Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

07/02/2013

Oração à Iansã

Oração à Iansã - Por Ednay Melo

Iansã, Senhora da Natureza Divina, 
Quando surgirem os raios que rasgam os céus da imprudência dos homens,
Sejais no meu coração a bem aventurança da consciência tranquila.
Quando os ventos cantarem a canção da incerteza, 
Sejais na minha fé, a esperança. 
Quando o lodo da nova era se espalhar deslizando por entre as sombras interiores,
Sejais em mim a centelha da luz a se propagar no caminho de todos.
Quando ecoar o trovão da maledicência, que anuncia a alma fria e úmida, 
Sejais no meu espírito, o silêncio que liberta.
Quando a chuva da inveja desaguar na insensatez dos fracos,
Sejais em mim os olhos que não veem e os ouvidos que não ouvem.
Quando a lama do orgulho sujar as mãos enfermas,
Sejais em mim a sublime construção dos humildes.
Quando a guerra da cobiça destruir a paz dos tolos,
Sejais em mim a paciência para esperar o amadurecimento do fruto.
Quando, enfim, a imaturidade de uma alma perdida da referência divina, estiver em meu caminho,
Sejais em mim a tua força, oh mãezinha, para amar apesar de tudo e progredir sempre.

Ednay Melo




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06/02/2013

As "Umbandas" e Origem da Palavra


Umbanda Popular - Que era praticada antes de Zélio e conhecida como Macumbas ou Candomblés de Caboclos; onde podemos encontrar um forte sincretismo - Santos Católicos associados aos Orixás Africanos;

Umbanda tradicional - Oriunda de Zélio Fernandino de Moraes;

Umbanda Branca e/ou de Mesa - Nesse tipo de Umbanda, em grande parte, não encontramos elementos Africanos - Orixás -, nem o trabalho dos Exus e Pomba-giras, ou a utilização de elementos como atabaques, fumo, imagens e bebidas. Essa linha doutrinária se prende mais ao trabalho de guias como caboclos, pretos-velhos e crianças. Também podemos encontrar a utilização de livros espíritas como fonte doutrinária;

Umbanda Omolokô - Trazida da África pelo Tatá Tancredo da Silva Pinto. Onde encontramos um misto entre o culto dos Orixás e o trabalho direcionado dos Guias;

Umbanda Traçada ou Umbandomblé - Onde existe uma diferenciação entre Umbanda e Candomblé, mas o mesmo sacerdote ora vira para a Umbanda, ora vira para o candomblé em sessões diferenciadas. Não é feito tudo ao mesmo tempo. As sessões são feitas em dias e horários diferentes;

Umbanda Esotérica - É diferenciada entre alguns segmentos oriundos de Oliveira Magno, Emanuel Zespo e o W. W. da Matta (Mestre Yapacany), em que intitulam a Umbanda como a Aumbhandan: "conjunto de leis divinas";

Umbanda Iniciática - É derivada da Umbanda Esotérica e foi fundamentada pelo Mestre Rivas Neto (Escola de Síntese conduzida por Yamunisiddha Arhapiagha), onde há a busca de uma convergência doutrinária (sete ritos), e o alcance do Ombhandhum, o Ponto de Convergência e Síntese. Existe uma grande influência Oriental, principalmente em termos de mantras indianos e utilização do sanscrito;

Umbanda de Caboclo - influência do cultura indígina brasileira com seu foco principal nos guias conhecidos como "Caboclos";

Umbanda de pretos-velhos - influência da cultura Africana, onde podemos encontrar elementos sincréticos, o culto aos Orixás, e onde o comando e feito pelos pretos-velhos;

“Ser” Umbandista

Falam em tantas Umbandas. Branca, esotérica, popular, traçada, de nação, omolocô, umbandolé, candomblé de caboclo, evangelizada, kardequizada, iniciática e outras mais.

O que é Umbanda então?

Se são tantas, porque cada qual teima em dizer que somente a sua, aquela que ele pratica, é a verdadeira?

Origens, respondem todos em unísono!

Esta seria a solução para os problemas!

E qual a origem da Umbanda verdadeira?

Lá vamos nós novamente viajar por inúmeras teses.

Negros Africanos, Sumérios, Atlântida, Astros, Planetas diversos, Seres extraterrenos, Anjos celestiais, etc…

Mas será que isso tudo é importante?

