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29/03/2018

Causas da Insônia


A ciência já explicou até o momento do ponto de vista dela o motivo pelo qual não conseguimos dormir, isto é, termos a tão conhecida insônia que ataca grande parcela mundial. É evidente que a ciência como não admite conceitos filosóficos vai buscar em nossos órgãos físicos a causa de qualquer anomalia, afinal a maioria dos cientistas não admite a existência de um Ser Superior, até porque em muitas situações eles dizem ser o próprio deus.

Mas quem além de encarar a ciência com grande admiração e respeito e também depositar na fé suas expectativas de evolução, pois afinal somos matéria perecível, mas também somos alma/espírito, constata que em muitos casos não conseguimos dormir por questões que a ciência não nos convence. Claro que se estivermos sentido dor, uma preocupação e até efeito de algum acontecimento fora da rotina que nos acometeu ou nos envolvemos, vamos ficar sem sono, mas normalmente nestes casos, passada a origem o sono volta normalmente, isto naqueles que sempre tiveram um dormir regular.

Mas vamos supor que certa pessoa tenha um inimigo que pode vir a lhe emboscar de momento para outro. Esta, pessoa, normalmente evitará sair de casa, e se sair será sob muita tensão, e voltará tão logo possa. Acontece que do ponto de vista espiritual, estamos sempre em relação com a vida além da matéria e quando dormimos, deixamos o corpo material em repouso mantendo-se apenas na vida orgânica e saímos, já que somos espírito! Mas em razão de muitos terem inimigos de outras vidas ou inimigos que viveram aqui juntos nesta vida, mas retornaram ao plano espiritual antes, o espírito que somos a exemplo daquela pessoa que não sai de casa e/ou volta rapidamente, age da mesma maneira, preferindo ficar o mais tempo possível no estado de vigília, por medo de confrontar- e ao adormecer.

Se temos corpo que adormece e descansa, temos o espírito que não precisa descansar, mas que também pode ficar adormecido, muito bem explicado no livro de Chico Xavier, Os Mensageiros, no capítulo “os que dormem”. Então é perfeitamente compreensível que não consigamos dormir, a não ser sob efeito de drogas lícitas (medicamentos), que forçará que o organismo relaxe, e por consequência o espírito ao invés de desprender-se permanece também num estado semelhante aos que acreditam no “sono eterno”. Por isso encontramos a dificuldade de conciliar o sono. Devemos procurar o esclarecimento religioso sobre o assunto para buscar solução para esta influenciação. Que o Mestre nos ampare a todos.

Nilton Cardoso Moreira





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Sofrimento Sem Diagnóstico Médico


Muitas pessoas fazem um calvário intérmino nos consultórios médicos e psicológicos, buscando tratamentos para sofrimentos que nem sempre são diagnosticados. Essas ocorrências são conhecidas pelos profissionais da saúde. É desconcertante escutar do especialista que o paciente não tem nenhuma doença, e este alegar que sofre.

A ciência ainda não alcança o Espírito imortal, multiexistencial; não conhece o períspirito; nem atina que nossa sociedade física interage com sociedade extrafísica, relação esta que reflete no comportamento pessoal e social. A relação entre o mundo físico e o extrafísico se dá por meio da faculdade humana chamada mediunidade, definida por Allan Kardec da seguinte forma: “Toda pessoa que sente a influência dos Espíritos, em qualquer grau de intensidade, é médium. Essa faculdade é inerente ao homem.”

Uma pessoa não é consequente, exclusivamente, da genética e do ambiente. É originário de uma longa trajetória evolutiva transitada em todas as culturas, etnias, gênero e diversos papéis socias… A personalidade de hoje é a síntese dessa história multimilenar.

As conquistas e desacertos das vidas anteriores refletem na personalidade atual, através de qualidades, culpas, conflitos pessoais e interpessoais. Determinados transtornos são heranças de erros passados. Inimigos “gratuitos” que nos perseguem sem causa atual, são desafetos do passado. Essas heranças do pretérito são, muita vez, os tormentos atuais ocultos.

