Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

09/01/2018

As Mensagens que a Mediunidade nos Traz

As Mensagens que a Mediunidade nos Traz

Qual é a mensagem que a mediunidade nos traz?

Quando a mediunidade aparece, é um sinal dizendo:
"Está na hora de evoluir espiritualmente e sair do sono evolutivo em que sua alma está."

É um sinal que avisa que chegou o momento de se tornar útil para o universo, ajudando Deus Pai, Nosso Criador em Sua missão, que é a evolução espiritual em massa. É por isso que ela aflora. Simplesmente porque todos nós temos que trabalhar nossa mediunidade, já que temos que contribuir para a evolução consciente do universo.

Existem muitas pessoas que sentem um impulso interior, e por sua natureza particular, acabam se integrando ao fluxo evolutivo do universo, desenvolvendo atitudes altruístas, mostrando força de vontade espiritual, porém muitas vezes, nem se dão conta que existe esse termo: Mediunidade.

Por que isso?

Simplesmente porque uma consciência altruísta, (que é e sempre foi a mensagem presente como pano de fundo, toda vez que o assunto é a mediunidade), já está impregnada na essência da pessoa.

A mediunidade manifesta um sinal do universo, que indica sutilmente que ela precisa se alinhar a vontade maior de Deus. O aviso acontece como uma leve dica que o Grande Pai nos dá, se mostrando como um chamado da consciência do indivíduo para uma causa maior. Digo leve, porque naturalmente quando não há compreensão, os avisos continuam a surgir, no entanto com maior nível de cobrança e rigor, que podem se manifestar por dores, crises, conflitos e desequilíbrios de toda ordem. Não porque Deus é punitivo e castiga, mas porque trancar a correnteza do rio, nadar contra a maré, sempre gerará consequências.

E a Mente Superior, por diversas vezes dá indícios ao indivíduo, que já passou da hora de se reconhecer plenamente como um ser espiritual, que é o momento de aprofundar o estudo, e praticar um estilo de vida voltado para a evolução e a expansão da consciência. Principalmente compreender que o mundo físico, materialista e alienado do Todo, é apenas um teatro necessário para nossa experiência e evolução.

Nunca poderemos nos perder nos conceitos e paradigmas (às vezes tão complicados) relacionados à temática. Isso porque toda forma de mediunidade sempre será um convite para a pessoa na jornada da reforma íntima.


A mediunidade como um instrumento de evolução

Uma alma que vem para esse mundo, com o propósito de evoluir, acomoda-se em um corpo físico. E isso, varia, com a necessidade que se tem para realizar seus resgates e aprendizados.

Esse comentário é para lembrar que a mediunidade não é boa nem ruim! Ela simplesmente é a condição que a pessoa precisa para evoluir. Estando muito vinculada a sua forma de utilização.

A mediunidade é um termo que vem do latim e significa intermediário. É uma faculdade psíquica ou sensibilidade extra-física. Está presente em todas as pessoas. Sempre! O que difere é que em algumas ela aparece pouco evidente, enquanto que em outras se mostra desenvolvida, aguçada.

Em resumo, todos somos médiuns, alguns mais desenvolvidos, outros menos. A maior parte das pessoas desconhece esse fato.

A mediunidade pode ocorrer de várias formas. A exemplo da vidência, clarividência (enxergar com os olhos da mente), clariaudiência (ouvir sons extra-físicos), psicografia (a canalização e escrita de mensagens vindas de planos extra-físicos), entre outras diversas formas.
Mas para que serve a mediunidade? Como usá-la? Qual o(s) desafio (s) que enfrenta uma pessoa que apresenta sua mediunidade desenvolvida?

