Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

31/01/2019

Existe Demanda, Feitiço ou "Macumba"?

Existe Demanda, Feitiço ou "Macumba"?

Você acredita que alguém possa fazer uma demanda, feitiço ou “macumba” para uma pessoa?

Se a resposta for sim, você está corretíssimo.

A bem da verdade, devemos esclarecer que há milhares de anos já existia a demanda e o feitiço, ficando a “macumba” para bem depois, como desmembramento cultural e contemporâneo das religiões Afro.

Uma DEMANDA pode ser realizada através de trabalhos que envolvem a prática da Baixa Magia ou Magia Negra – como é mais conhecida. São ritos calculados praticados por irmãos que, infelizmente, ainda se prestam a este tipo de atividade. Na maioria das vezes, atuam como “agenciadores” das trevas, na manipulação de hostes diabólicas, e cobram vultosa pecúnia de seus “clientes” encarnados, sequiosos pela feitura de um “trabalhinho” espiritual.

Essa simbiose entre o pedinte desavisado, o Mago Negro maniqueísta e as Entidades do Astral Inferior podem viabilizar egrégoras que, com certeza, nos pertubarão consideravelmente. Esses seres se esquecem, no entanto, que existe uma lei superior, que se chama LEI DO RETORNO, e ela é implacável. Com o decorrer dos tempos, ela vem cobrar o mal que fizemos. Isto pode ocorrer tanto durante a vida encarnada quanto após a morte do corpo físico, no plano Astral (o que é bem pior!).

O que mais lamentamos é o fato de esses seres se servirem da espiritualidade para cometer atos tão repulsivos, usando o nome da Umbanda e deturpando ainda mais a nossa imagem. Muitos de nossos irmãos visam tão somente o ganho fácil, usando os cultos de matiz africana como se estes fossem um emprego, uma fonte de renda para sobreviverem.

No caso do FEITIÇO, cabe ressaltar que é preciso muita “excelência” neste ofício, para que alguém possa realizá-lo com a devida proficiência. Antigamente, existiam temíveis feiticeiros encarnados, que traçavam seus trabalhos sob fórmulas seculares, transmitidas oralmente, de geração para geração. Essa conjuntura, inclusive, é a razão de ser do feitiço: são receitas mecanicamente acionadas, e seu operador é desobrigado de dominar a engenharia esotérica das artes mágicas. Por conta dessa tradição oral, muitas receitas foram perdendo o seu real conteúdo com o passar dos séculos. Atualmente, observa-se que a maioria dos feiticeiros se serve de superstições pouco eficazes, quando não, de charlatanices hilariantes.

Em ambos os casos, nas demandas e nos feitiços, os executores e pedintes irão, com certeza, receber a cobrança através da Lei do Retorno.

A MACUMBA, segundo o dicionário Aurélio, é qualificado como um ritual sincrético, de magia negra, bruxaria. Também dá nome a um instrumento de percussão usado pelos africanos. Nós, que estudamos o culto afro-brasileiro, sabemos que esta palavra, na verdade, dá nome a uma árvore cujos troncos formam uma espécie de “gruta”, local ideal para se depositar oferendas. Macumba não é feitiço, tampouco demanda. Mas por conta de contrações culturais preconceituosas, acabou assumindo um significado atrelado a toda ação nefasta e reprovável, em termos de Magia Prática.

Diante da imagem deturpada da Umbanda, somos chamados “macumbeiros”. Pobre ignorância dos adeptos de outras religiões ou seitas. São pessoas que não procuram tomar conhecimento da verdade, ou pior, instigam seus seguidores a acreditarem em fantasias preconceituosas, para a promoção mercantilista de seus próprios cultos. Em muitas igrejas, inclusive, os feitos do diabo são mais pronunciados do que os do próprio Cristo!

