Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

05/04/2018

Fofocas Mediúnicas


Fã da banda Legião Urbana, veio à minha mente uma das notáveis frases de Renato Russo: Fala demais por não ter nada a dizer. Pois é… Tem gente que fala, fala, fala, aliás, têm Espíritos que falam, falam, falam…

Há um tempo tinha uma propaganda de um jornal, se não me engano tratava-se de o Estadão que dizia assim: Está sem assunto, compre o Estadão.

É bem por ai mesmo, está sem assunto para conversar trate de ler, aperfeiçoar-se, saber o que se passa no mundo que, certamente, não ficará sem assunto e, como diz Renato Russo, não falará demais, porém o necessário para que o bate papo flua gostosamente.

Bom, você deve estar perguntando-se onde esse articulista quer chegar com esse papo, digamos, aparentemente furado.

Quero falar com você, amigo leitor, que tanto os homens encarnados quanto os homens desencarnados por falta de assunto podem falar demais e não ter nada a dizer ou, pior, enveredarem pelo lado da fofoca. Aliás, vale lembrar que se a fofoca vem de um desencarnado a coisa toma uma proporção ainda maior porque, frequentemente, toma-se o que vem dos Espíritos como verdade absoluta desprezando o que orienta Kardec incansavelmente em sua obra sobre a necessidade de passar tudo pelo crivo da razão, e o que não satisfizer nosso rigoroso critério descartar sem grandes receios.

Acredite você ou não, mas dia desses um amigo me procurou com a seguinte história:

Rapaz, estou casado pela segunda vez, amo minha esposa, mas numa sessão mediúnica um Espírito me fez a seguinte revelação: o filho da minha esposa foi quem me tirou a vida em existência anterior. Estou, sinceramente, apavorado… Imagine se um dia eu estou dormindo tranquilamente e o rapaz resolve repetir o passado… O que faço?

Espantado com a indagação e mais ainda com a revelação, disse ao amigo: Esquente não que o garoto não irá fazer nada contigo… Deus nos deu o esquecimento temporário para que pudéssemos de forma mais serena superar antipatias e angariar amigos para a eternidade. Provavelmente trata-se de fofoca mediúnica, coisa de médium que não lê o Estadão e fala demais…

O amigo despediu-se e eu fiquei pensativo: Meu Deus! Quanta imprudência nesse tipo de conversa. Suponhamos que isto seja mesmo um fato ainda assim o médium jamais poderia fazer uma revelação deste calibre. A depender do indivíduo que recebe uma informação deste nível esta desfeito um casamento ou, ao menos, criado um sério embaraço.

Eis o que recomenda Allan Kardec: prudência, pois credulidade demais atrapalha não somente a marcha do Espiritismo mas também a vida prática das pessoas.

Os Espíritos, sendo apenas as almas dos homens que viveram na Terra não possuem o soberano saber sobre absolutamente. Podem, portanto, apenas falar sobre o que já angariaram de conhecimento.

O Espiritismo veio a este mundo para ensinar o homem a viver bem na Terra, para fazer com que o ser humano melhore-se, e não com a finalidade de revelar assuntos particulares do que houve ou não houve no passado.

Embora saibamos que o tema “passado” suscite a natural curiosidade das pessoas é importante entendermos que, se fosse fundamental sabermos algumas coisas que ficaram para trás Deus não teria colocado esse véu do esquecimento temporário.

Quando algo do passado é real, segundo os Espíritos, a informação vem de uma forma repentina e quando menos esperamos.

O Espiritismo veio para educar a mente humana na Terra, jamais para causar constrangimentos.

Portanto, não se preocupe com supostas revelações transmitidas por alguns médiuns, a depender do caráter da mensagem pode ser que seja apenas uma fofoca mediúnica, coisa de medianeiros que não leem o Estadão.

Autor desconhecido





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01/04/2018

Médiuns não são Adivinhos


Em artigo na Revista Espírita, janeiro de 1858, intitulado “Médiuns julgados” Kardec ensina que os médiuns não são adivinhos, mas intérpretes das inteligências do outro mundo.

Logo, o médium sozinho nada produz, pois precisa do concurso dos Espíritos.

Kardec aborda o tema por conta de um teste que acadêmicos fizeram com médiuns para que adivinhassem o que estava escrito numa carta ou lessem algo num livro fechado.

O prêmio de 500 dólares ou 2.500 francos seria dado ao médium que acertasse as respostas.

Médium não é adivinho, mas intermediário dos Espíritos. Os Espíritos, por sua vez, não são fantoches, têm vontade própria e não se sujeitam a este ou aquele capricho, ao contrário, os Espíritos sérios afastam-se de quem age com interesse pecuniário ou por mera curiosidade, no intuito de colocá-los à prova.

Já vi dezenas de vezes alguém pedir ao médium que lhe diga isto ou aquilo, revele esta ou aquela coisa.

