Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

10/05/2016

A Umbanda Não Presta e Eu Sou Crente

A Umbanda Não Presta e Eu Sou Crente

Com o passar do tempo, fui me aprofundando cada vez mais nos estudos e aprendendo mais sobre a Umbanda. Aprendi duas coisas: A Umbanda não presta e eu sou crente.

Nos últimos dez anos, aprendi que a Umbanda não presta para pessoas que não têm caráter. Não presta para pessoas que vivem da religião, e não para a religião. Não presta para aqueles que usam o nome de Deus em vão. Não presta para aqueles que vivem de ilusão, para aqueles que buscam uma vida fácil e sem nenhum sacrifício.

A Umbanda realmente não presta para aqueles que não têm amor ao próximo, que não buscam a caridade como meio de se elevar ao nosso grande Pai. A Umbanda não presta para aqueles que não buscam estudar e se aprimorar como ferramentas para que seus guias encontrem caminhos de se manifestarem. A Umbanda não presta para aqueles que não entendem a simplicidade de um Preto-Velho, a humildade de um Caboclo e a pureza de uma criança.

A Umbanda não presta para aqueles que não se arrepiam com o som do atabaque vibrando no peito, não sentem o perfume da defumação, o significado da pemba e a simbologia das imagens. A Umbanda não presta para quem não tem fé.

Aprendi também que ser crente, por definição do dicionário é: “1. Que, ou pessoa que tem fé religiosa; 2. Sectário ou sectária de uma religião; 3. Que, ou pessoa que acredita”. Assim sendo, sou crente, pois acredito, creio e confio nessa Religião pela qual, a cada dia, eu me apaixono mais.

Sou crente nos Orixás, sou crente nos Pretos-Velhos. Sou crente que um dia nossa Umbanda possa ter mais filhos do que afilhados. Mais bandeiras espalhadas pelo mundo. Mais Caboclos gritando e atirando flechas para o alto.

Sou crente naquilo que faz meu coração querer bater mais alto que o atabaque. Sou crente na Umbanda. Sou Umbandista, graças a Deus!

Fábio Verch




Leia mais

03/05/2016

O Médium Mal Intencionado

O Médium Mal Intencionado

A reflexão abaixo, do Pai Carlos Pavão, é fato que vez por outra acontece em nossos Templos. O médium que se "encanta" com a Umbanda, quer adentrar à corrente mediúnica e a princípio se mostra aberto aos ensinamentos da Casa e diz respeitar a hierarquia e toda a tradição que a Casa mantém. Com o passar do tempo, que pode ser breve ou não, mostra-se contrário às mesmas regras e ensinamentos que no início havia concordado. É a vez da sua real intenção com a Umbanda vir a tona! É a vez de fazer críticas destrutivas onde claramente só predomina o seu ego inflado! E o mais lamentável é que estas pessoas geralmente "contaminam" outros da corrente, os menos atentos, pois nós, como dirigentes, não podemos alertar sobre estas pessoas, sobre os seus reais intentos, prezamos pelo sigilo e pela ética. Acredito que as pessoas que compactuam com elas contra a Casa que as acolhe, são semelhantes e ao nosso centro não fazem nenhuma falta. E como bem disse o pai Carlos, devemos ter muita atenção às pessoas que adentram as nossas correntes mediúnicas, eu acrescento que devemos ter muita cautela e uma rigorosa seleção, para diminuir o risco dessas pessoas que pulam de Terreiro em Terreiro tumultuarem Casas sérias, além de sujarem o nome da Religião. Paciência também tem limite! 
Ednay Melo

***

Há neófitos que se colocam numa posição de entendedor da Umbanda, ou seja, se iniciam num terreiro em busca do que lhes agradam, querem que a Umbanda se molde perante suas vontades, pra falar a verdade um certo mimo.

