Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

01/07/2013

Mas Afinal, Quem é Umbandista?

Mas Afinal, Quem é Umbandista?

Mas afinal, quem é umbandista? Sabemos que a umbanda por ser complexa e universalista possui em seu bojo muitos assuntos polêmicos. Entre as várias questões conhecidas, acreditamos que existe uma que pode ser considerada como principal. Esta é a definição de quem é umbandista. Parece uma coisa simples, óbvio, mas não é. 

Neste texto vamos procurar estudar um pouco esta questão e desta forma provocarmos a reflexão e o debate sobre esta questão primordial.

Conforme já tivemos oportunidade de escrever em vários textos publicados neste blog, os umbandistas não conseguem aceitar as informações pesquisadas e divulgadas pelo IBGE sobre o CENSO ou empresas de pesquisa como o DATAFOLHA. Em todas estas pesquisas o número de pessoas que se assumem como Umbandistas, sempre é reduzido, atualmente algo em torno de 0,3% da população brasileira. Os umbandistas então gritam aos quatro cantos que estas informações estão erradas, que o número de umbandistas no Brasil é de milhões de brasileiros, e para isso alguns citam que os Terreiros estão lotados, cheios de pessoas na assistência, que fazem filas na porta. Alguns mais afoitos acusam estas instituições sérias, de preconceito e perseguição contra os umbandistas. Outros se lembram das festas de fim de ano, nas praias onde as pessoas se vestem de branco, pulam as sete ondas, bebem muita champanhe, jogam flores ao mar, ao som de muita música e shows pirotécnicos normalmente patrocinados pelo poder público para atrair turistas.

Aqui podemos fazer algumas perguntas:

  • Será que todas estas pessoas que vão à praia no final de ano são umbandistas? 
  • Será que todas as pessoas que procuram um Terreiro de umbanda são umbandistas?
  • Será que pelo simples fato de estarem na praia, vestidas de branco significa que são umbandistas?
  • Será que pelo fato de algumas pessoas serem médiuns, e incorporarem espíritos, são umbandistas?

Quatro questões simples, poderíamos fazer uma lista de perguntas semelhantes, mas vamos parar nestas quatro. Para que possamos responder estas perguntas precisamos em primeiro lugar definir o que é ser umbandista. Podemos começar nosso estudo com algumas possíveis definições de quem é o umbandista:

  • UMBANDISTA É QUEM SEGUE A UMBANDA?
  • UMBANDISTA É QUEM PRATICA A UMBANDA?
  • UMBANDISTA É QUEM FREQUENTA UM TERREIRO DE UMBANDA?
  • UMBANDISTA É QUEM É BATIZADO NA UMBANDA?
  • UMBANDISTA É QUEM ESTUDA A UMBANDA?
  • UMBANDISTA É QUEM INCORPORA CABOCLO E PRETO VELHO?

Naturalmente que pretendemos uma definição racional e lógica. Neste momento não irá atender nossas necessidades definições como:

Umbanda é paz e amor, então umbandista é quem prega paz e amor.
Umbanda é caridade, então umbandista é quem pratica caridade.
Umbanda é manifestação do espírito para caridade, então umbandista é quem incorpora espírito para prática da caridade.

E outras semelhantes que acabam não servindo para nada, devido a amplidão dos conceitos apresentados na definição.

Naturalmente que todos devem concordar que existe uma relação direta entre as palavras UMBANDISTA e UMBANDA, podemos descartar da definição de UMBANDISTA quem é Candomblecista, Católico, Espírita, Protestante, Judeu, Muçulmano, Hinduísta, Ateu etc…

É fato que o UMBANDISTA deve estar relacionado diretamente com a UMBANDA, o que falta é encontrarmos o elo entre estas duas palavras.

A definição UMBANDISTA É QUEM SEGUE A UMBANDA é muito incompleta, pois é muito difícil nos dias atuais uma doutrina umbandista, que sirva de referência para ser seguida. Sabemos que ainda não possuímos esta doutrina única e que define os limites, as leis da Umbanda, portanto esta definição embora bem simples, deixa muito a desejar.

Outra definição é UMBANDISTA É QUEM É BATIZADO NA UMBANDA, sabemos que várias religiões se utilizam da prática do batismo para vincularem a pessoa aquela religião, por exemplo, o catolicismo; mas na umbanda devido a grande diversidade de ritos e fundamentos existem muitas Casas que não se utilizam do batismo.

Também podemos argumentar que existem pessoas que foram batizadas, por exemplo, no Catolicismo ou no protestantismo e agora frequentam um Terreiro e foram batizadas na umbanda, será que estas pessoas deixaram de ser católicas?

Ou no caso destas pessoas que foram batizadas na umbanda e agora se afastaram para seguir outra religião, por exemplo, catolicismo ou mesmo o Candomblé, estas pessoas deixaram de ser umbandistas?

Bastaria simplesmente o fato de serem batizadas, mesmo que estejam seguindo outra religião, para garantirem o status de serem umbandista por toda a vida? Particularmente não acredito nisso, pois sabemos que existem muitas pessoas que passaram pelos Terreiros de Umbanda e hoje batizados em outra religião se tornaram ferrenhos inimigos da umbanda. Na igreja universal encontramos muitos exemplos deste caso.