Pior: pude presenciar, sem qualquer cerimônia, médium devastando existências anteriores de quem o procurava e afirmava, categórico: vocês são inimigos do passado, eis a causa de tanta desavença. Você foi assassinada por ele em outra vida, eis porque não se dão bem nesta.

Gente sem um mínimo de preparo embarca nesta “furada” e entra em parafuso. Afasta-se das pessoas e não realiza o que deve ser realizado, ou seja, harmonização com os familiares.

Simplesmente tolera, numa lamentável atitude de superioridade e um falso perdão para com o seu suposto assassino.

Não, definitivamente não é este o objetivo da mediunidade. Adivinhar não é para médiuns, ao menos os médiuns que se educaram nos preceitos desenvolvidos por Allan Kardec.

O orgulho, porém, fala alto e alguns médiuns deixam levar-se por ele. Querem a glória, bajulação, seguidores… Então, tornam-se adivinhos e respondem a todas as perguntas que lhes são propostas. Fogem à mínima gota de humildade e, vencidos pelo orgulho, sucumbem…

Ignoram ser o orgulho, como acentua Kardec, a chaga que os Espíritos ignorantes da verdade exploram com mais habilidade.

A mediunidade não é tarefa fácil, exige esforço contínuo por trabalhar as próprias mazelas e livrar-se do orgulho.

Num mundo em que os 15 minutos de fama vem sendo o objetivo de muita gente, constatou-se que a mediunidade é campo fértil para uma exposição mais potente da figura.

Adivinhações, revelações das mais esquisitas, busca pelos holofotes tornaram-se comuns…

Quando o espetacular ganha espaço o simples perde o brilho…

Entretanto, médiuns não são adivinhos, não detém qualquer poder especial. Podem, portanto, ter sua faculdade suspensa caso os Espíritos assim considerem conveniente.

Conforme consta em O livro dos Médiuns, os bons Espíritos alegram-se com a simplicidade de coração, esta, por sua vez, irmã da humildade, o antídoto para o orgulho.

Pensemos nisto.

Wellington Balbo





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29/03/2018

Causas da Insônia


A ciência já explicou até o momento do ponto de vista dela o motivo pelo qual não conseguimos dormir, isto é, termos a tão conhecida insônia que ataca grande parcela mundial. É evidente que a ciência como não admite conceitos filosóficos vai buscar em nossos órgãos físicos a causa de qualquer anomalia, afinal a maioria dos cientistas não admite a existência de um Ser Superior, até porque em muitas situações eles dizem ser o próprio deus.

Mas quem além de encarar a ciência com grande admiração e respeito e também depositar na fé suas expectativas de evolução, pois afinal somos matéria perecível, mas também somos alma/espírito, constata que em muitos casos não conseguimos dormir por questões que a ciência não nos convence. Claro que se estivermos sentido dor, uma preocupação e até efeito de algum acontecimento fora da rotina que nos acometeu ou nos envolvemos, vamos ficar sem sono, mas normalmente nestes casos, passada a origem o sono volta normalmente, isto naqueles que sempre tiveram um dormir regular.

Mas vamos supor que certa pessoa tenha um inimigo que pode vir a lhe emboscar de momento para outro. Esta, pessoa, normalmente evitará sair de casa, e se sair será sob muita tensão, e voltará tão logo possa. Acontece que do ponto de vista espiritual, estamos sempre em relação com a vida além da matéria e quando dormimos, deixamos o corpo material em repouso mantendo-se apenas na vida orgânica e saímos, já que somos espírito! Mas em razão de muitos terem inimigos de outras vidas ou inimigos que viveram aqui juntos nesta vida, mas retornaram ao plano espiritual antes, o espírito que somos a exemplo daquela pessoa que não sai de casa e/ou volta rapidamente, age da mesma maneira, preferindo ficar o mais tempo possível no estado de vigília, por medo de confrontar- e ao adormecer.

Se temos corpo que adormece e descansa, temos o espírito que não precisa descansar, mas que também pode ficar adormecido, muito bem explicado no livro de Chico Xavier, Os Mensageiros, no capítulo “os que dormem”. Então é perfeitamente compreensível que não consigamos dormir, a não ser sob efeito de drogas lícitas (medicamentos), que forçará que o organismo relaxe, e por consequência o espírito ao invés de desprender-se permanece também num estado semelhante aos que acreditam no “sono eterno”. Por isso encontramos a dificuldade de conciliar o sono. Devemos procurar o esclarecimento religioso sobre o assunto para buscar solução para esta influenciação. Que o Mestre nos ampare a todos.

Nilton Cardoso Moreira





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Sofrimento Sem Diagnóstico Médico


Muitas pessoas fazem um calvário intérmino nos consultórios médicos e psicológicos, buscando tratamentos para sofrimentos que nem sempre são diagnosticados. Essas ocorrências são conhecidas pelos profissionais da saúde. É desconcertante escutar do especialista que o paciente não tem nenhuma doença, e este alegar que sofre.

