Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

09/01/2019

Problemas Psiquiátricos ou Psicológicos e a Espiritualidade

Problemas Psiquiátricos ou Psicológicos e a Espiritualidade

Estes sintomas geralmente causam um grande impacto para quem passa por eles, um bom dirigente religioso sempre indicará a medicina para todos os casos que envolverem a saúde, pois, o plano físico e o espiritual andam de mãos dadas, um movimenta o processo evolutivo do outro, por isso a recomendação em casos de saúde é sempre procurar um especialista de nosso plano físico, ou seja, um profissional da área.

Problemas relacionados à mente humana são muito complexos, tanto na parte física como na espiritual. Eu como representante de uma religiosidade, vou falar sobre a parte espiritual e até aonde a mesma pode se envolver ou ser envolvida nesses casos.

Quando alguém está passando por algum desses sintomas, como: surtos psicóticos, depressões, ou algum tipo de síndrome, este passa a ficar vulnerável. Pela falta de senso comum e das percepções, o corpo espiritual, conhecido como perispírito, entra numa oscilação constante, desta forma fica se desdobrando com facilidade e se mantendo um tanto afastado do corpo físico, fazendo por onde, deixar o indivíduo totalmente vulnerável, assim como ocorre no momento do sono, onde o perispírito se desdobra deixando o corpo desprovido e aberto. Em diversos costumes, independente da religiosidade, sempre aprendemos a rezar antes de dormir, isto mostra que muitos mesmo sem saber à fundo o porque disto conhecem tal fundamento, porém, o vendo de maneiras diferentes. Rezamos ou pedimos alguma proteção antes do sono, justamente para chamar bons espíritos, para que os mesmos nos guardem enquanto nosso perispírito se desdobra, evitando que maus espíritos se aproveitem deste momento e suguem nossas energias e fluídos, e também evitando que causem qualquer tipo de dano em nossos pontos mediúnicos.

Ouço muitos casos de pessoas citando que depressões ou surtos podem ser causados por maus espíritos, não duvido, porém, em minha visão acho um tanto raro e de qualquer maneira, a indicação em primeiro lugar deve ser a procura médica ou profissional. Antigamente, era comum até mesmo pela falta de crença, cultura religiosa da época e falta de informações devidas, ocorrer muitos casos de manifestações espirituais involuntárias, no caso as incorporações e também outras manifestações mediúnicas como popularmente dizendo, as pessoas terem visões, escutarem outras pessoas falando e ter muitas intuições certeiras, e essas mesmas eram internadas como insanas, isto ocorria muito antigamente, e muitas pessoas se convenciam que estavam doentes por nunca terem encontrado um caminho espiritual, ou seja, uma orientação devida (é muito importante citar que essas pessoas eram tratadas, mas a medicina não obtinha sucesso, então eram internadas e esquecidas em clínicas ou até mesmo manicômios). Este exemplo do qual citei, é totalmente voltado em outra situação e não nas causas de doenças, atrasos de vida e etc.

Geralmente a doença advém da parte física mesmo, simplesmente por muitos não conseguirem encarar problemas com facilidade ou então se sensibilizarem com diversos fatores, os mais comuns são as paixões, desempregos, conflitos no lar, entre outros. Isso tudo faz com que muitas pessoas fiquem um tanto frágeis, se sentindo pressionadas pela vida e pelas outras pessoas, principalmente as mais próximas, o que acaba resultando em algum tipo de surto ou no mais comum entre a população que é a depressão, nesses casos a primeira coisa a se fazer é procurar ajuda profissional. E aonde entra a parte espiritual? Entra naquilo do qual citei acima, uma pessoa neste estado passa a ficar vulnerável, tanto na sensibilidade com a parte sentimental, como na parte espiritual, pelo fator do qual já citei.

O plano físico reflete o plano espiritual, e no plano espiritual nem tudo são flores, há muito trabalho também, principalmente para manter uma evolução, e pra isso bons espíritos, que vai da hierarquia mais alta até os diversos mentores e Guias espirituais, trabalham em prol da evolução dos planos espirituais e dos planos físicos, e com isso protegem tanto espíritos novos no processo de desencarne como protegem nosso mundo físico de espíritos opositores e obsessores , esses espíritos vivem em torno do mundo físico, uns se fortalecendo e sugando todos os nossos fluídos e energias se abastecendo de ectoplasma, um fluído que somente encarnados oferecem e que é necessário para espíritos se movimentarem em torno do mundo físico, outros espíritos apenas se aproximam para zombar e outros para tentar usufruir da materialidade, dos quais são totalmente perdidos e fora da consciência mental, de qualquer forma, esses espíritos acabam sugando energias e fluídos, todos os bons fluídos, deixando o ser físico (o individuo) fraco, com pensamentos negativos e sem disposição, isso tudo atrapalha os andamentos médicos, ou seja, não colabora para com os tratamentos da medicina.

A solução espiritual não será para curar o indivíduo, mas sim para colaborar com o mesmo, porém, pra isso, primeiramente o mesmo deve acreditar, obter fé, pois, esta emite o maior fluído que facilitará a vinda de bons espíritos. Com esses espíritos opositores ou obsessores ( os famosos ‘’encostos’’ ou Kiumbas) absorvendo todo o conteúdo espiritual da pessoa e danificando o mesmo, a pessoa só tende a regredir em seus tratamentos, pois, é bom lembrar que existe um laço entre a espiritualidade e a matéria, ou seja, se o espírito é prejudicado, o prejuízo acaba refletindo na matéria e vice e versa. Portanto os tratamentos regridem ou estacionam, é o ponto onde a medicina passa a não dar as respostas e se manter do jeito que está.

No caso da Umbanda, se faz procedimentos como uma espécie de ``lavagem espiritual’’, ou seja, afastam-se todos esses espíritos ruins para aproximar bons espíritos, e isso vai do ritual de cada templo e da ordem espiritual maior, não há uma receita exata, cada caso é um caso, isso se faz quando a pessoa está desprovida de qualquer proteção, porque esta automaticamente estará rodeada de maus espíritos e fluídos. Ao aproximar bons espíritos, há uma conciliação com a medicina terrestre, onde os Guias espirituais vão trabalhar para emanar somente bons fluídos, fazendo um ciclo protetor para que maus fluídos não afete o indivíduo e o mesmo possa ter o caminho aberto para os tratamentos médicos, com isso a probabilidade de melhora aumenta, porque unem-se duas forças. Existem casos que a pessoa procura a Umbanda, espiritismo ou outra forma religiosa e é curada, digo com convicção, a espiritualidade não curou a pessoa de sua doença, mas sim os tratamentos médicos, a espiritualidade simplesmente limpou toda a sujeira espiritual para que os tratamentos dessem resultados de onde pararam, sem ter nenhuma interferência, ou tendo as interferências retiradas de seu caminho. A religião colaborou para a cura espiritual, onde a perturbação espiritual estava impedindo os resultados dos tratamentos, como disse a pouco, uma conciliação entre dois lados, o físico e o espiritual. Deixo aqui uma observação, nos casos de doenças crônicas como, por exemplo, a esquizofrenia, a religiosidade ou os Guias espirituais vão agir da mesma forma, protegendo a pessoa, formando um ciclo protetor em sua volta para que espíritos ruins não se aproveitem da situação, os Guias espirituais farão por onde da mesma forma, colaborar com a medicina, deixando o campo aberto para a mesma.

