Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

05/02/2019

Oxum

Oxum

É a força dos rios, que correm sempre adiante, levando e distribuindo pelo mundo sua água que mata a sede. É a Mãe da água doce, Rainha das cachoeiras, Deusa da candura e da meiguice.

Orixá da prosperidade e da riqueza interior, ela é a manifestação do Amor, o amor puro, real, maduro, solidificado, sensível e incondicional, por isso é associada à maternidade e ligada ao desenvolvimento da criança ainda no ventre da mãe, da mesma maneira que Yemanjá.

A regência fascinante de Oxum é o processo de fecundação, na multiplicação da célula mater.

É Oxum quem gera o nascimento de novas vidas que estarão no período de gestação numa bolsa de água – como ela, Oxum, rainha das águas.

É, sem dúvida alguma, das regências mais fascinantes, pois é o início, a formação da vida. É Oxum que "tomará conta" até o nascimento, quando, então, entrega à Yemanjá, que será responsável pelo destino daquela criança.

Oxum não vê defeitos nos seus filhos, não vê sujidade. Os seus filhos são verdadeiras jóias, e ela só consegue ver o seu brilho. É por isso que Oxum é a mãe das crianças, seres inocentes e sem maldade, zelando por elas desde o ventre até que adquiram a sua independência.

Os seus filhos, melhor, as suas jóias, são a sua maior riqueza. Como acontece com as águas, nunca se pode prever o estado em que encontraremos Oxum; como também não podemos segurá-la em nossas mãos. Assim, Oxum é o ardil feminino, considerada a deusa do amor, a Vênus africana. O casamento, o ventre, a fecundidade e as crianças são de Oxum, assim como, talvez por consequência, a felicidade.

De menina-moça faceira, passando pela mulher irresistível até a senhora protetora, Oxum é sempre dona de uma personalidade forte, que não aceita ser relegada a segundo plano, afirmando-se em todas circunstâncias da vida.

Oxum é o amor, é a capacidade de sentir amor. A partir desse amor é que se dá a origem as Agregações, e consequentemente origina a concepção das coisas.

Ela é o elo que une os Seres sob uma mesma crença, trazendo a união espiritual. É o elo que une dois Seres sob o mesmo amor, agregando-os onde se dá inicio à concepção de uma nova vida. Ela é quem agrega os bens materiais que torna um ser rico, portanto, é conhecida como Orixá da Riqueza, Senhora do Ouro e das Pedras Preciosas.

O toque dos atabaques, que acompanha sua dança no candomblé, é denominado ijexá. A dança de Oxum é a mímica da mulher faceira, que se embeleza e atavia, exibindo com orgulho colares e pulseiras tilintantes.

Diante do espelho sorri, vaidosa e feliz, por se ver tão linda e sedutora. Essa doçura de encanto feminino, porém, não revela a deusa por inteiro. Pois ela é também guerreira intrépida e lutadora pertinaz.

Como as águas dos rios, a força de Oxum vai a todos os cantos da terra. Ela dá de beber às folhas de Ossain, aos animais e plantas de Oxossi, esfria o aço forjado por Ogum, lava as feridas de Obaluaê, compõe a luz do arco-íris de Oxumarê.

Oxum está em tudo, pois, se amamos algo ou alguém é porque ela está dentro de nós.

Mônica Caraccio




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Postura nos Templos


Postura nos Templos de Umbanda

O sucesso dos trabalhos efetuados em uma sessão espiritual depende, em grande parte, da concentração e da postura de médiuns e assistentes presentes.

Os templos umbandistas são locais sagrados, especialmente preparados para atividades espirituais, e que têm sobre seus espaços uma cúpula espiritual responsável pelas diretrizes básicas de amparo, orientação e segurança daqueles que, ou buscam ali a solução ou o abrandamento de seus males, ou dos que emprestam sua estrutura física para servirem de veículos à prática da caridade.

Apesar disto, alguns participantes julgam que, por tratar-se de culto de invocação, não se deve dar a devida atenção e respeito, sendo tais virtudes ausentes nestes indivíduos.

Devemos lembrar que o silêncio e a pureza de pensamentos são essenciais ao exercício da fé.

Alguns assistentes, e mesmo alguns médiuns, dirigirem-se desrespeitosamente aos espíritos trabalhadores. Debocham de suas características e duvidam de sua eficiência. Entretanto, quando passam por uma série de sofrimentos físicos e espirituais, tendo recorrido inclusive a médicos, sem êxito, recorrem àqueles mesmos espíritos que outrora foram alvos de sua indiferença. Restabelecidos, atribuem sua melhora ao acaso.