No livro Reencontro com a Vida, o espírito Manoel P. de Miranda lista algumas enfermidades não alcançadas no exame médico e esclarece o porquê. Diz ele: “Muitas enfermidades de diagnose difícil, pela variedade da sintomatologia, têm suas raízes em distúrbios da mediunidade de prova, isto é, aquela que se manifesta com a finalidade de convidar o espírito a resgates aflitivos de comportamentos perversos ou doentios mantidos em existências passadas.” A seguir o benfeitor relaciona as enfermidades físicas e psicológicas:

Área física: “dores no corpo, sem causa orgânica; cefalalgia periódica, sem razão biológica; problemas do sono – insônia, pesadelos, pavores noturnos com sudorese –; taquicardias, sem motivo justo; colapso periférico sem nenhuma disfunção circulatória, constituindo todos eles ou apenas alguns, perturbações defluentes de mediunidade em surgimento e com sintonia desequilibrada. ”

Área psicológica: “ansiedade, fobias variadas, perturbações emocionais, inquietação íntima, pessimismo, desconfianças generalizadas, sensações de presenças imateriais — sombras e vultos, vozes e toques — que surgem inesperadamente, tanto quanto desaparecem sem qualquer medicação, representando distúrbios mediúnicos inconscientes, que decorrem da captação de ondas mentais e vibrações que sincronizam com o perispírito do enfermo, procedentes de entidades sofredoras ou vingadoras, atraídas pela necessidade de refazimento dos conflitos em que ambos — encarnado e desencarnado — se viram envolvidos.”

Observe se você sofre padecimentos não detectados pelos profissionais de saúde, faça uma leitura de tal situação à luz do Espiritismo que elucida: “Coisa alguma acontece fora das Leis Cósmicas e das necessidades de evolução.” Portanto, veja como indicativo de equívocos do passado que pede reparação por meio da prática do amor. Praticar o amor é acordar para a vida!

Referências:
Kardec, A. O Livro dos Médiuns. Tradução J. H. Pires. Lake. cap. 14, item 159. 1991
Miranda, M. P. de., espírito. Reencontro com a Vida, página 70. Divaldo P. Franco, médium. Editora Leal. 2006
Angelis, J., espírito. Diretrizes para o Êxito, página 89. Divaldo. P. Franco, médium. Editora Leal. 2004.

Mario Mas





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28/03/2018

Sonhos Premonitórios


O que são sonhos premonitórios? Como diferenciar uma premonição de um sonho comum? Saiba o que fazer quando você tiver sonhos desse tipo. 
Existem importantes observações na literatura espírita sobre os sonhos premonitórios. É fundamental conhecê-las para que se possa construir uma base sólida e clara sobre o assunto. Tanto nas obras da codificação como em outras complementares, ressalta-se o discernimento que devemos ter em suas diferentes manifestações. Vejamos algumas dessas citações com o objetivo de compreender melhor os seus significados, sem nos prender em más interpretações.

Codificação espírita
A pergunta 404 de O Livro dos Espíritos diz: “Que se deve pensar das significações atribuídas aos sonhos? Os sonhos não são verdadeiros como o entendem os ledores de buena-dicha, pois fora absurdo crer-se que sonhar com tal coisa anuncia tal outra. São verdadeiros no sentido de que apresentam imagens que para o Espírito têm realidade, porém que, freqüentemente, nenhuma relação guardam com o que se passa na vida corporal. São também, como atrás dissemos, um pressentimento do futuro, permitido por Deus, ou a visão do que no momento ocorre em outro lugar a que a alma se transporta”.

Prossegue ainda na pergunta 405: “Acontece com frequência verem-se em sonho coisas que parecem pressentimento, que, afinal, não se confirma. A que se deve atribuir isto? Pode suceder que tais pressentimentos venham a confirmar-se apenas para o Espírito. Quer dizer que este viu aquilo que desejava, foi ao seu encontro. É preciso não esquecer que, durante o sono, a alma está mais ou menos sob influência da matéria e que, por conseguinte, nunca se liberta completamente de suas idéias terrenas, donde resulta que as preocupações do estado de vigília podem dar ao que se vê a aparência do que se deseja, ou do que se teme. A isto é que, em verdade, cabe chamar-se efeito da imaginação. Sempre que uma idéia nos preocupa fortemente, tudo o que vemos se nos mostra ligado a essa idéia”.

A Gênese, também se refere ao tema. Relata que José, pai de Jesus, foi advertido por um anjo em sonhos para que fugisse para o Egito com o menino. O capítulo XV da obra faz uma reflexão sobre as advertências que podem ser feitas por intermédio dos sonhos e que fazem parte dos livros sagrados de todas as religiões. Salienta ainda que o fenômeno nada tem de anormal, já que durante o sono o espírito se desliga dos laços da matéria para entrar momentaneamente na vida espiritual, porém adverte que nem sempre se pode deduzir que os sonhos são avisos ou tenham significado específico.

