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28/06/2018

A Umbanda é Única

A Umbanda é Única

Falam em tantas Umbandas: branca, esotérica, popular, traçada, de nação, omolokô, umbandomblé, candomblé de caboclo, evangelizada, kardequizada, iniciática e outras mais.

O que é Umbanda então?

Se são tantas, porque cada qual teima em dizer que somente a sua, aquela que ele pratica, é a verdadeira?"Origens", respondem todos em unísono! Esta seria a solução para os problemas!

E qual a origem da Umbanda verdadeira? Lá vamos nós novamente viajar por inúmeras teses. Negros Africanos, Sumérios, Atlântida, Astros, Planetas Diversos, Seres Extraterrenos, Anjos Celestiais, etc...

Mas será que isso tudo é importante? Por que temos que precisar ou determinar qual das Umbandas é a mais ou a unicamente correta?

Quem sabe não são mesmo várias Umbandas, totalmente diferentes umas das outras. Ou, ainda por outro lado quem sabe, ela é somente uma mesmo, apenas com várias ramificações! E porque seria assim? Afinal de contas todas as demais religiões não são únicas? Serão mesmo? Vejamos:

A Igreja Católica divide-se em um sem número de ramificações, das tradicionais às mais atuais. Tem a Apostólica Romana, Apostólica Brasileira, Carismáticos, Ortodoxos e outras. E todos se denominam como? Católicos! Nada mais! Se as conversas convergem para fundamentos religiosos, aí sim quando sabem, denominam-se especificadamente.

E os Evangélicos? Se autodenominam Cristãos! Antes eram Crentes, agora não gostam mais dessa denominação, afinal de contas, os praticantes das demais religiões também o seriam, já que todos os que creem em Deus, Crentes como eles seriam. Mesmo que seja aplicada de igual forma em relação a Cristãos o entendimento sobre outras religiões, parece esta denominação genérica a que mais os diferenciam das demais. Mas e entre eles próprios, existem diferenças entre as denominações? Sim e não são poucas. Batista, Adventista, Assembléia de Deus, Testemunha de Jeová e outras mais novas.

E nós, os Umbandistas, e porque não dizer Espíritas, não podemos ter também várias denominações ou entendimentos? Opa! Espere um pouco! Umbandistas ou Espíritas?

Lá vamos ter outra briga séria com alguns de nossos irmãos Kardecistas. Afinal de contas, de acordo com alguns deles, somente são espíritas os que seguem a doutrina espírita desenvolvida por Allan Kardec. Mas qual a definição de Espírita? De acordo com o próprio Allan Kardec, que no livro dos médiuns, assim define Espírita. "Espírita, é aquele que crê no espírito e nas suas manifestações". Assim todo aquele que acredita nesta máxima, do ponto de vista do próprio Kardec, então será espírita. Devemos apenas nos preocupar em sermos bons espíritas. Coisa que, infelizmente muitos irmãos, sejam Umbandistas, Kardecistas ou outros, ainda não se preocupam como deveriam.

Mas voltemos aos nossos próprios problemas. Já temos bastantes deles entre nós para que nos preocupemos com outros externos!

O que é mais importante numa religião? De onde ela vem ou para onde ela vai? Que interessa o berço em relação ao trabalho futuro. Será mais importante a caridade do irmão de poucas posses do que a oração do mais abandonado?

Se formos olhar bem a fundo cada uma das diversificações de nomes ou qualificações das diversas Umbandas, veremos que em todas elas manifestam-se entidades espirituais semelhantes, tais como os Caboclos, Pretos-Velhos, Exus, Crianças e Orixás.

Uma religião que prima pela Caridade, Humildade e Amor, não poderia se dividir tanto entre seus filhos. Discutem se o Caboclo pode ou não pode usar cocar, se o Preto-Velho pode ou não pode usar chapéu, se Exu é guardião ou apenas mensageiro e deixa-se muitas vezes de perceber e até mesmo de cobrarem a si próprios se a caridade que estão praticando ou intermediando é real.

Será que chegar ao centro já olhando que horas são, pois o médium tem um compromisso inadiável mais tarde, permitirá ao Caboclo praticar uma boa caridade utilizando aquela matéria tão apressada?

Será que a humildade do Preto-velho terá capacidade de influenciar uma pessoa acometida de mau momento ou dor física, a ter calma ou perdoar a quem a tenha ofendido, vibrando numa cabeça que o encara não como um escravo simples, que pela dor alcançou a luz, mas sim como um majestoso soberano que não poderia imaginar como tamanha fraqueza de pensamentos pode assolar estas ínfimas criaturas.

E ainda sobre o Caboclo, o qual na concepção daquele médium não é índio, mas médico ou um antigo rei de uma civilização ainda desconhecida, poderá atuar sobre quem o considera apenas um índio forte e garboso?

E Exu? Ele que em algumas casas mais sofisticadas é Guardião, entidade de alta luz que tem trânsito livre entre todos os ambientes vibracionais, liberando ou aprisionando almas ainda em decomposição moral, e que nas casas mais populares é apenas um enviado de entidades, ou mesmo um serviçal incumbido de levar e trazer as cascas grosseiras dos restos dos trabalhos espirituais, descarregando-os nos lodaçais espirituais no baixo astral de onde ele pode até sair, mas não poderá ir tão alto, para que as luzes espirituais dos ambientes muito elevados não o ceguem.

E se saísse, o que faria? Sua fraqueza espiritual não o permitiria enxergar mesmo os seres iluminados de outras diretrizes. Será mesmo que as entidades se preocupam com estas diferenciações? Não! As entidades espirituais são seres de luz, são apesar de ainda imperfeitos na evolução espiritual, conhecedores da visão mais iluminada da caridade. Eles não se preocupam com as roupas que a eles queremos impor. Para eles o que importa é o amor, a união, a elevação.

Irmãos! Que divisão nada!
A Umbanda é única! Ela é perfeita! Tão perfeita que se adapta a tantas interpretações, tão linda e majestosa, que aos olhos de cada um mostra a luz da maneira que possa ser percebida. E suas origens são mesmo polêmicas, mas não traduzem os maiores ideais da religião: Caridade, Humildade e Amor. Que se busquem historicamente as origens, mas não contaminemos nossa prática religiosa com nossas próprias imperfeições, com nossos próprios preconceitos, com nossos próprios interesses pessoais.

