Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

18/07/2012

A Alimentação do Médium

Frutas


Um médium é, como sabemos, uma pessoa normal, igual a tantas outras, apenas se designa por médium porque possui uma capacidade mediúnica relevante, podendo também estar a desenvolver ainda mais essa capacidade e praticar atividades mediúnicas.

A questão de como deve ser a sua alimentação, especialmente nos dias e nas horas que antecedem a prática mediúnica, tem sido há muito falada e referida, tanto por entidades incorporadas nos médiuns, como por estudos realizados cientificamente.

Vejamos então alguns artigos interessantes:

Alimentação

"Bastante discutidos, os alimentos interferem diretamente sobre a qualidade das energias que trazemos em nosso duplo e em nossa aura, afetando, consequentemente, também o nosso psicossoma (corpo astral).

Sendo a mediunidade uma hipersensibilização energética provocada em nosso perispírito antes da nossa encarnação, e sendo esta hipersensibilização transferida para o corpo físico no momento do reencarne, é natural que o organismo do médium seja ainda mais sensível às energias dos alimentos do que a média das outras pessoas.

Considerando ainda que o perispírito, o duplo e a aura são os principais elementos de contacto do espírito comunicante com o médium, como se fossem «órgãos do sentido mediúnico», é natural que qualquer coisa que interfira na sua vibração, tornando-a mais lenta e mais densa e que deixe suas energias mais “pegajosas” ou “oleosas”, interferirá diretamente também no seu grau de sensibilidade, dificultando a percepção e a sintonia do médium com as entidades desencarnadas, especialmente as mais elevadas, cujo padrão vibratório é mais intenso e sutil.

É por este motivo que o médium deve ter atenção especial à sua alimentação, evitando tudo aquilo que exija esforço exagerado do organismo para ser digerido e também aquilo que, com o tempo, ele perceba que não lhe faz bem ou prejudica o seu trabalho de intercâmbio, amortecendo sua sensibilidade mediúnica e energética, especialmente no dia de trabalho ou de reunião.

Por se tratar de algo individualizado, não há regras ou receitas prontas e cada um deve estabelecer o que melhor lhe convém em termos de alimentos, procurando observar suas próprias reações físicas, psíquicas e espirituais a cada um deles, lembrando sempre que estas reações podem mudar, e muito, com o tempo, à medida que sua sensibilidade for aumentando ou mudando.

De qualquer forma, existem, como já dito inúmeras vezes, alguns alimentos que a experiência de vários médiuns e trabalhadores espiritualistas indica como prejudiciais à sensibilidade mediúnica, por terem características energéticas mais densas ou excitantes. Esses alimentos são as carnes vermelhas, os grãos mais gordurosos (amendoim, amêndoas, nozes, etc.), café, chocolate e alguns chás (por serem estimulantes ou excitantes); e os doces (em excesso) que devem ser evitados, pelo menos nas 24h que antecedem o trabalho mediúnico ou energético.

Além disso, o médium deve ter sempre a preocupação de manter uma alimentação o mais equilibrada possível, variando bastante os alimentos, para garantir também uma variedade suficiente de nutrientes físicos e energéticos que possam atender a todas as suas necessidades, garantindo também a sua saúde física e energética.”
Maísa Intelisano

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“Há pessoas e pessoas e, portanto, aparelhos digestivos e aparelhos digestivos. O que podemos falar, portanto, se refere às pessoas ditas normais ou comuns e não a exceções que somente servem, como diz o velho ditado, para confirmar as regras.
A alimentação nos influencia em muito mais que apenas nossa mediunidade. Cada alimento, melhor dizendo, cada combinação alimentar, requer determinado esforço do nosso organismo para o digerir. Se um de nós tiver uma alimentação balanceada e leve, em pouco tempo seu organismo dará conta de digeri-la em pouco tempo, utilizando pouca energia para tanto. Se ele tiver, por outro lado, uma alimentação pesada e desregulada, seu organismo gastará muita energia e despenderá muito tempo para fazê-lo.