O indivíduo evoluído nessa faculdade, principalmente com consciência disso tudo, aprende a aproveitar as percepções do plano espiritual. Trazendo esse conhecimento das dimensões superiores, para o plano físico. A pessoa consegue acessar informações, que para maioria é algo místico, esotérico, desconhecido. E é aí que começam os grandes desafios, afinal essa mediunidade acarreta aumento de sua responsabilidade, no sentido de utilizar com sabedoria suas percepções extra-físicas. Afinal, esse dito dom da mediunidade, acaba tornando a pessoa alguém diferente, o que não é verdade... Essa diferença, perante o estilo de vida aqui na Terra pode gerar muitas consequências. Abaixo algumas delas:

Rejeição:
Das pessoas em relação ao médium, por considerá-lo, louco, insano, etc;
Do médium em relação à mediunidade, por não querer enfrentar a responsabilidade, por insegurança, etc;

Medo:
Das pessoas em relação ao médium, afinal ele é alguém que se comunica com o mundo dos mortos;
Do médium em relação a essa faculdade psíquica. Por desconhecer e por não ter confiança, por não saber o que fazer e como fazer. Afinal os impactos que implicam no uso dessa mediunidade podem ser desastrosos, quando sem sabedoria e discernimento;

Admiração:
A admiração das pessoas em relação ao médium. Por ser considerado alguém diferente, que pode ter acesso a alguns mistérios ocultos para a maioria das pessoas. Essa admiração pode gerar a idolatria. Pode também gerar a vaidade excessiva por parte do médium, originando fascínio.

Fascínio:
O médium se fascina pelos acontecimentos e por seu dom. Ele pode se achar especial, sentindo-se superior aos demais. O fascínio pode ser considerado uma das piores formas de obsessão. Uma porque cega a pessoa, e outra porque é alimentada por ela mesma, distante de sua essência, cheia de ego e alienação. Nesse caso, as conseqüências podem ser desastrosas.

A pessoa que nasce com elevado desenvolvimento mediúnico, só vem com esse projeto de vida, pela necessidade que tem de aprender a lidar com esses aspectos inferiores da personalidade, que somente assim poderiam ser aflorados para gerar o aprendizado. O desafio é grande, porque a chance da pessoa incorrer nesses deslizes é muito constante. Isso porque, aos olhos do leigo, distanciado do entendimento da missão da sua alma, a mediunidade é um poder digno dos Reis. Grande armadilha!

Ser médium não é ser melhor ou pior que ninguém! Trata-se apenas de fazer parte de um projeto de evolução, que precisa da mediunidade como um instrumento de crescimento. Uma técnica pedagógica específica, para um tipo de aprendizado também específico.

Muitas pessoas, com níveis elevados de mediunidade, costumam cometer os seguintes equívocos:

  • Usar o dom de forma inadequada, negativa, voltado para interesses apenas pessoais;
  • Se fascinar, cair no ego, na vaidade, pelo fato de iludir-se com os acontecimentos;
  • Renegam completamente, pelo medo que têm de enfrentar os desafios que virão, que realmente são vários;

A maior meta:

  • Usar a mediunidade como um instrumento para melhorar a humanidade. 
  • Aprender a utilizá-la de forma honesta, idônea, voltada para o bem maior. 
  • Colocando-se permanentemente como instrumento de ajuda para a evolução da humanidade. 
  • Deixar a energia grandiosa de Deus fluir, pela bondade e pelo amor.

Se o médium souber trilhar sua vida com humildade, constância de propósito, usando essa força com discernimento, também poderá viver inserido em uma atmosfera espiritual linda, agradável, amorosa, verdadeiramente encantadora. É preciso ficar atento, sempre, a todo instante. Orai e vigiai funciona bem, pense nisso!!!

Por: Bruno J. Gimenes e Patrícia Cândido






Leia mais

26/12/2017

A Suave Luz do Terreiro de Umbanda

A Suave Luz do Terreiro de Umbanda

Soa a campainha três vezes, chamando os médiuns. É hora de mais um encontro sagrado com os Orixás.

Encaminhando-se lentamente em direção ao terreiro, já se sente o aroma das ervas queimadas, e os cânticos de quem vai cruzando o templo com os defumadores.

Cada um vai se concentrando, guias de variadas cores na mão, já sentindo as vibrações no plexo esplênico, sintonizando-se com as vibrações das entidades protetoras da casa. Os atabaques começam a tocar, e cada um passa cantando pelo defumador na entrada, sensação boa de irmandade com aqueles que defumam cada filho de santo e depois toda a assistência, preparando para mais uma noite de trabalhos espirituais.