Ao invés de subdesenvolvido, que tal tradicional? Ao invés de cultos exagerados, que tal criteriosos Ao invés de discussão, que tal aceitação? Não seremos menor se Africanistas, ou maior se Iniciáticos! Mais capazes, se optarmos por fundamentos de nação ou menos capazes, se seguirmos os ensinamentos à luz Kardequiana! Seremos sim maiores ou menores, se levarmos em consideração a caridade que conseguirmos praticar!

Muitos se mostram prontos para uma verdadeira luta na intenção de resgatar a verdadeira Umbanda, outros pretendem livrá-la de influências negativas de outras religiões. Vamos fazer mais que isso! Vamos praticar a nossa Umbanda, aquela que nos toca ao coração com sentimentos de amor e caridade. Vamos mostrar esse amor a todos os nossos irmãos. E aí quem sabe, teremos uma Umbanda única e verdadeiros Umbandistas.

Autor desconhecido


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27/06/2018

Meu Orixá é Melhor que o Seu

Meu Orixá é Melhor que o Seu

“MEU ORIXÁ É MELHOR QUE O SEU”. Quantas vezes nós já ouvimos esta afirmação de nossos irmãos Umbandista ou até mesmo daqueles que têm afinidade com a Umbanda? Mas, o que mais me assusta, como sempre, são os comentários feitos muitas vezes por nossos irmãos praticantes de nossa Religião. O meu susto não pára apenas na frase, ou seja, no conteúdo destas palavras, mas no tom de voz que é utilizado e a postura muitas vezes “arrogante” de alguns irmãos. Na minha visão, estamos primeiramente desrespeitando os Orixás e na sequência estamos nos achando superiores ao nosso próximo, coisa esta que é tipicamente nossa.

Vamos lembrar que todos os Orixás estão vivos em nossa coroa e em nossas vidas, mas observe que estamos falando de Orixá, O Dono da Cabeça, seres supremos, logo não existem divergências e tão pouco estrelismos ou melindres, como nós temos.

O assunto é tão sério que já ouvi pessoas sendo filhos (as) de Omulu dizerem que sentem “vergonha” de sua coroa, porque seu Pai é um Orixá “ancião” ou porque, para alguns, ele carrega o símbolo da morte. Com isso, aparecem os piores comentários: “Nossa! Então se sou filho de Omulu eu vou morrer? ”Sim, todos nós vamos um dia. “Nossa! Então eu sendo filho de Omulu eu posso matar qualquer um?” Não, a menos que goste de ficar em uma penitenciária respondendo um processo criminal.

Da mesma forma que tem àqueles que rejeitam temos também os médiuns, enchendo a boca para dizer: “Sou filho (a) de Oxum” ou “Sou filho (a) de Xangô”, etc.. Em alguns casos tem o complemento: “Meu Orixá é melhor e mais forte que o seu”. Acredito que nos dois casos, tanto no desprezo / vergonha, bem como na “Idolatria”, são cenários de uma enorme falta de respeito com os nossos Pais e Mães Orixás.

Por que temos que sentir vergonha ou desprezar o Orixá que está em nossa coroa ou na coroa de nossos irmãos? Por que muitos chegam a mentir com relação àqueles que regem sua coroa? Se todos os nossos Pais e Mães Orixás são Sagrados, por que rejeitamos o Sagrado? Por que desprezamos o Sagrado que nos escolheram e estão nos protegendo?

Não podemos fazer comparativos entre as forças dos nossos Orixás, dizendo que “o meu é melhor que o seu”, porque todos têm suas funções, ações, forças, estruturas, realizações, qualidades, etc.. O que seria da força de Ogum, para abrir os caminhos, se não existisse a força de Omulu para paralisar ou finalizar os pensamentos negativados demandados contra nós? O que seria da geração de Yemanjá, provendo condições melhores em nossas vidas, se Nanã não decantasse as nossas frustrações?

Com estes questionamentos, como podemos afirmar que o “Meu Orixá é melhor que o seu”? Todos nossos Pais e Mães Orixás têm suas qualidades e se completam em uma grande força quando unidos, formam um TUDO e um TODO onde podemos, ainda, visualizar que existe um relacionamento e até mesmo uma “dependência” na atuação de um para o outro. É uma visão muito pequena achar que o Orixá que rege a minha coroa é muito mais importante do que o que rege a coroa do meu irmão.

Em primeiro lugar, nós somos escolhidos por nossos Pais e Mães Orixás. Em segundo lugar, TODOS nós temos uma missão para cumprir e os nossos Pais e Mães Orixás estão nos auxiliando nesta caminhada, tarefa, esta, que é bem difícil para Eles. Geralmente ficam nos mostrando os caminhos que devemos percorrer, bem como, o que devemos fazer, mas na maioria das vezes não escutamos, não percebemos e não sentimos, pois estamos tão preocupados com nossos “pobres” pensamentos julgando os Pais e Mães Orixás de nossos irmãos, achando que podemos ser mais importantes ou melhores só por que não temos o mesmo Orixá na coroa, que não conseguimos perceber ou ouvir o que eles estão tentando nos mostrar ou dizer.

Então meu irmão, não se sinta mais ou menos importante diante daquele que possui um Pai ou Mãe Orixá diferente do que possui em vossa coroa, sinta sempre o Orgulho de ter sido escolhido por Ele e por Ela, deixe que as essências de vosso Pai e Mãe Orixá atuem em vossa vida. Não pratique a difamação dos Sagrados, não se esconda da vossa essência, não vire as costas para àqueles que lhe escolheram como filho (a). Sejamos no mínimo, bons filhos (as), respeitando e cultuando as forças daqueles que nos sustentam.

Não diga: O MEU ORIXÁ É MELHOR QUE O SEU, mas

Diga assim: OS NOSSOS ORIXÁS SE COMPLETAM NA ESTRUTURA DE DEUS.

Danilo Lopes Guedes


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21/06/2018

A Influência dos Orixás Sobre Nosso Corpo Físico e Psíquico

A Influência dos Orixás Sobre Nosso Corpo Físico e Psíquico

Assim como os signos do zodíaco, atribui-se personalidades para os filhos de determinados orixás, aliás, todo orixá influencia na personalidade de seu filho, é o que muito se fala nos terreiros umbandistas.

