Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

18/06/2013

Tenham Calma, Filhos! - Por Pai Tomé

pai tomé umbanda


TENHAM CALMA, FILHOS!



Salve os filhos da Terra, essa bolinha azulzinha que a gente põe na palma de nossa mão…

Pai Tomé vem falar com os filhos atormentados hoje, já que muita gente lembrou de nós… e velho deseja agradecer falando um pouco sobre a fé e sobre a importância de se ter calma e controle das emoções.

Tem hora que os filhos parecem não suportar mais algumas dificuldades do dia a dia da vida de todo esse povo da Terra.

Fica uma mistura de medo com cansaço, de dúvida com desespero, de vazio no peito e dores no corpo e na alma.

Às vezes parece que o dinheiro não vai mais chegar, que a saúde não vai mais voltar e que a alegria nunca mais vai brotar no coração.

Todos vocês são iguais, filhos… Essas emoções passam por todos porque estão no mesmo barco…o barco da evolução.

É duro estar aí…

É difícil vencer desafios por vezes gigantescos…

É difícil sentir falta de amparo, de alento, de amor, de amizade…

Mas vai valer à pena, filhos !

O trabalho diário também consome a força de todos e a lágrima tem caído fácil nos vosso rosto dos filhos…

Sentem falta de compreensão e de sintonia de quem não reza na mesma cartilha… e isso aborrece os filhos… isso cala a alma e os filhos ficam iguaiszinhos a uns robozinhos que se liga e desliga na hora que é preciso…

Sentem falta de afeto… aquele afeto de ficar horas conversando a mesma língua e sobre os mesmos ideais…

Tem dias que os filhos dão risada sem parar e é como se isso tivesse que ser a vida inteira… porque aqueles momentos dão sensação de bem estar e alegria… e os filhos nem queriam mais voltar pra casa e para as suas realidades…

Tem as traições dos falsos amigos, ou da esposa ou do marido, do namorado com outro homem ou com sua melhor amiga…

Pai e mãe brigam sem parar, se machucam…. irmãos se agridem… professores ficam irritados e estressados…

Nas ruas tem muito bandido e é tiro a qualquer momento…

A vida parece um caos absoluto, muitas vezes… e vocês ficam atordoados pensando: Quando tudo isso vai acabar ?

Animais sofrem a selvageria dos homens… e as drogas fazem os meninos virarem marginais tão cedo…

Violência, horror nas noites, o tal do bullying… que pra nós é humilhação dos mais sensíveis e covardia dos mais toscos e indiferentes…

Gente de poder tirando a comida das creches…. ( tststs… )

Vai ter o preço pra todos esses, filhos… e os justos, os mansos e pacíficos possuirão a Terra !

E os puros de coração irão até os anjos e verão a face de Oxalá !

Muita dor, não é, filhos ?

Terremotos, tempestades, furacões, ondas avassaladoras…

Pensam no que pode acontecer daqui para frente com suas vidas, seus parentes, suas casas, suas vidas…

Tomam calmantes… choram…

Nem os filmes ou músicas têm suprido a necessidade de paz e de realização.

É raro vermos filhos totalmente bem… é raro..

Sempre há algum problema… uma dor física, uma dor moral, uma expectativa, ansiedades, ilusões, frustrações…

Esse velho veio hoje para dizer para os filhos que tenham calma dentro do coração…

Fiquem calmos !

Podem atravessar tudo isso com equilíbrio, fé e serenidade.

Sei que às vezes não dá, né, filhos? Mas vocês tem que chorar um pouco e logo mais dizer:

- Pronto ! Agora chega ! Já chorei muito e agora vou lá fora respirar, caminhar, olhar o céu ou ligar para alguém que está pior do que eu…

Vou colocar uma música e vou dançar um pouco ou dar uma espiadinha na revista de moda, pras mulheres, ou de futebol pros homens…

Mas isso sem deixar a indiferença tomar conta de seus corações, filhos…

Isso só pra refrescar a cabeça e o lombo cansado…

Mas, logo que mais calmos e retemperados, pensem e façam somente uma coisinha bem simples:

Amem mais todas as pessoas que estão passando pelas mesmas coisinhas ou pelas mesmas coisas grandes que vocês…

Assim como você precisa de um ombro, de uma palavra, de uma trégua, de uma abraço, de um auxílio material, de um perdão, de uma luz no fim do túnel, toda a humanidade também, filhos…

Se a maioria está assustada, perdida, confusa e com medo, junte-se a mais pessoas e façam coisas boas…

Façam preces em conjunto… façam confidências sobre seus vícios e defeitos e procurem soluções…

Façam reuniões alegres, de amor pelas pessoas, sem bebidas e sem drogas…

Inventem formas de transporem os obstáculos e ajudem os outros a conseguirem isso também…

Tudo vai passando devagar…

Todos os milênios foram assim e muito piores…

Todas as eras passaram…

Esse suspense, esse medo, essa dor, essa solidão, essa frustração, filhos… tudo o mais que vocês sentem, vai passar também…

É só usar a técnica da calma.

Tenham calma…

Com calma tudo vai acontecendo … os filhos vão observando e aprendendo… e todos vão chegando no seu patamar de paz e de tranquilidade, e de alívio e recompensa, na hora certinha de Deus !

Deus não vai abandonar nenhum de seus filhos…

Ele sabe que tudo isso é necessário e que no fim todo mundo vai ficar alumiando igual às estrelinhas do céu !

Ele sabe que a dor ensina, corrige, redime e fortalece !

Mas ele manda seus exércitos a todo minuto pra ajudar todos vocês… Ele não fica distraído não…

Nós estamos aqui na Terra também por esse motivo, filhos: Pra os filhos saberem que tem muitos velhos e velhas, antiiiigosssss, muito antigos, que viemos pra cá ajudar os filhos a passarem esse momentos difíceis da vida humana.

Chamem por nós.. .tem muito Pai Velho na Terra só pra dar colo pra todos vocês… ( hehehe…)

Nós que viemos lá da Aruanda, um oásis de paz e de luz…

Esse velho deixa um forte escudo de defesa de Pai Tomé em cada um que ler essas palavrinhas simplesinhas que meu coração de pai e de vô sentiu vontade de ditar nesse dia de nós aqui no Brasil: O dia dos pretos velhos !

Esse escudo eu fiz com o amor que esse velho tem no peito por todos os meus filhos sofridos desse ventre da Mãe Gaia…

Que Oxalá abençoe a todos vocês, filhos !

Não se esqueçam, meus flhos:

- Respirem, confiem e mantenham a calma… muita calma… e muita fé no nosso Pai.

Vai dar tudo certo, meus filhos, tudo certo, muito certo mesmo !

Até um dia…

Saravá, meus filhos !

Salve nosso Pai Oxalá !


Pai Tomé das Almas
Canalizado por Rosane Amantéa
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14/06/2013

O Médium de Cura

O Médium de Cura

O MÉDIUM DE CURA (Ramatis-Mediunidade de cura Ercilio Maes-ED Conhecimento)




Quais suas particularidades e recursos?

Allan Kardec no Livro dos Médiuns, 2.ª parte, cap. XVI, item 189, registra: “Médiuns curadores – Os que têm o poder de curar ou de aliviar os males pela imposição das mãos ou pela prece. Freqüentemente não é mais do que a exaltação da potência magnética, fortalecida em caso de necessidade pelo concurso dos Espíritos bons”.

PARTICULARIDADES e RECURSOS:

A mediunidade de cura ocorre, basicamente, pela doação de fluido, dirigida por um espírito, com resultados mais ou menos rápidos, dependendo da capacidade do médium e do merecimento do paciente.

Fluido: O que distingue um médium curador Nato, dos demais é a predisposição fluídica especial, que o torna mais eficaz na aplicação do passe.
O médium curador, além do magnetismo próprio, possui a capacidade de captar esses fluidos leves e benignos nas fontes energéticas da natureza.
A qualidade do fluido emitido pelo médium também interfere no resultado do fenômeno. O fluido da pessoa desregrada não atua tanto quanto o de uma pessoa equilibrada. Alimentação sadia e visível progresso moral ampliam significativamente a capacidade do médium curador.

É importante entender que o poder de irradiação e de penetração fluídica do médium curador cresce na medida em que pratique a moral cristã. Com o domínio de forças mais sutis, atinge áreas mais complexas, no corpo e no perispírito do paciente.

Ligação Espiritual: A cura se processa pela emissão do fluido do médium, combinado com a irradiação de um espírito, que o assiste, monitorando e dirigindo o fenômeno.
O médium de cura NATO possui uma ligação energética-mediúnica(carmica), com Espiritos comprometidos na ação curativa com a coletividade . ESPIRITO/MÉDIUM ; ESPIRITO/COLETIVIDADE; MÉDIUM/COLETIVIDADE

A DOR : O médium de cura por vezes é assolado por muitas dores , que num primeiro momento pode cosiderar infundadas,mas a capacidade mediunica de sentir as dores de pessoas que estão no mesmo local onde se encontra , ou de pessoas que procuram atendimento , denota uma caracteristica muitas vezes comum aos curadores, que identificam o local a ser tratado pois sentem em si mesmos as dores e sintomas das enfermidades.

ESPECIALIDADE DA CURA: Na mediunidade de cura , há médiuns que agem mais eficasmente em certas doenças, e em certos orgãos do que em outros.A situação carmica que nos leva a termos esse tipo de mediunidade, muitas vezes delimita por um determinado tempo um endereço fisiológico onde teremos mais facilidade de atuação curadora.