Ao pisar no espaço abençoado, o pensamento de cumprir mais uma missão, permeando todo o corpo com os fluidos magnéticos que impregnam o ambiente, e que circulam sob as batidas persistentes, sob as vozes uníssonas.

Chega-se ao congá, pedindo proteção aos chefes espirituais, às entidades que participam das egrégoras do terreiro, e em muda prece, faz-se a oração de alma, pedindo proteção por mais esta noite, batendo cabeça para cada orixá ali presente e sobretudo, á Oxalá, que através da imagem ali presente, parece olhar cada um, enchendo de ânimo, Amor e Fé.

Enfim, o médium conseguiu ali chegar, lutando contra o cansaço, a fome, os percalços do dia, seus problemas pessoais, seus embate e vivências. Conseguiu combater o desânimo, a preguiça, e toda uma série de contratempos que parecem lhe afastar da meta. Mas ali está, nada mais importa, agora é o tempo dos caboclos, dos pretos velhos, e de todas as falanges que lhes seguem, compondo o círculo sagrado das emanações da Luz Divina.

Ao início dos trabalhos, sempre cantando, o corpo acordando para as danças ancestrais, pede-se proteção ao anjo da guarda na missão abençoada, e todos se prostram para mais uma gira, reverenciando humildemente todas as evocações do chefe espiritual da casa, já incorporado no Babalorixá, comandando com a firmeza de sempre, mostrando sua Força ao manter tudo na mais perfeita harmonia, mesmo entre tantas emanações que reverberam em toda parte, incluindo a assistência, de onde vem angústias, dores e empecilhos.

Os caboclos chegam girando, cortando as demandas, quebrando grilhões com seus gritos, que cortam o ar, em mais vibrações que são como raios que dispersam toda dor, toda aflição.

Desfilam os caboclos de Oxóssi, trazendo o frescor das matas, o Prana vital da Natureza. Os caboclos de Ogum perfilam-se em harmonia, guerreiros incansáveis da Paz. E os atabaques contam as façanhas de Xangô, e o terreiro se enche de caboclos que trazem das pedreiras a Magia, a Luz, a energia que tudo equilibra.

A gira prossegue, e agora são os pretos velhos que se aproximam, com seu passo lento e olhar sereno, procuram seus cavalos, seus banquinhos, seus cachimbos, pembas e mandingas, e começam suas consultas. Sem pressa alguma, acolhem cada filho, lhes dão passes, e palavras de alento. Aconselham, contam histórias, trabalham com seus cambones, de maneira calma e ininterrupta, dando assistência a todo e qualquer apelo, corrigindo os pensamentos sem uma palavra rude, mostrando os caminhos, sem interferir nos arbítrios, ao mesmo tempo que em silêncio, vão limpando as auras, curando dores, atuando muito mais do que falam, pois são os mais sábios.

A madrugada se aproxima, é preciso terminar os trabalhos. Vão-se os pretos velhos em suas manifestações, para se colocarem ao lado de seus médiuns, junto de todos os outros guias espirituais.

Todos se ajoelham novamente, agradecem por mais uma oportunidade de trabalho edificante, cada um com seus próprios anseios apaziguados. Além do cansaço físico, sentem-se renovados em energia, pois o maior alimento é a Caridade prestada.

As luzes voltam a clarear com força, trazendo cada um ao plano terreno. É o momento de todos se confraternizarem com abraços e sorrisos, enquanto se reúnem mais uma vez, para bater a cabeça diante o congá, imantado das poderosas forças que lhe habitam. Cada um cumprimenta o Babalorixá e prepara-se para a volta para casa. Muitos, levarão horas para chegarem em seus destinos.

E,enquanto isso, no terreiro, nesse momento iluminado apenas com as luzes das velas, ainda ficará muitas horas fervilhando com a espiritualidade ali presente, até que todos os pedidos sejam auxiliados, todos os nós desatados, todas as demandas desmanchadas.

