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13/04/2013

A Defumação na História

A Defumação na História

Ninguém sabe quando a humanidade começou a usar as plantas aromáticas. Estamos razoavelmente seguros de que os sentidos do homem antigo eram bem mais aguçados, e o sentido do olfato foi crucial para sua sobrevivência. Há evidência do período Neolítico de que ervas aromáticas eram usadas em culinária e medicina, e que ervas e flores eram enterradas com os mortos. A fumaça ou fumigação foram provavelmente um dos usos mais antigos das plantas, como parte de oferendas rituais aos deuses. Era provavelmente notado que a fumaça de várias plantas aromáticas tinha, entre outros, efeitos alucinógenos, estimulantes e calmantes. Gradualmente, um conjunto de conhecimentos sobre as plantas foi acumulado e passado a centenas de gerações de xamãs.

Os seres humanos tem uma ligação muito forte com as plantas. As plantas aromáticas tem sido honradas de um modo especial desde os tempos antigos. Eram utilizadas em rituais religiosos e mágicos, assim como nas artes curativas. Estas três práticas eram fundamentais para a existência humana (ainda hoje continuam sendo).

As grandes civilizações desaparecidas do Oriente Médio e do Mediterrâneo glorificavam os aromas, que faziam parte de suas vidas. Creio que conhecer um pouco da história dos aromas e da defumação mágica, é uma introdução adequada para sua prática.

Descendentes de Atlântida

Há 4000 anos, existia uma rota de comércio onde se cruzavam as culturas mais antigas do Mediterrâneo e da África. Através dela, acontecia o comércio e troca de diferentes mercadorias como por exemplo: ouro, olíbano, temperos e especiarias em geral; consequentemente, trocavam conhecimentos de suas diferentes culturas. E foi bem no meio desta rota que nasceu a maior civilização desta época: O Egito.

A antiga civilização do Egito era devotada em direcionar os sentidos em direção ao Divino. O uso das fragrâncias era muito restrito. Inicialmente, sacerdotes e sacerdotisas eram as únicas pessoas que tinham acesso a estas preciosas substâncias. As fragrâncias dos óleos eram usadas em perfumes, na medicina e para uso estético, e ainda, para a consagração nos rituais. Eram queimados como incenso. Sobre as paredes das tumbas dos templos antigos perdidos no deserto, há um símbolo que aparece com freqüência que parece uma fumaça que sai dele mesmo. Isto confirma que no Egito se utilizava o incenso desde tempos antigos. Quando o Egito se fez um país forte, seus governantes importaram de terras distantes incenso, sândalo, mirra e canela. Esses tesouros aromáticos eram exigidos como tributo aos povos conquistados e se trocavam inclusive por ouro. Os faraós se orgulhavam em oferecer às deusas e aos deuses enormes quantidades de madeiras aromáticas e perfumes de plantas, queimando milhares de caixas desses materiais preciosos. Muitos chegaram a gravar em pedras semelhantes façanhas.

Os materiais das plantas aromáticas eram entregues como tributos ao estado, e doados a templos especiais, onde se conservavam sobre altares como oferendas aos deuses e deusas. Todas as manhãs as estátuas eram untadas pelos sacerdotes com óleos aromáticos. Se queimava muito incenso nas cerimônias do templo, durante a coroação dos faraós e rituais religiosos. Se queimavam em enterros para extrair do corpo mumificado os espíritos negativos.

Sem dúvida o incenso egípcio mais famoso foi o Kyphi. O Kyphi se queimava durante as cerimônias religiosas para dormir, aliviar ansiedade e iluminar os sonhos.

Os Sumérios e os Babilônios

É difícil separar as práticas destas culturas distintas já que os Sumérios tiveram uma grande influência dos babilônios, e transcreveram muita da literatura dos seus antepassados para o idioma sumério. Sem engano sabemos que ambos os povos usavam o incenso. Os Sumérios ofereciam bagas de junípero como incenso à deusa Inanna. Mais tarde os babilônios continuaram um ritual queimando esse suave aroma nos altares de Ishtar.