Porque temos que precisar ou determinar qual das Umbandas é a mais ou a unicamente correta?

Quem sabe não são mesmo várias Umbandas, totalmente diferentes umas das outras.

Ou, ainda por outro lado quem sabe, ela é somente uma mesmo, apenas com várias ramificações!

E porque seria assim?

Afinal de contas todas as demais religiões não são únicas?

Serão mesmo?

Vejamos: a igreja católica divide-se em um sem número de ramificações, das tradicionais às mais atuais.

Tem a Apostólica Romana, Apostólica Brasileira, Carismáticos, Ortodoxos e outras. E todos se denominam como? Católicos! Nada mais!

Se as conversas convergem para fundamentos religiosos, ai sim quando sabem, denominam-se especificadamente.

E os Evangélicos? Se autodenominam de Cristãos!
Antes eram Crentes, agora não gostam mais dessa denominação, afinal de contas, os praticantes das demais religiões também o seriam, já que todos os que crêem em Deus, Crentes como eles seriam.

Mesmo que seja aplicada de igual forma em relação a Cristãos o entendimento sobre outras religiões, parece esta denominação genérica a que mais os diferenciam das demais.

Mas e entre eles próprios, existem diferenças entre as denominações?
Sim e não são poucas.

Batista, Adventista, Assembléia de Deus, Testemunha de Jeová e outras mais novas.

E nós, os Umbandistas, e porque não dizer Espíritas, não podemos ter também várias denominações ou entendimentos?

Opa! Espere um pouco! Umbandistas ou Espíritas?

Lá vamos ter outra briga séria com alguns de nossos irmãos Kardecistas.
Afinal de contas, de acordo com alguns deles, somente são espíritas os que seguem a doutrina espírita desenvolvida por Allan Kardec.

Mas qual a definição de Espírita?

De acordo com o próprio Allan Kardec, que no livros dos médiuns, assim define Espírita. “Espírita, é aquele que crê no espírito e nas suas manifestações”.

Assim, todo aquele que acredita nesta máxima, do ponto de vista do próprio Kardec, então será espírita.
Devemos apenas preocuparmo-nos em sermos bons espíritas.
Coisa que, infelizmente muitos irmãos, sejam Umbandistas, Kardecistas ou outros, ainda não se preocupam como deveriam.
Mas voltemos aos nossos próprios problemas.
Já temos bastantes deles entre nós para que nos preocupemos com outros externos!

O que é mais importante numa religião?

De onde ela vem ou para onde ela vai?

Que interessa o berço em relação ao trabalho futuro.
Será mais importante a caridade do irmão de poucas posses do que a oração do mais abonado?
Se formos olhar bem a fundo cada uma das diversificações de nomes ou qualificações das diversas Umbandas, veremos que em todas elas manifestam-se entidades espirituais semelhantes, tais como os Caboclos, Pretos-Velhos, Exus, Crianças e Orixás, além de Baianos, Mineiros, Boiadeiros, Zé Pelintras, Ciganos, etc…

Uma religião que prima pela Caridade, Humildade e Amor, não poderia se dividir tanto entre seus filhos.

Discutem se o Caboclo pode ou não pode usar cocar, se o Preto-Velho pode ou não pode usar chapéu, se Exu é guardião ou apenas mensageiro e deixa-se muitas vezes de perceber e até mesmo de cobrarem-se a si próprios se a caridade que estão praticando ou intermediando é real.

Será que chegar ao centro já olhando que horas são pois tem um compromisso inadiável mais tarde, permitirá ao Caboclo praticar uma boa caridade utilizando aquela matéria tão apressada?
Será que a humildade do Preto-velho terá capacidade de influenciar uma pessoa acometida de mal momento ou dor física, a ter calma ou perdoar a quem a tenha ofendido, vibrando numa cabeça que o encara não como um escravo simples, que pela dor alcançou a luz, mas sim como um majestoso soberano, que não poderia imaginar como tamanha fraqueza de pensamentos pode assolar estas ínfimas criaturas.
E ainda sobre o Caboclo, o qual na concepção daquele médium não é índio, mas médico ou um antigo rei de uma civilização ainda desconhecida, poderá atuar sobre quem o considera apenas um índio forte e garboso?
E Exu? Ele que em algumas casas mais sofisticadas é Guardião, entidade de alta luz que tem trânsito livre entre todos os ambientes vibracionais, liberando ou aprisionando almas ainda em decomposição moral.
Nas casas mais populares é apenas um enviado de entidades, ou mesmo um serviçal incumbido de levar e trazer as cascas grosseiras dos restos dos trabalhos espirituais, descarregando-os nos lodaçais espirituais no baixo astral, de onde ele pode até sair, mas não poderá ir tão alto, para que as luzes espirituais dos ambientes muito elevados não o ceguem.