As barreiras que estão entre o mundo físico e o mundo espiritual somos nós mesmos que colocamos, lembrem que os dois se movimentam simultaneamente, independentemente dos fatores evolutivos de cada. Nunca podemos descartar os benefícios da Terra que foram feitos para usufruirmos deles, e se possível, aconselho também a nunca descartarem o suporte espiritual, mas não aconselho a procurá-los como um substituto dos setores físicos, pois, um necessita do outro.

Carlos Pavão




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08/01/2019

Os Pilares da Umbanda

Muitos questionam o porquê das diferenças entre os terreiros, por que há diferenças nos rituais, por que não é feita uma unificação das “umbandas”, por que não há uma padronização geral, que faça da Umbanda uma religião que siga regras igualitárias.

Para começar, a Umbanda não foi uma religião que simplesmente começou do zero aos 15 de novembro de 1908, pois já havia um movimento anterior a esta data, parecido com o que se tornaria a Umbanda, movimento este que surgiu das mudanças das macumbas cariocas, dos candomblés (que abriam exceção e permitiam a passagem de eguns - espíritos de humanos desencarnados), e de grupos kardecistas, que começavam a questionar o processo mediúnico por eles estudado e trabalhado. Só faltava uma diretriz para esse movimento, um precursor e um nome, e ai surgiu Zélio Fernandino de Moraes com o Caboclo das Sete Encruzilhadas.

Desde seu início, o movimento umbandista já mostrava diferenças de rituais, dado os grupos heterogêneos que o antecederam: macumbas, candomblés, kardecistas e outros grupos religiosos que permitiam, de uma maneira ou outra, a comunicação de espíritos. Tentar unir todos esses grupos e impor uma ordem nos primórdios do século XX era impossível. Com isso, o movimento umbandista foi crescendo e com ele, as diferenças dos diversos terreiros, devido ao conhecimento herdado de cada sacerdote de suas religiões anteriores.

Assim a Umbanda cresceu e se espalhou por todo o Brasil e por vários pontos do mundo, mantendo diferenças em rituais, que neste ponto já estavam enraizadas tradições de cada “umbanda”.
Baseado neste breve resumo apresentado acima, veremos os motivos que impedem que a Umbanda seja unificada e outros pontos que aparecerão no decorrer deste texto.

1. Os pilares da Umbanda

Em pouco mais de 100 anos de existência da Umbanda, houve vários congressos, reuniões de federações e discussões acaloradas, onde os pontos unanimemente acordados entre todos são:

a. A Umbanda é a fé;
b. A Umbanda é o amor;
c. A Umbanda é a caridade;
d. A Umbanda é a humildade;
e. A Umbanda é o respeito com o ser humano, com os animais e com a natureza;
f. A Umbanda não pactua com nenhum tipo de discriminação e respeita a liberdade religiosa, a liberdade sexual, a liberdade racial e a liberdade de opinião de todas as pessoas;
g. A Umbanda só pratica o bem e não cobra por atendimentos mediúnicos.

Estes são os pilares da Umbanda, que sustentam todos os templos, terreiros e tendas, que carregam a bandeira da religião.


Os Pilares da Umbanda


Podemos imaginar os pilares básicos da Umbanda dispostos como na figura acima. Os pilares são os fundamentos ou dogmas da Umbanda.

Independentemente da origem religiosa, ou formação sacerdotal do fundador de um terreiro, os pilares da Umbanda não podem ser ignorados, mas devem, em primeiro lugar, serem respeitados e seguidos por todos. Sobre esses pilares, cada sacerdote constrói seu terreiro de acordo com seu conhecimento e sua fé.


Os Pilares da Umbanda



Os Pilares da Umbanda



Os Pilares da Umbanda



Os terreiros podem ser diferentes na forma, no ritual, na formação sacerdotal, mas todos devem estar apoiados nos pilares da Umbanda.

Mas alguns poderão perguntar: e se um desses pilares for quebrado ou mesmo ignorado por um terreiro, ele deixa de ser Umbanda?

Ele continua sendo de Umbanda mas se torna desacreditado ou mesmo evitado pela sociedade, acarretando até o fechamento do mesmo, pois:

  • Um terreiro sem fé não tem vinculo religioso com nada e não consegue repassar a fé aos seguidores; 
  • Um terreiro sem amor só traz discórdia e desavenças entre seus membros; 
  • Um terreiro que não pratica a caridade e que cobra por consultas mediúnicas é abandonado pelos espíritos de luz e fica à mercê de espíritos zombeteiros e brincalhões, não conseguindo o respeito da sociedade; 
  • Um terreiro sem humildade afasta os trabalhadores sérios que buscam carregar a bandeira branca de Oxalá, sobrando apenas aqueles que colocam a vaidade à frente do trabalho; 
  • Um terreiro que sacrifica animais nunca é bem visto pela sociedade, pela crueldade dessa prática; 
  • Um terreiro que desrespeita as pessoas é evitado por aqueles que buscam um lugar de conforto e palavras que curem suas chagas morais e espirituais; 
  • Um terreiro que destrói e emporcalha a natureza é evitado por seguidores que não querem vincular seus nomes com mais problemas ecológicos; 
  • Um terreiro que discrimina por raça, credo, sexo e posição social, é fadado a processos judiciais e consequentemente ao fechamento de suas portas. 




Se um único pilar da base umbandista for tirado ou ignorado por um terreiro, a chance de ruína é grande.

2. Sobre os pilares, as diferenças

Se os pilares de base da Umbanda forem respeitados e seguidos, toda a construção acima disso se torna parte da riqueza de uma religião cheia de rituais, rezas e mandingas, que é capaz de transformar seres humanos em seres divinos, que sabem e sentem que todas as forças e energias de Deus estão ao alcance e a disposição de todos.

As diferenças de rituais, pontos cantados, pontos riscados, etc., deve-se a formação sacerdotal e a fé de cada dirigente em exposição, e é neste ponto que cada um consegue interpretar, à sua maneira, os símbolos umbandistas, ampliando o horizonte de beleza e riqueza da religião.


3. A Verdadeira Umbanda

Como há diferenças entre os terreiros, costumamos dizer que para cada um é praticado “uma umbanda diferente da outra”, e que a Umbanda é feita por várias umbandas. A pergunta óbvia que chegamos é: qual é a verdadeira Umbanda?

Ora, se cada terreiro que respeita os pilares básicos da Umbanda e segue o ritual de acordo com a fé e formação sacerdotal de seu dirigente, aí está a verdadeira Umbanda.

