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17/04/2019

Características dos Kiumbas

Características dos Kiumbas

O que infelizmente observamos na mediunidade de muitos é a abertura para a atuação dos verdadeiros Kiumbas, se fazendo passar por Exus, Pombas Gira ou mesmo Guias Espirituais, trazendo desgraças na vida do médium e de todos que dele se acercam.

Notem bem, que um Kiumba, ser trevoso e inteligente, somente atuará na vida de alguém se esta pessoa for concomitante com ele, em seus atos e em sua vida. Os afins se atraem.

O médium disciplinado, doutrinado e evangelizado, jamais será repasto vivo dessas entidades. Lembre-se que o astral superior é sabedor e permite esse tipo de atuação e vibração para que o médium acorde e reavalie seus erros, voltado à linha justa de seu equilíbrio e iniciação.

Por isso vemos, infelizmente, em muitos médiuns, esses irmãos do baixo astral incorporados, mas é fácil identificá-los.

• Pelo modo de se portarem: são levianos, indecorosos, jocosos, pedantes, ignorantes, maledicentes, fofoqueiros e sem classe nenhuma;

• Quando incorporados: machões, com deformidades contundentes, sem educação, com esgares horrorosos e geralmente olhos esbugalhados. Muitos se portam com total falta de higiene, babando, rosnando, se arrastando pelo chão, comendo carnes cruas, pimentas, ingerindo grandes quantidades de bebidas alcoólicas, fumando feito um desesperado, ameaçando a tudo e a todos. Geralmente ficam com o peito desnudo (isso quando não tiram à roupa toda); utilizam imensos garfos pretos nas mãos.

• Geralmente, nos ambientes em que predominam a presença de Kiumbas, tudo é encenação, fantasia, fofoca, libertinagem, feitiçaria pra tudo, músicas (pontos) ensurdecedoras e desconexas, nos remetendo a estarmos presentes num grande banquete entre marginais e pessoas de moral duvidosa.

• Nesses ambientes, as consultas são exclusivamente efetuadas para casos amorosos, políticos, empregatícios, malandragem, castigar o vizinho, algum familiar, um ex-amigo, o patrão, etc. Os atendimentos são preferenciais, dando uma grande atenção aos marginais, traficantes, sonegadores, estelionatários, odiosos, invejosos, pedantes, malandros, alcoólatras, drogados, etc., sempre incentivando, e dando guarida a tais indivíduos, procedendo a fechamento de corpos, distribuindo “patuás e guias” a fim de protegê-los. Com certeza, neste ambiente estará um Kiumba como mentor.

• Certamente será um Kiumba, quando este pedir o nome de algum desafeto para formular alguma feitiçaria para derrubá-lo ou destruí-lo.

• Os Kiumbas costumam convencer as pessoas de que são portadoras de demandas, magias negras, feitiçarias, olhos gordos, invejas, etc. inexistentes, sempre dando nome aos bois, ou seja, identificando o feitor da magia negra, geralmente um inocente (parente, amigo, pai de santo, etc.) para que a pessoa fique com raiva ou ódio, e faça um contra feitiço, a fim de pretender atingir o inocente para derrubá-lo. Agindo assim, matam dois coelhos com uma cajadada só: afundam ainda mais o consulente incauto que irá criar uma condição de antipatia pelo pretenso feitor da magia, e pelo inocente que pretendem prejudicar.

• Os Kiumbas invariavelmente exigem rituais disparatados, e uma oferenda atrás da outra, todas regadas a muita carne crua, bebidas alcoólicas, sangue e outros materiais de baixo teor vibratório. Atentem bem, que sempre irão exigir tais oferendas constantemente, a fim de alimentarem suas sórdidas manipulações contra os da Luz, e sempre efetuadas nas ditas encruzilhadas de rua ou de cemitério, morada dos Kiumbas.

• Pelo modo de falarem: impróprio para qualquer ambiente (impropérios); É impressionante como alguém pode se permitir ouvir palavrões horrorosos, a guiza de estarem diante de uma pretensa entidade a trabalho da luz.

• Pelas vestimentas: são exuberantes, exigentes e sempre pedem dinheiro e jóias aos seus médiuns e consulentes.