Quanto mais o médium cresce em elevação espiritual, em capacidade moral, na convivência com os bons espíritos, mais essa especialidade se amplia, isto é, mais o médium tem poder de atuar sobre as variadas formas de doenças.

QUALIFICAÇÃO: Há médiuns que por força dos seus cuidados alimentares, por força da sua saúde espiritual, tem um fluido mais apropriado à cura. Os médiuns de vida regrada, alimentação sadia, visível progresso moral tem sua capacidade curadora cada vez mais aumentada.

O MERECIMENTO: Muitas curas podem ocorrer por mérito exclusivo do paciente. Um bom espírito utiliza-se, momentaneamente, do fluido de um médium curador, seja ele quem for, considerando a urgência do atendimento a um doente que precisa de tratamento e tem merecimento.
Porém, nem sempre o médium curador é bem-sucedido. Um doente sem merecimento não obtém a cura, ainda que recorra ao mais eficiente dos médiuns.

O MÉDIUM RECEITISTA: O primeiro age como uma variante da mediunidade psicográfica, atuando como um médico. O médium receitista recomenda, por inspiração dos espíritos, determinada substância, alopática ou homeopática. Quem cura, portanto, não é o médium, mas o remédio.(Implicações legais;legislação;responsabilidade)

• De uma maneira primorosa, Allan Kardec nos situa sobre o assunto: “A cura se opera mediante a substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. O poder curativo , e o êxito da cura depende: da qualidade do fluido magnético animalizado do próprio médium, a vontade do médium na doação de sua força, a influenciação dos espíritos para dirigir e aumentar a força do homem e as intenções, méritos e fé daquele que deseja se curar.

FONTES DE CONSULTA: LIVRO DOS MÉDIUNS ; Revista Estudos Espíritas – Janeiro de 1999 – Edições Léon Denis




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11/06/2013

Os Perigos da Mediunidade

Os Perigos da Mediunidade

Os perigos e conseqüências da mediunidade mal orientada:

A falta de doutrina e de comprometimento que existe em muitas casas espiritualistas, coloca em risco a saúde física e psicológica dos médiuns.

Para se ter ideia, há casas que iniciam qualquer pessoa que tenha vontade em trabalhos de desenvolvimento mediúnico de incorporação.

E as pessoas que começam a frequentar os trabalhos, por não terem a menor noção do que é certo ou errado, se submetem.

Na verdade, existem casos em que a mediunidade de incorporação nunca vai se manifestar porque o médium deverá desenvolver outras formas de mediunidade.

Consequentemente, tentando fazer incorporar quem não deve, surgem atrapalhações de toda ordem.

A mediunidade deve ser desenvolvida de forma progressiva e individualizada, e o bom desenvolvimento do corpo mediúnico depende muito da firmeza e da competência do chefe encarnado do grupo e do espírito dirigente dos trabalhos.

Na Terra, a esfera material das diversas formas de religião é conduzida pelos encarnados, o que inclui a organização das casas, a orientação das pessoas e até a redação dos textos que explicam os fenômenos espirituais.

É justamente por se tratar de “coisa de humanos” que a religião muitas vezes é deturpada.

Se os espíritos de luz pudessem atuar sozinhos, várias situações inoportunas deixariam de acontecer.

Mas os trabalhos religiosos na Terra precisam da união do plano físico e do espiritual.

Sem o fluido animal dos médiuns, não é possível para os espíritos atuar em nosso nível vibratório. Daí a grande importância dos médiuns e também da assistência nos trabalhos religiosos.

Quando um dirigente religioso, independente da linha em que trabalhe, se deixa envolver pelo ego, passa a acreditar que é dono-da-verdade e, o que é ainda pior, que é dono das pessoas, sua mente se fecha para as orientações do plano espiritual que deveriam orientar sua conduta, porque sua vontade passa a ser mais importante.

Quando o chefe dos trabalhos “se perde”, os espíritos não compactuam com os erros cometidos, mas respeitam o livre-arbítrio de todos. Ficam à parte, aguardando que a situação se modifique para novamente poderem trabalhar com seus médiuns.

As pessoas não ficam desamparadas, mas os espíritos não compactuam com o ego.

Há trabalhos que, irresponsavelmente, surgem em função da vontade que têm algumas pessoas de dirigirem grupos. Se uma pessoa resolve iniciar uma sessão, a responsabilidade é dela. Os seus protetores não vão puni-la por isso, mas toda a carga que surge em função dos trabalhos vai ser também responsabilidade dela.

Surgem, em função disso, muitas complicações, para quem dirige e para quem é dirigido. Portanto, não bastando atrapalhar a si mesmo, o chefe deverá arcar com as consequências do que provoca para o corpo mediúnico de sua casa.

O mesmo vale para quem decide que vai prestar “atendimentos espirituais” ou outros tipos de “trabalho” relacionados, sem as devidas proteções que só uma casa, com os devidos calços, pode ter.

Toda aplicação do dom mediúnico deve estar sobre a proteção de uma corrente espiritual e de uma chefia realmente capacitada.

Infelizmente, em muitas casas sem boa direção espiritual, exerce-se o hábito de desenvolver a mediunidade em pessoas obsediadas, causando-lhes desequilíbrios ainda piores do que a própria obsessão.

São pessoas que, estando claramente doentes, são levadas a abrirem seus canais de mediunidade, irresponsavelmente, a fim de supostamente se curarem.

A pessoa perturbada chega nos trabalhos e é aconselhada a desenvolver… porque tem mediunidade. Deveria procurar entender o que acontece consigo, através da doutrina, e não sair procurando um lugar para “desenvolver”.

Situações como essa, ocorrem devido ao pouco conhecimento doutrinário dos dirigentes das casas e até dos médiuns que dão consultas, acreditando que estão falando pelos espíritos.

A mediunidade perturbada pela obsessão não merece incentivo.

No aspecto patológico, existem aqueles que, por desequilíbrios neurológicos, se comportam como vítimas de processos obsessivos.

Nestes casos, também é inoportuno o desenvolvimento das faculdades mediúnicas.

Mentores espirituais de casas honestas cuidam de tratar desses processos obsessivos até que os fenômenos cessem, e o enfermo, curado, possa retomar suas atividades normais e, quem sabe, desenvolver sua mediunidade.

Tudo está muito bem, se o médium está preparado, saudável e consciente de que desenvolver a mediunidade é o que realmente deseja e de que realmente precisa.

Por outro lado, se a pessoa está desequilibrada, doente, desenvolvendo algo que nem sabe exatamente o que é, possuir um canal aberto será algo muito perigoso.

Em ambos os casos, haverá a possibilidade da comunicação com o mundo dos espíritos, e um médium despreparado não vai saber identificar, nem filtrar, mensagens boas de mensagens oriundas de espíritos obsessores.

Por isso, desenvolver a mediunidade em quem não está preparado permite que as obsessões se manifestam pelo canal mediúnico que foi aberto, ocasionando demências em diferentes graus.

A mediunidade não é causadora da enfermidade ou da loucura. É o seu desenvolvimento indevido que permite que um espírito obsessor dela se utilize para instalar, na mente de sua vítima, a enfermidade mental.

Pensar na mediunidade como causa desses distúrbios seria o mesmo que culpar a porta de uma casa pela entrada do ladrão. A porta foi somente o meio ou a via de acesso utilizada para a realização do furto, por negligência e desatenção do dono da casa.

Precisamos também conhecer a fadiga mediúnica. O exercício da mediunidade provoca perda de fluidos vitais do corpo do médium e tende a esgotar os seus campos energéticos. Por isso os dirigentes capacitados dedicam especial atenção e cuidado para com os médiuns iniciantes.

É comum encontrar médiuns desequilibrados, atuando em grupos espiritualistas, onde incluem-se até mesmo os brandos trabalhos de mesa kardecistas.

Em alguns casos, o descontrole psíquico pode levar o indivíduo à loucura, principalmente no caso das pessoas predispostas ao desequilíbrio.

Convém que o dirigente espiritual esteja atento à conduta dos médiuns, para perceber indícios de anormalidade.

Mediunidade é uma atividade psíquica séria, e a ela só devem se dedicar pessoas que se disponham a ter conduta religiosa, ou seja, uma moral sadia e hábitos disciplinados.

A prática da mediunidade em obsediados é capaz de produzir a loucura.

A irresponsabilidade e incompetência de dirigentes nos critérios de admissão e instrução de seus trabalhadores pode culminar em demência. Basta imaginar a situação em que uma pessoa obsediada é submetida a entidades hipócritas. É fácil imaginar que se estabelecerá um processo de fascinação que pode culminar em demência.

Lembremos que a humildade, a dedicação, a paciência e a renúncia são os caminhos do crescimento mediúnico.

O orgulho e os maus espíritos são seus obstáculos.

A mediunidade, assim como todos os dons, possui dois lados.

Se, por um lado, é fonte de abençoadas alegrias; por outro, pode ser também de profundas decepções.

Mas isso nunca deve ser motivo para que alguém desista de desenvolver a sua mediunidade, de cumprir a sua missão, pois ela é simples e gratificante na vida das pessoas que a abraçam como missão de serviço nas legiões do Grande Pai Oxalá.

Jorge Menezes




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29/05/2013

Conduta Esperada do Médium Umbandista


Conduta Esperada do Médium Umbandista

Se somos pessoas religiosas, ou seja, se temos uma religião, espera-se de nós atitudes compatíveis com esta condição.

Muitos falam apenas na conduta esperada do médium antes e durante as sessões ou giras, mas quase nada se fala do depois da gira e normalmente o que é falado é sobre o imediatamente após a gira ou no máximo 24 horas após o término da sessão.

