Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

09/01/2019

A Magia

A Magia

As palavras "magia", alquimia, transmutação, feitiçaria e correlatas, exercem um certo fascínio nas pessoas, acreditando, muitas vezes, que teriam o poder manipulando "poções mágicas", caldeirões, varinhas, etc., e que o seu uso numa determinada hora, numa determinada caverna, obteriam os resultados desejados. As vezes, não consigo conter o sorriso, quando alguns "esquisotéricos" se orgulham ou são idolatrados por "produzirem chuva".

Transmutar energias para movimentar o ar, expandir o fogo, contrair a água e coerir a terra é fácil, pois são magias que se processam externamente, manipulando-se "coisas concretas" e de fácil acesso. Agora, difícil mesmo é realizar a magia "interior", onde você trabalha com as "coisas abstratas", procurando transmutar a ira em paciência, a leviandade em firmeza, o receio em esperança, a soberba em humildade, a luxúria em castidade, o arrebatamento em prudência e o egoísmo em generosidade.

Têm-se que compreender que, na maioria das vezes, os grandes conflitos e "demandas" são interiores ou sejam, nós mesmos criamos o emaranhados de situações que ficam pululando em nossos pensamentos, sentimentos e, por decorrência, nas nossas ações.

O material aqui descrito, facilitará a busca e o encontro daquela paz interior, que todos necessitam e muitos anseiam.

Num primeiro momento, considerando distâncias, tempo e templos, você poderá dentro da linha justa, concretizar o que busca, mas cabe o alerta da simplicidade: com os preceitos/trabalhos aqui propostos, ao invés de manipular as energias etérea, eólica, ígnea, hídrica e telúrica, terá condições de irradiar, mover, expandir, conduzir e coerir, na sua essência e forma e na busca do auto-conhecimento, a fortaleza, o respeito, o entendimento, a sabedoria, a pureza, o conselho e justiça, que traduzem os atributos dos Orixás.

Antes, porém, esforçando-me em compreender a Umbanda em seu dogma, poderá parecer pretensão ou mesmo intransigência, visto não realizar ou mesmo não concordar com algumas práticas, que por deturpação, desinformação, ignorância ou mesmo dolo, alguns querem travesti-la de Umbanda. Sinto-me impelido a conduzir a voz à um punhado de Umbandistas, que em determinados momentos, devido a nossa natureza humana, ficam incomodados em ouvir acusações vãs e comentários agressivos, sobre determinadas práticas, que por não terem sustentação ou mesmo consistência, são impingidas ao Movimento Umbandista da atualidade.

São necessários alguns esclarecimentos às práticas inerentes à Sagrada Corrente Astral de Umbanda, pois são chegados novos tempos, onde algumas só têm aceite em planos astrais, sob a minha ótica, não muito iluminados. E, por estar comprometido em orientar àqueles, que não têm o necessário esclarecimento e estão "vagando" por "terreiros", alerto para evitarem sucumbir perante algumas hordas não muito nobres... Assim: Não se praticam ações que fujam ao bom senso; Não se questionam as origens das pessoas, em quaisquer sentidos: filosófico, étnico, religioso, social, econômico, político...; Não se impressionam ou mesmo não se assustam as pessoas que por ventura não estejam dentro desta ótica; Não se estimulam ou mesmo não levam as pessoas à exposições constrangedoras ou mesmo ridículas, na realização de preceitos; Não se realizam preceitos em locais inadequados; Não se praticam, inclusive questiono de forma veemente, quaisquer atividades que possam prejudicar as pessoas; E, não se agride o meio ambiente, pois temos de ser cônscios da necessidade de preservação dos sítios naturais (praias, cachoeiras, matas, rios, lagos e campinas, etc.), não só pelo fato de serem centros energéticos e sagrados, mas também absolutamente necessários à vida.

Em determinados momentos da vida, especialmente quando nos lançamos nos grandes desafios ou quando surgem obstáculos, por algum motivo muitos se acham sozinhos ou abandonados, ampliando aquilo que se interpõe à nossa frente, desestimulando transformar os nossos sonhos, quer sejam espirituais e materiais, em realizações. Magia "é ação da vontade" A realidade é que, por motivos vários, sentimo-nos solitários, entretanto, "Papai-do-Céu", através da Confraria dos Espíritos Ancestrais, manifesta-se em nós, ou seja, a força está com você ou melhor, está em você. Basta! Talvez, haja apenas a necessidade realizarmos pequenos estímulos para que percebamos.

A magia é única, ela está no todo. A determinação da magia como sendo branca ou negra, boa ou má, dependerá única e exclusivamente do direcionamento dado por cada um (Vontade). A magia pode ser ritualizada ou íntima, e poderá ser encontrada no ar, no fogo, na água e na terra, cabendo apenas a utilização inteligente, visando a sua aplicação adequada, em benefício próprio e de terceiros, buscando aquelas forças interiores, visto que ao fazermos algo para o bem, o "universo conspira a favor".

Quando se pratica magia, deseja-se que sejamos envolvidos pelas energias das Vibrações Originais (Orixás), bem como tenham-se reforçados os seus atributos e ações positivas e aliviadas as ações negativas. Por sua vez, quando se aborda a magia, temos de considerar que suas formas são interdependentes, ou sejam, utilizamos os nossos recursos físicos e abstratos, conscientes e inconscientes de modo a aplicar nossas habilidades mentais, visuais, auditivas, olfativas, degustativas e de tato.

Bom, para não ficarmos no pleonasmo, pois magia pressupõe movimento, poderia denominá-la de ritual, ação, magia, ... denominemos esta magia, como sendo o exercício da transformação porque nos induz a uma atividade dinâmica para mudança, bem com a utilização de recursos físicos. Sabemos, pois, se realizarmos ações por motivos considerados justos, com certeza, os estímulos necessários e adequados ocorrerão.

