Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

17/01/2019

O que são Orixás?

O que são Orixás?

Para nós, trabalhadores das diversas fraternidades, que acreditamos e confiamos em regentes espirituais, temos a crença que Deus dividiu seus fatores ou energias em diversas formas, dotando seus filhos ou espíritos, humanizando-os com seus atributos e instruindo-os para serem polos magnéticos e condensadores para parâmetros humanos, atribuímos muitas vezes aos Orixás nossos modos de ser, viver, comportar, pensar, agir, e por fim acreditar.

O Orixá está na natureza, mas não é apenas a natureza. São fatores de energia e pontos de fixação para a evolução humana e principalmente aos trabalhadores da seara espírita umbandista ou Candomblecista. Enfim... É mais uma benção de Deus.

O Umbandista deve buscar o equilíbrio de todas estas forças através da prática da caridade, do amor e respeito à natureza e às coisas de Deus. A Umbanda nos ampara e propõe trazer o equilíbrio destas forças para as nossas vidas, desta forma seus filhos serão sempre polos atrativos e condensadores dessa energia.

Trabalhar na Umbanda ou ser seguidor de seus ensinamentos e parâmetros ensina e demonstra aos seres humanos que tudo está sempre em completa mutação nada é estático ou imóvel, a evolução é continua e chama a todos para que caminhem, ao lado e através de seus enviados de luz, que sempre nos trazem palavras de consolo, amparo, força, esclarecimento, caridade e amor, e assim fazer ultrapassar as paredes físicas do terreiro de Umbanda a sua mensagem.

Sendo a Caridade o objetivo principal do médium Umbandista.

A Umbanda não se propõe a ser solução milagrosa para todos os problemas de ordem materiais criados por nós, mas propõe que, através da harmonização com as forças da natureza, encontremos amparo e alívio para os nossos problemas.

Essas forças da natureza estariam dentro de nós, nascemos já preparados para a nossa batalha ou desafios como muitos comentam, somos amparados por nossos senhores, ou seja, nossos Orixás que significa:

Ori....Coroa....Cabeça;
Xá....Senhor .....luz...

Poderíamos dizer que Orixá significa:

Senhor da Cabeça ou;
Senhor da Luz

Cada Orixá tem função específica e até as que são antagônicas se harmonizam frente as nossas necessidades, por Graça do Criador.

Todas as energias emanadas pelos Orixás estando em equilíbrio nos tornam pessoas melhores e facilitam a nossa passagem na Terra, por isso falei em benção de Deus, e também em manifestações básicas e harmônicas dos Orixás apesar de algumas manifestações serem antagônicas, mas no fundo complementares. Tudo isso justifica e explica, enfim, o porquê é fundamental o estarmos equilibrados aos sete planos divinos com seus respectivos Orixás, explica o porquê de não nos dedicarmos a um ou dois Orixás específicos apenas.

Dentro da Umbanda trazemos todos os Orixás para fazer parte de nossa vida, ou seja, a Fé, Lei, Justiça, Conhecimento, Evolução, Amor, Cura e por fim a Proteção, todas essas forças devem fazer parte da caminhada do médium Umbandista, todos temos a necessidade do amparo divino para conseguirmos a realização de nossos planos reencarnatórios.

Sendo Orixá a tradução mais evoluída do nosso sistema manifestado através das forças da natureza, não poderíamos, nós, termos a mais pura essência desses complexos etéreos. E sim a centelha desfocada que se reflete, manifesta e influencia o médium. Que vem traduzida e decodificada em uma linguagem compreensível para nós.

A formação do arquétipo de cada um depende do grau evolutivo do médium, e contribuições dadas a sua formação, tais como, nível de consciência de vida de acordo com sua visão espiritual; qualidade da aprendizagem feita de encarnação para encarnação; historicidade cultural nesta encarnação; formação familiar e serviços prestados à comunidade em forma de caridade.

Quanto mais o médium trabalha em função da sua melhoria como ser humano, maior e melhor é a qualidade da influência vinda das Egrégoras do astral, pertencentes aos regentes da coroa mediúnica, ou seja, menos impurezas ele absorverá, já que seus sentimentos se tornarão forte filtro.

A jornada de um trabalhador de luz terá algumas facilitadoras, porém não será nada fácil atingir o objetivo final, ele dependera e muito do comportamento dentro e fora do terreiro, porque a todo o momento seremos lembrados que para alcançarmos a luz e podermos fazer parte dela, temos que deixar para trás a força das trevas e negatividades dos planos inferiores que tão bem conhecemos.

Somos importantes para Deus e os Orixás, mas também somos importantes para as trevas ou escuridão, devido ao magnetismo humano. Somente nós, seres humanos, temos a energia capaz de abrir alguns campos espirituais que se chama ectoplasma, através dessa energia invisível aos olhares dos homens, muitas formas e pensamentos são alimentadas ou mesmo curadas nos planos espirituais, por isto devemos sempre estar vigilantes sobre a nossa capacidade e dedicação ao bem.