Isto a meu ver é uma falta de respeito com a religião, pois esses neófitos costumam passar de templo em templo, assistem um culto, se encantam e pedem para adentrar o templo, enaltece seu/sua dirigente, o templo e irmãos, então no primeiro obstáculo bandeiam para outro templo, sempre com uma desculpa adequada aos ouvidos de seus dirigentes, no fundo tais neófitos ficam na caça de seus agrados e mimos, tentando encontrar frestas para impor suas vontades, se sentirem livres para fazer o que bem quiser, com isso não estão pensando na religião e muito menos na prática de uma missão espiritual, estão pensando em preencher vazios que têm em suas vidas pessoais e até mesmo profissionais, querem preencher seus egos, querem atenção, fazem de tudo para chamar atenção, começando pela pose do aprendiz mais humilde e aberto aos ensinamentos que o templo lhe passa, depois vêm os questionamentos, porém, jamais de forma direta ao seu dirigente e sim de pouco há pouco entre seus irmãos espirituais, quando percebem que não estão obtendo êxito simplesmente desaparecem com uma desculpa vitimista, daquelas bem comoventes.

É preciso mais atenção ao colocar pessoas pra dentro de suas correntes mediúnicas e mesmo colocando-as é preciso dar tempo ao tempo, deixar tudo fluir naturalmente dando ao neófito a maior ferramenta que o umbandista precisa para seguir sua jornada, principalmente em seu princípio: paciência. Como diz o dito: "A fruta dá com o tempo!" 
Pai Carlos Pavão




Leia mais

02/05/2016

Os Orixás e Suas Qualidades Divinas

Os Orixás e Suas Qualidades Divinas

Cada uma destas qualidades compõe uma força ligada 
a determinada função energética que Deus exerce sobre 
o homem e toda criação divina

Muito temos estudado ao longo do tempo sobre os orixás e ainda muita dúvida existe a respeito do tema em questão. A palavra orixá significa Ori: Alto, cabeça ou o que está em cima e Ixá: Luz, iluminado. Assim, podemos interpretar que orixá significa "Aquele que ilumina nossos pensamentos". 

Os primeiros registros do culto aos orixás têm como referência a África, berço da cultura negra, tão oprimida pelo histórico da escravidão.

Lá, diferente do que vemos aqui no Brasil, os orixás não eram tão humanizados como notamos nos dias de hoje, e a ritualística envolvendo os mesmos era disciplinada e mantida na cultura de tradição, ou seja, transmitida pelos antepassados, sucessivamente, àqueles que os sucederiam em sua jornada religiosa.
Como citamos acima, reparamos, nos dias de hoje, muitos desejando ser donos da verdade suprema e vale lembrar que no que tange à lei divina, o homem e o próprio meio onde vive está sempre em plena evolução. 

Digo isso, pois o sentido sagrado dos orixás ficou muito comparado ao meio onde o ser vive atribuindo-se a qualidade de orixá ao temperamento emocional de seus supostos "filhos e filhas". Como exemplo, podemos citar: "Sou briguento por ser filho de Ogum" ou ainda "As mulheres que choram por qualquer coisa tendem a ser filhas de Oxum" e por aí vai, colocando algo sagrado na condição de profano, infelizmente.

Isso se dá devido à falta de compreensão e estudo detalhado dos cultos e, principalmente, da qualidade dos orixás; além, claro, dos médiuns despreparados que ingressam em determinadas casas que não apoiam o estudo da Umbanda.

Orixás, antes de mais nada, são qualidades divinas, ou seja, ligadas a Deus, e nestas qualidades se destacam sete que são cultuadas no movimento umbandista. São elas: A Fé, o Amor, o Conhecimento, a Justiça, a Lei, a Evolução e a Geração divina. Cada uma destas qualidades compõe uma força ligada a determinada função energética que Deus exerce sobre o homem e toda criação divina.

Oxalá
Quando falamos de fé, lembramos de Oxalá, que rege a crença de cada um em sua jornada evolutiva. Não adianta desejarmos algo se não acreditamos que podemos alcançá-lo, da mesma forma não adianta estarmos ligados a um credo religioso se não aprendemos a crer ou a acreditar. Oxalá rege a ligação entre o homem e Deus; é aquele que nos estimula a encontrarmos a Deus dentro de nós mesmos a não desistirmos diante dos obstáculos da lei do karma natural. Isso se chama fé. Oxalá tem atuação em nosso chakra coronário.