E se saísse, o que faria?

Sua fraqueza espiritual não o permitiria enxergar mesmo os seres iluminados de outras diretrizes.
Será mesmo que as entidades se preocupam com estas diferenciações?
Não!
As entidades espirituais são seres de luz, são apesar de ainda imperfeitos na evolução espiritual, conhecedores da visão mais iluminada da caridade. Eles não se preocupam com as roupas que a eles queremos impor.
Para eles o que importa é o amor, a união, a elevação.

Irmãos! Que divisão nada! A Umbanda é única! Ela é perfeita!

Tão perfeita que se adapta a tantas interpretações.
Tão linda e majestosa, que aos olhos de cada um mostra a luz da maneira que possa ser percebida.
E suas origens são mesmo polêmicas, mas não traduzem os maiores ideais da religião: caridade, humildade e amor.

Que se busquem historicamente as origens, mas não contaminemos nossa prática religiosa com nossas próprias imperfeições, com nossos próprios preconceitos, com nossos próprios interesses pessoais.
Ao invés de subdesenvolvido, que tal tradicional?
Ao invés de cultos exagerados, que tal criteriosos?
Ao invés de discussão, que tal aceitação?
Não seremos menores se Africanistas, ou maiores se Iniciáticos!
Mais capazes, se optarmos por fundamentos de nação ou menos capazes, se seguirmos os ensinamentos à luz Kardequiana!
Seremos sim maiores ou menores, se levarmos em consideração a caridade que conseguirmos praticar!
Muitos se mostram prontos para uma verdadeira luta na intenção de resgatar a verdadeira Umbanda, outros pretendem livrá-la de influências negativas de outras religiões.
Vamos fazer mais que isso!
Vamos praticar a nossa Umbanda, aquela que nos toca ao coração com sentimentos de amor e caridade.
Vamos mostrar esse amor a todos os nossos irmãos.
E aí quem sabe, teremos uma Umbanda única e seremos verdadeiros Umbandistas.

Autor Desconhecido





Existem algumas versões que são um tanto controversas sobre a origem da Palavra Umbanda. Conheça algumas delas:



Origem 1


Na Africa em terras bantas, muito antes de chegada do branco, já existia o culto aos ancestrais (chamados depois no Brasil "guias").
Também era conhecida a palavra "mbanda" (umbanda) significando "a arte de curar" ou "o culto pelo qual o sacerdote curava", sendo que mbanda quer dizer "O Além - onde moram os espíritos".
Os sacerdotes da umbanda eram conhecidos como "kimbandas" (ki-mbanda = comunicador com o Além).

Origem 2

A palavra Umbanda é um vocábulo sagrado da língua Abanheenga, que era falada pelos integrantes do tronco Tupy.
Diferentemente do que alguns acreditam, este termo não foi trazido da África pelos escravos.
Na verdade, encontram-se registros de sua utilização apenas depois de 1934, entre os cultos de origem afro-ameríndia. Antes disto, somente alguns radicais eram reconhecidos na Ásia e África, porém sem a conotação de um Sistema de Conhecimento baseado na apreensão sintética da Filosofia, da Ciência, da Arte e da Religião.
O termo Umbanda, considerado a "Palavra Perdida" de Agartha, foi revelado por Espíritos integrantes da Confraria dos Espíritos Ancestrais.
Estes espíritos são Seres que há muito não encarnam por terem atingido um alto grau de evolução, mas dignam-se em baixar nos templos de Umbanda para trazer a Luz do Conhecimento, em nome de Oxalá - O Cristo Jesus.
Utilizam-se da mediunidade de encarnados previamente comprometidos em servir de veículos para sua manifestação.