Ter conhecimento sobre Magia, implica em se ter poderes pessoais de ação e reação no plano astral, com ou sem a participação de antagonistas ou sejam, entidades espirituais.

Por sua vez, alguns aspectos devem ser levados em consideração, visto que ao movimentarem-se "Forças Sutis", para uso próprio ou de terceiros, deve-se levar em consideração o que é passível de merecimento, positivo ou negativo. Ações deletérias podem até surtir efeitos, entretanto ficarão registradas em "nossos arquivos kármicos", para cobrança no presente ou no futuro, desta ou de outra vida.

Thashamara







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Por Que a Umbanda não Resolve o Meu Caso?

Por Que a Umbanda não Resolve o Meu Caso?
MEUS PROBLEMAS x MINHA AUTOCRÍTICA:
Por que as Entidades da Umbanda não resolvem o meu caso?

Entra ano, sai ano, e a experiência que vamos adquirindo enquanto praticantes da Umbanda nos permite constatar que a maior parte dos problemas que são levados aos nossos templos continua inalterada. Os maridos ainda precisam ser “amarrados”, os filhos estão cada vez mais rebeldes, o dinheiro é cada vez mais insuficiente para pagar as contas, e dúzias de encostos permanecem assombrando pobres almas inocentes. Será que os Pretos-Velhos, Caboclos e Crianças não estão dando conta do recado? Já não se fazem mais Exus como antigamente? Ou será que estamos diante de uma massa de “fiéis” cada vez mais omissa às suas próprias obrigações éticas, sociais e familiares?

Há mais de século, os Mentores Espirituais que acorrem aos nossos templos nos alertam para a necessidade de decompormos o cerne de nossos problemas sob a luz da autocrítica. Pois muitos obstáculos adquirem ares de insolubilidade pelo fato de não admitirmos que eles florescem à revelia de uma análise centrada naquilo que NÓS poderíamos ter feito para resolvê-los. Bom seria se levássemos à presença de uma Entidade mediunicamente manifestada apenas dúvidas relacionadas às nossas próprias fraquezas, ou, quem sabe, desabafos que não estivessem tão camuflados pela negação em admitir nossas falhas. Entretanto, o panorama é desalentador, pois décadas transcorrem e continuamos com a confortável sensação de poder terceirizar a causa íntima de nossos tormentos. E haja vela e magia para que tanta crise seja resolvida!



A verdade é que os ditames comportamentais de nossa sociedade também estão influenciando a noção de responsabilidade que deveríamos ter, mormente perante o enfrentamento dos nossos óbices existenciais. Certa vez ouvi uma irmã de fé dizer que noventa por cento dos problemas trazidos aos terreiros seriam resolvidos em um divã, e não por “força de pemba”. Análise corretíssima, infelizmente! Pois vejamos: Em plena era do telefone celular, dos bate-papos virtuais, das formas de comunicação que possibilitam uma interação interpessoal cada vez mais fácil e objetiva, ainda assistimos pessoas que se esquivam de qualquer entendimento verbal com o alvo de seus sentimentos amorosos. Pessoas tomadas, quem sabe, por um misto de timidez, egoísmo, depressão e amor platônico, que simplesmente não se julgam competentes para conversar, discutir a relação, ou investigar as reais intenções de seus pretendentes. Onde essa frustração é despejada? Muitas vezes, aos pés de um Preto-Velho, Caboclo, Criança ou Exu. Aí, como se estivéssemos em um call center qualquer, solicitamos à Entidade uma intervenção astral sobre o problema, para que o “ser amado” volte logo, como num passe de mágica, se possível bem docinho e amarradinho. E como bem ensina a regra capitalista, nos dispomos até a pagar pelo “serviço” feito.


Outro problema comumente trazido aos Congas da Umbanda reflete a dificuldade que temos em educar nossos descendentes. Mais uma vez, obliteramos nossa parcela de culpa, que na maioria dos casos é ilustrada pelo binômio filhos rebeldes = pais complicados, e defendemos que a insubordinação de um filho está exclusivamente atrelada a “influências espirituais”. Tudo acaba sendo jogado “na conta” de espíritos obsessores, quando, na verdade, salta aos olhos a evidência de uma educação defeituosa, eivada de mimos exagerados, superproteção, negligência e/ou indisciplina. Resta às Entidades de Umbanda a tarefa de consertar essa situação? Obviamente que não!


Também não poderíamos deixar de discorrer acerca de um problema que quase sempre é levado ao conhecimento de nossos imperturbáveis Mentores Espirituais: a falta de dinheiro. Diamantino Fernandes Trindade vaticina nesse sentido com uma maestria lacônica: “Nenhum trabalho para atrair dinheiro surtirá efeito se você gastar mais do que ganha.” No século do consumismo leviano e desenfreado, quem pode afirmar que está à salvo da mania de perseguir aquisições supérfluas? Quantos telefones celulares você comprou nos últimos trinta e seis meses? Quantas vezes você pensou em tomar um empréstimo, simplesmente para obter algo que “estava na moda”? Quantos desejos purpulam em nosso âmago, impulsionados por apelos culturais estritamente superficiais? Será que o dinheiro realmente está faltando, ou o que falta mesmo é um planejamento financeiro em nossa rotina de gastos? Mais uma vez, levamos atribulações criadas pelos nossos desequilíbrios aos pés dos Orixás, como se estes tivessem o poder de tudo resolver, à revelia de nosso livre-arbítrio... Plantamos mal, semeamos pior, mas queremos colher o melhor possível.