Então somente o fato de serem batizados não define a condição de Umbandista, ela deve ser complementada por mais uma situação, ou seja, ela deve estar atuando em alguma casa umbandista.

Poderíamos tentar melhorar esta definição escrevendo UMBANDISTA É QUEM É BATIZADO NA UMBANDA E FREQUENTA UMA CASA DE UMBANDA, mas como mencionado acima já sabemos que nem todos os Terreiros utilizam-se do batismo, então ainda não é uma definição completa.

A outra definição apresentada UMBANDISTA É QUEM ESTUDA A UMBANDA também nos parece bem superficial.

Recentemente recebemos uma mensagem de uma pessoa que queria ser umbandista sem frequentar um Terreiro de umbanda, queria somente reunir sua família e estudar a umbanda por alguns livros. O missivista me perguntava se poderia ser enquadrado como um Umbandista.

Foi neste momento que procurei refletir sobre este assunto, sabemos da existência de uma vasta bibliografia umbandista, muitas até conflitantes entre si, mas somente o estudo bastaria? Particularmente acredito que não.

Para sermos umbandistas, na minha humilde opinião, não basta somente devorarmos livros.

Penso que todos os Pais e Mães devem concordar comigo, não se faz um filho de umbanda sem vivência templária, ou seja, sem viver o dia a dia de um Terreiro.

Com toda a certeza, o estudo nos dias atuais é fundamental, mas somente estudos teóricos não basta para ser um Umbandista. Comentei ao interessado que o estudo seria a porta de entrada na umbanda, mas ainda não seria suficiente para eles se considerarem umbandistas.

A próxima definição UMBANDISTA É QUEM INCORPORA CABOCLO E PRETO VELHO, e aí incluímos qualquer outra entidade espiritual que se manifesta nos diversos Terreiros de Umbanda, sejam ciganos, marinheiros, baianos, exus etc…

O simples fato de você ser médium e incorporar um espírito qualquer não faz de você um umbandista. Existem centenas, talvez milhares de pessoas que se encontram nesta condição. Muitas até contrariadas, irritadas por terem que trabalhar na umbanda contra a sua vontade. São aquelas que ficam pulando de casa em casa, ou se retiram e depois de anos quando a situação "aperta" aparecem para somente darem passagem aos seus "guias" somente para se descarregarem. Será que estes são umbandistas?

E aqueles que estão nos centros espíritas, sabem que possuem um Preto Velho, um Caboclo e devido as doutrina espírita não permitir dar "passagem" a estas entidades só procuram a umbanda nas necessidades. Dizem-se ESPÍRITAS ou KARDECISTAS. Alguns até chegam a afirmar que a umbanda só tem pessoas ignorantes, mas quando a situação aperta, vão correndo visitar uma casa de umbanda para se "descarregarem". Será que estes são UMBANDISTAS? Desculpem minha sinceridade, mas não considero que sejam umbandistas.

Ainda não podemos nos esquecer daquelas que colocam placas "TRAGO SEU AMOR EM 21 DIAS", Pai Fulano, incorpora preto velho tal, exu tal, pomba gira tal, umbandista. Será que este é umbandista? Para mim somente um vigarista, aproveitador da miséria humana, enganador e que não merece o respeito dos umbandistas. Em minha opinião um caso de polícia.

E aqueles que deixaram a Umbanda para irem para o Candomblé e que continuam a se dizer umbandista. Os motivos para isso são muitos, mas não deixam de ser parecidos com todos aqueles que deixaram a umbanda e estão na Igreja Universal.

Conheci uma mulher, que se dizia umbandista, mas depois descobri que ela tinha ido para a Nação "fazer a cabeça" segundo ela dizia, e que pediu para o Babá que não queria mais incorporar nenhum guia de umbanda, queria "fechar o corpo", a única exceção é que queria continuar incorporando sua Cigana e sua Pomba Gira, pois gostava muito de ler as cartas e queria continuar com o amparo espiritual das duas. Eu pergunto, seria esta mulher umbandista?

Atualmente temos algumas pessoas que deixaram a umbanda e foram para a Nação. Não tenho nada com isso, cada ser humano tem liberdade para seguir a religião que quiser, mas continuar a dizer que é umbandista somente porque "carrega" um Caboclo, Exu ou Pomba Gira e tem que "cuidar" deles, para mim é uma afronta a religião de Umbanda. Você, meu irmão, foi um Umbandista, hoje você é seguidor do culto de Nação. Se tivesse escolhido ir para a Igreja evangélica seria um evangélico, mas Umbandista com certeza não é mais.

E aqueles que "tocam" Umbanda em um dia e Candomblé em outro dia. Desculpem minha sinceridade, isso é uma aberração, inadmissível. É a mesma situação de querer ser, por exemplo, Evangélico e Católico, ou Judeu e Católico; na realidade quem faz isso não é nem uma coisa nem outra. Em alguns casos são somente oportunistas, que querem de alguma forma viver da religião, ou pessoas com sérios problemas emocionais.

