Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

24/10/2018

Posso Incorporar em qualquer lugar?

Posso Incorporar em qualquer lugar?

Se uma pessoa tem que trabalhar e se a mesma não entrar para o Centro, ela pode receber algum guia na rua, no trabalho ou em qualquer lugar?

Não! Um guia, protetor ou entidade de luz não irá jamais expor uma pessoa ao ridículo ou a situações constrangedoras incorporando em lugares públicos.

O fato é que a pessoa sendo médium e não desenvolvendo a mediunidade não faz com que deixe de ser médium. O que ocorre é que a sua mediunidade ficará “embrutecida” e desamparada expondo-a a ação de espíritos trevosos, que, esses sim, podem se manifestar em lugares públicos expondo a pessoa a situações embaraçosas.

Importante ressaltar é que ser médium é uma oportunidade que recebemos de Zambi (Deus) para expurgar parte de nosso karma. Negar ou fugir disso não ajuda em nada. O importante é aprender a lidar com isso. E a melhor maneira é desenvolvendo.

A religião ou a Umbanda deve entrar em nossas vidas para nosso crescimento enquanto pessoas. Nunca deve ser imposta.

Não concordo com fórmulas impostas, entretanto sabemos que existem pessoas e pessoas. Cada um com seu karma, merecimento, missão e vontade.

É claro que todo ato nosso tem consequências, resta saber se estamos dispostos a arcar com elas.

É óbvio também que se acreditamos que antes de encarnar assumimos alguns compromissos com o objetivo de resgatarmos o nosso karma, e nesses compromissos assumidos estão envolvidas entidades de Umbanda que nos auxiliarão nesse processo, ao nos recusarmos a trabalhar num terreiro de Umbanda, ao nos recusarmos a ouvir os convites feitos pelas nossas entidades para obrarmos o bem, estaremos nos expondo a não cumprirmos com o prometido.

É claro que existem outras formas de fazermos caridade. É bem verdade que com o concurso de um terreiro, de uma corrente essa tarefa fica facilitada, já que era isso que estava “combinado”.

Fazer parte de uma corrente facilita a nossa comunhão com Deus e com os espíritos do bem, mas não adiantará de nada o médium estar dentro de uma corrente contrariado.

Como dissemos anteriormente, nossos atos geram consequências, resta saber se estamos dispostos a arcar com elas.

Iassan Pery


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Médium de Incorporação e Cuidados


Médium de Incorporação e Cuidados


Dentro do trabalho mediúnico o médium de incorporação se desgasta em sua nobre missão de levar o bem, a cura, a caridade, o desgaste do médium é grande e sua recuperação é mais lenta do que parece.

Quando o médium de incorporação abre o caminho de seus guias para que eles utilizem o seu corpo como meio de levar suas palavras e seus conhecimentos aos consulentes, não só suas palavras são utilizadas, mas também muita de sua energia vital. Também quando uma entidade sobe ou deixa o corpo do médium, seja lá por qual seja o termo que você esteja mais acostumado a utilizar, também ficam energias que devem ser novamente equilibradas.

Para que o médium de incorporação possa efetuar o seu trabalho de forma plena e que consiga manter uma linha de comunicação única com seus guias, é necessário que o mesmo tome alguns cuidados.

Jejum é Fundamental

No dia do trabalho mediúnico o médium de incorporação deve se manter o mais limpo possível, para tanto o mesmo deve fazer alguns jejuns são eles:


Carne Vermelha

Evite ao máximo consumir carne vermelha antes dos trabalhos de incorporação o ideal é que se passe pelo menos 24 horas sem consumir carne vermelha.


Jejum Sexual

O médium de incorporação tem a obrigação de não manter relação sexual pelo menos 24 horas antes dos trabalho. O ideal seria manter essa prática por pelo menos 48 horas. Numa relação sexual as energias são misturadas e cada um dos seres envolvidos, tanto o homem quanto a mulher ficam com uma vibração diferenciada depois do ato sexual.