Por último, mas não menos recrudescente, flutua o imbróglio dos “encostos” – esses capetinhas danados que sempre fecham os nossos caminhos e perturbam gratuitamente o sucesso da nossa inocente jornada terrena. Por muitas vezes, nós os responsabilizamos por outros problemas já comentados: falta de dinheiro, namorado, ou a rebeldia de filhos, parentes e amigos. Na contrapartida dessa rotulação endêmica, já ouvi um Exu assertivar que os casos de obsessão clássica – aqueles que eram comuns há cinqüenta anos atrás, de um desencarnado perturbado sobre um encarnado incauto – são cada vez mais raros de serem observados. Isso porque NÓS estamos assumindo a dianteira nessa questão, ou melhor, estamos abrindo nossas portas mento astrais para que obsessões e obsessores possam nos dominar. O convite está partindo de nossas mentes “inocentes”, frágeis a ponto de culpabilizar o “Reino das Trevas” pelo MEU alcoolismo, ou de acusar uma alma penada pela MINHA tendência ao sensualismo exacerbado. Problemas de caráter? Não os tenho! São os meus “encostos” que colocam esses espinhos em minha personalidade!Vamos nos enganando, na medida em que enormes falanges de assediadores “astrais” vão crescendo em nossas cabeças auto-obsedadas!


Enfim, enquanto não soubermos mensurar a nossa parcela de culpa nessas situações que levamos ao conhecimento de Entidades mediunicamente manifestadas, estaremos fadados a sair de um Terreiro de Umbanda sem perspectiva de resolução para os nossos problemas. Nenhuma “magia” pode quebrar aquilo que nasce do nosso livre-arbítrio e floresce em nossa resoluta vontade de agir egoisticamente. Ainda assim, abnegados Pretos-Velhos, Caboclos e Erês estão sempre a nos indicar a solução: o caminho do autoconhecimento como fonte única de libertação plena. Caminho de difícil persecução, pois desafia a todo instante a vaidade e o comodismo que cultivamos. Mas caminho essencial para que tenhamos condições de empreender a tão falada Reforma Íntima, e sorver plenamente todo o poder dessa assistência espiritual trazida pelo Evangelho Cristão, redivivo no Astral de Umbanda.

Lembre-se: se a sua autocrítica é menor do que seus problemas, seus problemas certamente são bem maiores do que você pensa!

Luciano Martins Leite




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08 Perguntas sobre Mediunidade e Depressão

08 Perguntas sobre Mediunidade e Depressão

Mediunidade é uma bela oportunidade de crescimento e aprendizado. Vê-la como uma prova imposta em função de dívidas do passado é cultivar uma visão doentia de algo que, em verdade, é uma benção, um tesouro.

É comum ouvirmos a expressão: “estou com problemas mediúnicos.” Todavia, não é a mediunidade o problema, mas o médium. Consideremos, porém, que não existem problemas mediúnicos, temos problemas morais e emocionais que são refletidos no exercício da mediunidade. A mediunidade é uma força neutra e sua aplicação toma o colorido moral inerente ao médium. Existem problemas psicológicos e não mediúnicos.

Um exemplo típico disso são as depressões. Muitas pessoas são orientadas a desenvolver mediunidade como solução de sua depressão. Entretanto, são muitos os médiuns portadores de depressão que assumem fervorosamente a tarefa mediúnica nessa expectativa, e não obtém o que desejavam. E os que conseguem algum resultado, certamente estavam em encerramento de seu processo doentio ou eram portadores de depressões leves ou moderadas, que regridem com relativa facilidade a tratamentos e iniciativas espirituais.

A rigor, em casos de depressão crônica, portanto mais severa, a orientação do exercício mediúnico pode, inclusive, constituir um risco. Dependendo do estágio e do momento do doente, a atividade mediúnica pode ser fator de agravamento do quadro psíquico.

Elaborei abaixo uma pequena entrevista com as perguntas que recebo com mais freqüência sobre o tema. O intuito é apenas ter algum material para uma boa conversa sobre o assunto, nada mais…


1) A mediunidade causa a depressão?

A mediunidade é uma benção, um tesouro de trabalho e crescimento espiritual. A faculdade em si mesma não é causa de perturbação. Quando alguém usa a expressão “problemas mediúnicos” é necessário distinguir que os problemas são da personalidade mediúnica, isto é, do médium.

Consideremos a mediunidade como recurso de evolução e a depressão como uma doença cuja causa repousa nas velhas atitudes morais do médium. Mediunidade não causa depressão. Entretanto, é freqüente encontrarmos médiuns portadores de sintomas depressivos. Nesse caso, a aplicação da mediunidade ou, como é mais conhecido, o desenvolvimento mediúnico pode ser terapêutico, amenizando as dores do deprimido. Apenas amenizando-os, fique claro! Ainda assim, a cura da depressão não virá do exercício mediúnico e sim da reeducação emocional do deprimido por meio da mudança de condutas que alicerçam o núcleo moral da depressão.


2) Os deprimidos são portadores de obsessão?

Algumas pesquisas feitas em grupos mediúnicos e hospitais psiquiátricos espíritas mencionam a presença de obsessão em 70% dos casos de depressão.

Aqui também é preciso uma distinção. Não é a obsessão que causa a depressão. A depressão é doença mental que pode ocorrer sem fatores espirituais coercitivos, embora a maioria dos casos, por se tratar de atitudes infelizes na caminhada evolutiva, carreia para o deprimido uma série de influências de ordem energética e espiritual como fatores de agravamento e não causais.


3) Qual a relação entre perturbação espiritual e depressão?

Alguns tipos de depressão mais leves ou moderadas podem ser acionadas por presença espiritual perturbadora.

Mesmo neste caso, depois de socorridas as influências espirituais, o deprimido precisa examinar quais foram as causas dentro de si mesmo para que aquilo acontecesse.