O Orixá influencia no campo psíquico do médium atribuindo-lhe uma personalidade com qualidades e outros adjetivos que devem ser superados (Nota: Não utilizei a palavra defeito na personalidade) e também no campo físico do médium, atribuindo-lhe seu biótipo.

Essa influência se deve à vibração das quais todos nós estamos suscetíveis, nos estudos kardecistas, afirma-se que dependendo de nossa frequência vibratória, podemos estar sendo influenciados por espíritos malévolos que podem por breves momentos, assumir nosso campo psíquico forçando-nos a tomar atitudes que não fazem parte de sua personalidade.

Tudo é magnetismo, tudo está disperso no Cosmos, são como frequências de rádios, estamos no meio onde todas elas circulam, a forma de captação depende única e exclusivamente do seu estado de espírito, de como você mesmo cria suas formas-pensamento.

Têm-se a certeza que estamos sempre influenciados no campo vibratório de onde vivemos, a vibração do Orixá não é diferente.

Nascemos sob a vibração de um Orixá nativo, vamos pegar, por exemplo, o meu Xangô. A minha frequência vibratório é oriunda da energia de Xangô, a escola do astral da qual eu estudei, consequentemente é regida pelos ensinamentos da energia de Xangô, portanto, por algum motivo, vindo com essa energia, significa que a minha missão terrena está sob os auspícios da Energia de Xangô.

De acordo com meus estudos esotéricos, Xangô além de ser o orixá da Justiça, é aquele que nos impulsiona aos estudos, aquele que estimula o intelecto do seu filho, diferente de Oxossi, Oxossi traz o conhecimento, traz a doutrina, Xangô impulsiona seus filhos a estudar justamente o que Oxossi traz, um estimula e concede a inteligência e outro já traz toda a sabedoria e o conhecimento pronto. Xangô é uma vibração que atua sobre advogados, escritores, o conhecimento holístico, entre outros campos de atuação, portanto, baseado em minhas pesquisas e conhecimento adquirido, minha missão aqui na Terra, é fazer jus à vibração qual eu vim, se foi por escolha ou obrigação, não sei dizer.

Claro que a vibração de Xangô traz muitas qualidades, além dessas que eu citei, geralmente são pessoas amigas, justas, entre outros adjetivos que não convém dize-los para que eu não seja apologético à vaidade.

Agora com as qualidades, também se vê os problemas, geralmente são ciumentos, violentos, possessivos, orgulhosos e arrogantes. Pois bem, aí é onde começam os problemas, muitos médiuns, como eu mesmo já conheci vários deles, dizem: Eu sou ciumento por causa do meu orixá; Ah, é culpa do meu orixá eu ser assim, entre outras desculpas fúteis e infundadas.

Aquele que está acomodado com seus problemas e não pensam em muda-los, não merecem galgar os degraus da evolução, é muito fácil culpar o orixá e acomodar-se aos problemas que em vários sites de Umbanda costumamos ler; Isso é muito simples, ah, eu sou assim por causa da minha Oxum.

Com o perdão da palavra, isso é coisa para ignorantes, não devemos nunca ficar parados e inertes com a situação que vivemos, sim, devemos sempre aprender, crescer e mudar, superar os nossos problemas, talvez, justamente eu vim sob os auspícios de Xangô porque eu fiz jus pelas qualidades que tenho e também por ser capaz de superar os meus problemas que já vem de outras vidas, se é normal um filho de Xangô ser possessivo, então é imperativa a sua superação, para que possamos “positivar” ainda mais essa energia e superando os defeitos, irrefutavelmente aumenta-se o número de qualidades.

O fato de se acomodar com seus problemas e culpar o orixá é digno de um covarde, e infelizmente esse tipo de atribuição ainda existe em muitos médiuns umbandistas.

E aquele que conhece o seu defeito e é incapaz de corrigi-lo por acomodação, é muito mais ignorante que aquele que ainda não tem ciência do seu próprio problema.

Portanto, é mais claro que o Sol que sempre estar sob influência vibratória, mas é imperativo que para galgarmos os degraus, primeiramente precisamos estudar, esse estudo vira uma espécie de conhecimento, e aliada à experiência, torna-se sabedoria.

Então, caros leitores, o orixá não tem defeitos, talvez a sua vibração traga assim algumas TENDÊNCIAS, mas acomodar com essas tendências aceitando ser um presente do destino, foge às regras do Livre-Arbítrio, uma vez o Sr. Chico Preto disse: O Livre Arbítrio é tão sagrado que nem Deus interfere, então não vamos acomodar com esses problemas psicológicos e culpar os orixás, devemos sim, aceita-los e com nossas qualidades, aprender a supera-los e vence-los, pois somente assim, entraremos na Senda Divina.

E vale lembrar que Nenhuma influência é mais poderosa que nossa própria força de vontade.

Talvez a vibração do Orixá possa sim formar o nosso caráter, mas não os nossos desvios, as qualidades que trouxemos, podem perceber que geralmente são as primordiais para superação dos defeitos, lembrem-se disso.

Não culpem os orixás pela sua personalidade e nem tampouco pelos seus problemas, culpem a vocês mesmo que os seus próprios pensamentos os levaram a isso, os fizeram entrar nessa vibração, então nada melhor que nós mesmos, para poder supri-los.

Em relação ao biótipo, é outra constante, geralmente os filhos de Xangô são troncudos, possuem uma ótima saúde e uma forte estrutura óssea, e geralmente têm tendências a engordar, e repito TENDÊNCIAS.

Uma filha de Oxum na casa, que também é um orixá que seus filhos têm tendência a engordar me disse: É um saco ser gorda, minha Oxum bem que podia me dar um copo legal, faço de tudo por ela e continuo essa anta.

Questionei a dieta dela, e para quem almoça praticamente 3x ao dia e janta 2x ao dia, realmente a Oxum é culpada por fazê-la ter tanto apetite. É mais um caso da acomodação, a tendência não influencia em nada sua força de vontade, assim como dizem dos signos do zodíaco, as estrelas ditam tendências, mas não todo o seu destino.