Todas as religiões são boas, mas não é possível andar com os pés em duas canoas; pertencer ao mesmo tempo a egrégoras diferentes, com fundamentos diferentes e contraditórios. É como ser torcedor do Palmeiras e do Corinthians, ou pertencer ao Partido Comunista e ao Partido Nazista.

Naturalmente que estamos nos referindo aos dirigentes, aos Sacerdotes. Ou você é um Sacerdote Umbandista ou um Sacerdote de Nação, saia logo de cima do muro e defina um caminho em sua vida espiritual.

Deixamos por último a definição UMBANDISTA É QUEM FREQUENTA UM TERREIRO DE UMBANDA. Aparentemente parece ser a mais perfeita, mas o fato de frequentar um Terreiro não significa que a pessoa é Umbandista. Vamos pensar um pouco sobre esta questão.

Quem frequenta um Terreiro de Umbanda? Podemos dizer que existem dois tipos de pessoas:

1) As que frequentam na assistência, os visitantes.
2) Aquelas que "vestem branco", os filhos da casa, os membros da casa.
Acredito que todos devem concordar que existe uma diferença enorme entre estes dois tipos de frequentadores do Terreiro. Todos sabem que as portas de um Terreiro de Umbanda estão abertas a todos os necessitados, mas sabemos que as pessoas que procuram um Terreiro de umbanda procuram a Umbanda com os mais diversos interesses. Muitos buscam a umbanda, como se estivessem buscando um comercio. Querem somente soluções para seus problemas e na grande maioria são problemas de ordem material. Outros buscam a umbanda para soluções espirituais, depois de procurarem em sua religião e não conseguirem resultados. Assim que conseguem alguma melhora regressam para sua vida mesquinha.

Alguns negam categoricamente que tenham buscado ajuda em uma casa de umbanda. Estes possuem muitas origens. Estamos cansados de receber Espíritas, Católicas, Evangélicos, Budistas que chegam aos frangalhos em nossa casa, quando se equilibram, viram as costas para a umbanda e guardam em segredo que um dia pisaram dentro de um Terreiro de Umbanda. A Ingratidão é muito grande na assistência dos Terreiros de Umbanda.

Não podemos nos esquecer dos materialistas e ateus que procuram a umbanda somente porque seus negócios não estão indo bem, querem somente "comprar" ajuda para ganharem mais e pouco se importam com os princípios espirituais.

A outra parte dos frequentadores do Terreiro são os filhos da casa. São os membros do Terreiro, normalmente contribuem com alguma ajuda financeira para que o Terreiro possa funcionar, passaram pelos rituais internos da casa, frequentam regularmente e assiduamente as reuniões, devem ter um comportamento exemplar conforme os ensinamentos da casa. Possuem funções dentro do ritual de umbanda e podem ser médiuns de incorporação, Cambones, Ogãs ou outras denominações regionais. Na minha humilde opinião, estes são os VERDADEIROS e ÚNICOS Umbandistas.

Podemos então agora buscar uma definição mais precisa para a pergunta proposta no início do texto.

UMBANDISTA É QUEM FREQUENTA UM TERREIRO DE UMBANDA E POSSUI FUNÇÕES DENTRO DO RITUAL.

Lembramos que a expressão "TERREIRO" simboliza um "ESPAÇO SAGRADO" onde se realiza um trabalho espiritual de umbanda, que pode ser na mata, na praia, na garagem ou em um imóvel dedicado a esta finalidade, independente da quantidade de pessoas existentes no ritual com ou sem a presença da assistência.

Manoel Lopes





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24/06/2013

Xangô

Xangô com machada


JUSTIÇA E EQUILIBRIO 

No sentido da justiça todos nós temos os mecanismos mentais necessários para desenvolvermos condutas equilibradas e adquirirmos posturas pessoais sensatas e racionais, anulando nossa emotividade e nosso instinto primitivo. Para isso, somos dotados de livre-arbítrio, quando encarnados.

A qualidade da Justiça Divina, equilibradora, é manifestada pelo orixá Xangô, que purifica nossos sentimentos com sua irradiação incandescente, abrasadora e consumidora das emotividades. 

Xangô é a força coesiva que dá sustentação a tudo. Ele está na Natureza como o próprio equilíbrio, tanto na estrutura de um átomo quanto no Universo e em tudo que nele existe.

 
Quem absorve a qualidade de pai Xangô, torna-se racional, ajuizado, ótimo equilibrador do seu meio e dos que vivem a sua volta. A escolha racional nos leva ao equilíbrio da alma, pelo conhecimento da lei que nos rege e nos diz o que é certo e o que é errado na vida. Essa Lei não é cega nem falível, pois se ensinarmos errado, seremos colhidos por ela, que exige muito de quem conhece os mistérios da razão. Mas, se trilharmos no equilíbrio da Lei, iremos adquirir uma Fé inabalável no que fazemos e no que falamos e nada será feito ou dito em vão; tudo terá sua razão de ser. É isso que faz com que aqueles que já adquiriram o seu equilíbrio e se tornaram conhecedores da Lei sacrifiquem-se em benefício dos semelhantes, sem nada esperar em troca. Tudo se resume em servir a sua família, ao seu círculo familiar, à sua comunidade, tanto civil quanto religiosa, a servir a Deus.

