Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

05/09/2017

As Qualidades do Médium Umbandista


As qualidades do médium umbandista

Muitos ao lerem o título irão dizer, que as qualidades são: AMOR, FÉ E CARIDADE, mas esses valores infelizmente não bastam para que aquele médium tenha as qualidades necessárias, são sim a base, o fundamento dos que virão logo a seguir.

COMPROMETIMENTO: hoje em dia estamos nos deparando com um grande aumento do número de jovens em nosso seguimento, e isso nos deixa muito felizes, porque esses médiuns serão nossa herança, mas ao mesmo tempo nos deixa preocupados, será que a juventude umbandista está tendo realmente a força e o suporte, acompanhamento necessário para o bom desempenho mediúnico e espiritual dentro da Umbanda? Será que vão ter maturidade para suportar as dificuldades que irão vir?

Porque algumas questões já são difíceis para os mais amadurecidos dentro da religião, para os mais jovens então não será tarefa fácil, explico: o médium deve primeiramente estar disposto ao serviço, sua vontade, seus valores morais serão cruciais para que consiga realizar até o final sua missão espiritual, deverá possuir em suas qualidades morais e espirituais valores não só de comprometimento, mas de abnegação, resiliência, determinação. Porque terão momentos que o dever espiritual irá lhe privar de momentos de distração e divertimento. O dever mediúnico como servidor e instrumento do astral irá lhe privar de momentos festivos por exemplo, para estar ali dentro do terreiro prestando a caridade, cedendo sua matéria aos guias e mentores no trabalho de cura e amor ao próximo. E muitos obstáculos virão até de pessoas que lhe terão muita estima, mas que desconhecem sobre os caminhos do mundo espiritual, que cobrarão e exigirão suas presenças nesses momentos festivos, e será nessa hora que o médium deverá optar pelo que é mais importante para o todo, se sua missão mediúnica ou uma festa. Claro que terá os momentos de que essas situações serão bem conciliadas, mas terá outros que não. Tem um ditado que diz: o cabo da enxada poderá ser forte e sua lâmina nova, mas se quem o empunha não tiver a força e garra necessárias nenhum trabalho será realizado. O médium deve ter plena certeza da responsabilidade do seu papel como instrumento na obra do espiritual.

A RESISTÊNCIA: Muitos médiuns se perdem na vaidade, no ego doentio, e no orgulho. Muitos usam de seus dons mediúnicos de uma forma irresponsável e manipulativa. Quando um médium começa a se destacar dentro de um terreiro através de seus guias e mentores, ele terá que resistir as tentações que lhe apresentarão pelo seu caminho, tentações bem carnais até mesmo de luxúria e volúpia de sentimentos, onde devido ao seu destaque, poderá fazer escolhas erradas, usando de seus dons para proveito próprio e se esquecendo do seu papel de servidor e instrumento.

Contarei a história de Manoel, um médium excelente, com guias e mentores que faziam curas espetaculares, todos amavam seus guias e a ele. Mas Manoel estava vivendo um momento de carência afetiva, de solidão e falta de dinheiro. E muitos dos consulentes que se apresentavam a ele lhes oferecia quantias de dinheiro em troca de seus préstimos espirituais, no começo resistente a esses chamamentos escusos, agradecia e negava. Mas Manoel conheceu Patrícia, uma mulher maliciosa, interesseira que viu naquele médium uma fonte de renda fácil. Patrícia se aproveitou da carência afetiva de Manoel e começou a seduzi-lo de todas as formas, ao ponto que em pouco tempo Manoel estava de joelhos a seus pés. Patrícia começou a cobrar de Manoel condições financeiras mais favoráveis e começou a exigir que passasse a cobrar seus tratamentos mediúnicos e espirituais. Seus guias e mentores incessantemente usavam de todos os meios para o desviar da queda inevitável, eram em sonhos, em mensagens, usando da boca e intuição de outros médiuns mas nada adiantou. E Manoel não conseguiu resistir e com medo de perder a companheira lhe fez sua vontade escusa. Manoel em pouco tempo começou a afastar os seus guias e mentores dando passividade a outro tipo de ordem espiritual que se sintonizavam com tais malefícios e sortilégios e pouco tempo estava fazendo toda uma série de feitiçarias negativas em troca de altas quantias em dinheiro. Manoel e Patrícia se enriqueceram, mas a lei do retorno tarda mais não falha. Mas a falta de resistência nos valores morais e espirituais, levou Manoel a queda certa, onde foi sucumbido por um câncer agressivo que lhe tirou a vitalidade e posteriormente a vida. Os espíritos negativos que fazem uso desses médiuns corrompidos lhe sugam até as últimas forças, porque o maior objetivo destes é lhes tirar a vontade, a evangelização, e cabe ao médium tomar cuidado para não lhes ceder solo fértil. Patrícia foi um instrumento desses espíritos, onde também não teve um bom final, sofrendo um acidente terrível que lhe impossibilitou de andar.