Bebida Alcoólica

De uma forma geral, o médium de incorporação tem como obrigação não fazer a utilização de álcool de forma excessiva, o correto mesmo é que o médium de incorporação nunca consuma álcool, já que essa droga age sobre a energia vital da pessoa e ainda deixa um cheiro por mais de 24 horas exalando pelos seus poros, esse cheiro atrai espíritos de outras vibrações o que sempre fará muito mal para o médium de modo geral, sendo assim o médium de incorporação deve estar pelo menos a 48h sem consumir nenhum tipo de bebida alcoólica.


Esteja Descansado e Concentrado

Fazer um trabalho de meditação e de concentração é fundamental, já que em alguns casos os trabalhos podem durar várias horas e quanto mais durar essa incorporação mais energia é despendida por parte do médium, se possível, no dia do trabalho mediúnico, durmo por pelo menos uma hora a mais, o correto seria fazer este descanso 3 horas antes do início do trabalho. Após acordar fique pelo menos mais uns vinte minutos se concentrando e meditando, consiga o máximo de aproximação possível dos seus guias.

Preserve suas energias na véspera e ante véspera.

O médium de incorporação já sabe que de um modo geral não deve frequentar lugares de baixa vibração como bares, boates e locais não próprios para a espiritualidade, sendo isso uma regra. Esse cuidado deve ser redobrado nos dois dias anteriores ao trabalho mediúnico. Frequentar esses lugares além de trazer grande atrapalho para a sua vida de um modo em geral ainda irá atrapalhar todo o seu desenvolvimento mediúnico próximo de um dia trabalho.


Além desses cuidados é também de fundamental importância tantos outros que a grande maioria já conhece, mas o importante de tudo é saber que um médium não deve fazer trabalhos de incorporação sem um resguardo mínimo de 48 horas, isso o preserva e mantem suas vibrações em dia.

Siga esses conselhos pois ajudam muito e mesmo os médiuns mais experientes podem as vezes esquecer de alguns deles e isso pode refletir no seu trabalho. E se isso refletir no seu trabalho os maiores prejudicados serão os consulentes que confiam naquela determinada entidade, mas seu médium não faz a parte dele.

Autor desconhecido






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Vejo Tudo! Estou Mistificando?

Vejo Tudo! Estou Mistificando?

O grande medo de todo médium que inicia sua caminhada na Umbanda é o da incorporação consciente. Nove entre dez médiuns sentem-se inseguros em suas primeiras incorporações. 

É muito comum ouvirmos frases do tipo “Eu vejo tudo, não posso estar em transe”. A culpa dessa dúvida que assola nossos terreiros é dos próprios dirigentes que não esclarecem aos iniciantes como é esse processo e dos irmãos mais antigos que insistem em dizer que são totalmente inconscientes, talvez para valorizar a sua (deles) mediunidade ou com medo de serem tachados de mistificadores.

Acalmem-se todos! Há muitos anos as entidades deixaram de usar a inconsciência como fator preponderante para o bom trabalho exercido pelo médium. Muito pelo contrário, hoje sabemos que noventa e cinco por cento dos médiuns são conscientes ou semiconscientes. A inconsciência completa é muito rara e pouquíssimas vezes revelada, justamente para não causar essa insegurança tão presente em nossa religião.

Pensemos no exemplo da água misturada ao açúcar. Quando adicionamos um ao outro teremos um terceiro liquido inteiramente modificado, mas com ambos os elementos nele. Assim se processa a incorporação, a mente do médium aliada à energia gerada pela entidade que se aproxima , unem-se em perfeita harmonia e conseguem, utilizando os conhecimentos de ambos, um trabalho mais compacto e correto. Não se acanhem em dizer que são conscientes, pois a insistência dessa postura pode levá-los a falhas que aí sim, darão margens à suspeitas de mistificação.