Os radicais que compõem o mote UMBANDA são, respectivamente:

AUM - BAN - DAN

Sua tradução pode ser ncomprovada através do alfabeto Adâmico ou Vattânico revelado ao Ocidente pelo Marquês Alexandre Saint-Yves d'Alveydre, na sua obra "O ARQUEÔMETRO".

AUM significa "A DIVINDADE SUPREMA"

BAN significa "CONJUNTO OU SISTEMA"

DAN significa "REGRA OU LEI"

A UNIÃO destes princípios radicais, ou AUMBANDAN, significa "O CONJUNTO DAS LEIS DIVINAS"

Origem 3

A palavra Umbanda significa:

“ Um ” = “ Deus ” e “ banda ” = “povo ”

que vem da velha África há 7 mil anos, quando esse povo era livre em suas tribos e eram felizes juntos com os animais e a natureza, onde cultuavam os seus Deuses e os seus Orixás .
Esse povo não tinha e não conhecia a maldade, mas com a chegada dos homens brancos que pela suas saudades e ganâncias de dominadores e religiosos, acabaram por conhecê-la.
Através dos séculos procuraram mentir e enganar os seus adeptos brancos de que os negros eram inferiores (por causa de sua cor); os fizeram de escravos em porões imundos de navios negreiros em que a maioria deles, não chegavam vivos.
Ao chegarem ao Brasil, receberam os piores castigos dos donos dos Engenhos e capatazes.
Nas Senzalas, recebiam os piores castigos por não falarem o idioma português e, não cultivavam a religião dos mesmos “ claro, a religião Católica ”; os alimentos eram os mesmos dos animais, isto é, quando haviam sobras, mas só que os negros tinham a Fé em “ OXALÁ ”, que como para os brancos era “Deus", que é Universal.

Fonte: Federação Internacional Afro-brasileira



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Evolução Natural - O Progresso da Umbanda

Evolução Natural
Com todo respeito a quem pensa assim, mas a frase "se deu certo até agora, continua fazendo assim" talvez se aplique ao futebol ou a política, mas não à Umbanda.

A Umbanda é uma religião em movimento, que está evoluindo juntamente com os homens, e determinados rituais deixam de ter seu valor quando outros nos são mostrados pelos guias ou mesmo por aqueles que estudam a Umbanda e concluem que os rituais mais antigos não se fazem mais necessários.

Mas antes, vou falar sobre tradição.

As pessoas adoram uma tradição! Lógico! Não precisa pensar muito nem ter o que mudar naquilo que é feito, pois tudo segue um padrão feito há anos ou décadas atrás por alguém que pensou, lutou por um ideal e montou um determinado ritual, originando a tradição.

Em nome da tradição, muitos não discutem ou questionam se o que está sendo feito, precisa ou não ser alterado, ser adaptado, ou mesmo ser excluído. Aliás, questionar uma tradição se tornou um pecado digno de ir diretamente ao fogo da inquisição.

O sacerdote que lá atrás desbravou tudo e criou aquilo que hoje é tradicional num terreiro, fez com base naquilo que valia para sua época, baseado em seu conhecimento e acesso que possuía a informação e sobretudo pelo que os guias informavam. Ele não estava errado.

Se hoje, com internet e acesso livre a tudo, encontramos dificuldades em obter informações sobre rituais e fundamentos da Umbanda, imagine isso décadas atrás. O sacerdote tinha de buscar informações com aquilo que existia e estava disponível, com aqueles que já faziam algo semelhante em outros movimentos africanos e indígenas.

Se em um Candomblé imolavam-se animais em ritual e, aparentemente, funcionava o tal axé animal, também poderia dar certo na Umbanda. Muitas vezes, mesmo sem saber pra que servia o axé animal, entrava pra "lista" de rituais do terreiro o sacrifício.

Os que vieram depois já encontraram o terreiro com seus rituais e, por comodidade ou por idolatria àquele que iniciou, não questionaram a validade e veracidade de cada fundamento. Ai foi criado a tradição inquebrável e inquestionável.

Mas, pior do que a ociosidade de se sentar no trono de um lugar que não se pode mudar nada, é aquele que se acha no direito de apontar o dedo na cara de um sacerdote de outro terreiro - que questiona, estuda, buscando novos conhecimentos e caminhando lado a lado com a Umbanda evolucionista – acusando a tudo e todos de detratores, hereges e outros adjetivos chulos que buscaram em outras religiões.