Tanto o biótipo quanto a personalidade, sofremos sim certa influencia desde o nascimento, mas antes dessa influencia, Deus nos forneceu a Força de Vontade e o Livre Arbítrio, que pode “quebrar” essas tendências negativas da qual viemos.

Lembrem-se, o Orixá não é culpado pelos seus problemas, nem seus desvios, não é culpado pelo seu excesso ou falta de peso, temos sim características provenientes da vibração da qual estamos sujeitos, isso é fato, mas a persistência e fé, além do amor, está acima de qualquer coisa, não aceitem as condições desfavoráveis e nem se acomode com os problemas, você, e somente você, é capaz de mudar o seu Mundo, o orixá é apenas um presente Divino para que com a ajuda dele, você possa crescer como ser humano.

Xangô é justiça, devo ser justo, é minha obrigação atuar com justiça para fazer jus à Luz da qual eu vim, do conhecimento ao qual acumulei em minhas existências, devo estimular a intelectualidade, até a inteligência se expande, não é limitada e nem destinada, devo aprender para talvez passar para as pessoas, Xangô tem certa influência sobre os dons da cura, portanto, devo ser um médium que procura visar o bem estar físico e mental do próximo, Xangô influencia também o meio acadêmico, devo ter didática para o pouco que eu sei, poder instruir aqueles que iniciam sua jornada evolutiva, e assim por diante.

Sinta quais são as qualidades que você foi presenteado pra essa sua existência, sinta o porque você recebeu como energia, como vibração, tal Orixá, faça jus às qualidades das quais você veio para a Terra, cresça, torne-se a imagem dessa vibração nativa e tudo o que for ruim, supere para que “positive” essa sua vibração e que você galgue mais um degrau nas escadas da Evolução.

Neófito da Luz


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19/06/2018

Diferenças Mediúnicas Entre Umbanda e Kardecismo

Diferenças mediúnicas entre Umbanda e Kardecismo

 
No livro “Lições de Umbanda e Quimbanda na Palavra de Um Preto-Velho” – W. W. da Matta e Silva, há um relato de Pai Ernesto de Moçambique sobre a diferença entre a mediunidade da “mesa kardecista” e a mediunidade de Umbanda :

“Pergunta : Existe alguma diferença entre a mediunidade da mesa kardecista e a mediunidade de Umbanda?

Resposta : “Sim! A mediunidade no chamado espiritismo de mesa é acentuadamente mental, as comunicações são quase telepáticas, predominantemente inspirativas, isto e’, os espíritos atuam mais sobre a mente dos médiuns, pois a atividade do espiritismo se processa mais no plano mental. Espiritismo de mesa não tem a missão de atuar no baixo astral contra os elementos de magia negra, como acontece com a Umbanda. Ele é quase exclusivamente doutrinário, mostrando aos homens o caminho a ser seguido a fim de se elevarem verticalmente a Deus. Sua doutrina fundamenta-se principalmente na reencarnação e na Lei de Causa e Efeito. Abre a porta, mostra o caminho iluminado e aconselha o homem a percorre-lo a fim de alcançar a sua libertação dos renascimentos dolorosos em mundos de sofrimentos, como é o nosso atualmente, candidatando-se à vivência em mundos melhores. Em virtude disso, a defesa do médium kardecista reside quase exclusivamente na sua conduta moral e elevação dos sentimentos, portanto os espíritos da mesa kardecista, após cumprirem suas tarefas benfeitoras, devem atender outras obrigações inadiáveis.

É da tradição espirita kardecista que os espíritos manifestem-se pelo pensamento, cabendo aos médiuns transmitirem as ideia com o seu próprio vocabulário e não as configurações dos espíritos comunicantes.

Em face do habitual cerceamento mediúnico junto às mesas kardecistas, os espíritos tem de se limitar ao intercâmbio mais mental e menos fenomênico, isto é, mais idéias e menos personalidade. Qualquer coação ou advertência contraria no exercício da mediunidade reduz-lhe a passividade mediúnica e desperta a condição anímica. Por esta razão há muito animismo na corrente kardecista.

A faculdade mediúnica do médium ou cavalo de Umbanda é muito diferente da do médium kardecista, considerando-se que um dos principais trabalhos da Umbanda é atuar no baixo astral, submundo das energias degradantes e fonte primaria da vida.

Os médiuns de Umbanda lidam com toda a sorte de tropeços, ciladas, mistificações, magias e demandas contra espíritos sumamente poderosos e cruéis, que manipulam as forcas ocultas negativas com sabedoria. Em consequência o seu desenvolvimento obedece a uma técnica especifica diferente da dos médiuns kardecistas. Para se resguardar das vibrações e ataques das chamadas falanges negras, ele tem de valer-se dos elementos da natureza, como seja: banhos de ervas, perfumes, defumações, oferendas nos diversos reinos da natureza, fonte original dos Orixás ,Guias e Protetores, como meios de defesa e limpeza da aura física e psíquica, para poder estar em condições de desempenhar a sua tarefa, sem embargo da indispensável proteção dos seus Guias e Protetores espirituais, em virtude de participarem de trabalhos mediúnicos que ferem profundamente a ação dos espíritos das falanges negras, isto e’, do mal que os perseguem, sempre procurando tirar uma desforra.

Por isso a proteção dos filhos de Terreiro é constituída por verdadeiras tropas de choque comandadas pelos experimentados Orixás, conhecedores das “manhas e astúcias” dos magos negros. Sua atuação é permanente na crosta da Terra e vigiam atentamente os médiuns contra investidas adversas, certos de que ainda é muito precária a defesa guarnecida pela evocação de pensamentos ou de conduta moral superior, ainda bastante rara entre as melhores criaturas. Os Chefes de Legião, Falanges, Sub-falanges, Grupamentos e Protetores, também assumem pesados deveres e responsabilidade de segurança e proteção de seus médiuns. É um compromisso de serviço de fidelidade mutua, porem, de maior responsabilidades dos Chefes de Terreiro.