Somos importantes de verdade, Deus nos quer ao seu lado sempre, nos envia seus guerreiros e guerreiras para que possamos vencer a nossa batalha particular, o resultado desta guerra dependerá única e exclusivamente dos nossos desejos e querer.

Roberley Meirelles





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Quem foi meu Guia?

Quem foi meu Guia?

Durante nosso desenvolvimento mediúnico tudo é novidade, e cada avanço é comemorado como uma etapa superada pelo médium. Dentre estes avanços, um dos mais esperados, com certeza, é quando seus Guias começam a revelar seus nomes simbólicos.

No início, as primeiras reações são de dúvida. “Será que é mesmo esse o nome do meu guia ou estou mistificando?” É uma pergunta comum no início da nossa jornada, porém, superadas estas dúvidas, o médium logo corre atrás de todas as informações possíveis sobre o nome recebido, e com a internet não é muito difícil encontrar todo o tipo de informação sobre qualquer falange do astral, o que não necessariamente é algo positivo.

Depois de procurar por imagens relacionadas a essa entidade, inevitavelmente o médium busca por uma história sobre seu guia, quem foi ele em sua última encarnação ou porquê ele veio a assumir esse nome, e é neste ponto que muitos atrapalhos podem acontecer, inclusive vindo a prejudicar o desenvolvimento deste médium.

Se você pesquisar pelo nome de uma entidade no google, certamente encontrará diversas histórias diferentes sobre a mesma. Algumas delas remetem a história contata por algum trabalhador em específico desta falange e outras são apenas estórias bonitas criadas pela mente de algum encarnado para ilustrar os trabalhos dos falangeiros. Em todos os casos, nunca teremos certeza se elas realmente aconteceram e, com certeza, nenhuma diz respeito ao guia que lhe acompanha.

O que infelizmente acontece em alguns casos é que, após lerem tais histórias, alguns médiuns acabam adotando-as como verdade e direcionando a postura da sua incorporação de acordo com as características descritas nelas, e é aí que vemos uma série de absurdos relativos ao comportamento da entidade quando incorporada, vestimentas, acessórios e etc., sem contar os casos onde, por ler que a entidade X foi o espírito famoso Y, o médium acaba levado pelo seu ego por incorporar uma celebridade histórica.

Por esse e outros motivos é que os nomes simbólicos adotados pelas entidades de umbanda, além de identificar seu campo de atuação, servem também para ocultar a identidade do espírito que ali atua, pois seu intuito agora é prestar a caridade independente de quem ele tenha sido em uma outra vida.

O que pesa aqui é a interação direta do médium com a sua entidade, que possibilita ao mesmo conhecer aos poucos este espírito que trabalha ao seu lado, suas características e a história dele em particular. Conforme o avanço do seu desenvolvimento, seu guia mesmo lhe contará ou mostrará alguma de suas encarnações que ele considera mais significantes dentro do seu processo evolutivo, a qual ele adotou como referência para o seu estado atual ou, em alguns casos, uma das encarnações em que vocês dois possam ter estado juntos, ou mesmo contar apenas uma história que ele julgue que a moral servirá para o aprendizado no momento atual do médium ou de quem a ouvi-la.

Utilize as ferramentas e o conhecimento disponíveis a seu favor e não para seu desequilíbrio, e acima de tudo, confie nos seus guias e busque diretamente com eles as informações a seu respeito. Troque a mistificação e a necessidade de se enquadrar a um arquétipo pela confiança e fé nos trabalhos dos seus guias. Não é porque o Caboclo de outro médium que tem o mesmo nome que o seu se comporta do jeito X ou atua na linha Y que o seu tem que se comportar igual.

Há muito mais mistérios na atuação dos guias e linhas de trabalho do que acreditamos saber ou ter codificado. Na Umbanda não cabem os padrões e as pasteurizações, sejam nas doutrinas, incorporações ou atuações de cada falange. Liberte-se da necessidade de enquadramento e entregue seu mental ao astral.

Peterson Danda





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16/01/2019

Assistência no Terreiro de Umbanda

Assistência no Terreiro de Umbanda

Quando vamos a um terreiro de umbanda procurar por ajuda espiritual, ou quando somos indicados, encaminhados, ou por curiosidade e até mesmo para visitar, em geral ficamos impressionados e curiosos com o andamento das atividades que serão ou estão sendo desenvolvidas. A umbanda traz uma impressão e imagem lúdica que nos envolve, que é atrativa, que vai desde o som do atabaque, que nos recorda algo muito familiar como as batidas do nosso próprio coração e o pulsar de nossa vida: ora corrida, ora estressada ou calma nos causando identificação imediata. Cercada de cores, velas, defumador até o brado de um Caboclo e o estalar de dedos de um Preto velho ou o balançar de seu rosário, que nos lembra de nossa casa, lugar de aconchego, onde podemos ter o mesmo rosário na cabeceira de nossa cama. Todo este ambiente visivelmente atrativo ou pitoresco pela grande quantidade de informação e representação que possui esconde-e-revela o místico, o que está para acontecer, o segredo da busca e descobre o véu da razão e/ou do sofrimento, oferecendo consolo, edificação (afirmação e confirmação dos objetivos) e ainda exortação, que se expressam pelas linhas de trabalho do dia e a qual o indivíduo que procurou foi atraído ou se afinizou. Como dizia um grande homem de DEUS: “… assim como a alma busca a DEUS, muito mais DEUS procura a alma para a esta se revelar.

