Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

14/11/2012

Egrégora

Egrégora

Egrégora é o conjunto de formas-pensamento direcionados para um determinado objetivo. No plano astral, mais próximo do plano material, vibram pensamentos e emoções de encarnados e desencarnados e através dos nossos chakras, que são transmissores e receptores eletromagnéticos, estamos em constante ressonância com as vibrações do nosso exterior. Então, pensamentos, emoções e intenções afetam diretamente as pessoas através desta ressonância. Podemos interagir no plano espiritual através da vontade e do pensamento, da mesma forma que interagimos no mundo físico através dos sentidos.

As formas-pensamento tornam-se mais poderosas quando duas ou mais pessoas se reúnem em torno de um único objetivo e quanto maior a concentração, maior a atuação da egrégora. Na Umbanda, esta concentração pode ser adquirida através do ritual, isto é, através da repetição de um comportamento direcionado para um objetivo.

A egrégora estabelecida dá vazão à mente intuitiva, é comum, por exemplo, mais de uma pessoa ter o mesmo pensamento ou a mesma ideia sem terem trocado palavras. Quanto maior a ritualística, a concentração e a emoção, maior e mais forte é a egrégora. A energia da egrégora auxilia a causa para a qual o grupo trabalha.

São importantes a disciplina e o respeito ao horário da formação da egrégora, devendo ser realizada sempre no mesmo dia e horário, porque mesmo não estando presente fisicamente, mentalmente pode-se participar e colaborar com o propósito da corrente mediúnica.

Também é importante o ritual de abertura e fechamento, entendendo-se a entrada do mundo profano ao sagrado e vice-versa, porque na vida material não temos estrutura psicológica de nos mantermos em constante sintonia com o mundo espiritual, a abertura da egrégora ou da gira é a ordem mental de desapego do cotidiano e a busca de sintonia com as vibrações ali presentes, e o seu fechamento o de voltarmos para a nossa realidade.

A base da Umbanda é a egrégora da caridade, do amor e da fraternidade, porque os espíritos que nela militam têm estas virtudes como essência, e só interagem conosco através delas. Daí a responsabilidade individual diante do desejo de ingressar na egrégora de umbanda, o “eu” cede lugar para o “nós”, em benefício de todos, buscando fazer o melhor que possa para manter a harmonia interior, sempre atento a sua higiene mental, repelindo veementemente pensamentos contrários ao amor e a caridade, principalmente com quem está ao seu lado na caminhada evolutiva. Ter a consciência de que ninguém é melhor do que o outro, apenas está vivenciando o que lhe é necessário para o seu aprendizado e progresso, dessa forma, evitar a inveja e a maledicência contra o seu irmão. A força e o poder da egrégora depende da participação de todos, não precisa ser perfeito, porque Deus não espera de nós a perfeição neste mundo de expiação, mas fazer o esforço constante para se melhorar, cultivando as virtudes e orando e vigiando, sempre.

Não são poucas as vezes que o médium da egrégora de Umbanda costuma sentir-se mal durante os trabalhos e sai culpando a egrégora, o dirigente ou mesmo a espiritualidade. E quanto mais emite sentimentos de insatisfação ou maledicência, pior fica. Este médium geralmente já percorreu diversos Templos e não se encontra em nenhum, porque quer receber tudo pronto da religião, agindo sempre passivamente ou contrário ao propósito da egrégora. Não se sintonizar com a egrégora é não participar dela, logo, não pode sentir os seus benefícios e se não ora e vigia seus pensamentos, é um forte candidato a sofrer sérias obsessões. Pensamentos contrários ao da egrégora os faz ligar às mentes contrárias dos obsessores e dos espíritos que foram ali barrados perante a tronqueira dos Guardiões do Templo. Então, se o médium não fizer a sua parte para sentir-se harmonizado, nada nem ninguém poderá fazê-lo.

Do livro Umbanda Luz e Caridade - Ednay Melo






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11/11/2012

Ciganos na Umbanda

ciganos na umbanda

“Eu vi um formoso Cigano
Sentado na beira do Rio
Com seus cabelos negros
E os olhos cor de anil
Quando eu me aproximava o cigano me chamou
Com seus dados nas mãos 
O cigano me falou 
Seus caminhos estão abertos 
Na saúde, na paz e amor, 
Foi se despedindo e me abençoou 
Eu não sou daqui, mas vou levar saudades, 
Eu sou o Cigano Pablo, lá das Três Trindades.”

Esta linha de trabalhos espirituais já é muito antiga dentro da Umbanda, e “carregam as falanges ciganas juntamente com as falanges orientais uma importância muito elevada, sendo cultuadas por todo um seguimento espírita e que se explica por suas próprias razões, elegendo a prioridade de trabalho dentro da ordem natural das coisas em suas próprias tendências e especialidades.