Daí as descargas fluídicas que se processam nos Terreiros, após certos trabalhos, com a colaboração das falanges do mar e da cachoeira, defumação dos médiuns e do ambiente e dando de beber a todos água fluidificada. Espirito que encarna com o compromisso de mediunidade de Umbanda, recebe no espaço, na preparação de sua reencarnação, nos seus plexos nervosos ou chacras, um acréscimo de energia vital eletromagnética necessária para que ele possa suportar a pesada tarefa que irá desempenhar.

Na corrente kardecista, isto não acontece, em virtude de não ter de enfrentar trabalhos de magia negra, como acontece na Umbanda, e mesmo permitir aos guias atuarem-lhe mais fortemente nas regiões dos plexos, assumindo o domínio do corpo físico e plastificando suas principais características.

Caboclos e Pretos Velhos revelarem-se nos Terreiros com linguagem simples para melhor compreensão da massa humilde, assim como as crianças, encarnando suas maneiras infantis para melhor aceitação das mesmas.


Fonte: Lições de Umbanda e Quimbanda na Palavra de Um Preto-Velho – W. W. da Matta e Silva


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18/06/2018

Influência Moral do Médium

Influência Moral do Médium
Nas comunicações mediúnicas, o médium é apenas o intermediário. Ao contrário do que muita gente pensa, o espírito comunicante não entra no corpo do médium. Ele exerce sua influência agindo sobre a mente do médium, aproveitando os recursos existentes no cérebro deste, inclusive os conhecimentos de linguagem que o mesmo tem.

Em qualquer comunicação, no entanto, torna-se difícil separar o que é do médium e o que é do espírito. A afinidade de ambos é muito importante, e fica muito difícil um médium receber comunicações de espíritos com quem não tem grande afinidade. Por outro lado, é importante o preparo do médium e sua condição moral.

Os médiuns que têm uma vida dissoluta, de moral duvidosa, têm pouca possibilidade de receber comunicações de espíritos de elevado nível. Um dos fatores que influem bastante na comunicação é a vaidade. É por essa razão que nunca devemos elogiar muito os médiuns, pois eles são simples intermediários e quando se envaidecem do que estão recebendo, acabam por perder a mediunidade. Poucos médiuns são humildes o bastante como o foi Francisco Cândido Xavier, que embora tenha nos trazido páginas belíssimas de elevado cunho doutrinário e de uma correção gramatical perfeita, jamais se orgulhou de seu trabalho, se colocando mesmo muito abaixo de todos.

Conheci um médium em minha mocidade que era extraordinário. Ele curou muita gente, e transportava, quando em transe, remédios, flores, livros e objetos que não estavam no local e que apareciam por encanto em suas mãos durante os trabalhos. Esse nosso irmão ficou famoso por seu trabalho na região. No entanto, faltou-lhe o preparo necessário. A vaidade fez com que ele se julgasse bom demais, e se esquecesse de que ele funcionava apenas como intermediário do plano espiritual. Em razão disso, perdeu a mediunidade. A sua vaidade era tanto que ele continuou dando comunicações. Em vez de receber comunicações dos espíritos, ele produzia suas próprias mensagens, como se fosse ainda dos espíritos. O resultado foi o pior possível. Foi desmascarado e teve que fugir da cidade. Não sei o que lhe aconteceu posteriormente, mas acredito que muitos de nós tivemos culpa pelo ocorrido, em virtude dos elogios que todos lhe faziam. Nosso irmão não estava preparado para exercer a importante missão que lhe foi confiada pela espiritualidade.

Para entender bem o funcionamento da comunicação mediúnica, podemos fazer a comparação com o telefone. O telefone é apenas o instrumento de que nos servimos para transmitir nosso pensamento a outros à distância. Quando o telefone está com defeito, ou a linha tem umidade por exemplo, a comunicação se torna defeituosa, a voz é distorcida, e muitas vezes não conseguimos entender o que está dizendo nosso interlocutor.

No caso da mediunidade, acontece a mesma coisa. O médium não estando preparado, com boa vontade, sem estar ligado moralmente ao trabalho que vai fazer, pode ser vítima de influência de espíritos inferiores, mal intencionados, e trazer comunicações apócrifas ou incoerentes.

É necessário que o médium encare o seu trabalho mediúnico como uma missão, estudando, se preparando, sintonizando seu coração e sua mente com espíritos elevados e amigos, e ai poderá cumprir satisfatoriamente a missão que lhe foi confiada.

Um médium evangelizado, cheio de boa vontade, isento de vaidade ou de presunção, pode ser um maravilhoso instrumento para nos ajudar a todos em nossa caminhada terrena.

Ary Brasil Marques


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A Umbanda é Dinâmica e Diversa

A Umbanda é Dinâmica e Diversa


Umbanda prescinde da ideia de Zambi, o Pai todo poderoso. É uma religião espiritualista, científica e filosófica, difundida no Brasil, inserida no panteão africano, somada ao resgate terrestre dos desencarnados e forçada à doutrina dos santos católicos, para ter, no passado, a permissão de seu culto. É uma religião que mistura várias doutrinas, uma diversidade de cultos. Sua origem é polêmica. Mas o que nos importa, uma vez que não temos como comprová-la? Foi oficializada por Zélio Fernandino de Moraes. Hoje, a Umbanda é uma religião que está reunindo adeptos de todo o mundo. É praticada por eles com convicções firmes, de elevar o seu conceito a todos que têm ou não o conhecimento dela.


O mote da Umbanda é a caridade. Muitos acreditam ser ela a religião do futuro, e que “permanecerá para toda eternidade”, quiçá tenham eles, razão. A certeza que temos é ser ela uma religião atuante, dinâmica, liberta de dogmas e que traduz, em seu manancial, a liberdade de cultos. Nenhuma doutrina de Umbanda é melhor que a outra, pois a finalidade primordial de todas elas é a caridade. Por que comparar doutrinas, se a intenção é ajudar o Homem a buscar energias sobrenaturais para alcançar os seus objetivos? Se nessa busca, o primordial for o bem, não importa de que doutrina ele venha. A Umbanda deve ser vista sem os falsos preconceitos e mentiras que tanto deturpam-na. E por que não reunir todas as maneiras de cultuá-la para defendê-la? Os verdadeiros umbandistas visam a propagar uma doutrina de caridade e ficam insatisfeitos perante os ataques de outras religiões e até mesmo dentro dos vários segmentos de Umbanda. Por que não mudar esse rumo?