Quanto às pessoas instintivas, não desenvolveram os sensos de Justiça e a vida delas se resume a uma permanente busca de satisfação pessoal, mesmo que à custa dos semelhantes. Uma pessoa instintiva costuma procurar essa satisfação em todos os sentidos da vida e tudo tem de ser para ela e por ela, senão se sentirá preterida ou injustiçada e torna-se intolerante e mesquinha.

A emotividade não suporta nenhum tipo de contrariedade, levando-nos a ver qualquer ação refreadora como ofensa pessoal, por isso deve ser contida pelo sentido equilibrador da Justiça. Assim, não nos tornamos pessoas que se sentem injustiçadas pelos semelhantes, inferiorizadas, abandonadas, traídas e menosprezadas. Nossa emotividade e nosso instinto primitivo devem ser transmutados lentamente em senso, em razão e equilíbrio, senão nos tornamos egoístas, possessivos, vingativos, intransigentes e intolerantes com nossos semelhantes e conosco.

Quando se torna um equilibrador de seus semelhantes é porque descobriu o sentido da vida.

Que Pai Xangô nos equilibre a todos!

Autor desconhecido




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19/06/2013

Livro "Teoria da Mediunidade"


Indicamos uma excelente opção de leitura, para o aprofundamento do estudo da mediunidade:

Teoria da Mediunidade - 1a edição
Zalmino Zimmermann


Teoria da Mediunidade

A mediunidade é uma faculdade psíquica inerente a todo ser humano.
Com registros desde os tempos mais remotos, suas manifestações receberam, no decorrer dos séculos, interpretações as mais estranhas, com os médiuns mais visíveis sendo, ora venerados e santificados, ora perseguidos e martirizados.
Com o advento do Espiritismo, o fenômeno mediúnico passou a ser racionalmente estudado e compreendido e, embora persistam em pleno século XXI, muitos bolsões de ignorância a seu respeito, os avanços atuais colocam a mediunologia entre os conhecimentos mais nobres sobre a natureza do ser humano.
Nestas páginas, o Autor cataloga e analisa as aptidões básicas e as dezenas de tipos de ocorrências mediúnicas que facultam, de modo a surpreender, até, assíduos leitores dos textos espíritas.
Trata-se, pois, uma obra de estudo e meditação, destinada, sem dúvida, a enriquecer a literatura espírita.
Certamente, como já ocorre com as demais obras do Autor – Perispírito, Descobrindo o Espiritismo e Espiritismo, Século XXI –, de repercussão nos meios espírita e não-espírita, também esta contribuirá para uma mais ampla compreensão da Doutrina Espírita.
Edição de luxo com padrão internacional. Capa dura em percalux com sobrecapa. Com índices bibliográfico, remissivo e de ilustrações.





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18/06/2013

Tenham Calma, Filhos! - Por Pai Tomé

pai tomé umbanda


TENHAM CALMA, FILHOS!



Salve os filhos da Terra, essa bolinha azulzinha que a gente põe na palma de nossa mão…

Pai Tomé vem falar com os filhos atormentados hoje, já que muita gente lembrou de nós… e velho deseja agradecer falando um pouco sobre a fé e sobre a importância de se ter calma e controle das emoções.

Tem hora que os filhos parecem não suportar mais algumas dificuldades do dia a dia da vida de todo esse povo da Terra.

Fica uma mistura de medo com cansaço, de dúvida com desespero, de vazio no peito e dores no corpo e na alma.

Às vezes parece que o dinheiro não vai mais chegar, que a saúde não vai mais voltar e que a alegria nunca mais vai brotar no coração.

Todos vocês são iguais, filhos… Essas emoções passam por todos porque estão no mesmo barco…o barco da evolução.

É duro estar aí…

É difícil vencer desafios por vezes gigantescos…

É difícil sentir falta de amparo, de alento, de amor, de amizade…

Mas vai valer à pena, filhos !

O trabalho diário também consome a força de todos e a lágrima tem caído fácil nos vosso rosto dos filhos…

Sentem falta de compreensão e de sintonia de quem não reza na mesma cartilha… e isso aborrece os filhos… isso cala a alma e os filhos ficam iguaiszinhos a uns robozinhos que se liga e desliga na hora que é preciso…

Sentem falta de afeto… aquele afeto de ficar horas conversando a mesma língua e sobre os mesmos ideais…

Tem dias que os filhos dão risada sem parar e é como se isso tivesse que ser a vida inteira… porque aqueles momentos dão sensação de bem estar e alegria… e os filhos nem queriam mais voltar pra casa e para as suas realidades…

Tem as traições dos falsos amigos, ou da esposa ou do marido, do namorado com outro homem ou com sua melhor amiga…

Pai e mãe brigam sem parar, se machucam…. irmãos se agridem… professores ficam irritados e estressados…

Nas ruas tem muito bandido e é tiro a qualquer momento…

A vida parece um caos absoluto, muitas vezes… e vocês ficam atordoados pensando: Quando tudo isso vai acabar ?