Assim, numerosas correntes ciganas estão a serviço do mundo imaterial e carregam como seus sustentadores e dirigentes aqueles espíritos mais evoluídos e antigos dentro da ordem de aprendizado, confundindo-se muitas vezes pela repetição dos nomes comuns apresentados para melhor reconhecimento, preservando os costumes como forma de trabalho e respeito, facilitando a possibilidade de ampliar suas correntes com seus companheiros desencarnados e que buscam no universo astral seu paradeiro, como ocorre com todas as outras correntes do espaço.


O povo cigano designado ao encarne na Terra, através dos tempos e de todo o trabalho desenvolvido até então, conseguiu conquistar um lugar de razoável importância dentro deste contexto espiritual, tendo muitos deles alçado a graça de seguirem para outros espaços de maior evolução espiritual, juntamente com outros grupos de espíritos, também de longa data de reencarnações repetidas na Terra e de grande contribuição, caridade e aprendizado no plano imaterial.

A argumentação de que espíritos ciganos não deveriam falar por não ciganos ou por médiuns não ciganos e que se assim o fizessem deveriam faze-lo no idioma próprio de seu povo, é totalmente descabida e está em desarranjo total com os ensinamentos da espiritualidade sua doutrina evangélica, até as impossíveis limitações que se pretende implantar com essa afirmação na evolução do espírito humano e na lei de causa e efeito, pretendendo alterar a obra divina do Criador e da justiça divina como se possível fosse, pretendendo questionar os desígnios da criação e carregar para o universo espiritual nossas diminutas limitações e desinformação, fato que nos levaria a inviabilização doutrinária. Bem como a eleger nossa estada na Terra como mera passagem e de grande prepotência discriminatória, destituindo lamentavelmente de legitimidade as obras divinas.


Outrossim, mantêm-se as falanges ciganas, tanto quanto todas as outras, organizadas dentro dos quadros ocidentais e dos mistérios que não nos é possível relatar. Obras existem, que dão conta de suas atuações dentro de seu plano de trabalho, chegando mesmo a divulgar passagens de suas encarnações terrenas. Agem no plano da saúde, do amor e do conhecimento, suportam princípios magísticos e tem um tratamento todo especial e diferenciado de outras correntes e falanges.

Ao contrário do que se pensa os espíritos ciganos reinam em suas correntes preferencialmente dentro do plano da luz e positivo, não trabalhando a serviço do mal e trazendo uma contribuição inesgotável aos homens e aos seus pares, claro que dentro do critério de merecimento, tanto quanto qualquer outro espírito teremos aqueles que não agem dentro desse contexto e se encontram espalhados pela escuridão e a seus serviços, por não serem diferentes de nenhum outro espírito humano.

Trabalham preferencialmente na vibração da direita e aqueles que trabalham na vibração da esquerda, não são os mesmo espíritos ciganos, que mantêm-se na direita, como não poderia deixar de ser, e, ostentam a condição de Guardiões e Guardiãs. O que existe são os Exus Ciganos e as Moças Ciganas, que são verdadeiros Guardiões à serviço da luz nas trevas, como todo Guardião e Guardiã dentro de seus reinos de atuação, cada um com seu próprio nome de identificação dentro do nome de força coletivo, trabalhando na atuação do plano negativo à serviço da justiça divina, com suas falanges e trabalhadores, levando seus nomes de mistérios coletivos e individuais de identificação, assunto este que levaria uma obra inteira para se abordar e não se esgotaria.


Contudo, encontramos no plano positivo falanges diversas chefiadas por ciganos diversos em planos de atuação diversos, porém, o tratamento religioso não se difere muito e se mantêm dentro de algumas características gerais. Imenso é o número de espíritos ciganos que alcançaram lugar de destaque no plano espiritual e são responsáveis pela regência e atuação em mistérios do plano de luz e seus serviços, carregando a mística de seu povo como característica e identificação.

Dentro os mais conhecidos, podemos citar os ciganos Pablo, Wlademir, Ramirez, Juan, Pedrovick, Artemio, Hiago, Igor, Vitor e tantos outros, da mesma forma as ciganas, como Esmeralda, Carme, Salomé, Carmensita, Rosita, Madalena, Yasmin, Maria Dolores, Zaira, Sunakana, Sulamita, Wlavira, Iiarin, Sarita e muitas outras também. É imprescindível que se afirme que na ordem elencada dos nomes não existe hierarquia, apenas lembrança e critério de notoriedade, sem contudo, contrariar a notoriedade de todos os outros ciganos e ciganas, que são muitos e com o mesmo valor e importância.

Por sua própria razão diferenciada, também diferenciado como dissemos é a forma de cultuá-los, sem pretender em tempo algum estabelecer regras ou esgotar o assunto, o que jamais foi nossa pretensão, mesmo porque não possuímos conhecimento de para tanto. A razão é que a respeito sofremos de uma carência muito grande de informação sobre o assunto e a intenção é dividir o que conseguimos aprender a respeito deste seguimento e tratamento. Somos sabedores que muitas outras forças também existem e o que passamos neste trabalho são maneiras simples a respeito, sem entrar em fundamentos mais aprofundados, o que é bom deixar claro.


