Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

16/01/2018

Parem de Sujar a Imagem da Umbanda!

Parem de Sujar a Imagem da Umbanda!

Este post vai ser redigido de forma "curta e grossa", para que não restem dúvidas aos que têm dificuldades de interpretação de texto.

Chega! Parem de sujar a imagem da Umbanda! Parem de denegrir o nome da Umbanda!

Os Umbandistas não aguentam mais serem taxados de satânicos, loucos, exibicionistas, ignorantes e ridículos.

Pessoas de má índole, ou que pensam ser umbandistas, ou pior, médiuns umbandistas indisciplinados, que banalizam a mediunidade e desrespeitam os fundamentos sagrados da religião, na maioria das vezes nem conhecem esses fundamentos, essas pessoas desrespeitam toda a comunidade umbandista com atitudes grotescas, criminosas, insanas e até cômicas perante a sociedade leiga no que se refere à religião de Umbanda.

Poderia tentar justificar aqui o porquê dessas pessoas agirem dessa forma, poderia supor que trata-se de sério processo obsessivo, mas prefiro acreditar que é falta de vergonha na cara mesmo. Acredito que os próprios espíritos desencarnados são vítimas dessas pessoas, que unidas aos seus obsessores e kiumbas são verdadeiras sombras por onde passam, verdadeiros exércitos das trevas que tentam desconstruir toda edificação de amor que todas as religiões pregam.

A internet está cheia de pretensos umbandistas que usam o nome da religião para fazer meio de vida, para ensinar absurdos, para satisfazerem o próprio ego veiculando imagens das entidades incorporadas, exibindo o sagrado no profano, numa total falta de respeito.

Como se não bastasse, recentemente, estar na mídia crimes de seitas satânicas sendo associados à religião afro de forma geral, por falta de discernimento e bom senso, temos, mais recentemente ainda, um vídeo circulando na internet onde uma criatura embriagada é parada em uma blitz de trânsito em Porto Alegre para o teste do bafômetro e o seu suposto exu manifesta-se simulando a mediunidade de incorporação, perante os olhos de todos do local, para defendê-la e impedir que a mesma submeta-se a tal teste. O Umbandista verdadeiro quando vê esta cena não sabe se ri ou se chora. Lamentável!!!

Nós, umbandistas, que trabalhamos dias, meses e anos para desmistificar e fortalecer a religião em sua base de amor e caridade, que trabalhamos duramente em nossos terreiros para formar médiuns sérios, esclarecidos e disciplinados, não podemos nos omitir diante de tamanha agressão às religiões espiritualistas de forma geral. Que a justiça de Xangô se estabeleça em feixes de luz sobre a consciência de todos, para que saibam separar o joio do trigo.

Ednay Melo






Leia mais

15/01/2018

Impressões de um Iniciante

Impressões de um Iniciante

Sentados nas fileiras dos consulentes, olhamos para dentro do congá e vemos nestes médiuns a espiritualização que almejamos.

São como que mensageiros, verdadeiros anjos, seres especiais, com uma grande missão: amparar e ajudar a humanidade! Por estar próximo a estes seres humanos diferentes sentimos a grande aura do espírito que se comunica, e um facho da essência de DEUS. Médiuns de UMBANDA e suas entidades, para quem olha de fora são médicos de DEUS, com poder de abrandar nossas dores físicas e curar os males do corpo. São advogados dos CÉUS, com missão de fazer a justiça de que necessitamos. São senhores da MAGIA capazes de transformar pó em ouro, escriturários em doutores, auxiliares em chefes, indiferença em AMOR, ignorância em SABER. É ISTO MESMO?

Sentado nas fileiras dos consulentes, é isto mesmo! Após adentrar para a corrente mediúnica observo como os médiuns de UMBANDA são pessoas comuns, com profissões comuns, com vida comum, pensamentos comuns. E em alguns casos me decepciono por que alguns guardam mágoas, são vingativos, fofoqueiros, maledicentes, orgulhosos, vaidosos, e indiferentes ao que acontece no astral. Como entender isto? Em pessoas especiais, médiuns que acoplam em seus corpos seres divinos, como entender que os conselhos, a sabedoria, a determinação e a coragem de seus guias não transformem seus mentais, não toque em seus corações, como entender isto?

Não espere resposta a este conflito nas próximas linhas, pois eu não entendo! Mas, refletindo sobre isto, um destes enviados divinos assopra aos meus ouvidos: Lembra-se do que é merecimento, liberdade de escolha, dívidas passadas, carmas e justiça divina? Lembra-se filho?