CORAGEM: Muitos médiuns se perdem no caminho espiritual por falta de coragem, possuem tanto medo do espiritual, que não se abrem a ele, se bloqueiam de tal forma que como instrumentos ficam inutilizados, quebrados, uma viola sem cordas para o bom músico tocar.

Muitos médiuns quando iniciam sua trajetória possuem tanto medo de errar que não se deixam acertar. Mas se esquecem que as vezes o erro é o caminho para o acerto, para a correção.

É preciso coragem, para aprender, para acertar, e se para aprender é necessário errar que assim seja, estamos numa grande escola somos meros aprendizes.

Coragem também se faz necessária nas escolhas certas que muitas vezes são difíceis de serem tomadas, mas que o resultado compensa no final.

HUMILDADE: Médiuns cuidado com os elogios exagerados, os endeusamentos vindo de outras pessoas, os puxa saquismos, cuidado com o amaciamento do ego, lembre-se que você é apenas um bom instrumento mas que a boa música é produzida pelo artista que o toca, seus guias e mentores, cuidado para não se achar a própria manifestação deles em terra. O elogio amacia o ego, nos faz se sentir bem, comprova que estamos fazendo um bom trabalho como médiuns, mas devemos saber recebê-los com sabedoria e comedimento. O Médium de Umbanda precisa tomar muito cuidado com a vaidade, porque a Umbanda não é luxo e nem paetês, é beleza singela, simples. Cuidado no chamar a atenção para si em demasia, talvez você esteja se colocando num papel que não te pertença, lembre-se você é apenas o mediador. Se coloque no seu lugar. Quando um médium esteja querendo chamar mais a atenção para si, para suas vestimentas, com luxos desnecessários ele está fugindo e muito do que seja um médium umbandista.

SABEDORIA: Para o que muito foi dado, muito será cobrado. Um dirigente espiritual precisa tomar cuidado dobrado, sua missão no ajudar a conduzir almas é de suma responsabilidade, e terá que se vigiar quanto a exemplo a serem seguidos. Os médiuns de sua seara espiritual se espelharam nele como médium. Seus valores espirituais e mediúnicos lhes servirão como base. Ele será a árvore e seus filhos seus frutos que irão gerar novas sementes com a mesma qualidade. Deverá ter sabedoria no conduzir dessas vidas, sabendo que muitas vezes terá que tomar decisões que exigirão renúncia para que o certo e o bem reinem e prevaleçam. Muitos dirigentes se perdem na arrogância, na falta de estudo e conhecimento, acabam por corromper bons médiuns por falta de conduta, e infelizmente isso terá um preço perante o espiritual, quando corrompe um bom soldado ele coloca em risco todo o exército.

POSTURA e DISCRIÇÃO: Está ai uma questão que muitas vezes é negligenciada muitas vezes por conveniência. Um médium não é somente médium quando está dentro do terreiro, ele deve entender que ele não deixa de ser médium, não tem um botãozinho que o liga e desliga. Muitas vezes vemos médiuns com posturas horríveis, extremamente dissimulados, fofoqueiros, mentirosos, invejosos, beberrões, promíscuos, viciados em drogas. O médium como um veículo, um instrumento ele está sujeito a uma série de influências espirituais e quando cede a certas posturas não condizentes está abrindo canais para ataques espirituais que tentaram usar de suas fraquezas para o corromper. Fora que um médium com comportamentos como esses descritos, perante a sociedade religiosa a qual pertença fica desacreditado, mal visto, e sujeito a uma série de julgamentos, que poderiam ser evitados caso tivesse compostura. Quem irá por crédito num médium promíscuo, que vive embrigado ou mesmo se drogando? que veracidade e confiabilidade terá seus guias e mentores? infelizmente nenhuma, será apenas mais um instrumento que foi quebrado e inutilizado. Fora que por mais que esses médiuns tenham bons guias e mentores chegara o tempo que após resolutas tentativas de esclarecimento irão se afastar por questões de sintonia vibratória.