Não podemos e nem devemos ser umbandistas durante as 48 horas que giram em torno de uma sessão, mas sim 24 horas por dia e 7 dias por semana. Mas isso é no sentido da conduta no nosso dia-a-dia. O quanto nos preocupa a caridade, o amor, a fraternidade e o respeito pelo próximo.

Não adianta de absolutamente nada banhos, defumadores, preceitos preparatórios para as sessões, se quando a mesma termina, trocamos nossa roupa e esquecemos todas as palavras e orientações recebidas durante a sessão, saímos do centro achando que nossa missão e papel terminaram ali e conseqüentemente não aplicamos ao nosso aprendizado.

A Umbanda é extremamente prática e nós temos obrigação de executarmos essa praticidade. Como? Tendo uma conduta compatível com a nossa religiosidade dentro e fora do terreiro.

As defesas de um terreiro não serão abaladas pela conduta inconsequente de alguns médiuns, mas as defesas do médium sim. Daí advém problemas que alguns médiuns passam e ainda tem a pachorra de afirmar que tomou o banho direitinho, que firmou o Anjo da Guarda direitinho, etc, etc... Ou ainda, o que considero pior: dizem que não merecem isso ou aquilo e que a “Banda” deles tem a obrigação de resolver!!

Desculpas! Meras e tolas desculpas, que servem apenas para ajudar a mascarar a verdade. E qual é a verdade que estou me referindo? A verdade que alguns médiuns e dirigentes acreditam que preceitos e oferendas substituem conduta moral correta, honestidade de propósitos, caridade e humildade!

Não! Em absoluto não! Não há banho, trabalho, preparo, despacho, oferenda, amaci, que substitua um coração nobre, caridoso, honesto e sincero! Para que os preceitos de Umbanda surtam efeito é fundamental a coerência entre o que está sendo feito e quem está fazendo ou recebendo.

Urge que nos tornemos aparelhos melhores. Preocupe-se menos com oferendas e mais com conduta moral. Aprenda primeiro a “oferendar-se”, pois como disse o Caboclo Pery na mensagem “Oferendas para Orixás” somos a melhor oferenda que podemos dar aos nossos guias e mentores, mas eu digo, que precisamos ser dignos de sermos oferendados.

Lembre-se: somos os únicos responsáveis pelas companhias invisíveis que atraímos e mantemos. Cabe a cada um de nós respeitar a Umbanda através de atos nobres, corretos e coerentes com Ela dentro e fora do terreiro, pois não agindo assim, tornamo-nos os piores detratores de nossa própria religião, e para cada um de nós existe uma conduta esperada coerente com o fato de sermos umbandistas, e a intolerância e a vaidade não fazem parte dela.

Trecho do Livro: Umbanda - Mitos e Realidade / Iassan Ayporê Pery






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A Umbanda Sob a Visão da Espiritualidade

A Umbanda Sob a Visão da Espiritualidade

Antes de discorrermos sobre a cristandade da Umbanda, daremos algumas explanações preciosas do nosso amado Mestre, o Espírito de Ramatis, sobre a situação atual da nossa Umbanda, bem como as diretrizes da Administração Sideral, a fim de nos conscientizarmos, estudarmos, deixarmos a egolatria e o egocentrismo de lado, arregaçarmos as mangas, e partirmos para uma coesão doutrinária e litúrgica de nossa amada religião:

Como é que os Mentores Espirituais encaram o movimento de Umbanda Observado do Espaço?

Ramatis: Evidentemente, sabeis que não há separatividade nem competição entre os Espíritos benfeitores, responsáveis pela espiritualização da humanidade. As dissensões sectaristas, críticas comuns entre adeptos espiritualistas, discussões estéreis e os conflitos religiosos, são frutos da ignorância, inquietude e instabilidade espiritual dos encarnados. Os Mentores Espirituais não se preocupam com a ascendência do Protestantismo sobre o Catolicismo, do Espiritismo sobre a Umbanda, dos Teosofistas sobre os Espíritas, mas lhes interessa desenvolver nos homens o Amor que salva e o Bem que edifica!

Os primeiros bruxuleios de consciência espiritual liquidam as nossas tolas criticas contra os nossos irmãos de outras seitas. Em primeiro lugar, verificamos que não existe qualquer “equívoco” na criação de Deus e, secundariamente, já não temos absoluta certeza de que cultuamos a “melhor” Verdade! Ademais, todas as coisas são exercidas e conhecidas no tempo certo do grau de maturidade espiritual de cada ser, porque o Espírito de Deus permanece inalterável no seio das criaturas e as oriente sempre para objetivos superiores. As lições que o homem recebe continuamente, acima do seu próprio grau espiritual, significam a “nova posição evolutiva”, que ele depois deverá assumir, quando terminar a sua experiência religiosa em curso.

Obviamente, os Mentores Espirituais consideram o movimento de Umbanda uma seqüência ou aspiração religiosa muitíssimo natural e destinada a atender uma fase da graduação espiritual do homem. A Administração Sideral não pretende impor ao Universo uma religião ou doutrina exclusivista, porém, no esquema divino da vida do Espírito eterno, só existe um objetivo irredutível e definitivo – a Amor!

Em conseqüência, ser católico, espírita, protestante, umbandista, teosofista, muçulmano, budista, israelita, hinduísta, iogue, rosacruciano, krisnamurtiano, esoterista ou ateu, não passa de uma experiência transitória em determinada época do curso ascensional do Espírito eterno! As polemicas, os conflitos religiosos e doutrinários do mundo, não passam de verdadeira estultícia e ilusão, pois só a ignorância do homem pode levá-lo a combater aquilo que ele “já foi” ou que ainda “há de ser”! É tão desairoso para o católico combater o protestante, ou o espírita combater o umbandista, como em sentido inverso, pois os homens devem auxiliar-se mutuamente no próprio culto religioso, embora respeitem-se na preferência alheia, segundo o seu grau de entendimento espiritual.

É desonestidade e cabotinismo condenarmos a preferência alheia, em qualquer tributo espiritual da vida humana! Pelo simples fato de um homem detestar limões, isto não lhe dá o direito de reclamar a destruição de todos os limoeiros, nem mesmo exigir que seja feito o enxerto a seu gosto!

Nota do Autor: Tem uma frase significativa, dita pelo Espírito de Miranês, através do médium João Nunes Maia: “Se uma religião combate o tipo de fé de outra é por não estar seguro da sua”.

E o que vós julgais da Umbanda?




Ramatis: Embora reconheçamos que o vocábulo trinário Umbanda, em sua vibração intrínseca e real, significa a própria “Lei Maior Divina” regendo sob o ritmo septenário o desenvolvimento da Filosofia, Religião e a existência humana pela atividade da Magia em todas as latitudes do Universo, neste modesto capítulo referimo-nos à Umbanda, apenas como doutrina de espiritualismo de “Terreiro”. Sabemos que a palavra Umbanda é síntese vibratória e divina, abrangendo o conjunto de leis que disciplinam o intercâmbio do Espírito e a Forma, em vez de doutrina religiosa ou fetichista. Ela é conhecida desde os Vedas e demais escolas iniciáticas do passado, mas foi olvidada na letargia das línguas mortas e abastardada nos ritos africanos, passando a definir praticas fetichistas e atos de sortilégios. Em certos casos, chegaram a confundi-la com a própria atividade do sacerdote negro!

Sem dúvida, ela deturpou-se na sua divina musicalidade e enfraqueceu a sua intimidade sonora na elevada significação de um “mantram” cósmico! Mas devido à ancestralidade divina existente no Espírito humano, Umbanda será novamente expressa e compreendida na sua elevada significação cósmica, mercê do trabalho perseverante dos próprios umbandistas estudiosos e descondicionados do fetichismo escravizante de seita! No entanto, nós prosseguiremos neste labor mediúnico, examinando Umbanda, somente em sua atual condição de sistema doutrinário mediúnico religioso!

E que dizeis de Umbanda, como “espiritualismo de Terreiro”?

Ramatis: Em face de nosso longo aprendizado no curso redentor da vida humana, almejamos que a doutrina espiritualista de Umbanda alcance os objetivos louváveis traçados pela Administração Sideral.

Indubitavelmente, a Umbanda, ainda não passa de uma aspiração religiosa algo entontecida, mas buscando sinceramente uma forma de elevada representação no mundo. Não apresenta uma unidade doutrinária e ritualística conveniente, porque todo “Terreiro” adora um modo particular de operar e cada chefe ou diretor ainda se preocupa em monopolizar os ensinamentos pelo crivo de convicção ou preferência pessoal. Mas o que parece um mal indesejável é conseqüência natural da própria multiplicidade de formas, labores e concepções que se acumulam prodigamente no alicerce fundamental da Umbanda.


Aqueles que censuram essa instabilidade muito própria da riqueza e variedade de elementos formativos umbandisticos, são maus críticos, que devido à facilidade de colherem frutos sazonados numa laranjeira crescida, não admitem a dificuldade do vizinho ainda no processo da semeadura.

Poderíeis usar de alguma imagem comparativa que nos sugerisse melhor entendimento sobre a situação atual da Umbanda?

Ramatis: A Umbanda é como um grande edifício sem controle de condomínio, onde cada inquilino vive a seu modo e faz o seu entulho! Em conseqüência, o edifício mostra em sua fachada a desorganização que ainda lhe vai por dentro. As mais excêntricas cores decoram as janelas ao gosto pessoal de cada morador; ali existem roupas a secar, enfeites exóticos, folhagens agressivas, bandeiras, cortinas, lixo, caixotes, flores, vasos, gatos, cães, papagaios e gaiolas de pássaros numa desordem ostensiva. Debruçam-se nas janelas criaturas de toda cor, raça, índole, cultura, moral, condição social e situação econômica. Enquanto ainda chega gente nova trazendo novo acervo de costumes, gostos, temperamentos e preocupações, que em breve tentam impor aos demais.