A ciência ainda não alcança o Espírito imortal, multiexistencial; não conhece o períspirito; nem atina que nossa sociedade física interage com sociedade extrafísica, relação esta que reflete no comportamento pessoal e social. A relação entre o mundo físico e o extrafísico se dá por meio da faculdade humana chamada mediunidade, definida por Allan Kardec da seguinte forma: “Toda pessoa que sente a influência dos Espíritos, em qualquer grau de intensidade, é médium. Essa faculdade é inerente ao homem.”

Uma pessoa não é consequente, exclusivamente, da genética e do ambiente. É originário de uma longa trajetória evolutiva transitada em todas as culturas, etnias, gênero e diversos papéis socias… A personalidade de hoje é a síntese dessa história multimilenar.

As conquistas e desacertos das vidas anteriores refletem na personalidade atual, através de qualidades, culpas, conflitos pessoais e interpessoais. Determinados transtornos são heranças de erros passados. Inimigos “gratuitos” que nos perseguem sem causa atual, são desafetos do passado. Essas heranças do pretérito são, muita vez, os tormentos atuais ocultos.

No livro Reencontro com a Vida, o espírito Manoel P. de Miranda lista algumas enfermidades não alcançadas no exame médico e esclarece o porquê. Diz ele: “Muitas enfermidades de diagnose difícil, pela variedade da sintomatologia, têm suas raízes em distúrbios da mediunidade de prova, isto é, aquela que se manifesta com a finalidade de convidar o espírito a resgates aflitivos de comportamentos perversos ou doentios mantidos em existências passadas.” A seguir o benfeitor relaciona as enfermidades físicas e psicológicas:

Área física: “dores no corpo, sem causa orgânica; cefalalgia periódica, sem razão biológica; problemas do sono – insônia, pesadelos, pavores noturnos com sudorese –; taquicardias, sem motivo justo; colapso periférico sem nenhuma disfunção circulatória, constituindo todos eles ou apenas alguns, perturbações defluentes de mediunidade em surgimento e com sintonia desequilibrada. ”

Área psicológica: “ansiedade, fobias variadas, perturbações emocionais, inquietação íntima, pessimismo, desconfianças generalizadas, sensações de presenças imateriais — sombras e vultos, vozes e toques — que surgem inesperadamente, tanto quanto desaparecem sem qualquer medicação, representando distúrbios mediúnicos inconscientes, que decorrem da captação de ondas mentais e vibrações que sincronizam com o perispírito do enfermo, procedentes de entidades sofredoras ou vingadoras, atraídas pela necessidade de refazimento dos conflitos em que ambos — encarnado e desencarnado — se viram envolvidos.”

Observe se você sofre padecimentos não detectados pelos profissionais de saúde, faça uma leitura de tal situação à luz do Espiritismo que elucida: “Coisa alguma acontece fora das Leis Cósmicas e das necessidades de evolução.” Portanto, veja como indicativo de equívocos do passado que pede reparação por meio da prática do amor. Praticar o amor é acordar para a vida!

Referências:
Kardec, A. O Livro dos Médiuns. Tradução J. H. Pires. Lake. cap. 14, item 159. 1991
Miranda, M. P. de., espírito. Reencontro com a Vida, página 70. Divaldo P. Franco, médium. Editora Leal. 2006
Angelis, J., espírito. Diretrizes para o Êxito, página 89. Divaldo. P. Franco, médium. Editora Leal. 2004.

Mario Mas





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28/03/2018

Sonhos Premonitórios


O que são sonhos premonitórios? Como diferenciar uma premonição de um sonho comum? Saiba o que fazer quando você tiver sonhos desse tipo. 
Existem importantes observações na literatura espírita sobre os sonhos premonitórios. É fundamental conhecê-las para que se possa construir uma base sólida e clara sobre o assunto. Tanto nas obras da codificação como em outras complementares, ressalta-se o discernimento que devemos ter em suas diferentes manifestações. Vejamos algumas dessas citações com o objetivo de compreender melhor os seus significados, sem nos prender em más interpretações.

Codificação espírita
A pergunta 404 de O Livro dos Espíritos diz: “Que se deve pensar das significações atribuídas aos sonhos? Os sonhos não são verdadeiros como o entendem os ledores de buena-dicha, pois fora absurdo crer-se que sonhar com tal coisa anuncia tal outra. São verdadeiros no sentido de que apresentam imagens que para o Espírito têm realidade, porém que, freqüentemente, nenhuma relação guardam com o que se passa na vida corporal. São também, como atrás dissemos, um pressentimento do futuro, permitido por Deus, ou a visão do que no momento ocorre em outro lugar a que a alma se transporta”.