O DOM: dons como o de clarividência, vidência, audição, olfativo, devem sempre serem usados para o benefício e caridade do próximo, nunca como meio e sim como fim. Esses dons quando bem trabalhados salvam vidas, mas o inverso também lhes cabe quando usados por médiuns corruptos e gananciosos, que usam de seus dons como especulação para se tirar proveito e manipular pessoas crédulas e ingênuas. Os dons devem ser utilizados com sabedoria e cautela.

COOPERAÇÃO: quando o trabalhador está pronto, o serviço lhe aparece. O médium é o trabalhador que deve estar sempre querendo ajudar o seu próximo como a si mesmo, o bem praticado a outrem, nos irá servir de balsamo em outras paragens. O espírito de cooperação lhe é essencial. Lembrando que nem sempre esse espírito de cooperação será dado a alguém que tenha em alta estima, deverá essa vontade cooperativa estar disponível a quem o necessitar. Lembrando que tal cooperação é muitas vezes responsável pela evolução, evangelização, redenção e perdão dos espíritos. ESSE SERVIÇO DE COOPERAÇÃO SEMPRE TERÁ UM ENVIADO DE DEUS A ACOMPANHAR E AMPARAR.

GENEROSIDADE E BONDADE: Médiuns ser generoso e bondoso não se limita as questões espirituais e mediúnicas dentro do terreiro, devem ser estandarte, lema e objetivo de vida.

“O Inferno não é como nos ensinaram na infância um lugar de fogo, mas nosso Inferno e nosso Céu são criados conforme as escolhas que fazemos. E colheremos. Mas toda vez que causamos dor e sofrimento estamos criando nosso próprio inferno. Sendo assim escolha o caminho”.

ATENÇÃO – OUVIDOS E OLHOS: O ato de ouvir é diferente de escutar, ouvir é uma consequência de sons a nosso redor que não conseguimos evitar, escutar é voltar nossa atenção ao que é dito é dar importância. Alguns médiuns se perdem no caminho porque não escutam o bom aconselhamento, ouvem mas não dão importância, sua teimosia os cega, e os leva a cometer falhas graves que possivelmente lhes irá prejudicar não só a si como aos outros ao seu redor. Quando um guia dá um bom conselho, escutem. Eles provavelmente estão querendo lhes poupar de sérios sofrimentos. Só lembrando que a escolha pertence ao médium e suas consequências também.

O ver e enxergar, o ato de ver é algo superficial, não guardamos e muitas vezes logo em seguida nem conseguimos dizer exatamente o que estava ali. O enxergar é algo mais profundo, não se limita ao físico, sua mente está aberta a percepções intuitivas, você memoriza, guarda e registra no mais profundo do seu ser. Enxergar é ver além das aparências, das falas do palpável, diria que enxergar as coisas é um dom muito além da própria intuição.

O médium deve estar atento e não julgar precipitadamente nada no contexto espiritual e mediúnico. Mas sim ficar atento em todo seu contexto que lhe apresente.

REALIDADE – PÉS NO CHÃO SEMPRE: o médium deve se dedicar ao estudo e conhecimento, porque estudando, buscando boas doutrinas, não irá cair no excesso de fantasia, onde vemos médiuns sugestivos fazerem papéis constrangedores usando da roupagens dos guias e entidades. O médium deve primeiramente entender que o mundo espiritual não é o mundo de Hogwarts, costumeiramente vemos cenas que se não fossem trágicas seriam cômicas, médiuns fantasiosos que extravasam suas imaginações perturbadas usando nomes de entidades e guias sérios. Outros usam da roupagem de seus guias para extravasarem suas raivas e emoções, num verdadeiro passar o carro na frente dos bois. O dirigente deve orientar e corrigir com veemência, caso contrário está fadado a tornar seu terreiro um circo, um mero teatro de atores ruins.

IDONEIDADE: seja correto ao lidar com a espiritualidade, não a menospreze e nem negligencie. Muitos espíritos dependem que sua missão seja realizada com honestidade, e seriedade. Eles torcem por você, é o soldado que volta vitorioso depois da guerra travada. Os benefícios serão pesados juntamente com os malefícios, que o bem praticado esteja em maior cota na balança da justiça divina. O soldado quando derrotado perante as tentações do mundo, volta para casa calejado, ferido, adoentado, envergonhado da missão não realizada, o hospital dos médiuns o irá amparar, mas a recuperação será difícil e dolorosa, exigira muita vontade de viver novamente.

Vai por mim, o lado certo sempre vence, pelo simples fato que há uma força grandiosa de luz que conspira a favor.

Quando você ergue seus olhos a luz do bem, ela não te cega, ela te toma, vira teu escudo sua fortaleza.