• Os Kiumbas incitam a luxúria, incentivam às traições conjugais, as separações matrimonias e geralmente quando incorporados, gostam de terem como cambonos, alguém do sexo oposto do médium, geralmente mais novos e bonitos (imaginem o que advirá disso tudo).

• Os Kiumbas, nos atendimentos, gostam de se esfregarem nas pessoas, geralmente passando as mãos do médium pelo corpo todo do consulente, principalmente nas partes pudentas.

• Se for uma Kiumba, mesmo incorporada em homem, costuma alterar o modo de se portar, fazendo com que o homem fique com trejeitos femininos e escrachados. Costumam também travestir o médium (homem) com roupas femininas com direito a maquiagem e bijuterias.

• Os Kiumbas atendem a qualquer tipo de pedido, o que um Guia Espiritual ou um Guardião de Lei jamais fariam. Ao contrário, eles bem orientariam o consulente ou o seu médium, da gravidade e das conseqüências do seu pedido infeliz.

• Os Kiumbas (e só os Kiumbas) adoram realizar trabalhos de amarração, convencendo todos de que tais trabalhos são necessários e que trarão a pessoa amada de volta (ledo engano quem assim pensa). Esquecem-se de que existe uma Lei Maior que a tudo vê e a tudo provê. Se fosse assim tão fácil “amarrar” alguém, certamente não existiriam tantos solteiros por este país afora.

• Os Kiumbas fazem de um tudo para acabar com um casamento, um namoro, uma família, incitando as fofocas, desuniões e magias negras.

Porém, a característica de um kiumba também é se passar por entidades de luz, que é mais difícil de identificar.

Tudo o que muito exagerado ou voltado para o mal, com certeza é a presença de um Kiumba, ou é puro animismo do médium.

É só observar. É simples verificar a presença de um Kiumba em algum médium. Tudo o que for desonesto, desamor, desunião, invigilância aos preceitos ensinados pelo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, personalismos, egocentrismo, egolatrias, sexo, falta de moral, etc., com certeza estará na presença de um Kiumba.

Cuidado meus irmãos. Não caiam nessa armadilha.

Quando um Kiumba se agarra vibratoriamente em um médium, dificilmente largarão aqueles que os alimentam com negatividade, dando-lhes guarida por afinidade.

Fonte: "O Misterioso Reino dos Exus" - Por Veridiana Madi



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07/04/2019

Ser Sacerdote de Umbanda é Ter Outorga Espiritual

Sacerdotisa de Umbanda em oração


Existem sacerdotes umbandistas? Só essa pergunta pode causar já uma imensa discussão, pois muitos dizem que dentro da Umbanda não há sacerdotes, apenas médiuns que acabam ganhando a liderança das casas espirituais (terreiros). Deixando esse pensamento de lado, quero explanar sobre o que creio ser o verdadeiro chamado sacerdotal.

A responsabilidade em abrir um terreiro é imensa. O novo pai de santo é responsável por toda uma corrente de médiuns – que trazem seus próprios problemas e karmas – além de uma falange de desencarnados que militarão em seu espaço. Além disto, é o responsável por fazer os assentamentos, rituais e consagrações próprios. E ainda, tem que ser um exemplo vivo das vivências evangélicas e dos ensinamentos dos Espíritos.

Ser Pai ou Mãe de santo não traz status para o médium, mas sim muita responsabilidade. A corrente mediúnica pode mudar constantemente, mas o pai e a mãe de santo sempre serão os mesmos naquele terreiro. Logo, não há como furtar-se ao trabalho e por cansaço ir embora do terreiro ou colocar alguém para tocar os trabalhos por você. A figura do pai e mãe pequenos são para auxiliar o chefe do terreiro e nunca para substituí-lo. Em muitos casos esses pais e mães pequenos estão sendo preparados para abrir seu próprio terreiro, mas quem define isso é a espiritualidade e nunca o próprio médium. Sacerdócio é missão! É um chamado!

Um curso pode te trazer embasamento técnico e teórico, porém jamais te dará a experiência de lidar com as situações do terreiro. Ainda vou adiante, expandindo o raciocínio com uma pergunta: Seu Guia tem missão de abrir um terreiro? Ou esse é um desejo seu?

Usar uma roupa pomposa, possuir um símbolo ou um diploma na parede não te transforma em sacerdote. Muito menos querer ser um! Você tem que ter o chamado e esse será muito claro na sua vida, através das experiências mediúnicas e de atendimento.