Animais sofrem a selvageria dos homens… e as drogas fazem os meninos virarem marginais tão cedo…

Violência, horror nas noites, o tal do bullying… que pra nós é humilhação dos mais sensíveis e covardia dos mais toscos e indiferentes…

Gente de poder tirando a comida das creches…. ( tststs… )

Vai ter o preço pra todos esses, filhos… e os justos, os mansos e pacíficos possuirão a Terra !

E os puros de coração irão até os anjos e verão a face de Oxalá !

Muita dor, não é, filhos ?

Terremotos, tempestades, furacões, ondas avassaladoras…

Pensam no que pode acontecer daqui para frente com suas vidas, seus parentes, suas casas, suas vidas…

Tomam calmantes… choram…

Nem os filmes ou músicas têm suprido a necessidade de paz e de realização.

É raro vermos filhos totalmente bem… é raro..

Sempre há algum problema… uma dor física, uma dor moral, uma expectativa, ansiedades, ilusões, frustrações…

Esse velho veio hoje para dizer para os filhos que tenham calma dentro do coração…

Fiquem calmos !

Podem atravessar tudo isso com equilíbrio, fé e serenidade.

Sei que às vezes não dá, né, filhos? Mas vocês tem que chorar um pouco e logo mais dizer:

- Pronto ! Agora chega ! Já chorei muito e agora vou lá fora respirar, caminhar, olhar o céu ou ligar para alguém que está pior do que eu…

Vou colocar uma música e vou dançar um pouco ou dar uma espiadinha na revista de moda, pras mulheres, ou de futebol pros homens…

Mas isso sem deixar a indiferença tomar conta de seus corações, filhos…

Isso só pra refrescar a cabeça e o lombo cansado…

Mas, logo que mais calmos e retemperados, pensem e façam somente uma coisinha bem simples:

Amem mais todas as pessoas que estão passando pelas mesmas coisinhas ou pelas mesmas coisas grandes que vocês…

Assim como você precisa de um ombro, de uma palavra, de uma trégua, de uma abraço, de um auxílio material, de um perdão, de uma luz no fim do túnel, toda a humanidade também, filhos…

Se a maioria está assustada, perdida, confusa e com medo, junte-se a mais pessoas e façam coisas boas…

Façam preces em conjunto… façam confidências sobre seus vícios e defeitos e procurem soluções…

Façam reuniões alegres, de amor pelas pessoas, sem bebidas e sem drogas…

Inventem formas de transporem os obstáculos e ajudem os outros a conseguirem isso também…

Tudo vai passando devagar…

Todos os milênios foram assim e muito piores…

Todas as eras passaram…

Esse suspense, esse medo, essa dor, essa solidão, essa frustração, filhos… tudo o mais que vocês sentem, vai passar também…

É só usar a técnica da calma.

Tenham calma…

Com calma tudo vai acontecendo … os filhos vão observando e aprendendo… e todos vão chegando no seu patamar de paz e de tranquilidade, e de alívio e recompensa, na hora certinha de Deus !

Deus não vai abandonar nenhum de seus filhos…

Ele sabe que tudo isso é necessário e que no fim todo mundo vai ficar alumiando igual às estrelinhas do céu !

Ele sabe que a dor ensina, corrige, redime e fortalece !

Mas ele manda seus exércitos a todo minuto pra ajudar todos vocês… Ele não fica distraído não…

Nós estamos aqui na Terra também por esse motivo, filhos: Pra os filhos saberem que tem muitos velhos e velhas, antiiiigosssss, muito antigos, que viemos pra cá ajudar os filhos a passarem esse momentos difíceis da vida humana.

Chamem por nós.. .tem muito Pai Velho na Terra só pra dar colo pra todos vocês… ( hehehe…)

Nós que viemos lá da Aruanda, um oásis de paz e de luz…

Esse velho deixa um forte escudo de defesa de Pai Tomé em cada um que ler essas palavrinhas simplesinhas que meu coração de pai e de vô sentiu vontade de ditar nesse dia de nós aqui no Brasil: O dia dos pretos velhos !

Esse escudo eu fiz com o amor que esse velho tem no peito por todos os meus filhos sofridos desse ventre da Mãe Gaia…

Que Oxalá abençoe a todos vocês, filhos !

Não se esqueçam, meus flhos:

- Respirem, confiem e mantenham a calma… muita calma… e muita fé no nosso Pai.

Vai dar tudo certo, meus filhos, tudo certo, muito certo mesmo !

Até um dia…

Saravá, meus filhos !

Salve nosso Pai Oxalá !


Pai Tomé das Almas
Canalizado por Rosane Amantéa
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14/06/2013

O Médium de Cura

O Médium de Cura

O MÉDIUM DE CURA (Ramatis-Mediunidade de cura Ercilio Maes-ED Conhecimento)




Quais suas particularidades e recursos?