Simples assim. Simples como a Umbanda deve ser.

A Umbanda não é como uma partida esportiva onde uma umbanda joga contra a outra umbanda, ao contrário, é uma religião onde uma deve estar a favor da outra, pois não há o melhor ou o pior, há afinidades e respeito pelas diferenças.


4. Sobre pilares fortes, construímos mundos fortes

A unificação e padronização dos rituais de Umbanda destruiriam a diversidade cultural, religiosa, dogmática e a fé das umbandas já existentes, e por consequência, criaria cargos hierárquicos responsáveis pela ordem religiosa, culminando até mesmo, na criação de um cargo similar ao Papa católico, o que seria um contra-senso umbandista.

Alguns rituais como o batizado e o casamento podem seguir um padrão mais ou menos estabelecido pela maioria dos terreiros para que tenham efeito legal, de acordo com a legislação vigente. No geral, muitos terreiros utilizam uma mesma sequência para o ritual de um trabalho espiritual: defumação, abertura e saudação aos guias da gira, atendimento espiritual, fechamento e despedida dos guias da gira, encerramento.

Há variações e há diferenças, mas isso não invalida a umbanda praticada, o que importa é a união dos membros dessa umbanda para que seja carregada a bandeira de Oxalá e a Umbanda seja difundida e respeitada.

As várias umbandas, construídas sobre os pilares umbandistas, formam uma obra de arte que retrata Aruanda, um local rico e belo, com construções diferentes mas estáveis e fortes.

A.D.






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Como se Proteger do Assédio Espiritual

Como se Proteger do Assédio Espiritual

Sua proteção é você mesmo quem faz. Por isso, não adianta agir de forma negativa, baixar seu nível vibratório e depois rezar, pedir proteção e ajuda. Nenhum mentor espiritual poderá ajudá-lo efetivamente se você desconhece, (ou se conhece a ignora), a Lei da Afinidade (os semelhantes se atraem), uma das Leis Universais.

De acordo com essa lei é seu padrão de energia que irá determinar sua proteção contra os ataques, os assédios espirituais dos seres das trevas. Portanto, qual é a qualidade de sua energia? Que energia você irradia? É a energia que você emana que dará, ou não, acesso aos seres das trevas.

Sendo assim, para que o obsessor espiritual prejudique o obsidiado, ambos precisam consentir, tem que haver um laço de reciprocidade. E qual é esse laço?
É a ira, o ódio, o desejo de vingança, o sentimento de inferioridade, a rejeição, o medo, etc.. Nunca é demais lembrar que, da mesma forma que o amor une, o ódio também une.

Quem odeia, pensa o tempo todo na pessoa execrada, tanto quanto quem pensa sem parar na pessoa amada. Portanto, esses laços de amor, ou ódio, quando encontram reciprocidade, ou seja, quando duas ou mais pessoas compartilham os mesmos sentimentos, acabam por se unir, atraindo-se mutuamente. É assim que funciona a Lei da Afinidade.

Portanto, o assédio espiritual só ocorre porque o assediado - embora não tenha consciência - de alguma forma está ligado energeticamente ao ser espiritual que o assedia, pois ambos estão sintonizados na mesma faixa vibracional.

Desta forma, se o assediado não mudar suas atitudes, não sair dessa vibração, o assédio espiritual irá continuar. Na maioria dos casos, a relação obsessor e obsidiado é algo secular ou mesmo milenar. Por isso, concordo plenamente com a doutrina kardecista quando se refere à reforma íntima, isto é, a necessidade de se fazer um trabalho interior de autoconhecimento para que possamos identificar e mudar -ou pelo menos atenuar- maus hábitos e imperfeições, traços ruins de personalidade, tendências negativas que trazemos de outras encarnações, tais como egoísmo, arrogância, prepotência, maledicência, sentimentos de inferioridade, culpa, baixa auto-estima, auto-desvalorização, ganância desmedida, vícios, fobias, etc..

São esses maus hábitos e imperfeições que realimentamos, que nos tornam vulneráveis aos ataques dos obsessores espirituais. Vale dar aqui duas dicas, sugestões de como se proteger dos assédios espirituais:

  • Não criticar ninguém: não apontar as falhas e os defeitos alheios. Pode acontecer daquela pessoa que você mais critica vir a ser a que mais lhe dará apoio num momento mais doloroso de sua vida;
  • Não julgar, não condenar ninguém: Jesus dizia: "Não julgueis para não seres julgado". O passado nos condena, pois enquanto seres espirituais em evolução, já erramos, cometemos erros, injustiças, prejudicamos as pessoas em outras encarnações com atos que hoje classificaríamos como bárbaros, atrozes, selvagens, mas que na existência passada não víamos dessa forma por falta de esclarecimento, de consciência desperta acerca das Leis Divinas. 
Então, pelo fato de não termos tido um passado louvável, fica claro que não temos nenhuma moral para julgarmos alguém, e é provável que quanto àquilo que a gente julga, tenhamos feito o mesmo e até pior nas vidas passadas. Quem garante que isso não tenha acontecido? O véu do esquecimento do passado nos impede de sabermos. Por isso, é mais sábio e mais prudente não julgarmos; caso contrário, caímos na antiga expressão popular "O sujo falando do mal lavado". Em suma, não alimente o mal, a maledicência, pense somente no bem e viva em paz sob a proteção dos bons espíritos. Por fim, exercite sempre o perdão.

Osvaldo Shimoda




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Refletindo sobre Alguns Conceitos

Refletindo sobre Alguns Conceitos

O conceito de religião nos dias atuais foge de seu objetivo maior que é religar o ser ao Criador.

Temos hoje no cenário religioso uma disputa por "fiéis" onde vale de tudo para ganhar mais seguidores!

Você esta com o demônio no corpo vitimado por magia negra, feitiçaria etc... Coisa de "Pai e Mãe de encosto" Só o Senhor liberta e renova sua vida financeira nestes casos, deixando claro que as coisas "lá em cima" caminham na base da troca e do dinheiro.
Você precisa de oração, venha participar de umas das nossas diversas correntes disso ou daquilo, foi Deus quem trouxe você aqui, mostrando que o "chefe" deve estar muito velho para atender delegando responsabilidade a algumas pessoas somente que se elegem HOMENS DE DEUS, TRATANDO-O COMO O MEU DEUS... Será?

Orixá tal, esta brigando pela coroa de fulano de tal, isso se resolve com "N" trabalhos e demais praticas que mais pregam a filosofia do medo e da incoerência com que tratam Orixás a um custo razoavelmente abusivo onde a "coroa" nunca mostra um "rei ou rainha", mas sempre alguém mal informado e o MEDIANEIRO um MANIPULADOR.

Ainda se você deseja assumir sua total incapacidade arranje um trabalhinho dos "pais e mães de postes" existe um bem na esquina da sua casa (colado a um poste).

Inúmeros são os exemplos que diariamente como os citados acima nos mostram ainda o conceito vago que algumas pessoas fazem sobre RELIGIÃO e DEUS.