Oxum
O amor divino é regido por Oxum. Ainda pouco compreendido, não nos referimos ao amor carnal, mas, sim, ao amor universal, onde compreendemos que somos todos irmãos, e como irmãos, Oxum desperta em nós o senso de solidariedade, de perdão, de compaixão pelo nosso semelhante. Amor que "cobre a multidão dos seus pecados", amor que nos renova as forças e sempre nos dá esperanças de um novo recomeçar. Oxum atua sobre nosso chakra cardíaco.

Oxossi
Oxossi é o sustentador natural da vegetação, que nos remonta à cura divina. Na natureza, encontramos uma grande variedade de forças energéticas que ainda desconhecemos, atuando tanto para cura do corpo físico, quanto espiritual.
Na natureza também encontramos um campo energético absorvedor natural das cargas nocivas das "formas pensamento" geradas pelos seres em desequilíbrio, tanto encarnados como desencarnados. Por reger nosso chakra frontal, Oxóssi também atua em nosso pensamento e, eventualmente, estimula o nosso aprendizado em geral.

Xangô
Podemos, de forma simples, interpretá-lo como o aplicador da Justiça Divina ou, ainda, a lei de causa e efeito a que todos nós estamos expostos pelos nossos atos e pensamentos. Se "não cai uma folha de uma árvore, sem que Deus não saiba", Xangô vigia nossos passos dando, através das leis de Deus, um direcionamento em nossas vidas. Tiramos como exemplo, Moisés, quando recebeu do Alto os 10 mandamentos. Ali se balizava a Justiça de Deus, dando direcionamento para o homem alcançar sua evolução. Xangô vibra sua força através de nosso chakra umbilical.

Ogum
Ordenação é a qualidade regida por Ogum, ou seja, na criação divina tudo tem tempo e hora certa para acontecer. Nada vem quando desejamos, mas, sim, quando estamos preparados e, para nos encontrarmos preparados, tudo tem que estar em ordem. Ogum também atua na organização energética de nosso planeta, envolvendo as matas, os rios, os mares, ou seja, tudo o que foi criado por Deus. Cada coisa está em seu devido lugar. Esta energia que ordena e organiza todos os eventos da criação e das criaturas chama-se Ogum. O chakra laríngeo é regido por Ogum.

Obaluayê
Evolução ou passagens de níveis vibratórios são regidos por Obaluayê, ainda tão mal compreendido dentro da Umbanda, sendo comparado com o orixá das doenças e pestes, por ter seu campo de forças no cemitério. Quando falamos de morte, não podemos ter nossa mente voltada somente para morte física, mas, sim, para morte ou anulação de inúmeros defeitos que trazemos em nossos espíritos e que, através da bênção da reencarnação, temos oportunidade de corrigi-los. É a força divina que nos estimula a evoluirmos, sempre aumentando, assim, nosso padrão vibratório. Vale lembrarmos que a doença também é uma oportunidade de crescimento para o ser, pois a dor transforma. O chakra que é estimulado por Obaluayê é o chakra esplênico.

Yemanjá
A Criação Divina é regida por nossa mãe Yemanjá, um dos orixás mais festejados na Umbanda. Gerar, dar vida, esta é uma das funções de Yemanjá, pois a criatividade, desde a criação do mundo, envolve o ser.

Encontramos esta força divina atuando no meio científico, acadêmico, humano e religioso. Para mudar opiniões são necessárias palavras novas e para gerar palavras novas é preciso ter inspiração divina, fator que é regido por Yemanjá. Tem seu campo de forças nos mares, pois lá se desenvolve um infinito ciclo de vida.
O chakra estimulado por Yemanjá é o básico.

Vale lembrar que existem duas qualidades de orixás: Orixás Maiores, ou seja, a qualidade geradora divina, que nunca incorporam em médium algum.
Orixás Intermediários ou seres manifestadores destas qualidade divinas, que atuam dentro da vibração do Orixá Maior e, sim, estes são os que se manifestam nas giras de Umbanda.