Allan Kardec no Livro dos Médiuns, 2.ª parte, cap. XVI, item 189, registra: “Médiuns curadores – Os que têm o poder de curar ou de aliviar os males pela imposição das mãos ou pela prece. Freqüentemente não é mais do que a exaltação da potência magnética, fortalecida em caso de necessidade pelo concurso dos Espíritos bons”.

PARTICULARIDADES e RECURSOS:

A mediunidade de cura ocorre, basicamente, pela doação de fluido, dirigida por um espírito, com resultados mais ou menos rápidos, dependendo da capacidade do médium e do merecimento do paciente.

Fluido: O que distingue um médium curador Nato, dos demais é a predisposição fluídica especial, que o torna mais eficaz na aplicação do passe.
O médium curador, além do magnetismo próprio, possui a capacidade de captar esses fluidos leves e benignos nas fontes energéticas da natureza.
A qualidade do fluido emitido pelo médium também interfere no resultado do fenômeno. O fluido da pessoa desregrada não atua tanto quanto o de uma pessoa equilibrada. Alimentação sadia e visível progresso moral ampliam significativamente a capacidade do médium curador.

É importante entender que o poder de irradiação e de penetração fluídica do médium curador cresce na medida em que pratique a moral cristã. Com o domínio de forças mais sutis, atinge áreas mais complexas, no corpo e no perispírito do paciente.

Ligação Espiritual: A cura se processa pela emissão do fluido do médium, combinado com a irradiação de um espírito, que o assiste, monitorando e dirigindo o fenômeno.
O médium de cura NATO possui uma ligação energética-mediúnica(carmica), com Espiritos comprometidos na ação curativa com a coletividade . ESPIRITO/MÉDIUM ; ESPIRITO/COLETIVIDADE; MÉDIUM/COLETIVIDADE

A DOR : O médium de cura por vezes é assolado por muitas dores , que num primeiro momento pode cosiderar infundadas,mas a capacidade mediunica de sentir as dores de pessoas que estão no mesmo local onde se encontra , ou de pessoas que procuram atendimento , denota uma caracteristica muitas vezes comum aos curadores, que identificam o local a ser tratado pois sentem em si mesmos as dores e sintomas das enfermidades.

ESPECIALIDADE DA CURA: Na mediunidade de cura , há médiuns que agem mais eficasmente em certas doenças, e em certos orgãos do que em outros.A situação carmica que nos leva a termos esse tipo de mediunidade, muitas vezes delimita por um determinado tempo um endereço fisiológico onde teremos mais facilidade de atuação curadora.

Quanto mais o médium cresce em elevação espiritual, em capacidade moral, na convivência com os bons espíritos, mais essa especialidade se amplia, isto é, mais o médium tem poder de atuar sobre as variadas formas de doenças.

QUALIFICAÇÃO: Há médiuns que por força dos seus cuidados alimentares, por força da sua saúde espiritual, tem um fluido mais apropriado à cura. Os médiuns de vida regrada, alimentação sadia, visível progresso moral tem sua capacidade curadora cada vez mais aumentada.

O MERECIMENTO: Muitas curas podem ocorrer por mérito exclusivo do paciente. Um bom espírito utiliza-se, momentaneamente, do fluido de um médium curador, seja ele quem for, considerando a urgência do atendimento a um doente que precisa de tratamento e tem merecimento.
Porém, nem sempre o médium curador é bem-sucedido. Um doente sem merecimento não obtém a cura, ainda que recorra ao mais eficiente dos médiuns.

O MÉDIUM RECEITISTA: O primeiro age como uma variante da mediunidade psicográfica, atuando como um médico. O médium receitista recomenda, por inspiração dos espíritos, determinada substância, alopática ou homeopática. Quem cura, portanto, não é o médium, mas o remédio.(Implicações legais;legislação;responsabilidade)

• De uma maneira primorosa, Allan Kardec nos situa sobre o assunto: “A cura se opera mediante a substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. O poder curativo , e o êxito da cura depende: da qualidade do fluido magnético animalizado do próprio médium, a vontade do médium na doação de sua força, a influenciação dos espíritos para dirigir e aumentar a força do homem e as intenções, méritos e fé daquele que deseja se curar.

FONTES DE CONSULTA: LIVRO DOS MÉDIUNS ; Revista Estudos Espíritas – Janeiro de 1999 – Edições Léon Denis




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11/06/2013

Os Perigos da Mediunidade

Os Perigos da Mediunidade

Os perigos e conseqüências da mediunidade mal orientada:

A falta de doutrina e de comprometimento que existe em muitas casas espiritualistas, coloca em risco a saúde física e psicológica dos médiuns.

Para se ter ideia, há casas que iniciam qualquer pessoa que tenha vontade em trabalhos de desenvolvimento mediúnico de incorporação.

E as pessoas que começam a frequentar os trabalhos, por não terem a menor noção do que é certo ou errado, se submetem.

Na verdade, existem casos em que a mediunidade de incorporação nunca vai se manifestar porque o médium deverá desenvolver outras formas de mediunidade.