Malgrado a barafunda existente, nem por isso é aconselhável dinamitar o edifício ou embargá-lo, impedindo-o de servir a tanta gente em busca de um abrigo e consolo para viver a sua experiência humana. Evidentemente é bem mais lógico e sensato firmar as diretrizes que possam organizar a vivencia proveitosa de todos os moradores em comum, através de leis e regulamentos formulados pela direção central do edifício e destinados a manter a disciplina, o bom gosto e a harmonia desejável.

Quereis dizer que apesar da confusão atual reinante na Umbanda, ela tende para a sua unidade doutrinária, não é assim?

Ramatis: Apesar dessa aparência doutrinária heterogênea, existe uma estrutura básica e fundamental que sustenta a integridade da Umbanda, assim como um edifício sob a mais fragrante anarquia dos seus moradores, mentem-se indestrutível pela garantia do arcabouço de aço.

Da mesma forma, o edifício da Umbanda, na Terra, continua indeformável em suas “linhas mestras”, bastando que os seus lideres e estudiosos orientem-se através da diversidade de formas exteriores, para em breve identificar essa unidade doutrinária iniciática. Os Terreiros ainda lutam entre si e atacam-se mutuamente, em nome de princípios doutrinários e ritualísticos semelhantes, enquanto sacrificam a autenticidade da Umbanda pela obstinação e pelo capricho da personalidade humana. É tempo dos seus lideres abdicarem do amor-próprio, da egolatria e interesses pessoais, para pesquisarem sinceramente as “linhas mestras” da Umbanda e não as tendências próprias e que então confundem à guiza de princípios doutrinários.

Considerando-se que a Umbanda é de orientação espiritual superior, qual é a preocupação atual dos seus dirigentes, no Espaço?

Ramatis: Os Mentores da Umbanda, no momento, preocupam-se em eliminar as praticas obsoletas, ridículas, dispersivas e até censuráveis, que ainda exercem os umbandistas alheios aos fundamentos e objetivo espiritual da doutrina. Sem dúvida, uns adotam excrescências inúteis e abusivas no rito e características doutrinarias de Umbanda, por ignorância, alguns por ingenuidade e outros até por vaidade ou interesse de impressionar o publico. Inúmeras práticas que, de inicio, serviram para dar o colorido doutrinário, já podem ser abolidas em favor do progresso e da higienização dos “Terreiros”.

Aliás, a Umbanda é um labor espiritual digno e proveitoso, mas também é necessário se proceder à seleção de adeptos e médiuns, afastando os que negociam com a dor alheia e mercadejam com as dificuldades do próximo.
Raros umbandistas percebem o sentido especifico religioso da Umbanda, no sentido de confraternizar as mais diversas raças sob o mesmo padrão de contato espiritual com o mundo oculto. Sem violentar os sentimentos religiosos alheios, os Pretos-Velhos são o “denominador comum” capaz de agasalhar as angustias, suplicas e desventuras dos tipos humanos mais diferentes. São eles os trabalhadores avançados, espécie de bandeirantes desgalhando a mata virgem e abrindo clareiras para o entendimento sensato da vida espiritual, preparando os filhos e os habituando a soletrar a cartilha da humildade para mais breve entenderem a própria mensagem iniciática (e doutrinária) do Espiritismo.

A Umbanda tem fundamento e quando for conhecido todo o seu programa esquematizado no Espaço, os seus próprios críticos verificarão a comprovação do velho aforismo de que “Deus escreveu certo por linhas tortas”.

A Maioria dos espíritas assegura que na Umbanda só baixam Espíritos inferiores, ainda presos às superstições e práticas pagãs. Que dizeis?

Ramatis: Inúmeras vezes temos advertido que a presença de Espíritos inferiores não depende do gênero de trabalho mediúnico, nem do tipo da doutrina espiritualista, mas exclusivamente da conduta, do critério moral dos seus componentes e adeptos.

Juntamente com as falanges de Espíritos primários ou pagãos, também operam na Linha Branca de Umbanda Espíritos de elevada estirpe espiritual, confundidos entre Caboclos, Pretos-Velhos, Índios ou Negros, originários de varias tribos africanas. Porventura, Jesus não prometeu: “Quando dois ou mais reunirem-se em meu nome, ali eu também estarei”.

Ademais, em face da agressividade que atualmente impera no mundo pelo renascimento físico de Espíritos egressos do astral inferior para a carne, os trabalhos mediúnicos de Umbanda ajudam a atenuar a violência dessas entidades que se aglomeram sobre a crosta terráquea, tramando objetivos cruéis, satânicos e vingativos. As equipes de Caboclos, Índios e Pretos experimentados à superfície da Terra, constituem-se na corajosa defensiva em torno dos trabalhos mediúnicos de vários centros espíritas.

Sem duvida, conforme o pensamento dos kardecistas, o ideal seria doutrinar obsessores e esclarecer obsediados sem o uso da violência que, às vezes, adotam as falanges de Umbanda. Em geral, tanto a vitima como os algozes estão imantados pelo mesmo ódio do passado. E então é preciso segregar a entidade demasiadamente perversa, que ultrapassa até o seu direito de desforra, assim como no mundo não se deixa a fera circular livremente entre as criaturas humanas. Tanto aí na Terra como aqui no Espaço, o livre-arbítrio é tolhido, assim que o seu mau uso principia a ferir os direitos alheios.

Quais as deficiências atuais da Umbanda para ela enquadrar-se definitivamente no seu objetivo mediúnico e doutrinário?

Ramatis: Alhures, já explicarmos que a Umbanda ainda ressente-se de uma codificação ou seleção definitiva de seus valores autênticos, dependendo de estudos, pesquisas, debates, teses e simpósios entre os principais mentores, chefes e responsáveis por todos os Terreiros do Brasil. Também seria conveniente definir-se a posição da Umbanda, cada vez mais ocidentalizada pela penetração incessante de brancos, em contraste com os trabalhos tipo “Candomblé”, de culto deliberadamente primitivo e fetichista, fundamentado nas danças histéricas do mediunismo do negro africano.

Há de se fixar regras, cerimônias e métodos de trabalhos impreencindiveis à característica fundamental da Umbanda, como ambiente simpático à livre manifestação dos Pretos e Caboclos, mas dispensando-se tanto quanto possível o uso exagerado de apetrechos inúteis e até ridículos no serviço mediúnico e de Magia. Justifica-se, também, a padronização das vestimentas dos cavalos e cambonos em sua cor branca, mas visando principalmente a higiene, a simplicidade, em vez da fascinação de paramentos eclesiásticos e que podem culminar na imprudência do luxo e do fausto...

... Finalmente, Umbanda pode ser aspiração ou manifestação religiosa de um estado evolutivo do vosso povo, mas perfeitamente compatível com o atual foro de civilização, sem as excentricidades dos batuques primitivos e da gritaria histérica até de madrugada. Não é prova de fidelidade nem demonstração de Espírito sacrificial, o homem participar de ritos e cantorias prolongadas que perturbam a vivencia comum dos demais seres, pois a Igreja Católica e o Protestantismo também praticam suas liturgias em horas e dias que jamais despertam protestos ou censuras.

Os negros africanos atravessavam a madrugada adentro condicionado aos ritos intermináveis e às danças histéricas, porque eles também dispunham totalmente do dia seguinte para a recuperação física através do sono prolongado. Mas o cidadão atual é um escravo do cronômetro e de mil obrigações diárias, que lhe exigem o repouso adequado para não malograr no sustento da família.

Trechos extraído do livro: Missão do Espiritismo – Psicografado por Hercílio Maes – Editora Freitas Bastos – Pelo Espírito de Ramatis.


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28/05/2013

Orixás

Natureza dos Orixás


Do Livro: Umbanda - Mitos e Realidade / Iassan Ayporê Pery



A Formação dos Sete Orixás Básicos da Umbanda



Em primeiro lugar é preciso compreender que com a “criação” da Umbanda, como forma de culto, houve uma condensação e absorção de vários Orixás. O que podemos observar é que um dos objetivos da Umbanda é a simplicidade, tanto de culto quanto de rito.

A compreensão básica de Orixá na Umbanda é de um complexo de energias, manifestado na terra através da força da natureza criada por Deus.

A Umbanda cultua um único Deus, logo é monoteísta e os Orixás não são divindades ou semideuses, mas sim, complexos vibratórios e energéticos, criados e emanados do Astral Superior, traduzidos aqui na Terra, como energias que emanam da natureza, as quais manipulamos para o nosso próprio equilíbrio, buscando evolução espiritual através da caridade direta.

Cada Orixá tem como representante uma força ou um reino da natureza específico e conseqüentemente com objetivos específicos para sua atuação aqui na terra, e como a natureza, trabalham em absoluta e total harmonia entre si. Desdobram-se, confundem-se, transformam-se e conjugam-se de maneiras harmoniosamente simples e ao mesmo tempo complexas.

A origem das sete forças da natureza vem da fusão dos quatro elementos básicos: água, fogo, terra e ar. Podemos entender melhor esta fusão, quando de forma análoga nos reportamos às cores primárias: azul, vermelho e amarelo, que com o preto e o branco dão origem as demais cores.

Por exemplo: a cor azul representa o elemento água e a cor amarela o elemento ar. A mistura dessas duas cores forma a cor verde. A água conjugada ao ar é fertilizante indispensável, à formação, manutenção e expansão das matas (verde).