O sincretismo religioso não veio da África, mas foi criado no Brasil através do movimento de Cabula, oriundo dos negros que eram obrigados a participar das missas dominicais e que, através das imagens católicas nos altares, encontraram semelhanças com as qualidades dos orixás.

Orixá não tem forma, é energia. As imagens que vemos nos altares são pontes de ligação vibratória para aqueles que ainda precisam de referência energética para se ligarem ao divino.
Dentro deste sincretismo, encontramos (pode mudar, de acordo com a região do Brasil):
Oxalá sincretizado com Jesus Cristo
Oxum sincretizada com Nossa Senhora da Conceição
Oxóssi sincretizado com São Sebastião
Xangô sincretizado com São Jerônimo
Ogum sincretizado com São Jorge
Obaluayê sincretizado com São Lázaro
Yemanjá sincretizada com Nossa Senhora dos Navegantes

Com este breve estudo, esperamos de forma simples termos esclarecido um pouco mais sobre o tema orixás e quebrado certos preconceitos, lembrando que o estudo é base fundamental dentro de qualquer religião.

Géro Maita



Leia mais

28/04/2016

É Demanda, Foi Trabalho Feito!


Por mais que se tenham livros, estudos e orientações das entidades, para a maioria dos filhos na umbanda ainda prevalece como verdade acusar outros por suas infelicidades. Buscam constantemente respostas para suas mazelas. São insatisfeitos, vivem constantemente em situações tumultuadas e exageradas. O conforto, a satisfação, acontece apenas quando encontram respostas do tipo “foi trabalho feito” ou “ é tal pessoa que prejudica”. E não importa de onde vem estas conclusões, desde que alguém levante a questão.

Ignoram os conselhos das entidades, os passes, as vibrações energéticas que recebem, o acolhimento e a proteção de uma egrégora espiritual.

É lamentável ver filhos da Umbanda acusando o outro por demandas e feitiços. É lamentável ver filhos da Umbanda cantando, com grande entusiasmo, curimbas que pedem “pra amarrar o inimigo”. É lamentável ver que a paz, a harmonia, a serenidade que nossos mentores e entidades nos pedem tanto, seja ignorado. É lamentável que pessoas equivocadamente acusam e elegem outros como autores de suas infelicidades, de suas incompetências, de suas limitações.

Nascemos de ventres livres, porém, muitos ainda insistem em viver no cativeiro da ignorância, da irresponsabilidade e da incompetência de suas vidas. Constroem ilusões, tumultuam os fatos exigindo respostas de imediato.

Cada um é responsável por suas escolhas e por suas companhias espirituais.

Na Umbanda a espiritualidade manifesta para a prática da caridade. Qualquer ação contrária fere a lei divina, fere o amor das entidades que acolhe, protege e salva diariamente seus filhos das ignorâncias, das fraquezas e maldades que carregam.

Ser filho da Umbanda é confiar na aldeia, na egrégora que o acolhe. É assumir as conseqüências de suas escolhas, de seus pensamentos e comportamentos tendo a certeza de que aprenderá a produzir boas sementes em seu coração e cultivar de fato um lindo jardim.

Márcia Moreira




Leia mais

26/04/2016

O Sincretismo Religioso na Umbanda


O sincretismo religioso na Umbanda é algo que confunde muito o discernimento de um consulente, principalmente um novato ou até mesmo um leigo que busca conforto espiritual. É muito comum e até mesmo faz parte de um tradicionalismo se ver imagens de Santos Católicos no Altar conhecido como Congá ou Gongá utilizado na Umbanda, ou até mesmo escutar Pontos Cantados referindo-se a um Santo como se fosse um Orixá ou vice e versa, isto é simplesmente um reflexo do sincretismo religioso da época escravocrata no Brasil.