Outra coisa estranha que vejo, são médiuns que mal incorporam, nunca deram atendimento ou deram poucos atendimentos e estão cheios de dúvidas, entrando em cursos e se formando sacerdotes. Podemos notar a qualidade de sacerdote sendo feito. Um pai de santo sem contato nenhum com as dificuldades dos consulentes, com a experiência das entidades e com a humildade em reconhecer que não pode ajudar. Não há fórmula mágica que seja mais poderosa do que a moral elevada.

Esses casos geram várias casas, supostamente umbandistas, cheias de inexperiência, inaptidão e obsessões espirituais. Podemos notar pela fragilidade de sua corrente, pelo sofrimento passado pela corrente mediúnica sendo atacada constantemente e por uma certa instabilidade, que insiste em fechar várias casas.

Vamos lembrar que o médium não é um super humano ou alguém evoluído, são geralmente almas encarceradas em seus arrependimentos e cheias de situações a resolver, que pediram a mediunidade como uma ferramenta para acelerar esse processo e sabiam que juntamente com a mesma viria o combate contra o ego, a vaidade e o orgulho.

Projeção pessoal nunca pode ter espaço dentro de uma tenda umbandista e um pai de santo sério e comprometido irá refletir isso em sua simplicidade, em sua humildade e em sua responsabilidade. Mas vemos muita arrogância por aí, infelizmente.

O estudo é fundamental em todas as áreas, porém, não adianta se dizer sacerdote sendo que a Espiritualidade não lhe outorgou isso. Creio que a posição é muito complicada e sempre será alvo de olhares de admiração e de desconfiança, mas ser Pai-de-Santo, Babá, Iaiá, Sacerdote, Dirigente, Zelador, etc, é mais do que simplesmente satisfazer a nossa egolatria. É preciso ter comprometimento… Lembre-se que estamos lidando com o Espiritual do ser humano e isso é o mais importante.

A.D.






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Os Ensinamentos dos Guias

Os Ensinamentos dos Guias

Trabalho como médium de Umbanda há alguns anos e, até hoje, não me acostumo com a confusão que existe em função das entidades usarem nosso corpo. O preto velho vem, trabalha e, como é de sua característica, comove com sua doçura e candura. Aquela entidade se torna importante para as pessoas que ele atende. Torna-se o vovô dos contos de fada, que nos dá colo e carinho e, quando precisamos, sempre tem um jeitinho meigo de colocar nossos pés no chão. Aprendemos a amar. Quando percebemos, já tomou conta dos nossos corações.

O Caboclo desce com seu brado e encanta com sua beleza e sua força. Todos os respeitam por tudo que ele representa. Uma entidade em completa comunhão com a natureza e com a vida. Mostrando-nos em que seres humanos devemos nos tornar. É um espelho de como se deve agir.

A criança, com sua pureza de coração e suas brincadeiras, é a prova viva que existem sim espíritos que amam somente por amar. Fazem “arte” e alegram nossos corações com travessuras juvenis. São verdadeiros doutores, que trazem dignidade ao espírito com sua simplicidade e curam as chagas abertas em nossos corações.

O Exu, aquele que é tão polêmico entre os que não o compreendem, verdadeiro guardião, amigo leal que trabalha no cumprimento da lei de Deus. Guerreiros do astral, estão sempre olhando e intervindo por nós. São os verdadeiros anjos da guarda. Ajudam-nos no progresso e nos dão força para nos reerguermos nas quedas. Todos podem te abandonar, o mundo pode ser cruel e te tirar tudo, mas ele sempre estará ao seu lado. Amigo querido, o que seria das nossas vidas sem eles?

E são tantos outros, que provavelmente um texto viraria um livro. Malandros, baianos, boiadeiros, marujos, ciganos, orientais, etc. Cada um com sua característica, com uma história, com um carinho especial. Palavras não conseguem descrever a real participação que estes guias têm na vida de seus “filhos”.