Prossegue ainda na pergunta 405: “Acontece com frequência verem-se em sonho coisas que parecem pressentimento, que, afinal, não se confirma. A que se deve atribuir isto? Pode suceder que tais pressentimentos venham a confirmar-se apenas para o Espírito. Quer dizer que este viu aquilo que desejava, foi ao seu encontro. É preciso não esquecer que, durante o sono, a alma está mais ou menos sob influência da matéria e que, por conseguinte, nunca se liberta completamente de suas idéias terrenas, donde resulta que as preocupações do estado de vigília podem dar ao que se vê a aparência do que se deseja, ou do que se teme. A isto é que, em verdade, cabe chamar-se efeito da imaginação. Sempre que uma idéia nos preocupa fortemente, tudo o que vemos se nos mostra ligado a essa idéia”.

A Gênese, também se refere ao tema. Relata que José, pai de Jesus, foi advertido por um anjo em sonhos para que fugisse para o Egito com o menino. O capítulo XV da obra faz uma reflexão sobre as advertências que podem ser feitas por intermédio dos sonhos e que fazem parte dos livros sagrados de todas as religiões. Salienta ainda que o fenômeno nada tem de anormal, já que durante o sono o espírito se desliga dos laços da matéria para entrar momentaneamente na vida espiritual, porém adverte que nem sempre se pode deduzir que os sonhos são avisos ou tenham significado específico.

Além das obras de Allan Kardec, há citações sobre o tema em outros livros de cunho espírita. O livro Recordações da Mediunidade – da médium Yvonne A. Pereira, orientado pelo espírito de Bezerra de Menezes, diz: “Existem vários processos pelos quais o homem poderá ser informado de um ou outro acontecimento futuro importante da sua vida. Comumente, se ele fez jus a essa advertência, ou lembrete, pois isso implica certo mérito, ou ainda certo desenvolvimento psíquico, de quem o recebe, é um amigo do Além, um parente, o seu espírito familiar ou o próprio guardião maior que lhe comunicam o fato a realizar-se, preparando-o para o evento, que geralmente é grave, doloroso, fazendo-se sempre em linguagem encenada, ou figurada, como de uso no Invisível, e daí o que chamais “avisos pelo sonho”, ou seja, sonhos premonitórios...

O estudo da lei de causa e efeito é matemática, infalível, concreta, para a observação das entidades espirituais de ordem elevada, e, assim sendo, ele se comunicará com o seu pupilo terreno através da intuição, do pressentimento, da premonição, do sonho etc. O estudo da matemática de causa e efeito é mesmo indispensável, como que obrigatório, às entidades prepostas à carreira transcendente de guardiães, ou guias espirituais. Estudo profundo, científico, que se ampliará até prever o futuro remoto da própria Humanidade e dos acontecimentos a se realizarem no globo terráqueo, como hecatombes físicas ou morais, guerras, fatos célebres etc., daí então advindo a possibilidade das profecias quando o sensitivo, altamente dotado de poderes supranormais, comportar o peso da transmissão fiel aos seus contemporâneos.”.

Devemos encarar com naturalidade

O livro Conduta Espírita, ditado por André Luiz ressalta algumas observações a respeito da postura que se deve assumir diante dos sonhos e suas revelações: “Encarar com naturalidade os sonhos que possam surgir durante o descanso físico, sem preocupar-se aflitivamente com quaisquer fatos ou idéias que se reportem a eles. Há mais sonhos na vigília que no sono natural.

Extrair sempre os objetivos edificantes desse ou daquele painel entrevisto em sonho. Em tudo há sempre uma lição. Repudiar as interpretações supersticiosas que pretendam correlacionar os sonhos com jogos de azar e acontecimentos mundanos, gastando preciosos recursos e oportunidades da existência em preocupação viciosa e fútil. Objetivos elevados, tempo aproveitado. Acautelar-se quanto às comunicações intre vivos, no sonho vulgar, pois, conquanto o fenômeno seja real, a sua autenticidade é bastante rara. O espírito encarnado é tanto mais livre no corpo denso, quanto mais escravo se mostre aos deveres que a vida lhe preceitua.

Não se prender demasiadamente aos sonhos de que recorde ou às narrativas oníricas de que se faça ouvinte, para não descer ao terreno baldio da extravagância. A lógica e o bom senso devem presidir a todo raciocínio.

Preparar um sono tranqüilo pela consciência pacificada nas boas obras, acendendo a luz da oração, antes de entregar-se ao repouso normal. A inércia do corpo não é calma para o Espírito aprisionado à tensão. Admitir os diversos tipos de sonhos, sabendo, porém, que a grande maioria deles se originam de reflexos psicológicos ou de transformações relativas ao próprio campo orgânico. O Espírito encarnado e o corpo que o serve respiram em regime de reciprocidade no reino das vibrações”.

O importante colaborador da doutrina espírita, Léon Denis, na obra No Invisível, faz relevantes comentários sobre os sonhos premonitórios no capítulo XIII que reproduzimos alguns trechos para melhor entendimento: “Os sonhos em suas variadas formas, têm uma causa única: a emancipação da alma. Esta se desprende do corpo carnal durante o sono e se transporta a um plano mais ou menos elevado do Universo, onde percebe, com o auxílio de seus sentidos próprios, os seres e as coisas desse plano.