É importante que se esclareça, que a vinculação vibratória e de axé dos espíritos ciganos, tem relação estreita com as cores estilizadas no culto e também com os incensos, pratica muito utilizada entre ciganos. Os ciganos usam muitas cores em seus trabalhos, mas cada cigano tem sua cor de vibração no plano espiritual e uma outra cor de identificação é utilizada para velas em seu louvor. Uma das cores, a de vinculação raramente se torna conhecida, mas a de trabalho deve sempre ser conhecida para prática votiva das velas, roupas, etc.

Os incensos são sempre utilizados em seus trabalhos e de acordo com o que se pretende fazer ou alcançar.




Para o cigano de trabalho se possível deve-se manter um altar separado do altar geral, o que não quer dizer que não se possa cultua-lo no altar normal. Devendo esse altar manter sua imagem, o incenso apropriado, uma taça com água e outra com vinho, mantendo a pedra da cor de preferência do cigano em um suporte de alumínio, fazendo oferendas periódicas para ciganos, mantendo-o iluminado sempre com vela branca e outra da cor referenciada. Da mesma forma quando se tratar de ciganas, apenas alterando a bebida para licor doce. E sempre que possível derramar algumas gotas de azeite doce na pedra, deixando por três dias e depois limpá-la.

Os espíritos ciganos gostam muito de festas e todas elas devem acontecer com bastante fruta, todas que não levem espinhos de qualquer espécie, podendo se encher jarras de vinho tinto com um pouco de mel. Podendo ainda fatiar pães do tipo broa, passando em um de seus lados molho de tomate com algumas pitadas de sal e leva-los ao forno, por alguns minutos, muitas flores silvestres, rosas, velas de todas as cores e se possível incenso de lótus.

As saias das ciganas são sempre muito coloridas e o baralho, o espelho, o punhal, os dados, os cristais, a dança e a música, moedas, medalhas, são sempre instrumentos magísticos de trabalho dos ciganos em geral. Os ciganos trabalham com seus encantamentos e magias e os fazem por força de seus próprios mistérios, olhando por dentro das pessoas e dos seus olhos.


Uma das lendas ciganas, diz que existia um povo que vivia nas profundezas da terra, com a obrigação de estar na escuridão, sem conhecer a liberdade e a beleza. Um dia alguém resolveu sair e ousou subir às alturas e descobriu o mundo da luz e suas belezas. Feliz, festejou, mas ao mesmo tempo ficou atormentado e preocupado em dar conta de sua lealdade para com seu povo, retornou à escuridão e contou o que aconteceu. Foi então reprovado e orientado que lá era o lugar do seu povo e dele também. Contudo, aquele fato gerou um inconformismo em todos eles e acreditando merecerem a luz e viver bem, foram aos pés de Deus e pediram a subida ao mundo dos livres, da beleza e da natureza. Deus então, preocupado em atende-los, concedeu e concordou com o pedido, determinando então, que poderiam subir à luz e viver com toda liberdade, mas não possuiriam terra e nem poder e em troca concedia-lhes o Dom da adivinhação, para que pudessem ver o futuro das pessoas e aconselha-las para o bem.

É muito comum usar-se em trabalhos ciganos moedas antigas, fitas de todas as cores, folha de sândalo, punhal, raiz de violeta, cristal, lenços coloridos, folha de tabaco, tacho de cobre, de alumínio, cestas de vime, pedras coloridas, areia de rio, vinho, perfumes e escolher datas certas em dias especiais sob a regência das diversas fases da Lua…”

Trecho extraído do livro “Rituais e Mistérios do Povo Cigano" / Nelson Pires Filho


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02/11/2012

Posturas e Gestos Ritualísticos na Umbanda

Gesto com as mãos


A comunicação não verbal do corpo humano inclui gestos e atos corporais que, de modo característico, expressam sentimentos, emoções e posicionamentos que demonstram a natureza interna do indivíduo, exprimem sua realidade sem as barreiras da censura e o libera na sua relação com o mundo que o cerca. "O corpo fala" é expressão decisiva no estudo da psicologia, porque aliada à comunicação verbal, ou mesmo sem ela, é poderosa ferramenta para a leitura do inconsciente e para o entendimento de diversos distúrbios psicossomáticos.

É importante que o umbandista perceba a riqueza da linguagem não verbal presente nos atos litúrgicos da religião que professa, o corpo que exprime o sentimento em um gesto por vezes vale mais do que muitas palavras. Quando não se conhece o fundamento existente nos rituais, pode-se ter a falsa ideia de uma repetição mecânica e desnecessária. Importante se faz conhecer para aquisição da fé racionalizada e para desmistificar conceitos e preconceitos indevidos sobre a nossa Umbanda.

O gesto ritualístico é a comunicação não verbal com o Divino e com o transcendente, que expressa a fé, o respeito e a humildade diante do Sagrado, na consciência de que existem forças superiores no universo das quais somos apenas centelhas e, a nível de Terreiro, somos apenas um instrumento para que as energias sublimes se manifestem.