Sabendo disso tudo, que digo que não me acostumo com a confusão que existe quando o guia vai e ficamos apenas nós, os “cavalos”. Quem dera se eu fosse uma pontinha de cada um deles. Mesmo estudando muito, presenciando atendimentos como um telespectador que somos nós médiuns, ainda hoje me surpreendo com as palavras ditas por eles. O problema é que quando o consulente, que ama aquela entidade, chega perto de você, confundindo com o guia que há alguns minutos recebeu, ele se decepciona, pois logicamente ainda temos muita estrada pela frente para chegar perto do que eles alcançaram. Por isso médiuns, que o estudo tem de ser constante e o aprendizado eterno, mas com afinco de sempre tentar mais e mais sermos pessoas melhores.

Devemos isso a esses guias que se utilizam de nós para realizar este trabalho. Devemos isso ao consulente que vai buscar consolo para suas dores em nossa casa, confiando e amando. Devemos isso a esta religião que nos acolhe de braços abertos.

O médium de Umbanda tem que estar sintonizado com os ensinamentos dos guias que ele incorpora. Não é sem motivo que seu corpo se faz templo para a passagem dessas entidades de tamanha iluminação. O médium deve ser um livro onde os ensinamentos ficam registrados e a forma de lermos todos esse saber se faz nas obras que esse médium constrói e no exemplo que ele se torna aos outros.

Ser médium não é só sentar no toco e servir de marionete. Ser médium é muito mais que isso. Quem aprende a ser um verdadeiro médium se torna um verdadeiro umbandista e um verdadeiro cristão. Ser médium não é um dever e sim uma oportunidade. Só quem é médium de verdade sabe da dádiva que é estar neste contexto. Estamos sentados no “camarote vip” da espiritualidade, bebendo a água mais cristalina nessa fonte antes de todos.

Então, meus irmãos, abracem essa oportunidade com todo amor e dedicação para que todos saibam a satisfação e a honra que é estar neste lugar privilegiado.

Marco Farnezi






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04/04/2019

Livrando-se de um Encosto

Livrando-se de um Encosto

Fiz questão de escrever essa pauta e informar as pessoas que nós, Exus Pombas Giras, não ficamos na frente da pessoa e muito menos atrás. Nos culpam por tudo ou quase tudo. Quando a mulher não arruma namorado - o comentário: "Tem um Exu Pomba Gira atrás de você. Ela está lhe atrapalhando!" Quando uma mulher é muito assediada- outro comentário ridículo: você tem uma Pomba Gira encostada em você. Nós, Exus Pombas Giras, não vivemos encostados em nenhum espírito encarnado. Quando precisamos vir para a Terra geralmente baixamos em terreiros de Umbanda onde, através da mediunidade, conversamos com os nossos filhos de fé. Temos deveres e regras, porque estamos ainda no caminho evolutivo. Precisamos nos libertar dos véus da carne, aprender mais e galgar novos ares.

Se você acha que está sendo influenciado por maus espíritos utilize o recurso da prece. Os maus espíritos estão por aí assim como pessoas más, bandidos, ladrões. Depende de sua faixa vibratória o que você atrai. Duvido que se você estiver muito bem conectado e com bons pensamentos e boas atitudes, seja alvo da espiritualidade zombeteira ou obsessores. Mas pode acontecer sim!

Tem gente boa e honesta que é assaltada por bandidos cruéis! Tem gente boa que também pode ser assediada por maus espíritos. Mas, algumas pistas podem mostrar se é assédio espiritual ou não:
  • De repente você é assaltado por maus pensamentos, por tristeza, por ideias estranhas.
  • Dores que mudam de lugar, dores nas costas, dores de cabeça sem causa física.
  • Vontade de se isolar.
  • Vontade de morrer de repente.
  • Ideias que martelam em sua cabeça e que você acha estranho, mas elas vêm.
  • Raiva
  • Vontade de xingar e falar palavrões.
  • Insônia
  • Visão de vultos escuros.
  • Barulhos.
  • Cheiros ruins em sua casa que independem da higiene do lar.
São algumas pistas, mas você pode se livrar do encosto através da oração ao seu anjo de guarda. A oração feita com fé é um antídoto contra as más energias.
Sim, você pode me dizer que reza e o efeito passa logo. Por que? Porque você não muda de atitude. Tem que haver mudança e reforma íntima. Um bom tratamento com passes, palestras, passes no terreiro, boas leituras, ajuda bastante.
Não desista do tratamento espiritual. Persista!
Se você gosta de acender velas para seu anjo de guarda também faz muito bem! Acender velas é um ritual muito positivo se agregado com pensamentos bons.
Alguns sintomas de obsessão podem prejudicar sua saúde mental e física. Alie tratamento médico ao espiritual!
Nem tudo o que você sente é encosto de maus espíritos! Você mesmo pode estar se obsidiando ou você mesmo atrai as dores e sintomas esquisitos.
Observe suas amizades e companhias. Observe sobre o que você conversa. Procure refletir sobre o que faz da sua vida e descobrirá a causa do encosto: VOCÊ MESMO!
Você é o responsável por suas companhias espirituais sejam elas quais forem: boas ou más.
Rosa Maria Cigana
Médium:Sandra Cecília