Nós, militantes da Umbanda Esotérica, ou mesmo os irmãos da conhecida Umbanda de Linha Branca, labutamos continuamente para desfazer os efeitos de práticas escusas que são levadas à cabo no campo da Magia. Através da honestidade, respeito e amor ao nosso próximo, cultuamos princípios plenamente cristãos, bem distantes da moral que rege a feitura de demandas, feitiços e “macumbas”.

Enfim, meus irmãos, quando suspeitarmos da influência de alguma demanda em nosso campo astral, mormente pela presença de moléstias sem solução médica ou psicológica, é conveniente procurar por uma confraria religiosa idônea, seja Espírita, seja Umbandista. Um lugar no qual não haja a comercialização da mediunidade. Em ambientes assim, os Espíritos de Luz certamente o ajudarão, pois não cobrarão retribuição de qualquer espécie, a não ser o compromisso de amar e servir a Jesus. Esse compromisso, inclusive, será o apanágio de nossa própria cura! Não considerando esse compromisso, o tempo de nosso convalescimento se delongará por semanas ou meses, podendo até se tornar impraticável. Mas não desanime. Lembre-se que tudo dependerá do seu empenho e merecimento, e que estamos sempre regidos por Leis Divinas.

Lute para vencer os obstáculos, e a sua vitória está garantida. O Astral Superior jamais abandona aqueles que têm Jesus em seus corações. Porém, é preciso estarmos vigilantes, e aprender a conhecer melhor as pessoas que nos cercam. ORAI E VIGIAI, eis o sacro lema proferido pelo Cristo redivivo!

JESUS NÃO FALHA. A falha é sempre nossa.

Mãe Tina

(artigo originalmente publicado no Periódico Buscando Luz Nº 22 – edição de outubro de 1998)




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Pessoas Manipuladoras Dentro e Fora do Terreiro


Pessoas manipuladoras na Umbanda por Ednay Melo

Manipulação é tentar influenciar o comportamento das outras pessoas de forma indireta, com o objetivo de obter vantagens pessoais. Geralmente o manipulador é uma pessoa bastante agradável, sempre tem o dom da oratória e sabe usar as palavras como ninguém em proveito próprio e o resultado da manipulação geralmente é a longo prazo, quando infelizmente a vítima já se entregou aos falsos encantos com consequências muito negativas para a sua vida.

O manipulador aproxima-se de quem ele percebe ser carente e ingênuo, as pessoas fortes e independentes geralmente ele as sente como inimigas, pois podem a qualquer momento derrubar sua máscara. Tendem a falar mal das pessoas que podem contrariar os seus objetivos com a intenção de afastá-las de quem ele pretende dar o golpe. É o famoso jogo de jogar um contra o outro.

A manipulação dá a falsa ideia de amizade, ele é capaz de colocar a vítima "no colo" em seus momentos de dificuldade, apresentando-se como uma pessoa muito interessada em ajudá-la, dando palpites em sua vida que a princípio parecem louváveis. Quando a vítima começa a aceitar a falsa ajuda porque sente-se bem e acolhido, tende cada vez mais a dividir com o manipulador os aspectos da sua vida.

Quando o objetivo do manipulador é o financeiro, ele sempre usa argumentos de que é um pobre desafortunado e tenta coagir provocando a sensibilização da vítima, que passa a ter piedade e desejo de ajudá-lo. É fácil constatar, basta investigar e saber quantas outras pessoas o mesmo já sensibilizou e recebeu a pretensa ajuda, que é o retorno financeiro.

Outras vezes convence a vítima a fazer com ele negócios que diz ser de bom alvitre, e induz a compras de imóveis, automóveis, ou algum outro grande investimento, que se a vítima realmente não for rica, ficará negativada no mercado, poderá perder o emprego e outras consequências gravíssimas.

Essas pessoas quando querem dar um golpe são capazes não só de adulterar documentos, como convencer a sua vítima a dar até o seu endereço para se ver livre de cobranças futuras. E o que mais impressiona é a sua conduta em palavras e atitudes de que está agindo corretamente.