Assim, relacionando-se isto aos Orixás, temos: Oxum - azul; Iansã - amarelo e Oxoce - verde. Para que a mata de Oxoce seja formada precisamos das águas fertilizadoras de Oxum e para que ela se expanda, precisamos do ar de Iansã.


Os Sete Orixás Básicos da Umbanda


Oxoce, Ogum, Xangô, Omulu, Iemanjá, Iansã e Oxum são os sete Orixás básicos da Umbanda. 

Nanã é a Soberana das Águas, está acima das Orixás Iansã, Oxum e Iemanjá.

Não incluímos Oxalá na relação de Orixás Básicos por considerá-lo acima dos demais Orixás e por considerá-lo a conjugação de todos os demais Orixás, energia primeira e original emanada de Zambi ou Olorum, O Criador de Todas as Coisas, todos somos Filhos de Oxalá. Alguns se referem a Ele como Orixá Maior.

Na concepção da Umbanda Exu não é Orixá, pois não detém regência de Reino ou força da Natureza e consequentemente não rege coroa de médium. Exu é mensageiro de Orixá.


Entendendo a Dinâmica dos Orixás

Sabendo-se que os Orixás estão em um plano muito superior ao nosso, os regentes da coroa do médium, regem, se manifestam e influenciam depois de atravessar vários planos e sub-planos do nosso sistema.

A característica principal ou original, dos Orixás se “perde”, se transforma e se traduz, através do astral no “caminho”, sendo “filtrado” por cada plano ou sub-plano e logicamente pela natureza vibratória que vai passando, adquirindo com ela um resíduo de cada momento astral, ditado pela faixa vibratória transitada. Isso tudo também explica as diferentes interpretações que encontramos entre os umbandistas, sobre o que vem a ser Orixá.

Como nós vivemos num plano bem inferior, onde precisamos evoluir muito, se faz necessário que o Orixá se desdobre em vibrações de característica naturista, ou seja, de origem fluídica da natureza, para se manifestar em seres encarnados ou de densidade equivalente.

Pensemos a princípio nos Sete Orixás Básicos que se manifestam em nível de terreiro, ou seja, de incorporação: Oxoce, Ogum, Xangô, Omulu, Oxum, Iemanjá e Iansã.

Os Sete Orixás básicos ao se combinarem formam outros Orixás os quais chamamos de desdobramentos do Orixá ou Orixás que foram combinados, mas mesmo assim ainda não são estes que se manifestam em nível de terreiro, mas sim os seus enviados.

O único Orixá na Umbanda que não tem desdobramentos é a Orixá Iansã, pois as suas combinações são tão rápidas que não criam reinos, mas apenas manifestações rápidas desta conjugação, não chegando a formar ou fixar-se durante muito tempo a ponto de formar um novo Orixá que seja desdobramento Dela. Outro motivo para isto é o próprio elemento por Ela representado: o Ar. O Ar não se desdobra, não se fixa, mas mistura-se aos demais elementos, entretanto sem mudar a sua essência. O Ar em movimento é o vento que causa mudanças rápidas e essas mudanças são a própria Orixá. Iansã manifestada na força da natureza... É o próprio movimento, a própria mudança.

Quando os Orixás se combinam, se unem e se conjugam temos os diferentes desdobramentos que são manifestados, em nível de terra, através do encontro de um reino com outro, ou manifestações de força da natureza, que em terreiro também recebem nomes diferentes. E encontraremos na combinação dessas forças harmonia e equilíbrio.

O que podemos compreender de tudo acima exposto é que os Orixás (ou a energia dos Orixás), depois de atravessarem os diversos planos e sub-planos e chegarem até nós, apresentam infinitas formas de auxilio, através de suas combinações e desdobramentos, apresentando-se nos terreiros de diversas formas, configurações e nomes.

O Ciclo das Águas
Para compreendermos as forças da natureza interagindo, o que nos auxiliará entendermos como os Orixás interagem até chegarem a se manifestar em terra, basta que imaginemos e nos lembremos de como a natureza atua e funciona.

A seguir exponho o que chamo de Ciclo das Águas, que objetiva ilustrar a manifestação dos 7 Orixás Básicos na natureza onde incluo Nanã para uma melhor compreensão de quando a menciono como “Senhora das Águas Originais”.


A água nascendo numa mina (Nanã) , 

Rolando pelas pedras (Xangô), 

Em queda formando uma cachoeira (Oxum), 

Que corre pela Terra (Omulu), 

Germinando esta terra para o nascimento dos vegetais e árvores (Oxóssi), 

As águas indo desaguar no mar (Iemanjá), 

O sol aquecendo (Ogum) provocando a evaporação 

E precipitação na terra em forma de chuva (Iansã), 

reiniciando assim o processo... 



A Umbanda utiliza estas forças que agem e interagem de forma absolutamente harmônica e perfeita.


Orixás

Temos a tendência a acreditar ou pensar que cada Orixá é o reino ao qual está associado, entretanto Orixá é muito mais do que isso, e é exatamente esse “muito mais do que isso” que não conseguimos explicar em palavras; mas, grosseiramente falando, é o amor de Deus espalhado e ao mesmo tempo condensado em 7 raios básicos, destinados ao planeta Terra, que objetivam, ao chegarem aqui traduzidos pelos diversos planos e sub-planos pelos quais passaram, nos auxiliar no nosso karma, e que se manifestam através das forças e reinos da natureza. O Orixá está na natureza, mas não é apenas a natureza. Enfim... É mais uma benção de Deus.

O umbandista deve buscar o equilíbrio de todas estas forças através da prática da caridade, do amor e respeito à natureza e às coisas de Deus. A Umbanda se propõe, trazer o equilíbrio destas forças para as nossas vidas. E não existe melhor forma de nos harmonizarmos com estas forças, que se manifestam em nossos terreiros através de seus enviados de luz, que sempre nos trazem palavras de consolo, amparo, força, esclarecimento, caridade e amor, e assim fazer ultrapassar as paredes físicas do terreiro de Umbanda a sua mensagem.

A Caridade é o objetivo principal do médium Umbandista.

A Umbanda não se propõe a ser solução milagrosa para todos os problemas de ordem material criados por nós, mas propõe que, através da harmonização com as forças da natureza, encontremos amparo e alívio para os nossos problemas.

Cada Orixá tem função específica e até as que são antagônicas se harmonizam frente as nossas necessidades, por Graça do Criador.

Todas as energias emanadas pelos Orixás estando em equilíbrio nos tornam pessoas melhores e facilitam a nossa passagem na Terra, por isso falei em benção de Deus, e também em manifestações básicas e harmônicas dos Orixás apesar de algumas manifestações serem antagônicas, mas no fundo complementares. Tudo isso justifica e explica enfim o porquê é fundamental o estarmos equilibrados aos sete Orixás básicos, explica o porquê de não nos dedicarmos a um ou dois Orixás específicos apenas.

Sendo que Orixá é a tradução mais evoluída do nosso sistema manifestada através das forças da natureza, não poderíamos, nós, termos a mais pura essência desses complexos etéreos. E sim a centelha desfocada que se reflete, manifesta e influencia o médium. Que vem traduzida e decodificada em uma linguagem compreensível para nós.

A formação do arquétipo de cada um depende do grau evolutivo do médium, e contribuições dadas a sua formação, tais como, nível de consciência de vida de acordo com sua visão espiritual; qualidade da aprendizagem feita de encarnação para encarnação; historicidade cultural nesta encarnação; formação familiar e serviços prestados à comunidade em forma de caridade.

Quanto mais o médium trabalha em função da sua melhoria como ser humano, maior e melhor é a qualidade da influência vinda das mônadas do astral, pertencentes aos regentes da coroa mediúnica, ou seja, menos impurezas ele absorverá, já que seus sentimentos se tornarão forte filtro.

Características básicas dos Orixás:

Oxoce

Alguns podem estar estranhando essa forma de grafia do nome do Orixá. Além dessa ainda encontramos Oxóssi e Oxosse. Escolha a que melhor lhe convier ou lhe for mais simpática. Mais importante do que saber como se escreve o nome é saber quem é o Orixá.

Oxoce é representado pela energia que irradia das matas, tendo absorvido do Candomblé também o Orixá Ossanha ou Ossãe (Orixá das folhas), representado na Umbanda pela linha da Jurema.

Oxoce é o Orixá da saúde, da cura através das ervas e da irradiação de sua força. A sua cor é o verde (todos os tons que variarão de acordo com a origem do Caboclo). O dia da semana dedicado a Oxoce é a quinta-feira, por ter sido associado a ele o planeta Júpiter, que rege a quinta-feira, e é o planeta da expansão.

As palavras chaves para o planeta Júpiter são energia expansiva. É um enorme planeta que traz expansão. Tudo cresce com Júpiter. Tudo se engrandece. Tudo chega às máximas dimensões. Com Júpiter, a curva alcança seu ponto mais elevado, é o pico. (do livro Calendário Cósmico de Stellrius – editora Nova Era).

Júpiter representa a necessidade de espiritualidade e de religiosidade. Além disso, é a extensão e a expansão do instinto primitivo. É o crescimento de qualquer coisa, embora na sua função mais evoluída seja o crescimento do conhecimento e do entendimento. Júpiter simboliza o princípio da expansão na esfera de ação e de experiências na qual a pessoa vive. (do livro Conhecimento da Astrologia – Manual Completo de Anna Maria Costa Ribeiro).

O seu elemento é terra. Por que é de onde brotam os vegetais de Oxoce.

É o Orixá da vitalidade, da energia vital (ligada à saúde), farmacopéia, nutrição. É o caçador do Axé (força).