O propósito de renovação apresentado por Jesus ia e vai muito além dos templos, catedrais ou terreiros, onde na maioria das vezes imperam o orgulho, a ganância e a vaidade humana.

É preciso saber que a religião é uma ponte, mas pontes também as vezes apresentam necessidade de reformas e renovação e sempre quando tocamos nesta ultima palavra encontramos outra chamada resistência.

Cada um deve saber o que realmente Deus deseja de nós seus filhos, vejam falamos aqui em Deus não as religiões que em sua maioria nos afastam Dele, "como isso ocorre?" você deve estar se perguntando!

Simples, hoje vivemos em um clima competitivo da fé, onde ao invés do perdão, é ensinada a filosofia das penas eternas no "limbo do inferno" onde o mesmo, existe dentro do ser e não fora dele, assim como o conceito de céu, basta lhe ensinarem qual dos dois você deve alimentar.

Quando não, atribuímos as Divindades sejam deste ou daquele credo religioso, a responsabilidade de mudarem nossas vidas e destinos, minha gente, cada um é responsável pelos seus atos e santos meus filhos não carrega ninguém nem seus atos e erros nas costas, o fundamento religioso não é para isso.

Ainda temos a regra de "demanda" onde tudo o que acontece na vida de determinado ser é fruto de seus inimigos que o demandaram com pensamentos, elementos etc... Se esquecendo da lei de causa e efeito tão pouco estudada e valorizada pelo próprio individuo que se julga demandado e, completaríamos: "cego" também.

Apostas com Deus, com Santos, com Orixás, vivemos um clima competitivo dentro do cenário religioso onde todos lutam para serem dentro de sua fé melhores que este ou aquele, será meus filhos que realmente é esta a proposta de Deus???

Será que é esta a função das religiões?

Se abordamos no inicio deste texto que religião tem o papel de religar, deixamos a sugestão para que cada líder religioso e seus seguidores, procurem ligar o perdão, o amor, o respeito e a fraternidade dentro de seus próprios ritos sejam eles quais forem. As mudanças devem partir de dentro para fora, não é?

Cada um deve se preocupar em não deturpar a palavra do Cristo, mas aceita-la e acima de tudo vivenciá-la para que "no grande momento" que tantos falam e muitos criam suas versões, estejamos realmente preparados e não iludidos!

Lembrem-se que todos somos um vaso divino, cabe a cada um refletir sobre o que realmente esta colocando dentro deste vaso e acima de tudo se isso lhe será útil de alguma forma.... Ou talvez ilusório...Ou ainda enganador....

"...lembra-te de onde caíste! Arrepende-te, e pratica as primeiras obras.

Se não te arrependeres, brevemente virei a ti, e removerei do seu lugar o teu candeeiro, se não te arrependeres..." Ap: 2 - 1/6

Pai Antonio das Almas / Géro Maita




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03/12/2018

Os Quatro Elementos na Umbanda

Os quatro elementos na Umbanda

Os Quatro Elementos são: Água, Terra, Fogo e Ar. A teoria dos quatro elementos originou-se na China e depois na Grécia entre os filósofos pré-socráticos, onde a origem da matéria era atribuída ora ao fogo, ora a água. Estes são, na verdade, elementos sutis, ou melhor, estados de mutação da matéria-energia. Esta forma de ver os elementos justifica a ligação entre astrologia e alquimia, que ocorria naquela época.

Os elementos da natureza podem ser associados aos Estados físicos da matéria:

Terra → Sólido
Água → Líquido
Ar → Gasoso

Já o fogo poderia ser associado ao lula Plasma, entretanto ele não é matéria, é energia, portanto, fica fora dessa classificação.

Os 4 elementos é a expressão utilizada para referir-se aos elementos naturais: água, terra, fogo e ar. Essa expressão refere-se ao que seria essencial à vida humana no planeta. Se considerarmos como tipos de matéria que formam a natureza, a expressão está errada pois fogo não pode ser considerado uma matéria natural, pois trata-se do resultado de uma reação química.

Também o conceito de elemento foi mudado pela Química e Física modernas. Considera-se como elemento os diferentes tipos de átomos que formam moléculas, tanto naturais como artificiais (reações induzidas pelo Homem). A água, por exemplo, se constitui na verdade em uma molécula resultante da ligação natural de dois elementos químicos: o oxigênio e o hidrogênio.

A ideia dos 4 elementos clássicos provém dos primórdios da Filosofia. No Ocidente, foi ensinada no período pré-socrático, perdurou na Idade Média e chegou até o Renascimento. Mas o conceito é antigo no Oriente, tendo sido disseminado na Índia e na China, onde encontra-se na base do Budismo e Hinduísmo, principalmente no contexto esotérico. Hoje em dia há quem corresponda os 4 elementos clássicos com os 4 estados da matéria: sólido, líquido, gasoso e plasma.

Em Astrologia, cada elemento influencia um grupo de três signos astrológicos. O ar, por exemplo, influencia os signos Aquário, Gêmeos e Libra.

O ar é essencial a vida e está em toda a parte, nos buracos do queijo, dentro do seu armário, etc. O ar foi presenciado por Priestley no século XVIII.

A água ocupa 70% da superfície da Terra e é essencial para a vida também. Sem água não há vida.

A terra somos nós, seres terrestres, as pessoas, os animais, as plantas, sem nós a terra seria vazia e sem sentido.

O fogo somos nós, visto que é uma mistura de substâncias, o fogo é conhecido por sua energia, nós somos compostos de energia. O fogo também pode ser visto como o Sol, que nos aquece e sem sol não há vida.

ELEMENTO ÁGUA:

A água é considerada um símbolo sagrado na maioria das religiões, incluindo o hinduísmo, cristianismo, judaísmo, islamismo, xintoísmo, xamanismo e Wicca. É simbolizado na alquimia pelo triângulo com a ponta voltada para baixo.

Quase todos os rituais religiosos são realizados na presença deste elemento, geralmente utilizando-se receptáculos como taças, ou simplesmente representados por um rio, lago ou mar, quando as cerimônias são realizadas em campo aberto, ou seja, na natureza.

A água possui um misticismo que envolve quase todas as crenças. Segundo outras crenças, acredita-se que a água tenha alguns poderes especiais, sendo um do tattwas, os cinco elementos básicos da natureza. Na religião wicca, a água é tida como um dos símbolos da Grande Deusa, assim como o cálice e o caldeirão. Nas antigas tradições chinesas, a água é um dos cinco elementos, em conjunto com a terra, o fogo, a madeira e o metal. Nas religiões neopagãs, como é o caso do druidismo, da Wicca e da Asatrú, também existe a crença na existência de cinco elementos constituintes do Universo, sendo eles o Fogo, a Água, o Ar, a Terra e Akasha, sendo este último a manifestação da energia divina.