Interessante é notar que os instantes antes da consulta ou do passe envolvem uma mistura de tensão, angústia, confiança e esperança, que se separam e voltam a se misturar, com perguntas que trazem respostas como: o que está encoberto se revelará? A trégua da luta chegará ao fim? Ganharei mais fôlego e força para ir em frente? Ou a tão sonhada palavra “BASTA este tempo acabou” será pronunciada pela entidade que me atenderá? Esta gama de emoções, sentimentos, pensamentos e situações que se passam no coração e na mente se retratam na postura e comportamento de quem aguarda sua hora de atendimento.

Fundamental para a assistência nesta hora é que mantenha sua postura orante, evite conversar, evite uso de eletrônicos, ou de qualquer coisa que tire sua atenção, pois será um grande encontro, um encontro com o divino, e por isto é necessário ter foco, ser pedinte e insistente, como a mulher que ao muito insistir como disse o mestre Jesus em seu evangelho teve seu pedido atendido. Estaremos falando com os mensageiros de Deus, e por este motivo devemos trazer “tudo” para a consulta ou para a gira, trazer “tudo o que somos”, usar de sinceridade, verdade e expor nossas feridas sem medo, com a confiança de que a Deus tudo é possível!

Ao buscarmos esta sintonia com Deus durante a sessão, ou durante a espera para o atendimento, os guias que cuidam da casa e de seus trabalhos se aproximarão de nós e contribuirão na realização do propósito de Deus a nosso respeito, segundo a abertura de nossos corações. Nosso papel, enquanto assistência, é nos abrir à energia que flui através do trabalho espiritual que está sendo realizado naquele ambiente, pois este tem objetivos, de modo a estar em sintonia, colaborando para que esta mesma energia flua em nós e que a finalidade da ação espiritual seja cumprida. A cada trabalho espiritual desenvolvido nos terreiros, sessões, consultas, passes e outros, as sementes do reino de Deus são lançadas em nós ou regadas em nossos corações, de modo que quando começam a crescer seus frutos, podemos perceber o quanto nos tornamos diferentes, ou as pessoas que nos cercam sinalizam através de seus comentários que estamos melhores do que antes.

Por este motivo, a assistência contribui muito com a gira, pois no astral os mestres e guias sabem quem irão atender e a assistência deve estar ciente de que falará com guias espirituais, seres tão evoluídos ao ponto de atendê-los, inclusive nas entre linhas, há relatos e histórias de grandes mestres como Ramatis e Saint-Germain que se configuraram em outra roupagem, ou seja, plasmaram e mudaram suas formas de apresentação e ainda hoje atendem no banquinho dizendo que são pretos velhos, por exemplo. Por isto deve ocorrer uma atitude respeitosa da assistência com as entidades espirituais, respeito que vai desde a forma de se vestir para ir ao terreiro receber a consulta, se comportar durante a gira ou consulta, pois devemos usar diplomacia e o bom senso de saber o que nos cabe usar a cada hora e de acordo com o ambiente que frequentamos.

Outro ponto que cabe destacar é que alguns terreiros de umbanda usam de preleção ou de alguma pequena palestra de evangelização, que ocorre antes dos atendimentos, utilizando como base o evangelho ou leituras espirituais visando sensibilizar os participantes (encarnados e desencarnados), pois todos estamos em evolução, e todo instante é tempo de mudança e de nos voltarmos para DEUS.

O importante é que ocorra uma mudança interior em nossas vidas, ou uma decisão de procurar este caminho de mudança, pois qualquer jornada neste mundo, quando encarnados, necessita de ajustes e reparos, nunca estamos preparados o suficiente para afirmarmos que já somos iluminados.

Mais um aspecto que cabe considerar é que diante destes maravilhosos mestres que nos atendem, que trazem roupagens diferentes, estes mensageiros de DEUS agem de diferentes maneiras na hora da consulta. Não tenhamos medo de suas atitudes, pois nunca fugirão do respeito e caridade (amor em atos concretos) que podem se expressar por meio de toques, orações, preces, passes, receitas, sons, palavras e recomendações, uma vez que no concreto da vida nos abrem portais internos para que enxerguemos e acessemos as respostas que necessitamos e queremos. Na verdade, estas respostas estão dentro de nós, fruto da presença de DEUS em nós, que em nós habita e que NUNCA se esgota em nos cumular de seus bens e amor.

