Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

15/09/2014

Como Saber se Sou Médium

Como Saber se Sou Médium


Médium é uma palavra neutra e serve para os dois gêneros. É de origem latina e significa medianeiro, o que está no meio. O médium serve de intermediário entre o mundo físico e o espiritual. 


Deste modo podemos afirmar, sem sombra de dúvida, que todos nós somos médiuns, pois durante nossas vidas teremos alguns sintomas e que sabemos que não são de ordem física. Afinal quem é que nunca viu um vulto diferente, um assovio diferente, algumas pancadas, arrastamento de chinelos, vozes, pesadelos, sonhos, premonições, etc, etc. Só não podemos afirmar que somos médiuns ostensivos, aquele que tem contato com os espíritos. Que sinais são apresentados e que podemos saber que a pessoa é um médium ostensivo?

Nenhum sinal físico existe que possa dizer que esta ou aquela pessoa é um médium ostensivo. Ninguém veio marcado para isto. É um dom natural que vem com a pessoa, pela escolha que esta pessoa fez na espiritualidade.

Alguns sintomas indicam que a pessoa pode ter mediunidade. Os mais comuns são: suor excessivo nas mãos e axilas, maçãs do rosto muito vermelhas e quentes, as orelhas ardem, depressão psíquica e instabilidade emocional, melancolia, distúrbios de sono, ou em excesso, ou insônia; perda do equilíbrio do corpo, sensação de desmaio iminente, súbita aceleração dos batimentos cardíacos(taquicardia), fobia e medo de quase tudo, sensação de insegurança. Mas tudo isso vai se estabilizando e desaparecendo conforme o médium canaliza de forma mais adequada suas faculdades psíquicas com muito estudo, trabalho e disciplina.

Outros sinais podem surgir como: sensação de presenças invisíveis; sono profundo demais, desmaios e síncopes inexplicáveis; sensações ou idéias estranhas, mudanças repentinas de humor, crises de choro; Ballonement (sensação de inchar, dilatar) nas mãos, pés ou em todo o corpo, como resultado do desdobramento perispiritual; adormecimento ou formigamento nos braços e pernas; arrepios como os de frio, tremores, calor, palpitações.

Uma das tarefas mais complexas para o médium novato é conseguir discernir as influências que atuam em sua psiquê. Não se questiona mais o fato de que o ser humano sofre interferências de todos os elementos que compõem o universo, e isso inclui as formas pensamento de outros seres. De uma maneira ou de outra, todos os seres humanos são, em maior ou menor grau de intensidade, médiuns por natureza. Às vezes, a pessoa escreve uma mensagem e não sabe se veio dela mesmo, de seu mentor ou de outro espírito. Não tem certeza se foi inspiração ou psicografia. Às vezes pode até alterar o texto que está recebendo de um espírito.

Algumas vezes, ao eclodir a mediunidade, a pessoa costuma dar sinais de sofrimento, perturbação e desequilíbrio. Se a pessoa se perturba ante as manifestações mediúnicas é por sua falta de equilíbrio emocional e por sua ignorância do que seja a mediunidade, ou porque está sob a ação de espíritos ignorantes, sofredores ou maus. A pessoa que possui tais problemas precisa ser ajudada até se equilibrar psiquicamente através de passes, vibrações, esclarecimentos doutrinários. Também deve fazer uma consulta médica. Só depois, bem mais tarde, ir para uma mesa mediúnica.

Para o desenvolvimento mediúnico, somente deve ser encaminhado quem esteja equilibrado e doutrinariamente esclarecido e conscientizado.

A mediunidade ostensiva pode ser percebida quando:
a)houver comprovada vidência ou audição no plano espiritual;
b)se dá o transe psicofônico (falante ) ou psicográfico (escrevente);
c)há produção de efeitos físicos – sonoros, luminosos, deslocação de objetos, desdobramentos, etc.

Mas na verdade, nenhum destes fenômenos, podem dizer claramente que a pessoa pode ser um médium ostensivo. Como descobrir então? Somente com o estudo e a prática da mediunidade. Por este motivo temos os desenvolvimentos mediúnicos em quase todos os centros espíritas. Como se caracteriza esse desenvolvimento? Pelo estudo das obras de Kardec e outras similares e da prática. A pessoa deve ir praticando as diversas modalidades de mediunidade: Psicofonia, psicografia, vidência, transporte, desdobramentos, sempre acompanhado de pessoas experientes nestas áreas. A pessoa pode desenvolver uma destas modalidades com facilidade, algumas, apenas pequenos vestígios de uma ou de outra e outras pessoas nada conseguem. Seu trabalho ficará perdido? Claro que não. Ele não imagina a ajuda que deu aos espíritos inferiores que vieram receber as energias de que precisam para se melhorar.