Água, na astrologia, é um dos quatro elementos que regem o planeta Terra (Fogo, Ar, e Terra) e os signos de Peixes, Escorpião e Câncer. No signo do zodíaco oriental, a água tem a cor preta, o animal é o tigre branco, tem norte como a direção, rege os 3 signos: Cão, Porco e Rato

Possui características opostas às do fogo, como o frio e a retração. Segundo a crença pagã, o fogo e água são os elementos básicos com os quais tudo foi criado. Creem, também, na existência de dois pólos deste elemento:

Pólo positivo (+): construtivo, doador de vida, nutriente e preservador;

Pólo negativo (-): desagregador, fermentador, decompositor e dissipador.

Elemental é o nome esotérico dado aos espíritos existentes na natureza, também conhecidos como seres mitológicos. Dentre os elementais da água que, segundo a crença pagã, seriam capazes de controlar o elemento água e o representar, estão as ondinas, as sereias, a hidra e o hipocampo.

ELEMENTO TERRA:

Definição Esotérica:

Terra é um dos quatro elementos que rege (Água, Fogo, e Ar). É o elemento dos 3 signos de Touro, Virgem e Capricórnio, sendo simbolizado, na alquimia, pelo triângulo com a ponta voltada para baixo, cortado por um traço na horizontal. o planeta terra também rege o Signo de Touro.

A terra tem a cor amarela, o animal é um dragão amarelo, rege Todos os signos do zodíaco oriental. A Terra, como Água e Madeira Tem Pólo (-).

É considerada um símbolo sagrado na maioria das religiões, incluindo o Hinduísmo, e religiões pagãs e neopagãs.

Segundo algumas crenças, acredita-se que a terra tenha alguns poderes especiais. A terra é um dos tatwas (5 elementos básicos da natureza). Na religião Wicca, a terra é tida como um dos símbolos da Grande Deusa, assim como o pentagrama e o sal.

Nas religiões neopagãs, como é o caso do Druidismo, da Wicca e da Asatrú, também existe a crença na existência de cinco elementos constituintes do Universo, sendo eles o Fogo, a Água, o Ar, a Terra e Akasha, este último sendo a manifestação da energia divina.

A terra corresponde ao tattwa Prithivi, e é simbolizada pelo quadrado amarelo. Segundo a mitologia pagã, o elemento terra foi o último dos elementos a se formar, pois pela sua principal característica, a solidificação, ela integra em si o fogo, a água e o ar. Foi essa característica, segundo a crença pagã, que conferiu uma forma concreta aos outros três elementos.

Assim, ao ser criado, criou-se também o limite (entenda-se as leis) do espaço, das dimensões, do peso, e do tempo.

Dentre os elementais da terra que, segundo a crença pagã seriam capazes de controlar o elemento terra e o representar, estão o golem, os gnomos, os duendes, as ninfas, as dríades, os anões mitológicos, os sacis, os faunos, o curupira e todos os seres ligados à terra e à vegetação.

ELEMENTO FOGO:

Definição Esotérica:

O fogo é o elemento dos signos Áries, Leão e Sagitário. Áries é um signo forte, decidido, impulsivo. Leão é egocêntrico, egoísta, amigo, tranquilo. Sagitário é aventureiro, corajoso, preocupado, rancoroso. Fogo Rege Marte, O Planeta da Guerra. Marte rege só um signo do zodíaco ocidental: Áries.

O fogo tem a cor vermelha, o animal é um pássaro de fogo, chamado fênix, rege os 3 signos do zodíaco oriental:  a Serpente, o Cavalo e a Cabra e se associa ao planeta da Guerra e das Batalhas, Marte. O Fogo, como o Metal, Tem Pólo (+).

O fogo é considerado um símbolo sagrado na maioria das religiões, incluindo o Hinduísmo, Cristianismo, Judaísmo, Islamismo, Xintoísmo e Wicca.

Quase todos os rituais religiosos são realizados na presença deste elemento, seja em forma de fogueiras, ou mesmo simplesmente representado por uma vela, possuindo um misticismo que envolve quase todas as crenças.

Segundo outras crenças, acredita-se que o fogo tenha alguns poderes especiais. O fogo é um dos tatwas (5 elementos básicos da natureza hindu). Na religião Wicca, o fogo é tido como um dos símbolos do Grande Deus-Pai, assim como o athame e o bastão.

Nas antigas tradições chinesas, o fogo é um dos cinco elementos, em conjunto com a terra, a água, a madeira e o metal.

O fogo corresponde ao tattwa Tejas, e é simbolizado pelo triângulo vermelho.

Possui características opostas às da água, como o calor e a expansão. Segundo a crença pagã, o fogo e água são os elementos básicos com os quais tudo foi criado. Creem, também, na existência de dois pólos deste elemento:

Pólo (+): construtivo, doador de vida, nutriente e preservador.

Minus (-): desagregador, fermentador, decompositor e dissipador.

Como a luz provém do fogo, crê-se que o fogo foi o primeiro dos elementos originados do Akasha.

Dentre os elementais do fogo que, segundo a crença pagã, seriam capazes de controlar o elemento fogo e o representar, estão a fênix, o dragão e a quimera.

ELEMENTO AR:

Segundo o esoterismo, o ar é um dos quatro elementos que compõem o planeta Terra. O espírito da natureza do Ar é o silfo. No Zodíaco seus signos astrológicos são Libra, Aquário e Gêmeos. É simbolizado na alquimia pelo triângulo com a ponta voltada para cima, cortado por um traço na horizontal.

O ar é considerado um símbolo sagrado na maioria das religiões, incluindo o Hinduísmo, Cristianismo e Wicca. Muitos rituais religiosos são realizados na presença de um símbolo deste elemento. Seja em forma de incenso, ou mesmo simplesmente representado por uma pena.

Segundo outras crenças, acredita-se que o ar tenha alguns poderes especiais. O ar é um dos "tatwas" (cinco elementos básicos da natureza). Na religião Wicca o ar é tido como um dos símbolos do Grande Deus, assim como o incenso e as penas.

O ar corresponde ao tattwa Waju, e é simbolizado pelo círculo azul. Embora, segundo a crença pagã , o princípio do ar tenha sido o terceiro elemento a se formar do Akasha, este é um elemento intermediário entre o princípio do fogo e o da água.

Responsável pelo equilíbrio (neutralização) entre os efeitos passivo e ativo do fogo e da água. Como um intermediário, o princípio do ar herda do fogo o calor, e da água a umidade. Essas características conferem ao princípio aéreo, também, duas polaridades: a positiva (de doação da vida) e a negativa (exterminadora).