Ora, quando exercemos a prática mediúnica, via de regra, uma quantidade de energia é demandada do nosso organismo. Mesmo sabendo que energia de boa qualidade nos é cedida pelos bons espíritos nas atividades nobres, esse intercâmbio de energia pressupõe, para seu melhor desempenho, um organismo desimpedido de outros processos que demandem energia, como é o caso do processo digestivo.
Será que alguém cogitaria em dar passes em outra pessoa durante uma prova de esforço em esteira ou durante um teste de Cooper? Supomos que não. Nossa intuição nos compele à posição serena, concentrada. E, se tal ocorre, não só se deve à necessidade de elevação do espírito, mas também à necessidade de se disponibilizar o organismo físico para a ação dos bons Espíritos no ato do passe.

Um organismo físico ocupado por uma atividade que demande energia, seja na forma de um exercício físico ou de um processo digestivo complexo, será como um canal obstruído por onde apenas um filete de fluido conseguirá passar. Falamos apenas da questão do passe, mas cremos não ser difícil perceber que o mesmo ocorre em outras atividades mediúnicas.

Assim sendo, quem é médium e trabalha como tal em benefício de seus semelhantes, deve cuidar de sua alimentação o dia todo, transformando em hábito a alimentação saudável, reduzindo ao máximo o consumo de carnes gordurosas e frituras, eliminando de sua dieta os temperos fortes e as bebidas alcoólicas, reduzindo o consumo de doces, bebendo sucos e mates de preferência aos refrigerantes, em suma, abandonando os excessos alimentares de qualquer natureza.”

Artigo publicado originalmente no Correio Espírita Meimei, Ano IV, no 12, Abril/Maio/Junho de 2008

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Portanto, em geral, a alimentação especialmente nos dias de trabalho mediúnico, deve ser o mais leve possível, evitando como é lógico as carnes (especialmente as vermelhas), temperos fortes, o álcool, café, chocolate, os doces em excesso, e os frutos secos mais gordurosos.

Tendo também em atenção, que pelo menos uma hora antes do trabalho mediúnico, além dos já citados, não se deve ingerir alimentos pesados e de digestão lenta, pois o organismo, ao centrar as suas energias na digestão dos alimentos, vai interferir na conexão com as entidades e por consequência no trabalho espiritual.

Existe também muita gente que defende a abolição das carnes em geral.

Os animais, nossos irmãos inferiores, encontram-se num estado inicial do seu nível de evolução espiritual. Têm consciência total do que se passa á sua volta. Todos os sentimentos, desde o nascimento até á altura das suas mortes, ficam registados nos seus perispíritos, e, toda a angustia e dor pela sua morte (na maior parte das vezes, feita com crueldade), e todos os sofrimentos infligidos ao longo das suas breves vidas, desde as más condições de higiene, aos maus tratos, até á privação de liberdade, ficam como que impressos na sua carne, na forma de fluidos negros. E são esses fluidos negativos, que o médium vai ingerir, no momento em que come a carne dos animais, em especial os de carne vermelha, pois em geral são animais mamíferos, e têm uma consciência primitiva mais individualizada, e por consequente uma percepção maior que os animais de carne branca, que têm uma consciência mais grupal, e não têm tanta percepção de si mesmos no momento do abate, e por isso, não passam tantos fluidos negativos para a sua carne.

***

Para terminar, vejamos o que diz também o Dr. Ricardo Di Bernardi em sua coluna: 

“Os amigos espirituais nos falam que é bom evitar carne vermelha nos dias de sessão mediúnica. Dizem eles que a carne dos mamíferos possui energia vital de densidade muito semelhante à nossa, o que leva a uma aderência maior desta energia ("fluido vital”) ao nosso campo de energia vital.