O nosso modo de entender e cultuar a Umbanda é tão simples como todas as obras da natureza, criada pelo nosso Pai Supremo. Aliadas à força espiritual que possuem ao desejo de serem úteis ao homem em provação na Terra, as falanges benfazejas da Umbanda trabalham não só para o progresso material, mas também o moral e espiritual da humanidade. Assim, na terra, no mar, no ar, nos rios e nas cachoeiras, na grande mata, nas praias, nas ferrovias e nas rodovias, nas ruas, no subsolo, enfim, em cada canto dessa Orbi, haverá sempre uma entidade de sentinela, disposta a trabalhos disciplinadores, agindo num sentido de justiça e elevação. Esses são os Sítios Sagrados, lugares onde se praticam a magia e onde as religiões de matriz africana costumam atuar.


Por serem aqueles, os Sítios Sagrados da Umbanda, devem ser respeitados e limpos. A Umbanda é uma religião que está sempre em evolução. Esta é uma de suas virtudes. Por ter ela a evolução, respeita o meio ambiente. O mundo evoluiu, o homem desmatou o meio ambiente, poluiu-o e, hoje, tenta resgatá-lo, recuperando-o. A Umbanda acompanha essa evolução. Através de suas entidades e de seus chefes de terreiros, existe já um grande alerta em relação às oferendas que sujam e danificam esses Sítios. E aqueles que passam por lá, colocando os seus olhares preconceituosos, alteram ainda mais o modo de enxergar a nossa religião. A Umbanda está alerta ao novo movimento de reeducação, levando a consciência de que não devemos sujar as ruas, deixando garrafas, alguidares e outras oferendas expostas àqueles olhares. Mais uma vez, ressaltamos que as nossas entidades já estão nos alertando sobre a necessidade de resgate do meio ambiente. A Umbanda foi, por muito tempo, não só mal praticada, como mal compreendida. Está mais do que na hora de haver mudanças em seus rituais.


Os pensamentos dos religiosos de Umbanda é, cada vez mais, elevar o conceito dessa religião, pois sofrem todos os ataques de pessoas maliciosas, que a encaram como uma religião de falsos princípios e de credos mistificados, acusando-a de práticas de feitiçarias. Todos que isso afirmam não têm o conhecimento da verdadeira e sublime religião que é a Umbanda. Ela está aqui para ajudar a todos na trajetória espiritual e terrestre.


A humanidade sempre sofreu grandes dificuldades e sofrimentos sem fim. Porém, se olharmos por outro ângulo, é a condição própria de cada um de nós. Quem procura a Umbanda só faz amenizar o sofrimento e quiçá exterminá-lo, pois temos que buscar condições melhores para nossas vidas. E essa procura está dentro de cada um de nós. Temos que nos apoderar de um sentimento que se defina numa força criadora, própria do homem, a fonte criadora da vontade, que se traduz no poder da mente. A finalidade de quem procura a religião de Umbanda é diversa: bens materiais, espirituais, saúde e outras mais. De nada adiantará tudo isso aos que não possuem uma energia própria, de querer e ansiar por uma força maior, mental e principalmente estarem acobertados por uma força superior que lhe mostre a direção, pois, se tudo isso não tiver no contexto divino, a Umbanda e qualquer outra religião resolverão nada disso. Ela é magia, e esta deve estar ao lado de todos esses requisitos. A magia depende da força do pensamento da pessoa que a faz e daquela que suplica.


Façamos sempre uma prece ao chefe supremo Obatalá para que ele nos encaminhe e nos mostre, através da senda luminosa, o verdadeiro trajeto da fé. Com todos os protetores da nossa querida Umbanda, junto aos queridos mandingueiros, pretos-velhos, com a vibração de nossos habitantes das florestas, os caboclos, e a força pueril de nossos erês, teremos uma Umbanda fortalecida e livre de preconceitos. Salvemos a nossa Umbanda.


Maria Cristina Marques



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14/06/2018

Orientações aos Médiuns de Umbanda

Orientações aos Médiuns de Umbanda

Seres de luz têm comunicado que hordas de espíritos trevosos, malfeitores e obsessores que perambulam pela Terra, têm reencarnado, pois foram abertas comportas do astral inferior. Esses seres são rebeldes, viciados, desregrados, tiranos, perversos e inescrupulosos, almas sedentas de prazer, paixão e vingança, que se atiram com avidez sobre a humanidade, revelando vícios e taras estranhas e cometendo crimes aviltantes. Com isso, a humanidade vai se pautando por sensações inferiores, pela sedução de fortuna e de luxo, ficando cada vez mais neurótica, aflita e desesperada.


Contra essa carga magnética inferior planetária, tem ocorrido a eclosão da mediunidade, para a cooperação espiritual na redenção dos irmãos, desencarnados, confortando os sofredores, comovendo os obsessores obstinados e orientando os irmãos confusos. O “cavalo” médium de Umbanda é o ponto de apoio das entidades, em sua luta ferrenha contra os poderosos agrupamentos e falanges das trevas. Mas o médium pode ser o mais necessitado de recuperação espiritual, principalmente se a sua compostura moral for inferior à sua desenvoltura mediúnica. Ele deve apurar os seus atributos de elevação espiritual, para ser portador de valores úteis e bons para ofertar ao próximo.


Na preparação de sua reencarnação, o espírito, que virá para a matéria com o compromisso de mediunidade de Umbanda, recebe um complemento de energia vital eletromagnética no seus chacras, que permitirá aos guias atuarem mais intensamente nas regiões dos plexos, facilitando-lhes o domínio do corpo físico do médium e possibilitando-lhes assumir suas principais características, com seu gestual e linguajar próprios.


Essa energia também é fundamental para que o médium umbandista possa suportar a difícil tarefa que deverá desempenhar nos entraves com o baixo astral, com os espíritos cruéis que manipulam as forças ocultas negativas, com os trabalhos de magia negra, com as demandas e energias negativas em geral. Essa é uma das principais funções do médium de Umbanda, ou seja, atuar contra esse submundo do baixo astral, contra as vibrações e ataques das falanges negras.