Devem, médiuns e assistentes, observar o silêncio e o pensamento em situações ou coisas que representem fluidos do bem. Este procedimento tem como consequência a imanação energética com os espíritos, decorrendo daí o derramamento sobre o terreiro do elixir etéreo da paz e da fraternidade.

O que se consegue do mundo astral é, antes de tudo, fruto da bondade e do merecimento de cada um. A conduta reta e positiva deve ser a tônica em uma agremiação umbandista, para que os Guias e Protetores possam instalar no mental e no coração de cada participante sementes de bondade, amor e proteção. A homogeneidade de pensamentos é instrumento de poder do ser humano, rumo a concretização de seus desejos, sendo fundamental que se apresentem límpidos e sinceros em uma Casa de Umbanda.


Umbanda e Assistência:

Qual o papel de fato da Umbanda na vida das pessoas que frequentam seus rituais e ao mesmo tempo, qual deve ser a postura de uma pessoa enquanto participante da assistência em um ritual de Umbanda? Estas duas questões, guardam íntima relação entre si.

A primeira questão tenta descobrir como as pessoas que participam de assistências de cultos de Umbanda, veem esses cultos e a própria Umbanda. O que destes cultos e das vivências neles apreendidas, elas levam para suas vidas quotidianas? Como essas pessoas se definem em termos de religião?

É certo que não podemos generalizar. Assim como em qualquer coletividade, também em uma assistência estarão presentes pessoas com pensamentos, anseios e posturas diferentes. Mas a questão que se impõe é se é necessário que essas pessoas tenham um mínimo de conhecimento do que é a Umbanda e seus cultos. E se realmente precisam enxergar a Umbanda como religião e até mesmo como a religião delas. Uma premissa muito importante enunciada pela Umbanda é que não se deve negar ajuda a ninguém. Assim, partindo deste princípio, não podemos cobrar de uma pessoa que se ela frequenta os cultos de uma casa de Umbanda, ele se declare como Umbandista.

Sabemos que a Umbanda ainda sofre de muitos preconceitos, e que decorrente disso muitas pessoas que frequentam cultos de Umbanda têm medo de serem rotulados pejorativamente. 

Também pela origem multifacetada da Umbanda e também pela premissa de ajudar a todos, não podemos e nem devemos proibir a participação de irmãos oriundos de outras religiões. Por outro lado, podemos considerar que a falta de identificação pode causar uma falta de compromisso. Por isso talvez, sejam tão comuns as queixas sobre pessoas da assistência que vão às sessões de Umbanda apenas para “pedir coisas” mas não honrem as sessões com comportamentos condizentes com os de uma casa religiosa, ou seja, vestem-se de maneira imprópria, conversam em momentos inoportunos, entre outras coisas. 

Algumas pessoas apenas visitam uma casa de Umbanda quando estão com problemas. Isso significa que não fazem da Umbanda uma opção religiosa constante. Utilizam as sessões de Umbanda como “fast-food de consulta”, isto é, quando precisam, vão até lá, pedem o que precisam e vão embora abandonando o local até que a próxima necessidade os faça regressar.

Outras há que vão apenas aos dias de festas. Elas podem estar encarando a Umbanda como uma bonita manifestação da “cultura popular brasileira”, ou seja, uma atração turística ou ainda “coisa para inglês ver”. Visitam, acham bonito, mas não apreendem o real significado da religião praticada ali. 

A outra questão, também de extrema importância, é o que a participação da assistência contribui para a sessão. Uma assistência participativa tem o mesmo resultado para uma sessão do que uma assistência apática? O que é mais interessante para a Umbanda, uma assistência ignorante sobre os conhecimentos ou uma assistência consciente do que são os rituais e dos porquês destes rituais. Essas duas questões estão inter-relacionadas porque quanto mais as pessoas que compõem uma assistência estão integradas no culto, mais elas respeitarão este ritual, participando ativamente dele, entendendo como e porque devem se comportar a cada momento. Elas entenderão melhor que a religião não se pratica somente dentro dos templos, mas em todo o lugar. Elas aprenderão que também elas têm a responsabilidade de fazer a caridade e semear a paz e amor ao próximo.

A.D.




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03/02/2019

Guardião do Mundo: Exu!