Suave Luz do terreiro de Umbanda, que permanece mostrando a presença da Senhora Velada, a infinita Sabedoria traduzida em Paz, Amor, Perdão, Serenidade e Equilíbrio, a verdadeira Jornada.

Salve Umbanda querida! Salve Orixás Benditos! Que sua Luz sempre brilhe sobre nós, que estamos na Busca.! Obrigado pelos caminhos, obrigado pelas lições, obrigado por ter-nos permitido vê-la, e em ti vivê-la!

Alex de Oxóssi



Leia mais

O Compromisso de Ser Umbandista

O Compromisso de Ser Umbandista

A mediunidade é uma das chamadas mais precisas para seguir no caminho da Umbanda, porém, a mediunidade não se limita apenas na incorporação. Por quê digo isso? Muitos confundem a Umbanda com uma espécie de casa que apenas acolhe ou principalmente acolhe médiuns de incorporação, mas a mediunidade é complexa, ela abrange qualquer tipo de comunicado com o plano espiritual, desde uma intuição, uma percepção, inspiração, visão, audição, incorporação e outros.

Todos que na Umbanda se desenvolvem fazem por onde desenvolverem o tipo de mediunidade que mais está acentuada em seu interior, porém, também desenvolvem outros tipos se for o caso. Com isso, todos que fazem parte de uma corrente umbandista são médiuns preparados ou em processo de desenvolvimento, por isso no nome da corrente é ''CORRENTE MEDIÚNICA''. Sendo assim, o compromisso de um umbandista é o compromisso de ser um médium, e, quando nossa mediunidade é despertada passamos a trabalha-lá para que assim através dela possamos ajudar a evolução do próximo e a nossa própria evolução espiritual, enfim, passamos a trabalhar em prol da evolução espiritual de todos e de tudo, desta forma zelando por nosso corpo espiritual para que assim possamos enfrentar as barreiras da vida física.

Para que todo um desenvolvimento ocorra, para que toda esta evolução ao lado de muito trabalho espiritual flua, o indivíduo tem que assumir um compromisso disposto a se dedicar com seriedade, presteza, amor e muita fé. Mas isso privará a pessoa de sua vida pessoal? Jamais, as religiões justamente são um auxílio para que as pessoas vivam de maneira mais espirituosa, para que elas saibam lidar com as diversificadas situações da vida física e para que constantemente fortaleçam e zelem de seus corpos espirituais, pois, ambos os corpos, tanto o físico como o espiritual são de extrema importância para nós, dependemos do físico em dia para vivermos a vida carnal bem e do espiritual em dia para reabastecer o corpo físico com boas energias e para vivermos uma vida eterna na transição entre os dois mundos de forma evolutiva e construtiva.

O compromisso espiritual é mais um de grande importância que escolhe para seu ciclo, sendo assim, ele vem a somar com os outros compromissos e terá seu espaço assim como os demais. A exigência é apenas que após assumir um compromisso o abrace e o siga com respeito e seriedade, não deixando como última prioridade em sua vida, todos os compromissos que assumimos para nós devem ter o mesmo grau de importância, apenas divididos e cumpridos cada um em seu espaço, sem tomar a frente do outro. Se comprometer com amor e dedicação ao culto não é apenas fazer isto por si, mas sim pelo seus irmãos de fé que ali estão com o mesmo objetivo, quando se falta num trabalho espiritual por motivos supérfluos, quando não se dispõe a lutar pelo andamento do templo, quando não cumpre seus afazeres espirituais, você não estará somente atrasando seus preceitos espirituais, mas sim atrapalhando o seus irmãos e a todos que em seu templo frequentam, pois uma corrente deve ter todos os elos firmes, e basta apenas um elo frouxo ou quebrado para toda uma corrente arrebentar.

Ser médium é um compromisso em qualquer segmento desde que passe a trabalhar esta mediunidade a colocando em prática, mas é importante lembrar que mediunidade não é sinônimo de incorporação, existem diversificadas formas de desenvolver a mediunidade, e a Umbanda trabalha com todas elas.