Algumas vezes, quando suficientemente purificada, a alma, conduzida por espíritos angélicos, chega em seus transportes alcançar as esferas divinas, o mundo em que se geram as causas. Aí paira, sobranceira ao tempo, e vê desdobrarem-se o passado e o futuro. Se acaso comunica ao invólucro humano um reflexo das sensações colhidas, poderão estas constituir o que se denomina sonhos proféticos.

Nos casos importantes, quando o cérebro vibra com demasiada lentidão para que possa registrar as impressões intensas ou sutis percebidas pelo Espírito, e este quer conservar, ao despertar, a lembrança das instruções que recebeu, cria então, pela ação da vontade, quadros, cenas figurativas das imagens fluídicas, adaptadas à capacidade vibratória do cérebro material, sobre o qual, por um efeito sugestivo, as projeta energicamente. E, conforme a necessidade, se é inábil para isso, recorrerá ao auxílio dos Espíritos mais adiantados, e assim revestirá o sonho uma forma alegórica”.

Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição especial 08.

***

Na doutrina espírita aprendemos que durante o repouso do nosso corpo, as ligações de nossa alma com a matéria de afrouxam permitindo nosso trabalho, aprendizado e contato com o plano espiritual variando conforme sua vibração energética. Os sonhos de fato podem ser uma leitura interpretativa feita em seu inconsciente que tenta uma comunicação com o indivíduo, mas pode também ser uma lembrança de situações vividas no plano astral durante o sono.

Os sonhos premonitórios ou precognitivos expressam esse conhecimento prévio sobre determinada situação que ainda não ocorreu. Essas informações podem ter sido passada à você em um de seus desdobramentos, ou seja, essa conexão com o outro plano.

A mensagem que é passada, muitas vezes por seus mentores espirituais, tem a função de alertar para algumas situações futuras que envolvam algum risco. Elas também podem estar te preparando para um acontecimento, como por exemplo a morte de uma pessoa próxima, que talvez você até possa estar ajudando em seu desencarne através de seus trabalhos no plano astral.

É possível que algum de seus sonhos premonitórios não aconteçam, afinal o futuro é mutável de acordo com o livre arbítrio que temos e isso pode ser um ponto positivo, pois se um desses sonhos tinha a intenção de te alertar para determinada situação então significa que o alerta foi recebido e você passou a ter mais cuidado.

Algumas vezes esses sonhos podem, no dia seguinte, aparecer como lembranças confusas através de símbolos e interpretações variadas, afetando a claridade da informação passada que pode ter sido envolta de significados que foram dados por suas mentes dificultando o entendimento da mensagem. Isso é explicado devido a linguagem dos espíritos ser telepática, contrária a nossa comunicação terrena que usa os cinco sentidos físicos, o que faz com que a nossa matéria não codifique por completo aquela informação recebida em suas experiências durante o plano astral.

Ricardo Guelfi





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25/03/2018

Umbanda Verdadeira

Umbanda Verdadeira


Atualmente, a Umbanda está sendo amplamente difundida, seja através dos livros, dos meios de comunicação de massa, seja através de Terreiros comprometidos com o estudo, seja através das entidades espirituais que, incansavelmente, nos orientam com os seus sábios conselhos. Apesar de todo material disponível para se entender a Umbanda, ainda restam muitas dúvidas e muitos anseios para encontrar a "Umbanda verdadeira".

A Umbanda é amplamente difundida sim, como também são amplas as diferenças de teorias, ritos e doutrinas, este o motivo de tantas dúvidas que surgem quando o neófito faz a sua pesquisa aleatoriamente e na busca de uma única pergunta surgem várias respostas. Isto muitas vezes o faz desistir da religião, dá a impressão que a Umbanda não tem firmeza nem organização no que prega.

Retornamos a um tema imprescindível para ser explorado antes de todos: A diversidade da Umbanda. O fato é incontestável, a Umbanda não é codificada como na doutrina espírita, por exemplo. Esta última segue a codificação de Allan Kardec, então, todos os centros espíritas têm como base as orientações de Allan Kardec, é muito mais fácil estudar e encontrar em todas as casas similaridade.

Mas, o fato de não ter uma codificação, torna a Umbanda menos eficaz na sua proposta religiosa? Não, definitivamente. A Umbanda é uma religião que é acolhedora de consciências, respeita o livre arbítrio e a maturidade espiritual de cada um, a Umbanda não é proselitista. Ela dá a oportunidade de escolher o que é melhor para o entendimento de cada um. Darei como exemplo a doutrina espírita outra vez: o atendimento ao público nesta doutrina se dá basicamente pelo esclarecimento do Evangelho a fim de propiciar a reforma íntima, única maneira de aperfeiçoamento espiritual, para isto se utilizam de palestras educativas e quem já teve a oportunidade de participar de uma delas pode testemunhar que na grande maioria das vezes são palestras inacessíveis ao público menos favorecido intelectualmente. A Umbanda dá oportunidade para este público, como para outros públicos divergentes em consciências, entendimentos e maturidade espiritual. Eis a vantagem da diversidade na Umbanda: acolhe a todos.