Guardião do Mundo: Exu!


A ideia geral que se tem dos Guardiões do Astral, denominados na Umbanda por Exus, é controversa, polêmica e injusta. Por culpa de irmãos ignorantes - e também, alguns maus - esses Ordenadores, Cumpridores e Feitores da Lei Maior são confundidos com espíritos involuídos, os vulgos demônios e afins.

Quantos anúncios vemos pelas ruas da cidade e pela internet, que Sr. Zé Pelintra, Sr. Tranca Ruas ou mesmo Sra. Maria Padilha e Sra. Maria Mulambo são meros capatazes de "pais-de-santo" que atuam com baixa magia para vencer e destruir inimigos, separar casais, amarrar homem e outros quesitos indignos e mesquinhos que prometem cumprir em 3, 6, 12 horas, mediante pagamento ou compra de material para o trabalho? A sordidez de tais "pais-de-santo" é tão desavergonhada que os mesmos, além de estarem usando - e difamando! - os nomes de nobres seareiros do Astral, dizem que fazem caridade e não cobram pelo trabalho, apenas pelo material que será empregado!

Pois que, por causa desses inescrupulosos e sórdidos médiuns, que um dia macularam e corromperam tão divina missão, a da Mediunidade.

Nossos abençoados Guardiões, os Exus, são discriminados e difamados, confundidos com demônios, kiumbas, eguns (as várias denominações para os Espíritos humanos maus e sem Luz), quando, na verdade, Exu é a "polícia do Astral". 

Exus são espíritos que estão, pelo menos, um nível acima de nós, tão em caminhada à Luz quanto nós, mas que tomaram para si a incumbência de levar e fazer prevalecer a Ordem e a Justiça no nosso mundo, em todos os Planos que aqui se compõe, tanto este visível quanto o invisível - e além.

Exu, como eles mesmo dizem, é a Luz nas Trevas!

São Espíritos que se sacrificam em nome do Pai e a favor de nós - sim, NÓS, seus irmãos, muitas vezes ingratos! São Espíritos que adensam a sua matéria sutil e descem a níveis tão grosseiros que até mesmo nós encarnados, seres então adensados, não suportaríamos pela carga tóxica que emana de tais regiões. Umbral é fichinha perto dos lugares que os Exus se metem para desmontar antros de magia negra e resgatar outros irmãos que despertam a Luz em suas consciências, cansados de percorrer a estrada torta. Como o próprio nome diz, Umbral é somente a porta de entrada. Os Guardiões vão a níveis ainda mais profundos, chamados de Sub Crosta, que é o verdadeiro Inferno que a Igreja tem ensinado há séculos. Se já trememos e nos arrepiamos quando sentimos uma pequena descarga de energia perniciosa desferida por um encarnado ou desencarnado que está de pinimba conosco, imagina se nós conseguiríamos suportar a toxicidade e o peso áspero de tais regiões, tão agregadas de maldade e corrupção?!

Pois bem, os Exus conseguem. São eles que vão bater de frente com essa energia densa, negra e ácida. São eles que vêm nos socorrer e nos protege, quando invocamos a ajuda de Deus. 

"Exu é assim, assim ele é. Exu pode não ser anjo, mas diabo ele não é", como bem diz um de seus inúmeros pontos cantados.

Salve a todos os Exus Guardiões do Astral!

A.D.





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31/01/2019

Como são Designados Nossos Mentores Espirituais?


Como são Designados Nossos Mentores Espirituais?

Muito indagamos porque temos certos guias espirituais, muito indagamos como eles surgem em nossa vida e porquê, para essa dúvida, pesquisei muito e até queimei quase 1kg de vela para tentar obter maiores elucidações a respeito do assunto.

Primeiramente, é interessante elucidar que existem alguns tipos diferentes de designações, das quais citarei algumas:

A primeira é que existem alguns que nos acompanham desde antes do nascimento, seja por determinação de nossa vibração nativa em nossa atual existência ou pela afinidade no grau de conhecimento. Existe o guia espiritual responsável por toda sua linha espiritual, que geralmente é um caboclo e ele é o comandante espiritual da sua linha determinado pelo Orixá e pela sua missão em sua existência. Com isso, devemos compreender que além da afinidade existente, são companheiros determinados pelos Superiores Cósmicos para nos acompanharem durante nossa missão, geralmente o seu guia-chefe é um dos que possuem maior patamar vibratório em sua linha, porém, não é uma regra, porque já é mais do que um assunto estressado falarmos que aquele que tenta padronizar o Mundo Espiritual acabará louco.