Carlos Pavão




Leia mais

19/11/2017

O Benzimento

O Benzimento

Segundo o dicionário, a palavra benzer vem de fazer a cruz. E é com esse símbolo que a maioria dos benzimentos tem início.

Na cultura popular, corpo e espírito não se separam, tampouco desliga-se o homem do cosmos, ou a vida da religião. Para todos os males que atingem o corpo e a alma do homem sempre há uma reza para curar. É por isso que, apesar do tempo e dos avanços da medicina, a tradição dos benzedores ainda persiste na nossa moderna sociedade capitalista.

Acreditando ou não no poder da reza, tem sempre aqueles que procuram, nas rezas e nas benzeções, uma cura para a sua doença ou um alívio para a sua dor.

O que é o benzimento?

Benzer significa tornar Bento ou Santo. Benzer uma pessoa é o ato de rezá-la, pedindo que dela se afastem todos os males ou o mal específico que lhe esteja afligindo.

Faz-se o “sinal da cruz” sobre a pessoa, animal ou objeto, recitando orações diversas com o objetivo de consagrá-la ao divino e pedir para o favor do céu, abençoando.

A bênção é um veículo que possibilita ao seu executor estabelecer relações de solidariedade e de aliança com os santos, de um lado, com os homens de outro e entre ambos, simultaneamente (Oliveira, 1985).

É uma prática muito antiga a muitas culturas, mas aqui no Brasil ganhou força no período da colonização junto aos imigrantes que chegaram.

Vale lembrar que os próprios Índios aqui já estabelecidos praticavam seus rituais de cura dentro de um conjunto de orações no seu próprio dialeto.

A maioria das benzedeiras são idosas, católicas, com pouca escolaridade e baixa renda.

Elas encaram seu ofício como um serviço assumido por tradição e em resposta a necessidades, da comunidade. Não cobram pelos benzimentos, mas geralmente os que procuram seus serviços, levam presentes como forma de agradecimento.

No quadro dos colonos tínhamos duas classes predominantes no Benzimento:

As parteiras e os benzedeiros.

O benzimento é uma técnica simples, independente de crença ou religião, de dia, lua, horário ou local para ser praticado.

Quem pode benzer?

Alguns dizem que o benzimento só pode ser praticado quando se aprende dentro de uma tradição ou quando se é passado por alguém da própria família.

A maioria das antigas benzedeiras relatam que aprenderam com alguém da família ou que foram apadrinhadas por outra benzedeira pois tinham o dom. Algumas relatam que receberam as orações e a missão de benzer durante um sonho.

Atualmente muitas pessoas defendem que para praticar o benzimento não é preciso ser médium, possuir dons espirituais, nem ter nenhum tipo de pré-requisito além da vontade de ajudar ao próximo. Sendo assim o Benzimento é livre a qualquer pessoa que queira aprender.

Qualquer pessoa pode fazê-lo desde que tenha fé na força que vem de Deus e que habita em cada um de nós.

Através da vontade no bem, criamos um campo fluidico cheio de magnetismo benéfico, repleto de agentes restauradores de forças e energias gastas, que ao serem repostas, atuam na reparação dos males que se instalaram.

O que pode ser benzido?

As enfermidades curadas pelas benzedeiras se configuram como perturbações que atingem não apenas o corpo, a esfera física, mas estão relacionadas a questões sociais, psicológicas e/ou espirituais que afetam o cotidiano.

Enquanto a Medicina científica se concentra nos aspectos biológicos do processo saúde-doença, a benzeção ocupa-se de perturbações que desequilibram a vida das pessoas e que podem ser causadas por um amplo leque de fatores, aproximando-se mais da forma subjetiva como as pessoas vivenciam o processo saúde-doença. Além disso, a eficácia do benzimento está estreitamente relacionada ao modo como as pessoas percebem a saúde e a doença.

A BENZEDURA COMO PRÁTICA TERAPÊUTICA

Negócios, mal no corpo, doenças físicas, psicológicas ou espirituais, sapinho na boca, quebranto, mau olhado, etc. Algumas benzedeiras se especializam em determinadas rezas. Por exemplo: geralmente as mulheres benzem crianças e os homens picadas de cobra.