Segundo a astrologia, sendo o ar o elemento mais ligado ao espiritual, normalmente seus nativos são equilibrados, e possuem grande inteligência. Os nativos do Ar valorizam a harmonia, justiça e a beleza. Embora Libra, Aquário e Gêmeos não possuam muitos traços em comum, eles preferem sonhar com um mundo ideal do que buscar a realidade. As pessoas nascidas sob esses signos são espertas e pensam rápido, lidando com o abstrato e o incerto muito bem. Se você estiver com alguma dúvida ou dilema, são eles quem você deve procurar, já que adoram analisar, ponderar e chegar a resultados. São ótimos amigos e sabem se colocar no lugar dos outros, tendo, assim, uma perspectiva e uma visão de mundo adaptáveis e misericordiosas. Signos do Ar são muito comunicativos, idealistas e curiosos, apreciam a companhia das pessoas e o conhecimento e informações que elas trazem. O mundo, para esses signos, é um lugar maravilhoso e cheio de coisas novas a serem descobertas. Mas não se iluda com a aparente calma destas pessoas. Eles podem ser leves como uma brisa ou violentos e intempestivos como um tornado, depende de como você lida com eles. Eles podem ser muito tranquilos, mas uma vez ofendidos ou contrariados, seu equilíbrio se quebra e eles partem para o ataque.

Dentre os elementais do ar que, segundo a crença pagã, seriam capazes de controlar o Ar e o representar, estão os silfos, as sílfides, as fadas, os elfos, a harpia e a serpente do mar. Em algumas crenças, os anjos também são considerados seres do Ar.

OS QUATRO ELEMENTOS NA UMBANDA:

Todo procedimento de magia encontrado na Umbanda tem por base a utilização de um ou mais dos quatro elementos da natureza. Isso se justifica porque os Orixás são representações dinâmicas da natureza e são a referência para todo trabalho desenvolvido, tanto a nível de entidades que militam a Umbanda, quanto a nível mágico litúrgico. Os quatro elementos formam a natureza e a Umbanda interage com ela em constantes vibrações energéticas emanadas por estes elementos, eis o fundamento da magia de Umbanda, o fundamento da própria vida na terra. Saber utilizar a água, a terra, o fogo e o ar em benefício comum é ter a ferramenta Divina nas mãos, que aliada ao amor, transforma vidas e alimenta esperanças.

Os benefícios dos quatro elementos para os seres humanos e para os trabalhos da Umbanda são resumidos por Mãe Mônica Caraccio, a seguir:

ÁGUA: A energia da água pode estimular a intuição e ajudar a expressar os sentimentos com mais facilidade. Atua também em questões práticas, como adquirir jogo de cintura em situações complicadas e vencer a timidez. Elemento que simboliza a Vida, que Alimenta, que ‘lava’ (descarga fluídica) e ‘conduz’ (meio condutor de fluidos). Lida diretamente com as questões EMOCIONAIS. As oferendas feitas à beira d’água limpam, sutilizam e magnetizam o corpo astral.

FOGO: A vibração do elemento fogo certamente proporciona mais entusiasmo e otimismo. Potencialmente usado para transformar o sentimento de desânimo, para motivar ações, nos momentos de colocar objetivos em prática e ainda aumenta a criatividade e bom humor. Elemento que simboliza o “espírito vivo”, a purificação e a Luz, é energia purificadora e energética. Lida diretamente com as questões do DESTINO. As oferendas feitas perto do fogo, como é no caso de fogueiras, queima miasmas, larvas astrais e energiza.

TERRA: Este elemento está ligado às conquistas materiais, à saúde e ao trabalho. Sua influência é ideal a quem busca segurança e determinação, para começar um projeto novo ou procurar emprego. Energia transformadora e curadora. Lida diretamente com as questões do FÍSICO. As oferendas feitas diretamente na terra potencializam o magnetismo mental e a concentração energética fortalecendo a pessoa vibratoriamente.

AR: O elemento ar pode ser ativado para desenvolver a inteligência, o lado racional, a memória e a capacidade verbal e corporal. Energia expansora e movimentadora. Lida diretamente com as questões do MENTAL. As oferendas feitas em campos abertos, ativando a energia do ar, dilata os sete corpos e deixa a pessoa mais leve e harmonizada.

Ednay Melo
Fontes de Pesquisa:
Wikipédia
Blog Minha Umbanda





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Cores, Datas Comemorativas e Dias da Semana dos Orixás


Cores, Datas Comemorativas e Dias da Semana dos Orixás

A Umbanda é uma religião que nos dá a oportunidade de escolher a melhor forma de praticá-la, respeitando os valores e crenças de cada um. Na umbanda existem conceitos universais, aqueles que se não forem seguidos não se pode considerar Umbanda, como por exemplo a crença em Deus e nos Orixás, a crença nos trabalhadores que formam as linhas de Umbanda como os Caboclos, os Pretos Velhos e Ibejis, a prática da caridade sem qualquer tipo de cobrança, seja material ou psicológica, não sacrificar animais, o predomínio da cor branca, trabalhos direcionados apenas para o Bem, entre outros. 

A questão das cores dos Orixás, datas comemorativas e dias da semana está confundindo muitos irmãos de fé diante de tantas informações desencontradas, mas que se apreciadas empaticamente, fazem todo o sentido dentro da realidade de cada um. A Umbanda é diversa e cada Terreiro tem a sua doutrina ditada pela espiritualidade que o rege, portanto devemos respeitar todos os conceitos abordados em cada doutrina.

O julgamento precipitado, a crítica que acaricia o ego, a falta de sensatez de discursos superficiais do que não se conhece, prejudica mais do que aclara o entendimento, sem contar que é uma falta de caridade para com o próximo que pensa diferente dele.

Creio que os Orixás e nossos queridos trabalhadores de Umbanda pouco se importam com a forma de determinados ritos e crenças, desde que a intenção seja pura e verdadeiramente para o Bem. Não existem melindres entre a espiritualidade da Umbanda, existe sim entre os umbandistas. É certo que o consenso de pensamentos e ideias determinaria com mais precisão a identidade umbandista, mas se ele nem sempre existe, não pode ser atribuído ao acaso, é mister supor que predomina na espiritualidade umbandista o respeito pela liberdade de consciência, ausente em muitos de nós.

Feita esta pequena introdução sobre a diversidade na Umbanda, vamos agora falar um pouco sobre este tema de acordo com a doutrina da nossa Casa, a Tenda de Umbanda Luz e Caridade:

Vamos começar pelas cores que são dadas aos Orixás. Percebemos que as cores que os representam têm significado apenas para nós encarnados, que precisamos sempre de um referencial para conduzir a nossa fé. Os Orixás são luzes que emanam do Criador para todos, em todas as circunstâncias que se fizer necessária a sua atuação, vibram em todas as cores e principalmente na cor que adotamos para cultuá-los. 

De acordo com a cromoterapia, ciência que utiliza as cores para restabelecer a saúde, cada cor tem um significado e transmite um tipo de energia. Existem as cores vibrantes como a vermelha, laranja e a amarela, as cores equilibradoras como o azul, rosa, lilás, as cores tranquilizantes que remetem a paz, como o branco e a cor neutra como o marrom e o preto. 