Juntamente com o seu guia-chefe, existem outros espíritos que o acompanham desde o nascimento, logicamente o seu guardião, que é o polo negativo do seu orixá, alguns guias de trabalho e também alguns chefes de linha.

Importante salientar que para muitos médiuns, a sua linha ainda não está totalmente formada, ela será adequada com o decorrer do tempo, seja pela missão configurada, pela casa que você frequenta ou pela determinação dos seus chefes durante o tempo, dependendo da casa que você está, você vibrará com um certo tipo de trabalho e consequentemente se aproximará entidades afins com aquela energia.

Existe também o fato que nem todos te acompanharão pelo resto de sua vida, sim, existem aqueles que deixarão de incorporar mas continuará com você e existem aqueles que se afastarão de verdade; Existem muitas mudanças no âmbito espiritual, por exemplo, você pode se afastar por tempo indeterminado, seu guia espiritual pode ter sido escalado para uma nova missão, você pode ter sido “trocado” por não representar uma conduta adequada àquele que você está servindo, enfim, existem diversos motivos. Quantos médiuns se afastam ou mudam de casa e começa a aparecer entidades diferentes? Claro que possuímos aquele “core”, aquelas peças-chaves que nos acompanharão para onde formos, mas também existem muitos fatores que podem alterar a sua corrente mediúnica, conforme já citei, mudança de casa, mudança de missão, afastamento do médium, evolução do médium ou do guia espiritual, alteração na egrégora, por exemplo, se eu estou no Candomblé e trabalho com um “caboclo boiadeiro” que canta, dança, fuma e come, se eu for pra outra casa e aquele guia não estiver de acordo com a sua forma de trabalho, ou pode vir um da mesma falange, ou ele pode se afastar dando lugar a um outro boiadeiro ou até mesmo tentar se adaptar às mudanças impostas.

Ao contrário do que muitos pensam, eles são dotados de consciência única e não são marionetes ou espíritos que estão ao nosso dispor, eles também tem o poder de escolha e podem optar por não trabalharem com você, ou podem também aceitar todas nossas mazelas e estarem ao nosso lado, tudo depende de vários fatores que podemos ficar o resto do ano mencionando.

Existem também aqueles que estão de acordo com suas ideias, seus objetivos e por algum motivo, seja para trabalho, seja um desígnio ou missão, se aproximam de nossa linha e com a permissão de nosso Orixá e de nosso guia-chefe, também desempenham o papel de incorporação em nossa matéria, para trazer novas vibrações e para que também possam desempenhar seus papéis de perpetuar os ensinamentos sagrados.

Claro que também temos aqueles guias espirituais que estão em nosso lado na contenção, não são incorporantes, mas são peças-chaves para nossa evolução espiritual, estão ali nos ajudando e auxiliando os guias incorporantes de nossa corrente espiritual, existem aqueles que descem raramente, e para isso, por alguns motivos específicos: Seja porque já alcançou um estágio onde não precisa mais incorporar, seja porque sua função na linha seja apenas gerenciar sua corrente mediúnica e suas tarefas se resumem a outras ocupações, seja porque não ocupa uma posição de grande importância em sua linha, ou seja, pode ser um guia que só chega quando o seu de trabalho está ausente ou porque não é a principal função dele. Existem aqueles que descem raramente em festas também, que seria o seu segundo ou terceiro guia da linha.

Ao contrário do que muitos pensam, nem todos os nossos guias de frente incorporam, alguns chegam somente para dar o nome e supervisionar o nosso trabalho espiritual, alguns como já alcançaram determinada evolução espiritual, não são mais incorporantes e se ocupam com outras tarefas, principalmente àqueles que são designados a gerenciar um templo espiritual, nem todo Exu de Frente desce e dá o nome bem como o próprio caboclo, existem dirigentes que deixam como nome da casa, o segundo caboclo porque o primeiro não permitiu, esse último motivo do qual ainda tento descobrir.