O êxito ou prejuízo do intercâmbio mediúnico depende principalmente do estado espiritual do médium, que, em seu desenvolvimento, precisa dar atenção à sua higiene física, moral e espiritual, para ter condições de desempenhar suas tarefas. Deve resguardar-se, defender-se e limpar sua aura, utilizando-se dos elementos da Natureza, em seus banhos de defesa com ervas, no uso de essências, defumações e outros.



ASSUMIR CONSCIENTEMENTE SUA MEDIUNIDADE E SABER LIDAR COM ELA

É preciso ter consciência de que a mediunidade não limita o ser nem escraviza ninguém, apenas exige do médium uma conduta de acordo com o que esperam os espíritos que atuam no plano material através dele, para socorrer os encarnados.


O médium de Umbanda deve entender que é um “templo vivo”, no qual se manifestam os sagrados orixás e seus irmãos em espírito, para melhor cumprirem suas missões, junto aos irmãos encarnados.


O médium deve assimilar a inovação que seu campo biopsíquico-espiritual está recebendo, sem criar confusões, para que não ocorram conseqüências desastrosas em sua vida e na vida daqueles que necessitam da orientação de seus guias.


Deve entender que como “templo vivo” foi ungido para as práticas religiosas e precisa cumprir suas funções e realizá-las.


Médium consciente:- O médium consciente faz a captação da mensagem da entidade e a decodifica, telepaticamente. O médium recebe e transmite segundo sua compreensão psíquica varia de acordo com o equilíbrio ou desequilíbrio de sua personalidade. É preciso deixar que o Guia conduza as consultas. Não interferir nem julgar os problemas dos consulentes, nem absorve-los para si.



BUSCAR A ENERGIA DE FORÇA VITAL POSITIVA

Essa energia está em sua essência. Sua mediunidade deve ser um instrumento para alcançar a sabedoria interior, por meio do afloramento dos estados evolutivos do eu, seguindo um processo de crescimento espiritual de integração com as energias vibrantes magnéticas e luminosas, recebidas do plano espiritual.


Nem todos conseguem incorporar os seus guias, pois suas mentes criam bloqueios que impedem uma incorporação. Ser um médium de incorporação exige um reajustamento íntimo de tal natureza , que mentalmente é preciso se colocar numa vibração na qual tudo flua naturalmente.



MANTER A HARMONIA ENTRE SUA VIDA INTERIOR E EXTERIOR

Quando há desarmonia entre o exterior e o interior do médium, sua dor emocional pode se manifestar na sua consciência exterior, de tal modo que o médium acaba perdendo o equilíbrio psíquico, deixando vir à tona quadros mentais que destoam da mediunidade propriamente dita. Estando em desequilíbrio, naturalmente, com isso, acabará por transmitir idéias contrárias ao teor da orientação espiritual ali necessária.



NÃO PERMITIR A INTERFERÊNCIA DAS DIFICULDADES MATERIAIS

As dificuldades matérias são temporárias e, assim que o médium superá-las, recuperará seu entusiasmo e desejo de ser útil aos semelhantes.Portanto, o médium deve manter sua autoconfiança, amor próprio e autoestima , desenvolvendo as habilidades que o tornarão capaz de superar as dificuldades matérias que se apresentarem.



REVER-SE INTERNAMENTE, SEMPRE QUE NECESSÁRIO 

Assumir quando precisar de amparo e de ajuda espiritual e psíquica. Enfrentar suas crises emocionais e/ou psíquicas sem sobrecarregar os circuitos espirituais. Manter pensamentos positivos, para bons efeitos. Tanto no corpo físico com no espírito. Há emoções que geram conseqüências drásticas e bloqueios no campo espiritual, que podem comprometer a mediunidade. O sentimento de raiva, por exemplo, drena a energia do corpo, deixando-o energeticamente anêmico. O medo, imobiliza o corpo físico, pressiona as emoções e reduz o foco do espírito. O ressentimento produz erosão energética, provocando assim a depressão de todas as funções no corpo espiritual. A culpa reduz o movimento de energia entre os órgãos e sistemas, diminuindo a capacidade física de reparar e substituir células, etc.



NÃO SENTIR CIÚME OU INVEJA DOS IRMÃOS

É preciso agradecer as oportunidades que nosso Divino Criador nos está dando para evoluirmos, de acordo com as nossas necessidades e merecimentos.

Lembrar que nem sempre o médium coroado ou recebedor de algum outro mérito é o melhor ou mais preparado, mas pode ser o que mais está necessitado daquela experiência, no momento, para evoluir.


Lembrar, sempre, que somos espíritos eternos em trânsito evolutivo e que não cabe a nós conhecer ou reconhecer quem possui maior ou menor bagagem e merecimento.



CUIDAR DO SEU DOM

Dom é a manifestação superior da vida, através das vias evolucionistas dos sentidos do ser, que, se estiverem em harmonia com os princípios da Criação, fluirão naturalmente, trazendo-lhe grande satisfação. Dom não se adquire; desperta-se a partir da relação do ser consigo mesmo, com seus semelhantes e com Olorum, doador e fonte natural de todos os dons.


Essas qualidades cada um traz em si desde sua origem e também as desenvolve com sua própria evolução, nas múltiplas encarnações.


A mediunidade é um dom, é um presente recebido como forma de acelerar o processo de resgate cármico, por isso precisa ser bem cuidada e não deve ser temida. Os que temem o dom mediúnico de incorporação estão afastando de si um bem espiritual conquistado com muito esforço nas reencarnações passadas. Quando alguém desperta o seu dom, através das condutas virtuosas, é integrado na irradiação de Luz de Força do seu orixá e passa a ser um auxiliar direto da Lei Maior, um multiplicador de qualidades do seu dom, socorrendo o maior número possível de semelhantes.



RECEBER COM AMOR E CARINHO OS NOVOS MÉDIUNS O médium é o ponto chave do ritual de Umbanda no plano material e deve ser acolhido pelos irmãos já iniciados, com atenção, carinho e respeito, pois é mais um filho de Umbanda que é “dado a Luz” e necessita de amparo e cuidados, pois ainda é frágil em sua constituição íntima e emocional.