Tudo indica que o junípero foi o incenso mais utilizado, eram usadas outras plantas também. Madeira de cedro, pinho, cipreste, mirto, cálamo e outras, eram oferecidas às divindades. O incenso de mirra, que não se conhecia na época dos Sumérios foi utilizados posteriormente pelos babilônios. Heródoto assegura que na Babilônia queimaram uma tonelada de incenso. Daquela época nos tem chegado numerosos rituais mágicos. O Baru era um sacerdote babilônio esperto na arte da adivinhação. Acendia-se incenso de madeira de cedro e acreditava-se que a direção que a fumaça levantava determinaria o futuro, se a fumaça movia-se para a direita o êxito era a resposta, se movia-se para a esquerda a resposta era o fracasso.

Os gregos e romanos

Estes povos acreditavam que as plantas aromáticas procediam dos deuses e deusas. O povo chegou a consumir tantos materiais aromáticos para perfumar-se que no ano de 565 foi decretada uma lei que proibia utilizar essenciais aromáticas pelas pessoas com temor de não ter suficiente incenso para queimar nos altares das divindades.

Nativos americanos

Os nativos americanos vivem em harmonia com a terra, reverenciam-na como geradora de vida. Os nativos americanos desde muito tempo tem conhecido o valor e poder de cura das plantas de poder, usadas em tendas de suor, dança do tambor etc. Queima se sálvia, cedro e resinas para limpeza de objetos de poder. É usada para a saúde e o bem estar de sua tribo.

Incenso do Templo

Desde épocas mais antigas, as substâncias aromáticas naturais de plantas tem um papel vital na vida diária dos povos. Estas ligações vitais entre povos e plantas perderam-se, e muitos de nós perdemos o toque com a terra e com nosso próprio estado de saúde.

De acordo com o Zohar, oferecer incenso é a parte a mais preciosa do serviço do templo para os olhos do grande deus. Ter a honra de conduzir este serviço, é permitido somente uma única vez na vida. Diz-se que quem teve o privilégio de oferecer o incenso está recompensado pela sorte com riqueza e prosperidade para sempre, neste mundo e no seguinte.

Eugênio Carlos - Cheiro Nativo




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Sal Grosso

Pote de sal grosso

Algumas pessoas entendem que o uso do Sal Grosso é apenas misticismo, mas não é.

De forma científica, a frequência vibracional do Sal Grosso é da ordem de 728 THz (Tera-hertz) e seu comprimento de onda é de exatos 415 nm (nanômetros).

Estas são as mesmas características da cor violeta, que possui frequência entre 668 e 789 Thz com um comprimento de onda entre 380 e 450 nm.

Portanto, o Sal Grosso possui os mesmos efeitos da onda de cor violeta e é capaz de neutralizar os campos eletromagnéticos negativos.

O sal é um cristal e por isso emite ondas eletromagnéticas que podem ser medidas pelos radiestesistas.

Visto ao microscópio o sal bruto revela que é um cristal, formado por pequenos quadrados ou cubos achatados.

O sal grosso é considerado um potente purificador de ambientes.

Muitos povos antigos usavam o sal para combater o mau-olhado e deixar a casa a salvo de energias negativas. E isso, permanece até os dias atuais.

As energias densas costumam se concentrar nos cantos da casa, por isso, colocar um copo de água com sal grosso ou sal de cozinha nesses cantos equilibra essas forças e deixa a casa mais leve.

Para uma sala média, onde não circula muita gente, um copo de água com sal em dois cantos é suficiente.

Em dois ou três dias, já se percebe a diferença. Quando se formam bolhas é hora de renovar a salmoura.

A solução de água e sal também é capaz de puxar os íons positivos, isto é, as partículas de energia elétrica da atmosfera e reequilibrar a energia dos ambientes.

Principalmente, em locais fechados, escuros ou mesmo antes de uma tempestade, esses íons têm efeito intensificador e podem provocar tensão e irritação.

A prática simples de purificação com água e sal deve ser feita à menor sensação de que o ambiente está carregado, depois de brigas ou à noite, no quarto, para que o sono não seja perturbado.

Já foi considerado o ouro branco (salmoura para conservar alimentos).
Os povos foram desenvolvendo técnicas de usar o sal, como as abaixo descritas:

Uma pitada de sal sobre os ombros afasta a inveja.

Para espantar o mau-olhado ou evitar visitas indesejáveis, caboclos e caipiras costumam colocar uma fileira de sal na soleira da porta ou um copo de salmoura do lado esquerdo da entrada.

A mistura de sal com água ou álcool absorve tudo de ruim que está no ar, ajuda a purificar e impede que a inveja, o mau-olhado e outros sentimentos inferiores entrem na casa.