Alguns médiuns chegam a incorporar até 7, 8 guias de uma mesma linha, seja caboclos, baianos ou quaisquer outras linhas dentro de sua falange, enquanto outros, trabalham com um único guia a vida inteira, isso se deve também a alguns motivos, já é sabido que nem todos os médiuns possuem a mesma quantidade de guias que outros, houve uma época em que tabelavam o número de guias que podíamos ter na linha e isso caiu em desuso porque ocorreram vários fatores que contradizem essa ideia, cada pessoa tem a sua missão determinada pelo Cósmico, se você é um médium de cura, e sua missão é essa, obviamente você não terá 15 exus de porteira, se você é um médium de limpeza, obviamente você não terá 15 caboclos de cura e nenhum de limpeza, então tudo é determinado pela sua missão, vibração e pra isso, você nasce com a Vibração Orixá correspondente.

Um outro aspecto importante, gostaria de ressaltar para nem todos acreditarem nessas falanges que lemos pela internet, isso não foi confirmado por nenhum guia, se o Pena Branca é da mesma falange que o Águia Branca é o chefe, se o Cobra Coral é um guia subalterno de Arariboia, isso é um assunto que ainda é muito pouco estudado, um irmão que tem um caboclo chamado Sol Nascente e Tira-Teima veio me indagar porque ele tem entidades que não tem estudos, que parece que são espíritos de terceira, porque são pouco conhecidos e não ocupam nenhuma posição de destaque em literaturas, digo-lhes com toda a certeza que existem novas falanges se apoderando do Mundo Espiritual e conforme já mencionei em alguns posts, outros raramente se apresentam nas casas, como é o caso de Urubatão, Caboclo Tupã, Sultão das Matas, entre outros que sua vasta falange vem ficando cada vez mais rara, em contrapartida, conheci um caboclo chamado “Águia Valente”, pouco difundido nos cultos umbandistas e presenciei um trabalho fantástico, o mesmo caso de um outro caboclo chamado Búfalo Branco, NUNCA ouvi falar em nenhum lugar sobre o caboclo, mas trabalhou com maestria na ocasião que presenciei, vale aquilo que sempre falei, mais vale um médium excepcional com um caboclo desconhecido a um médium tolo com um chefe de falange, o chefe se limitará ao médium que por sua vez não é adequado, causando um trabalho deficiente.

Nada é uma regra e assim como o Universo, cada partícula atômica de nosso corpo, é tudo dinâmico, tudo é mutável e ao passo que expandimos nosso conhecimento, mais evidenciamos a nossa ignorância, até o final do século XX, o átomo era formado por apenas 3 elementos, os próton, nêutrons e elétrons, hoje já conseguimos dividir ainda mais essas partículas formando os quarks, fótons, léptons e o famoso bóson de Higgs (ESTRANHO QUE ALCANÇAMOS SETE ELEMENTOS NÃO?).

Então padronizar um tipo de conhecimento, limitar e delinear o Mundo Espiritual é o mesmo que procurar em um quarto escuro, um gato preto que não está lá, como dizia Voltaire, então não existem padrões e sim aquilo que eu sempre digo, boas práticas, o que também é relativo, para muitos é excepcional passar galo vivo nas pessoas e sujar todo mundo de ovo, em meu conceito de boas práticas isso nunca aconteceria.

Se você possui dois falangeiros de Ogum, parabéns, isso pode acontecer e muitos dirigentes NEGAVAM VEEMENTEMENTE essa ideia, se o seu Ogum fala, parabéns também, nada é uma regra e tento não ser presunçoso ao fato de criar regras rígidas para isso, cada um é cada um, cada qual sabe no fundo de sua alma o que veio fazer e se você tem 15 caboclos e 5 Oguns, que faça jus a essa responsabilidade que recebeu.

Afinal, todos nós estamos aqui com um único objetivo: Nos aperfeiçoar e chegar até o Altíssimo!

Neófito da Luz


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Existe Demanda, Feitiço ou "Macumba"?

Existe Demanda, Feitiço ou "Macumba"?

Você acredita que alguém possa fazer uma demanda, feitiço ou “macumba” para uma pessoa?

Se a resposta for sim, você está corretíssimo.

A bem da verdade, devemos esclarecer que há milhares de anos já existia a demanda e o feitiço, ficando a “macumba” para bem depois, como desmembramento cultural e contemporâneo das religiões Afro.

Uma DEMANDA pode ser realizada através de trabalhos que envolvem a prática da Baixa Magia ou Magia Negra – como é mais conhecida. São ritos calculados praticados por irmãos que, infelizmente, ainda se prestam a este tipo de atividade. Na maioria das vezes, atuam como “agenciadores” das trevas, na manipulação de hostes diabólicas, e cobram vultosa pecúnia de seus “clientes” encarnados, sequiosos pela feitura de um “trabalhinho” espiritual.