Conforme vamos seguindo neste caminho escolhido, o “caminho espiritual”, começamos a entender algumas das máximas Umbandistas de uma maneira intima: umbanda é a escola da vida, acolher a todos e a nenhum virar as costas, aprender com quem saiba mais ensinar a quem saiba menos.

Dentro do terreiro é o melhor lugar para exercitar a tolerância, aceitar as diferenças, propagar o perdão,respeitar os diferentes níveis de cada um, seja social, cultural, moral ou evolutivo. É o lugar certo para se aprender que a justiça divina existe e a esta justiça não se contesta, se aceita, pois desconhecemos os direitos e deveres de cada um perante DEUS. E justiça não é aquilo que nos favorece, justiça é algo de DEUS para com todos.

O caminho espiritual é um caminho solitário onde alguns são tocados e outros não, mas todos estão no caminho e em algum momento nesta caminhada, em diferentes épocas e estágios, todos deverão ser tocados pelo respeito às diferenças e pela aceitação das mesmas. Além da resignada lição de todos os dias que a escola da vida nos ensina.

Antônio Biso dos Santos





Leia mais

14/01/2018

Quem são os Pretos Velhos?

Quem são os Pretos Velhos?

Muita pretensão seria trazer em um único artigo, todas as informações a respeito desta tão importante Equipe Espiritual.

Com humildade, virtude por eles tão ensinada, que trazemos à você, esta singela contribuição para o seu estudo.

Entende-se no Espiritismo que a Criação Divina está em constante movimento e sintonia, as quais, por menores que sejam as moléculas, cada uma tem sua função e ciclo sempre rumo à evolução.

Por longos períodos o Espiritismo, por conta de adeptos ainda em fase rudimentar evolutiva, entendiam que apenas os Espíritos de seres em fase encarnatória que adquiriram algum grau de instrução acadêmica, tivessem permissão e moral para nos transmitir mensagens edificantes.

Em um presente tão distante deste passado, infelizmente, essa ainda é uma verdade em muitas reuniões mediúnicas.

Na Equipe Espiritual ou Linha Espiritual que os Pretos Velhos trabalham, não existe essa separação, pois na espiritualidade o que tem importância, são os valores a serem enviados a quem teve a oportunidade da reencarnação e que em conjunto, se faz cumprir a missão de constante ensinamento e por quê não dizer; aprendizado, pois os humildes, por mais sábios que possam ser, sempre se permitem aprender.

Foi no período da Escravidão no Brasil, onde predominantemente, o povo Africano sofreu com o tráfico de seus nativos é que se fez ponto principal e mais relatada expiação desses Espíritos, sendo sempre importante também destacar, que muitos Pretos Velhos sequer são negro ou até mesmo, velhos e obviamente, trabalham tanto na polaridade masculina quanto na feminina.

Alguns destes Trabalhadores foram grandes Médicos, Padres, Químicos, Magos e conhecedores da manipulação de todos os elementos da Terra em toda parte do Planeta, não somente no Brasil. Entretanto, todos, em algum período de vida terrena e em fase mais primitiva, cometeram atos que lhes acarretaram consequências que os levaram a um ciclo provatório evolutivo emergente mas de duras provas de humilhações, dores, perdas e decepções, tendo como herança dessas sofridas encarnações, a honrosa missão de ser luz e nos mostrar a importância de cada dificuldade que conseguiram superar.

Por culpa do preconceito, orgulho e falta de conscientização, esta equipe teve e ainda tem, dificuldades em exercer seu primoroso trabalho em favor da evolução espiritual.

Atuantes com mais intensidade nos Terreiros de Umbanda, religião anunciada numa reunião Espírita através do Médium Zélio Fernandino de Moraes pelo Espírito do Caboclo das 7 Encruzilhadas, os Pretos Velhos e outros tantos Espíritos até então excluídos, tiveram espaço para enfim trazer seus valiosos ensinamentos.

E antes mesmo da Umbanda se fazer presente no planeta uma gama de Espíritos precisaram fazer escola para se apresentarem da forma que fazem hoje, como velhos psicólogos cuidadores da nossa psiquê. Estudaram muito nas escolas espirituais para poderem se apresentar como fazem hoje, porque só a teoria com a ação nos leva a um completo aprendizado. São Espíritos que já venceram a ignorância e são doutores no ensinamento de como se faz para ter a humildade, a serenidade dos mais vividos com sabedoria. Sentimentos e posturas imprescindíveis para um adiantamento espiritual necessário.