Nem a obsessão e nem a perturbação espiritual podem causar a depressão, sem que o deprimido tenha em si mesmo algum componente psíquico não resolvido que constitui a raiz da sua doença.

Perturbação espiritual e obsessão são fatores agravantes e não causais.


4) Os deprimidos obsidiados devem obrigatoriamente educar a mediunidade?

O exercício da mediunidade é terapêutico para vários quadros mentais e até para algumas doenças orgânicas, trazendo alívio e amenização de dores.

Porém cada caso deve ser analisado criteriosamente, uma vez que a indicação da atividade mediúnica não pode ser tratada de forma generalizada. O exercício da mediunidade age apenas como um processo de depuração energética para que o doente não piore, além de promover a oportunidade de o médium entrar em contato com sentimentos diversos para análise pessoal. Para as pessoas deprimidas, romper com a interferência espiritual do obsessor, poderá na maioria dos casos, apenas abrandar e/ou mascarar os sintomas da doença, já que a solução da depressão sempre será a libertação da consciência e o desenvolvimento dos potenciais íntimos que a criatura traz em si mesma.

A depressão é uma doença sintomática, ou seja, é uma dor que está querendo chamar a atenção do doente para algo que ele não quer ver ou para algo que ele não está cuidando adequadamente na sua vida interior. Dessa forma é imprescindível que o deprimido compreenda que será necessário buscar várias fontes de ajuda, uma vez que se trata de uma doença complexa. A pessoa com sintomas depressivos sempre deve ser orientada a procurar o devido suporte médico e psicoterapêutico.


5) Como saber quando um deprimido não deve frequentar a reunião mediúnica?

Não existe regra no assunto. Darei uma pálida idéia que não deve constituir um roteiro, mas apenas um caminho que deverá ser aprimorado.

Existem alguns ciclos pertinentes às depressões crônicas nos quais os doentes experimentam vários sintomas que já lhe são habituais, mas com características mais acentuadas, como por exemplo: sentem-se mais exauridos, mais tristes, totalmente indispostos com ao contacto social, com larga confusão mental, presença de episódios de insônia persistente, extremamente irritadiços e com profunda apatia afetiva.

Naturalmente, em grupos que se respeitam e existe uma convivência saudável, ficará evidente quando um médium com depressão apresentar alterações que comprometem sua atuação mediúnica. Nesse caso, um afastamento programado de algumas semanas com acompanhamento fraterno do grupo, torna-se desejável em favor do doente e da tarefa.


6) O que a Casa Espírita deve fazer pelo deprimido?

Orientá-lo sobre a conduta a seguir para recuperar sua saúde. Oferecer o apoio da fluidoterapia espírita na amenização das dores, encaminhá-lo para profissionais da saúde mental que sejam competentes e humanos e, sobretudo, acolhê-lo com muito afeto, dando oportunidades de integrar-se às atividades da Casa Espírita.

Entretanto, como descrevo em meu livro DEPRESSÃO E AUTOCONHECIMENTO, a depressão necessita de reeducação comportamental e emocional.

A depressão atinge várias dimensões do ser humano. Quando o depressivo usa medicação, alcança sua dimensão orgânica. Quando faz psicoterapia, investe na recuperação de sua dimensão psicológica. Quando realiza tratamento espiritual, trata sua dimensão dos corpos sutis. Mas depressão tem quatro fundamentais dimensões que são: bio-sócio-psíquico-espiritual. A sua solução só pode vir da dimensão onde ela foi gestada, isto é, a social. É através do comportamento que se constrói uma doença mental, e somente através da reeducação dessa conduta será possível se libertar dela.

Que conduta está por trás das depressões mais severas? Como reeducar essa conduta padrão que é a raiz da depressão?

É a isso que meu livro se propõe: orientar o depressivo, sua família e também ao Centro Espírita sobre como lidar com o assunto e melhor orientar o doente.


7) Os médiuns têm tendência à depressão?

Os médiuns têm tendência a carregar alguma alteração no seu campo mental, mas não necessariamente a depressão. Todavia, eu ainda não conheci um médium que não tenha alguma relação a ser resolvida e reeducada com os temas: depressão e as perturbações da sexualidade.

Isso tem explicações muito sensatas que valem a pena serem analisadas.


8) Qual a orientação adequada a um médium com depressão?

Primeiramente aceitar que está doente e necessita tratamento em várias dimensões. Em seguida, orientá-lo sobre o exercício da mediunidade no bem e seus pré-requisitos. Durante seu tratamento, acolhe-lo e acompanhá-lo com muito carinho para que encontre apoio nas iniciativas de melhora. Posteriormente, enquadrá-lo no trabalho espiritual.

Claro que não podemos fazer isso nessa ordem que mencionei para todos os casos. Portanto, o bom senso deve inspirar essa orientação ao depressivo, cientes de que cada caso será de natureza particular.

Bom, ficamos por aqui. Vamos parar um pouquinho para refletir.

Wanderley Oliveira





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Problemas Psiquiátricos ou Psicológicos e a Espiritualidade

Problemas Psiquiátricos ou Psicológicos e a Espiritualidade

Estes sintomas geralmente causam um grande impacto para quem passa por eles, um bom dirigente religioso sempre indicará a medicina para todos os casos que envolverem a saúde, pois, o plano físico e o espiritual andam de mãos dadas, um movimenta o processo evolutivo do outro, por isso a recomendação em casos de saúde é sempre procurar um especialista de nosso plano físico, ou seja, um profissional da área.

Problemas relacionados à mente humana são muito complexos, tanto na parte física como na espiritual. Eu como representante de uma religiosidade, vou falar sobre a parte espiritual e até aonde a mesma pode se envolver ou ser envolvida nesses casos.