Nos primeiros anos da Umbanda havia a necessidade da inconsciência, os médiuns tinham vergonha de entregar-se ao trabalho sem reservas. Como deixar que um espírito se arrastasse pelo chão falando como criança? Ou ainda sentasse em um banco com um pito na boca? Eram atitudes que assustariam o aparelho e o levariam a afastar aquela entidade. Com a evolução constante da lei, todos conhecem perfeitamente as capas fluídicas que nossas entidades usam e não existe mais a necessidade delas esconderem de seus médiuns a forma com que se apresentam.

O cuidado a se tomar nos terreiros cabe aos dirigentes com informação e doutrina abundante para que o velho fantasma da insegurança se afaste de vez de nossas casas.

Luiz Carlos Pereira



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Os Pontos Cantados

Os Pontos Cantados

Um dos fundamentos de vital importância para a harmonização e eficácia dos trabalhos dentro de um templo umbandista é, sem dúvida, o que diz respeito aos Pontos Cantados (curimbas).

Em tempos imemoriais, o homem materialista e ligado quase que exclusivamente aos aspectos físicos que o circundavam, tomado de profundo vazio consciencioso, resolveu traçar caminhos que o fizesse resgatar a verdadeira finalidade de sua existência. Alicerçado em princípios aceitáveis, passou a buscar o elo de ligação para com o Criador, a fim de se redimir do tempo perdido e desvirtuado para outras ações.

Uma das formas encontradas para a reaproximação com o Divino foi a música, onde se exprimiam o respeito, a obediência e o amor ao Pai Maior. Desta forma, os cânticos tornaram-se um atributo socio-religioso, comum a todas as religiões, onde cada uma delas, com suas características próprias, exteriorizavam sua adoração, devoção e servidão aos desígnios do Plano Astral Superior.

A Umbanda, nossa querida religião anunciada no plano físico em 15 de novembro de 1908, em Neves, Niterói RJ, pelo espírito que se nominou Caboclo das Sete Encruzilhadas, também recepcionou este processo místico, mítico e religioso da expressão humana. Nos vários terreiros espalhados pelas Terras de Pindorama (nome indígena do Brasil), observamos com fé, respeito e alegria os vários pontos cantados ou curimbas, como queiram, sendo utilizados em labores de cunho religioso ou magístico.

Em realidade os Pontos Cantados são verdadeiros mantras, preces, rogativas, que dinamizam forças da natureza e nos fazem entrar em contato íntimo com as Potências Espirituais que nos regem. Existe toda uma magia e ciência por trás das curimbas que, se entoadas com conhecimento, amor, fé e racionalidade, provocam, através das ondas sonoras, a atração, coesão, harmonização e dinamização de forças astrais sempre presentes em nossas vidas.

A Umbanda é capitaneada por sete Forças Cósmicas Inteligentes, que são as principais e que, por influência dos Pretos-Velhos, receberam os nomes de Orixás, sendo que a irradiação ou linha de Oxalá (Cristo Jesus), precede todas as demais, razão pela qual as comanda. Todas estas irradiações têm seus pontos cantados próprios, com palavras-chave específicas e a justaposição de termos magísticos, de forma que o responsável pela curimba deve ter conhecimento do fundamento esotérico (oculto) da canção.

Temos visto em algumas ocasiões determinadas pessoas até com boas intenções, mas sem conhecimento, puxarem pontos em horas não apropriadas e sem nenhuma afinidade com o trabalho ora realizado. Tal fato pode causar transtornos à eficácia do que está sendo feito, uma vez que podem atrair forças não afetas àquele labor, ou ainda despertar energias contrárias ao trabalho espiritual.