Muitos ainda titubeiam quando os mesmos se manifestam em seus médiuns nas reuniões Espíritas com postura, voz ou trejeitos de pessoas mais velhas, pois ainda julga-se o livro pela capa. Isso não deve ser visto como misticismo. Um médium que tem sua conduta moral preservada e lapidada de acordo com os ensinamentos Crísticos, tem humildade suficiente para se fazer medianeiro de um Espírito que em elevadíssima evolução se submete a vir em terra em seu mais humilde e sofrido envólucro espiritual, para diante dos que buscam por ensinamentos em suas dores e aflições, encontrem ali, acima de tudo, o colo e a compaixão de quem entende a dor do seu irmão (sim, todos somos irmãos, filhos de um mesmo pai) e trazem consigo um antídoto, ensinando o poder analgésico e transformador que tem a fé.

Não podemos esquecer que Espíritos zombeteiros podem se passar por Espíritos evoluídos e o que os diferenciam é o teor da mensagem passada.

“Aquele que tem ouvidos para ouvir, que ouça! Todas as coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mateus 11:15 e 11:27).

Eles se fazem “menores” a seu ver, para que no momento da comunicação você não se sinta em nenhum momento humilhado ou tolo, como se sentiria se diante de um “Doutor” estivesse.

Eles falam como falamos com as crianças, porque independente da idade, diante de Deus, todos somos pequeninos, aprendendo 3 simples lições:

Primeira:
•Escutar - a voz do coração

Segunda:
•Falar - depois de ter feito a primeira

Terceira:
•Caminhar - no caminho do bem

Sábios em manipular os elementos que a Divina criação nos presenteia, estes Espíritos, manipulam o poder magnético de cada um deles, tendo um papel importantíssimo na quebra de feitiços maléficos, sejam eles com ou sem auxílio material. Possuem também como todo elevado espírito, o poder de cura, constantemente realizadas em benzimentos com ervas mas nunca sem o auxílio primordial da fé conjunta com o necessitado.

Quando a Humanidade tiver total ciência de que o poder dos bons pensamentos, atos e acima de tudo, da fé são tão grandes que por si só fazem valer a lei do merecimento, os Pretos Velhos poderão se quiserem, abrir mão de qualquer particularidade, da defumação que o seu cachimbo com ervas medicinais faz para limpar o campo energético do encarnado, sujo por ruins pensamentos, não mais utilizarão velas, pois teremos poder mental suficiente de ligação com as forças supremas sem necessidade de chama, seremos a faísca que se ligará com o todo, enfim o Preto Velho poderá vir em terra puramente, de mãos vazias de matéria e cheias de luz se revelando como ele realmente é.

Mas enquanto uma única alma precisar do auxílio dessas poderosas ferramentas energéticas, elas serão sim utilizadas

Quem de fato precisa evoluir, somos nós e não eles. Se nos falta muito estudo, compreensão e compaixão pra entender os irmãos de caminhada, imagine o que nos falta para poder compreender inteiramente a espiritualidade.

E se fica a dúvida de até quando se farão necessárias as manifestações do modo que são feitas até o presente momento, como disse um sábio Vovozinho certa vez, aqui vos digo: “Assim será até quando Zâmbi (Deus) quiser.”

Jackelline Furuuti
Blog Letra Espírita




Leia mais

11/01/2018

Não Lembro de Nada


O assunto objeto desta matéria com certeza trará para alguns bastante dissabor e repulsa, pois tocará na vaidade e no ego daqueles que não querem que venham à baila determinadas verdades atinentes ao fenômeno da incorporação. No entanto, como o compromisso do Jornal Umbanda Hoje é ver os adeptos da religião mais esclarecidos e livres de determinados mitos que tanto prejudicam os iniciantes no culto, resta-nos tão somente esclarecermos um ponto nevrálgico sobre o presente tema., 
Sabemos que na Umbanda fala-se muito em mediunidade de incorporação semiconsciente e inconsciente, que, via de regra, ensejam verdadeiras dicussões doutrinárias a respeito.

Não vamos nos ater a explicarmos o processo de acoplamento de um espírito aos chakras e centros nervosos do médium, sendo tema para o futuro.