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Ser Umbandista

Umbandista saldando o chão


1- Usar branco não é fácil.

Pode parecer que é fácil, mas não é.

Essa cor traz uma responsabilidade enorme. Você terá que aprender a vigiar seus atos, zelar pelo seu espiritual e entender que há irmãos que precisam, naquele momento, mais do que você. Então, você trocará festas, shows, amigos, bebidas e um dia de descanso, para se doar algumas horas para uma pessoa que você nunca viu e provavelmente nunca mais vai ver, mas posso te garantir, vale a pena.


2 – Você é um médium 24 horas por dia e não só no terreiro.

Não adianta você se enganar dizendo que é médium só no terreiro porque você não é. A mediunidade faz parte de você, sempre fez, e isso não vai mudar. Aos poucos você vai descobrir isso e entender que a espiritualidade não é culpada pela sua colheita. Eles te mostram um caminho, mas você tem um livre arbítrio e realiza suas próprias escolhas. Você planta, você colhe.


3 – As entidades não estão ali de brincadeira.

Nenhuma entidade está ali de brincadeira. Todas elas, sem exceção, estão ali para trabalhar, ensinar e também aprender, por isso, ouça-os com atenção e trate-os com muito carinho e respeito.


4 – Exu é uma entidade de Lei.

Você vai entender que Exu não esta ali para brincar, beber, fumar, dar em cima de alguém ou amarrar uma pessoa. Não. Eles não são assim. Exus e Pombo Giras são entidades que trabalham nos planos inferiores sob a Lei do Pai Maior. São eles que nos protegem na entrada, na saída e nas encruzilhadas dessa vida. Alguns são brincalhões outros mais firmes, mas todos carregam consigo a seriedade em seu trabalho, se utilizando somente da energia da bebida e do fumo, nada mais. E se for preciso Exu trabalhar sem a bebida ou o fumo, ele trabalhará, sem dúvidas.


5 – É preciso ajudar e não só participar.

Ser médium e fazer parte de um terreiro não é só chegar no dia da Gira e fazer seu trabalho. Não. Não é assim.

O chão que você encontrou limpo, alguém limpou. A vela que você usou, alguém comprou. O local que você está, a luz que você utiliza e a água que você bebe, alguém pagou. Então, ajude…

Ajude a limpar quando puder, leve o seu material de trabalho e, toda vez que possível, auxilie na compra daquilo que falta na Casa, colabore com o que conseguir para a manutenção do aluguel, da água e da luz. Não. Isso não é sua obrigação, eu sei, mas também não é minha e nem do Dirigente que ali se encontra. A obrigação é nossa. Nós temos que manter e cuidar do lugar onde nossa espiritualidade escolheu para trabalhar.


6 – Cansa.

Isso eu preciso te falar: Irmão, cansa. Existe um antes, durante e depois, vou explicar:

ANTES de todo e qualquer trabalho, o terreiro precisa ser limpo da maneira correta e as firmezas precisam ser devidamente cuidadas.

Você precisará se alimentar de maneira correta, tomar seu banho de defesa, acender suas velas e se direcionar ao terreiro, algumas horas antes do inicio dos trabalhos, para ajudar, tentando permanecer sempre em silêncio.

DURANTE todo e qualquer trabalho, você estará fornecendo e recebendo energias, então, é importante que o processo do ANTES tenha sido cumprido com rigor. Se você for médium de passe, lidará diretamente com energias. Se você for cambono, também lidará diretamente com energias, por isso, em todos os casos e cargos, é importante manter a firmeza.

DEPOIS de todo e qualquer trabalho, é preciso deixar o ambiente limpo de novo, então, pegue a vassoura, a pá, a esponja e mãos a obra. Dia seguinte você com certeza estará com o corpo dolorido, entretanto, digo mais uma vez a você: vale a pena.