Reconhece-se estas pessoas manipuladoras e sem caráter porque em algum momento deixam escapar, em ações, sua prepotência e arrogância. São irônicas e sabem como ninguém inverter as situações, modificar a apresentação de um acontecimento, sempre se posicionando como vítimas e induzindo o lado emocional de compaixão dos que ingenuamente as assistem.

Essas pessoas estão em toda parte, até nos nossos Terreiros e nas questões da mediunidade é um perigo constante, pois como os espíritos aproximam-se do médium por sintonia, aproximam-se das pessoas manipuladoras espíritos trevosos e também manipuladores, capazes de se passar até por Guia, capazes de adivinhar algum aspecto da vida de alguém, que por algum motivo teve acesso e permissão de saber, e induzir o manipulador médium a despertar na vítima o encantamento no momento que "acerta" algo que lhe aconteceu. Só que agora teremos duas vítimas, o ingênuo que acreditou e deu crédito à mensagem e o próprio manipulador, que se prende cada vez mais às trevas através do fanatismo, pois não esqueçamos que ele é antes de tudo vaidoso e acredita possuir dons exclusivos e fascinantes.

Como reconhecer um médium fanático, vaidoso e manipulador? Basta usar o bom senso e perceber que a espiritualidade séria e compromissada com o Bem jamais adivinha apenas para despertar o fenômeno do maravilhoso em quem quer que seja. Um Guia verdadeiro tem compromisso e respeito à Casa que trabalha, tem sempre muita disciplina e jamais dará uma consulta fora do momento estabelecido pela Casa que serve com seu médium. E principalmente temos que avaliar os resultados, porque os espíritos Guias só dão uma comunicação com fim realmente útil, da forma mais discreta e simples possível e jamais provoca em quem quer que seja nenhum tipo de constrangimento e nenhum tipo de encantamento.

Umbandistas fiquemos atentos, somos responsáveis de alguma forma pela apresentação da nossa Umbanda para a sociedade. Se perceberem um médium que está sempre impondo de forma insistente ao clarão das luzes os seus dons, é hora de avaliar com cautela, porque esse médium pode está precisando de tratamento. E se sua vaidade e soberba não aceitar, é hora de desliga-lo da corrente mediúnica a fim de não fazer outras vítimas e a fim mesmo de evitar o fechamento da Casa.

Ednay Melo




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27/01/2019

Cuidados com a Manipulação de Energias


Cuidados com a Manipulação de Energias

Todo umbandista esclarecido sabe que não existe magia, no sentido estrito da palavra. O que se convencionou chamar “magia” é, na verdade, a manipulação de energias sutis, retiradas de elementos materiais e somadas à energia da vontade daquele que realiza o “ato mágico”.

De um modo geral, as entidades que militam na Corrente Astral de Umbanda são exímias manipuladoras desses elementos e, por conseguinte, especialistas na ciência astral que conhecemos como magia.

Essas entidades conhecem as propriedades de velas, tabaco, água, álcool (manipulado sob a forma de bebidas), ervas, flores, cristais, além de símbolos e ícones, como roupas e fotografias de pessoas que são pedidas para a realização de trabalhos visando a efetuar curas ou descarregos, ou defesa espiritual de consulentes que não podem, ou não querem ir aos trabalhos.

O conhecimento das propriedades, aliado ao de como fazer, torna os trabalhos realizados em verdadeiras bençãos para aqueles a quem esses trabalhos são dirigidos, trazendo, saúde, paz, equilíbrio, harmonia, ou qualquer outra coisa de que o paciente esteja necessitando, sempre na medida do merecimento, é claro.

O que é absolutamente necessário saber sobre isso – e que infelizmente muitas pessoas desconhecem – é que os melhores remédios que já foram e são fabricados, se não forem utilizados de forma correta, podem se tornar prejudiciais, ou até mesmo fatais. Pois o mesmo acontece com os trabalhos de manipulação realizados na Umbanda.