Quando alguém está passando por algum desses sintomas, como: surtos psicóticos, depressões, ou algum tipo de síndrome, este passa a ficar vulnerável. Pela falta de senso comum e das percepções, o corpo espiritual, conhecido como perispírito, entra numa oscilação constante, desta forma fica se desdobrando com facilidade e se mantendo um tanto afastado do corpo físico, fazendo por onde, deixar o indivíduo totalmente vulnerável, assim como ocorre no momento do sono, onde o perispírito se desdobra deixando o corpo desprovido e aberto. Em diversos costumes, independente da religiosidade, sempre aprendemos a rezar antes de dormir, isto mostra que muitos mesmo sem saber à fundo o porque disto conhecem tal fundamento, porém, o vendo de maneiras diferentes. Rezamos ou pedimos alguma proteção antes do sono, justamente para chamar bons espíritos, para que os mesmos nos guardem enquanto nosso perispírito se desdobra, evitando que maus espíritos se aproveitem deste momento e suguem nossas energias e fluídos, e também evitando que causem qualquer tipo de dano em nossos pontos mediúnicos.

Ouço muitos casos de pessoas citando que depressões ou surtos podem ser causados por maus espíritos, não duvido, porém, em minha visão acho um tanto raro e de qualquer maneira, a indicação em primeiro lugar deve ser a procura médica ou profissional. Antigamente, era comum até mesmo pela falta de crença, cultura religiosa da época e falta de informações devidas, ocorrer muitos casos de manifestações espirituais involuntárias, no caso as incorporações e também outras manifestações mediúnicas como popularmente dizendo, as pessoas terem visões, escutarem outras pessoas falando e ter muitas intuições certeiras, e essas mesmas eram internadas como insanas, isto ocorria muito antigamente, e muitas pessoas se convenciam que estavam doentes por nunca terem encontrado um caminho espiritual, ou seja, uma orientação devida (é muito importante citar que essas pessoas eram tratadas, mas a medicina não obtinha sucesso, então eram internadas e esquecidas em clínicas ou até mesmo manicômios). Este exemplo do qual citei, é totalmente voltado em outra situação e não nas causas de doenças, atrasos de vida e etc.

Geralmente a doença advém da parte física mesmo, simplesmente por muitos não conseguirem encarar problemas com facilidade ou então se sensibilizarem com diversos fatores, os mais comuns são as paixões, desempregos, conflitos no lar, entre outros. Isso tudo faz com que muitas pessoas fiquem um tanto frágeis, se sentindo pressionadas pela vida e pelas outras pessoas, principalmente as mais próximas, o que acaba resultando em algum tipo de surto ou no mais comum entre a população que é a depressão, nesses casos a primeira coisa a se fazer é procurar ajuda profissional. E aonde entra a parte espiritual? Entra naquilo do qual citei acima, uma pessoa neste estado passa a ficar vulnerável, tanto na sensibilidade com a parte sentimental, como na parte espiritual, pelo fator do qual já citei.

O plano físico reflete o plano espiritual, e no plano espiritual nem tudo são flores, há muito trabalho também, principalmente para manter uma evolução, e pra isso bons espíritos, que vai da hierarquia mais alta até os diversos mentores e Guias espirituais, trabalham em prol da evolução dos planos espirituais e dos planos físicos, e com isso protegem tanto espíritos novos no processo de desencarne como protegem nosso mundo físico de espíritos opositores e obsessores , esses espíritos vivem em torno do mundo físico, uns se fortalecendo e sugando todos os nossos fluídos e energias se abastecendo de ectoplasma, um fluído que somente encarnados oferecem e que é necessário para espíritos se movimentarem em torno do mundo físico, outros espíritos apenas se aproximam para zombar e outros para tentar usufruir da materialidade, dos quais são totalmente perdidos e fora da consciência mental, de qualquer forma, esses espíritos acabam sugando energias e fluídos, todos os bons fluídos, deixando o ser físico (o individuo) fraco, com pensamentos negativos e sem disposição, isso tudo atrapalha os andamentos médicos, ou seja, não colabora para com os tratamentos da medicina.

A solução espiritual não será para curar o indivíduo, mas sim para colaborar com o mesmo, porém, pra isso, primeiramente o mesmo deve acreditar, obter fé, pois, esta emite o maior fluído que facilitará a vinda de bons espíritos. Com esses espíritos opositores ou obsessores ( os famosos ‘’encostos’’ ou Kiumbas) absorvendo todo o conteúdo espiritual da pessoa e danificando o mesmo, a pessoa só tende a regredir em seus tratamentos, pois, é bom lembrar que existe um laço entre a espiritualidade e a matéria, ou seja, se o espírito é prejudicado, o prejuízo acaba refletindo na matéria e vice e versa. Portanto os tratamentos regridem ou estacionam, é o ponto onde a medicina passa a não dar as respostas e se manter do jeito que está.

No caso da Umbanda, se faz procedimentos como uma espécie de ``lavagem espiritual’’, ou seja, afastam-se todos esses espíritos ruins para aproximar bons espíritos, e isso vai do ritual de cada templo e da ordem espiritual maior, não há uma receita exata, cada caso é um caso, isso se faz quando a pessoa está desprovida de qualquer proteção, porque esta automaticamente estará rodeada de maus espíritos e fluídos. Ao aproximar bons espíritos, há uma conciliação com a medicina terrestre, onde os Guias espirituais vão trabalhar para emanar somente bons fluídos, fazendo um ciclo protetor para que maus fluídos não afete o indivíduo e o mesmo possa ter o caminho aberto para os tratamentos médicos, com isso a probabilidade de melhora aumenta, porque unem-se duas forças. Existem casos que a pessoa procura a Umbanda, espiritismo ou outra forma religiosa e é curada, digo com convicção, a espiritualidade não curou a pessoa de sua doença, mas sim os tratamentos médicos, a espiritualidade simplesmente limpou toda a sujeira espiritual para que os tratamentos dessem resultados de onde pararam, sem ter nenhuma interferência, ou tendo as interferências retiradas de seu caminho. A religião colaborou para a cura espiritual, onde a perturbação espiritual estava impedindo os resultados dos tratamentos, como disse a pouco, uma conciliação entre dois lados, o físico e o espiritual. Deixo aqui uma observação, nos casos de doenças crônicas como, por exemplo, a esquizofrenia, a religiosidade ou os Guias espirituais vão agir da mesma forma, protegendo a pessoa, formando um ciclo protetor em sua volta para que espíritos ruins não se aproveitem da situação, os Guias espirituais farão por onde da mesma forma, colaborar com a medicina, deixando o campo aberto para a mesma.