Elementos no benzimento

O dom ou a faculdade de curativa é inerente ao benzedor, a preferência por certo objeto, erva, ou certa gesticulação, serve-lhe de catalizador do próprio benzimento.

Os elementos utilizados são diversos, tais como:

Vela, tesoura, faca, carvão, ervas, água, ramos, sal, Bíblia, rosários, fios de linha, etc.

O elemento mais popular é o ramo. Algumas benzedeiras dizem que quando não usam o ramo o mal “vira prá elas”; após a reza, se a pessoa estiver carregada, as folhas ficam “murchas”. Pode-se usar qualquer tipo ramos de plantas para realizar o benzimento.

Dentre as ervas podemos citar a arruda, o alecrim, o alevante, o guiné. Pelas propriedades de cada uma delas, de limpar a energia negativa. Ou ainda alguma erva que a benzedeira use somente para esse fim.

Também são utilizados elementos em rezas específicas, como por exemplo uma faca para cortar o mau olhado ou o ramo de oliveira para a “vermelhidão”. No entanto é importante que aqueles que queiram iniciar a prática do benzimento saibam que os elementos não são necessários.

Quando mencionamos o uso de objetos dentro do benzimento, notamos que na realidade se vincula aos mesmos no plano etéreo suas atuações idênticas no plano físico.

Quando utilizamos facas para se benzer, nem sempre esta prática é bem aceita pois a associação que se faz com este elemento esta sempre ligada ao negativo. Olhando por um prisma espiritual verificaremos que a faca tem uma única função “CORTAR" e não se dever ser associado a ela a AÇÃO que o ser vivente toma com a mesma, sendo esta segunda de total responsabilidade de quem o faz.

Ao benzermos uma pessoa com o uso de uma faca, pouco importa sua forma ou alegoria que nela seja colocada, nem tão pouco se tenha corte ou não, pois em momento algum há o contato dela e de seu fio de corte com a pessoa que esta sendo benzida, ficando a atuação somente no campo ritualístico.

Os movimentos neste benzimento devem ser lentos para não assustar o assistido e vale lembrar que a fé é elemento propulsor de energia e sem a mesma nada se realiza.

Géro Maita



Leia mais

17/11/2017

Por Que os Maus se Dão Bem na Vida?

Por Que os Maus se Dão Bem na Vida?

De vez em quando vemos as pessoas fazerem a seguinte indagação:
Por que muitas pessoas boas, que ajudam os outros, estão mal, sofrendo, e ficam com suas vidas bloqueadas? E por que outras pessoas egoístas, orgulhosas, que prejudicam os outros, estão bem, ganham dinheiro, tudo em suas vidas dá certo e elas conseguem o que desejam?
Em primeiro lugar devemos dizer que não há como saber se essas pessoas estão mesmo bem e felizes. Alguns desses indivíduos egoístas, arrogantes, rancorosos, intolerantes etc, podem ter boas condições financeiras, família, uma vida confortável e ter poucos problemas, mas nada disso garante alegria e paz. A felicidade não se encontra em nenhuma destas coisas, mas num desprendimento interior, numa liberdade de ser e numa consciência que independem de qualquer aspecto da vida humana. Por isso, nada nos faz acreditar que essas pessoas são felizes. Talvez essa felicidade seja apenas uma aparência. Aliás quase tudo na vida humana é feito de imagens, de miragens e de ilusões. A imagem de felicidade e bem estar que muitas pessoas projetam a outras não é exceção.
Em segundo lugar, é preciso verificar se as pessoas que julgamos “boas” são tal como nós pensamos. O ser humano cria em sua mente um modelo de bondade, de santidade, de solidariedade que está baseado em suas crenças pessoais. Pessoas boas podem ser boas apenas na aparência, mas por dentro guardarem uma escuridão interior. Elas fingem ser bondosas a fim de ganhar alguma coisa com isso, nem que seja reconhecimento que vem alimentar seu ego. Por outro lado, muitas pessoas que são supostamente boas, caso tivessem poder, usariam mal esse poder adquirido. Vemos todos os dias situações parecidas com essa. Pessoas que pareciam ser boas apenas por não lhes ter sido dada a oportunidade de se mostrarem tal como são. Como diz a máxima: “Quer conhecer uma pessoa? Dê poder a ela.” É certo que muitos oprimidos anseiam em se tornar opressores. Ao invés de lutarem contra as injustiças, sonham em um dia terem as mesmas condições de seus algozes e ser como eles. Portanto, é preciso tomar cuidado com rótulos de bondade. Da mesma forma que não devemos fazer um julgamento de uma pessoa como sendo alguém mau e perverso, não devemos também julgar uma pessoa como sendo boa antes de conhece-la mais a fundo.