Então a tradição está diretamente ligada à frase inicial "se deu certo até agora, continua fazendo assim", e agora dá pra perceber que não se aplica essa frase para a Umbanda, ou pelo menos não se aplica na Umbanda que evolui juntamente com os homens.

Não estou dizendo ou afirmando que os terreiros tradicionais estão errados! Pelo contrário, graças aos terreiros tradicionais que surgiram outros grandes terreiros com seus excelentes sacerdotes, que se basearam nos rituais dos primeiros para construir os seus. Foi graças aos primeiros sacerdotes de terreiros tradicionais que a Umbanda plantou suas primeiras sementes e ajudou a germinar uma geração de sacerdotes pesquisadores e escritores. Temos excelentes sacerdotes dentro de alguns terreiros tradicionais, trabalhando, estudando e lutando pela evolução da Umbanda. O grande problema está naqueles que não querem mudar ou aceitar as mudanças em nome de uma tradição. Estão errados aqueles que se julgam detentores do conhecimento enclausurado no próprio altar. Errados aqueles que querem morrer com o conhecimento sem querer compartilhar com ninguém.

Se não fosse assim, ainda teríamos brigas e discussões acaloradas sobre sacrifício humano, que alguém, algum dia, já fez. E se não faz nenhum sentido matar uma pessoa em nome da religião - como ainda matam em alguns países - não faz o menor sentido falarmos de axé de sangue animal.

Que axé o terreiro terá com a dor e o sofrimento de um ser vivo?

Se há dúvidas sobre isso vamos pensar da seguinte forma: o plano espiritual trabalha juntamente com o plano material para construir e manter as energias que circulam no terreiro durante uma gira e assim, contemplar o maior número de pessoas, encarnadas e desencarnadas, possível.

Há aqueles membros da corrente mediúnica que evitaram brigas, discussões, fumo, bebidas e outras coisas que possam prejudicar o dia da gira, justamente para evitar variações e dificuldades no nível de energia na gira.

Com tudo certo, os guias trabalhando e os médiuns fazendo sua parte, o trabalho corre bem. Nisso entra uma pessoa com um animal amarrado, visivelmente amedrontado com aquela balburdia toda. A energia do animal está totalmente alterada, o nível vibratório da gira começa a se alterar. Algumas pessoas disfarçam, mas se comovem com a cena, baixando ainda mais o nível de energia. Os guias precisam se esforçar mais ainda pra aumentar o nível. Começa o corte. O animal injeta em todo seu corpo uma energia densa de tensão, terror e morte. Agora alguns guias têm de trabalhar para ajudar na "passagem" do animal para o plano espiritual. A energia da gira está completamente alterada.

Com essa macabra descrição, acho que não é necessário discutir a eficácia do axé do sangue animal.

Há outros rituais ou ideologias que ainda insistem em permanecer em alguns terreiros, mas nada se compara ao sacrifício.

Algumas pessoas questionam, por exemplo, se um preto-velho sabe usar um isqueiro, se sabe o que é um carro, se conhece um computador, e outras tantas coisas que foram descobertas ou desenvolvidas após o fim da escravidão.

São várias as incoerências e contradições.

Só os encarnados evoluem? O espírito fica no plano espiritual estagnado até poder reencarnar? O plano espiritual desconhece o que acontece com o plano material?

Como o preto-velho não sabe usar um isqueiro mas sabe que o consulente vai conseguir um emprego? Desconhece a criação e existência dos carros, mas entende que o consulente pode se deslocar rapidamente de uma cidade a outra em caso de emergência? E por ai vai.

É difícil quebrar algumas ideologias que estão enraizadas no fundo da alma, mas o caminho para cortar as amarras é o questionamento. Não aceitar as coisas que te dizem e te ensinam abaixando a cabeça e agradecendo sem saber pelo quê, mas ouvir com atenção, procurar entender e encaixar isso no ritual e, questionar se faz ou não sentido.

Não há heresia nisso! Não existe pecado! Deus não vai aniquilar sua vida se não concordar com o que está sendo questionado. No máximo, alguém não gostará de seu questionamento, mas nesse ponto, se essa pessoa não souber responder, alguém saberá, e se alguma porta se fechar por causa disso, outras abrirão.