As cores são também classificadas de acordo com a temperatura:

Cores quentes remetem à sensação de calor e dinamismo: vermelha, laranja, amarela
Cores frias remetem à sensação de frio e suavidade e estão associadas à água: azul, verde, violeta
Cores neutras remetem à sensação de neutralidade: marrom, cinza, bege

Na Umbanda, podemos aplicá-las também na representação que se aproxima da cor dos elementos de cada Orixá, ou do fenômeno da natureza, ou do seu reino específico, bem como na característica de personalidade dos seus filhos. Então, diante dessas informações adotamos as seguintes cores em nossa Casa, concordando com algumas cores já adotadas em alguns segmentos de Umbanda:

PAI OXALÁ - COR BRANCA: representação maior da fé, cor que remete à paz espiritual e ao mais evidente simbolismo da Umbanda, igualdade entre todos. O branco está presente em todas as cores e Pai Oxalá está presente em todos os Orixás.

De acordo com a física, quando a luz branca incide numa das faces de um prisma óptico, ocorre a dispersão da luz nas sete cores, o que também nos remete ao Pai Oxalá se expandindo através dos sete Orixás Sagrados.

IANSÃ - COR AMARELO-DOURADO OU COR DE MEL (a cor dourada ou cor de mel são variações da cor amarela): O maior simbolismo de Iansã é o raio, e neste predomina a cor amarela, além do que a cor amarela é uma das cores mais velozes, onde a velocidade é uma das características desta Orixá. A cor amarela é também cor quente e vibrante que melhor representa esta Orixá que também é do fogo e muito dinâmica.

OXUM - COR AZUL ROYAL: O maior simbolismo de Oxum é a água, o azul royal é a cor que se forma no encontro da água do rio com o mar. O azul é cor fria que remete à suavidade e ao equilíbrio, e a principal característica desta Orixá é favorecer o equilíbrio emocional.

OGUM - COR VERMELHA: Símbolo do fogo, cor que sugere altivez, dinamismo, força para o combate, em momentos de luta o "sangue pulsa nas veias", diz o ditado popular. Os romanos utilizavam a bandeira vermelha nas batalhas para estimular as glândulas endócrinas, que ajudam a liberar adrenalina, aumentando o nível de energia. Ogum é Orixá do fogo e da impulsividade, considerado guerreiro de Umbanda e no nosso entendimento a cor vermelha é a que melhor lhe representa.

XANGÔ - COR MARROM: Cor neutra, que remete à imparcialidade e neutralidade, requisitos imprescindíveis para se fazer justiça, atributo principal deste Orixá. O marrom também é a cor que mais se aproxima da cor do elemento terra, elemento do Orixá Xangô. 

OXÓSSI - COR VERDE: Cor que melhor representa o reino específico deste Orixá: as matas. Cor fria que também sugere paciência e equilíbrio, características fundamentais para se acertar um alvo, como numa caça. Oxóssi é caçador!

IEMANJÁ - COR AZUL CLARA: Cor que melhor representa o reino específico desta Iabá: o mar. O azul é cor fria que favorece à intuição, à devoção e à tranquilidade, características desta Orixá.

OMULU - CORES PRETA E BRANCA: Cores que melhor representam os extremos opostos. Omulu é o Orixá da transformação, auxilia no encaminhamento das almas após o desenlace do corpo físico, portanto, está entre a vida e a morte, que são simbolicamente os extremos opostos, podendo-se atribuir o branco para a vida e o preto para a morte.

EXUS - CORES PRETA E VERMELHA: Tradicionalmente, a cor preta é associada às trevas, que é o principal campo de atuação dos nossos guardiães e a cor vermelha é associada ao arquétipo de bravura, luta e dinamismo, principal característica dos Exus de Lei. A cor vermelha também é atribuída ao Orixá Ogum que direciona a Lei para que os Exus a façam cumprir, dessa forma, os Exus trabalham sob a vibração do Orixá Ogum, compartilhando entre eles a cor vermelha.


Agora passaremos a falar um pouco das datas comemorativas dos nossos Orixás. Seguimos as datas comemorativas da nossa região, simples assim. E por quê? Porque acreditamos na sábia frase de Jesus: "quando duas ou mais pessoas estiverem reunidas em meu nome, eu lá estarei!". Se em uma região a maioria dos fiéis vibram e emitem seus pensamentos para aquela força que designa um Orixá, é mais provável que a sintonia e o alcance dos objetivos sejam mais evidentes, adotamos a famosa frase "A união faz a força". Na nossa região, por exemplo, o dia consagrado para Iemanjá é 8 de dezembro, onde é sincretizada com Nossa Senhora da Conceição. Para nós não faz nenhum sentido louvá-la no dia 2 de fevereiro, data consagrada a esta Orixá no sul e sudeste do país. Então, para nós, as datas comemorativas dos Orixás e entidades de Umbanda, são:

OXÓSSI: 20 DE JANEIRO (Sincretizado com São Sebastião)
OGUM: 23 DE ABRIL (Sincretizado com São Jorge)
PRETOS VELHOS: 13 DE MAIO (Dia da libertação dos escravos)
POVO CIGANO: 24 DE MAIO (Dia de Santa Sara Kali)
XANGÔ: 24 DE JUNHO (Sincretizado com São João)
OMULU: 16 DE AGOSTO (Sincretizado com São Roque)
EXUS: 24 DE AGOSTO (Tradicionalmente, é considerado um mês de mau agouro e estas entidades estão mais diretamente ligadas ao combate do mal)
IBEJIS: 27 DE SETEMBRO (Sincretizado com São Cosme e Damião)
OXUM: 16 DE JULHO (Sincretizada com Nossa Senhora do Carmo)
IANSÃ: 04 DE DEZEMBRO (Sincretizada com Santa Bárbara)
IEMANJÁ: 08 DE DEZEMBRO (Sincretizada com Nossa Senhora da Conceição)
OXALÁ: 25 DE DEZEMBRO (Sincretizado com Jesus Cristo)


Passaremos agora aos dias da semana. Desde tempos remotos, os dias da semana são atribuídos aos astros, com forte influência da mitologia greco-romana, desta forma, com relação aos dias da semana de vibração maior de cada Orixá, adotamos o seguinte esquema:

SEGUNDA-FEIRA - IEMANJÁ: Dia do astro lua, lua é deusa greco-romana que refere-se à Grande Mãe, principal atributo desta Orixá.

Obs:
SEGUNDA-FEIRA também é dia de vibração maior de: OMULU, PRETOS VELHOS, EXUS GUARDIÃES: Dia adotado tradicionalmente ao combate às energias trevosas, ao descarrego de energias densas. Estas entidades trabalham mais diretamente com elementos para o desmanche de magias e de influências negativas. O mar é grande fonte de descarrego energético, o mar de Iemanjá!

TERÇA-FEIRA - OGUM: Dia consagrado a Marte, o deus romano da Guerra, equivalente a Ogum, nosso General de Umbanda.