Além das obras de Allan Kardec, há citações sobre o tema em outros livros de cunho espírita. O livro Recordações da Mediunidade – da médium Yvonne A. Pereira, orientado pelo espírito de Bezerra de Menezes, diz: “Existem vários processos pelos quais o homem poderá ser informado de um ou outro acontecimento futuro importante da sua vida. Comumente, se ele fez jus a essa advertência, ou lembrete, pois isso implica certo mérito, ou ainda certo desenvolvimento psíquico, de quem o recebe, é um amigo do Além, um parente, o seu espírito familiar ou o próprio guardião maior que lhe comunicam o fato a realizar-se, preparando-o para o evento, que geralmente é grave, doloroso, fazendo-se sempre em linguagem encenada, ou figurada, como de uso no Invisível, e daí o que chamais “avisos pelo sonho”, ou seja, sonhos premonitórios...

O estudo da lei de causa e efeito é matemática, infalível, concreta, para a observação das entidades espirituais de ordem elevada, e, assim sendo, ele se comunicará com o seu pupilo terreno através da intuição, do pressentimento, da premonição, do sonho etc. O estudo da matemática de causa e efeito é mesmo indispensável, como que obrigatório, às entidades prepostas à carreira transcendente de guardiães, ou guias espirituais. Estudo profundo, científico, que se ampliará até prever o futuro remoto da própria Humanidade e dos acontecimentos a se realizarem no globo terráqueo, como hecatombes físicas ou morais, guerras, fatos célebres etc., daí então advindo a possibilidade das profecias quando o sensitivo, altamente dotado de poderes supranormais, comportar o peso da transmissão fiel aos seus contemporâneos.”.

Devemos encarar com naturalidade

O livro Conduta Espírita, ditado por André Luiz ressalta algumas observações a respeito da postura que se deve assumir diante dos sonhos e suas revelações: “Encarar com naturalidade os sonhos que possam surgir durante o descanso físico, sem preocupar-se aflitivamente com quaisquer fatos ou idéias que se reportem a eles. Há mais sonhos na vigília que no sono natural.

Extrair sempre os objetivos edificantes desse ou daquele painel entrevisto em sonho. Em tudo há sempre uma lição. Repudiar as interpretações supersticiosas que pretendam correlacionar os sonhos com jogos de azar e acontecimentos mundanos, gastando preciosos recursos e oportunidades da existência em preocupação viciosa e fútil. Objetivos elevados, tempo aproveitado. Acautelar-se quanto às comunicações intre vivos, no sonho vulgar, pois, conquanto o fenômeno seja real, a sua autenticidade é bastante rara. O espírito encarnado é tanto mais livre no corpo denso, quanto mais escravo se mostre aos deveres que a vida lhe preceitua.

Não se prender demasiadamente aos sonhos de que recorde ou às narrativas oníricas de que se faça ouvinte, para não descer ao terreno baldio da extravagância. A lógica e o bom senso devem presidir a todo raciocínio.

Preparar um sono tranqüilo pela consciência pacificada nas boas obras, acendendo a luz da oração, antes de entregar-se ao repouso normal. A inércia do corpo não é calma para o Espírito aprisionado à tensão. Admitir os diversos tipos de sonhos, sabendo, porém, que a grande maioria deles se originam de reflexos psicológicos ou de transformações relativas ao próprio campo orgânico. O Espírito encarnado e o corpo que o serve respiram em regime de reciprocidade no reino das vibrações”.

O importante colaborador da doutrina espírita, Léon Denis, na obra No Invisível, faz relevantes comentários sobre os sonhos premonitórios no capítulo XIII que reproduzimos alguns trechos para melhor entendimento: “Os sonhos em suas variadas formas, têm uma causa única: a emancipação da alma. Esta se desprende do corpo carnal durante o sono e se transporta a um plano mais ou menos elevado do Universo, onde percebe, com o auxílio de seus sentidos próprios, os seres e as coisas desse plano.

Algumas vezes, quando suficientemente purificada, a alma, conduzida por espíritos angélicos, chega em seus transportes alcançar as esferas divinas, o mundo em que se geram as causas. Aí paira, sobranceira ao tempo, e vê desdobrarem-se o passado e o futuro. Se acaso comunica ao invólucro humano um reflexo das sensações colhidas, poderão estas constituir o que se denomina sonhos proféticos.

Nos casos importantes, quando o cérebro vibra com demasiada lentidão para que possa registrar as impressões intensas ou sutis percebidas pelo Espírito, e este quer conservar, ao despertar, a lembrança das instruções que recebeu, cria então, pela ação da vontade, quadros, cenas figurativas das imagens fluídicas, adaptadas à capacidade vibratória do cérebro material, sobre o qual, por um efeito sugestivo, as projeta energicamente. E, conforme a necessidade, se é inábil para isso, recorrerá ao auxílio dos Espíritos mais adiantados, e assim revestirá o sonho uma forma alegórica”.

Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição especial 08.