Não tenhamos medo de ouvir o que não nos agrada, pois de verdade, na essência já sabemos, mas em alguns momentos preferimos o caminho da auto-sabotagem, das ilusões, das paixões gustativas (sejam essas expressas nas mais variadas formas de prazer sensível), da lei do menor esforço, ou de sempre culpar o outro e ainda de viver fugindo de assumir posturas e posicionamentos na vida. Este “conflito” nos faz tocar nosso nada e visualizar nossa sombra e então depender de DEUS e dizer a Ele ilumina-me!

Vale ainda ressaltar concluindo esta reflexão sobre dois tópicos muito importantes: um a passagem bíblica que afirma “de graça recebestes, de graça dai” (Mateus, 10), ou seja, a beleza da gratuidade divina, pois temos livre acesso a Deus através do contato com seus mensageiros de luz, que ocorre de graça e “de grátis”. Nossos guias e mentores não nos cobram nada por seus serviços e orientações, apenas despertar, consciência, entendimento e responsabilidade de sabermos com quem estamos nos envolvendo, com o DIVINO, com eles que são mestres de luz.

Em segundo, a presença da assistência no terreiro e os frutos da realização de DEUS que estas pessoas apresentam em suas vidas, também podem funcionar como um termômetro do terreiro e da vida de fé do corpo mediúnico. Pois, irá expressar o amor sincero vivido pelo mesmo dentro e fora do terreiro, e deve ser mantido pelos membros da casa através da adoção de rituais, preces e orações, cultivando a presença do divino, além do momento da gira; pela disponibilidade e atenção dispensada às pessoas que se afinizam pela casa de caridade, nos dias de trabalho espiritual; pela fidelidade vivida pelo corpo mediúnico aos preceitos e direção espiritual, que são fornecidas pelo terreiro; pelo esforço do desapego na orientação dos indivíduos, que procuram auxilio espiritual no terreiro, pois não somos “donos da verdade” e “ninguém nos pertence”; e ainda, pelo estudo constante e a busca de DEUS, fonte de todo bem!

Dennis de Carvalho


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A Assistência no Terreiro






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Os Guias nos Veem como Somos

Os Guias nos Veem como Somos

Sabe aquela pessoa que dá a impressão de fazer tudo errado?

Ela é folgada, preguiçosa, fala mal de todo mundo, falta no trabalho à toa, só vê o lado ruim das coisas, enfim, aquele irmão que a maioria faz questão de se afastar.

Bom, um belo dia você chega no terreiro, recebe seu guia, sente aquela energia maravilhosa e, quando menos espera, seu primeiro consulente é aquele irmão de quem você prefere ficar afastado.

Se você for inconsciente não há problema algum, afinal você não vai se lembrar, agora se for consciente, ou semi-consciente, vai sentir aquele “ai senhor, justo comigo?!”.

Sim meus queridos, apesar de estarmos ali, na força do guia, totalmente voltados pra caridade, nos policiando para sermos melhores, ainda somos humanos e, muitas vezes, julgamos sem perceber.

Bom, daí o filho chega e o guia dá aquele abraço apertado e gostoso nele. Nisso você sente que o filho está cheirando a bebida e lá vai você julgando de novo.

O passe corre tranquilo. O guia, na sua infinita sabedoria, ama aquele filho. Não importa se ele já roubou, se trata mal todo mundo ou se chuta o cachorro.

Aquele filho, que pra você é o exemplo do que não fazer e, ao invés de tentar aprender com os erros do seu irmão, você simplesmente se afasta dele, é o filho mais lindo pro seu guia.

Sabe por quê? Porque enquanto ele estiver ali, na frente do guia, procurando ajuda, é porque lá no fundo existe amor. Um amor escondido, que leva esse filho até o seu guia a pedir ajuda sem nem ele mesmo saber o que está fazendo ali.

Os guias não enxergam aquilo que somos por fora, eles enxergam aquilo que está dentro de nós. E apesar de muitas vezes acharmos que esse ou aquele irmão já se perdeu, os guias nunca desistem da gente. Porque eles são a face de Deus mais próxima de nós. E Deus nunca abandona.

Então, da próxima vez que você achar que pode julgar alguém que pede ajuda, lembre-se de que cada um está num estágio de evolução. Cada um de nós, inclusive você, precisa aprender a evoluir a cada dia. E Deus nos concede essa evolução, esse aprendizado, através de caminhos que nos parecem tortos porque não são os caminhos convencionais, mas sim caminhos de extrema provação e dificuldade.

E vocês podem ter absoluta certeza que o Guia do filho que você julgou está sempre com ele. Mesmo quando o guia não pode mover uma palha em prol do filho, porque a caridade só pode ser feita quando a pessoa se deixa ser ajudada, o Guia está ali, pra chorar conosco, do nosso lado, dando seu ombro amigo, seu abraço de luz pra nos consolar.