Representado na Umbanda pelos Caboclos e Caboclas que se desdobram em várias sub-linhas conforme o outro Orixá que estará trabalhando conjugado. Exemplo, a linha de Caboclos que trabalham com as águas, ou seja, resultado da conjugação de Oxoce com Oxum ou com Iemanjá, mas são Caboclos de Oxoce trabalhando em harmonia com as águas: Cabocla Yara, Cabocla Jupyra, Caboclo da Cachoeira, Caboclo do Mar, etc. Valendo lembrar que poderão também apresentarem-se em gira de terreiro tanto na hora da invocação a Oxoce quanto na hora de Oxum ou Iemanjá.

Outro exemplo é a linha de Caboclo Bugre e a de Caboclos Flecheiros que são Caboclos de Oxoce trabalhando em harmonia com Omulu, em níveis de conjugação diferentes. Por ter sido sincretizado, no Rio de Janeiro, com o Santo Católico São Sebastião, tem o seu dia comemorado em 20 de janeiro.

Saudação: Okê Bamba O’Clima, Okê Caboclo ou Oke Aro; onde:

Okê Bamba O'Clima - kê = gritar; Okê = aquele que grita; Bamba - Valente (valentia) o'clima = acima ou de cima.

Okê Caboclo = Seria basicamente uma corruptela do anterior e significa por conseqüência: Salve o Caboclo que grita.

Okê Arô! = Okê = aquele que grita, Arô é um título de honra, uma autoridade. Portanto Okê Arô seria a “autoridade que fala mais alto”.

A Orixá de equilíbrio de Oxoce é Oxum, pois é através das águas da Oxum que os vegetais de Oxoce podem germinar e crescer.

Características básicas dos regidos por Oxoce: são pessoas meio fechadas, que gostam de viver no seu próprio meio ou grupo, pois é onde realmente se sentem à vontade. Gostam de contemplar a natureza. Geralmente são pessoas desconfiadas, mas que quando confiam são amigos fiéis.

Ogum
Orixá da energia, ligada à atitude, perseverança, persistência, tenacidade, renascimento (no sentido de capacidade de se reerguer).

Orixá vencedor de demanda. Ogum é a energia da luta pela sobrevivência, e não apenas nas situações de conquista.

Em que isto está associado à força da natureza?

Dando um exemplo: a força que um vegetal faz para nascer, romper a terra e brotar e crescer, a esta força damos o nome de Ogum. A força do coração batendo, e pulsando o sangue pelo nosso corpo. São forças que naturalmente se processam.

Atuando essa força nos diferentes reinos da natureza encontramos os desdobramentos de Ogum.

Na Umbanda usamos o termo desdobramento para caracterizar a fusão de dois ou mais Orixás num determinado momento de manifestação das forças da natureza, sem que se perca o vínculo com o Orixá que primeiro originou esse desdobramento. Significa harmonização de forças e não antagonismo ou separatismo.

Orixá sem reino específico, mas que atua na defesa e revitalização de todos os reinos em função da sua especialidade.

A Energia de Ogum está em todos os lugares.


O dia na semana dedicado a Ogum é a terça-feira por ter sido associado a ele o planeta Marte, que rege a terça-feira e é o planeta da energia de ação.

As palavras chaves para Marte são energia de ação. O “guerreiro” sai para enfrentar as tarefas da vida com valentia, coragem e decisão. A energia de Marte dá impulso. (do livro Calendário Cósmico de Stellrius – editora Nova Era).

A sua cor básica é a vermelha, e o seu elemento é o fogo.

O seu dia é comemorado em 23 de abril por ter sido sincretizado com São Jorge, no Rio de Janeiro.

O Orixá de equilíbrio de Ogum é Iemanjá, porque Iemanjá é a acomodação, a tranqüilidade e Ogum a tenacidade e a luta.

Desdobramentos de Ogum, ou seja, a energia de luta, de conquista, de vitória, de sobrevivência, vibrando ou cruzando em harmonia com os demais Orixás. Do cruzamento vibratório de Ogum com os demais Orixás “nascem” ou “surgem” os seguintes Chefes de Linha:

· Ogum Megê – cores: vermelho, branco e preto. Trabalha em harmonia com Omulu, na entrada da calunga pequena (cemitério), e também em todo trabalho que envolva a energia da terra (Omulu) e combate a baixa magia. Está presente nos assuntos atinentes a desmanche de magia. Associação dos elementos fogo e terra.


· Ogum Rompe Mato – cores: vermelho e verde. Trabalha em harmonia absoluta com Oxoce, na entrada da Mata. Este desdobramento de Ogum está presente nos assuntos pertinentes a coisas de solução rápida, revigorantes e de conquistas de espaço de maneira geral. Podendo ser cultuado tanto na terça-feira, dia de Ogum, quanto na quinta-feira, dia de Oxoce. Sincretizado com Santo Expedito pode ser comemorado no dia 19 de abril. Associação dos elementos fogo e terra.

· Ogum Beira-mar – cor: coral. Trabalha na orla marítima em harmonia com Iansã e Iemanjá. Este desdobramento de Ogum está presente nos assuntos atinentes a conquista material e de fortuna. Associação dos elementos fogo, água e ar.

· Ogum Iara – cores: azul claro e vermelho. Trabalha na cachoeira em harmonia com Oxum. Este desdobramento de Ogum está presente nos assuntos atinentes a conquistas diplomáticas. Associação dos elementos fogo e água.

· Ogum de Lei – cores: vinho e branco. Trabalha com as Almas em harmonia com Omulu, Oxum, Ogum Iara e principalmente Xangô. Este desdobramento de Ogum está presente nos assuntos atinentes a execução de justiça. Sincretizado com São Miguel das Almas. Associação dos elementos fogo, terra, água e ar.

Saudação: Ogum nhê! Patakori Ogunhê! Onde:

Ogum nhê! = Salve Ogum!

Patakori Ogunhê! Patakori vem de pataki (principal, importante, supremo) + ori (cabeça, coroa) então Salve Ogum o principal da cabeça ou o Cabeça Principal. Ou ainda o senhor que encabeça. Que vem primeiro, na frente.

Características básicas dos regidos por Ogum: geralmente são pessoas persistentes, determinados, perseverantes, que têm “temperamento forte”, não desistem facilmente de nada que tenham se determinado a fazer ou a conquistar. Geralmente são pessoas determinadas e batalhadoras.

Xangô
Orixá da justiça, do discernimento, do conhecimento, do estudo de maneira geral, do método, do equilíbrio de forças ligadas a questões de Justiça e questões burocráticas. Orixá da paz e da religião.

O dia da semana dedicado a Xangô é a quarta-feira, por ter sido associado ao planeta Mercúrio, que rege a quarta-feira e é o planeta da energia mental.

Mercúrio – palavras chaves: Energia mental. A sua energia está associada à atividade mental. Mercúrio se move rápido, tão rápido como os pensamentos. (do livro Calendário Cósmico de Stellrius – editora Nova Era). Representa, no ser humano, o pensamento, reflexão, análise e troca de idéias. Se não houvesse Mercúrio, não haveria a mente racional e o homem seria puramente instintivo. É a capacidade de aprender e assimilar suas experiências e achar um meio de comunicá-las por em prática, e também de comunicar seus pensamentos. Tem a natureza dupla do pensamento interior e da comunicação exterior. (do livro Conhecimento da Astrologia – Manual Completo de Anna Maria Costa Ribeiro).

Os seus elementos são o ar e a terra, seu reino a pedreira e a força da natureza que o representa é o trovão. Suas cores são o marrom, o cinza (as cores das pedreiras) e ainda o roxo (a cor que o Orixá vibra e irradia, denotando assim grande equilíbrio e sentido de religiosidade).

A Orixá de equilíbrio, ou Orixá par ou ainda complementar, é Iansã; porque enquanto Xangô é o método, Iansã é o pensamento rápido, a flexibilidade.

O seu dia é 30 de setembro por ter sido sincretizado no Rio de Janeiro com São Jerônimo. Entretanto, dependendo do rito, Xangô também é sincretizado com São Pedro, São João e Santo Antônio, mas para nós o que importa verdadeiramente é a vibração de Xangô, pura e simplesmente.

Existem inúmeros desdobramentos de Xangô, mas não estão relacionados somente as combinações de outras forças, mas ao equilíbrio das mesmas (poderíamos ousar afirmar que esta seria a principal função deste Orixá em nível de natureza), assim temos: (citarei alguns desdobramentos de Xangô)

· Xangô Djacutá – regência geral da linha de Xangô (sem sincretismo). Grosso modo seria a própria pedreira. Harmonia com Oxoce.

· Xangô Alafim-Eché – corresponde a São Jerônimo, dia 30 de setembro. A especialidade dos seus enviados reside em auxiliar oradores intelectuais. Este desdobramento consiste na atuação junto a necessidade de fazer cessar as tempestades (atuando como energia refreadora) atuando em harmonia com Iansã.

· Xangô Alufam – corresponde a São Pedro, dia 29 de junho. Encaminhador das almas desencarnadas, atuando juntamente com Omulu na justiça e organização dessa atividade.

· Xangô Agodô – corresponde a São João Batista, dia 24 de junho. Preside as cerimônias de fé e de batismo. Grande auxiliar das intuições puras, atuando harmoniosamente com Oxum.

· Xangô Aganju – corresponde a São José, dia 19 de março. Protetor dos lares e da harmonia conjugal atuando harmoniosamente com Iemanjá.