Citamos, a seguir, algumas posturas e gestos em rituais praticados nos Terreiros de Umbanda, que são fundamentos da Umbanda e que podem variar em formas, mas cuja essência e significado são os mesmos:


Saudações ao Entrar e Sair do Templo

Ao entrar no Terreiro deve-se ter respeito por estar adentrando local sagrado, deve-se saudar os assentamentos de forças ali existentes, começando pela Tronqueira que é o ponto de força dos Exus Guardiões, geralmente toca-se o chão três vezes e mentaliza-se "Laroyê Exus, Exus é Mojubar, deem-me licença!" Logo após, deve-se saudar o Congá, que é o local de maior concentração de energias e o ponto central de onde emanam fluidos necessário à realização dos trabalhos dentro da Lei de Umbanda. Para saudar o Congá, levanta-se as duas mãos com as palmas em sua direção e mentaliza-se: "Salve Pai Oxalá, todos os Orixás e todos os trabalhadores de Umbanda, sua licença e proteção!"

Ao sair do Terreiro, faz-se as mesmas saudações acima sendo que em sentido contrário: primeiro o Congá e por último a Tronqueira dos Guardiões, neste momento deve-se agradecer a acolhida espiritual da Casa e pedir licença para se retirar.


O Ato de Bater Cabeça

O ato de bater cabeça é um momento de respeito e de entrega, é o momento da sintonia do nosso eu interior com o Sagrado. É um ato que demonstra o reconhecimento da força superior que nos envolve, do respeito e submissão a esta força que nos rege através da fé, é o momento dos pedidos e dos agradecimentos, da oração através do sentimento sublime que é o amor. Bate-se cabeça deitando-se e levando a testa ao solo, em sinal de respeito e de saudação aos Orixás, Guias e Sacerdotes.


O Ato de Tomar a Benção

O pedido de benção ao pai/mãe de santo é uma saudação e uma demonstração de respeito e confiança à hierarquia que irá nos conduzir e nos orientar na doutrina, nos repassar conhecimentos, se responsabilizando diante dos Orixás pelo nosso desenvolvimento espiritual. Tomar a benção ao Sacerdote remete ao pedido de benção a toda a espiritualidade que o assiste. Entende-se por pai/mãe de santo aquele que acolhe, orienta e zela pela vida espiritual dos filhos, a benção é sinal de reconhecimento destes atributos e o seu gesto é beijar a mão do seu pai/mãe espiritual e levá-la à testa iniciando o sinal da cruz.


O Ato de Ajoelhar-se

O ato de ajoelhar-se é também sinal de respeito e reverência presente na maioria das religiões, é um ritual que faz parte do inconsciente coletivo, entenda-se por este o saber incondicional, por exemplo, ninguém aprende a ideia de ser mãe, ou do que é o amor, ou do que é Deus, simplesmente sabe-se, é inerente ao ser humano. Ajoelhar é louvar, pedir e também agradecer, ato de submissão, humildade, reconhecimento e fé. No Terreiro, deve-se ajoelhar diante das forças ali assentadas, quer na sua representação material, ou na representação do seu sacerdote incorporado com os Orixás e Guias que o assistem.


Saudações aos Orixás e Guias

As forças espirituais de um Terreiro, na representação dos seus Orixás e Guias, devem ser reverenciadas por meio de saudações individuais, com a linguagem falada e com o gesto corporal. A seguir apresentamos tabela com as saudações inerentes a cada Orixá e Guia:


Orixás / Guias

Saudação

Gesto Ritualístico

Pai Oxalá

Epa Babá!

Unir palmas das mãos em postura de prece.

Nanã

Saluba Nanã!

Movimento circular das mãos (palmas para cima), imitando puxar as águas do lago para si.

Iansã

Eparrey!

Com as palmas das mãos para cima, imita puxar o ar para si e, em seguida, imita levantar duas espadas com as mãos.

Omulu

Atotô Ajuberô!

Bate no chão três vezes e faz o sinal da cruz.

Ogum

Pata Kori, Ogum! Ogunhê!

Aperta as duas mãos, de um lado e do outro.

Oxum

Orayeyêo!

Movimento circular das mãos (palmas para cima), imitando puxar as águas do rio para si.

Xangô

Kawo Kabiesilê!

Juntar as mãos fechadas, imitando segurar o cabo da machada e levantar lentamente.

Iemanjá

Odôyá! Odôfiaba! Odôcy Yabá!

Movimento circular das mãos (palmas para cima), imitando puxar as águas do mar para si.

Oxossi

Oke Arô!

Unir os dedos das mãos imitando flechas, levantar para o alto e cruzar no peito.

Caboclos

 

Boiadeiros

Okê Caboclo!

 

Xêtro Marrumbaxêtro! Getruá!

Idem Oxossi

 

Imita girar o laço no alto.

Pretos Velhos

Adorei as Almas!