Quanto à origem, os pontos cantados dividem-se em Pontos de Raiz (enviados pela espiritualidade), e Pontos terrenos (elaborado por pessoas diretamente) Os Pontos de Raiz ou espirituais jamais podem ser modificados, pois constituem-se em termos harmônio metricamente organizados, ou seja, com palavras colocadas em correlação exata, que fazem abrir determinados canais de interação físico-astral, direcionando forças para os mais diversos fins.

No que concerne aos Pontos cantados terrenos, a Espiritualidade os aceita, desde que pautados na razão, bom senso, fé e amor de quem os compõe.

Às vezes, porém, nos deparamos com algumas curimbas terrenas que nos causam verdadeiro espanto, quando não tristeza. São composições sem pé nem cabeça, destituídas de fundamento, com frases ingênuas e sem nenhum nexo, chegando algumas a denegrirem os reais valores Umbandistas.

Cantam curimbas por aí dizendo que Exu tem duas cabeças; que Bombogira (Pomba-Gira) é prostituta e mulher de sete maridos; que Preto-Velho é feiticeiro e mandingueiro; que o Orixá Nanã mora na lama dos rios; que Ogum é praça de cavalaria, e outras incoerências mais.

E quanto ao plágio (cópia adulterada), leitores ? Aí é que a questão se agrava. É que alguns espertos andam a visitar terreiros, ouvindo e decorando pontos pertencentes àqueles templos. Voltam à tenda onde trabalham ou dirigem, e começam a cantar os pontos aprendidos, com algumas alterações, para disfarçar é claro, e dizem a terceiros que as curimbas são de sua autoria ou de suas entidades. Além de modificarem pontos que podem ser de raiz, estão sujeitos a serem desmascarados quando alguém toma conhecimento da origem e da real letra das curimbas.

Quanto à finalidade, os Pontos Cantados podem ser:

Pontos de chegada e partida; Pontos de vibração; Pontos de defumação; Pontos de descarrego; Pontos de fluidificação; Pontos contra demandas; Ponto de abertura e fechamento de trabalhos; Pontos de firmeza; Pontos de doutrinação; Pontos de segurança ou proteção (são cantados antes dos de firmeza); Pontos de cruzamento de linhas; Pontos de cruzamento de falanges; Pontos de cruzamento de terreiro; Pontos de consagração do Congá e outros mais, consoante à finalidade a que se destinam.

Vimos pelo acima exposto que as curimbas, por serem de grande importância e fundamento, devem ser alvo de todo o cuidado, respeito e atenção por parte daqueles que as utilizam, sendo ferramenta poderosa de auxílio aos Pretos-Velhos, Caboclos, Exus e demais espíritos que atuam dentro da Corrente Astral de Umbanda.

Jornal de Umbanda Sagrada






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17/10/2018

O Preparo é Essencial

O Preparo é Essencial

Atualmente, muitos médiuns sedentos pelas alegorias tentam ingressar na espiritualidade movidos pelo fascínio do fenômeno da incorporação, despreocupados ou diria "despreparados" com a questão doutrinária.

Rememoramos aqui a época de Atlântica e Lemúria, onde um iniciado começava sua trajetória iniciática aos 7 anos de idade e a concluía por volta dos 40 anos, onde se devidamente preparado se encontrava apto para conduzir os mistérios que a ele foram confiados.

Hoje a alegoria toma a frente antes do preparo e isso abre o palco dos exageros vistos em diversas vertentes religiosas, principalmente as que valorizam o sagrado ato da incorporação.

Um Avatar, antes foi um aluno dedicado que se preparou e se dedicou as oportunidades de aprendizado que permitiram seu amadurecimento espiritual.

Muitos médiuns hoje, abominam o estudo e acima de tudo a lógica dos seres "extrafisicos" que dizem receber, mas o espetáculo que presenciamos dentro de alguns locais nos levam a crer que muitas destas manifestações não passam de "animismo" ou muitas vezes infelizmente " exteriorização" de algo que já se levava dentro de si.

Colegas de jornada, Deus nos da uma grande oportunidade no aprendizado, pois ele nos permite estarmos devidamente preparados para as responsabilidades que iremos assumir.