Vamos emitir uma hipótese como exercício de raciocínio, e não como verdade doutrinária. Lembramos que o mamífero foi morto precocemente, portanto cheio de vida, ou seja, de energia vital em seus tecidos para uma encarnação de muitos anos ainda. Sua carne, portanto, encontrava-se plena de energia vital ("fluido vital"). Parte deste fluido vital permanece nos matadouros e costuma ser vampirizada pelos espíritos enfermos e desequilibrados que tenham o corpo astral (perispírito) muito denso. Outra parte desta energia vital, não sendo vampirizada, e não retornando à massa de energia do universo, como ocorre nas mortes naturais, fica impregnada na carne. “Ao ingerirmos a carne (nos referimos, em especial, aos mamíferos), há uma decomposição ou fragmentação de seus subcomponentes (aminoácidos, etc.), os quais serão absorvidos pelo nosso sangue. A energia vital é também absorvida, encaminhando-se para o nosso corpo vital (denominação de Kardec), ou corpo etérico, que é o campo de energia fixadora do perispírito ao corpo biológico. Este corpo vital (corpo etérico), ao absorver esta energia vital do mamífero, torna-se mais denso, mais "oleoso", dificultando o trânsito das energias do corpo biológico para o corpo espiritual (perispírito). Esta dificuldade acarretaria: - maior dificuldade no desdobramento mediúnico - maior dificuldade na captação de energias espirituais - maior dificuldade na doação de energias pelo passe - maior dificuldade em receber o passe - e, com o passar dos anos, crescente dificuldade nos sentidos mencionados.
Quando disse Jesus: "atirai vossas redes ao mar ", poderíamos entender, também, ser melhor nos alimentarmos de peixes. Brincando, diríamos: Claro, o peixinho é limitado (burrinho), nem pineal desenvolvida tem, quase como um sincício espiritual ou alma-grupo. Não existe uma individualidade bem constituída em peixes, como existe em mamíferos. Portanto, o fluido vital dos peixes não tem a mesma característica dos animais superiores. Seria quase como nos vegetais, onde um conjunto de mudas de grama é formado por centenas de princípio espirituais que se fundem em um gramado sem individualidade (alma-grupo, uma denominação esotérica, mas o raciocínio é o mesmo dos espíritas). A individualidade, conforme Jorge Andréa e outros autores encarnados e desencarnados, só se atinge nos lacertídeos, e os peixes, pela pineal quase inexistente, ainda não têm esta organização”.

Paulo Lourenço “Ramiro de Kali”




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16/07/2012

Poema à Mãe Oxum

Poema à Mãe Oxum

Mãe das águas doces e cristalinas, Mamãe Oxum, tens o amor de mãe e a pureza das meninas...

Bela Orixá da luz dourada, que ilumina o meu caminho e aquieta o meu coração para que eu alcance a serenidade da tua vibração divina...

O criador a ti confiou a propagação da virtude mais perfeita: o Amor que é o princípio das conquistas santas que engrandecem a alma...

O teu canto através da cachoeira nos induz à reflexão de que tudo é passageiro, como tuas águas que passam, mas que deixam pelo caminho o benefício de matar a sede da terra, fazendo crescer as mais belas flores...

Que saibamos seguir o teu exemplo, doce mãezinha, para que nossa rápida passagem por este mundo deixe a marca do amor que tu nos ensina, acolhendo a todos que de nós necessite, doar pela felicidade íntima de doar sempre e jamais fazer uma troca, pelo que tudo se perderia...

Agradeço-te todo o amor que me cerca, de todas as dimensões e auxilia-me para que os olhos do meu espírito reconheçam todos os seres como irmãos da nossa família universal, que Oxalá abençoa através dos teus gestos!

Do livro Umbanda Luz e Caridade - Cap. 3 - Ednay Melo






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14/07/2012

Atabaque na Umbanda



Em nossas giras de Umbanda, é muito comum se ter presente o ataba­que, um instrumento lendário e de origem afro. Esse instrumento dá ritmo e axé aos cultos, possibilitando uma melhor incorporação e dando maior energia aos trabalhos.

O atabaque é um instrumento Sagrado, Consagrado e Firmado por Ori­­xás e Guias e tem uma força pode­rosa, que em uma gira faz toda a di­ferença.

Para aprendermos um pouco mais sobre o atabaque e seus funda­mentos trago algumas informações interessantes sobre o mesmo, relacio­nado aos cultos afro religiosos, dentre eles, Umbanda e Candomblé.

Segundo a Wikipédia, “O Atabaque de Origem Africana, hoje muito utili­zado nos cultos aos orixás, de reli­giõ­es também de origem afro, “É na verdade o caminho e a ligação en­tre o homem e seus orixás, os to­ques são o código de acesso e a chave para o mundo espiritual “( Romário Itararé há 35 anos toca atabaques e instru­mentos de percussão).

Há três tipos de atabaque: Rum, Rum­pi e o Lê. O Rum é o atabaque maior, o Rumpi seria o segundo ataba­que maior, tendo como importância responder ao atabaque Rum, e o Lê seria o terceiro atabaque onde fica o Ogã que está iniciando ou aprendiz que acompanha o Rumpi. O Rum também é usado para dobrar ou repicar o toque para que não fique um toque repetitivo. Importante saber que cada atabaque tem suas obrigações a serem feitas, pois o atabaque praticamente repre­senta um Orixá.