Médiuns não queiram partir desse mundo de mãos vazias, o cultivo das boas ações espirituais e mediúnicas, devem gerar uma colheita farta. O trabalhador deve ter suas mãos carregadas de luz, para que com ela abra as portas do outro mundo. Orai e Vigiai porque as armadilhas do inimigo são muitas, sejam o balsamo do caminho do viajante.

Por Cristina Alves





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31/08/2017

Os Maledicentes

Os Maledicentes

Algumas pessoas, quando ouvem falar em Espiritismo/Espiritualismo, logo pensam em adivinhação, magia, mistério. Pensam, erroneamente, que obterão favores dos espíritos, que serão atendidos em seus caprichos, que tudo resolverão, ou alcançarão, se forem em busca de auxílio espiritual nos centros.

Frustrados, por não alcançarem seus intentos, denigrem a imagem da religião, lançando ao descrédito o centro e as entidades que o atenderam. Sobre o assunto, ouçamos o que nos diz Pai Inácio, trabalhador de Aruanda.


“Salve filhos!

A nós, espíritos trabalhadores do bem, não importa o que dizem os filhos de Deus que são caprichosos. Compreendemos sua infância, seus limites e interesses. Mesmo sem que eles saibam, os atendemos no que seja permitido pelo Mais Alto, pois, uma vez “pisado” o nosso chão, sempre procuramos fazer o melhor pelos filhos que buscam um caminho através da espiritualidade sem nos importarmos com o que o filho venha a pensar ou falar sobre a fé que nos move e aos nossos medianeiros.

Acontece muitas vezes, nessas horas, o encaminhamento desse filho a outras casas, doutrinas e religiões pelo simples fato de que cada filho de Deus entende e sente a fé de maneira muito particular.

Muitos filhos foram encaminhados a outras religiões por nós, militantes do Astral de Umbanda, sem nem mesmo suspeitarem disso e, se assim procedemos, em alguns casos, é porque se faz necessário.

Nem todos têm afinidade com a Umbanda, assim como nem todos se afinam com os Protestantes e por ai vai.

Cada alma encarnada na Terra está dentro de faixa evolutiva específica, sendo assim, deve ser conduzida a buscar auxílio espiritual onde seu coração possa sentir e absorver com maior facilidade a mensagem do Pai.

A nós só importa fazer o bem, progredir auxiliando outros a progredirem sem jamais nos determos por questões de menor relevância.

Por isso filhos, não se importem com os que desperdiçam seu tempo em denegrir religiões. Compreendam que esse filho talvez precise apenas de compaixão e ore para que ele busque e encontre seu lugar ao Sol que é de todos".

Com amor,

Pai Inácio / Anna




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25/08/2017

Médium e Guia

Médium e Guia

Uma das grandes qualidades da Umbanda é proporcionar o contato direto entre a consulência e os Guias. O responsável por esse contato é o médium. [do latim médium = meio, intermediário]

A mediunidade é uma sensibilidade presente em todas as pessoas, em maior ou menor grau, que facilita na captação de informações de outras dimensões. De alguma maneira, no dia-a-dia, todos nós usamos essa capacidade, alguns a chamam de inspiração, outros de instinto ou intuição.

O médium é uma pessoa consciente dessa capacidade e está preparada física, emocional e espiritualmente para usar todo o seu potencial pessoal na senda espírita por isso é de total importância nos trabalhos de Umbanda. Do seu equilíbrio e dedicação depende o sucesso da seara.

Médium estudioso, disciplinado e equilibrado é fator importante para o êxito do trabalho espiritual, que transcorre em harmonia refletindo a força dos guias na parceria entre o material e o espiritual. Quanto mais afinado o médium, melhor a comunicação entre os dois mundos. Em sua disciplina está incluída alimentação equilibrada, exercícios físicos, mentais, e muito importante: o controle emocional. Médium desequilibrado não rende em dia de trabalho.

Antigamente, o desenvolvimento mediúnico era feito de maneira empírica ou por tradição oral, processo lento, por vezes muito místico e misterioso, pois não havia fontes de pesquisa. Hoje a situação mudou, existe grande quantidade de literatura de qualidade.

Não se pode admitir médiuns despreparados para o trabalho espiritual, que devem ter conhecimento de todas as áreas envolvidas no trabalho. Precisam ter noções sobre escrita e elementos mágicos, bioenergias, anatomia e ervas que é um capítulo à parte, pois muitas delas são venenosas e todo cuidado é pouco.

Devem ainda ter uma grande dose de desprendimento e bom senso, pois está lidando com "material humano", pessoas que na maioria das vezes estão em desequilíbrio e com muitos problemas.