E de repente, quando menos esperamos, a vida começa a ficar colorida, as coisas começam a dar certo, as provações começam a ser mais brandas. Aquele irmão “torto” começa a ter benefícios na vida, apesar de toda a grosseria, de todos os erros. E você pode pensar “puxa, eu aqui, fazendo a caridade e ele, que só trata todo mundo mal, consegue um emprego melhor, mais dinheiro, mais tranquilidade”. É meus amigos, aquele irmão tão “torto”, através do amor do guia que você incorpora, vai se deixando levar, sem perceber, para a luz. E a melhoria na vida dele é só um estímulo pra que ele consiga cumprir suas provações até o fim e não desista de tentar se melhorar.

Os guias, apesar de todas as máscaras que usamos no dia a dia, nos enxergam como somos. Não adianta se disfarçar de bonzinho, caridoso, gentil, se lá no fundo você for diferente. Assim como não adianta usar máscaras de “malvados” pra ocultar o amor que existe em nossos corações, e que os guias, na sua infinita sabedoria, sabem procurar e achar lá no fundo.

Ana Lídia



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15/01/2019

Simplesmente Afaste-se

Simplesmente Afaste-se

Para nós médiuns, um dos testes mais difíceis no dia a dia diz respeito a situações em que de repente nos vemos atuando no drama pessoal de certas pessoas (de baixa energia), um papel ao qual não nos candidatamos. Se elas costumam se queixar cronicamente, nós nos tornamos seus simpatizantes (mesmo que por educação) ou seus conselheiros, o que é pior. Há os casos em que nos atacam, com raiva, discordando das orientações recebidas, especialmente quando indicamos que estão se colocando como vítimas e que a lamúria não leva a lugar algum. Seja qual for o jogo, estamos desperdiçando um tempo e energia valiosos com a frustração e ou raiva do outro.

Ajudar o próximo não é sofrer junto.

Com a experiência dos anos, aprendemos uma solução simples para as pessoas sobre as quais a razão parece não exercer nenhum efeito. Afastar-se delas – não com raiva ou medo, e sim com neutralidade.

Se você se sentir receoso ou culpado por se afastar, lembre-se de que ao recusar-se, sem julgamentos, a permitir que essas pessoas drenem sua energia ou o arrastem em direção ao buraco negro da vida delas, você não estará sendo covarde, esquivo ou insensível, e sim corajoso, sábio e piedoso.

Se alguém estiver lhe causando uma frustração desnecessária, não tente lutar ou raciocinar. Simplesmente afaste-se do campo de força negativo dessa pessoa. Caso você seja obrigado a permanecer no mesmo aposento que ela em casa ou no trabalho, mesmo assim você pode erguer um escudo mental de proteção.

Sorria e não diga absolutamente nada ou declare, com calma e firmeza: "Não creio que possa falar com você neste momento." Retome então tranquilamente suas atividades. A pessoa poderá não gostar da mensagem, mas sem dúvida a receberá.

Não devemos ter medo de desagradar e nem tampouco precisamos ser simpáticos a todos que nos chegam. Não permita ser influenciado ou intimidado pela negatividade. Sempre podemos nos afastar.

Especialmente aos médiuns, procurem ter mecanismos de defesa e não fiquem "disponíveis" para as vítimas do mundo, nem tentem ajeitar a vida de todos. Defendam-se não se expondo. Mantenham-se energeticamente "blindados" e disponíveis para o trabalho mediúnico, que tem dia e horário certo para os sofredores do corpo e da alma.

MUITO IMPORTANTE: NÃO OFEREÇAM AJUDA ESPIRITUAL A NINGUÉM, DEIXEM QUE PEÇAM. ESTE É UM MECANISMO SIMPLES DE PROTEÇÃO. QUANDO VOCÊ OFERECE, ESTÁ SE EXPONDO, POIS O OUTRO PODE ESTAR ACEITANDO SÓ POR EDUCAÇÃO.

Pedro de Ogum







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Incorporação Fora do Terreiro

Incorporação Fora do Terreiro

Fico triste quando observo os dramas vívidos por pessoas de boa fé, mas de pouco ou quase nenhum conhecimento sobre os mecanismos da mediunidade, por falta de leitura ou pesquisa edificante, e que se arvoram nas práticas da fenomenologia do transe quase sempre induzidos a realizarem incorporações particulares, fora do ambiente do terreiro, por um familiar ou "amigo" desavisado, sob o pretexto da "caridade", caridade esta que normalmente visa questões ingênuas, curiosidades frívolas ou questões sem nenhuma urgência.

A prática isolada do transe, fora do ambiente preparado espiritualmente e com direção espiritual para tanto, expõe o médium e o consulente às possibilidades malévolas de espíritos mentirosos, enganadores e até mesmo obsessores astrais.

O fato é lastimável porque além de contaminar a aura do medianeiro e o ambiente doméstico onde é praticado, pode causar constrangimentos de grande monta, visto que raramente o transe se dá de maneira completa podendo deixar o médium a mercê de suas próprias opiniões.