Caridade não se pratica somente com ato da incorporação, diríamos que a mesma se expande de forma mais ampla em nossos pensamentos que se estendem nas atitudes de nosso cotidiano.

Dentro da atividade mediúnica, valorizemos a oportunidade de aprendizado com o preparo essencial para cumprimos nossos compromissos com o mais alto.

A árvore antes de estar preparada para dar seus frutos, tem 12 meses de jornada para prepará-los e antes originou-se de uma simples semente.

Tudo na vida tem seu momento certo e para que tudo dê certo, se faz necessário que abandonemos a preguiça e o descaso com as coisas sagradas e se desejamos seriamente servir aos propósitos mais elevados saibamos que sem preparo nada acontece como previsto.

Reflitam e saibam que o ato de incorporar espíritos se feito com irresponsabilidade só nos aumenta nossa conta carmática,a antes devemos nos preparar com estudo, bom senso e acima de tudo, espírito voltado para a caridade.

"Quando o trabalhador esta pronto, o trabalho aparecerá"

Zigh um hindu nas terras do cruzeiro...
Mensagem recebida por Géro Maita





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15/10/2018

Umbandistas, Graças a Deus!

Umbandistas, Graças a Deus!

Inconcebível!

Assim podemos definir o comportamento de alguns umbandistas, ou ditos umbandistas, no tocante a certos hábitos e posturas que denigrem a si, como membros de um segmento religioso que são e mais grave, maculam o SAGRADO NOME UMBANDA.

Do que se trata?

Trata-se de um assunto muito sério e que merece especial atenção de dirigentes, médiuns e assistentes que compõem este maravilhoso corpo religioso que é a UMBANDA.

É que, movidos por ignorância, descriminação e preconceito em relação a nossa religião, sempre fomos vistos pelos inimigos da Umbanda como macumbeiros, termo pejorativo utilizado para desqualificar-nos e as nossas práticas religiosas.

E a situação se agrava na medida em que alguns integrantes de nossa religião, quando vítimas de tal impropério, ao invés de reagirem, repudiarem e repelirem esta investida maléfica acabam silenciando, ou pior, absorvendo a ofensa como algo natural, achando graça e rindo da estampa negativa que lhes colam na testa.

E você, amigo leitor, pensa que para por aí?
Não, não para!

Porque infelizmente temos maus umbandistas dentro da religião.

Dissociados das verdadeiras bases e diretrizes da Umbanda, e num misto de irresponsabilidade e falta de consciência religiosa, quando indagados sobre qual religião professam, respondem da seguinte forma:

"- Ah! Sou macumbeiro"
Ou ainda em dias de sessão no terreiro, quando exclamam:

"- Hoje vou à macumba".

Para estes que assim agem vai o devido esclarecimento, necessário para que não mais incorram neste lamentável equívoco.

1. Macumba é um termo utilizado por determinada etnia africana para designar certo tipo de árvore em torno da qual se desenvolviam certas práticas religiosas;

2. Da madeira da árvore citada eram confeccionados instrumentos de percussão semelhantes ao atabaque e ao reco-reco, também nomeados de macumba;

3. No final do século XIX e início do século XX, o termo macumba foi associado a qualquer prática religiosa de origem africana onde houvesse o uso de instrumentos de percussão, e que tivesse como finalidade à prática da magia para fins negativos;

4. Que a Umbanda, nada tendo a ver com tal quadro, passou a sofrer os efeitos deletérios de tal ofensa, fato que teve co-causas à omissão das ditas elites umbandistas em dar ao Movimento Umbandista os devidos esclarecimentos doutrinários e os instrumentos básicos de defesa ante a esses eventuais ataques.

5. Que por conta da falta de preparo de alguns (ou muitos) dirigentes umbandistas e da ausência de interesse de médiuns e assistentes em se esclarecerem acerca da religião que seguem, tal ofensa ainda se faz presente.