Estalar os dedos em direção ao chão e em forma de cruz, depois fazer o sinal da cruz no chão.

Ibejis

Onibeijada!

Bater palmas.

Povo do Oriente

Salve o Povo do Oriente!

Idem Pai Oxalá.

Povo Cigano

Optchá!

Com as mãos para cima e para o lado, bate palmas duas vezes.

Marinheiros

Salve os Marinheiros! A Marujada!

Imita o levantar de uma âncora.

Mestres Juremeiros – Reis Malunguinho

Sobô Nirê Reis Malunguinho!

Leva ao peito os braços em forma de X.

Exus

Laroyê Exu! Exu é Mojubá!

Une as laterais das mãos, indicador com indicador, apontando os dedos para o chão.

 

Vale ressaltar, que é fundamental e imprescindível que as posturas e os gestos no ritual de Umbanda sejam acompanhados pelo sentimento de fé e amor e que não basta reverenciar, mas sim se tornar merecedor do axé, adotando posturas de ideais elevados dentro e fora do Terreiro.


Do livro Umbanda Luz e Caridade - Ednay Melo


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22/10/2012

Datas Festivas, Sincretismos e Saudações na Umbanda


Imagem Iemanjá e Nossa Senhora

Oxalá 
25 de dezembro
Sincretismo: Jesus Cristo
Saudação: Epa Babá! ("Salve a honrosa presença do Pai")

Omulu 
16 de agosto
Sincretismo: São Roque
Saudação: Atotô! ("Silêncio! O senhor está em terra!")

Oxossi 
20 de janeiro
Sincretismo: São Sebastião
Okê arô! ("Salve o brado do caboclo!")

Oxum 
16 de julho 
Sincretismo: Nossa Senhora do Carmo 
Saudação: Orayeyêo! ("Salve benevolente mãezinha!")

Ogum 
23 de abril 
Sincretismo: São Jorge 
Pata kori Ogum, ou ainda, Ogunhê! ("Salve o supremo da minha cabeça!")

Iemanjá 
08 de dezembro 
Sincretismo: Nossa Senhora da Conceição 
Saudação: Odôyá / Odôfiaba / Odôcy Yabá ("Salve a grande mãe!")

Xangô 
24 de junho 
Sincretismo: São João 
Saudação: Kawô Kabiesilê! ("Salve o Rei! Sr. de Oyó!")

Iansã 
04 de dezembro 
Sincretismo: Santa Bárbara 
Saudação: Eparrey ("Aquela que corta com o raio!")

Ibeji 
Dia 27 de setembro 
Sincretismo: São Cosme e Damião 
Saudação: Oni Beijada, ou ainda, Beji, Beijada! 
Ele é dois! 

Nanã 
26 de julho 
Sincretismo: Santa Ana 
Saudação: Saluba Nanã! ("Salve a soberana das águas!")

Preto Velho 
13 de maio 
Não há sincretismo. 
Saudação: Adorei as Almas! 

Caboclo 
20 de janeiro (dia de Oxossi) 
Não há sincretismo 
Saudação: Okê, Caboclo! 
"Salve o Caboclo" 

Exu 
24 de agosto 
Não há sincretismo 
Saudação: Laroyê Exu, ou ainda, Exu é mojubá! 
"Meu respeito ao Grande Mensageiro!" 

Ciganos 
24 de maio 
Não há sincretismo 
Saudação: Arriba (acima) e optchá (salve)


Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca


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18/10/2012

O Médium Folgado


O Médium Folgado

Médium folgado aparece de vez em quando.

É o último a chegar e o primeiro a ir embora. Sempre com uma boa desculpa na ponta da língua. Chega no templo, troca de roupa, põe a fofoca em dia e vai para corrente.

Corpo físico e vaidade presentes, espírito e caridade ausentes.

Bate a cabeça diante do congá, mas a sua cabeça está em outro lugar... repete mecanicamente os pontos cantados feito robô ou papagaio, sem sentir a emoção sagrada que abre os portais do coração para as dimensões superiores da vida.

Durante os trabalhos, confunde as sábias intuições do Guia (que por um extremo de compaixão AINDA o acompanha, sabe Deus até quando...) com o lixo venenoso de seu subconsciente.

Resultado:
Passes energéticos precários, consultas e conselhos estúpidos... coitados dos consulentes!

Trabalho extra para os trabalhadores invisíveis da casa. Coitados também dos outros médiuns, esses sérios e responsáveis, que são obrigados a triplicar sua doação de energia na sustentação da corrente para compensar a negligência do médium folgado, insensato e leviano.

Terminada a sessão de atendimento, lá vai o médium para o vestiário se trocar rapidinho.

Varrer o chão do terreiro? Tirar o lixo dos banheiros? Ajudar os demais companheiros? Acertar as mensalidades em atraso?

Que nada! " Tem um montão de médium aí à toa para cuidar disso. Melhor sair de fininho, pois tenho outro compromisso!".