Essa simbiose entre o pedinte desavisado, o Mago Negro maniqueísta e as Entidades do Astral Inferior podem viabilizar egrégoras que, com certeza, nos pertubarão consideravelmente. Esses seres se esquecem, no entanto, que existe uma lei superior, que se chama LEI DO RETORNO, e ela é implacável. Com o decorrer dos tempos, ela vem cobrar o mal que fizemos. Isto pode ocorrer tanto durante a vida encarnada quanto após a morte do corpo físico, no plano Astral (o que é bem pior!).

O que mais lamentamos é o fato de esses seres se servirem da espiritualidade para cometer atos tão repulsivos, usando o nome da Umbanda e deturpando ainda mais a nossa imagem. Muitos de nossos irmãos visam tão somente o ganho fácil, usando os cultos de matiz africana como se estes fossem um emprego, uma fonte de renda para sobreviverem.

No caso do FEITIÇO, cabe ressaltar que é preciso muita “excelência” neste ofício, para que alguém possa realizá-lo com a devida proficiência. Antigamente, existiam temíveis feiticeiros encarnados, que traçavam seus trabalhos sob fórmulas seculares, transmitidas oralmente, de geração para geração. Essa conjuntura, inclusive, é a razão de ser do feitiço: são receitas mecanicamente acionadas, e seu operador é desobrigado de dominar a engenharia esotérica das artes mágicas. Por conta dessa tradição oral, muitas receitas foram perdendo o seu real conteúdo com o passar dos séculos. Atualmente, observa-se que a maioria dos feiticeiros se serve de superstições pouco eficazes, quando não, de charlatanices hilariantes.

Em ambos os casos, nas demandas e nos feitiços, os executores e pedintes irão, com certeza, receber a cobrança através da Lei do Retorno.

A MACUMBA, segundo o dicionário Aurélio, é qualificado como um ritual sincrético, de magia negra, bruxaria. Também dá nome a um instrumento de percussão usado pelos africanos. Nós, que estudamos o culto afro-brasileiro, sabemos que esta palavra, na verdade, dá nome a uma árvore cujos troncos formam uma espécie de “gruta”, local ideal para se depositar oferendas. Macumba não é feitiço, tampouco demanda. Mas por conta de contrações culturais preconceituosas, acabou assumindo um significado atrelado a toda ação nefasta e reprovável, em termos de Magia Prática.

Diante da imagem deturpada da Umbanda, somos chamados “macumbeiros”. Pobre ignorância dos adeptos de outras religiões ou seitas. São pessoas que não procuram tomar conhecimento da verdade, ou pior, instigam seus seguidores a acreditarem em fantasias preconceituosas, para a promoção mercantilista de seus próprios cultos. Em muitas igrejas, inclusive, os feitos do diabo são mais pronunciados do que os do próprio Cristo!

Nós, militantes da Umbanda Esotérica, ou mesmo os irmãos da conhecida Umbanda de Linha Branca, labutamos continuamente para desfazer os efeitos de práticas escusas que são levadas à cabo no campo da Magia. Através da honestidade, respeito e amor ao nosso próximo, cultuamos princípios plenamente cristãos, bem distantes da moral que rege a feitura de demandas, feitiços e “macumbas”.

Enfim, meus irmãos, quando suspeitarmos da influência de alguma demanda em nosso campo astral, mormente pela presença de moléstias sem solução médica ou psicológica, é conveniente procurar por uma confraria religiosa idônea, seja Espírita, seja Umbandista. Um lugar no qual não haja a comercialização da mediunidade. Em ambientes assim, os Espíritos de Luz certamente o ajudarão, pois não cobrarão retribuição de qualquer espécie, a não ser o compromisso de amar e servir a Jesus. Esse compromisso, inclusive, será o apanágio de nossa própria cura! Não considerando esse compromisso, o tempo de nosso convalescimento se delongará por semanas ou meses, podendo até se tornar impraticável. Mas não desanime. Lembre-se que tudo dependerá do seu empenho e merecimento, e que estamos sempre regidos por Leis Divinas.

Lute para vencer os obstáculos, e a sua vitória está garantida. O Astral Superior jamais abandona aqueles que têm Jesus em seus corações. Porém, é preciso estarmos vigilantes, e aprender a conhecer melhor as pessoas que nos cercam. ORAI E VIGIAI, eis o sacro lema proferido pelo Cristo redivivo!