***

Na doutrina espírita aprendemos que durante o repouso do nosso corpo, as ligações de nossa alma com a matéria de afrouxam permitindo nosso trabalho, aprendizado e contato com o plano espiritual variando conforme sua vibração energética. Os sonhos de fato podem ser uma leitura interpretativa feita em seu inconsciente que tenta uma comunicação com o indivíduo, mas pode também ser uma lembrança de situações vividas no plano astral durante o sono.

Os sonhos premonitórios ou precognitivos expressam esse conhecimento prévio sobre determinada situação que ainda não ocorreu. Essas informações podem ter sido passada à você em um de seus desdobramentos, ou seja, essa conexão com o outro plano.

A mensagem que é passada, muitas vezes por seus mentores espirituais, tem a função de alertar para algumas situações futuras que envolvam algum risco. Elas também podem estar te preparando para um acontecimento, como por exemplo a morte de uma pessoa próxima, que talvez você até possa estar ajudando em seu desencarne através de seus trabalhos no plano astral.

É possível que algum de seus sonhos premonitórios não aconteçam, afinal o futuro é mutável de acordo com o livre arbítrio que temos e isso pode ser um ponto positivo, pois se um desses sonhos tinha a intenção de te alertar para determinada situação então significa que o alerta foi recebido e você passou a ter mais cuidado.

Algumas vezes esses sonhos podem, no dia seguinte, aparecer como lembranças confusas através de símbolos e interpretações variadas, afetando a claridade da informação passada que pode ter sido envolta de significados que foram dados por suas mentes dificultando o entendimento da mensagem. Isso é explicado devido a linguagem dos espíritos ser telepática, contrária a nossa comunicação terrena que usa os cinco sentidos físicos, o que faz com que a nossa matéria não codifique por completo aquela informação recebida em suas experiências durante o plano astral.

Ricardo Guelfi





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25/03/2018

Umbanda Verdadeira

Umbanda Verdadeira


Atualmente, a Umbanda está sendo amplamente difundida, seja através dos livros, dos meios de comunicação de massa, seja através de Terreiros comprometidos com o estudo, seja através das entidades espirituais que, incansavelmente, nos orientam com os seus sábios conselhos. Apesar de todo material disponível para se entender a Umbanda, ainda restam muitas dúvidas e muitos anseios para encontrar a "Umbanda verdadeira".

A Umbanda é amplamente difundida sim, como também são amplas as diferenças de teorias, ritos e doutrinas, este o motivo de tantas dúvidas que surgem quando o neófito faz a sua pesquisa aleatoriamente e na busca de uma única pergunta surgem várias respostas. Isto muitas vezes o faz desistir da religião, dá a impressão que a Umbanda não tem firmeza nem organização no que prega.

Retornamos a um tema imprescindível para ser explorado antes de todos: A diversidade da Umbanda. O fato é incontestável, a Umbanda não é codificada como na doutrina espírita, por exemplo. Esta última segue a codificação de Allan Kardec, então, todos os centros espíritas têm como base as orientações de Allan Kardec, é muito mais fácil estudar e encontrar em todas as casas similaridade.

Mas, o fato de não ter uma codificação, torna a Umbanda menos eficaz na sua proposta religiosa? Não, definitivamente. A Umbanda é uma religião que é acolhedora de consciências, respeita o livre arbítrio e a maturidade espiritual de cada um, a Umbanda não é proselitista. Ela dá a oportunidade de escolher o que é melhor para o entendimento de cada um. Darei como exemplo a doutrina espírita outra vez: o atendimento ao público nesta doutrina se dá basicamente pelo esclarecimento do Evangelho a fim de propiciar a reforma íntima, única maneira de aperfeiçoamento espiritual, para isto se utilizam de palestras educativas e quem já teve a oportunidade de participar de uma delas pode testemunhar que na grande maioria das vezes são palestras inacessíveis ao público menos favorecido intelectualmente. A Umbanda dá oportunidade para este público, como para outros públicos divergentes em consciências, entendimentos e maturidade espiritual. Eis a vantagem da diversidade na Umbanda: acolhe a todos.

Como tirar o melhor proveito da diversidade da Umbanda? Primeiro procure entender a si próprio. O que você gostaria de encontrar na Umbanda? Um espaço para auxiliar em sua evolução espiritual ou um espaço para desenvolver apenas ritos? Fica a seu critério,  mas cuidado, focar apenas nos ritos não é a proposta dos Guias de Umbanda e algumas casas usam os ritos apenas para impressionar e angariar adeptos.