Existem vários tipos de toques, Angola que se toca com mão e Ketu que se toca com a varinha. Na Angola existem vários tipos de toques, onde cada toque é destinado a um Orixá, por exemplo, Congo de Ouro, Angolão que seria desti­nado a Oxossi, Ygexá que seria destinado a Oxum, etc. O mesmo acontece com Ketu, que se toca com varinha de goiabeira ou bambu, chamada aguidani. O couro também mere­ce cuidados, como passar dendê e deixar no sol para que ele, o couro, fique mais esticado e possa produzir um som melhor.

Um Ogã seria como um Tatá da Casa e na maioria das vezes seu conhecimento é quase superior a um Zelador de Santo. Para ser um Ogã não basta saber tocar, e sim, saber o fundamento da Casa, salientando que saber o canto na hora certa é de gran­de importância para um Terrei­ro.

Existem também outros tipos de componentes que se usam junto com os ataba­ques, como por exemplo, o agogô, chocalho, triângulo, pandeiro, etc. Existe também o Abatá, que seria um tambor, com os dois lados com couro, que se usa muito no Rio Grande do Sul e na nação Tambor de Mina. Os tambores começaram a apa­recer nas escavações arqueológicas do período neolítico.

O tambor mais antigo foi en­contrado em uma escavação de 6.000 anos A.C. Os primeiros tambores provavelmente consistiam em um pedaço de tronco de árvore oco. Es­tes troncos eram cobertos nas bor­das com peles de alguns répteis, e eram percutidos com as mãos, depois foram usadas peles mais resistentes e apareceram as primeiras baquetas. O tambor com duas peles veio mais tarde, assim como a variedade de tamanho.

De origem africana, o atabaque é usado em quase todos os rituais afro-brasileiros, típico do Candomblé e da Umbanda e de outros estilos relacio­nados e influenciados pela tradição africana. De uso tradicional na música ritual e religiosa são empregados para evocar os Orixás.

Marcos Vinicius Caraccio





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12/07/2012

Nuanças Mediúnicas



Nuanças Mediúnicas



Obs: acerca das comunicações em outras línguas, sobretudo.

Por muito tempo, dúvidas haviam da realidade das comunicações espirituais. Compreende-se, perfeitamente, que os investigadores pouco lastreados, em suas próprias mensurações, colhessem resultados pouco animadores para não dizermos duvidosos.

As comunicações mediúnicas realizam-se em faixas subjetivas, deixando o nosso terreno intelectivo analítico, de bases objetivas, como sem possibilidades de avaliações. Partindo dessa premissa, as análises das comunicações só poderão ser feitas por indivíduos que possuam vivências no campo psicológico e, principalmente, nos denominados parapsicológicos.

É preciso registrar que as comunicações mediúnicas, de toda natureza, inclusive as realizadas com médiuns exercitados, bem traduzem o conteúdo das mensagens, porém, sempre carregando as "tinturas" do médium ou aparelho receptor. Isto quer dizer que o Espírito comunicante, ao "refletir-se" no médium, utiliza o que o mesmo possui: se é um médium de arcabouço psicológico evoluído encontrará boas condições para exteriorizar seu pensamento; se o médium apresenta, pelo seu dia-a-dia, pouca evolução, traduzida em reduzidas condições psicológicas, é claro que o comunicante não encontrará elementos específicos a fim de expressar a desejada mensagem.

Tudo isso é bem claro como regra geral, porquanto, em casos especiais, a lógica nos faz pensar que a influência espiritual será de tal ordem, a ponto de suplantar muitas deficiências no médium que não possua certas condições. Os requisitos evolutivos dos médiuns não podem ser analisados e avaliados diante do seu atual arcabouço psicológico, porquanto, muitos deles se encontram em singelas reencarnações intelectuais, embora, possuindo um rico e experiente pretérito. Na recíproca dessas propostas poderemos ter outros tantos ângulos de avaliações. Assim. não será fácil aos avaliadores pouco afeitos a essas pesquisas, compreenderem muitos dos fatos como das inusitadas angulações da mecânica mediúnica.