As barreiras que estão entre o mundo físico e o mundo espiritual somos nós mesmos que colocamos, lembrem que os dois se movimentam simultaneamente, independentemente dos fatores evolutivos de cada. Nunca podemos descartar os benefícios da Terra que foram feitos para usufruirmos deles, e se possível, aconselho também a nunca descartarem o suporte espiritual, mas não aconselho a procurá-los como um substituto dos setores físicos, pois, um necessita do outro.

Carlos Pavão




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08/01/2019

Os Pilares da Umbanda

Muitos questionam o porquê das diferenças entre os terreiros, por que há diferenças nos rituais, por que não é feita uma unificação das “umbandas”, por que não há uma padronização geral, que faça da Umbanda uma religião que siga regras igualitárias.

Para começar, a Umbanda não foi uma religião que simplesmente começou do zero aos 15 de novembro de 1908, pois já havia um movimento anterior a esta data, parecido com o que se tornaria a Umbanda, movimento este que surgiu das mudanças das macumbas cariocas, dos candomblés (que abriam exceção e permitiam a passagem de eguns - espíritos de humanos desencarnados), e de grupos kardecistas, que começavam a questionar o processo mediúnico por eles estudado e trabalhado. Só faltava uma diretriz para esse movimento, um precursor e um nome, e ai surgiu Zélio Fernandino de Moraes com o Caboclo das Sete Encruzilhadas.

Desde seu início, o movimento umbandista já mostrava diferenças de rituais, dado os grupos heterogêneos que o antecederam: macumbas, candomblés, kardecistas e outros grupos religiosos que permitiam, de uma maneira ou outra, a comunicação de espíritos. Tentar unir todos esses grupos e impor uma ordem nos primórdios do século XX era impossível. Com isso, o movimento umbandista foi crescendo e com ele, as diferenças dos diversos terreiros, devido ao conhecimento herdado de cada sacerdote de suas religiões anteriores.

Assim a Umbanda cresceu e se espalhou por todo o Brasil e por vários pontos do mundo, mantendo diferenças em rituais, que neste ponto já estavam enraizadas tradições de cada “umbanda”.
Baseado neste breve resumo apresentado acima, veremos os motivos que impedem que a Umbanda seja unificada e outros pontos que aparecerão no decorrer deste texto.

1. Os pilares da Umbanda

Em pouco mais de 100 anos de existência da Umbanda, houve vários congressos, reuniões de federações e discussões acaloradas, onde os pontos unanimemente acordados entre todos são:

a. A Umbanda é a fé;
b. A Umbanda é o amor;
c. A Umbanda é a caridade;
d. A Umbanda é a humildade;
e. A Umbanda é o respeito com o ser humano, com os animais e com a natureza;
f. A Umbanda não pactua com nenhum tipo de discriminação e respeita a liberdade religiosa, a liberdade sexual, a liberdade racial e a liberdade de opinião de todas as pessoas;
g. A Umbanda só pratica o bem e não cobra por atendimentos mediúnicos.

Estes são os pilares da Umbanda, que sustentam todos os templos, terreiros e tendas, que carregam a bandeira da religião.


Os Pilares da Umbanda


Podemos imaginar os pilares básicos da Umbanda dispostos como na figura acima. Os pilares são os fundamentos ou dogmas da Umbanda.

Independentemente da origem religiosa, ou formação sacerdotal do fundador de um terreiro, os pilares da Umbanda não podem ser ignorados, mas devem, em primeiro lugar, serem respeitados e seguidos por todos. Sobre esses pilares, cada sacerdote constrói seu terreiro de acordo com seu conhecimento e sua fé.


Os Pilares da Umbanda



Os Pilares da Umbanda



Os Pilares da Umbanda



Os terreiros podem ser diferentes na forma, no ritual, na formação sacerdotal, mas todos devem estar apoiados nos pilares da Umbanda.

Mas alguns poderão perguntar: e se um desses pilares for quebrado ou mesmo ignorado por um terreiro, ele deixa de ser Umbanda?

Ele continua sendo de Umbanda mas se torna desacreditado ou mesmo evitado pela sociedade, acarretando até o fechamento do mesmo, pois:

  • Um terreiro sem fé não tem vinculo religioso com nada e não consegue repassar a fé aos seguidores; 
  • Um terreiro sem amor só traz discórdia e desavenças entre seus membros; 
  • Um terreiro que não pratica a caridade e que cobra por consultas mediúnicas é abandonado pelos espíritos de luz e fica à mercê de espíritos zombeteiros e brincalhões, não conseguindo o respeito da sociedade; 
  • Um terreiro sem humildade afasta os trabalhadores sérios que buscam carregar a bandeira branca de Oxalá, sobrando apenas aqueles que colocam a vaidade à frente do trabalho; 
  • Um terreiro que sacrifica animais nunca é bem visto pela sociedade, pela crueldade dessa prática; 
  • Um terreiro que desrespeita as pessoas é evitado por aqueles que buscam um lugar de conforto e palavras que curem suas chagas morais e espirituais; 
  • Um terreiro que destrói e emporcalha a natureza é evitado por seguidores que não querem vincular seus nomes com mais problemas ecológicos; 
  • Um terreiro que discrimina por raça, credo, sexo e posição social, é fadado a processos judiciais e consequentemente ao fechamento de suas portas. 