As incorporações em que os espíritos deixam completamente inconsciente o médium, com tomada integral de todas as faculdades biopsicomotoras, é fenômeno raríssimo nas religiões mediúnicas. Em tempos imemoriais, foi a forma encontrada pelos espíritos para cumprirem suas missões no plano físico sem que o medianeiro pudesse interferir em suas tarefas, pois muitas pessoas não acreditavam na ação dos espíritos sobre o corpo humano e, por isto, se tivessem alguma porcentagem de consciência, acabariam por intervir, voluntária ou involuntáriamente, no labor dos amigos espirituais.

O fato é que, na mediunidade de incorporação semiconsciente, que, diga-se de passagem, também tem seus graus de variação, o espírito ao desprender-se do médium com o qual trabalha, deixa neste quase que a totalidade das informações recebidas ou transmitidas durante uma sessão. Caso haja alguma necessidade, o espírito, atuando no sistema nervoso central e também no cérebro, pode fazer com que o médium deixe de lembrar de alguma coisa, mas isto é exceção. A regra é o médium lembrar-se de quase tudo que foi dito pelo espírito trabalhador.

Neste sentido, muito importante é o respeito e a obediência que os médiuns devem ter para com o segredo de sacerdócio, tópico que analisaremos oportunamente.

Infelizmente alguns médiuns que trabalham semiconscientemente insistem em dizer que não se lembram de nada depois que o espírito interventor se afasta. E o fazem por duas razões básicas: primeiro, querem dar um maior valor a sua mediunidade, dizendo: ” eu sou especial porque trabalho sem consciência”; segundo, para se eximirem de responsabilidade, caso haja alguma comunicação equivocada, por influência do próprio médium, dizendo este depois: ” eu sou inconsciente, quem errou foi o espírito”.

Repito: a mediunidade de incorporação inconsciente ainda existe, mas é raríssima, e quem a tem geralmente não fala, porque é assunto pessoal, e também é circunstância difícil de ser provada.

Na atualidade, não se concebe deixar os iniciantes com a falsa idéia de que, incorporados por um espírito, sua mente se apagará temporariamente. Muitos médiuns sob a ação dos espíritos acham que não estão incorporados, visto terem ouvido de outros que, durante a manifestação dos espíritos, não há consciência no médium. Criam com isto uma série de dúvidas na mente dos iniciantes, fazendo com que muitos pensem até não serem médiuns de incorporação.

A Umbanda vai crescer. E crescerá através de médiuns mais preparados, mais esclarecidos em relação aos fenômenos mediúnicos. Desta forma, farão cair por terra falsas verdades que estão, infelizmente, ainda sendo difundidas irresponsavelmente por alguns.

Jornal Umbanda Hoje




Leia mais

10/01/2018

O Silêncio dos Lobos

O Silêncio dos Lobos

Pense em alguém poderoso.

Essa pessoa briga e grita como uma galinha ou olha em calmo silêncio, como um lobo?

Os lobos não gritam.

Eles têm uma aura de força e poder. Observam em silêncio.

Somente os poderosos, sejam lobos, homens ou mulheres, respondem a um ataque verbal com o silêncio.


Além disso, quem evita dizer tudo o que tem vontade, raramente se arrepende por magoar alguém com palavras ásperas e impensadas.

Exatamente por isso, o primeiro e mais óbvio sinal de poder sobre si mesmo é o silêncio em momentos críticos.

Se você está em silêncio, olhando para o problema, mostra que está pensando, sem tempo para debates fúteis.

Se for uma discussão que já deixou o terreno da razão, quem silencia e continua a trabalhar mostra que já venceu, mesmo quando o outro lado insiste em gritar a sua derrota.

Olhe… sorria… silencie… vá em frente.


Lembre-se de que há momentos de falar e há momentos de silenciar.

Escolha qual desses momentos é o correto, mesmo que tenha que se esforçar para isso.

Por alguma razão, provavelmente cultural, somos treinados para a (falsa) ideia de que somos obrigados a responder a todas as perguntas e reagir a todos os ataques.

Não é verdade. Você responde somente ao que quer responder e reage somente ao que quer reagir.

Você nem mesmo é obrigado a atender seu telefone pessoal.

Falar é uma escolha, não uma exigência, por mais que assim o pareça.

Você pode escolher o silêncio.