Como tirar o melhor proveito da diversidade da Umbanda? Primeiro procure entender a si próprio. O que você gostaria de encontrar na Umbanda? Um espaço para auxiliar em sua evolução espiritual ou um espaço para desenvolver apenas ritos? Fica a seu critério,  mas cuidado, focar apenas nos ritos não é a proposta dos Guias de Umbanda e algumas casas usam os ritos apenas para impressionar e angariar adeptos.

A proposta dos Guias de Umbanda é auxiliar na evolução espiritual, é estimular a consciência religiosa tendo como base a fé em Deus e em si mesmo, como um ser capaz e agente de mudança. Com a base da fé, é possível viver a Umbanda que constrói no Bem tudo o que o Cristo nos ensinou, o amor incondicional e a caridade pura. Então, se o objetivo é encontrar uma casa para auxiliar em sua evolução espiritual, observe as mensagens dos guias daquela casa, que devem ser ricas em ensinamentos crísticos e jamais estimular qualquer sentimento antagônico à Lei do amor. A linguagem do guia verdadeiro de umbanda é simples, transmite humildade e sabedoria e nunca constrange nem agride a quem quer que seja.

Além de observar as mensagens, também sinta a energia daquela Casa, que deve trazer bem estar, muito embora pode acontecer de alguns processos obsessivos estimularem algum tipo de mal estar justamente para induzir a pessoa a ir embora, não voltar e não ter a ajuda daquela casa, pois os obsessores não gostam de casas sérias. Neste caso o ideal é persistir e continuar observando e sentindo as energias recebidas.

Ao encontrar sua resposta, permaneça no terreiro escolhido por você, mas permaneça com o comprometimento de seguir fielmente a sua doutrina e o seu regimento interno, não tome como modelo as pessoas encarnadas, que são imperfeitas e falhas como todo ser humano, em toda comunidade há pessoas que tem mais ou menos afinidade conosco, mas isto não deve interferir na sua proposta maior de estar ali,  então siga o modelo dos Guias e acredite nos seus próprios Guias que lhe mostraram o caminho, encontrará assim uma forma leve e eficaz de sentir-se feliz. 

Enfim, não existe umbanda verdadeira nem falsa, existe a umbanda que mais se aproxima dos seus anseios e da sua capacidade para entender os dois mundos, material e espiritual. Somente uma coisa deve prevalecer em todas as vertentes e propostas umbandistas: a gratuidade de todos os atendimentos e o respeito e proteção a todos os seres da criação e reinos da natureza e, principalmente, o respeito aos ensinamentos dos Guias, que devem sempre ser passados pelo cadinho da razão e do bom senso: linguagem simples, esclarecedora e sábia, cuja mensagem seja sempre do amor e da caridade.








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23/03/2018

A Umbanda nos Anos 70

A umbanda nos anos 70


UM RESGATE NA HISTÓRIA!

Hoje, tenho 40 anos; ao final dos anos 70, ainda era pequena. As lembranças, porém, são muitas: o que vestíamos, o que víamos na tv, as músicas de sucesso… Foi uma década meio kitsch, mas que imprimiu grandes mudanças na nossa cultura e na nossa sociedade.

Agora umbandista, resgato memórias daquela época que, embora gravadas até hoje, dormiam no sótão mental, num baú meio esquecido. Tentei juntar essas memórias com dados que encontrei em diversas fontes, para assinalar o intrigante destaque conferido à Umbanda nesse período; o fenômeno, que marcou os anos 70, merece um olhar mais atento: a cultura, em diferentes formas de manifestação, ofereceu terreno incomparável para a divulgação – e por que não dizer – para a assimilação da doutrina umbandista no Brasil. Um exemplo se encontra nos registros da Confederação Umbandista do Paraná, informando a criação de inúmeras tendas de Umbanda na região de Curitiba.

A música abrindo horizontes

Naquele tempo (já estou parecendo uma anciã, rsrs), a música nacional era algo bem diferente do que ouvimos hoje; os sucessos não eram tão efêmeros (tem música que até hoje não aguento ouvir, de tanto que as rádios nos saturaram); letras e melodias eram impressas na nossa mente… pra não sair nunca mais! é só alguém cantarolar umas frases desses sucessos antigos, e a gente acaba lembrando a letra toda (e ainda fica horas com a musiquinha grudada na cabeça).