Consequentemente, tentando fazer incorporar quem não deve, surgem atrapalhações de toda ordem.

A mediunidade deve ser desenvolvida de forma progressiva e individualizada, e o bom desenvolvimento do corpo mediúnico depende muito da firmeza e da competência do chefe encarnado do grupo e do espírito dirigente dos trabalhos.

Na Terra, a esfera material das diversas formas de religião é conduzida pelos encarnados, o que inclui a organização das casas, a orientação das pessoas e até a redação dos textos que explicam os fenômenos espirituais.

É justamente por se tratar de “coisa de humanos” que a religião muitas vezes é deturpada.

Se os espíritos de luz pudessem atuar sozinhos, várias situações inoportunas deixariam de acontecer.

Mas os trabalhos religiosos na Terra precisam da união do plano físico e do espiritual.

Sem o fluido animal dos médiuns, não é possível para os espíritos atuar em nosso nível vibratório. Daí a grande importância dos médiuns e também da assistência nos trabalhos religiosos.

Quando um dirigente religioso, independente da linha em que trabalhe, se deixa envolver pelo ego, passa a acreditar que é dono-da-verdade e, o que é ainda pior, que é dono das pessoas, sua mente se fecha para as orientações do plano espiritual que deveriam orientar sua conduta, porque sua vontade passa a ser mais importante.

Quando o chefe dos trabalhos “se perde”, os espíritos não compactuam com os erros cometidos, mas respeitam o livre-arbítrio de todos. Ficam à parte, aguardando que a situação se modifique para novamente poderem trabalhar com seus médiuns.

As pessoas não ficam desamparadas, mas os espíritos não compactuam com o ego.

Há trabalhos que, irresponsavelmente, surgem em função da vontade que têm algumas pessoas de dirigirem grupos. Se uma pessoa resolve iniciar uma sessão, a responsabilidade é dela. Os seus protetores não vão puni-la por isso, mas toda a carga que surge em função dos trabalhos vai ser também responsabilidade dela.

Surgem, em função disso, muitas complicações, para quem dirige e para quem é dirigido. Portanto, não bastando atrapalhar a si mesmo, o chefe deverá arcar com as consequências do que provoca para o corpo mediúnico de sua casa.

O mesmo vale para quem decide que vai prestar “atendimentos espirituais” ou outros tipos de “trabalho” relacionados, sem as devidas proteções que só uma casa, com os devidos calços, pode ter.

Toda aplicação do dom mediúnico deve estar sobre a proteção de uma corrente espiritual e de uma chefia realmente capacitada.

Infelizmente, em muitas casas sem boa direção espiritual, exerce-se o hábito de desenvolver a mediunidade em pessoas obsediadas, causando-lhes desequilíbrios ainda piores do que a própria obsessão.

São pessoas que, estando claramente doentes, são levadas a abrirem seus canais de mediunidade, irresponsavelmente, a fim de supostamente se curarem.

A pessoa perturbada chega nos trabalhos e é aconselhada a desenvolver… porque tem mediunidade. Deveria procurar entender o que acontece consigo, através da doutrina, e não sair procurando um lugar para “desenvolver”.

Situações como essa, ocorrem devido ao pouco conhecimento doutrinário dos dirigentes das casas e até dos médiuns que dão consultas, acreditando que estão falando pelos espíritos.

A mediunidade perturbada pela obsessão não merece incentivo.

No aspecto patológico, existem aqueles que, por desequilíbrios neurológicos, se comportam como vítimas de processos obsessivos.

Nestes casos, também é inoportuno o desenvolvimento das faculdades mediúnicas.

Mentores espirituais de casas honestas cuidam de tratar desses processos obsessivos até que os fenômenos cessem, e o enfermo, curado, possa retomar suas atividades normais e, quem sabe, desenvolver sua mediunidade.

Tudo está muito bem, se o médium está preparado, saudável e consciente de que desenvolver a mediunidade é o que realmente deseja e de que realmente precisa.

Por outro lado, se a pessoa está desequilibrada, doente, desenvolvendo algo que nem sabe exatamente o que é, possuir um canal aberto será algo muito perigoso.

Em ambos os casos, haverá a possibilidade da comunicação com o mundo dos espíritos, e um médium despreparado não vai saber identificar, nem filtrar, mensagens boas de mensagens oriundas de espíritos obsessores.

Por isso, desenvolver a mediunidade em quem não está preparado permite que as obsessões se manifestam pelo canal mediúnico que foi aberto, ocasionando demências em diferentes graus.

A mediunidade não é causadora da enfermidade ou da loucura. É o seu desenvolvimento indevido que permite que um espírito obsessor dela se utilize para instalar, na mente de sua vítima, a enfermidade mental.

Pensar na mediunidade como causa desses distúrbios seria o mesmo que culpar a porta de uma casa pela entrada do ladrão. A porta foi somente o meio ou a via de acesso utilizada para a realização do furto, por negligência e desatenção do dono da casa.