Além disso, você não terá que se arrepender por coisas ditas em momentos impensados, como defendeu Xenócrates, mais de trezentos anos antes de Cristo, ao afirmar:

“Arrependo-me de coisas que disse, mas jamais de meu silêncio.”


Responda com o silêncio, quando for necessário.

Use sorrisos, não sorrisos sarcásticos, mas reais, use o olhar, use um abraço ou use qualquer outra coisa para não ter que responder em alguns momentos.

Você verá que o silêncio pode ser a mais poderosa das respostas.

E, no momento certo, a mais compreensiva e real delas.


Aldo Novak







Leia mais

09/01/2018

As Mensagens que a Mediunidade nos Traz

As Mensagens que a Mediunidade nos Traz

Qual é a mensagem que a mediunidade nos traz?

Quando a mediunidade aparece, é um sinal dizendo:
"Está na hora de evoluir espiritualmente e sair do sono evolutivo em que sua alma está."

É um sinal que avisa que chegou o momento de se tornar útil para o universo, ajudando Deus Pai, Nosso Criador em Sua missão, que é a evolução espiritual em massa. É por isso que ela aflora. Simplesmente porque todos nós temos que trabalhar nossa mediunidade, já que temos que contribuir para a evolução consciente do universo.

Existem muitas pessoas que sentem um impulso interior, e por sua natureza particular, acabam se integrando ao fluxo evolutivo do universo, desenvolvendo atitudes altruístas, mostrando força de vontade espiritual, porém muitas vezes, nem se dão conta que existe esse termo: Mediunidade.

Por que isso?

Simplesmente porque uma consciência altruísta, (que é e sempre foi a mensagem presente como pano de fundo, toda vez que o assunto é a mediunidade), já está impregnada na essência da pessoa.

A mediunidade manifesta um sinal do universo, que indica sutilmente que ela precisa se alinhar a vontade maior de Deus. O aviso acontece como uma leve dica que o Grande Pai nos dá, se mostrando como um chamado da consciência do indivíduo para uma causa maior. Digo leve, porque naturalmente quando não há compreensão, os avisos continuam a surgir, no entanto com maior nível de cobrança e rigor, que podem se manifestar por dores, crises, conflitos e desequilíbrios de toda ordem. Não porque Deus é punitivo e castiga, mas porque trancar a correnteza do rio, nadar contra a maré, sempre gerará consequências.

E a Mente Superior, por diversas vezes dá indícios ao indivíduo, que já passou da hora de se reconhecer plenamente como um ser espiritual, que é o momento de aprofundar o estudo, e praticar um estilo de vida voltado para a evolução e a expansão da consciência. Principalmente compreender que o mundo físico, materialista e alienado do Todo, é apenas um teatro necessário para nossa experiência e evolução.

Nunca poderemos nos perder nos conceitos e paradigmas (às vezes tão complicados) relacionados à temática. Isso porque toda forma de mediunidade sempre será um convite para a pessoa na jornada da reforma íntima.


A mediunidade como um instrumento de evolução

Uma alma que vem para esse mundo, com o propósito de evoluir, acomoda-se em um corpo físico. E isso, varia, com a necessidade que se tem para realizar seus resgates e aprendizados.

Esse comentário é para lembrar que a mediunidade não é boa nem ruim! Ela simplesmente é a condição que a pessoa precisa para evoluir. Estando muito vinculada a sua forma de utilização.

A mediunidade é um termo que vem do latim e significa intermediário. É uma faculdade psíquica ou sensibilidade extra-física. Está presente em todas as pessoas. Sempre! O que difere é que em algumas ela aparece pouco evidente, enquanto que em outras se mostra desenvolvida, aguçada.

Em resumo, todos somos médiuns, alguns mais desenvolvidos, outros menos. A maior parte das pessoas desconhece esse fato.

A mediunidade pode ocorrer de várias formas. A exemplo da vidência, clarividência (enxergar com os olhos da mente), clariaudiência (ouvir sons extra-físicos), psicografia (a canalização e escrita de mensagens vindas de planos extra-físicos), entre outras diversas formas.
Mas para que serve a mediunidade? Como usá-la? Qual o(s) desafio (s) que enfrenta uma pessoa que apresenta sua mediunidade desenvolvida?