Desde que os negros foram capturados em seus continentes pelos europeus, tiveram que forçadamente se desprenderem de suas crenças e costumes, tudo por causa de uma inquisição da época. Já no Brasil para poderem cultuar suas Divindades (Orixás, Voduns e Inquices) os negros tinham que omitir seus cultos dentro das cerimônias Católicas, tais como as festas designadas aos Santos, portanto, em dia de homenagem a um devido Santo Católico os negros faziam seus cultos camuflados em tais festas, desta forma tocando e fazendo louvações para seus Orixás usando um “codinome” e este “codinome” era o nome de um Santo da Igreja Católica Apostólica Romana, era a forma que os negros encontraram para cultuar suas religiosidades dentro de suas tradições, pois os negros foram obrigados a se batizarem dentro da doutrina Católica, porém, muitos se apegaram as crenças Católicas sem perder seus costumes, sendo até mesmo devotos aos Santos e a Jesus Cristo, vendo que o povo negro jamais desmereceu a fé e crença de ninguém, eles sempre souberam separar o ato humano do ato espiritual e mesmo sendo injustiçados pelos brancos, não deixaram de perder suas crenças e adquirir novos conceitos espirituais (ensinamentos e consciência adquirida com toda a certeza através de suas Divindades e Guias).

Muitos negros principalmente os da região Bantu (Congo-Angola) que praticavam cultos aos Espíritos (Entidades/Guias) ao fazerem seus altares colocavam imagens dos Santos Católicos para disfarçar seus cultos, desta forma usufruíram do conhecimento que obtiveram sobre os Santos Católicos e disfarçaram suas Divindades com os nomes e imagens dos Santos que mais traziam conceitos “em comuns” com as Divindades, por exemplo: Os negros do estado de São Paulo titularam o Orixá Ogum (Divindade do ferro, guerreiro) como São Jorge, pois era uma forma fácil e prática de lembrar tal “camuflagem” e também de enganar (no bom sentido) a inquisição para poderem praticar suas crenças.

Lembrando que uma tradição grande praticada nos cultos de tradições afro-brasileiras e muito conhecida hoje por todos no Brasil, são as festas dos Orixás nos mesmos dias das homenagens aos Santos Católicos, como, o Dia de Yemanjá que é comemorado em São Paulo no dia 08 de dezembro junto de Nossa Senhora da Conceição e na Bahia no qual é comemorado no dia 02 de fevereiro que é o dia de Nossa Senhora dos Navegantes, isso é uma herança histórica do sincretismo que se transformou num tradicionalismo.
É sempre bom o esclarecimento dos fatos, portanto, quando se escutar na Umbanda alguém se referir a Jesus Cristo pelo nome do Orixá Oxalá, saiba que se trata apenas de um reflexo histórico da época escravocrata no Brasil, ou seja, trata-se do sincretismo religioso, pois, este sincretismo acabou se tornando numa tradição dentro dos terreiros de Umbanda, porém, uma tradição que se deve ter muito cuidado ao praticá-la, sendo que esta sempre tem que ser muito bem esclarecida para aqueles que tenham dúvidas, jamais um umbandista deve dizer que um Santo Católico é um Orixá ou um Orixá é um Santo Católico, isto é completamente errôneo, porém, a Umbanda não desmerece nenhum conceito espiritual, ou seja, a Umbanda não desmerece a crença e a fé de ninguém. 

Muitas vezes ao ver também um Santo Católico ser louvado ou ter sua imagem no Congá (altar) dentro da Umbanda, pode se tratar da devoção da casa em respeito a tal Santidade, pois muitas Entidades espirituais atuantes na Umbanda trazem costumes, culturas e crenças das quais viveram em suas últimas encarnações, portanto, são absolutamente normais devoções espirituais manifestadas em crenças dentro da Umbanda com costumes paralelos, mas nada que influencie a designação hierárquica e doutrinária da Umbanda, a Umbanda tem suas próprias funções e seu próprio fundamento. 

Sobre o sincretismo, saibamos separar os conceitos, os fatos históricos e as devoções particulares dos fundamentos e preceitos que a Umbanda abrange...

Oxalá é Oxalá e Jesus é Jesus, que ambos sejam sempre respeitados!

Pai Carlos Pavão



Leia mais

22/04/2016

Orixá Nanã Buruquê


Orixá Nanã

ORIXÁ DA MATURIDADE, RAZÃO E SABEDORIA

Na idade madura, o ser, ao tornar-se mais racional, começa a ter uma "luz interior' alimentada por sólidos princípios que o guiam. Essa "luz interior"´é que, logo após o desencarne, irá distinguir um ser livre de outro preso aos instintos e impulsos.