Ser médium é fazer a maior das caridades: a pessoa está doando seu próprio corpo em auxilio de muitos necessitados.

Blog Espírita


Leia mais

12/09/2014

Setembro Mês dos Ibejis de Umbanda



Erês na umbanda

Nuvens abrindo-se qual cortinas de um palco, tocadas pelo vento, deixam transparecer o céu azul, nos mostrando uma encantadora cena: árvores como se fossem de um jardim do Paraíso, repletas de flores coloridas que o engalanam de festiva e feliz natureza.

Vê-se crianças alegres que brincam, cantam, pulam. Mais adiante, no lago de águas límpidas, navegam cisnes brancos que as mesmas conduzem, por rédeas doiradas, leves como suas plumas.

Em grupos diversos, espalham-se pelo jardim, umas a colherem flores, fazendo grinaldas para seus cabelos, ornamentando suas cabecinhas, louras e morenas.

Outras, porém, de pétalas de rosas, cobrem o caminho aonde deverá passar, mais tarde, o Anjo Protetor, que numa visita diária, faz solene sua chegada.

Espalha bondade, ternura, dando confiança e amor; é o regente de todas elas. Por entre alas formadas com disciplina, segue um menino oriental, vestido de prata e azul turquesa, que de seu turíbulo, faz sair fumaça de perfumes enebriantes, elevando-se ao alto numa consagração. Logo a seguir, de par em par, meninos e meninas, a todos com água divina, asperge.

É nesta solenidade, de encantadora paz, que o céu torna-se róseo, dando ao crepúsculo o nome da “Hora da Ibeijada”.

Mais tarde, porém, no fim dessa cena, fecha-se o palco com a cortina negra da noite, bordada de estrelas representativas, cuja a Via Láctea simboliza as Crianças do Astral.

Autoria desconhecida



Leia mais

07/09/2014

Desafios de um Dirigente



Na assistência, cinquenta ou cem pessoas aguardando atendimento, não faz tanta diferença para quem está ali prestando a caridade. Fora o tempo que inevitavelmente vai alongar-se nesse propósito, a energia gasta sempre é reposta pela bondade divina. Quanto ao cansaço físico, nada que um bom banho, um alimento saudável e uma noite de sono não possam refazer. Os consulentes que vem com suas cargas, seus acompanhamentos espirituais e seus problemas e que buscam ali no terreiro o conforto ou até a suposta solução, não são o real desafio para o dirigente umbandista.

O verdadeiro desafio para o exercício dessa tarefa é a administração da Casa e da corrente mediúnica, por menor que ambas possam ser. As dificuldades materiais de manutenção e conservação de um ambiente saudável e acolhedor se misturam a de manter os médiuns unidos, sob o mesmo propósito com todas as diferenças de personalidades que inevitavelmente existem entre eles. Sem contar que ali estão "filhos" espirituais sob sua responsabilidade.

Que dizer então quando nos vem médiuns com deficiências físicas que dificultam ainda mais o trato e desenvolvimento de sua mediunidade? Isentar-se de recebe-los e assim não permitir que cumpram sua tarefa mediúnica? Aceitar o desafio sob o risco de não termos a sabedoria suficiente para realmente ajuda-los?

A nossa vida , no geral é um eterno desafio e tornar-se um dirigente umbandista é um dos maiores que conhecemos, visto que além da responsabilidade com os dois mundos temos ainda nossa consciência em débito com o passado delituoso.

Médiuns saudáveis e perfeitos nos dão a liberdade de ensinar e cobrar atitudes dentro da corrente. Mas o que dizer quando o dirigente espiritual de nossa Casa, nos incumbe de colocar para desenvolvimento na corrente, médiuns que possuem deficiências físicas mas que precisam dessa ajuda?

Seus históricos: - Um deles, depois de formado em odontologia e já exercendo a função, após uma cirurgia cerebral pra retirada de um tumor, restou sequelas que dificultam seu andar e equilíbrio, além de ter perdido o movimento da mão esquerda. O outro descobriu problema renal ainda muito jovem e após dois transplantes de rim com rejeição, sobreviveu ao terceiro, mas perdeu a audição tornando a comunicação muito difícil.