Através de mais de três décadas de observações pelos campos da mediunidade, acolitado por informações espirituais de variados matizes, concluímos que o Espírito comunicante, nas denominadas incorporações mediúnicas, emite a mensagem com valores de seu pensamento, incluindo o idioma que melhor manipula. Toda essa carga psicológica será como que incrustada, após a aceitação pelo médium, nas malhas vibratórias da zona perispiritual do receptor. Por este modo, haveria um encontro de vibrações entre a vontade-apelo do Espírito e a vontade-resposta do médium, devido a sua vontade-aceitação.

O perispírito do médium, inundado pelas emissões do perispírito da Entidade comunicante, absorve essas correntes superiores de pensamento ( comunicações harmônicas) com toda a carga que se acham investidas. Desse modo, o perispírito do receptor enriquece-se do referido material e passa a manter a corrente, que sempre existe nos indivíduos, em direção às células físicas. Nestes casos específicos, o perispírito traz, além do que é realmente do espírito do médium, os elementos enxertados pelo perispírito da Entidade comunicante, transferindo toda essa carga para a zona física. O médium adestrado na vivência mediúnica, acaba compreendendo o que é seu e o que é do Espírito comunicante, nos casos da chamada mediunidade consciente. No caso da mediunidade semiconsciente ou inconsciente a distinção torna-se mais difícil.

Realmente, será na zona de transição entre o perispírito e a matéria que esses delicados mecanismos espirituais se expressam. As correntes perispirituais, à medida que se aproximam da zona física, vão modificando o teor de suas energias especificas, possibilitando, nestas transformações, os adequados símbolos que as células nervosas ou neurônios tenham condições de entender e expressar os pensamentos captados.Nesta transmutação, a tela neuronial traduzirá, de acordo com as condições, a carga que o perispírito, já enriquecido pela mensagem, carrega.

Anote-se, como de importância, que a zona perispiritual do médium será a região que manipulará o pensamento do comunicante.Se a comunicação é fornecida por um Espírito que utilizou idioma desconhecido pelo médium, nesta região dar-se-ia a transmutação de linguagem, que será tanto mais ajustada e especifica se o médium possuir experiências pregressas naquele idioma, mesmo desconhecendo no momento presente a língua em pauta.

Tudo isso quer dizer que o delicado mecanismo mediúnico será realizado de modo a que a zona consciente do médium não intervenha; isto é, seria um processo apropriado e manipulado pelos campos internos do psiquismo ( zona espiritual ou inconsciente), onde a zona consciente não possui interferência direta. Pela natural e acertada vontade de realização do fenômeno pelo médium, haveria aberturas e facilidades de passagem da carga mensageira pelos campos terminais do psiquismo, onde as expressões conscientes se mostram na estrutura intelectual.

André Luiz, no livro Evolução em Dois Mundos, a respeito da linguagem dos desencarnados, nos fornece os seguintes dados: "Incontestavelmente, a linguagem do Espírito é, acima de tudo, a imagem que exterioriza de si próprio.
"Isso ocorre mesmo no plano físico, em que alguém, sabendo refletir-se, necessitará de poucas palavras para definir a largueza de seus planos e sentimentos, acomodando-se à síntese que lhe angaria maior cabedal de tempo e influência.

"Espíritos desencarnados, em muitos casos, quando controlam as personalidades mediúnicas que lhes oferecem sintonia, operam sobre elas a base das imagens positivas com que as envolvem no transe, compelindo-as a lhes expressar os conceitos.

"Nessas circunstâncias, expressa-se a mensagem pelo sistema de reflexão, em que o médium, embora guardando o córtex encefálico anestesiado por ação magnética do comunicante, lhe recebe os ideogramas e os transmite com as palavras que lhe são próprias."


Até o momento ainda desconhecemos os detalhes desta complexa estruturação que é o fenômeno mediúnico.A fim de compreendermos como o processo se deve dar, é que fizemos a descrição acima, em síntese, como hipótese de entendimento. Este mecanismo estará amparado não só em observações e convivência do fenômeno, como também, pelas informações espirituais criteriosas, apesar de quase sempre reduzidas, coisa de fácil compreensão.Consideremos, também, como de valor, na avaliação da fenomenologia em pauta, as pesquisas realizadas com as regressões de memória.

O nosso trabalho sobre regressão de memória, auxiliado pela hipnose, forneceu bom material para ilações neste campo.Anotamos que alguns daqueles que participam das regressões de memória, em recordando determinada etapa reencarnatória pretérita, falava a língua da época; em raros casos registramos algum arrastado sotaque, devendo-se, esta condição, a atual tela consciente, onde os dados pretéritos tinham dificuldades de se mostrarem integrais em sua origem.Joeirand-se estes pequenos e reduzidos fatores, as forças internas do regredido, isto é, seu bloco energético anímico, mostrava grande parte do passado pelas aberturas que a hipnose determinou na zona consciente.