JESUS NÃO FALHA. A falha é sempre nossa.

Mãe Tina

(artigo originalmente publicado no Periódico Buscando Luz Nº 22 – edição de outubro de 1998)




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Pessoas Manipuladoras Dentro e Fora do Terreiro


Pessoas manipuladoras na Umbanda por Ednay Melo

Manipulação é tentar influenciar o comportamento das outras pessoas de forma indireta, com o objetivo de obter vantagens pessoais. Geralmente o manipulador é uma pessoa bastante agradável, sempre tem o dom da oratória e sabe usar as palavras como ninguém em proveito próprio e o resultado da manipulação geralmente é a longo prazo, quando infelizmente a vítima já se entregou aos falsos encantos com consequências muito negativas para a sua vida.

O manipulador aproxima-se de quem ele percebe ser carente e ingênuo, as pessoas fortes e independentes geralmente ele as sente como inimigas, pois podem a qualquer momento derrubar sua máscara. Tendem a falar mal das pessoas que podem contrariar os seus objetivos com a intenção de afastá-las de quem ele pretende dar o golpe. É o famoso jogo de jogar um contra o outro.

A manipulação dá a falsa ideia de amizade, ele é capaz de colocar a vítima "no colo" em seus momentos de dificuldade, apresentando-se como uma pessoa muito interessada em ajudá-la, dando palpites em sua vida que a princípio parecem louváveis. Quando a vítima começa a aceitar a falsa ajuda porque sente-se bem e acolhido, tende cada vez mais a dividir com o manipulador os aspectos da sua vida.

Quando o objetivo do manipulador é o financeiro, ele sempre usa argumentos de que é um pobre desafortunado e tenta coagir provocando a sensibilização da vítima, que passa a ter piedade e desejo de ajudá-lo. É fácil constatar, basta investigar e saber quantas outras pessoas o mesmo já sensibilizou e recebeu a pretensa ajuda, que é o retorno financeiro.

Outras vezes convence a vítima a fazer com ele negócios que diz ser de bom alvitre, e induz a compras de imóveis, automóveis, ou algum outro grande investimento, que se a vítima realmente não for rica, ficará negativada no mercado, poderá perder o emprego e outras consequências gravíssimas.

Essas pessoas quando querem dar um golpe são capazes não só de adulterar documentos, como convencer a sua vítima a dar até o seu endereço para se ver livre de cobranças futuras. E o que mais impressiona é a sua conduta em palavras e atitudes de que está agindo corretamente.

Reconhece-se estas pessoas manipuladoras e sem caráter porque em algum momento deixam escapar, em ações, sua prepotência e arrogância. São irônicas e sabem como ninguém inverter as situações, modificar a apresentação de um acontecimento, sempre se posicionando como vítimas e induzindo o lado emocional de compaixão dos que ingenuamente as assistem.

Essas pessoas estão em toda parte, até nos nossos Terreiros e nas questões da mediunidade é um perigo constante, pois como os espíritos aproximam-se do médium por sintonia, aproximam-se das pessoas manipuladoras espíritos trevosos e também manipuladores, capazes de se passar até por Guia, capazes de adivinhar algum aspecto da vida de alguém, que por algum motivo teve acesso e permissão de saber, e induzir o manipulador médium a despertar na vítima o encantamento no momento que "acerta" algo que lhe aconteceu. Só que agora teremos duas vítimas, o ingênuo que acreditou e deu crédito à mensagem e o próprio manipulador, que se prende cada vez mais às trevas através do fanatismo, pois não esqueçamos que ele é antes de tudo vaidoso e acredita possuir dons exclusivos e fascinantes.

Como reconhecer um médium fanático, vaidoso e manipulador? Basta usar o bom senso e perceber que a espiritualidade séria e compromissada com o Bem jamais adivinha apenas para despertar o fenômeno do maravilhoso em quem quer que seja. Um Guia verdadeiro tem compromisso e respeito à Casa que trabalha, tem sempre muita disciplina e jamais dará uma consulta fora do momento estabelecido pela Casa que serve com seu médium. E principalmente temos que avaliar os resultados, porque os espíritos Guias só dão uma comunicação com fim realmente útil, da forma mais discreta e simples possível e jamais provoca em quem quer que seja nenhum tipo de constrangimento e nenhum tipo de encantamento.