Ambos esforçados em ajudar, se doam incondicionalmente e por vezes, de maneira mais atuante que os outros médiuns, auxiliando na energia das giras. São irradiados pelos seus guias e tem uma percepção do mundo espiritual muito confiável. Mas é inevitável a dificuldade que nos assalta, desde fazer-se entender por um deles até a falta de agilidade do outro. Fora isso, tem a história da inclusão. É importante que estejamos sempre atentos para que não se sejam diferenciados dos demais e também que possam sentir-se úteis.

Em dado momento, ambos já tentaram se afastar, pela dificuldade que a tarefa lhes impunha. Novamente entregamos nas mãos de Deus e eles acabaram voltando e ficando. Deduzimos então: - São nossos filhos mesmo! E agora, pródigos!

Sabemos que, como nós, existe um sem número de terreiros cujos dirigentes passam por dificuldades semelhantes, quando não maiores ainda, em relação à corrente mediúnica. Problemas que lhes tiram o sono e exigem horas de reflexão. Diante disso nos resta acreditar naquilo que os bondosos guias sempre repetem: - a cruz nunca terá o peso maior do que as costas possam suportar.
Além de que, são lições cujo aprendizado nos conduz à evolução.

Leni - TUVA




Leia mais

18/08/2014

Comentário do texto "A Beneficência"

Comentário do texto "A Beneficência"




EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO 

Cap. XIII - Ítem 11 Tema: A Beneficência



"A Beneficência"

Já ouvimos falar que as pessoas normalmente procuram a religião pelo amor ou pela dor. Pela nossa experiência, observamos que muito mais pela dor. Em todas as religiões normalmente as pessoas procuram um lenitivo para as suas aflições, procuram no exterior, no movimento que vem de fora para dentro de si próprios. A começar por Deus, os espíritos e todos os santos que são os responsáveis para resolver o seu problema, afinal, elas fazem orações todas as noites antes de adormecer, vão à missa todos os domingos, fazem promessas para todos os santos, muitas vezes fazem penitências as mais dolorosas, recebem o espírito santo, vão ao terreiro para "retirar o encosto", fazem as oferendas aos Orixás certinhas, então é só esperar...

Meus irmãos, a religião não é um "balcão de negócios", ela existe para dar o conforto na hora da dor e para nos ensinar a progredir na nossa caminhada evolutiva. 

De tanto procurar do lado de fora a resolução dos seus problemas, muitos não percebem que é muito simples viver em paz e feliz. Como ensina a oração de São Francisco: "(...) é dando que se recebe (...)"! Simples assim!

O Evangelho quando nos traz a luz através das virtudes ensinadas por Jesus, mostra que a beneficência é mais um caminho para desenvolver o amor pelo próximo e obedecer aos primeiros mandamentos: "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao teu próximo como a ti mesmo."

E completa:

"E que amá-lo de todo o coração, e de todo o entendimento, e de toda a alma, e de todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, é mais do que todos os holocaustos e sacrifícios." (Marcos 12:33)

Enfim, a religião verdadeira é a que pratica a beneficência em toda a sua plenitude.

Saravá aos nossos queridos Guias de Umbanda, especialmente aos nossos Pretos Velhos, que nos ensinam a prática do Bem para vivermos melhor a cada dia.

Ednay Melo





Leia mais

10/08/2014

Comentário do texto "A Lei do Amor"


A lei do amor


EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO 
Cap. XI - Ítens 8,9,10 Tema: A Lei do Amor


Comentário do texto "A Lei do Amor":

O amor que nos anuncia o Evangelho é o amor incondicional. Somos ainda espíritos imperfeitos, daí a dificuldade de por em prática este sentimento divino em toda a sua essência. Quem de nós nos sensibilizamos com a dor do outro, mas se fosse com um ente querido, familiar e que nos seja próximo, daríamos até a nossa própria vida para socorrê-lo? Este é um exemplo grosseiro, mas que ilustra o quanto somos egoístas em se tratando da grande família humana. Temos a tendência de nos fecharmos em grupos sociais e religiosos, e o que vai além deste limite simplesmente não nos interessa. Atualmente, os nossos irmãos do Oriente Médio sofrem o desespero de perderem a própria existência e a dos seus entes queridos em uma guerra desmedida, e quantos de nós nos unimos em prece para socorrê-los? Reflitam, se esta guerra fosse no nosso País, talvez a nossa prece fosse muito mais fervorosa...