Começamos com a inesquecível Clara Nunes – a mineira Clara Francisca Gonçalves Pinheiro - com suas canções de arrepiar: A Deusa Dos Orixás (“Iansã, cadê Ogum? Foi pro mar/ Mas Iansã, cadê Ogum? Foi pro mar…”), Tributo Aos Orixás (“Neste terreiro em festa/ Entre mil adobás/ Prestamos nosso tributo/ Aos Orixás”), Aruandê... Aruandá... (“Saravá Pai Joaquim/Proteção a vida inteira”), Oxum Areia Branca (“Oxum, quando canta na beira do rio/ Faz um peixe ciscar na areia”)… e tantas pérolas mais; a ausência física tão precoce da “Cabocla Guerreira” deixou muita saudade, mas seu legado marcou minha geração. Seu marido, Paulo César Pinheiro, compôs um repertório inspirado, imortalizado na voz de Clara e de outras estrelas da música, como Carlos Lyra e João Nogueira (adoro aquela voz graaaave).

Mencionando Vinícius de Moraes e seus parceiros, podemos mencionar composições como: Canto De Iemanjá (“Iemanjá, lemanjá/ lemanjá é dona Janaína que vem...”); aliás, a versão contemporânea, gravada por Virgínia Rodrigues, é um arraso; Canto De Ossanha (“Amigo sinhô/ Saravá/ Xangô me mandou lhe dizer/ Se é canto de Ossanha, não vá/ Que muito vai se arrepender”); Meu Pai Oxalá (“Meu Pai Oxalá é o rei/ venha me valer…”); O Canto De Oxum (“Oxum era rainha/ Na mão direita tinha/ O seu espelho onde vivia/ A se mirar”)….

Também temos nomes como Baden Powell (seu “Afrosambas”, com Vinícius, é imperdível), Nei Lopes (seu “Novo Dicionário Banto do Brasil” é uma das referências do glossário que está neste blog), Benito di Paula (eu achava o máximo aquele visual, rsrsrs), Ruy Maurity(sensacional… que tal “Xangô, o Vencedor”? “Por detrás daquela serra/ Tem uma linda cachoeira/ É de meu pai Xangô/ Que arrebentou sete pedreiras…”), João Donato, Sidney da Conceição… Não podemos deixar de mencionar, ainda, a contribuição de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia, embora mais dedicados aos orixás dentro da orientação do Candomblé. O compositor J. B. de Carvalho, conhecido por gravar e compor pontos de Umbanda desde a década de 30, fez declarações bombásticas em entrevistas nos anos 70 (tanto na TV quanto no periódico “Gira de Umbanda”), acusando nomes como Ruy Maurity e Martinho da Vila de plagiarem trabalhos seus. Quanto ao Martinho, compôs e/ou gravou uma série de músicas, como Deixa a Fumaça Entrar (“Já botei casca de alho/Alfazema, benjoim, alecrim/ Esse meu defumador/ Está em ponto de bala/ Tem segredos de alguém/ Que sofreu lá na senzala”.), Festa de Umbanda (do famoso disco Canta, Canta, minha gente, de 1974) e tantas outras.

E quem se lembra dos Tincoãs? Admito que só conheci o trabalho do grupo agora, garimpando material na internet; é uma pena que hoje só se encontram gravações do grupo em blogs e softwares de compartilhamento. O som é beeeem anos 70, um barato. Encontrei um ótimo vídeo no You Tube, com a participação de dois remanescentes numa apresentação da Margareth Menezes: muito bom!!

Em paralelo aos grandes nomes da música, observamos, também, uma profusão de outros nomes e obras – ambos um tanto obscuros. Gravadoras de porte, na época, como a Continental, a Odeon e a CBS, ostentavam inúmeros LPs de artistas hoje desconhecidos, como “Maria Bonita”, “Marcus Pereira” e até mesmo um tal “Chico Xavier” – não, não era um LP gravado pelo nosso querido Francisco Cândido Xavier, mas uma obra de composições tecnicamente limitadas, gravadas por alguém que se apresentava com esse epíteto, na esteira da popularidade do médium famoso.

Parênteses para Tia Neiva

A sergipana Neiva Chavez Zelaya, católica, passou a apresentar manifestações mediúnicas por volta dos 32 anos. Acabou formando uma comunidade religiosa que terminou por se estabelecer em Planaltina, no Distrito Federal; em 1969, fundou o conhecido Vale do Amanhecer, que congregava médiuns e auxiliares numa organização complexa, prestando atendimento de caridade a inúmeras pessoas. Esclareço que não se trata de uma comunidade umbandista – aliás, segundo um de seus adeptos, é uma “ciência espiritualista”, que conjuga contribuições do Catolicismo, do Espiritismo e mesmo alguns elementos da Umbanda, como a presença de Pai Seta Branca, Cabocla Jurema e entidades da linha de Caboclos e Pretos-Velhos. A menção à Tia Neiva se dá por conta do destaque que lhe foi conferido no auge das atividades do Vale, que recebe, até hoje, milhares de consulentes por semana.

A televisão – uma imagem vale mais que mil palavras

Anos depois de Yara Lins e Lolita Rodrigues apresentarem a TV Tupi ao Brasil, em 1950, o aparelho de TV agregava as famílias (e os vizinhos sem-tela) para assistir ao noticiário, às novelas e aos programas de auditório - diversão garantida e fonte de assunto para os bate-papos do dia seguinte.