O indivíduo evoluído nessa faculdade, principalmente com consciência disso tudo, aprende a aproveitar as percepções do plano espiritual. Trazendo esse conhecimento das dimensões superiores, para o plano físico. A pessoa consegue acessar informações, que para maioria é algo místico, esotérico, desconhecido. E é aí que começam os grandes desafios, afinal essa mediunidade acarreta aumento de sua responsabilidade, no sentido de utilizar com sabedoria suas percepções extra-físicas. Afinal, esse dito dom da mediunidade, acaba tornando a pessoa alguém diferente, o que não é verdade... Essa diferença, perante o estilo de vida aqui na Terra pode gerar muitas consequências. Abaixo algumas delas:

Rejeição:
Das pessoas em relação ao médium, por considerá-lo, louco, insano, etc;
Do médium em relação à mediunidade, por não querer enfrentar a responsabilidade, por insegurança, etc;

Medo:
Das pessoas em relação ao médium, afinal ele é alguém que se comunica com o mundo dos mortos;
Do médium em relação a essa faculdade psíquica. Por desconhecer e por não ter confiança, por não saber o que fazer e como fazer. Afinal os impactos que implicam no uso dessa mediunidade podem ser desastrosos, quando sem sabedoria e discernimento;

Admiração:
A admiração das pessoas em relação ao médium. Por ser considerado alguém diferente, que pode ter acesso a alguns mistérios ocultos para a maioria das pessoas. Essa admiração pode gerar a idolatria. Pode também gerar a vaidade excessiva por parte do médium, originando fascínio.

Fascínio:
O médium se fascina pelos acontecimentos e por seu dom. Ele pode se achar especial, sentindo-se superior aos demais. O fascínio pode ser considerado uma das piores formas de obsessão. Uma porque cega a pessoa, e outra porque é alimentada por ela mesma, distante de sua essência, cheia de ego e alienação. Nesse caso, as conseqüências podem ser desastrosas.

A pessoa que nasce com elevado desenvolvimento mediúnico, só vem com esse projeto de vida, pela necessidade que tem de aprender a lidar com esses aspectos inferiores da personalidade, que somente assim poderiam ser aflorados para gerar o aprendizado. O desafio é grande, porque a chance da pessoa incorrer nesses deslizes é muito constante. Isso porque, aos olhos do leigo, distanciado do entendimento da missão da sua alma, a mediunidade é um poder digno dos Reis. Grande armadilha!

Ser médium não é ser melhor ou pior que ninguém! Trata-se apenas de fazer parte de um projeto de evolução, que precisa da mediunidade como um instrumento de crescimento. Uma técnica pedagógica específica, para um tipo de aprendizado também específico.

Muitas pessoas, com níveis elevados de mediunidade, costumam cometer os seguintes equívocos:

  • Usar o dom de forma inadequada, negativa, voltado para interesses apenas pessoais;
  • Se fascinar, cair no ego, na vaidade, pelo fato de iludir-se com os acontecimentos;
  • Renegam completamente, pelo medo que têm de enfrentar os desafios que virão, que realmente são vários;

A maior meta:

  • Usar a mediunidade como um instrumento para melhorar a humanidade. 
  • Aprender a utilizá-la de forma honesta, idônea, voltada para o bem maior. 
  • Colocando-se permanentemente como instrumento de ajuda para a evolução da humanidade. 
  • Deixar a energia grandiosa de Deus fluir, pela bondade e pelo amor.

Se o médium souber trilhar sua vida com humildade, constância de propósito, usando essa força com discernimento, também poderá viver inserido em uma atmosfera espiritual linda, agradável, amorosa, verdadeiramente encantadora. É preciso ficar atento, sempre, a todo instante. Orai e vigiai funciona bem, pense nisso!!!

Por: Bruno J. Gimenes e Patrícia Cândido






Leia mais

26/12/2017

A Suave Luz do Terreiro de Umbanda

A Suave Luz do Terreiro de Umbanda

Soa a campainha três vezes, chamando os médiuns. É hora de mais um encontro sagrado com os Orixás.

Encaminhando-se lentamente em direção ao terreiro, já se sente o aroma das ervas queimadas, e os cânticos de quem vai cruzando o templo com os defumadores.

Cada um vai se concentrando, guias de variadas cores na mão, já sentindo as vibrações no plexo esplênico, sintonizando-se com as vibrações das entidades protetoras da casa. Os atabaques começam a tocar, e cada um passa cantando pelo defumador na entrada, sensação boa de irmandade com aqueles que defumam cada filho de santo e depois toda a assistência, preparando para mais uma noite de trabalhos espirituais.