Este amor egoísta também podemos observar em nosso próprio meio, entre familiares, casais, comunidades sociais e religiosas e o ciúme é o principal sintoma da nossa imaturidade diante da Lei do Amor.

Amar é, antes de tudo, renunciar. Esta verdade está grandiosamente ilustrada no livro "Renúncia" de Chico Xavier, quando Alcione nega as esferas elevadas que conquistou por merecimento, para rebaixar-se às esferas do plano inferior a fim de socorrer o seu ente amado.

O amor fraterno, incondicional, foi o amor Que Jesus veio nos ensinar quando encarnado na terra, esqueceu plenamente de si mesmo, sofreu mais do que qualquer um de nós sem dever e sem ter nada para resgatar, sem nenhuma culpa, apenas por amor à humanidade. 

Ednay Melo

Leia mais

03/08/2014

Cantar e Bater Palmas na Umbanda

Cantar e bater palmas na umbanda


A Umbanda é musical, a Umbanda tem ritmo. 

Ao entrar pela primeira vez em um templo de Umbanda muitos se deslumbram com a musicalidade dos pontos cantados e o consequente acompanhamento, pelos filhos de fé, que felizes batem palmas. Esse gesto parece, a princípio, apenas o acompanhamento daqueles que estão à vontade, felizes e interagindo com a curimba (atabaques) da casa. Mas não é não simples assim.

Ao bater palmas, ativamos os chacras localizados em diversos pontos das mãos, entramos em sintonia com a curimba, que deixa de trabalhar sozinha e passa a ter o apoio da corrente e assim conseguimos alcançar esferas espirituais às quais necessitamos para aqueles trabalhos.

O ponto cantado é uma prece, a curimba é a cadência que leva essa prece ao astral e traz o seu retorno, e as palmas ativam a energia dos chacras de cada membro da corrente (e até da assistência) para que haja fluidez nos trabalhos.

Portanto, cada um, mesmo sem perceber, desempenha um papel importante dentro da grande engrenagem que é uma gira de Umbanda. Ser um "médium samambaia" (daqueles que ficam estáticos, parados e nem se mexem) não condiz com o que necessitamos para o bom desenvolvimento dos trabalhos. Tarefas aparentemente simples e espontâneas, como bater palmas são muito importantes para o bom andamento dos trabalhos. Faça a sua parte e terá um retorno espiritual maior.

Douglas Fersan




Leia mais

O Ato de Bocejar na Casa Espírita

Bocejar


Um dos fenômenos que chama a atenção dos observadores atentos é o bocejo que muitas pessoas apresentam quando estão nos centros espíritas. Muito já se falou a respeito, mas quase ninguém conseguiu dar uma explicação lógica para o fato.

Em nossas reuniões mediúnicas observamos que nas ocasiões em que os médiuns estão sob má influência, eles bocejam com certa frequência.
Alguma coisa acontece com a organização física-perispiritual dessas pessoas, provocando o fenômeno.

Verificamos também que depois de darem passividade mediúnica, os bocejos cessam imediatamente, o que mostra que a causa se liga diretamente à fenomenologia da mediunidade.

Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, demonstrou que os fluidos perispirituais podem concentrar-se em alguns órgãos conforme a necessidade momentânea de cada criatura.

Assim, por exemplo, se uma pessoa está correndo, os fluidos perispirituais estarão concentrados nos setores mais solicitados do corpo físico, tendo em vista o exercício em questão. Acontece o mesmo com outras atividades orgânicas.

Um outro momento em que o ser humano boceja é quando está com sono. Qual seria o mecanismo para essa ocorrência? Talvez, se explicarmos uma coisa, poderemos encontrar a resposta para a outra.

Pensamos que uma hipótese pode ser levantada para explicar tanto o fenômeno natural quanto o mediúnico.
É a do desequilíbrio fluídico do perispírito.

Achamos que o relógio biológico do organismo também funciona no corpo perispiritual. Aprendemos que o corpo físico é uma cópia grosseira do perispírito e, por isso, reflete toda a sua estrutura e mecanismos de funcionamento. Quando vamos dormir, alguma coisa nos coloca em condições para que o sono possa se estabelecer.

Possivelmente, é o relógio biológico que controla o fenômeno da sonolência física. Em determinados momentos e em certas situações, esse controlador natural do ser humano deve acionar um mecanismo fazendo com que haja uma concentração fluídica na área do cérebro, provocando um torpor na percepção da pessoa, predispondo ao sono. Essa concentração fluídica parece provocar o bocejo natural.