Era muito pequena, e com certeza já devia estar na cama enquanto os brasileiros assistiam ao programa Pinga-Fogo; exibida pela TV Tupi entre 1955 e o início dos anos 80, a atração ficou famosa por convidar pessoas ilustres e/ou polêmicas para enfrentar, ao vivo, um time de entrevistadores e perguntas do público. Em julho de 1971, Chico Xavier compareceu para uma participação prevista pra durar uma hora… e acabou chegando a três!! (se a TV de hoje tivesse essa flexibilidade…). O impacto do programa foi tamanho que, cinco meses depois, Chico foi convidado para nova apresentação – com direito a estender novamente o tempo, psicografia ao vivo, gente chorando na platéia e tudo o mais. O livro “As Vidas de Chico Xavier”, de Marcel Souto Maior, conta como foi essa aventura, na visão do Chico. Os dois programas estão disponíveis para aquisição em DVD, e acho que todo mundo deveria ver: é emocionante!

Se não vi o Pinga-Fogo, lembro-me vagamente do programa do Flávio Cavalcanti. Aquela expressão carrancuda, os ternos escuros e os óculos de armação grossa e pesadona me davam um medaço… definitivamente, não era minha diversão predileta - rsrsrs. Não cheguei a assistir à apresentação de Cacilda da Silva. Considerada médium famosa, também era compositora musical e apresentadora de programa de rádio. Dizia receber a entidade Seu Sete da Lira, um Exu, desde a adolescência. Com o tempo, giras que contavam com sua presença chegavam a contar com centenas de pessoas, fosse pelas histórias de curas fantásticas, pela indumentária extravagante, pelo consumo de uma quantidade absurda de aguardente ou mesmo pelo papel meio hipnótico desempenhado pela música – bastante heterodoxa para uma gira que se dizia de Umbanda, como “Pra Seu Sete/ câncer virou catapora…” (!)

A história acabou tão famosa que a médium foi convidada a participar de dois programas de TV no mesmo dia – e foi. Em 29 de agosto de 1971, no programa Flávio Cavalcanti, na TV Tupi, Seu Sete se manifestou… a seguir, uma multidão formada por pessoas da platéia, contra-regras, assistentes de palco – e até inúmeros telespectadores, em suas casas! – acabou desmaiando, entrando em transe ou “incorporando” entidades espirituais.

Em seguida, a médium rumou para o programa Buzina do Chacrinha, na Rede Globo. O fenômeno se repetiu: entraram em transe operadores de câmera, cantores, público, o povo de casa e até chacretes (fico imaginando a cena), diante de um Chacrinha perplexo.

O “fervo” chocou o Brasil. Nos dias seguintes, a imprensa fez furor, os responsáveis pelo Departamento de Censura apreenderam os vídeo-tapes dos programas e o governo ameaçou cassar as concessões das emissoras e proibir a exibição de programas ao vivo. A Igreja Católica, através de instâncias como a CNBB, fez críticas duras e indignadas ao que chamou de “atividades pseudo-religiosas” exercidas por “indivíduos sem escrúpulos” e exigiu providências. Diz a lenda que a repercussão do caso só não trouxe consequências mais graves porque até a Primeira-Dama, Dª Cyla Médici, estava assistindo aos programas junto com o Presidente da República… e incorporou uma entidade, que o advertiu a deixar as coisas como estavam. Não sabemos se o que aconteceu foi uma manifestação mediúnica, uma mistificação ou qualquer outra coisa. Até autoridades reconhecidas no meio umbandista divergiram, na época. Fato é que o fenômeno deve ter causado um impacto na sociedade brasileira que nem podemos imaginar.

Já em 1978, a novela “O Profeta”, de Ivani Ribeiro, fez grande sucesso. A autora contava com a assessoria de sacerdotes católicos, umbandistas e de dirigentes espíritas para escrever o texto. O ator João Acayabe dava vida ao Pai Romão, dirigente do “Templo Espiritualista de Umbanda São Benedito”, embora descrito por alguns críticos como um templo Candomblecista. A personagem da atriz Yolanda Cardoso conduzia outras pessoas para consultas espirituais e até Chico Xavier e D. Paulo Evaristo Arns deram uma canja!

Acredito que ainda haja muito material referente à larga divulgação da Umbanda durante os saudosos anos 70. Os leitores que tiverem lembranças ou registros estão convidados a participar e deixar seus comentários. Saravá a todos!

Pesquisado por Estela
Referências:
http://www.mpbnet.com.br/index.html
http://www.veja.com.br/acervodigital/
http://acervoayom.blogspot.com/2009/05/sete-rei-da-lira-1971.html
http://www.terra.com.br/planetanaweb/flash/paranormal/propriedadesastrais/valeamanhecer4.htm
http://www.povoypuena.org.br/index2.php?url=vale.php
http://www.tudosobretv.com.br/
http://www.millarch.org/





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