Entidades umbralinas comprometidas com a prática do mal também são grandes manipuladoras e costumam utilizar os mesmos elementos manipulados pelas entidades benfeitoras, para produzir verdadeiras bombas astrais que são dirigidas contra aqueles que se encontram em suas listas de perseguição. A única diferença básica existente entre os materiais é que as entidades umbralinas costumam se servir de produtos de origem animal, como carne e sangue. Por essa razão, a Umbanda verdadeira, comprometida com o bem, jamais utiliza tais produtos em seus trabalhos, sob nenhuma hipótese, em nenhuma circunstância.

Mesmo assim, os malfeitores do astral não perdem uma oportunidade de fazer o seu trabalho e, nessa hora, qualquer coisa serve (cabe lembrar que entre presos, até mesmo uma caneta pode ser convertida em arma perigosa), por isso é necessário que se tenha o mais absoluto cuidado na prática de trabalhos de manipulação.

O umbandista esclarecido sabe que uma simples vela, acesa sem a devida orientação, pode ser mal utilizada e trazer resultados desastrosos, completamente diferentes daqueles que eram esperados, assim, o caminho seguro é sempre o de somente fazer aquilo que é devidamente orientado pelas entidades da casa, seguindo as orientações que forem dadas, sempre ao pé da letra, a fim de que o ato atinja realmente o objetivo pretendido.

Pouquíssimos encarnados detêm conhecimentos seguros na área da manipulação de energias sutis.

Essa ciência é ainda um monopólio das entidades atuantes e somente elas são capazes de orientar a maneira correta de se fazer um trabalho.

Por isso, irmão umbandista, seja cauteloso, seja prudente, esteja sempre vigilante e não ceda em nenhum momento à tentação de fazer qualquer tipo de trabalho por conta própria, contando com seus ínfimos conhecimentos aprendidos na prática costumeira dos terreiros. Muitas vezes um trabalho feito sem orientação, visando a fazer o bem a um ente querido, pode ter efeito totalmente contrário àquele pretendido e trazer conseqüências indesejadas, às vezes, até mesmo trágicas.

Sempre que sentir ser necessário fazer algum trabalho para si mesmo, ou para outra pessoa, busque a orientação de uma entidade de sua confiança, desde que essa entidade esteja atendendo dentro do terreiro, em condições de segurança habituais para os dias de trabalho.

Isso é sensatez.

NEU - Núcleo de Estudos Umbandistas - Brasília





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Mediunidade Consciente ou Inconsciente

Mediunidade Consciente ou Inconsciente

Os atabaques retumbam no ambiente, trazendo vibração ao corpo de todos que ali estão. As entidades no plano astral se aproximam e vão criando laços energéticos entre seus corpos astrais e o duplo etérico do médium. O brado anuncia a chegada do guia-chefe da casa espiritual, enquanto os outros médiuns esperam a permissão para cederem ao transe mediúnico. Em um canto do terreiro um médium sente todas essas sensações pela primeira vez, e um impulso em ajoelhar-se, bradar e mexer as mãos. Eis que se manifesta seu guia espiritual, trazendo o neófito a uma nova realidade. O médium novato está assustado, pois achava que após o transe da incorporação ele perderia a consciência e entraria em uma espécie de sono, mas ali está ele, presente, ouvindo tudo, vendo tudo, sentindo tudo. E nesse momento a insegurança o acomete e ele pergunta: “Sou eu ou o guia? Quando eu serei inconsciente?”

Então a resposta para essas perguntas são: São os dois e NUNCA!

Os médiuns inconscientes clamam por presenciar os trabalhos e os conscientes clamam por apagarem. Incrível não? A gente nunca está satisfeito com nada.

Ser inconsciente não indica grau de evolução, apenas é uma forma de manifestação mediúnica, muito rara hoje em dia, e com os dias contados. A espiritualidade determinou que é necessário que o médium aprenda e participe, já passou da hora de assumir um pouco da responsabilidade. De que adianta o guia se manifestar inconscientemente e fazer todo o trabalho e o médium continuar em estado de letargia?

