro lado, podemos considerar que a falta de identificação pode causar uma falta de compromisso. Por isso talvez, sejam tão comuns as queixas sobre pessoas da assistência que vão às sessões de Umbanda apenas para “pedir coisas” mas não honrem as sessões com comportamentos condizentes com os de uma casa religiosa, ou seja, vestem-se de maneira imprópria, conversam em momentos inoportunos, entre outras coisas. 

Algumas pessoas apenas visitam uma casa de Umbanda quando estão com problemas. Isso significa que não fazem da Umbanda uma opção religiosa constante. Utilizam as sessões de Umbanda como “fast-food de consulta”, isto é, quando precisam, vão até lá, pedem o que precisam e vão embora abandonando o local até que a próxima necessidade os faça regressar.

Outras há que vão apenas aos dias de festas. Elas podem estar encarando a Umbanda como uma bonita manifestação da “cultura popular brasileira”, ou seja, uma atração turística ou ainda “coisa para inglês ver”. Visitam, acham bonito, mas não apreendem o real significado da religião praticada ali. 

A outra questão, também de extrema importância, é o que a participação da assistência contribui para a sessão. Uma assistência participativa tem o mesmo resultado para uma sessão do que uma assistência apática? O que é mais interessante para a Umbanda, uma assistência ignorante sobre os conhecimentos ou uma assistência consciente do que são os rituais e dos porquês destes rituais. Essas duas questões estão inter-relacionadas porque quanto mais as pessoas que compõem uma assistência estão integradas no culto, mais elas respeitarão este ritual, participando ativamente dele, entendendo como e porque devem se comportar a cada momento. Elas entenderão melhor que a religião não se pratica somente dentro dos templos, mas em todo o lugar. Elas aprenderão que também elas têm a responsabilidade de fazer a caridade e semear a paz e amor ao próximo.

A.D.




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03/02/2019

Guardião do Mundo: Exu!

Guardião do Mundo: Exu!


A ideia geral que se tem dos Guardiões do Astral, denominados na Umbanda por Exus, é controversa, polêmica e injusta. Por culpa de irmãos ignorantes - e também, alguns maus - esses Ordenadores, Cumpridores e Feitores da Lei Maior são confundidos com espíritos involuídos, os vulgos demônios e afins.

Quantos anúncios vemos pelas ruas da cidade e pela internet, que Sr. Zé Pelintra, Sr. Tranca Ruas ou mesmo Sra. Maria Padilha e Sra. Maria Mulambo são meros capatazes de "pais-de-santo" que atuam com baixa magia para vencer e destruir inimigos, separar casais, amarrar homem e outros quesitos indignos e mesquinhos que prometem cumprir em 3, 6, 12 horas, mediante pagamento ou compra de material para o trabalho? A sordidez de tais "pais-de-santo" é tão desavergonhada que os mesmos, além de estarem usando - e difamando! - os nomes de nobres seareiros do Astral, dizem que fazem caridade e não cobram pelo trabalho, apenas pelo material que será empregado!

Pois que, por causa desses inescrupulosos e sórdidos médiuns, que um dia macularam e corromperam tão divina missão, a da Mediunidade.

Nossos abençoados Guardiões, os Exus, são discriminados e difamados, confundidos com demônios, kiumbas, eguns (as várias denominações para os Espíritos humanos maus e sem Luz), quando, na verdade, Exu é a "polícia do Astral". 

Exus são espíritos que estão, pelo menos, um nível acima de nós, tão em caminhada à Luz quanto nós, mas que tomaram para si a incumbência de levar e fazer prevalecer a Ordem e a Justiça no nosso mundo, em todos os Planos que aqui se compõe, tanto este visível quanto o invisível - e além.

Exu, como eles mesmo dizem, é a Luz nas Trevas!

São Espíritos que se sacrificam em nome do Pai e a favor de nós - sim, NÓS, seus irmãos, muitas vezes ingratos! São Espíritos que adensam a sua matéria sutil e descem a níveis tão grosseiros que até mesmo nós encarnados, seres então adensados, não suportaríamos pela carga tóxica que emana de tais regiões. Umbral é fichinha perto dos lugares que os Exus se metem para desmontar antros de magia negra e resgatar outros irmãos que despertam a Luz em suas consciências, cansados de percorrer a estrada torta. Como o próprio nome diz, Umbral é somente a porta de entrada. Os Guardiões vão a níveis ainda mais profundos, chamados de Sub Crosta, que é o verdadeiro Inferno que a Igreja tem ensinado há séculos. Se já trememos e nos arrepiamos quando sentimos uma pequena descarga de energia perniciosa desferida por um encarnado ou desencarnado que está de pinimba conosco, imagina se nós conseguiríamos suportar a toxicidade e o peso áspero de tais regiões, tão agregadas de maldade e corrupção?!

Pois bem, os Exus conseguem. São eles que vão bater de frente com essa energia densa, negra e ácida. São eles que vêm nos socorrer e nos protege, quando invocamos a ajuda de Deus. 

"Exu é assim, assim ele é. Exu pode não ser anjo, mas diabo ele não é", como bem diz um de seus inúmeros pontos cantados.

Salve a todos os Exus Guardiões do Astral!

A.D.





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