Depois de uma festa, lavar todos os copos e pratos com sal grosso para neutralizar a energia dos convidados, purificando a louça para o uso diário.

Na tradição africana, quando alguém se muda, as primeiras coisas a entrar na casa são: um copo de água e outro com sal.

Usam sal marinho seco, num pires branco atrás da porta para puxar a energia negativa de quem entra.

Também tomam banho com água salgada com ervas para renovar a energia interna e a vontade de viver.

No Japão, o sal é considerado poderoso purificador.
Os japoneses mais tradicionais jogam sal todos os dias na soleira das portas e sempre que uma visita mal vinda vai embora.

Símbolo de lealdade na luta de sumô.
Os campeões jogam sal no ringue para que a luta transcorra com lealdade. Use esse poderoso aliado!

É barato, fácil de encontrar, e pode lhe ajudar em momentos de dificuldade e de esgotamento energético!

Modo de tomar o banho de sal grosso:

Após seu banho convencional, despeje o sal diluído na água ou deixe um punhado de sal grosso escorrer do pescoço para baixo, embaixo da água da ducha.

Banho de sal grosso tem o poder de neutralizar a eletricidade do corpo.

Para quem mora longe da praia é um ótimo jeito de relaxar e renovar as energias.

Mas no banho, o único cuidado é não molhar a cabeça, pois é aí que mora o nosso espírito e ele não deve ser neutralizado.

Não são aconselháveis banhos frequentes com o sal.

A.D.




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29/03/2013

Quaresma e Páscoa


A Quaresma agregou-se à Umbanda por herança da época dos escravos, quando eram obrigados a esconder seu culto aos Orixás. Como nesta época não havia culto aos santos católicos, eles também evitavam o culto aos Orixás. 

No entanto, hoje somos todos livres, mas o período da Quaresma, reverberando os desmandos energéticos do carnaval, é uma época sem Lei no Mundo Espiritual, justamente quando os encarnados sentem mais necessidade de proteção. Sendo o terreiro um verdadeiro pronto-socorro espiritual, suas portas não devem ficar fechadas aos médiuns e assistentes.

Os preceitos católicos ainda estão muito arraigados no subconsciente da maioria dos seguidores da Umbanda. É inevitável que em quase todos os centros haja os votos de Feliz Páscoa, mais pela oportunidade do feriado, sendo é essencial que este período seja antes de tudo um momento para a reflexão.

Para nós, Jesus, na Força de Oxalá, estará sempre regendo a cada um, movendo-nos para a Caridade, para o Amor, para a Luz e a Evolução Espiritual. É um espírito Perfeito e Ascensionado, muito longe do sofrimento que ainda lembram e cultuam. É Força Maior, representante de Zambi, atuando junto aos outros Orixás. Jesus já ultrapassou há muito tempo seu sacrifício na Cruz. Já superou seu sofrimento quando encarnado, e para nós a representação de sua manifestação após seu desencarne, é o fundamento na crença da vida após a morte. Comemoramos este intercâmbio abençoado todos os dias, buscando as portas e os caminhos mais iluminados, tentando, nós próprios, superar nossos tropeços, nossas imperfeições.

Entristecer-se e guardar luto relembrando momentos de milênios atrás realmente não está dentro de nossa proposta umbandista. Longe de desrespeitar a crença de nossos irmãos de outras religiões. Apenas temos de conhecer o que é a Umbanda, seus preceitos, mensagens e propósitos.

Não existe para nós, restrição de carne, não há malhação de Judas, coelhinhos da Páscoa. Mas por outro lado, uma coisa é certa, a vibração da Terra se modifica muito no carnaval, e isso reverbera por muito tempo.

Devemos sim, lembrar os 40 (quarenta) dias em que Jesus passou no deserto, antes de iniciar sua vida pública, quando superou a grande prova, representada pelas provações, das falácias, as tentações de toda a espiritualidade voltada para o Mal, que se opunha ao seu Caminho e à Sua Luz. Podemos aproveitar e comemorar sim com nossos irmãos católicos, mas com outro olhar. A vitória do Espírito sobre as iniquidades, a superação, o exemplo que devemos seguir, pois todos passamos pelo mesmo deserto por onde andou Jesus. Até agora, somente ele conseguiu atravessá-lo incólume em uma só encarnação.