Ao sair para rua, sente uma coisa estranha: um peso desagradável nos ombros acompanhado de súbita confusão mental, uma sensação de vazio interior indefinível... lá vai o médium folgado arrastando atrás de si feito um imã humano vários " kiumbas folgados" barrados na triagem vibratória feita pelos guardiões astrais na "porteira" do templo.

Todos eles pegando carona em seu campo áurico totalmente desequilibrado e "folgado".

"Punição divina?" "Castigo de Orixá?"

Bobagem, meus caros!

É apenas aplicação pura e simples da Lei. Neste caso, a Lei das afinidades. Ao contrário do "médium folgado" e seus colegas astrais igualmente folgados, a Lei não folga.

A Lei não dorme. "Cada um recebe o que merece. E merece o que recebe"...

Não está longe o dia em que o médium folgado sairá deste templo de Umbanda falando mal de seu dirigente, do corpo mediúnico, dos consulentes, dos guias e protetores que lhe deram amorosa acolhida e oportunidade de serviço regenerador... ele logo partirá em busca de outro lugar, crença ou distração que lhe forneça apenas os benefícios passageiros do "entretenimento" em vez dos benefícios permanentes do "comprometimento".

Mensagem do Sr. Exú Marabô recebida pelo médium Vanderlei Alves




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17/10/2012

Cristais

Cristais


Os Orixás e os Cristais

Sabemos da importância dos elementos da natureza para trazer a energia de um Orixá até nós. Cultuar um Orixá é estar em contato com a própria natureza e reverenciá-la. Um dos elementos que podemos utilizar para atrairmos determinadas energias, ou padrões vibratórios específicos de cada Orixá, são os Cristais.

Sua vibração possui frequência magnética e também um eixo energético, capaz de atrair, canalizar energias e concentrá-las. Cada pedra possui uma ligação vibratória com cada um destes campos. Um cristal é capaz de atuar em várias dimensões de existência, a cada um de nossos amados Orixás.

Como se pudéssemos trazer para junto de nós um canal da energia de Ogum, outro da energia de Iansã, e assim por diante, através de uma pedra. Portanto, os Cristais são pequenos presentes que recebemos da Mãe Natureza, que nos ensinam, nos acolhem e nos direcionam. Muito se avançou nos estudos destes elementos, que sempre foram parte integrante de vários sistemas religiosos em todos os tempos. Mas desde as pesquisas dos alquimistas, na Idade Média, foi possível começar a comprovar cientificamente a eficácia energética de sua atuação. E não se parou desde então, as comprovações daquilo que nossos Caboclos e Pretos Velhos já falam há muito. Seu efeito terapêutico navega por várias nuanças dos efeitos físicos do desequilíbrio energético.

Tratamos com Cristais não só o corpo físico, mas também todas as camadas áuricas, e principalmente os Chakras e o fluxo energético do corpo que corre entre eles. São 7 Chakras principais e muitos outros periféricos, que quando em desequilíbrio, podem ser a razão dos mais diversos problemas físicos, mentais, emocionais e espirituais. Mas temos muito mais a descobrir.

Na Umbanda, as entidades que dominam este conhecimento, podem trazer uma infinidade de informações, tanto no aspecto da cura, como a Atuação Mágica destes elementos tão vitais. Um Cristal é capaz de canalizar, conter, expandir a Luz Espiritual. Suas aplicações são infinitas .





Magnetita

Orixá Ogum – Utilizamos os metais ou pedras metálicas para defesa como: Magnetita, Hematita. Já para o outro papel que Ogum exerce que é o direcionamento, podemos utilizar a Sodalita, que contém em si este potencial.





Orixá Oxossi – Utilizamos as pedras verdes, mas em especial a Esmeralda, podemos usar o Quartzo Verde ou Amazonita, a que possui todos os poderes que abrangem a fartura, o equilíbrio mental e de consciência, a constância e o trabalho, mas principalmente a magia.





Quartzo Rosa

Orixá Oxum - A energia da riqueza pode ser canalizada através da Pirita e do Citrino, já a energia do Amor pode ser canalizada pelo Quartzo Rosa, Rodocrasita e também a Lepdolita. 





Metal Cobre em Artefatos

Orixá Iansã – Para esta energia utilizamos o Metal Cobre em artefatos, ou podemos nos beneficiar também da energia do Citrino





Jaspe Marrom

Orixá Xangô – Utilizamos a energia do Rubi , que é entre outras coisas, canal da Justiça Divina. Podemos usar o Jaspe Marrom ou Mogno.







Ametista

Orixá Obaluayê – Poderosas energias de cura possuem as Ametistas, inclusive para tratar problemas de pele. O Quartzo Fumê também pode ser usado.

Para Nanã Buruquê - A Ametista por ser uma pedra de sabedoria e compreensão e que oferece confiança e paz . Transporta a energia transmutadora do raio violeta.






Água Marinha

Orixá Iemanjá – Podemos utilizar a sua principal pedra que é a Água Marinha, pois sua atuação é muito intensa, trazendo calma, paz interior, aproximando as entidades protetoras e limpando o emocional, o mental e o físico de energias nocivas. Mas a nobre pedra de Iemanjá é a Safira.