· Xangô Abomi – corresponde a Santo Antônio, dia 13 de junho. Esse desdobramento atua principalmente no equilíbrio de raciocínio e método. Evocado com grande êxito nas horas de grande aflição. Atuando em harmonia com Ogum.

Importante ressaltar que as definições ou descrições dos diferentes desdobramentos de Xangô, assim como com os dos demais desdobramentos de cada Orixá, são apresentadas muito mais com objetivos didáticos do que litúrgicos, pois a essência de cada Orixá permanece sempre a mesma em todos os seus desdobramentos e momentos de atuação.

Saudação: Kaô Kabecile! Kaô Kabecile = Salve o Rei (senhor) de Oyó (cidade na África) ou ainda para Pierre Verger: "Venham ver e admirar o Rei."

Características básicas dos regidos por Xangô: pensamento rígido e metódico. Têm grande senso de justiça, são pessoas equilibradas, contidas e reservadas e têm facilidade no estudo, e de concentração.

Omulu

Existe grande confusão com relação a magnitude deste Orixá onde alguns chegam a confundi-lo com Exu. Isto se deve a capacidade de manipulação magística e transformadora de Omulu, da qual Exu é apenas executor. Além do mais Omulu é Orixá e Exu não é.

Sendo a própria terra, onde caminhamos e nos sustentamos, e sendo a terra geradora permanente de vida, encontramos nela a primeira grande magia de Omulu, que é a famosa força da gravidade, que atrai tudo para si, assim como também, as diversas forças dos demais Orixás formando novas conjugações.

Os desdobramentos do Orixá Omulu se dão dentro dele mesmo. Observando-se a natureza, vemos isso nos diferentes tipos de solo, que gerarão diferentes combinações de Enviados de Orixás (linhas e sub-linhas de trabalho) em função disto. Um dos desdobramentos mais conhecidos de Omulu é o Orixá Obaluaê.

Por seu tipo de energia atrair tudo para si, e sugar as energias negativas transformando-as em positivas, transmutando e transformando tudo que nela (terra) toca e entra é por isso que Ele não “vai” a outros Orixás, mas os outros é que “vem” a Ele.

Sendo o Orixá que permanece no limite entre vida e morte, também foi associado a saúde e doença. A sua associação a saúde está justamente em função de ser da terra que brotam as ervas curadoras, mas estas são de Oxoce. Bênçãos de Omulu, sem dúvida, mas pertencem a Oxoce, este sim o Orixá da Cura, da Saúde.

Por outro lado a função de Omulu junto a área da saúde também se justifica pelo fato de ser ele o absorvedor e transformador de todas as energias negativas geradas e atraídas por qualquer doença em energia curadora, utilizada e manipulada por Oxoce.

Ele é o Senhor da Terra, Mestre da Magia. Energia emanada por Zambi, O Criador para destruir os malefícios gerados pelas doenças ou por qualquer tipo de magia e/ou enfeitiçamento.

É Orixá de transformação energética mágica, de toda energia produzida de forma natural ou artificial, ou seja, transformador da energia natural (toda energia que seja emanada da natureza ou do nosso próprio pensamento) e da artificial que é a fabricada através das oferendas. Ele transforma tudo e descarrega para a terra, que transforma e transmuta em energia positiva devolvendo para o astral de forma limpa.

É o único Orixá que trabalha em todas as sessões (giras) mesmo que não tenha sido evocado. Por exemplo, Oxoce descarrega até um certo nível, a partir daí o Senhor da Terra entra em ação, mesmo que não tenha sido invocado. O que reforça a importância da necessidade de nos harmonizarmos com todos os Orixás, pois eles trabalham, atuam e interagem em absoluta e total harmonia o tempo todo.

Orixá da transição para a vida astral. Senhor dos segredos da vida e da morte. Mestre das Almas.

Em função de sua característica básica ser de nos trazer a consciência cármica, e ser o Orixá do tempo e da lentidão, o dia da semana dedicado a Omulu é o sábado, pois foi associado ao planeta Saturno que rege este dia.

A palavra chave para o planeta Saturno é concretização. É o planeta dos anéis. Os anéis de Saturno delimitam, estabelecem fronteiras. As fronteiras nos avisam que há um tempo para tudo, nos atam a uma forma, nos contêm, não nos deixam sair. Ele nos trás o silêncio e a concentração. (do livro Calendário Cósmico de Stellrius – editora Nova Era).

Saturno é a realidade, mas às vezes pensamos que a realidade é a verdade. Realidade é estrutura e limitação, e precisa-se de algo que defina a nossa situação, uma organização que nos dê apoio. Amadurecer e aceitar as responsabilidades, saber claramente quem somos e de que somos capazes, comprometer-se. Exige obediência e disciplina, podendo ser rígido e sem misericórdia. É o pai ditando ordens; a normalidade das pessoas e situações, ser estável. (do livro Conhecimento da Astrologia – Manual Completo de Anna Maria Costa Ribeiro).

Por ter como elemento a terra e ponto de fixação o Cemitério (Calunga pequena), infelizmente é confundido por muitos com Exu. Se Exu é o grande manipulador das forças de magia, o Senhor Omulu é o Mestre.

Sincretizado com São Lázaro, chamado o médico dos pobres, tem o seu dia comemorado em 17 de dezembro.

Saudação: Atotô! = Silêncio! O senhor está na terra! 

As suas cores são o preto e o branco em proporções iguais.

Quando desencarnamos tem sempre um enviado de Omulu ao nosso lado, pois este Orixá está intimamente ligado ao Karma, lembrando-nos sempre que não adianta ficar rezando e pedindo perdão, mas que temos que agir efetivamente para resgatarmos o nosso karma e a forma de fazermos isso é praticando a Caridade. É o Orixá que nos dá a consciência de karma.

Omulu não tem Orixá de equilíbrio ou Orixá par ou complementar. Ele já tem seu próprio equilíbrio. Ele é a terra, a base de tudo. É o Orixá da sustentação e da origem. Ele é o Orixá da terra que entendo como sendo permanente fonte geradora de vida.

Características básicas dos regidos por Omulu: são geralmente pessoas fechadas, que passam por grandes transformações na vida, normalmente ligadas a perdas. São protegidos contra qualquer tipo de magia, principalmente se executam um trabalho de caridade e se estão preocupadas com resgate kármico. A mediunidade é aguçada desde muito jovem. Geralmente possuem uma espécie de necessidade quase que visceral de praticar a caridade.

Oxum

Orixá do sentimento, da harmonia, da concórdia e do equilíbrio emocional. Tem como reino as cachoeiras e rios. Suas enviadas são chamadas de “Senhora das águas doces”. Orixá que protege a criança ainda no ventre materno.

Tem por elemento a água, sua cor é o azul piscina ou Royal, seu dia é 8 de dezembro por ter sido sincretizada no Rio de Janeiro com Nossa Senhora da Conceição, e seu dia da semana é segunda-feira por ter sido associada à Lua, astro regente do dia, e é o astro da emoção.

“As palavras chaves para a Lua são energia nutritiva. A característica destacável da Lua é sua qualidade feminina, receptiva. A Lua representa o profundo, o silencioso, o noturno, o aquático.” (do livro Calendário Cósmico de Stellrius – editora Nova Era).

Representa também a emoção, aquilo que está dentro de nós, estruturado, desde cedo. São os reflexos emocionais, os comportamentos automáticos e instantâneos. É o nosso inconsciente, que nos liga a tudo, a todos, a qualquer lugar sem separação: o modo de percepção. (do livro Conhecimento da Astrologia – Manual Completo de Anna Maria Costa Ribeiro).

Saudação: Ora iê iê ô! = "Salve benevolente mãezinha!"

Em função dos caminhos que as águas doces percorrem, encontramos os seguintes desdobramentos desta Iabá (Orixá feminino) na Umbanda.

· Oxum Iara (ou simplesmente Oxum) – cor azul piscina. Rege as cachoeiras e rios. É a essência da Oxum. Sentimento, amor, concórdia, harmonia e união. Suas águas passam no meio do reino de Omulu (terra), formando assim os rios, por isso ela “carrega” as Almas.

· Oxum Marê – cor azul marinho. Rege o encontro das águas do rio com o mar. São as águas turbulentas. Em termos de significado e tradução para as nossas vidas, é o encontro do passado com o presente, de uma essência com a outra. Provocando a revisão de sentimentos (Oxum), turbulência de sentimentos (choque das duas águas), relacionados a nossa formação familiar

(Iemanjá - mar). Trabalha em harmonia com Iemanjá.

· Oxum Diapandá – cor verde água ou verde mar. Rege a superfície das águas salgadas, trabalha em harmonia com Iemanjá. Na sua compreensão de atuação junto a nós é quando após a revolução de sentimentos (Oxum Marê), nos acomodamos na placidez das águas superficiais, sem grande envolvimento de sentimentos profundos, entretanto mais voltados aos sentimentos e aspirações materiais.

Considerada popularmente como sendo somente a Orixá do amor, é na realidade a Orixá do misticismo, do sentimento, da concórdia e harmonia.

Muitos cultuam o Orixá Omulu na segunda-feira em função das Almas, mas lembramos que as águas da Oxum correm onde? Na terra. Que é de quem? Omulu. Com relação a isto, muitos já devem ter observado certa sensação melancólica, não chega a ser tristeza, mas uma “emoção”, muitas vezes indescritível, conjugada com a vibração de incorporação de Oxum. Algumas enviadas choram ou vertem água dos seus olhos. Isto tudo se deve ao fato das águas correrem pela terra de Omulu, “carregando” com elas as Almas, das quais Omulu é o Mestre e Senhor, mas que em contato (conjugação) com Oxum, traduzem em nível de terreiro e incorporação, nesta “melancolia” que às vezes sentimos.