A proposta dos Guias de Umbanda é auxiliar na evolução espiritual, é estimular a consciência religiosa tendo como base a fé em Deus e em si mesmo, como um ser capaz e agente de mudança. Com a base da fé, é possível viver a Umbanda que constrói no Bem tudo o que o Cristo nos ensinou, o amor incondicional e a caridade pura. Então, se o objetivo é encontrar uma casa para auxiliar em sua evolução espiritual, observe as mensagens dos guias daquela casa, que devem ser ricas em ensinamentos crísticos e jamais estimular qualquer sentimento antagônico à Lei do amor. A linguagem do guia verdadeiro de umbanda é simples, transmite humildade e sabedoria e nunca constrange nem agride a quem quer que seja.

Além de observar as mensagens, também sinta a energia daquela Casa, que deve trazer bem estar, muito embora pode acontecer de alguns processos obsessivos estimularem algum tipo de mal estar justamente para induzir a pessoa a ir embora, não voltar e não ter a ajuda daquela casa, pois os obsessores não gostam de casas sérias. Neste caso o ideal é persistir e continuar observando e sentindo as energias recebidas.

Ao encontrar sua resposta, permaneça no terreiro escolhido por você, mas permaneça com o comprometimento de seguir fielmente a sua doutrina e o seu regimento interno, não tome como modelo as pessoas encarnadas, que são imperfeitas e falhas como todo ser humano, em toda comunidade há pessoas que tem mais ou menos afinidade conosco, mas isto não deve interferir na sua proposta maior de estar ali,  então siga o modelo dos Guias e acredite nos seus próprios Guias que lhe mostraram o caminho, encontrará assim uma forma leve e eficaz de sentir-se feliz. 

Enfim, não existe umbanda verdadeira nem falsa, existe a umbanda que mais se aproxima dos seus anseios e da sua capacidade para entender os dois mundos, material e espiritual. Somente uma coisa deve prevalecer em todas as vertentes e propostas umbandistas: a gratuidade de todos os atendimentos e o respeito e proteção a todos os seres da criação e reinos da natureza e, principalmente, o respeito aos ensinamentos dos Guias, que devem sempre ser passados pelo cadinho da razão e do bom senso: linguagem simples, esclarecedora e sábia, cuja mensagem seja sempre do amor e da caridade.








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23/03/2018

A Umbanda nos Anos 70

A umbanda nos anos 70


UM RESGATE NA HISTÓRIA!

Hoje, tenho 40 anos; ao final dos anos 70, ainda era pequena. As lembranças, porém, são muitas: o que vestíamos, o que víamos na tv, as músicas de sucesso… Foi uma década meio kitsch, mas que imprimiu grandes mudanças na nossa cultura e na nossa sociedade.

Agora umbandista, resgato memórias daquela época que, embora gravadas até hoje, dormiam no sótão mental, num baú meio esquecido. Tentei juntar essas memórias com dados que encontrei em diversas fontes, para assinalar o intrigante destaque conferido à Umbanda nesse período; o fenômeno, que marcou os anos 70, merece um olhar mais atento: a cultura, em diferentes formas de manifestação, ofereceu terreno incomparável para a divulgação – e por que não dizer – para a assimilação da doutrina umbandista no Brasil. Um exemplo se encontra nos registros da Confederação Umbandista do Paraná, informando a criação de inúmeras tendas de Umbanda na região de Curitiba.

A música abrindo horizontes

Naquele tempo (já estou parecendo uma anciã, rsrs), a música nacional era algo bem diferente do que ouvimos hoje; os sucessos não eram tão efêmeros (tem música que até hoje não aguento ouvir, de tanto que as rádios nos saturaram); letras e melodias eram impressas na nossa mente… pra não sair nunca mais! é só alguém cantarolar umas frases desses sucessos antigos, e a gente acaba lembrando a letra toda (e ainda fica horas com a musiquinha grudada na cabeça).

Começamos com a inesquecível Clara Nunes – a mineira Clara Francisca Gonçalves Pinheiro - com suas canções de arrepiar: A Deusa Dos Orixás (“Iansã, cadê Ogum? Foi pro mar/ Mas Iansã, cadê Ogum? Foi pro mar…”), Tributo Aos Orixás (“Neste terreiro em festa/ Entre mil adobás/ Prestamos nosso tributo/ Aos Orixás”), Aruandê... Aruandá... (“Saravá Pai Joaquim/Proteção a vida inteira”), Oxum Areia Branca (“Oxum, quando canta na beira do rio/ Faz um peixe ciscar na areia”)… e tantas pérolas mais; a ausência física tão precoce da “Cabocla Guerreira” deixou muita saudade, mas seu legado marcou minha geração. Seu marido, Paulo César Pinheiro, compôs um repertório inspirado, imortalizado na voz de Clara e de outras estrelas da música, como Carlos Lyra e João Nogueira (adoro aquela voz graaaave).