Ao chegar o momento de dormir, é comum bocejarmos algumas vezes antes de nos entregarmos ao sono. É sinal de que está chegando a hora de repousar o corpo físico que se encontra esgotado.

Depois que dormimos, o inconsciente assume as funções biológicas do organismo físico e o Espírito, em alguns casos, pode libertar-se das amarras que lhe prende à carne e até ter experiências no além. Durante o repouso a situação fluídica perispiritual tende ao equilíbrio, fazendo com que ao despertar, a criatura sinta uma agradável sensação de bem estar.

No caso do bocejo provocado por Espíritos, possivelmente ocorre algo parecido, por meio das ligações entre o Espírito desencarnado e o médium. Temos conhecimento de que essas ligações se fazem através do psiquismo. Quando um medianeiro está sob má influência ou prestes a dar passividade a uma entidade desajustada, seu psiquismo fica como que impregnado de fluidos pesados, o que provoca um torpor mental semelhante ao sono físico, fazendo-o bocejar.

Já tivemos a oportunidade de receber tais tipos de influências nas atividades mediúnicas que desenvolvemos regularmente e nos foi possível sentir como elas agem contaminando o organismo perispiritual intensamente. Os bocejos são frequentemente seguidos de um forte lacrimejamento e a sensação é de profundo mal-estar.

Normalmente tais fenômenos ocorrem no período que antecede as atividades mediúnicas, principalmente no momento em que se está estudando o Evangelho. Depois do intercâmbio mediúnico, as impressões penosas cessam quase que imediatamente. Isso prova que elas estão ligadas à presença ostensiva de influências magnéticas baixas, que levam o perispírito do médium ao desequilíbrio fluídico. A "sujeira" energética concentra-se junto ao cérebro perispiritual e provoca um torpor artificial.

Quando observamos o fenômeno do bocejo nas sessões mediúnicas, geralmente ele está ligado a certas manifestações mediúnicas que vão acontecer na reunião.

Não são todas as manifestações de entidades necessitadas que provocam os bocejos. Nos casos pesquisados por nós, verificamos que se tratavam de Espíritos muito desesperados ou francamente maus que estavam junto dos médiuns.

Em outras situações, nos momentos que antecedem a palestra, por exemplo, observamos que o passe pode atenuar as ocorrências do bocejo. Ao derramar sobre o necessitado os fluidos salutares dos bons Espíritos, eles expulsam os fluidos malsãos que causam os bocejos, oriundos da atividade obsessiva.

Uma outra circunstância em que ocorrem os bocejos é nas ocasiões de benzimentos.
Existem um grande número de senhoras, chamadas benzedeiras, que aplicam passes em crianças recém nascidas que apresentam uma contaminação fluídica, popularmente chamada "quebranto" ou "mau olhado".
O problema da criança acontece quando pessoas adultas, que possuem uma atmosfera fluídica malsã, ficam com a criança no colo por muito tempo. A energia ruim que circunda a pessoa contamina a atmosfera espiritual da criança. Isso deixa o bebê irritado, prejudica o seu sono e em certas situações pode causar desarranjos orgânicos. Aos estudiosos mais conservadores, pode parecer que estamos falando de fantasias, mas a experiência demonstra que fatos são reais e perfeitamente explicáveis pela Doutrina Espírita.
Depois de alguns passes, normalmente a criança afetada volta à sua normalidade. Nada se faz de mais, a não ser derramar o fluido salutar dos bons Espíritos sobre a atmosfera malsã da criança, limpando-a dos fluidos nocivos.
Algumas benzedeiras têm o hábito de atrair o "mal" para elas. Depois de ministrarem o passe na criança, começam a bocejar seguidamente.
Afirmam que estão "limpando" a criança, mas na verdade o que fizeram foi agir com o pensamento, atraindo o fluido nocivo para a sua própria atmosfera psíquica, gerando na área do cérebro perispiritual o desequilíbrio fluídico que provoca os bocejos. Em todas as crendices populares existe um mecanismo da grande ciência do Espiritismo, que pode ser pesquisado por observadores.

Pode-se afirmar com certeza, que toda pessoa que boceja seguidamente no momento da reunião mediúnica, se não estiver sob a influência do cansaço, está sob má influência espiritual. A investigação mediúnica desses fenômenos pode ser objeto de estudo das casas espíritas sérias.

Autor: José Queid Tufaile Huaixan


Leia mais
Topo