Umbandistas fiquemos atentos, somos responsáveis de alguma forma pela apresentação da nossa Umbanda para a sociedade. Se perceberem um médium que está sempre impondo de forma insistente ao clarão das luzes os seus dons, é hora de avaliar com cautela, porque esse médium pode está precisando de tratamento. E se sua vaidade e soberba não aceitar, é hora de desliga-lo da corrente mediúnica a fim de não fazer outras vítimas e a fim mesmo de evitar o fechamento da Casa.

Ednay Melo




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27/01/2019

Cuidados com a Manipulação de Energias


Cuidados com a Manipulação de Energias

Todo umbandista esclarecido sabe que não existe magia, no sentido estrito da palavra. O que se convencionou chamar “magia” é, na verdade, a manipulação de energias sutis, retiradas de elementos materiais e somadas à energia da vontade daquele que realiza o “ato mágico”.

De um modo geral, as entidades que militam na Corrente Astral de Umbanda são exímias manipuladoras desses elementos e, por conseguinte, especialistas na ciência astral que conhecemos como magia.

Essas entidades conhecem as propriedades de velas, tabaco, água, álcool (manipulado sob a forma de bebidas), ervas, flores, cristais, além de símbolos e ícones, como roupas e fotografias de pessoas que são pedidas para a realização de trabalhos visando a efetuar curas ou descarregos, ou defesa espiritual de consulentes que não podem, ou não querem ir aos trabalhos.

O conhecimento das propriedades, aliado ao de como fazer, torna os trabalhos realizados em verdadeiras bençãos para aqueles a quem esses trabalhos são dirigidos, trazendo, saúde, paz, equilíbrio, harmonia, ou qualquer outra coisa de que o paciente esteja necessitando, sempre na medida do merecimento, é claro.

O que é absolutamente necessário saber sobre isso – e que infelizmente muitas pessoas desconhecem – é que os melhores remédios que já foram e são fabricados, se não forem utilizados de forma correta, podem se tornar prejudiciais, ou até mesmo fatais. Pois o mesmo acontece com os trabalhos de manipulação realizados na Umbanda.

Entidades umbralinas comprometidas com a prática do mal também são grandes manipuladoras e costumam utilizar os mesmos elementos manipulados pelas entidades benfeitoras, para produzir verdadeiras bombas astrais que são dirigidas contra aqueles que se encontram em suas listas de perseguição. A única diferença básica existente entre os materiais é que as entidades umbralinas costumam se servir de produtos de origem animal, como carne e sangue. Por essa razão, a Umbanda verdadeira, comprometida com o bem, jamais utiliza tais produtos em seus trabalhos, sob nenhuma hipótese, em nenhuma circunstância.

Mesmo assim, os malfeitores do astral não perdem uma oportunidade de fazer o seu trabalho e, nessa hora, qualquer coisa serve (cabe lembrar que entre presos, até mesmo uma caneta pode ser convertida em arma perigosa), por isso é necessário que se tenha o mais absoluto cuidado na prática de trabalhos de manipulação.

O umbandista esclarecido sabe que uma simples vela, acesa sem a devida orientação, pode ser mal utilizada e trazer resultados desastrosos, completamente diferentes daqueles que eram esperados, assim, o caminho seguro é sempre o de somente fazer aquilo que é devidamente orientado pelas entidades da casa, seguindo as orientações que forem dadas, sempre ao pé da letra, a fim de que o ato atinja realmente o objetivo pretendido.

Pouquíssimos encarnados detêm conhecimentos seguros na área da manipulação de energias sutis.

Essa ciência é ainda um monopólio das entidades atuantes e somente elas são capazes de orientar a maneira correta de se fazer um trabalho.

Por isso, irmão umbandista, seja cauteloso, seja prudente, esteja sempre vigilante e não ceda em nenhum momento à tentação de fazer qualquer tipo de trabalho por conta própria, contando com seus ínfimos conhecimentos aprendidos na prática costumeira dos terreiros. Muitas vezes um trabalho feito sem orientação, visando a fazer o bem a um ente querido, pode ter efeito totalmente contrário àquele pretendido e trazer conseqüências indesejadas, às vezes, até mesmo trágicas.

Sempre que sentir ser necessário fazer algum trabalho para si mesmo, ou para outra pessoa, busque a orientação de uma entidade de sua confiança, desde que essa entidade esteja atendendo dentro do terreiro, em condições de segurança habituais para os dias de trabalho.

Isso é sensatez.

NEU - Núcleo de Estudos Umbandistas - Brasília





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