A divindade que acompanha nosso fim, na carne, assim como nossa estrada, em espírito, no mundo astral, é Mãe Nanã. Nessa porta de passagem, ela atua sobre nosso carma, conduzindo esta transição com calma e serenidade. Mãe Nanã Buruquê é a maleabilidade e a decantação, é a calma absoluta, que se movimenta lenta e cadenciadamente. Essa calma absorvente de Mãe Nanã exige silêncio; descarrega e magnetiza o campo vibratório, que se modificam, passando a agir com mais ponderação, equilíbrio e maturidade.

Como Orixá, sua manifestação é pelos movimentos lentos e cadenciados, porque traz em si uma energia e magnetismo muito forte.

Nanã é uma guardiã que tem seu campo de força natural nos lagos, mangues, rios caudalosos e nos deltas e estuários dos rios. Seu campo de ação está localizado nos lagos; tudo ali traz uma calma, uma tranquilidade que não é encontrada nos outros pontos de força da natureza.

No lado místico, Nanã é a divindade que acompanha nosso fim na carne, assim como nossa entrada, em espírito, no mundo astral. Nessa porta de passagem, Nanã atua sobre nosso carma, conduzindo esta situação com calma, para que o espírito não tome conhecimento da sua transição de um plano vibratório a outro. Nanã é também guardiã do ponto de força da natureza que absorve as irradiações negativas que se acumulam no espaço, criadas pelas mentes humanas nos momentos de angústias, dor ou ódio.

Nanã Buruquê forma com Obaluaiê um par natural; são os Orixás responsáveis pela evolução dos seres. Se Obaluaiê é estabilidade e evolução, Nanã é a maleabilidade e a decantação que polariza com ele e, ambos, dão origem à irradiação da Evolução.

Ela atua também na linha da vida, que no início tem Oxum, estimulando a sexualidade feminina, no meio tem Iemanjá, estimulando a maternidade e no fim tem Nanã, paralisando a sexualidade e a geração de filhos, quando se instala a menopausa.

Nanã é um dos Orixás mais respeitados no ritual de Umbanda, por se mostrar como uma vovó amorosa, sempre paciente com nossas imperfeições como espíritos encarnados tentando trilhar a senda da luz.

Os santuários naturais, pontos de força regidos por nossa mãe Nanã Buruquê (os lagos), têm seu próprio campo magnético absorvente poderosíssimo, que varia de sete a setenta e seta metros, a partir das margens. Ali reina a calma absoluta, característica que é própria de Nanã, que se movimenta lenta e cadenciadamente, porque traz em si uma energia e um magnetismo muito fortes.

Fonte: 
Manual Doutrinário, Ritualístico e Comportamental Umbandista / Coordenação de Lurdes de Campos Vieira - Supervisão de Rubens Saraceni.





Leia mais

18/04/2016

Casamento na Umbanda - Tulca

O Sacramento do Casamento na Umbanda como ato religioso é legítimo e irrefutável, perante a Lei dos homens e a Lei de Deus.

Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca
Recife-PE

Casamento na Umbanda

Casamento na Umbanda

Casamento na Umbanda

Casamento na Umbanda

Casamento na Umbanda

Casamento na Umbanda

Casamento na Umbanda

Casamento na Umbanda

Casamento na Umbanda

Casamento na Umbanda

Casamento na Umbanda

Casamento na Umbanda

Casamento na Umbanda

Casamento na Umbanda

Casamento na Umbanda

Casamento na Umbanda

Casamento na Umbanda

Casamento na Umbanda

Casamento na Umbanda

Casamento na Umbanda

Casamento na Umbanda

Casamento na Umbanda



Casamento na Umbanda

Casamento na Umbanda

Casamento na Umbanda

Casamento na Umbanda

Casamento na Umbanda

Casamento na Umbanda

Casamento na Umbanda

Casamento na Umbanda

Casamento na Umbanda








Leia mais
Topo