Quem caminha na estrada da Umbanda questionando tudo o que vê, planta sementes de conhecimento para os que vierem atrás colher os frutos da sabedoria.

Pode até ter dado certo até agora, mas não custa nada questionar pra ver se pode melhorar!

Newton Carlos Marcellino



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27/01/2013

Mudança Que Vem de Dentro


Mudança Que Vem de Dentro


Você brigou com o vizinho ou com algum parente, tem conta atrasada pra pagar, o chefe está exigindo demais, seus relacionamentos não dão certo...

Isso já aconteceu ou pode acontecer um dia. Tudo aparenta estar calmo e de repente, uma sucessão de erros e problemas aparece e praticamente lhe derruba.

Lá dentro, no fundo de sua alma, parece que há um nó se formando, às vezes de mágoa, às vezes de raiva.

Você precisa dar um jeito de sair dessa situação o mais rápido possível e chegar à superfície para respirar!

Daí você lembra que há um terreiro de Umbanda que pode lhe ajudar.

Com muita esperança você vai até o terreiro pedir ajuda e tomar um passe de um preto-velho.

Logo na entrada da casa de fé há alguns vasos com plantas que estão ali estrategicamente postados para começar a canalização de energias. Em seguida, a tronqueira, ou casinha de Exu, pronta para receber as cargas mais fortes que são direcionadas ao terreiro ou aos filhos de fé. Uma ou duas imagens de santo na porta estão emanando boas vibrações.

Começa a gira, os pontos cantados e o som dos atabaques servem para nivelar e neutralizar as más vibrações. Em seguida, entra um cambono ou um médium com um turíbulo para dar início à defumação. Todos os cantos e passagens do terreiro são defumados, os filhos da corrente e a assistência também são. Defumar para queimar os miasmas impregnados no corpo. Defumar para ajudar o corpo a absorver as energias emanadas pelos guias. Defumar para facilitar a entrada de boas e novas energias.

Os guias incorporam nos "cavalos" trazendo força e boa vibração da Jurema e, como uma onda, essa força e vibração vão atingindo a todos na casa.

Às vezes os guias fazem o xirê, dança no centro do congá (ou abassá), onde energias nocivas e acumuladas no ambiente e nas pessoas são concentradas e expelidas no redemoinho de forças e energias criado pelos guias.

Chega a hora de se consultar com o guia e você pede proteção e ajuda para que tudo volte ao normal em sua vida.

O Preto-Velho te dá um passe, te benze com ervas, defuma com a fumaça do cachimbo e acende uma vela pra você.

Hora de ir embora. Você sai com a sensação de que aquele nó na alma continua lá.

Os dias passam e as coisas não melhoram.

Sua conclusão era de que o "guia era ruim" ou "o terreiro é fraco" ou "o médium estava mistificando".

Mas o que aconteceu de errado realmente?

Ao chegar no terreiro você desejou do fundo do coração retirar todo o mal interno?

Tentou tirar a raiva, o ódio, o ciúme, a maledicência, a inveja que residem dentro de você?

Durante a gira você se esforçou um pouco para se concentrar no trabalho e orar por aqueles que te fazem mal?

Refletiu sobre aquilo que faz diariamente e talvez no mal que possa estar causando a outros?

Percebeu que o passado ficou pra trás e que não adianta mais ficar recordando de mágoas e derrotas, pois isso envenena o coração?

Ao consultar-se com o guia, tentou ouvir o que ele dizia para aprender seus ensinamentos ou ficou remoendo seus problemas?

Ficou em silêncio na assistência ou falando em voz baixa e o necessário?

Se na maioria das perguntas acima sua resposta foi "não", acredite: você e somente você pode fazer uma limpeza interna, refletir sobre o que faz ou o que deixa de fazer, mudar atitudes, aprender a ouvir para ser ouvido, perdoar quem tenha te feito mal, ignorar aqueles que não consegue perdoar sem revidar com a mesma moeda, agradecer a Deus pela vida que tem.

A Umbanda não faz milagres! Os guias não fazem milagres!

Mas há a bondade divina com toda sua justiça que dá aquilo o que a pessoa realmente precisa e merece!

Se a sua vida não melhora é porque algo está errado com você.