Trazendo esses fatores para o setor mediúnico, onde, como vimos, existem manipulações das zonas perispirituais em ação - emissor e receptor, Espírito comunicante e médium - vê-se quanto o aparelho receptor elabora elementos para bem traduzir o que o emissor ( Espírito) deseja.

As coisas passam a mostrar maior complexidade, quando o pensamento do comunicante se faz em idioma diferente daquele que o médium está manipulando no seu dia-a-dia de encarnado.
Haverá, assim, nos arcanos do Espírito, zonas e campos onde o pensamento é um só e, à medida que esse bloco de energias vai ganhando a periferia do psiquismo ou zona consciente, vai existindo a necessidade da palavra e organização de frases para a expressão do pensamento.Quanto mais para o psiquismo de profundidade ou zona espiritual o pensamento será como que purificado e representando um único matiz; isto é, o bloco de energias se faz presente e, vibratoriamente, elabora a percepção sem a necessidade da palavra.Quanto mais perto do psiquismo de superfície ou zona material ( zona consciente), mais haverá necessidade das expressões perceptivas de um idioma.

Todas as frases de uma determinada língua possuem a carga de sua própria emoção, na dependência de quem está fazendo a emissão.É como se as palavras tivessem um sustentáculo energético do pensamento elaborado.Assim, as palavras seriam símbolos elaborados, entre a zona espiritual e perispiritual, com finalidade de utilização pela zona consciente, onde se refletem e se mostram.À medida que o ser vai evoluindo, todos esses símbolos, estribados nos variados idiomas e arrecadados nas diversas etapas reencarnatórias, se vão como que ajustando e buscando pontos comuns até se refletirem num idioma universal.

Jorge Ândrea dos Santos
Revista "Presença Espírita"




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11/07/2012

Oxum

Oxum

 

Dia da semana: sexta-feira – dia do Astro Vênus.

Data comemorativa: 16 de julho

Sincretismo: Nossa Senhora do Carmo, em Pernambuco.

Cor: azul royal

Ervas: erva cidreira, botão de ouro, manjericão branco e outras.

Frutas: banana, melão, uvas verdes e outras.

Flores: rosas cor de rosa e todas as flores cor de rosa, brancas e azuis.

Reino Natural: Rios e Cachoeiras

Elemento: água

Pedras: quartzo azul, sodalita, quartzo rosa.

Símbolo: leque, espelho, coração.

Saudação: Orayeyêo! – Significa: Salve benevolente mãezinha!

Astro: Vênus

Deuses na mitologia greco-romana: Vênus: Deusa romana do amor e da beleza. Afrodite para os gregos.

 

Oxum está intimamente relacionada aos sentimentos e aos afetos, ao amor em essência e em formas. É associada à maternidade, protegendo o momento da gestação. Orixá símbolo perfeito do amor na compreensão humana. Auxilia no equilíbrio emocional e nas questões da mediunidade. Representada pelas águas doces, é conhecida como a Senhora dos Rios e Cachoeiras e, desta forma, a sua cor é azul na Doutrina da Tenda de Umbanda Luz e Caridade, cor que melhor representa as águas. Os filhos da Oxum geralmente são calmos, amorosos, delicados, meigos, maternais, sensíveis, emotivos, místicos e admiradores da beleza e das artes, são também vaidosos com a aparência pessoal. Quando os filhos seguem o lado oposto da Orixá tornam-se agressivos, vingativos, ciumentos e intransigentes.


Do livro Umbanda Luz e Caridade - Ednay Melo

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08/07/2012

Anjo da Guarda

Anjo da Guarda


Quem são os Anjos da Guarda? São espíritos muito evoluídos, cuja principal função é nos proteger e nos inspirar a seguir pelo bom caminho. A figura do Anjo da Guarda na crença cristã é de um ser iluminado, com asas e que portam harpas musicais e vivem sobre as nuvens do céu. Esta é a representação material para facilitar o entendimento, mas que não é de fato bem assim... São espíritos com energias tão sutis, devido ao seu grau evolutivo, que têm dificuldade de estarem próximos à densidade do nosso planeta, desta forma delegam a proteção dos seus pupilos aos espíritos protetores de cada encarnado, que pode ser um ente querido, um Guia de Umbanda ou mesmo um Falangeiro de Orixá, pode ser um ou mais de um protetor, que o acompanha mais de perto.