A Páscoa, como um momento de leveza e Fé, pode servir para o umbandista como um tempo do próprio renascimento, no recarregar as forças, no reciclar dos pensamentos e atitudes, num momento apropriado para a introspecção e oração, no Perdão sincero, na compreensão das dificuldades, momento de encontrarmos a chave da Paz, da Harmonia , da Caridade.

Vamos então manter todos os dias de nossas vidas, nossos Anjos de Guarda firmados na Luz da Fé, da Busca pela Verdade, pelo pensamento reto, buscando renovação a cada dia, e aprendermos com as lições, provas e expiações que necessitamos.

Ter devoção limitada às datas comemorativas não vai nos fazer melhores, mas sim o trabalho árduo, suor, sangue e lágrimas na estrada da vida, caindo, levantando, dando as mãos à quem precisa, tendo o verdadeiro Pai Maior em nossos corações, e só seremos dignos disso quando vibrarmos na Luz do entendimento, da superação, do renascimento constante, superando a inferioridade do Eu interno. Só assim conseguiremos ouvir a doce voz dos falangeiros dos Orixás e a Suprema Claridade do Mestre em nossa Alma, e aí, poderemos comemorar.

Alex de Oxóssi





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27/03/2013

Os Mandamentos de um Médium Umbandista

Os Mandamentos de um Médium Umbandista


01 – Amar a Olorum, aos Orixás e a Umbanda acima de todas as coisas e das outras religiões.

02 – Vestir a roupa branca e incorporar seus guias só no seu centro.

03 – Não ficar visitando outros centros em vão, ou seja, só por curiosidade.

04 – Se visitar um centro, entrar em silêncio, assistir aos trabalhos, tomar o passe e sair em silêncio.

05 – Não comentar ou criticar as práticas alheias, sejam elas do seu agrado ou não, concorde com elas ou não, porque elas não são as suas e sim, deles.

06 – Não fazer comentários desairosos sobre os cultos e trabalhos realizados em outros centros de Umbanda.

07 – Não copiar fundamentos alheios e manter-se fiel aos da Umbanda.

08 – Não profanar o que é sagrado e não sacralizar o que é profano.

09 – Cuidar da sua mediunidade e deixar a dos seus irmãos de fé, que os Pais ou Mães Espirituais e os guias deles cuidarão.

10 – Não emitir opiniões sobre o assunto religioso que não conhece em profundidade ou sobre o qual sequer conhece.

11 – Não imitar e não invejar os trabalhos e as forças espirituais dos seus irmãos de fé.

12 – Se, por alguma razão, não se sentir satisfeito no centro que está frequentando, peça licença para se afastar dos trabalhos, mas guarde só para você as razões do seu afastamento.

13 – Se saiu do centro que frequentava, não fique criticando-o ou ao seu dirigente porque, por certo tempo, tanto o centro quanto o seu dirigente lhe foram úteis e o ampararam.

14 – Não faça comentários sobre os trabalhos realizados no seu centro para pessoas que não o conhecem ou não participam do dia a dia dele e do que nele é realizado.

15 – Não fique procurando ou pondo defeitos em seus irmãos de fé, e sim, procure-os em si e tente livrar-se deles antes que descubram que não és o “ser perfeito” que aparentas ser.

16 – Lembre-se disso: - Todos possuem defeitos e imperfeições, mas cada um só deve cuidar dos seus.

17 – Trabalhe a favor e no benefício do crescimento do seu centro e no dos seus irmãos de corrente, que toda a corrente trabalhará no seu benefício e no das suas forças espirituais.

18 – Cada centro tem os seus fundamentos, e os do seu não são melhores ou mais poderosos que os dos outros. Apenas são diferentes!

19 – Faça a caridade, seja ela espiritual ou material, sem esperar nenhum tipo de recompensa, pois fazê-la esperando algo em troca não é caridade, e sim, é troca de benefícios.

20 – Se, o ato de auxiliar alguém caritativamente com o seu dom mediúnico e com a força dos seus Guias e dos seus Orixás não lhe for gratificante ou recompensador, pare enquanto é tempo, porque, de insatisfeitos e de exploradores do próximo, o inferno está cheio!

21 – Não fazer “Feitura de Santo” no Candomblé e continuar a falar em nome da Umbanda e se apresentar como umbandista.

22 – (Que outros irmãos de fé acrescentem aqui outras regras que acharem necessárias ao aperfeiçoamento doutrinário dos médiuns umbandistas)...

23 –...., etc..

Pai Rubens Saraceni


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