No princípio era necessária a manifestação física, as provas e tudo mais para fundamentar a religião. Com o espiritismo ‘kardecista’ também foi assim, através das mesas girantes e das materializações. Mas tudo evolui, e chega o momento em que devemos deixar as provas de lado e ter fé. No começo, até mesmo para evitar que o médium interrompesse as manifestações mais ‘pirotécnicas’, era necessário apagar a consciência do individuo. Mas hoje é assim? De forma alguma.

Em um mundo moderno, cheio de recursos e informações, devemos prezar pela busca constante de entendimento e conhecimento. Então não tema em ser um médium consciente, apenas confie e se deixe levar, com caráter e bom-senso. Quer se tornar um bom médium? Então se torne um bom ser humano. Estude, pratique a caridade, procure trabalhar a reforma interior, estabeleça metas e objetivos, aprenda a perdoar. Tudo isso auxilia no processo mediúnico, mesmo que nesse momento você esteja apegado a fenomenologia.

Um de meus mentores diz sempre, não basta só incorporar um espírito é preciso incorporar os valores que esse espírito carrega.

Douglas Rainho




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Uso das velas na Umbanda

Velas na umbanda

A vela é, com certeza, um dos símbolos mais representativos da Umbanda. Ela está presente no Congá, nos Pontos Riscados, nas oferendas e em quase todos os trabalhos de magia.

A vela desperta nas pessoas que acreditam em sua força mágica, uma forte sensação de poder. Ela funciona como uma alavanca psíquica, despertando os poderes extra-sensoriais em estado latente.

Muitos umbandistas acendem velas para seus Guias de forma automática, num ritual mecânico, sem nenhuma concentração. É preciso muita concentração e respeito ao acender uma vela, pois a energia emitida pela mente do médium irá englobar a energia do fogo e, juntas, irão vibrar no espaço cósmico, para atender a razão da queima dessa vela.

Se uma pessoa evoca suas forças mentais, com a ajuda da magia das velas, no sentido de ajudar alguém, irá receber em troca uma energia positiva; mas, se inverter o fluxo das energias psíquicas, utilizando-as para prejudicar qualquer pessoa, o retorno será infalível e as energias de retorno serão sempre mais fortes, pois voltam acrescidas da energia de quem as recebeu.

Ao acender velas para as almas, para o anjo-da-guarda, para os pretos-velhos, caboclos, para a firmeza de pontos, Congá, para um santo de sua preferência ou como oferenda aos Orixás, é importante que o umbandista saiba que a vela é muito mais para quem acende do que para quem está sendo acesa, tendo a mesma conotação do provérbio popular que diz: "A mão de quem dá uma flor, fica mais perfumada do que a de quem a recebe."

Não é conveniente, ao encontrar uma vela acesa no portão do cemitério, nas encruzilhadas, embaixo de uma árvore, ao lado de uma oferenda, apagá-la por brincadeira ou por outra razão. Devemos respeitar a fé das pessoas. Quem assim o cometer, deve ter em mente que poderá acarretar sérios problemas (desequilíbrio), de ordem espiritual, com sua atitude.


VELAS QUEBRADAS OU USADAS

Nos trabalhos de Umbanda existe uma grande preocupação com o uso de velas virgens ou que não estejam quebradas. A princípio pensei tratar-se de mera superstição, mas depois compreendi que a vela virgem estava isenta da magnetização de uma vela usada anteriormente, evitando assim um choque de energias, que geralmente anula o efeito do trabalho de magia. Somente no caso da vela quebrada encontrei um componente supersticioso: psicologicamente a pessoa acredita que um trabalho perfeito precisa de instrumentos perfeitos.


FÓSFORO OU ISQUEIRO

Em muitos Terreiros existe uma recomendação para só se acenderem velas com palitos de fósforos, evitando acendê-las com isqueiro ou em outra vela acesa.