O mais dramático é que, normalmente, o médium é induzido a tanto tocado na vaidade com insistências do tipo: "seu guia é lindo e poderoso", ou ainda, "você já nasceu pronto e não precisa dar satisfações a ninguém para fazer a caridade".

Enfim, estas questões são cada dia mais corriqueiras e trazem consequências que na maioria das vezes são de difíceis soluções, atingindo quase sempre o sistema neurológico e psíquico do praticante.

Em questão de espiritualidade é preciso disciplina, orientação e responsabilidade pessoal, além da necessidade de "testar os espíritos para ver se são de Deus", pois as aparências enganam e trazem efeitos terríveis.

Em outras palavras, médium coerente e com conhecimento de causa NÃO faz incorporação particular a domicílio, mas sim indica o necessitado para uma sessão no ambiente correto que é a casa de religião.

Pai Mozart de Iemanjá





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Como Reconhecer um Verdadeiro Mestre Espiritual

Como Reconhecer um Verdadeiro Mestre Espiritual

Para alguns discípulos, encontrar o seu Mestre é encontrar uma mãe que aceita trazê-lo nove meses no ventre para fazê-lo nascer no mundo espiritual. E, depois de nascer, isto é, desperto, os seus olhos descobrem a beleza da Criação, os seus ouvidos ouvem a palavra divina, a sua boca saboreia alimentos celestes, os seus pés levam-no aos diferentes lugares do espaço para fazer o bem e as suas mãos aprendem a criar no mundo sutil da alma.

Muito poucas pessoas sabem o que é realmente um Mestre. Algumas leram livros que contam histórias inverossímeis: que um Mestre é perfeito, onisciente, onipotente.... que ele não tem necessidade de comer, nem de beber, nem de dormir... que ele está ao abrigo de todas as tentações e, sobretudo, que passa o seu tempo a fazer milagres, como no livro de Spalding: "A Vida dos Mestres".

Quantas pessoas não ficaram exultantes com este livro sem suspeitarem de que contém imensas histórias sem fundamento. É verdade que os grandes Mestres têm poderes excepcionais, mas não os utilizam para fazer prodígios diante de gente embasbacada. Aparecer e desaparecer, caminhar sobre as águas, voar no espaço, materializar festins, atravessar as chamas de um incêndio, fazer aparecer casas... mesmo que seja capaz de fazê-lo, um verdadeiro Mestre não o fará, pois assistir a tais espetáculos não ajuda os humanos a transformarem-se...

Um Mestre - é necessário que você o saiba - é feito como todos os outros homens: tem os mesmos órgãos, que o fazem sentir as mesmas necessidades e os mesmos desejos. E se lhe cortar um pedaço de carne, verá que seu sangue correrá e que a sua cor é vermelha como o de toda a gente! A diferença está em que a consciência de um Mestre é muito mais vasta do que a da maioria dos homens: ele tem um ideal, pontos de vista superiores e, sobretudo, conseguiu um perfeito domínio sobre si próprio. Evidentemente, para tal é necessário imenso tempo e um trabalho gigantesco, e por isso ninguém pode tornar-se Mestre numa só encarnação.

Se você encontrar um Mestre, tenha consciência de que todas as qualidades e virtudes que ele manifesta não foram adquiridas apenas nesta vida. Não, ele teve que trabalhar durante séculos, milênios até, e, como as qualidades que adquirimos pelo nosso próprio trabalho não desaparecem no momento em que temos de deixar a terra, quando regressa ele traz de novo essas qualidades. Assim, de encarnação em encarnação, ele vai adquirindo sempre novos elementos espirituais até ao dia em que torna-se um verdadeiro condutor da luz e das virtudes divinas.

Infelizmente, há também seres que se preparam durante séculos para se tornarem condutores do mal; são os mestres da magia negra. O ser humano é livre de escolher o bem e o mal. É claro que, quando escolhe o mal, mesmo que a Inteligência Cósmica o deixe continuar durante um certo tempo, ele acabará sempre por ser aniquilado, dado que, pelo seu comportamento, se opõe à ordem universal. Mas, à partida, o ser humano tem a hipótese de escolher. Enquanto vivo, é livre de se determinar num sentido ou no outro.

Alguns seres, muito raros, apesar desta liberdade que lhes é concedida, permanecem definitivamente determinados. Os grandes Iniciados, por exemplo, determinaram-se para a luz e para o amor. Alguns, é certo, caíram, mas a maioria deles permaneceram espíritos de luz. E, aliás, quanto mais tempo passa, menor é a possibilidade de mudarem de direção, pois, graças ao seu trabalho espiritual, eles foram conseguindo transformar, divinizar, a matéria do seu corpo e esta tornou-se como que um metal inoxidável, ouro puro.

Contudo, enquanto um ser não chega a este estado de evolução, é sempre possível ele mudar de direção, e existem casos na História em que magos brancos tornaram-se magos negros.