Precisamos também conhecer a fadiga mediúnica. O exercício da mediunidade provoca perda de fluidos vitais do corpo do médium e tende a esgotar os seus campos energéticos. Por isso os dirigentes capacitados dedicam especial atenção e cuidado para com os médiuns iniciantes.

É comum encontrar médiuns desequilibrados, atuando em grupos espiritualistas, onde incluem-se até mesmo os brandos trabalhos de mesa kardecistas.

Em alguns casos, o descontrole psíquico pode levar o indivíduo à loucura, principalmente no caso das pessoas predispostas ao desequilíbrio.

Convém que o dirigente espiritual esteja atento à conduta dos médiuns, para perceber indícios de anormalidade.

Mediunidade é uma atividade psíquica séria, e a ela só devem se dedicar pessoas que se disponham a ter conduta religiosa, ou seja, uma moral sadia e hábitos disciplinados.

A prática da mediunidade em obsediados é capaz de produzir a loucura.

A irresponsabilidade e incompetência de dirigentes nos critérios de admissão e instrução de seus trabalhadores pode culminar em demência. Basta imaginar a situação em que uma pessoa obsediada é submetida a entidades hipócritas. É fácil imaginar que se estabelecerá um processo de fascinação que pode culminar em demência.

Lembremos que a humildade, a dedicação, a paciência e a renúncia são os caminhos do crescimento mediúnico.

O orgulho e os maus espíritos são seus obstáculos.

A mediunidade, assim como todos os dons, possui dois lados.

Se, por um lado, é fonte de abençoadas alegrias; por outro, pode ser também de profundas decepções.

Mas isso nunca deve ser motivo para que alguém desista de desenvolver a sua mediunidade, de cumprir a sua missão, pois ela é simples e gratificante na vida das pessoas que a abraçam como missão de serviço nas legiões do Grande Pai Oxalá.

Jorge Menezes




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29/05/2013

Conduta Esperada do Médium Umbandista


Conduta Esperada do Médium Umbandista

Se somos pessoas religiosas, ou seja, se temos uma religião, espera-se de nós atitudes compatíveis com esta condição.

Muitos falam apenas na conduta esperada do médium antes e durante as sessões ou giras, mas quase nada se fala do depois da gira e normalmente o que é falado é sobre o imediatamente após a gira ou no máximo 24 horas após o término da sessão.

Não podemos e nem devemos ser umbandistas durante as 48 horas que giram em torno de uma sessão, mas sim 24 horas por dia e 7 dias por semana. Mas isso é no sentido da conduta no nosso dia-a-dia. O quanto nos preocupa a caridade, o amor, a fraternidade e o respeito pelo próximo.

Não adianta de absolutamente nada banhos, defumadores, preceitos preparatórios para as sessões, se quando a mesma termina, trocamos nossa roupa e esquecemos todas as palavras e orientações recebidas durante a sessão, saímos do centro achando que nossa missão e papel terminaram ali e conseqüentemente não aplicamos ao nosso aprendizado.

A Umbanda é extremamente prática e nós temos obrigação de executarmos essa praticidade. Como? Tendo uma conduta compatível com a nossa religiosidade dentro e fora do terreiro.

As defesas de um terreiro não serão abaladas pela conduta inconsequente de alguns médiuns, mas as defesas do médium sim. Daí advém problemas que alguns médiuns passam e ainda tem a pachorra de afirmar que tomou o banho direitinho, que firmou o Anjo da Guarda direitinho, etc, etc... Ou ainda, o que considero pior: dizem que não merecem isso ou aquilo e que a “Banda” deles tem a obrigação de resolver!!

Desculpas! Meras e tolas desculpas, que servem apenas para ajudar a mascarar a verdade. E qual é a verdade que estou me referindo? A verdade que alguns médiuns e dirigentes acreditam que preceitos e oferendas substituem conduta moral correta, honestidade de propósitos, caridade e humildade!

Não! Em absoluto não! Não há banho, trabalho, preparo, despacho, oferenda, amaci, que substitua um coração nobre, caridoso, honesto e sincero! Para que os preceitos de Umbanda surtam efeito é fundamental a coerência entre o que está sendo feito e quem está fazendo ou recebendo.

Urge que nos tornemos aparelhos melhores. Preocupe-se menos com oferendas e mais com conduta moral. Aprenda primeiro a “oferendar-se”, pois como disse o Caboclo Pery na mensagem “Oferendas para Orixás” somos a melhor oferenda que podemos dar aos nossos guias e mentores, mas eu digo, que precisamos ser dignos de sermos oferendados.

Lembre-se: somos os únicos responsáveis pelas companhias invisíveis que atraímos e mantemos. Cabe a cada um de nós respeitar a Umbanda através de atos nobres, corretos e coerentes com Ela dentro e fora do terreiro, pois não agindo assim, tornamo-nos os piores detratores de nossa própria religião, e para cada um de nós existe uma conduta esperada coerente com o fato de sermos umbandistas, e a intolerância e a vaidade não fazem parte dela.

Trecho do Livro: Umbanda - Mitos e Realidade / Iassan Ayporê Pery






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