Mencionando Vinícius de Moraes e seus parceiros, podemos mencionar composições como: Canto De Iemanjá (“Iemanjá, lemanjá/ lemanjá é dona Janaína que vem...”); aliás, a versão contemporânea, gravada por Virgínia Rodrigues, é um arraso; Canto De Ossanha (“Amigo sinhô/ Saravá/ Xangô me mandou lhe dizer/ Se é canto de Ossanha, não vá/ Que muito vai se arrepender”); Meu Pai Oxalá (“Meu Pai Oxalá é o rei/ venha me valer…”); O Canto De Oxum (“Oxum era rainha/ Na mão direita tinha/ O seu espelho onde vivia/ A se mirar”)….

Também temos nomes como Baden Powell (seu “Afrosambas”, com Vinícius, é imperdível), Nei Lopes (seu “Novo Dicionário Banto do Brasil” é uma das referências do glossário que está neste blog), Benito di Paula (eu achava o máximo aquele visual, rsrsrs), Ruy Maurity(sensacional… que tal “Xangô, o Vencedor”? “Por detrás daquela serra/ Tem uma linda cachoeira/ É de meu pai Xangô/ Que arrebentou sete pedreiras…”), João Donato, Sidney da Conceição… Não podemos deixar de mencionar, ainda, a contribuição de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia, embora mais dedicados aos orixás dentro da orientação do Candomblé. O compositor J. B. de Carvalho, conhecido por gravar e compor pontos de Umbanda desde a década de 30, fez declarações bombásticas em entrevistas nos anos 70 (tanto na TV quanto no periódico “Gira de Umbanda”), acusando nomes como Ruy Maurity e Martinho da Vila de plagiarem trabalhos seus. Quanto ao Martinho, compôs e/ou gravou uma série de músicas, como Deixa a Fumaça Entrar (“Já botei casca de alho/Alfazema, benjoim, alecrim/ Esse meu defumador/ Está em ponto de bala/ Tem segredos de alguém/ Que sofreu lá na senzala”.), Festa de Umbanda (do famoso disco Canta, Canta, minha gente, de 1974) e tantas outras.

E quem se lembra dos Tincoãs? Admito que só conheci o trabalho do grupo agora, garimpando material na internet; é uma pena que hoje só se encontram gravações do grupo em blogs e softwares de compartilhamento. O som é beeeem anos 70, um barato. Encontrei um ótimo vídeo no You Tube, com a participação de dois remanescentes numa apresentação da Margareth Menezes: muito bom!!

Em paralelo aos grandes nomes da música, observamos, também, uma profusão de outros nomes e obras – ambos um tanto obscuros. Gravadoras de porte, na época, como a Continental, a Odeon e a CBS, ostentavam inúmeros LPs de artistas hoje desconhecidos, como “Maria Bonita”, “Marcus Pereira” e até mesmo um tal “Chico Xavier” – não, não era um LP gravado pelo nosso querido Francisco Cândido Xavier, mas uma obra de composições tecnicamente limitadas, gravadas por alguém que se apresentava com esse epíteto, na esteira da popularidade do médium famoso.

Parênteses para Tia Neiva

A sergipana Neiva Chavez Zelaya, católica, passou a apresentar manifestações mediúnicas por volta dos 32 anos. Acabou formando uma comunidade religiosa que terminou por se estabelecer em Planaltina, no Distrito Federal; em 1969, fundou o conhecido Vale do Amanhecer, que congregava médiuns e auxiliares numa organização complexa, prestando atendimento de caridade a inúmeras pessoas. Esclareço que não se trata de uma comunidade umbandista – aliás, segundo um de seus adeptos, é uma “ciência espiritualista”, que conjuga contribuições do Catolicismo, do Espiritismo e mesmo alguns elementos da Umbanda, como a presença de Pai Seta Branca, Cabocla Jurema e entidades da linha de Caboclos e Pretos-Velhos. A menção à Tia Neiva se dá por conta do destaque que lhe foi conferido no auge das atividades do Vale, que recebe, até hoje, milhares de consulentes por semana.

A televisão – uma imagem vale mais que mil palavras

Anos depois de Yara Lins e Lolita Rodrigues apresentarem a TV Tupi ao Brasil, em 1950, o aparelho de TV agregava as famílias (e os vizinhos sem-tela) para assistir ao noticiário, às novelas e aos programas de auditório - diversão garantida e fonte de assunto para os bate-papos do dia seguinte.