Normalmente os Terreiros fazem uso de pólvora, chamada de fundanga, nos trabalhos de descarrego. O enxofre que a pólvora contém também está presente nos palitos de fósforo. Ao entrar em combustão, a chama repentina, dentro de um ambiente místico, provoca uma reação psicológica muito eficiente, além de alterar momentaneamente a atmosfera ao seu redor, devido à sua composição química em contato com o ar. A mente do médium capta essas vibrações que funcionam como um comando mental, autorizando-a a aumentar seu próprio campo vibratório, promovendo, desta forma, uma limpeza psíquica no ambiente. Não é a pólvora que faz a limpeza, mas a mente do médium, se ele conseguir ativá-la para este fim.


VELA DE SETE DIAS

Na Umbanda alguns médiuns ficam em dúvida sobre se a vela de sete dias tem a mesma eficiência de sete velas normais. Sabemos, de acordo com a Psicologia, que um comportamento pode ser modificado através do reforço. No fato de se acender uma vela, isoladamente, não há nenhum tipo de reforço que se baseie na repetição. Assim, ao acender uma vela durante sete dias, as pessoas são reforçadas diariamente em sua fé, e, repetindo os pedidos, dentro desse ritual de magia, ficam realmente com maiores probabilidades de despertar a própria mente e alcançar os seus propósitos. É importante que com a vela de sete dias, a pessoa faça orações diárias em frente a vela já acesa (grifo do Blog Tulca). Na prática, constatamos que dificilmente uma vela de sete dias queima durante todo esse tempo.


Lembretes:
Não recomendamos, aos Umbandistas, fazerem velas com restos de outras velas.

Os restos de velas estão impregnados das energias mentais de quem as acendeu. Aproveitar esses restos é o mesmo que querer aproveitar os restos dessas energias; como não sabemos com qual intenção as velas foram acesas, haverá fatalmente um choque entre diversas energias.

Se precisar apagar a vela que esteja sendo usada ritualisticamente, JAMAIS o faça soprando a vela. Velas de ritual só podem ser apagadas com abafador ou com os dedos, jamais sopre essas velas.

Amados Irmãos de Umbanda, chegaremos em um momento na Umbanda, em que o Homem deverá estar plenamente consciente de que sua força mental é a sua grande aliada e nunca a sua inimiga. Deverá libertar-se gradativamente dos valores exteriores criados por sua mente e valorizar-se mais. Seu grande desafio é superar a si mesmo. Em vez de acender uma vela, deverá acender sua chama interior e tornar-se um iluminado, e, com o brilho dessa chama sagrada, mostrar o caminho aos seus irmãos.

Do livro A Umbanda do III Milênio – Túlio Alves Ferreira – Editora Pensamento Ione Aires Yananda.






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23/01/2019

Mediunidade e Umbanda

Mediunidade e Umbanda

Não é fácil ser médium e mais difícil ainda é ser médium de Umbanda.

A mediunidade é o elo de ligação, o caminho e a meta das pessoas possuidoras desse dom. E longe de ser um instrumento passivo, o médium, como mediador que é, tem o dever de buscar o auto-aprimoramento e a reta conduta, pois esses são os sintonizadores maiores da mediunidade. É como disse o mestre: "Uma árvore má não pode dar bons frutos"… e é plantando que se colhe, ou seja, nossas afinidades refletem o nível e o tipo de espíritos que atraímos para nosso campo mediúnico.

Sabemos o quanto é penoso o caminho da matéria, quantos pseudo-atalhos existem no caminho da evolução, incontáveis atalhos que não levam a lugar nenhum e, para conseguirmos uma sintonia fina com "canais" superiores, precisamos de três coisas básicas: humildade, simplicidade e pureza de pensamentos, sentimentos e ações. A primeira vista parece simples, mas quando pisamos no chão, nos damos conta de nossa fraqueza que nos atira a caminhos escuros e incertos. Então, só apelando para o Astral superior é que conseguiremos trilhar o verdadeiro caminho da espiritualidade pois, se estamos fracos, nossa fé verdadeira pautada pela razão nos libertará. E gradativamente conquistaremos e domaremos o nosso pior inimigo que está em nosso íntimo.