Por isso as Almas vibram em segunda vibração na segunda-feira dia de regência da Oxum.

Características dos regidos por Oxum: geralmente são pessoas dóceis, sensíveis e místicas. Costumam ser também muito emotivas, envolvendo-se e preocupando-se com os outros, ás vezes, esquecendo-se até de si mesmas.

Iemanjá
Orixá dos mares e oceanos. Senhora das águas salgadas. Orixá dos bens materiais; grande provedora e mãe. Senhora da Calunga Maior (mar), portanto grande absorvedora de energias negativas.

Analisando a Orixá Iemanjá e nos reportando ao seu reino o mar, associamos sempre que quem mora perto do mar, nunca morre de fome, não é verdade? Por isso ela é a grande provedora dos bens materiais, a grande mãe, que nos dá o conforto, o alimento, além de ser representada pelo maior de todos os reinos, o mar. Soberania.

Traduz a sua vibração em paz e harmonia. Protetora da família e dos laços familiares (nosso maior bem material).

Desdobramentos de Iemanjá:

· Iemanjá Sobá – soberana das águas salgadas. Sincretizada com N. S. da Glória. (Sobá quer dizer soberana).

· Iemanjá da Guia – trabalha em harmonia com Oxum, assumindo algumas das suas características. Sincretizada com N. S. Auxiliadora.

· Iemanjá da Coroa – trabalha em harmonia com Iemanjá Sobá, sincretizada com Santa Rita de Cássia.

As suas cores são o branco transparente (Iemanjá Sobá ou Iemanjá da Coroa) ou o azul céu (Iemanjá da Guia).

Tem o seu dia comemorado em 15 de agosto por ter sido sincretizada com N. S. da Glória, e o seu dia na semana é sexta-feira por ter sido relacionada a Vênus planeta regente do dia e é o planeta da sensualidade e suavidade.

“Vênus é o planeta que produz o brilho intenso de seu radiante azul-prateado. A energia de Vênus é suave e cálida. Envolvente e magnética. Produz prazer. Tudo se cobre de brilhos refinados com a chegada de Vênus.” (do livro Calendário Cósmico de Stellrius – editora Nova Era).

Vênus representa a necessidade de unir opostos, é a atração que une homem e mulher. Além disso, é a união entre as pessoas em geral. Vênus é a necessidade que as pessoas têm de se compromissarem e se completarem, estar junto. É companhia, não é solidão. O relacionamento ocorre, então, como uma dependência mútua, ninguém pode viver completamente só. Vênus passa a ser a função de expressar afeto e amor. E a vontade de ser desejada e apreciada e para isso usar seus atributos de atração. (do livro Conhecimento da Astrologia – Manual Completo de Anna Maria Costa Ribeiro).

Saudação: Odoiá ou Odô iá! Odô = Rio; iá (iyá) = mãe, logo Mãe do Rio. Lembrando que na África Iemanjá era Orixá dos Rios.

Características dos regidos por Iemanjá: envolvem-se com dinheiro facilmente (tanto para gastar como para ganhar, quando não têm nenhum, nem de onde tirar, aparece). Geralmente não aparentam a idade que têm (parecem mais novos), têm “espírito maternal” e gostam do poder (Ogum “manda” e Iemanjá “seduz”). Normalmente, são vaidosos com a aparência pessoal. Geralmente tem grande preocupação em manter a família unida.

Iansã

Orixá dos ventos, raios e tempestades. Responsável pelas transformações, mudanças e mutações ligadas a coisas materiais, enquanto que Omulu é ligado às transformações espirituais e kármicas.

Orixá da fluidez de raciocínio, fluência verbal e tecnologia. Grande guerreira.

É a única Orixá que não se desdobra, pois o Ar não se desdobra, além de em função de sua rapidez, toda a sua manifestação em combinação com qualquer outro Orixá se dá momentaneamente, não chegando a “criar” um desdobramento, que se manifeste em nível de terra ou terreiro.

Tem o seu dia comemorado em 4 de dezembro por ter sido sincretizada no Rio de Janeiro com Santa Bárbara, e o dia da semana é quarta-feira, porque o Planeta Mercúrio (planeta do intelecto) rege este dia. Sua cor é o amarelo. Tem por elementos o ar, o fogo e a água.

Saudação: Eparrei! - Aquela que corta com o raio.

Características dos regidos por Iansã: geralmente são pessoas que pensam muito rápido e em várias coisas ao mesmo tempo, alteram de humor com facilidade, têm “jogo de cintura”, são flexíveis, têm facilidade de falar e de se comunicar. São pessoas com tendências ao perfeccionismo e apaixonadas pelas causas que se envolvem.

Por fim, analisando a Orixá Iansã, reportemo-nos a seu elemento primeiro o ar, presente em todos os reinos, conjugando-se a todos os Orixás, mas não estabelecendo nenhum desdobramento específico, pois sempre que atua é em nível de mudança, transformação, como energia propulsora e renovadora.

Em nível de manifestação em terra esta Orixá está diretamente relacionada ao intelecto, tal como Xangô, mas de forma distinta, pois Xangô é de energia refreadora. Em termos práticos, Xangô coloca o método no pensamento de Iansã. Conseqüentemente, esta Iabá está diretamente ligada aos avanços tecnológicos, e não apenas as mudanças climáticas.

Isto posto, lembramos mais uma vez que todos os Orixás trabalham em harmonia, conjugando-se, portanto eles vibram em todos os dias da semana.

A melhor oferenda que você pode dar aos Orixás

Muitos médiuns perguntam quais oferendas podem dar no dia de determinado Orixá.

Estaremos agora passando uma receita básica que pode ser utilizada para qualquer Orixá ou Entidade.

· um pacote de amor, em pó, para que qualquer brisa possa espalhar para as pessoas que estiverem perto ou longe de você;

· um pedaço (generoso) de fé, em estado rochoso, para que ela seja inabalável;

· algumas páginas de estudo doutrinário, para que você possa entender as intuições que recebe;

· um pacote de desejo de fazer caridade desinteressada

· em retribuição, para não "desandar" a massa.

Junte tudo isto num alguidar feito com o barro da resignação e determinação e venha para o terreiro.

Coloque em frente ao Congá e reze a seguinte prece:

"Pai, recebe esta humilde oferenda dada com a totalidade da minha alma e revigora o meu físico para que eu possa ser um perfeito veículo dos teus enviados. Amém."

Pronto! Você acabou de fazer a maior oferenda que qualquer Orixá, Guia ou Entidade pode desejar ou precisar...

Você se dispôs a ser um MÉDIUM!

Mensagem ditada pelo Caboclo Pery

Em 07 de outubro de 2002

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24/05/2013

Povo Cigano

Povo Cigano

Liberdade e Alegria, reconhecimento da Vida em Comunidade, do Teto e do Espaço Sagrado, do Encanto e da Força da Natureza, da Magia e da Reza são sentidos e atributos ensinados pelos “Ciganos” que se manifestam através do dom mediúnico em nossa querida Umbanda. E com o encanto de suas danças, seus cantos e seus movimentos é que envolvem cada vez mais fiéis para dentro de suas “tendas” e para dentro do coração pulsante da Umbanda.

É encantador cada movimento, cada palma e cada olhar sentido por esse “Povo”!

É encantador cada fala poética, cada discurso direto, cada provérbio sábio pronunciado por esse “Povo”!

É encantador cada reza e cada gesto manifestado por esse “Povo” tão misterioso e que ao mesmo tempo é tão claro, simples e transparente, bastando apenas que nosso olhar também se transforme em olhar libertador, ou seja, em “Olhar Cigano”.

Sei que ainda poucos conhecem e manifestam essa Linha com total compreensão, mas sei também que o amor e a sapiência desses espíritos que se manifestam como Ciganos na Umbanda transcendem nossas ações e, com certeza, nos inspiram ainda mais nesse caminhar junto à nossa comunidade, grupo, corrente, aldeia… enfim… família!

É isso mesmo, acredito que uma das grandes lições que a Linha Cigana tem para nos ensinar é o viver em família, em grupo, unidos na alegria e na paz entre espíritos e espírito. O gostoso é saber que uma das funções da religião é exatamente essa, ou seja, é nos ensinar a viver em grupo ungidos de alegria e paz.

Portanto, vivenciar essa Linha dentro de nossos terreiros e corações é vivenciar o próximo, é vivenciar o respeito, é vivenciar os limites dentro do contexto da Liberdade e da Fé.

Sabemos que os espíritos ciganos gostam de festas, gostam de ser recebidos em meio à fartura e a seus companheiros de caminhada, mas isso é só para confirmar seu arquétipo próspero, alegre e familiar. Isso é só para facilitar seu “trabalho” dando a melhor das lições: o Exemplo. Mesmo porque eles repartem toda fartura, eles dão tudo que possuem em troca da Liberdade.

É fato que algumas pessoas erroneamente procuram essa linha para pedidos obscuros e quase sempre dominantes, no entanto, estão indo em sentido totalmente contrário à função dos Guias Ciganos, estão totalmente equivocados pois Eles agem no astral justamente Libertando e nunca prendendo, seja em que sentido for, seja no sentido religioso, amoroso, profissional… os Ciganos Libertam, Amam e Transformam em nome da vida em alegria e da alegria em espírito.

Portanto, vale a pena, viver, vivenciar, louvar e se emocionar diante desses espíritos tão iluminados que com o olhar lêem nossa vida e com o sorriso falam em nossa Alma.

“O céu é meu teto, a terra minha pátria e a Liberdade é minha Religião”

Mônica Caraccio


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