Umbanda não é oráculo, não é terapia e não é mágica.
Não é exigido ao médium que faça adivinhações para provar o valor do seu desempenho. Deve saber ouvir, que já é, em si, um ato de caridade, mas deve tomar cuidado com o que diz, pois algumas informações captadas são apenas diretrizes para o trabalho a ser realizado em conjunto com o Guia. 

Alguns dados se repassados ao consulente poderiam aumentar o caos em que a vida deste se encontra. De que adianta informar ao consulente de que vai perder um ente querido ou de que é vítima de traição? Essas informações são úteis no direcionamento do trabalho e na escolha das determinações a serem dadas para fortalecimento do campo do consulente, tornando-o capaz de superar os seus aprendizados.

Não existem soluções mágicas, mesmo os médicos psiquiatras, psicólogos e terapeutas profissionais que estudaram durante muitos anos, procuram ajudar as pessoas direcionando-as para o seu autoconhecimento sem nunca darem as soluções prontas.

Lembre-se: não existem problemas, existem experiências.

O sucesso total do trabalho depende de uma trindade sagrada: Guia + Médium + Fé do Consulente que deve fazer sua parte em manter o equilíbrio que foi restaurado em seu campo bioenergético por essa dupla de trabalhadores espirituais. Mantendo-se o equilíbrio, tudo tende a melhorar. A união afinada das Duplas Dinâmicas Espirituais traz para a Umbanda a Luz, a Paz e a Harmonia aos que trabalham nesta Luz!


André Gonçalves Santos




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22/08/2017

Livro: O Anfitrião do Campo Santo

Livro: O Anfitrião do Campo Santo

O Anfitrião do Campo-Santo
Autor: André Cozta

Sinopse 


Esta obra pretende mostrar aos umbandistas, e a todos que se interessarem, que os Exus Guardiões, as Pombagiras e demais entidades da Esquerda em geral são trabalhadores da Luz, que promovem benfeitorias aos consulentes, reequilibram e ordenam os trabalhos espirituais e os templos umbandistas. O Anfitrião do Campo-Santo vem para mostrar que o trabalho realizado por esses amigos e amigas espirituais do ser humano é primoroso e fundamental. Traz, em quatro relatos, ensinamentos que nos levarão a uma profunda reflexão e, em alguns casos, a mudanças de conceitos e paralisação de preconceitos. Atentem para os mínimos detalhes desta obra, como, por exemplo, a visão de uma gira de Umbanda a partir do "lado de lá", trazida a nós por este Mestre da Luz, o Senhor Exu Caveira. (Madras Editora)


***

Já tinha ouvido falar sobre o autor André Cozta e suas entidades. Resolvi conhecer seu trabalho e comecei pelo livro “O Anfitrião do Campo-Santo”, pelo espírito Exu Caveira.

O guardião e amigo Sr. Exu Caveira traz quatro relatos com a perspectiva da espiritualidade, dando a oportunidade da reflexão, mudança de conceitos e derrubando alguns preconceitos, de forma direta e sucinta, não deixando dúvidas para nós, leitores.

Um dos relatos, mostra os acontecimentos em uma gira de Umbanda, mostrando o trabalho magnífico dos guias da esquerda, neutralizando espíritos que querem a desordem e o ataque aos médiuns trabalhadores. Sr. Exu Caveira, um dos trabalhadores mais conhecidos por ter uma grande falange de espíritos percursores desse mistério, mostra de forma clara toda movimentação energética no astral, o bloqueio de ataques do embaixo e as conversas com esses seres das trevas que querem atrasar a evolução de todos.

Um dos pontos mais interessantes do livro, são os comentários após os relatos, pelo próprio Sr. Caveira, onde sentimos como se estivéssemos falando diretamente com ele.

Vemos também, de forma indireta mas não menos importante, o trabalho das Sras. Pombagiras, mostrando a importância e revelando toda beleza e magia das moças.

Um dos relatos que me chamou bastante a atenção, trazido por esse ser de luz, é sobre um caso amoroso irresponsável dentro de um terreiro e suas causas para todos da tenda. Ele busca a conscientização de todos nós, uma vez que temos que entender que dentro do ambiente religioso devemos ver uns aos outros como espíritos em constante evolução, irmãos em fraternidade, deixando de lado as diferenças ou as intenções do instinto, para que não prejudique os trabalhos espirituais.

Abaixo, coloco alguns trechos com grandes ensinamentos para aguçar a curiosidade sobre essa obra.

"Do lado de cá, nós, espíritos trabalhadores de Lei no Ritual de Umbanda, acabamos sendo cooptados por Mistérios que nos identificam como aptos para os trabalhos.