O terceiro ponto dessa resposta, e o mais importante, é entender que as pessoas realmente boas e puras estão mais adiantadas no caminho espiritual, e por esse motivo, estão aptas a enfrentar provas mais duras. Para entender esse ponto, vamos recorrer a um exemplo. Vamos imaginar um aluno da primeira série fazendo uma prova. Vamos imaginar também um aluno da sétima série fazendo uma prova. Cada um desses alunos realiza um exame que foi preparado de acordo com os conhecimentos do aluno dentro da série onde ele está. Alguém imagina o aluno da primeira série sendo obrigado a resolver as questões de uma prova da sétima série? Claro que não. O aluno da primeira série deverá fazer uma prova adaptada aos padrões da ensino da série em que se encontra.
O mesmo ocorre com as almas que vem a esse mundo. Cada alma possui um certo nível de amadurecimento espiritual. Os espíritos se encontram em certa fase de seu desenvolvimento. Uns são mais adiantados e outros são mais atrasados. As almas mais adiantadas devem obviamente realizar provas mais difíceis porque já estão aptas a serem bem sucedidas. As almas mais atrasadas, por outro lado, não estão preparadas para provações mais complexas, mais duras, mais pesadas, que exijam muito delas, pois se isso ocorrer, elas facilmente vão sucumbir a essas adversidades. Não se pode exigir algo de quem não tem. É necessário dar as provações mais difíceis aos espíritos mais avançados e provas mais simples aos espíritos igualmente mais simples. No futuro, as almas menos adiantadas vão avançar em evolução, e nesse momento, estarão preparadas para as provas mais árduas, mais penosas, que exijam mais de si mesmos. Como diz a máxima: “Deus dá as batalhas mais difíceis aos seus melhores soldados”.
Por isso, ninguém deve se surpreender quando pessoas sem caráter, primitivas e grosseiras se dão bem na vida. Na realidade, esses espíritos ainda não podem ser submetidos aos testes mais rigorosos, caso contrário, ficarão revoltados, perdidos e podem desistir. É preciso que as almas primitivas vão recebendo as lições espirituais mais lentamente, aos poucos, dentro do nível que eles são capazes de assimilar. Assim, eles vão sendo preparados de forma branda para depois serem introduzidos nas provações de nível mais alto. Por outro lado, aqueles que sofrem provações mais severas devem agradecer essa oportunidade, pois Deus já sabe que essas almas são mais adiantadas e estão preparadas para desafios maiores.
Respondendo então a pergunta inicial, os espíritos atrasados não se dão bem na vida. Eles apenas se encontram incapacitados de superar provas mais duras. Por isso, essas provas são adiadas até que eles estejam preparados.

Hugo Lapa




Leia mais

15/11/2017

Saravá Umbanda!

Salve o dia 15 de novembro!
109 anos refletindo a Luz Divina!

Gratidão à luz que vem de Aruanda!

Gratidão aos nossos mais velhos!

Parabéns a todos os umbandistas, que levam ao mundo inteiro a bandeira de Oxalá!

Saravá Umbanda!





Leia mais

14/11/2017

A Roupa Branca

A Roupa Branca

Por causa de Oxalá, a cor branca está associada ao candomblé e aos cultos afro-brasileiros em geral, e não importa qual o santo cultuado num terreiro, nem o Orixá de cabeça de cada filho de santo, é comum que se vistam de branco, prestando homenagem ao Pai de todos os Orixás e dos seres humanos.