Irmão umbandista de fato e de direito, analise as informações aqui contidas.

Se estiver de acordo com seu conteúdo junte-se a nós nesta grande missão de orientação aos nossos irmãos menos informados, no tocante a explicar-lhes sobre os inconvenientes em se intitularem macumbeiros; da ofensa em serem rotulados pelo mesmo nome; e os prejuízos que tais fatos trazem a nossa Cristã Umbanda.

Como verdadeiro Filho de Umbanda que é, dê um pouco de luz aos seus irmãos de fé.

Diga-lhes com muito orgulho:

- SOMOS UMBANDISTAS,GRAÇAS A DEUS !!!

Saravá Umbanda !!!

Jornal Umbanda Hoje



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Mediunidade sem Instrução

Mediunidade sem Instrução

O estudo contínuo dos assuntos relacionados à mediunidade na Umbanda remove dentre seus seguidores dezenas, quiçá centenas, de crendices, costumes e hábitos que têm se mostrado nocivos à própria Religião. 

Muitos umbandistas têm uma visão deturpada do que significa o dom mediúnico em suas vidas e dentro dos terreiros. Centenas de adeptos desenvolvem uma mediunidade repleta de entendimento errôneo, suposições equivocadas e vícios comuns a pessoas que pouco, ou quase nenhum, acesso têm à informação. Muitos desses equívocos são provocados justamente pelo desconhecimento. 

Os maus hábitos acumulam-se ao longo do tempo e transformam-se em vícios que necessitam de tratamento imediato. Os erros acontecem aos montes causando muito desconforto aos Caboclos de Aruanda, que vez por outra precisam intervir para remediar a situação. 

A culpa de tais problemas poderia ser atribuída a muita gente: Chefes de Terreiro despreparados, médiuns afoitos ou de pouca instrução, seguidores pouco compromissados com a religião, dirigentes desinteressados e até mesmo Espíritos desencarnados causadores de demandas. A realidade mostra, porém, que a maior causa de todos os problemas que afetam a missão do umbandista é unicamente a falta de estudo. Sem o mínimo conhecimento de tudo o que envolve o mecanismo da mediunidade, assim como em muitos outros aspectos da vida comum, os erros grosseiros e infantis acontecem em profusão. A mediunidade, a partir de uma prática sem base teórica, tende a ser conduzida como um brinquedo nas mãos de infantes.

A mediunidade não é superstição. Partindo da premissa de que deve ser exercitado numa perfeita união entre a Fé e a Sabedoria, o dom mediúnico transforma-se em valioso instrumento de propagação das verdades espirituais. De outra forma, a mediunidade equivocada é conduzida do mesmo jeito como o adivinho faz com as entranhas de um animal. Não há verdades. Tudo é subjetivo e enganoso. Falta ciência e sabedoria.

A mediunidade supersticiosa transforma os Guias Espirituais em oráculos domésticos, onde os mais ínfimos problemas de ordem inferior são levados em conta. Assim, o Preto Velho passa a ser o informante da traição de um marido ou do futuro econômico de um filho carnal. O Caboclo, por sua vez, transforma-se em ajudante fiel dos negócios ou aquele que vai vencer um inimigo de desafeto. Na mesma proporção, o Exu abandona a condição de Guardião e assume o papel de vingador ferrenho, ou um escravo à disposição do médium. A Pomba Gira, sob a mesma ótica, é tida como uma prostituta arrependida e por isso mesmo obrigada a arranjar parceiros para pessoas de moral duvidosa.