7 – Você vai se apaixonar.

Independentemente dos 6 itens acima, você vai se apaixonar. Seja você um cambono, um médium de passe, um médium em desenvolvimento, um futuro sacerdote ou um simples consulente, esteja você na corrente ou na assistência, você vai se apaixonar por essa religião e nada, NADA, vai pagar a sensação de paz que vai te invadir ao receber um abraço sincero de alguém que você nunca viu, ao ver um sorriso no rosto de quem chegou chorando, ao ouvir o mais simples e sincero “obrigado”… Nada vai pagar.’

A.D.





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02/04/2019

Atrapalhando a sua Mediunidade

Médium de Umbanda dando passe


Quando adentramos no mundo da Umbanda, aos poucos entendemos como funciona os dons mediúnicos que se manifestam em nossa religião. É conhecido por todos algumas das mais “populares” mediunidades que dentro da Umbanda podemos destacar: Incorporação, Clarividência, Clariaudiência, Intuição, Psicografia, entre outras.

Ao exercer essas mediunidades dentro de um Templo de Umbanda, estamos entrando em contato com Deus, nossos Orixás, e guias espirituais, e por muitas vezes, sentimos e vemos a cura ou a ajuda dada a aquele que vem buscá-la através de nós médiuns, porém alguns se esquecem que somos instrumentos e não donos de um poder mágico.

No decorrer do desenvolvimento dos dons mediúnicos, percebemos que muitos médiuns se envolvem em alguns sentimentos que atrapalham, paralisam e até, momentaneamente, cessa a sua mediunidade, como é o caso da inveja, da vaidade, da soberba, da maledicência, entre outros.

Infelizmente, existem alguns irmãos que estão mais preocupados com a mediunidade alheia do que com a sua, ficam espiando se o guia alheio faz mais milagres que o “seu”, se é mais poderoso que o seu, e de tudo faz para mostrar que seu guia pode mais, que é o maioral. Alguns outros irmãos se sentem os donos da verdade e do poder, a ponto de sentirem-se superiores a outros irmãos de corrente, assim se portando com orgulho, vaidade e dono do julgamento do que é certo ou errado.

Dentro desses casos podemos ver pessoas que, dia a mais ou dia a menos, irão se perder em sua mediunidade. Sabemos que a evolução de nossa mediunidade, e de sua abertura, depende sim de nosso comportamento, de nossa conduta e merecimento, e o quanto mais estivermos equilibrados, vibrando bons pensamentos e boas energias, estaremos sendo bons instrumentos de Deus.

Somos um canal, um meio, e sabendo disso, com o acumulo de brigas, vaidade, inveja, estaremos diminuindo o tamanho deste canal e a “mensagem” a ser transmitida para ajuda começa a ficar precária e dual, a ponto de interferências do próprio médium em questão ou de obsessores.

Não estou dizendo que devemos ser santos, ou pessoas perfeitas, mas sim médiuns de Umbanda, convictos de sua missão, valores e postura dentro de um Templo que é sagrado.

Devemos sim nos observar, nos analisar, mas não de uma maneira cruel, e sim de uma maneira segura e equilibrada e acima de tudo racional.

Aos médiuns que se perderam dentro desses sentimentos, e suas mediunidades começaram a “falhar” e tida como duvidosa ao longo do tempo, este é o momento de reflexão, de meditação e principalmente de recomeço, pois nada está perdido e todos nós estamos buscando a evolução, não importando o tempo que isso possa levar.

A.D.






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27/03/2019

Fundamento ou Elemento de Rito?

Fundamento ou Elemento de Rito?

Venho observando através dos anos de prática mediúnica umbandista e de direção de terreiro, a enorme confusão que as pessoas fazem em relação a o que pode ou não ser considerado um terreiro de Umbanda.

Infelizmente, esquecendo-se que a premissa básica é a caridade que se pratica no local, o que determina que seja Umbanda, começam a confundir fundamentos com elementos de rito (ou culto), assim, tal qual senhores da verdade e profundos conhecedores, do que não sei até hoje, rotulam os nossos terreiros de umbanda isso, umbanda aquilo, umbanda aquilo outro, como se tivessem o direito de fazê-lo.