Na Umbanda firmamos o Anjo da Guarda com uma vela branca, de preferência de sete dias, com um copo d'água na frente da vela. Dessa forma consagramos um ponto de força para a troca energética com o nosso Anjo e com toda a Banda que nos dá proteção. O ideal é criar o hábito de orar ao Anjo da Guarda diariamente em sua firmeza individual.

Firmar o Anjo da Guarda é de extrema importância para o exercício mediúnico, pois a aura de luz que se estende aliada às qualidades morais do médium, é um poderoso escudo contra as investidas das sombras.

Infelizmente, a imaginação popular deturpa até a representação do Anjo da Guarda, há quem acredite que se pode aprisionar o Anjo da Guarda de determinada pessoa que queira sob seu comando, em trabalhos de baixa magia. O máximo que estas pessoas conseguem com seus intentos é envolverem-se com seus próprios obsessores, que com certeza lhes inspiram estes pensamentos descabidos para mantê-las, elas próprias, aprisionadas no mal que se comprazem e sofrerem suas consequências a curto ou longo prazo.

O Anjo da Guarda é o amigo íntimo, sublime e divino, sempre pronto a nos atender quando temos o desejo sincero de nos tornarmos melhores no propósito evolutivo, assim, peçamos sempre ao nosso Anjo para nos auxiliar a sermos melhores seres humanos e melhores cristãos. Peçamos proteção contra as investidas maléficas externas e, principalmente, internas, que são os nossos maus pensamentos e más atitudes para com o nosso próximo.

Do livro Umbanda Luz e Caridade - Ednay Melo




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06/07/2012

Ogum

Ogum

Dia da semana: terça-feira – dia do Astro Marte

Data comemorativa: 23 de abril

Sincretismo: São Jorge

Cor: vermelha

Ervas: espada de São Jorge, abre-caminho, aroeira e outras.

Frutas: manga espada, ameixas frescas, uvas vermelhas e outras.

Flores: cravos vermelhos e todas as flores vermelhas, exceto rosas.

Domínio: força da terra – a força do brotar da planta, força da gravidade, etc.

Elemento: fogo

Pedras: hematita, magnetita.

Símbolo: espada

Saudação: Pata Kori, Ogum! / Ogunhê! – Significa: Salve o supremo da minha cabeça, salve Ogum!

Astro: Marte – planeta vermelho, associado pelas antigas civilizações com o sangue das batalhas.

Deuses na mitologia greco-romana: Marte para os romanos – deus romano da guerra – Ares para os gregos.

 

Ogum é o Orixá da Lei e da Ordem. Todos os seres da Criação vivem inseridos em Leis Universais, que precisam ser respeitadas para proporcionar o devido equilíbrio para a vida no planeta. Estas Leis também orientam o comportamento humano para que o equilíbrio em todas as instâncias seja física, mental, emocional ou espiritual alcance o objetivo principal que é a evolução do indivíduo como espírito eterno.

Ogum traz a Lei que Olorum determina, como Criador Supremo de todas as coisas. Ser contra as Leis Universais, ou Divinas, paralisa o progresso do espírito e o impulsiona para a infelicidade, que nada mais é do que a Lei da Ação e Reação: o homem tem o livre arbítrio para escolher, mas deve assumir as consequências dos seus atos.

Ogum é o Orixá que carrega o arquétipo do guerreiro destemido e estratégico, da força e da luta, determinado e vencedor de demandas. É o Orixá dos caminhos, que simbolicamente remetem ao direcionamento que Deus nos concede e, desta forma, Ogum mostra a direção aos que têm fé e aos que têm firme desejo de transformação e renovação no Bem.

As características dos filhos de Ogum são: leais, protetores, temperamento forte e muitas vezes explosivo, teimosia, conquistadores, dificuldade de adaptação à rotina, forte disposição na conquista dos objetivos e da competitividade, corajosos, francos e muitas vezes intolerantes quando se trata de defender as suas ideias. São inquietos apesar de estrategistas e não gostam de traições e injustiças.

Do livro Umbanda Luz e Caridade - Ednay Melo



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