As falanges de Exus, Pombagiras, Pretos-Velhos, Caboclos e todas as outras que se manifestam na Umbanda e Quimbanda, são designadas pelos Sagrados Orixás aos médiuns, quando vão reencarnar, conforme a vontade do Alto.

Então, nesse momento, os carmas do médium e a missão a ele incumbida são colocados na balança, para que os Divinos Senhores do Alto (os Orixás) decidam quais Mistérios o acompanharão durante etapa evolutiva. […]" O Anfitrião do Campo-Santo, pág. 27 e 28


Como em muitos momentos, Sr. Exu Caveira traz informações valiosas para nosso aprendizado.

"Já amanhecia e eu estava sentado à pedra no campo-santo, meditando. Olhei para o sol, que nascia. Senti que precisava banhar-me nos raios da fé. Coloquei-me em posição de lótus, com as mãos sobre os joelhos com as palmas elevadas para o Alto, e fiz a seguinte oração:

“Divino Pai Oxalá, peço que me banhe com seus Raios Divinos, para que eu possa me reabastecer com suas chamas douradas de Fé e Justiça, para prosseguir na minha caminhada de Soldado da Criação de Deus, em prol da Lei Maior e da Justiça Divina. E que eu tenha sempre o seu amparo e direcionamento, meu Senhor da Fé.” O Anfitrião do Campo-Santo, pág. 41


Após uma missão difícil e delicada, ele nos presenteia com essa linda oração, mostrando principalmente que os Exus e Pombagiras são espíritos em constante evolução dotados de fé e amor.

Por João Paulo Francisco





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17/08/2017

O Médium de Umbanda

O Médium de Umbanda

Os médiuns ou cavalos, como queiram, da Umbanda, têm que tomar certos cuidados para seu perfeito desenvolvimento. Devem cuidar de sua cultura, honrar os espíritos acima de tudo, doar-se inteiramente à casa em que trabalham, sem entretanto esquecer de equilibrar sua vida profissional, social e familiar e fugir do fanatismo tão nocivo ao bem estar dos religiosos. Deve respeitar as outras religiões, sem querer impor aos outros as suas convicções.

Não beber, controlar seu emocional e não cobrar nada da religião. Nunca aceitar favores ou pagamentos pelos trabalhos que fizer e jamais usar a energia do sangue em seus trabalhos e, principalmente, nunca sacrificar nenhum animal. Por isso mesmo, antes de se filiar à uma casa, deve saber dos princípios filosóficos dos seus dirigentes. Deve fazer da Umbanda uma religião alegre, gostosa e vibrante. Para isso não deve se imiscuir nos problemas dos irmãos de corrente, sem jamais julgá-los. Deve respeitar a hierarquia da casa, muito embora lhe caiba o direito de também ser respeitado.

Muito médium tem dúvidas sobre as incorporações, confundindo-se nas mensagens, achando que não é o espírito falando, mas sim sua própria cabeça. Espero com esta nota dirimir dúvidas aos médiuns e trazer-lhes a certeza que quando for animismo os dirigentes da casa sabem como corrigi-lo.


Vejam como funciona: existe uma fusão do espírito do médium com o espírito comunicante, criando-se uma terceira energia. Gosto de dar exemplos. O café e o leite, separados, são puros. Misturados criam uma terceira bebida, podendo ser mais preto ou mais branco, conforme a quantidade das bebidas. Mas sempre a união de ambos terá uma terceira qualidade.

É impossível a comunicação pura do espírito. O importante é a presença do espírito, com maior ou menor intensidade.

Quando o médium está preparado para seguir o procedimento normal do aprendizado, ele não deve segurar as incorporações, e jamais esquecer o momento certo da incorporação. Se está se chamando um espírito pelo ponto individual ele não deve dar passagem, exceto se for ponto de linha, o momento for oportuno e permitido pelo desenrolar da gira. O médium deve facilitar a incorporação. Na Umbanda as entidades têm incorporações típicas da linha. O índio é ereto, forte e incorpora com um vibração firme, algumas vezes se ajoelhando e batendo no peito. O preto-velho já é mais macio na incorporação, se curva e faz o tipo de cansado e a criança o tipo infantil. Quando o ponto estiver induzindo o tipo da entidade, o médium já deve estar psicologicamente preparado para receber e se comportar conforme o tipo da entidade. É um erro lutar contra o espírito, ou seja, receber um índio como se fosse um preto-velho. De propósito até agora não falei do Exu e da Pomba-gira, para dar um destaque de grande importância: Exu não é aleijado e Pomba-gira não é prostituta. Ambos são entidades maravilhosas e não precisam fazer o tipo distorcido do folclore da Umbanda.