Mude internamente para que os guias, a Umbanda e Deus possam te ajudar!

Newton Carlos Marcellino



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Interações com os Guias


Interações com os Guias


O trabalhador de um grupo mediúnico tem, em geral, oportunidades mais frequentes de dialogar com guias espirituais do que a maioria das pessoas.

Esse fato, em si, traz a esses trabalhadores uma responsabilidade muito grande, pois o uso adequado daquilo que recebemos de graça nos será cobrado pela nossa consciência quando alcançarmos uma maior evolução intelectual e moral.

É imprescindível, assim, que sempre nos questionemos a respeito de como melhor utilizar essa oportunidade tão bela.

Allan Kardec discute em detalhes, no capítulo XXVI de "O Livro dos Médiuns", a respeito dos tipos de perguntas que devemos levar aos espíritos superiores, os quais têm sempre prazer em respondê-las quando elas nos levam ao bem e ao progresso.

Será que devemos usar o contato frequente que temos com as entidades para satisfazer curiosidades ou atender necessidades imediatistas referentes à nossa vida pessoal?

Será que devemos "procurar problemas" para trazer à análise de nossos irmãos mais iluminados? Vale meditar a respeito.

Esse tópico se resume em um questionamento:

A que ponto de vibração estamos levando os espíritos que vêm nos ajudar?

Precisamos ter muito cuidado para não canalizar a energia dos nossos iluminados guias para assuntos de ordem material, de natureza inferior.

Essa é parte importantíssima da responsabilidade do grupo de trabalho.

Estejamos sempre, por favor, plenamente conscientes da orientação que queremos dar aos trabalhos.

Nossos mentores vêm auxiliar-nos em nossa evolução moral e intelectual, porém eles precisam de nossa cooperação—através de um trabalho consciente, bem intencionado e responsável—para que consigam nos ajudar com mais eficiência.

Não podemos, nem devemos, censurar todas as perguntas de caráter pessoal e rotulá-las como sendo de finalidade egoísta.

Como pode sempre haver um fim produtivo nessas perguntas, todos os nossos mentores estarão sempre dispostos a nos dar auxílio e orientação quando nos deparamos com dificuldades em nossas vidas.

Devemos manter em mente, no entanto, que, ao nos dispôr ao trabalho na caridade pela mediunidade, devemos antes buscar servir do que ser servido, antes consolar do que ser consolado.

Muitos irmãos em grande sofrimento e ignorância podem encontrar alívio através de nossa mediunidade e, se escolhemos remoer improdutivamente nossos "problemas" quando estamos em condições de trabalhar, não estamos exercendo todo o bem que poderíamos exercer.

Paralelamente, é muito importante que sempre nos lembremos que os "problemas" em nossas vidas são, na verdade, "soluções", ou seja, oportunidades de crescimento.

Vivenciar esse conhecimento através de uma atitude sempre positiva, que reflita resignação e paciência, é um dos grandes frutos da verdadeira fé.

Nossos mentores nunca vão resolver os nossos "problemas", pois isso seria um desfavor para nós.

Eles vão, isso sim, nos auxiliar a resolvê-los através de ensinamentos que nos motivem a buscar a fé e o cumprimento da Lei do Amor em nossas vidas.

O Consolador - Revista Semanal de Divulgação Espírita


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20/01/2013

Saravá Oxossi






Oração a Oxossi

Escrito por Maria de Fátima 




Divino Pai do Reino Vegetal,

Onde a Vida se renova sem sangrar,

Quero beber da seiva pura das Tuas matas,

Para me curar e renascer.

E nos Segredos encantados onde habitas,

Peço licença para entrar e aprender.



Busco a cura da alma e do corpo

E sei que no Teu Reino vou encontrar.

Vou me cobrir de folhas

E me banhar dos seus segredos,

Limpando a mente das ilusões e medos;

Mirar o Alto da Tua Sagrada Flecha,

Que às Luzes do Criador vai me guiar.



Quero abraçar os animais e as plantas

A quem dedicas tanto Amor,

Assim nos ensinando que toda vida é Santa,

Embora feita de elos desiguais,

Mas que se juntam sob o Teu comando

Para varrer do mundo a ignorância e a dor.