Além disso, quando da manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas, no momento em que expressou as diretrizes da nova religião, a Umbanda, ele sugeriu que todos os médiuns, sacerdotes ou pessoas que participassem das sessões vestissem roupas de cor branca.

A cor branca sempre foi usada desde os tempos remotos para simbolizar a paz e a fraternidade. Nas antigas ordens religiosas do Oriente, encontramos a cor branca como sinônimo de elevada sabedoria e alto grau de espiritualidade. Os Magos Brancos da antiga Índia eram assim chamados por utilizarem sua magia sempre para o bem, e suas vestes sacerdotais eram sempre brancas. Também consideramos que a cor branca dá a sensação de limpeza, beleza, paz e harmonia, por isso, tantos profissionais a utilizam para representar sua ação, como a área médica e a de ensino. Há, ainda, uma razão científica para o uso dessa cor. Segundo estudos e pesquisas elaborados pelo cientista Isaac Newton, descobriu-se que, quando a luz solar (branca) passa por um prisma de cristal, desdobra-se a cor matriz (branca) nas cores do arco-íris, provando assim que a cor branca contém dentro de si todas as demais cores.

Em outras palavras...

Essas duas cores, branca e preta, representam à união e a ausência de todas as cores e nos levam ao plano iniciatório ultrapassando a dualidade. São as cores do universo simbólico representado no tabuleiro do Xadrez, no preto que é luto no ocidente e no branco que é o luto no oriente, no branco que é a cor do vestido da noiva e no preto que a cor do fraque do noivo, no preto que é a noite insondável e no branco que é a neve que reflete a luz fria em altitudes inatingíveis. O branco e o preto se alternam quando a palheta de cores atinge certa rotação, formando um desenho preto-branco e branco-preto criando uma nova unidade de cor. O branco é a pureza e o preto é atração magnética que tudo absorve, é o feminino e o masculino, o positivo e o negativo, o oriente e o ocidente, o yin e o yang, o sol que reflete a luz e a lua que absorve a claridade, é a presença e a ausência.- Branco: pureza, inocência, reverência, paz, simplicidade, esterilidade, rendição.- Preto: poder, modernidade, sofisticação, formalidade, morte, medo, anonimato, raiva, mistério.

Na Umbanda usa-se como roupagem para os médiuns apenas roupa branca, representando a simplicidade e humildade. O branco representa e é a cor de Oxalá e além do sentido da pureza e da reverência ele traz a proteção espiritual para o médium, pois o branco É IRRADIADOR POR SI SÓ formando um campo de força único, fazendo com que o baixo astral não consiga enxergar ou caracterizar o médium protegendo-o dos ataques espirituais.

A cor branca resulta da sobreposição de todas as cores, enquanto o preto é a ausência de luz. Uma luz branca pode ser decomposta em todas as cores (o espectro) por meio de um prisma. Na natureza, esta decomposição origina um arco-íris.

Na Umbanda por exemplo, aquela trazida pelo Caboclo das 7 Encruzilhadas, não é comum o uso de fantasias, adornos, enfeites, objetos brilhantes e coloridos, ou afins, como se verifica no candomblé ou kimbanda por exemplo, onde cada qual segue sua ritualística. Pode ocorrer de uma preta velha solicitar uma saia ou um lenço para simplesmente amarrar os cabelos... Mas uma outra visão sobre a vestimenta e apetrechos materiais utilizados pelos Guias Espirituais são como condensadores de energia, sendo um modo de concentrar-la e depois enviá-la ou dissipá-la no elemento apropriado.
Deve-se ficar atento diante das solicitações espirituais para que não haja influência do próprio médium perdendo todo o efeito de realização e descaracterizando a Umbanda de sua simplicidade, pois como diz seu Zé, vestir branco é o branco interno e não o externo.
No entanto a roupa branca quando destinada aos trabalhos caritativos deve ser usada única e exclusivamente na hora dos trabalhos mediúnicos.

Mônica Caraccio




Leia mais
Topo