O médium tem um complexo espiritual chamado aura, que é formado pelo material (o corpo físico), o duplo etéreo (ou cascão), o perispírito e o espírito. A aura é formada por elementos energéticos que se chamam chacras. É por eles que o espírito incorpora, até unir o seu espírito com a aura do cavalo. Por esse motivo é importante haver uma preparação do médium nos dias de gira para que sua aura esteja leve e limpa, através de um banho de erva, bons pensamentos, com o mental sem mágoa ou raiva. Sua atenção no dia dos trabalhos deve estar sempre voltada para reunião com os irmãos da corrente, procurar a alegria, boa leitura, não dizer palavrões, não comer carne e fazer refeições leves. Alguns autores e dirigentes dizem que a mulher com menstruação não deve participar da gira e muito menos incorporar. Como eu não vejo nenhuma lógica e nunca ninguém me explicou de forma convincente essa proibição, refuto o fato não criando nenhuma objeção para as médiuns em nosso terreiro. Sobre isso uma vez disseram-me que pode haver a aproximação de espíritos atrasados atrás da energia do sangue. Não me convenceu a explicação, porque acho que se algum espírito quiser sangue, ele irá aos matadouros e nunca a um terreiro organizado e protegido. Existe pai-de-santo que também proíbe a mulher tocar nos atabaques. Não vejo lógica, ao contrário, um insulto à capacidade feminina.

Quando o médium for receber a entidade, ele deve ficar com sua mente o mais livre possível de pensamentos. Para quem não tem a prática da concentração, um bom método para facilitar a incorporação é ficar pensando no tipo da entidade que vai incorporar e respirar rapidamente e soltar pela boca o ar aspirado.

"Deve ser avisado a todas as pessoas das giras que a Umbanda mantem um exército que obedece as ordens de Oxalá. Igual ao exército da Terra, os soldados da Umbanda tem como compromisso assumido no Amaci: defender os fracos; enaltecer os humildes; coibir a prepotência; tirar da escuridão os aflitos, os desesperados e os obsediados; curar os doentes; alegrar os tristes; acalmar os nervosos; aliviar a dor; encaminhar os desajustados; salvar os viciados e trazer honra para a religião brasileira que é a Umbanda. Quem não quiser fazer isso pode se juntar aos pedintes do amor. Quem se doa, ganha." (Caboclo Junco Verde)
Pai Maneco



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15/08/2017

Mediunidade e Ansiedade

Mediunidade e Ansiedade


A maioria dos médiuns tem sua iniciação mediúnica – momento em que suas faculdades mediúnicas já despertadas passam a ser utilizadas de modo sistemático e mais intenso, dentro dos rituais e trabalhos existentes numa casa umbandista – marcada pela difícil fase da ansiedade e da adaptabilidade que esse começo representa. Ansiedade no médium iniciante pode trazer algumas situações desconcertantes como :

Ficar pensando de modo intenso nas coisas ligadas à espiritualidade; 

Ficar com os pontos cantados ecoando na mente; 

Ficar cantando a qualquer momento e lugar os pontos cantados; 

Conversar somente sobre o assunto espiritualidade a qualquer oportunidade em que hajam mais pessoas que pertençam à mesma religião ou casa;

Ler muitos livros sobre o assunto, querendo esgotar todos os pontos de dúvidas;

Querer conhecer tudo sobre a Umbanda num espaço de tempo curto;

Ter sonhos constantes com rituais, entidades, trabalhos;

Ficar vendo em qualquer situação algum tipo de ligação com a espiritualidade;

Não parar de preocupar-se em manter-se dentro das condutas que sua casa pede;

Querer incorporar logo;

Ficar muito preocupado se está mesmo incorporando uma entidade ou se está apenas imitando uma entidade;

Desejar ardentemente que tenha a inconsciência durante as incorporações;

Querer aprender tudo sobre os rituais que sua casa pratica, chegando ao ponto de perguntar de tudo a todos os demais médiuns mais experimentados;

Querer saber tudo, através de relatos de outros médiuns, o que ele fez quando estava incorporado, o que a entidade falou, deixou de fazer;

Passar a realizar em seu próprio lar, uma verdadeira transformação de hábitos, querendo que todos tomem banhos de defesa, defumem-se, orem, cantem, entre outras coisas;

Querer erigir algum tipo de altar ou espaço sagrado em seu lar, tentando imitar o mais perfeito possível a quantidade de imagens, a disposição dos santos que há em seu templo umbandista;