Cristal Branco

Orixá Oxalá – A Oxalá pertencem as pedras brancas, mas em especial o Cristal Branco que simboliza a Fé, a Harmonia, a Purificação.





Ônix

Orixá Omulú – Para canalizar sua energia usamos Ônix ou Obsidiana, para favorecer a luz a tudo o que está no meio da escuridão.




Turmalina Preta

Exu – Em geral as pedras pretas, que possuem a capacidade de lidar com energias mais densas e pesadas. A Turmalina Preta é capaz de Transformar a energia negativa e dissolvê-la, nem que para isso ela se desfaça e vire pó. Sinal que cumpriu sua missão.




Os Elementais e os Cristais


Você tem cristais? Você sabia que seus cristais têm elementais aí mesmo dentro de sua casa? O que são elementais? São seres construtores da natureza e onde quer que seja, linda e exuberante natureza, eles estarão lá!

Esses seres são os responsáveis pela “vida”, pela “renovação”, pela “construção” de tudo o que há na natureza, portanto, estão ligados à energia dos cristais também. Embora muitos acreditem que apenas os gnomos, por serem os elementais da terra, têm a ver com os cristais, isto não é bem a verdade... Temos cristais ligados a todas as esferas elementais, pois eles também se conectam aos elementos, ou seja, trazem a energia dos elementos. Embora sejam variações das dimensões cristalinas, estes elementais se apresentam com suas formas originais, mesclados com seu poder cristalino.




Salamandra

Poderia dizer que as Pedras Vermelhas e Vermelho-escuro meio amarronzado, por exemplo, estão ligadas aos elementais do FOGO, as Salamandras. Elas possuem uma energia ligada à transmutação de padrões negativos que se opõem ao fogo da vida, podendo assim fazer bem a parte de energização, vitalidade, coragem, decisão.



Ondinas

As Pedras Azuis, principalmente as que possuem transparência, estão ligadas à energia do elemento ÁGUA e, portanto, aos seus elementais Ondinas, que são capazes de trazer leveza, acalmar, aliviar dores dalma e trabalhar a energia da fertilidade e fecundação. Também pertencem a esta energia as Pedras Multicoloridas que refletem cores como a Labradorita, por exemplo, e também as Amarelo mais claro.




Silfos

As Pedras Lilás bem claro e as Pedras Brancas são ligadas ao elemento AR, capazes de nos remeter às mais elevadas esferas da espiritualidade, de maneira muito sutil e calma. Os elementais ligados a elas são os Silfos, Fadas, Ninfas e também os Anjos. Trazem a paz interior, a calma, a certeza inabalável da continuidade através da eternidade, da fé.





Gnomo

Na energia da TERRA temos os Gnomos, trabalhando intensamente pela flora. As Pedras Verdes, as Pretas, as Roxas, as Índigo e as Amarelas são a morada dos Gnomos nos cristais. Temos nas verdes a ação equilibradora, criativa que traz a saúde. Nas pretas temos as transformações de energias pesadas e densas. Nas Roxas, transformações profundas. Nas pedras Índigo, direcionamento mental, introspecção. Nas Amarelas, criatividade, prosperidade, expansão e crescimento.

Os Cristais Fanton possuem cidades ou comunidades de elementais que podem ser de elementos múltiplos. São capazes de realizar grandes energizações ou mesmo ajudar pessoas a se recuperarem de prolongados períodos de doenças.

Agora que você sabe disso, não maltrate sua pedra colocando-a no fogo, por exemplo, ou em banhos fervidos, lembre-se que o estado natural de uma pedra é à temperatura ambiente. Não faça rituais que envolvam a queima de cristais ou de qualquer outro tipo de pedra, pois você atua principalmente sobre os elementais, prejudicando-os. Cuidar bem de um cristal é cuidar bem do canal da energia que pode trazer muito benefício em sua vida, portanto, lembre-se que mais do que uma simples “pedrinha”, um cristal é a morada dos elementais.

Por Angelica Lisanty








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15/10/2012

O Mito: Homem e Entidade Feminina


O Mito: Homem e Entidade Feminina


Um dos grandes mitos dentro de nossa religião é que homem “não pode“ incorporar entidades femininas. Este é o conceito ultrapassado de uma visão machista e, infelizmente, nos dias de hoje alguns terreiros ainda tem essa visão.

Alguns, dos mais antigos, que ainda estão dentro do meio religioso e não acompanharam o processo de evolução cultural da religião, dirão: “é, realmente não podemos”; outros que estão de fora podem até dizer: “nossa, nunca ouvi falar nisso”; e os mais esclarecidos com certeza dirão: “que absurdo, não tem problema algum”. Com a opinião deste último grupo, acabamos de gerar um certo desconforto ou até mesmo uma briga, dependendo da estrutura em que o terreiro foi criado.