Se um único pilar da base umbandista for tirado ou ignorado por um terreiro, a chance de ruína é grande.

2. Sobre os pilares, as diferenças

Se os pilares de base da Umbanda forem respeitados e seguidos, toda a construção acima disso se torna parte da riqueza de uma religião cheia de rituais, rezas e mandingas, que é capaz de transformar seres humanos em seres divinos, que sabem e sentem que todas as forças e energias de Deus estão ao alcance e a disposição de todos.

As diferenças de rituais, pontos cantados, pontos riscados, etc., deve-se a formação sacerdotal e a fé de cada dirigente em exposição, e é neste ponto que cada um consegue interpretar, à sua maneira, os símbolos umbandistas, ampliando o horizonte de beleza e riqueza da religião.


3. A Verdadeira Umbanda

Como há diferenças entre os terreiros, costumamos dizer que para cada um é praticado “uma umbanda diferente da outra”, e que a Umbanda é feita por várias umbandas. A pergunta óbvia que chegamos é: qual é a verdadeira Umbanda?

Ora, se cada terreiro que respeita os pilares básicos da Umbanda e segue o ritual de acordo com a fé e formação sacerdotal de seu dirigente, aí está a verdadeira Umbanda.

Simples assim. Simples como a Umbanda deve ser.

A Umbanda não é como uma partida esportiva onde uma umbanda joga contra a outra umbanda, ao contrário, é uma religião onde uma deve estar a favor da outra, pois não há o melhor ou o pior, há afinidades e respeito pelas diferenças.


4. Sobre pilares fortes, construímos mundos fortes

A unificação e padronização dos rituais de Umbanda destruiriam a diversidade cultural, religiosa, dogmática e a fé das umbandas já existentes, e por consequência, criaria cargos hierárquicos responsáveis pela ordem religiosa, culminando até mesmo, na criação de um cargo similar ao Papa católico, o que seria um contra-senso umbandista.

Alguns rituais como o batizado e o casamento podem seguir um padrão mais ou menos estabelecido pela maioria dos terreiros para que tenham efeito legal, de acordo com a legislação vigente. No geral, muitos terreiros utilizam uma mesma sequência para o ritual de um trabalho espiritual: defumação, abertura e saudação aos guias da gira, atendimento espiritual, fechamento e despedida dos guias da gira, encerramento.

Há variações e há diferenças, mas isso não invalida a umbanda praticada, o que importa é a união dos membros dessa umbanda para que seja carregada a bandeira de Oxalá e a Umbanda seja difundida e respeitada.

As várias umbandas, construídas sobre os pilares umbandistas, formam uma obra de arte que retrata Aruanda, um local rico e belo, com construções diferentes mas estáveis e fortes.

A.D.






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Como se Proteger do Assédio Espiritual

Como se Proteger do Assédio Espiritual

Sua proteção é você mesmo quem faz. Por isso, não adianta agir de forma negativa, baixar seu nível vibratório e depois rezar, pedir proteção e ajuda. Nenhum mentor espiritual poderá ajudá-lo efetivamente se você desconhece, (ou se conhece a ignora), a Lei da Afinidade (os semelhantes se atraem), uma das Leis Universais.

De acordo com essa lei é seu padrão de energia que irá determinar sua proteção contra os ataques, os assédios espirituais dos seres das trevas. Portanto, qual é a qualidade de sua energia? Que energia você irradia? É a energia que você emana que dará, ou não, acesso aos seres das trevas.

Sendo assim, para que o obsessor espiritual prejudique o obsidiado, ambos precisam consentir, tem que haver um laço de reciprocidade. E qual é esse laço?
É a ira, o ódio, o desejo de vingança, o sentimento de inferioridade, a rejeição, o medo, etc.. Nunca é demais lembrar que, da mesma forma que o amor une, o ódio também une.

Quem odeia, pensa o tempo todo na pessoa execrada, tanto quanto quem pensa sem parar na pessoa amada. Portanto, esses laços de amor, ou ódio, quando encontram reciprocidade, ou seja, quando duas ou mais pessoas compartilham os mesmos sentimentos, acabam por se unir, atraindo-se mutuamente. É assim que funciona a Lei da Afinidade.

Portanto, o assédio espiritual só ocorre porque o assediado - embora não tenha consciência - de alguma forma está ligado energeticamente ao ser espiritual que o assedia, pois ambos estão sintonizados na mesma faixa vibracional.

Desta forma, se o assediado não mudar suas atitudes, não sair dessa vibração, o assédio espiritual irá continuar. Na maioria dos casos, a relação obsessor e obsidiado é algo secular ou mesmo milenar. Por isso, concordo plenamente com a doutrina kardecista quando se refere à reforma íntima, isto é, a necessidade de se fazer um trabalho interior de autoconhecimento para que possamos identificar e mudar -ou pelo menos atenuar- maus hábitos e imperfeições, traços ruins de personalidade, tendências negativas que trazemos de outras encarnações, tais como egoísmo, arrogância, prepotência, maledicência, sentimentos de inferioridade, culpa, baixa auto-estima, auto-desvalorização, ganância desmedida, vícios, fobias, etc..