Querer que suas entidades receitem rapidamente a confecção ou aquisição das guias (colares) e quanto maior o número de guias melhor;

Desejar ardentemente que tenha incorporações “fortes”, isto é, que as entidades já venham de modo com que não gerem dúvida a ninguém;

Que suas entidades já risquem seus pontos e que seja algo bem impressionável;

Que suas entidades deem logo seus nomes e torce para que sejam nomes “fortes” e conhecidos;

Querem decifrar todos os símbolos que suas entidades desenharam em pontos riscados;

Querem saber da história, vida, ponto cantado e tudo o mais sobre suas entidades;

Essas situações e mais outras não citadas são consideradas até normais e encaradas por aqueles outros médiuns mais tarimbados como coisa comum de se acontecer. E de fato é.

O que o dirigente e os médiuns mais experientes devem fazer é aconselhar esses neófitos, direcioná-los em atividades que os tirarão um pouco desta fixação, é ouvi-los e explicar cada uma das dúvidas e dificuldades existentes.Toda essa ansiedade é temporária e assim que o novo médium for tendo mais e mais experiências, ele passa a lidar de modo mais natural, menos ansioso e aflito com essas situações.

O tema deve ser abordado de modo atencioso, respeitoso, prático e esclarecedor para poder dar melhor formação espiritual e criar uma estrutura mediúnica mais eficaz à própria casa, uma vez que estes novos médiuns passam a compor o já formado corpo mediúnico da casa, fazendo número e qualidade na força da corrente da casa umbandista. 

Desperdiçar a chance de esclarecimento quando esses médiuns estão ávidos por conhecimento e abertos para serem direcionados é deixar ao acaso a responsabilidade da formação destes médiuns, podendo levá-los a vícios, “cacoetes” e maus hábitos mediúnicos que nunca mais poderão ser retirados.

Do livro Mediunidade na Umbanda - Richael Izolino Rocha




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08/08/2017

Velas

Velas

TODO UMBANDISTA ACENDE SUA VELINHA!

Elemento fundamental nos rituais umbandistas: as velas. Por que acendemos velas? O que elas representam e como atuam? Acho que muitas pessoas já se fizeram estas perguntas e outras nunca pensaram sobre o assunto.

A vela significa luz, atua no éter de quem recebe suas irradiações ígneas e é um simples, mas poderoso instrumento.

Tal como o incenso, uma vela acesa altera o estado energético de um ambiente ou de uma pessoa. Quando está acesa, durante o dia ou noite, além de enviar nossas intenções como luz que toca outra luz em vário níveis, ela se torna uma energia contínua de nossas orações, ela se torna a vigília de nossos pensamentos, pois sempre que passarmos por ela seu brilho chamará nossa consciência de volta para o propósito de nossa solicitação ou pensamento e a sua luz atuará como um laser para concentrar a energia de nossas intenções. Portanto ela ativa nossa fé nos mantendo em sintonia com o Plano Astral Superior e é fato que uma vela acesa positivamente atrai os bons espíritos para perto. Na realização de uma oferenda as velas acesas ativam e potencializam nossas intenções.

É importante saber também que uma simples vela consiste na união dos quatro elementos. O elemento terra, ou energia telúrica, é representado pela parafina que vem do petróleo, das profundezas do planeta; o elemento ar, com a energia eólica, é representado pela fumaça que a vela exala, ainda que tênue; o elemento fogo, ou energia ígnea, é representado pela chama da vela e, finalmente, o elemento água, e a energia mineral, é representado pela combustão dos materiais da vela onde se desprendem moléculas de hidrogênio que se combinam com o oxigênio e formam a molécula de água no estado gasoso.

Além de todas essas vibrações, energias e elementos temos também a questão da pigmentação da vela onde a cor, com base na cromoterapia, mexe com nossas vibrações mental e energética. Por exemplo: a vela branca, que representa a união de todas as cores, é purificadora, traz a sensação de limpeza, claridade e estimula a criatividade; a vela amarela simboliza a alegria de viver e o alto astral; a vela cor de rosa abre o coração e estimula todas as formas de inspiração e amor, traz conforto e aconchego à alma; a vela vermelha simboliza o dinamismo, a força e a coragem e é uma boa pedida para quem está deprimido ou sem ânimo para nada; a vela azul clara traz paz e tranquilidade, estimula o crescimento pessoal e melhora o auto controle; a vela verde representa a esperança e a abundância, estimula momentos de paz e cura, traz tranquilidade e acaba com as tensões.

Mônica Caraccio





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