Era muito pequena, e com certeza já devia estar na cama enquanto os brasileiros assistiam ao programa Pinga-Fogo; exibida pela TV Tupi entre 1955 e o início dos anos 80, a atração ficou famosa por convidar pessoas ilustres e/ou polêmicas para enfrentar, ao vivo, um time de entrevistadores e perguntas do público. Em julho de 1971, Chico Xavier compareceu para uma participação prevista pra durar uma hora… e acabou chegando a três!! (se a TV de hoje tivesse essa flexibilidade…). O impacto do programa foi tamanho que, cinco meses depois, Chico foi convidado para nova apresentação – com direito a estender novamente o tempo, psicografia ao vivo, gente chorando na platéia e tudo o mais. O livro “As Vidas de Chico Xavier”, de Marcel Souto Maior, conta como foi essa aventura, na visão do Chico. Os dois programas estão disponíveis para aquisição em DVD, e acho que todo mundo deveria ver: é emocionante!

Se não vi o Pinga-Fogo, lembro-me vagamente do programa do Flávio Cavalcanti. Aquela expressão carrancuda, os ternos escuros e os óculos de armação grossa e pesadona me davam um medaço… definitivamente, não era minha diversão predileta - rsrsrs. Não cheguei a assistir à apresentação de Cacilda da Silva. Considerada médium famosa, também era compositora musical e apresentadora de programa de rádio. Dizia receber a entidade Seu Sete da Lira, um Exu, desde a adolescência. Com o tempo, giras que contavam com sua presença chegavam a contar com centenas de pessoas, fosse pelas histórias de curas fantásticas, pela indumentária extravagante, pelo consumo de uma quantidade absurda de aguardente ou mesmo pelo papel meio hipnótico desempenhado pela música – bastante heterodoxa para uma gira que se dizia de Umbanda, como “Pra Seu Sete/ câncer virou catapora…” (!)

A história acabou tão famosa que a médium foi convidada a participar de dois programas de TV no mesmo dia – e foi. Em 29 de agosto de 1971, no programa Flávio Cavalcanti, na TV Tupi, Seu Sete se manifestou… a seguir, uma multidão formada por pessoas da platéia, contra-regras, assistentes de palco – e até inúmeros telespectadores, em suas casas! – acabou desmaiando, entrando em transe ou “incorporando” entidades espirituais.

Em seguida, a médium rumou para o programa Buzina do Chacrinha, na Rede Globo. O fenômeno se repetiu: entraram em transe operadores de câmera, cantores, público, o povo de casa e até chacretes (fico imaginando a cena), diante de um Chacrinha perplexo.

O “fervo” chocou o Brasil. Nos dias seguintes, a imprensa fez furor, os responsáveis pelo Departamento de Censura apreenderam os vídeo-tapes dos programas e o governo ameaçou cassar as concessões das emissoras e proibir a exibição de programas ao vivo. A Igreja Católica, através de instâncias como a CNBB, fez críticas duras e indignadas ao que chamou de “atividades pseudo-religiosas” exercidas por “indivíduos sem escrúpulos” e exigiu providências. Diz a lenda que a repercussão do caso só não trouxe consequências mais graves porque até a Primeira-Dama, Dª Cyla Médici, estava assistindo aos programas junto com o Presidente da República… e incorporou uma entidade, que o advertiu a deixar as coisas como estavam. Não sabemos se o que aconteceu foi uma manifestação mediúnica, uma mistificação ou qualquer outra coisa. Até autoridades reconhecidas no meio umbandista divergiram, na época. Fato é que o fenômeno deve ter causado um impacto na sociedade brasileira que nem podemos imaginar.

Já em 1978, a novela “O Profeta”, de Ivani Ribeiro, fez grande sucesso. A autora contava com a assessoria de sacerdotes católicos, umbandistas e de dirigentes espíritas para escrever o texto. O ator João Acayabe dava vida ao Pai Romão, dirigente do “Templo Espiritualista de Umbanda São Benedito”, embora descrito por alguns críticos como um templo Candomblecista. A personagem da atriz Yolanda Cardoso conduzia outras pessoas para consultas espirituais e até Chico Xavier e D. Paulo Evaristo Arns deram uma canja!

Acredito que ainda haja muito material referente à larga divulgação da Umbanda durante os saudosos anos 70. Os leitores que tiverem lembranças ou registros estão convidados a participar e deixar seus comentários. Saravá a todos!