Ao pisar no espaço abençoado, o pensamento de cumprir mais uma missão, permeando todo o corpo com os fluidos magnéticos que impregnam o ambiente, e que circulam sob as batidas persistentes, sob as vozes uníssonas.

Chega-se ao congá, pedindo proteção aos chefes espirituais, às entidades que participam das egrégoras do terreiro, e em muda prece, faz-se a oração de alma, pedindo proteção por mais esta noite, batendo cabeça para cada orixá ali presente e sobretudo, á Oxalá, que através da imagem ali presente, parece olhar cada um, enchendo de ânimo, Amor e Fé.

Enfim, o médium conseguiu ali chegar, lutando contra o cansaço, a fome, os percalços do dia, seus problemas pessoais, seus embate e vivências. Conseguiu combater o desânimo, a preguiça, e toda uma série de contratempos que parecem lhe afastar da meta. Mas ali está, nada mais importa, agora é o tempo dos caboclos, dos pretos velhos, e de todas as falanges que lhes seguem, compondo o círculo sagrado das emanações da Luz Divina.

Ao início dos trabalhos, sempre cantando, o corpo acordando para as danças ancestrais, pede-se proteção ao anjo da guarda na missão abençoada, e todos se prostram para mais uma gira, reverenciando humildemente todas as evocações do chefe espiritual da casa, já incorporado no Babalorixá, comandando com a firmeza de sempre, mostrando sua Força ao manter tudo na mais perfeita harmonia, mesmo entre tantas emanações que reverberam em toda parte, incluindo a assistência, de onde vem angústias, dores e empecilhos.

Os caboclos chegam girando, cortando as demandas, quebrando grilhões com seus gritos, que cortam o ar, em mais vibrações que são como raios que dispersam toda dor, toda aflição.

Desfilam os caboclos de Oxóssi, trazendo o frescor das matas, o Prana vital da Natureza. Os caboclos de Ogum perfilam-se em harmonia, guerreiros incansáveis da Paz. E os atabaques contam as façanhas de Xangô, e o terreiro se enche de caboclos que trazem das pedreiras a Magia, a Luz, a energia que tudo equilibra.

A gira prossegue, e agora são os pretos velhos que se aproximam, com seu passo lento e olhar sereno, procuram seus cavalos, seus banquinhos, seus cachimbos, pembas e mandingas, e começam suas consultas. Sem pressa alguma, acolhem cada filho, lhes dão passes, e palavras de alento. Aconselham, contam histórias, trabalham com seus cambones, de maneira calma e ininterrupta, dando assistência a todo e qualquer apelo, corrigindo os pensamentos sem uma palavra rude, mostrando os caminhos, sem interferir nos arbítrios, ao mesmo tempo que em silêncio, vão limpando as auras, curando dores, atuando muito mais do que falam, pois são os mais sábios.

A madrugada se aproxima, é preciso terminar os trabalhos. Vão-se os pretos velhos em suas manifestações, para se colocarem ao lado de seus médiuns, junto de todos os outros guias espirituais.

Todos se ajoelham novamente, agradecem por mais uma oportunidade de trabalho edificante, cada um com seus próprios anseios apaziguados. Além do cansaço físico, sentem-se renovados em energia, pois o maior alimento é a Caridade prestada.

As luzes voltam a clarear com força, trazendo cada um ao plano terreno. É o momento de todos se confraternizarem com abraços e sorrisos, enquanto se reúnem mais uma vez, para bater a cabeça diante o congá, imantado das poderosas forças que lhe habitam. Cada um cumprimenta o Babalorixá e prepara-se para a volta para casa. Muitos, levarão horas para chegarem em seus destinos.

E,enquanto isso, no terreiro, nesse momento iluminado apenas com as luzes das velas, ainda ficará muitas horas fervilhando com a espiritualidade ali presente, até que todos os pedidos sejam auxiliados, todos os nós desatados, todas as demandas desmanchadas.

Suave Luz do terreiro de Umbanda, que permanece mostrando a presença da Senhora Velada, a infinita Sabedoria traduzida em Paz, Amor, Perdão, Serenidade e Equilíbrio, a verdadeira Jornada.

Salve Umbanda querida! Salve Orixás Benditos! Que sua Luz sempre brilhe sobre nós, que estamos na Busca.! Obrigado pelos caminhos, obrigado pelas lições, obrigado por ter-nos permitido vê-la, e em ti vivê-la!

Alex de Oxóssi



Leia mais
Topo