Divino Pai,

Que nos ensinas a todo o instante

E a vida inteira,

Tu és o nosso Educador e Mestre,

A nos mostrar o valor de cada espécie

Do fabuloso Mundo em que campeias,

Extraindo sucos e remédios,

Domando feras e elevando os homens

Para honra e glória de OLORUM,

A nos mostrar

Que diante DELE e NELE, nós somos Um!...



Okê, Oxóssi!

Amado Paizinho,

Senhor da Flora e da Fauna,

Arqueiro Sagrado de OLORUM,

Que venha a nós a Cura Soberana

Do Teu Conhecimento Iluminado!

Dá-nos a Tua bênção, Divino Instrutor!








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16/01/2013

As Dez Coisas que os Seres das Sombras Mais Gostam que Você Faça


1. - Que você minta, que não viva a verdade em cada ato, que não faça da vida aquilo que gosta, que procure preponderar os interesses materiais em relação aos conscienciais e que jamais cumpra com a sua palavra.

2. - Que você tenha muita dúvida, que sinta-se inseguro o tempo todo e que não tenha fé na vida, nas pessoas e nas possibilidades que o universo nos oferece.

3. - Que você não estabeleça uma conexão com a Fonte Divina ou Deus. Que você acredite que só se vive uma vida. Em especial que você se concentre em aproveitar a vida no sentido de apenas se divertir o tempo todo, principalmente, que você não dê atenção à evolução do amor e da consciência. Quanto menos você pensar e agir no sentido de realizar a missão da sua alma, que é o propósito da sua existência, mais você agrada os seres das sombras e mais você facilita o trabalho deles.

4. - Que você não se preocupe jamais com os outros. Que não pense em caridade, em bem-estar alheio, em colaborar para a formação de uma sociedade mais digna e elevada. Quanto mais você pensa unicamente nos seus interesses mundanos, mais você agrada e facilita o trabalho das sombras.

5. - Que você jamais perdoe, que sinta muita raiva e desejo de vingar-se das pessoas as quais lhe fizeram mal. Além disso, que você faça valer a sua palavra a qualquer preço, sem compaixão, sem paciência e sem respeito. O tipo de campo de energia produzido por esses sentimentos alimenta muito a força dos seres das sombras, oferecendo a eles alimento, energia e campo de ação para suas investidas nefastas.

6. - Que você jamais estude e que nunca busque o desenvolvimento de seus potenciais. Em especial que você seja acomodado, preguiçoso e sem iniciativa. Quanto menos você cuidar do seu corpo, da sua mente, das suas emoções e do seu espírito, mais você ajudará a facilitar o trabalho das sombras. Quanto mais alienado e cético você for, melhor!

7. - Que você seja fanático, determinista, inflexível, convicto e fascinado. Quanto menos tolerância, equilíbrio, leveza e sensatez você tiver nos seus atos, mais você contribuirá para as estratégias dos seres das sombras.

8. - Que você elimine da sua vida a oração, a meditação e qualquer tipo de prática espiritual. De preferência que você substitua essas práticas por vícios como drogas, álcool, fumo, alimentação desequilibrada, jogos e sexo promíscuo. Quanto mais você abandonar práticas saudáveis, mais você contribuirá para abrir a porta de acesso que liga os seres das sombras até você.

9. - Que a sua disciplina seja muito ruim e que você nunca tenha persistência para seguir seus objetivos, para realizar suas práticas diárias de conexão com Deus e que nunca tenha perseverança em seguir os seus sonhos.

10. - Que jamais acredite na sua intuição e que siga apenas a voz da razão e que não confie em nada, absolutamente nada que não seja comprovado cientificamente ou que não tenha relevância acadêmica. Em especial, que você abandone a sua sensibilidade de perceber as coisas e situações, acreditando apenas no que você vê com os próprios olhos. De preferência, quando situações ruins acontecerem em sua vida, vitimize-se e rapidamente encontre um culpado, que certamente não deve ser você.

Não quer alimentar atitudes que atraiam obsessores ou seres das sombras para a sua vida? Quer construir um estilo de vida que lhe faça feliz? Quer estar em sintonia com as Fontes Divinas?

Então, faça um exame de consciência e elimine da sua vida esses comportamentos citados anteriormente. Eliminando esses erros comuns você certamente dará um importante passo na conquista de uma vida cheia de bênçãos e bem aventurança!


Bruno Gimenes


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