Visando auxiliar na minimização de barbaridades que são ditas é que tenho a ousadia, me perdoem os mais velhos, de escrever esse artigo.

Em primeiro lugar é fundamental estabelecermos algumas premissas básicas para o perfeito entendimento do que estou querendo passar e isso diz respeito a diferenciação do que seja “fundamento” de “elemento de rito”.

Fundamento: é tudo que existe velado, ou não, no terreiro que “fundamenta” e direciona o trabalho. Estabelece as linhas de forças trabalhadas e cultuadas, assim como a missão da Casa. Ou seja, interfere e determina o resultado final dos trabalhos realizados. É estabelecido pelo Alto. Exemplo: firmezas ou pontos de força estabelecidos no Congá.

Elemento de Rito: é tudo que existe, velado ou não, que presente ou não, não interfere no resultado final dos trabalhos e nem na missão da Casa. É estabelecido pelo sacerdote.

Clarificado isso, entro agora no ponto que gostaria de falar. O que determina realmente se um terreiro é de Umbanda?

Acredito que já esteja mais do que claro que Umbanda e Candomblé são religiões distintas que guardam muito mais diferenças do que semelhanças. Já o Omolocô, ou Umbanda traçada, ou umbandomblé, ou seja lá o nome que se queira dar a essa forma diferenciada de religião, é que costuma confundir os médiuns iniciantes.

Citarei alguns exemplos, sempre me referindo a umbanda por ser essa a minha religião, das demais nada entendo e nem me vejo na obrigação de entender, já que sou sacerdotisa de umbanda.

  • Na umbanda o atabaque é elemento de rito, ou seja, a presença ou não do atabaque NÃO interfere no RESULTADO final do trabalho. A gira pode ficar, e fica mesmo, mais alegre, mais “vibrante”, mas o resultado final é o mesmo. As entidades incorporam e fazem seu trabalho da mesma maneira.
  • As roupas (saias rodadas, etc.) são elemento de rito, o fato de serem brancas é que é fundamento, ou seja, se as mulheres trabalham com “baianas” rodadas ou sem roda, ou de jalecos não interfere no resultado final do trabalho. As roupas coloridas podem ser usadas em giras festivas. Vai da preferência do sacerdote.
  • Sacrifício de animal não é fundamento e muito menos elemento de rito da umbanda, entretanto é e tem fundamento em outras religiões.

Digo tudo isso porque o Centro Espiritualista Caboclo Pery - CECP já foi rotulado de “não umbanda” porque tem atabaques e porque eu uso baiana (saia rodada) e ojá (turbante). Óbvio que tudo isso é elemento de rito!

Já foi rotulado de “umbanda branca” e de “fraquinho” porque não faço sacrifício de animais e nem “devolvo trabalhos” ou faço “trabalhos de amarração”. Isso é mais do que fundamento, é respeito ao livre arbítrio!

Outros já disseram que parece uma igreja evangélica porque uso microfone. Vem cantar num terreiro que tem 153m² sem microfone prá ver se você tem voz no meio da gira!!! Ah! O uso do microfone não é fundamento, nem elemento de rito, tá?! E eu sei que Orixá não é surdo, entretanto as pessoas não escutam o que digo e nem o que canto. Bem, eu já fui criticada até por ter ventilador no terreiro!!

Esses simples exemplos servem apenas para ilustrar o que estou querendo dizer, diretamente aos médiuns que estão acostumados a criticar e rotular os terreiros dos outros, pois se acham os donos da verdade e adoram dar “conselhos” aos menos esclarecidos. Ah... Vaidade! Ah... Prepotência!!

É tão fácil e simples saber ou detectar se um terreiro é de umbanda ou não... Há caridade? Não há cobrança por trabalhos, consultas ou passes? Não há sacrifício de animais? Então é umbanda. Fácil, não?

O resto... Bem o resto (quase tudo) é elemento de rito. O que é o “quase tudo”?

Pergunte ao seu dirigente, ele certamente sabe!

No mais, vamos tomando nossos banhos, fazendo nossas orações, pegando nossas guias, as toalhas, vestindo nossa roupa branca e vamos trabalhar porque a umbanda precisa é de médiuns mais preocupados em servir do que de juízes. Não acredita em mim? Então pergunta para qualquer preto velho ou caboclo, porque são eles que fazem um terreiro de umbanda.

Iassan Ayporê Pery





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