Ainda em termos científicos, podemos definir a mediunidade como um aumento variável da percepção extra-física ( PES ), causada por modificações e acréscimos energéticos nos chacras de determinadas pessoas, e ressaltamos que esse processo ocorre antes do encarne ou seja, a nível Astral.

Essas pessoas, os médiuns, possuem o dom mediúnico por terem missões kármicas dentro do movimento espiritualista. A palavra mediunidade significa modo, meio de manifestação, ou intermediação.

E partindo do fato de que a mediunidade está vinculada a missões definidas, não é correto afirmarmos que todas as pessoas são médiuns; Podemos dizer que todos são suceptíveis às influências espirituais, mas isso não é mediunidade.

Saibam também que existem diversas formas de mediunidade, tais como: a clarividência, a clariaudiência, vidência etc. E existe uma forma de mediunidade mais acentuada, a mais utilizada na Umbanda, que é a mediunidade de incorporação.

O médium de incorporação é aquele que além da ligação e proteção da corrente espiritual de sua vibração original ( Orixá ), possui uma forte ligação com determinadas entidades espirituais.

Essa ligação vem de ligações kármicas e do acordo firmado no plano Astral, pelo próprio médium antes de seu reencarne, onde o mesmo se compromete a trabalhar pela causa espiritualista em determinado movimento ou culto.

Por essa razão que ouvimos pessoas dizerem que foram falar com a entidade tal, e ela lhe aconselhou para que vestisse a roupa branca, ou seja, que assumisse sua missão mediúnica.

Vocês que passaram por isso, se conversaram com "entidades de fato" e foram chamados para o trabalho, não percam tempo. Procurem um templo que mais se afinize com suas idéias e assumam seu compromisso que, certamente serão mais felizes e realizados.

Dentro da mediunidade de incorporação existem três tipos básicos de atuação que caracterizam graus kármicos e de consciência, expressos nos médiuns de karma: probatório, evolutivo, ou missionário.

Os médiuns de karma probatória se afinizam e trabalham com entidades no grau de protetores. A maioria de nós está nessa condição e utiliza o caminho da mediunidade como apaziguador para débitos kármicos antigos.

Há também, os médiuns de karma evolutivo se afinizam e trabalham com entidades no grau guia, eles possuem um mediunismo mais apurado com possibilidades de desenvolver a clarividência e a clariaudiência, na dependência da função desempenhada, a qual lhe foi confiada no astral.

Por fim, existem raros médiuns no grau de missionários, eles são mestres com grandes missões junto a coletividade a qual pertencem, e se mediunizados podem contactar e manifestar entidades no grau de Orixás Menores; Eles possuem vários dons mediúnicos, associados a um grande conhecimento, adquiridos em encarnações pretéritas e alicerçados pela luz do amor e da sabedoria que só raras pessoas possuem.

Enfim, independente do grau ou atividade mediúnica, todas as entidades espirituais trabalham e todos os médiuns estão aptos a desenvolver, também, importantes trabalhos que contribuirão para evolução mundial.

Se cada um fizer sua pequena parte, por amor, teremos um mundo bem melhor porque o futuro realmente depende de nós!

Fonte: Genuína Umbanda




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Você Precisa Desenvolver a sua Mediunidade

Você Precisa Desenvolver a sua Mediunidade

Quantos já ouviram essa expressão?

É uma frase típica, muito utilizada nos centros espíritas/espiritualistas, que possui um significado amplo. No entanto o sentido que essa palavra produz nas pessoas que ouvem, muitas vezes é distorcido em relação ao seu verdadeiro significado.