A mediunidade não é show pirotécnico onde o que se vê são rápidos e ilusórios lampejos de brilhos multicoloridos. O médium sem instrução transforma o dom em ótimo artifício na exibição de espetaculares manobras que mais chamam a atenção dos curiosos e dos seres trevosos do que dos Espíritos de Luz. Assim, tudo é espantoso e deslumbrante. Todos os gestos do médium em transe são inchados de exageros. Todas as receitas de oferendas são idênticas às listas de um estranho guisado. Os pontos riscados transformam-se numa mandala confusa de desenhos e rabiscos infantis sem fundamento. As brancas vestes sacerdotais assumem a aparência de fantasias carnavalescas em que imperam o luxo, a vaidade e o exibicionismo.

Na mediunidade pirotécnica, vale mais a grosseira presença física do médium do que a suave e discreta participação dos Guias de Luz. O Preto Velho se esconde, o Caboclo se afasta, o Exu ri do fanfarrão e o médium se exibe. Neste tipo de condução da mediunidade há uma completa falta de força espiritual, pois a carne assume todas as funções do medianeiro e o animismo, a mistificação e a charlatanice estão em primeira linha.

Entre tantas formas de se exercitar a mediunidade há também a que leva em conta a ascensão social do médium. É a mediunidade interesseira.

A mediunidade interesseira é aquela em que as reais intenções do indivíduo são quase desconhecidas. Há muitos interesses em jogo, e o principal é o de “subir” na vida. O médium intenciona ser aplaudido, então usa a mediunidade para chamar a atenção da platéia. O médium quer obter dinheiro de forma menos trabalhosa, então comercializa o dom. Se tem interesse em reconhecimento público, então transforma a mediunidade em degrau para a subida aos palanques políticos, aos palcos da mídia e aos púlpitos das câmaras e agremiações. Tal como o médium pirotécnico, o médium interesseiro quer aparecer, mas com o fim certo de obter algum rendimento financeiro.

Nesse tipo de mediunidade, o indivíduo não se envergonha ao “pedir” o pagamento pelo serviço prestado. Seu rosto não enrubesce quando dita o valor daquilo que vergonhosamente chama de caridade. Se precisar usar uma máscara, certamente o fará. Mas, em seu tempo, lançará por terra a fantasia e mostrará sua verdadeira e tenebrosa face. Como o lobo entre os cordeiros.
A mediunidade ignorante é exercida pelos que verdadeiramente têm grande aversão ao estudo e à meditação. Nessa modalidade, o médium conscientemente classifica o estudo contínuo como algo desnecessário. Acredita que somente as instruções dos Caboclos já são suficientes para que ele seja um grande instrumento da Comunidade Espiritual. A leitura, a pesquisa e o conhecimento dos mecanismos mediúnicos são coisas sem importância na visão dos ignorantes.

Neste caso, o médium não se importa em cometer diversos absurdos em nome de Deus, pois não há o conhecimento do que realmente é a vontade divina. Fala, mesmo usando conversações aparentemente profundas, do mesmo jeito como discursa um simples camponês acerca do universo astronômico. Age sempre de forma impensada, ainda que com a maior boa vontade. Suas ações são completamente sem método, critério ou planejamento. Tem uma visão do mundo espiritual como seus antepassados que outrora atribuíam ao relâmpago um castigo dos deuses ou aos abalos sísmicos uma demonstração da ira divina. Na mediunidade ignorante quanto menos se estuda, mais se erra.

Ser instrumento da Espiritualidade Maior é uma benção recebida por muitos. Porém, como qualquer instrumento necessita de um aprimoramento e de ajustes constantes, assim é o médium de Umbanda a serviço dos Caboclos e Pretos Velhos.

Não basta ter mediunidade. Mas, é importante que esta seja útil aos interesses do Criador, pois todo médium é um depositário da confiança de Deus. Para ser útil, a mediunidade tem que estar firmada nas instruções que vêm do Alto.

Bom seria se todos os médiuns aplicassem a sabedoria e o conhecimento no aperfeiçoamento da mediunidade e se o estudo continuado fosse uma prerrogativa para um perfeito ministério mediúnico.

Julio Cezar Gomes Pinto



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