São esses maus hábitos e imperfeições que realimentamos, que nos tornam vulneráveis aos ataques dos obsessores espirituais. Vale dar aqui duas dicas, sugestões de como se proteger dos assédios espirituais:

  • Não criticar ninguém: não apontar as falhas e os defeitos alheios. Pode acontecer daquela pessoa que você mais critica vir a ser a que mais lhe dará apoio num momento mais doloroso de sua vida;
  • Não julgar, não condenar ninguém: Jesus dizia: "Não julgueis para não seres julgado". O passado nos condena, pois enquanto seres espirituais em evolução, já erramos, cometemos erros, injustiças, prejudicamos as pessoas em outras encarnações com atos que hoje classificaríamos como bárbaros, atrozes, selvagens, mas que na existência passada não víamos dessa forma por falta de esclarecimento, de consciência desperta acerca das Leis Divinas. 
Então, pelo fato de não termos tido um passado louvável, fica claro que não temos nenhuma moral para julgarmos alguém, e é provável que quanto àquilo que a gente julga, tenhamos feito o mesmo e até pior nas vidas passadas. Quem garante que isso não tenha acontecido? O véu do esquecimento do passado nos impede de sabermos. Por isso, é mais sábio e mais prudente não julgarmos; caso contrário, caímos na antiga expressão popular "O sujo falando do mal lavado". Em suma, não alimente o mal, a maledicência, pense somente no bem e viva em paz sob a proteção dos bons espíritos. Por fim, exercite sempre o perdão.

Osvaldo Shimoda




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Refletindo sobre Alguns Conceitos

Refletindo sobre Alguns Conceitos

O conceito de religião nos dias atuais foge de seu objetivo maior que é religar o ser ao Criador.

Temos hoje no cenário religioso uma disputa por "fiéis" onde vale de tudo para ganhar mais seguidores!

Você esta com o demônio no corpo vitimado por magia negra, feitiçaria etc... Coisa de "Pai e Mãe de encosto" Só o Senhor liberta e renova sua vida financeira nestes casos, deixando claro que as coisas "lá em cima" caminham na base da troca e do dinheiro.
Você precisa de oração, venha participar de umas das nossas diversas correntes disso ou daquilo, foi Deus quem trouxe você aqui, mostrando que o "chefe" deve estar muito velho para atender delegando responsabilidade a algumas pessoas somente que se elegem HOMENS DE DEUS, TRATANDO-O COMO O MEU DEUS... Será?

Orixá tal, esta brigando pela coroa de fulano de tal, isso se resolve com "N" trabalhos e demais praticas que mais pregam a filosofia do medo e da incoerência com que tratam Orixás a um custo razoavelmente abusivo onde a "coroa" nunca mostra um "rei ou rainha", mas sempre alguém mal informado e o MEDIANEIRO um MANIPULADOR.

Ainda se você deseja assumir sua total incapacidade arranje um trabalhinho dos "pais e mães de postes" existe um bem na esquina da sua casa (colado a um poste).

Inúmeros são os exemplos que diariamente como os citados acima nos mostram ainda o conceito vago que algumas pessoas fazem sobre RELIGIÃO e DEUS.

O propósito de renovação apresentado por Jesus ia e vai muito além dos templos, catedrais ou terreiros, onde na maioria das vezes imperam o orgulho, a ganância e a vaidade humana.

É preciso saber que a religião é uma ponte, mas pontes também as vezes apresentam necessidade de reformas e renovação e sempre quando tocamos nesta ultima palavra encontramos outra chamada resistência.

Cada um deve saber o que realmente Deus deseja de nós seus filhos, vejam falamos aqui em Deus não as religiões que em sua maioria nos afastam Dele, "como isso ocorre?" você deve estar se perguntando!

Simples, hoje vivemos em um clima competitivo da fé, onde ao invés do perdão, é ensinada a filosofia das penas eternas no "limbo do inferno" onde o mesmo, existe dentro do ser e não fora dele, assim como o conceito de céu, basta lhe ensinarem qual dos dois você deve alimentar.

Quando não, atribuímos as Divindades sejam deste ou daquele credo religioso, a responsabilidade de mudarem nossas vidas e destinos, minha gente, cada um é responsável pelos seus atos e santos meus filhos não carrega ninguém nem seus atos e erros nas costas, o fundamento religioso não é para isso.

Ainda temos a regra de "demanda" onde tudo o que acontece na vida de determinado ser é fruto de seus inimigos que o demandaram com pensamentos, elementos etc... Se esquecendo da lei de causa e efeito tão pouco estudada e valorizada pelo próprio individuo que se julga demandado e, completaríamos: "cego" também.

Apostas com Deus, com Santos, com Orixás, vivemos um clima competitivo dentro do cenário religioso onde todos lutam para serem dentro de sua fé melhores que este ou aquele, será meus filhos que realmente é esta a proposta de Deus???

Será que é esta a função das religiões?

Se abordamos no inicio deste texto que religião tem o papel de religar, deixamos a sugestão para que cada líder religioso e seus seguidores, procurem ligar o perdão, o amor, o respeito e a fraternidade dentro de seus próprios ritos sejam eles quais forem. As mudanças devem partir de dentro para fora, não é?

Cada um deve se preocupar em não deturpar a palavra do Cristo, mas aceita-la e acima de tudo vivenciá-la para que "no grande momento" que tantos falam e muitos criam suas versões, estejamos realmente preparados e não iludidos!

Lembrem-se que todos somos um vaso divino, cabe a cada um refletir sobre o que realmente esta colocando dentro deste vaso e acima de tudo se isso lhe será útil de alguma forma.... Ou talvez ilusório...Ou ainda enganador....

"...lembra-te de onde caíste! Arrepende-te, e pratica as primeiras obras.

Se não te arrependeres, brevemente virei a ti, e removerei do seu lugar o teu candeeiro, se não te arrependeres..." Ap: 2 - 1/6

Pai Antonio das Almas / Géro Maita




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