Pergunte como é possível alguém tornar-se um mago negro... Na realidade, é muito fácil, mesmo para você: basta dar vazão à sua natureza inferior. Se transgredir continuamente as leis da bondade, da justiça e do amor, tentando obter êxito à custa dos outros, tentando derrotá-los, destruí-los, só poderá tornar-se um mago negro. É simples, é claro. Muitos imaginam que, para alguém se tornar um mago negro, é necessário que um mestre diabólico lhe ensine a arte dos encantamentos e dos esconjuros maléficos. Isso pode acontecer, mas, para alguém colocar-se ao serviço do mal, não é absolutamente necessário ter um mestre; sem instrutor, sem receita, sem nada, qualquer um pode tornar-se um mago negro se deixar-se guiar demasiado pela sua natureza inferior. E o mesmo se passa com um homem que só pense em ajudar e em esclarecer os outros: mesmo que não tenha um Mestre para o instruir, estará a caminho de tornar-se um mago branco.

Na realidade, cada ser humano tem um Mestre, e se não for um Mestre visível, será um Mestre invisível. Os criminosos têm, no mundo invisível, um mestre que não cessa de aconselhá-los a prejudicar os outros. E mesmo que eles digam:

"Nós, um mestre? Nunca!", devem ficar a saber, estes cegos, que têm um mestre cujos conselhos perniciosos seguem dia e noite.

É evidente que, quando eu lhe falo de Mestres, refiro-me sempre aos verdadeiros grandes Mestres espirituais, aos magos brancos. Sei bem que se dá este título de Mestre a muitos artesãos para se mostrar que são excelentes na sua profissão e também aos notários, aos magistrados, aos artistas, etc... É uma maneira de ver as coisas e eu não lhes recuso este título. Mas, você deve saber que um verdadeiro Mestre, no sentido espiritual do termo, é um ser que, em primeiro lugar, conhece as verdades essenciais; não aquilo que os homens escreveram, criaram ou contaram, mas o essencial segundo a Ciência Cósmica.

Em segundo lugar, um Mestre deve ter tido a vontade de dominar, dirigir e controlar tudo em si, e realizado essa vontade. Por último, esta ciência e este domínio que ele adquiriu devem servir apenas para manifestar todas as qualidades e virtudes do amor desinteressado.

É pelo seu desinteresse que reconhecerá um verdadeiro Mestre. Cada Mestre vem à terra para nela manifestar uma qualidade particular: há, portanto, Mestres da sabedoria, Mestres do amor, ou da força, ou da pureza... Mas todos os verdadeiros grandes Mestres têm, obrigatoriamente, uma qualidade em comum: o desinteresse.

Há tantos impostores e charlatães dispostos a aproveitarem-se da ingenuidade dos humanos!

Limitaram-se a ler livrecos de ciências ocultas, muitas vezes escritos por ignorantes, e pronto! Passam a apresentar-se em todo o lado como grandes Mestres. Não trazem consigo qualquer sinal de que o Céu os reconheceu como tal; foram eles próprios que se declararam Mestres e acreditam que isso chega.

E os outros, em vez de estudarem um pouco um ser destes para ver como ele se comporta, seguem-no de olhos fechados. Ele irá enganá-los, despojá-los, subjugá-los, mas eles não se darão conta. Bom, é magnífico, eis pelo menos um ser inteligente! Os outros é que são estúpidos. Porque não procuraram saber de onde é que ele vem, como vive, quem foi seu Mestre, quem o enviou?... Ah, não, não, é inútil colocar essa questão; desde que ele lhes prometa iniciá-los em três dias - a troco de alguns milhares de dólares, é claro - acreditam nele.

Têm pressa, compreende? A iniciação não deve durar mais do que três dias. O mundo está cheio de gente desta, de burlões, de vigaristas, que se aproveitam da ingenuidade e da estupidez dos outros. Mas eles, pelo menos, são inteligentes!

Não nego que essas pessoas possam ter alguns poderes - qualquer um, desde que se exercite, pode obter certos poderes -, mas a questão está em saber como os empregam e em que sentido. É a esse respeito que o Céu se pronuncia. O Céu não se preocupa com os meios que possui, mas com o uso que deles faça. O que conta para o Céu não é sua ciência, nem sua clarividência, nem seus poderes, mas seu desinteresse. Você pode ter a ciência, a clarividência e os poderes, mas enquanto não for desinteressado, mesmo que os humanos o reconheçam como Mestre, o Céu não o reconhecerá.

A desgraça dos humanos é a sua falta de discernimento: ao encontrarem um verdadeiro Mestre, desinteressado, desconfiarão, mas seguirão o primeiro indivíduo que apareça e lhes lance poeira para os olhos, apresentando-se como Mestre. Na realidade, um verdadeiro Mestre, nunca lhe dirá que é um Mestre, nunca; ele deixará senti-lo e compreendê-lo, não tem pressa de ser reconhecido. Um falso Mestre, pelo contrário, a partir do momento em que decretou que é um Mestre, tem somente uma ideia: impôr-se aos outros.