QUARTA-FEIRA - IANSÃ: Dia do astro mercúrio. Mercúrio é nome romano cujo deus tem muitas atribuições, uma delas é ser o deus das almas dos mortos, que as encaminham após a morte, assemelha-se a uma das atribuições da Orixá Iansã. Para os gregos o nome Hermes equivale a Mercúrio, que representa velocidade, astúcia, equilíbrio (par com Xangô), diplomacia, comunicabilidade e todo tipo de atividade mental, características que identificam a Orixá Iansã. De acordo com a mitologia romana, é dia consagrado ao deus Mercúrio, que também influenciou o nome do elemento mercúrio cuja principal característica é a rapidez dos voos, que equivale a representação dos ventos de Iansã. Xangô é o seu par de equilíbrio com o elemento terra e a representação do seu reino natural que são as pedreiras, simbolicamente, elementos fixos e firmes em equilíbrio com a inconstância dos ventos.

QUINTA-FEIRA - XANGÔ e OXÓSSI: Dia do astro júpiter, associado a Zeus que na mitologia grega é o deus dos céus e do trovão, fenômeno natural atribuído ao Orixá Xangô. Júpiter é conhecido como "o grande benéfico", simboliza o máximo da expansão. Rege questões ligadas à filosofia, ao comportamento humano em geral e à ética. A influência de Júpiter também favorece a expansão do conhecimento, a prosperidade e a fartura, características do Orixá Oxossi.

SEXTA-FEIRA - OXUM: Dia consagrado ao astro Vênus, que na mitologia romana equivale a deusa venus, deusa do amor, da fertilidade e da beleza, atributos da Orixá Oxum.

SÁBADO - OMULU: Dia do astro saturno. Divindade romana complexa, que representa o tempo e a terra, reina no sábado. Na astrologia saturno é símbolo complexo que atrai elementos deletérios de outros planetas, equivale à complexidade do Orixá Omulu, por ser o Orixá base para a atuação de todos os outros Orixás, assim como a terra é a base para a construção de toda edificação.

DOMINGO - OXALÁ: Dia consagrado ao astro rei: o sol, intimamente relacionado com as qualidades atribuídas ao Pai de todos nós, Pai Oxalá. O sol está ligado ao arquétipo de realeza, grandeza, luz, equilíbrio de todos os planetas e sustentação da vida, assim como Pai Oxalá representa o princípio e a razão de todas as coisas.

Como vimos acima, as cores, datas comemorativas e dias da semana consagrados aos sete Orixás básicos da Umbanda e adotados na Tenda de Umbanda Luz e Caridade, têm o respaldo de uma justificativa coerente e consciente e esperamos, de alguma forma, contribuir com o aprendizado dos que buscam aliar a fé e a razão aos conceitos e práticas umbandistas.

Ednay Melo


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Como nos Beneficiar da Umbanda

Como nos Beneficiar da Umbanda - Por Ednay Melo


Como nos Beneficiar da Umbanda

Partindo da premissa de que só se podem obter os benefícios quando se sabe usar as ferramentas adequadas para todo e qualquer empreendimento, resolvemos escrever este texto sobre como nos beneficiar da nossa amada religião de Umbanda.

Em primeiro lugar, devemos estabelecer claramente para nós mesmos o que esperamos da religião. Resolver um problema mundano, por exemplo, adquirir um emprego, um amor, saúde ou resolver problemas familiares, requer acima de tudo o cumprimento da Lei de nosso Pai Maior que é a Lei do Merecimento. Mas que Lei é esta?

A Lei do Merecimento está ligada a Lei de Causa e Efeito, lei natural de que todo efeito tem uma causa, fato incontestável em todos os segmentos da ciência, filosofia e religião.

Partindo deste princípio, nada nem ninguém pode mudar uma situação que nós mesmos criamos. Só cabe a nós a mudança. Podemos nos perguntar: "Mas eu não criei a doença!" Sim tem casos em que se cria a doença. Nós criamos as doenças do nosso corpo através dos pensamentos e sentimentos, que geram as doenças chamadas psicossomáticas e exceto estas, as doenças são provocadas por ações indevidas ou pelo processo natural de desgaste orgânico, e se são naturais, são imprescindíveis.

A religião de Umbanda nos oferece meios para resolver os nossos problemas, mas não da forma a qual desejamos que é sempre a forma mais cômoda: ir ao terreiro e passivamente esperar os resultados. Devemos ter fé em Deus e em nós mesmos e estarmos dispostos à mudança, à reforma íntima. Com o coração puro e o sincero desejo de se melhorar os nossos Mentores e Guias com certeza mostrarão o caminho, auxiliarão no que for possível no universo mágico da Umbanda. E se o problema for cármico, que precisa ser vivenciado em respeito à Lei Maior, receberemos o conforto necessário para viver esta fase com paz e equilíbrio.

Ainda têm aquelas pessoas que querem resolver um problema de desmanche de magia negativa que supõem serem vítimas. Voltamos a salientar que tudo depende primeiramente de nós. Neste caso, reflitamos sobre os conceitos da ciência espírita e física: tudo é sintonia! Assim, não somos tão vítimas quanto pensamos e se está havendo influência negativa espiritual é porque existe algum pensamento ou atitude nossa que está abrindo a porta para este espírito menos esclarecido nos influenciar. Mas se temos consciência que tentamos nos melhorar sempre, cultivando as virtudes, o primeiro passo é não dar poder a esta influência negativa e através da nossa Umbanda iremos desmanchar a magia negativa com a magia do amor, auxiliando estes irmãos equivocados que se comprazem no mal e com isto sofrem, após este primeiro e fundamental procedimento, a Umbanda também se utiliza de elementos magísticos para promover o reequilíbrio das partes envolvidas neste processo.

E as pessoas que procuram a nossa Umbanda em busca de uma religião que lhes despertem o sagrado no íntimo do seu ser, que querem participar desta família para somar e dividir a luz e a caridade em prol da sua evolução espiritual, a estas pessoas sugerimos, primeiramente, que encontrem uma Casa cuja doutrina esteja próxima de suas convicções e princípios, nunca faça comparação entre uma e outra Casa, porque dentro da diversidade umbandista cada Casa tem sempre algo novo a nos oferecer e muitas vezes precisamos reformular conceitos aprendidos, enfim, precisamos "desapegar" para estar aberto ao novo. No mais, é ter paciência e aguardar a sua resposta vir naturalmente, com a nossa vivência em Terreiro podemos observar que os nossos próprios Guias nos sinalizam quando o caminho é o certo, podemos sentir uma enorme emoção aos primeiros contatos com este Terreiro, este sentimento surge em diversas pessoas bem-intencionadas, que têm a boa vontade de se dedicar à prática da caridade.

Esperamos que este texto possa trazer um pouco de esclarecimento e benefício às pessoas que procuram a nossa Umbanda para resolverem os seus problemas imediatos, e às pessoas que buscam nela o crescimento espiritual, lembrando que teremos um maior benefício dos ensinamentos quando o nosso coração estiver aberto para recebermos as mensagens dos nossos Guias, através da nossa própria consciência.

Livro Umbanda Luz e Caridade - Cap. 1 - Ednay Melo





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