Vamos fazer uma pausa e inverter nosso cenário. Será que uma mulher não pode receber ou incorporar uma entidade de potencialidade masculina? Seguindo o raciocínio, será que ela não sofreria as mesmas “consequências”/ “ações” ou então a mesma “mudança” do homem?

Então uma mulher jamais poderá receber, por exemplo, um Exu? A mulher que receber Exu perderá a sua feminilidade? NÃO, CLARO QUE NÃO!

Por que a mulher pode incorporar um Exu e um homem não pode incorporar uma Pombagira ou qualquer força de potencialidade feminina?

Estamos falando de uma força, de uma potência, de uma estrutura energética que vem ajudar, agregar, ceder um potencial energético para realizações e não para trabalhar as SUAS escolhas ou opções sexuais. Não podemos confundir esta potencialidade energética com a nossa estrutura humana, com os nossos desejos ou vontades (carnais/materiais).

Quantas mulheres nós vemos nos terreiros recebendo Exu, Caboclo, Preto velho, etc, e quando terminam o seu trabalho “retomam seu corpo”, e continuam sendo a mesma pessoa de antes do início do trabalho espiritual? Elas continuam sendo a mesma mãe, esposa, tia, avó, etc., inúmeros são os casos que vemos nos terreiros.

AGORA, POR QUE COM O HOMEM SERIA DIFERENTE?

Se um homem receber uma Pombagira, uma Preta Velha, uma Cabocla, etc, ele deixará de ser o homem que sempre foi? NÃO, mil vezes NÃO! Essa é uma visão machista, recheada de falta de conhecimento.

Vivemos numa sociedade onde a figura do Homem é a aparência braba, semblante rude, gestos quadrados, cujas manifestações devem ser de pura brutalidade. ai, se essa figura apresenta uma manifestação mais “delicada” com gestos e, em alguns casos, formas mais “sutis”, recebe um rótulo pejorativo num pré-julgamento baseado simplesmente em sua apresentação, ou pela manifestação da força desta entidade feminina.

Agora, os memsos que acusam, apontam, criticam, ficam dando risadinhas, são os mesmos que quando chegam a casa, sentem-se o “dono do mundo”, onde podem tudo, em alguns casos inclusive, chegar em casa bêbados, maltratar mulher e filhos, achar que tem o direito ou até mesmo o dever de ter várias mulheres. Em resumo, são os chamados de “machões” dentro da sociedade, sentido-se o “dono” ou o “senhor da força”.

Pergunte para a sua Pombagira quem são os machões para ela? Com certeza uma terá resposta muito parecida com esta:

“Os machões para nós? São aqueles que tem a valentia de dizer a verdade sempre, de olhar dentro dos nossos olhos e assumir quem somos e como somos, de aceitar nossos defeitos e parabenizar nossas qualidades, nos dar condições e permissões para executarmos nosso trabalho da melhor forma possível. Estes são os verdadeiros machões para nós, em resumo, aqueles que nos respeitam”.

Após considerar tudo isso que foi dito aqui, permita-se a partir de agora, a pelo menos uma vez, dar passagem em sua vida às forças das entidades femininas SEM MEDO ou PRECONCEITO.

Deixe que a força das Entidades de Magnetismo feminino percorra sua aura, seu envoltório espiritual e até mesmo carnal. Deixe que a leveza, a serenidade e a doçura façam parte de você. Sinta as sensações desta força, veja o quanto poderá ser beneficiado, muitas vezes pela paz, pela serenidade, pelo desejo (de vencer, crescer, progredir, erguer-se, etc.), pois todos estes sentimentos são característicos daquelas que estão ao nosso lado.

Se fomos gerados e concebidos por mulheres, por que rejeitamos a nossa geração?

Na próxima manifestação de Pombagira, Preta Velha, Cabocla, Baiana, Mães Orixás, etc., permita que esta força passe por seu corpo e você verá que viveu um bom tempo de sua vida rejeitando 50% de uma potência espiritual.

Usamos apenas o que chamamos de “Força”, mas nem tudo é conquistado assim, há muitas conquistas que só conseguimos alcançar usando o “Jeitinho”.

Se antes você se sentia incompleto e não sabia por que, após estas incorporações e manifestações entenderá o que estava lhe faltando. Porém, a partir daí você estará trabalhando com 100% de um potência espiritual, e somará à “Força” que a estrutura masculina carrega, a “Vontade”, e o “Desejo”, que a força feminina tem, fazendo assim acontecer e realizar as coisas em suas vidas.

Lembre-se que o único ser capaz de conceber ou gerar é do sexo feminino. Ao rejeitar esta força em sua vida estará rejeitando as possibilidades de “Geração” de tudo que lhe cerca.

Nem tudo em nossas vidas é conquistado na base da “Força” ou da “Brutalidade” (característica passada ao longo do tempo para o sexo masculino), às vezes um pouco da “doçura feminina” ou o famoso “Jeitinho”, serão capazes de lhe dar maiores resultados e conquistas.

Danilo Lopes





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