Acabei de receber uma carta de um homem que acreditou ser capaz de tornar-se um guia espiritual: escreveu-me para contar as suas dificuldades e as suas angústias. Evidentemente, era de esperar. Por que motivo se pôs ele a enganar as pessoas com a pretensão de guiá-las, enquanto ele próprio não estava em condições de fazê-lo? Mas os humanos são assim, julgam-se capazes de guiar os outros antes de terem adquirido as virtudes necessárias: a sabedoria, o amor, a pureza, a força, o desinteresse. Não! Enquanto não se tiver recebido ordem de um ser superior para assumir a esmagadora tarefa de guiar os humanos, é muito perigoso, para quem quer que seja, querer desempenhar este papel.

Eu gostaria muito de ajudar este homem, porque vejo que ele é muito infeliz e nem sabe porquê. Imaginou que bastava ler alguns livros de ciências ocultas e pôs-se a evocar as forças poderosas do mundo invisível para as utilizar, sem ter aprendido previamente a entrar em harmonia com elas. Pois bem, quando assim é, essas forças vingam-se e dizem:

"Porque procura servir-se de nós para satisfazer os seus caprichos? Nós não queremos submeter-nos a você. É fraco e ignorante e merece uma boa lição."

Quantos pretensos ocultistas não têm sequer um verdadeiro conhecimento das leis do mundo espiritual! Pode crer: eles leram alguns livros e, sem se prepararem, querem fazer figuras aos olhos de alguns discípulos, realizando prodígios perante eles. Pois bem, não é assim que se deve fazer.

Para se assumir o papel de guia espiritual, é necessário ter-se recebido um diploma, pois no mundo espiritual também se recebem diplomas. Os diplomas que existem no plano físico têm a sua correspondência no plano espiritual, à imagem do qual o plano físico foi criado. Os espíritos luminosos que nos enviaram à terra observam-nos, medem-nos e, se vêem que fizemos esforços, que conseguimos dominar-nos e corrigir alguns dos nossos defeitos, dão-nos o diploma. E onde está esse diploma? Não será um papel, que pode ser apagado ou destruído. É como um selo que se imprime no nosso rosto e em todo o nosso corpo, para mostrar que obtivemos vitórias sobre nós próprios. Talvez os humanos não vejam isso, mas todos os espíritos da natureza, todos os espíritos luminosos, o vêem, mesmo de longe, e então obedecem-nos e ajudam-nos.

Sim, para se ter o direito de executar certas tarefas no plano espiritual, é necessário obter também a aprovação de certos seres, e não pense que é fácil.

Muitas pessoas acham que os estudos necessários para se obter o diploma de educador ou de professor são muito demorados e difíceis. Mas isso não é nada, nada mesmo, comparado com as condições que têm que ser preenchidas por aqueles que querem ensinar aos discípulos as verdades da ciência iniciática.

Eu fico sempre espantado ao ver a ignorância e a ingenuidade das pessoas perante esta questão: todas, ou quase todas, crêem que estão à altura de poder usar o título de Mestre, imaginam que ele caiu assim do céu, já perfeito, sem Ter realizado o mínimo esforço.

Pois bem, você não encontrará criatura alguma que tenha vindo perfeita à terra. Quer a mostrem, quer a escondam, todos têm a fraqueza, ou mesmo várias.

Até os grandes Iniciados têm pelo menos uma fraqueza; por vezes é o medo, outras vezes o orgulho, ou a avareza, ou até a sensualidade. Mas a superioridade de um Iniciado advém-lhe, em primeiro lugar, de ele estar consciente dessa fraqueza e, em segundo lugar, do fato de empregar todos os meios para triunfar sobre ela.

Qualquer ser, independentemente da elevação do seu espírito, ao encarnar na terra, recebe dos pais como herança uma matéria mais ou menos defeituosa que deverá transformar, o que conseguirá graças às suas qualidades e virtudes.

E, quando o consegue, alcança uma elevação ainda maior, porque foi capaz de transformar uma matéria bruta em uma matéria elaborada de que poderá servir-se para o seu trabalho. É, pois, nos Iniciados que se descobre verdadeiramente a força do espírito, pois eles conseguem dominar tudo, ao passo que a maioria dos humanos arrasta consigo, durante toda a vida, defeitos que não consegue vencer.

No entanto, também é necessário que se saiba que um Iniciado vem à terra trazendo com ele as qualidades sobre as quais trabalhou nas encarnações precedentes. Graças a essas qualidades, ele afasta-se instintivamente do mau caminho e direciona-se, pelo contrário, para atividades construtivas, luminosas. Mesmo que não se lembre de nada, ele é impelido, sem se aperceber, a caminhar na mesma direção que seguiu no passado. Pela minha parte, durante muito tempo não tive qualquer lembrança das minhas encarnações, mas nasci nesta vida com marcas, registros, que me impeliram em uma determinada direção.

Omraam Mikhael Aivanhov

Extraído do livro "O que é um Mestre Espiritual?", Ed. Prosvecta





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