Como sabemos, a mediunidade é um instrumento de evolução.

Ela nos possibilita um crescimento mais rápido, na direção da realização de nossa missão.

O que seria de nós sem as possibilidades mediúnicas que ganhamos de Deus?

Então, pense. Certo dia, lá em cima no plano astral, o Papai do Céu nos escalou. Isso mesmo, como um técnico de futebol, que chama seu jogador para entrar em campo.

Ele veio e falou:

“Você vai descer, vai voltar para a escola (Planeta Terra).

Precisa aprender, evoluir, resgatar muitas coisas, por isso precisa descer... Mas, você sabe que sua necessidade é grande, possui muitas coisas para curar, muitos erros de outrora para corrigir. Dessa forma, uma existência apenas não seria tempo suficiente para tanto. Por isso filho, vou te proporcionar a mediunidade, como um instrumento para ajudar você a fazer muito mais coisas em menos tempo. Sem essa faculdade, isso não seria possível, pois ela lhe ajudará a otimizar sua encarnação, ou seja, sua experiência no plano físico, que é tão necessário para a reforma íntima”.

“Essa dádiva vai lhe permitir fazer grandes tarefas, o que será muito importante para que consigas aproveitar muito bem sua encarnação e seu propósito nessa descida. Entenda que ela é uma grande aliada na sua empreitada, é um presente para lhe ajudar.

A mediunidade é como a Betoneira para o pedreiro. Ajuda a virar a massa, mexer o cimento com muito mais facilidade. Sem ela, a obra demoraria muito mais tempo, geraria muito mais desgaste...”

E assim nascemos no plano físico, nos desenvolvemos e chegamos a maturidade(física apenas). E em meio a tantas ilusões e tanto distanciamentos em relação a nossa essência divina, acabamos considerando a mediunidade um “Fardo”! Esquecemos-nos do seu real objetivo... Isso é “cuspir para cima”. Um equívoco sem igual! Desperdiçamos uma oportunidade incrível.

Centros espíritas/espiritualistas, através de seus orientadores, trabalhadores e monitores, alertam para as pessoas sobre a necessidade de trabalhar a mediunidade e desenvolver a espiritualidade. Normalmente, atuam de maneira amorosa, respeitando o livre-arbítrio de cada um. No entanto é normal, as pessoas fazerem mal uso dessa liberdade de escolha. Alienadas de sua finalidade aqui na Terra, acabam que por rejeitar a sugestão para desenvolver a sua mediunidade. A recebem como uma coisa ruim, algo incômodo, realmente um fardo.

Se essas casas de amparo e desenvolvimento espiritual pudessem interferir na escolha das pessoas, seus orientadores diriam assim: “ Meu irmão, se liga, você recebe um presente de Deus, chamado mediunidade, não porque você é um ser iluminado ou puro, tampouco porque você possui dons extraterrestres. Simplesmente porque você está abarrotado de coisas(karmas) para curar.... Você tem a obrigação de mergulhar nesse entendimento, mas o azar é seu se você virar as costas para essa necessidade, e quiser desperdiçar mais essa oportunidade de evolução”.

Então, amigo leitor, pense a respeito:

Quando alguém lhe disser a fatídica frase: Você precisa desenvolver a sua mediunidade! Entenda de uma vez por todas, isso quer dizer que chegou a hora de você utilizar esse poderoso recurso, como um instrumento para dinamizar a sua tarefa de curar-se! Redimir-se de erros do passado e evoluir. Essa é a meta de todos!

Com isso, se você fizer bom uso desse instrumento, quando o ciclo dessa vida se finalizar e o desencarne chegar, você voltará ao grande Pai, O Supremo Técnico de futebol, e ele terá o prazer em lhe dizer: “Parabéns, que ótima partida você realizou, que grande jogo! Agora descanse um pouco e prepare-se para a próxima, temos um Campeonato inteiro pela frente!”

Bruno Gimenes




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