Deve ser ajudado e orientado no seu desenvolvimento, com maturidade, lembrando ele só conseguirá internalizar e incorporar as experiências espirituais que vivenciar em si e através de si. Não é possível aos mais velhos imporem suas experiências, mas é possível serem ótimos exemplos de religioso (a) para seus irmãos de fé.



SER DISCIPLINADO

Entende-se por disciplina o respeito à organização dos trabalhos, às normas e preceitos e o acatamento das diretrizes da sua casa e orientações do dirigente espiritual. Disciplina não é escravidão e obediência cega. É, ao contrário, autodomínio e conhecimento de si mesmo.


A pessoa verdadeiramente livre escolhe as obrigações com as quais quer e pode se comprometer, sendo então responsável por sua escolha, disciplinando-se para agir de acordo e estar à altura dela. A indisciplina mostra falta de consciência e autodomínio, imaturidade e leviandade.



AUXILIAR NOS SERVIÇOS DA CASA, CERIMÔNIAS
O médium deve estar inteiramente integrado ao seu terreiro, considerando-o sua própria casa, seu lar, colaborando para que ele prospere e cresça. Deve ter consciência do que sabe e do que não sabe fazer bem e daquilo que é necessário em cada situação, ajudando no que puder.



SER ASSÍDUO

O compromisso com a corrente espiritual significa constância e freqüência aos trabalhos do templo. A assiduidade e a pontualidade demonstram as qualidades nobres do médium. A constância mostra a evolução individual e um caráter firme determinado e perseverante.


Sempre que necessitar faltar, o médium deve comunicar de alguma maneira à direção da casa freqüentada. Mais de três faltas seguidas só são admissíveis em casos de extrema excepcionalidade.



OBEDECER

É aprendendo a obedecer que estaremos exercitando nosso conhecimento e desenvolvendo nossa evolução. Caso o médium já desenvolvido, por alguma razão tenha trocado de Centro, deve incorporal os novos valores e suas aplicações, enriquecendo ainda mais suas práticas espirituais. Depois de aceito e integrado à nova Corrente Mediúnica e espiritual, poderá oferecer seus valores para apreciação e caso sejam aceitos, serão absolvidos e integrados naturalmente às práticas da casa que o acolheu.



TER HUMILDADE

“A modéstia a tudo favorece”, diz o ditado. É preciso ter a humildade de aceitar a existência dos Guias Espirituais e outros seres e fenômenos imperceptíveis aos nossos sentidos normais, que são bem mais limitados do que normalmente se pensa, e não criar resistência quando incorporado. Se realmente compreendeu os compromissos que assumiu, jamais será soberbo, orgulhoso, ou vaidoso, pois saberá que o médium não é um fim em si mesmo.



SER PACIENTE E TOLERANTE

Mediunidade é sinônimo de sacerdócio e trabalho espiritual é sinônimo de atuação dos espíritos santificados no respeito e fé em Olorum e no amor à humanidade. A paciência e a tolerância são virtudes importantes para que sejamos elementos de agregação da Corrente de Trabalhos Espirituais.



VIGIAR OS PENSAMENTOS EM RELAÇÃO A TUDO E A TODOS

Procurar conhecer-se e descobrir o quanto se está realmente integrado à Corrente Mediúnica que (o)a acolheu e se foi realmente aceito (a) pela Corrente Espiritual do Abassá que frequenta.



ZELAR PELA MEMÓRIA E TRADIÇÃO DE SUA RELIGIÃO E DE SEU ABASSÁ

É fundamental que todo médium saiba o Hino da Umbanda, os cantos (pontos)para seu orixá e Guias, os cantos de abertura, defumação, chamada, sustentação, subida e encerramento do seu Abassá.


É de extrema importância o médium acompanhar as aulas de estudos que são o alicerce, a viga mestra, que dará a sustentação e o conhecimento necessário, pois sem o conhecimento verdadeiro jamais o médium estará “pronto”


Devemos lembrar sempre que a Umbanda Sagrada tem fundamento e é preciso saber preparar.


O conhecimento, aprofundamento de estudos e esclarecimentos em geral são importantíssimos. Para que isso se realize adequadamente, é necessário que os praticantes e seguidores da Umbanda estudem em profundidade os seus fundamentos religiosos, tenham boas palavras e anulem, no seu íntimo tudo aquilo que não os engrandeça.



SUPERAR COMPORTAMENTO DA FORMAÇÃO RELIGIOSA ANTERIOR DISSONANTES COM A RELIGIÃO ATUAL.

É fundamental assumir uma postura mais afinizada com a nova condição religiosa, que é ativa e dinâmica. Não vamos ao templo só rezar, mas, também trabalhar como membro ativo de uma corrente espiritual.



LEMBRAR QUE NA UMBANDA HÁ LUGAR PARA TODOS

Todos os trabalhos realizados em uma gira ou nas demais cerimônias são de suma importância, para que as atividades transcorram de forma harmônica e equilibrada. Portanto todas as tarefas são importantes para o bom andamento dos trabalhos, havendo uma afinidade delas reservadas ao médium de Umbanda. É só terem consciência da beleza espiritual da religião que abraçaram com fé, amor e confiança.



APRENDER PARA MELHOR AJUDAR

Não adianta ter pressa. É preciso que tudo transcorra no seu devido tempo, por meio de constante aprendizado sobre as normas e os trabalhos da casa.



INTEGRAR-SE EFETIVAMENTE AO CORPO MEDIÚNICO DO ABASSÁ
Essa integração deverá ocorrer com o desenvolvimento natural das faculdades mediúnicas.



NÃO ALIMENTAR ORGULHO

Quem se destaca como médium mais aperfeiçoado, ou cujo tempo de lapidação é mais curto que o de outrem, não se deve se orgulhar ou se envaidecer. Se galgou mais responsabilidade é porque suas forças exigem dele mais preparação par cumprir suas tarefas.



ACEITAR OS ACONTECIMENTOS COMO LIÇÕES, APRENDIZADOS

Nem sempre temos o poder de mudar os acontecimentos e as circunstâncias, mas podemos mudar nossa maneira de reagir a elas, aproveitando os acontecimentos como desafios à nossa capacidade de adaptação.


Autoria desconhecida


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O Ingressar no Novo Terreiro
Conduta dos Médiuns de Umbanda







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