Pesquisado por Estela
Referências:
http://www.mpbnet.com.br/index.html
http://www.veja.com.br/acervodigital/
http://acervoayom.blogspot.com/2009/05/sete-rei-da-lira-1971.html
http://www.terra.com.br/planetanaweb/flash/paranormal/propriedadesastrais/valeamanhecer4.htm
http://www.povoypuena.org.br/index2.php?url=vale.php
http://www.tudosobretv.com.br/
http://www.millarch.org/





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21/03/2018

Entraves na Mediunidade de Umbanda


Mediunidade de incorporação na Umbanda é a mais utilizada, mas não é a única. Este texto enfatiza a mediunidade de incorporação, mas devemos refleti-lo na mediunidade como um todo; devemos refleti-lo e tentar melhorar-nos como pessoas e como cristãos, a fim de crescermos como medianeiros dos Guias de Aruanda. (Blog Tulca)

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VAIDADE: A FALTA DE AUTOGERENCIAMENTO!

A vaidade dentro de um terreiro é um problema. Quanto mais cedo você se livrar dela, melhor será para sua incorporação. Entendemos como Vaidade quando:

- Queremos ser melhores do que os outros no sentido de competitividade;
- Queremos nos desenvolver e dar passes mais rápido do que os outros;
- Colocamos pressão e afronta nos guias para que tragam respostas no NOSSO tempo (nome do guia, etc);
- Acreditamos e achamos que nossos guias são os melhores do terreiro;
- Desdenhamos o guia dos outros;
- Vangloriamos a nós mesmos de coisas que foram alcançadas pelos guias e ficamos contando vantagem sobre isso;
- Reparamos se a nossa roupa é melhor que a do seu irmão;
- Temos ciumes de alguém dentro do terreiro pelo que ele faz, fez ou deixou de fazer junto a casa, aos guias e aos dirigentes;
- Vangloriamos a nós mesmos da fila de pessoas que se forma para passar com nossos guias;
- Reparamos em quantas pessoas um médium atende x ao número que atendemos;
- Cobramos a postura de alguém quando em comparação com a nossa;
- Avaliamos um irmão chamando-o de "menos" preparado do que nós quando não é nossa função fazer este tipo de avaliação, mas sim aos dirigentes espirituais da casa;
- Vangloriamos a nós mesmos dos nossos recursos financeiros e comparamos a qualidade dos itens (guias de cristal, tipos de charuto, tipos de bebida, etc) com de um irmão menos favorecido financeiramente.

Isso tudo é na verdade a falta de AUTOGERENCIAMENTO, ou seja, de gerenciar a si mesmo sem ficar perdendo tempo com o que o colega do lado está fazendo. Devemos ficar felizes com o sucesso do outro e não invejá-los. Terreiro não é lugar de "estrelinhas", mas sim de humildade. Jesus (Oxalá) é o pilar principal desta religião e nos ensina isso. O problema é que algumas pessoas seguem e outras não. Use seu livre arbítrio para cuidar da sua vida em primeiro lugar e verá como o processo de incorporação ficará mais fácil.


FOFOCA: A FALTA DE ÉTICA E PROFISSIONALISMO!

A fofoca acontece geralmente antes e após a gira, pois presumimos que a pessoa tem que ser muito cara de pau para fazer fofoca dentro do rito sagrado! De qualquer forma, para um médium de Umbanda (além de ser uma atitude muito feia e imatura), fazer fofoca atrapalha sua conexão com os guias diretamente. O guia não tem WHATSAPP, FACEBOOK, CELULAR, porém, ele está conosco e tem ampla visão do que fazemos antes e depois da gira.

De nada adianta ficar na gira comportado com cara de santo (a) se fora dela você:

- Planta a discórdia;
- Faz leva e traz de informações de pessoas pelas costas;
- Enche a cabeça do irmão com assuntos desnecessários;
- Conta mentiras;
- Aumenta e sensasionaliza fatos;
- Distorce informações a seu favor;
- Revela segredos e casos que foram confiados APENAS A VOCÊ OU AO SEU GUIA.
- Etc.

A fofoca é em si uma grande falta de ÉTICA E PROFISSIONALISMO, pois se tratando de UMBANDA, não há espaço para este tipo de caráter. Além de responder diretamente a Xangô (O Orixá que avalia os dois lados da moeda), a fofoca pode e certamente irá atrapalhar o processo de Incorporação, em outras palavras, é como se deixássemos de ser dignos deste dom.

Fora do terreiro a autonomia do pai de santo não tem acesso, mas dentro do terreiro ele pode e deve exigir RESPEITO entre os filhos de santo. Não deve assumir, ouvir e muito menos alimentar estas ervas daninhas. Nenhum guia ou Orixá quer ter para si um cavalo (médium de incorporação) corrupto, mentiroso e fofoqueiro. Na dúvida, pergunte ao seu Orixá se tudo bem para ele este tipo de atitude!

PREGUIÇA: FALTA DE QUALIDADE

Muitos filhos de santo deixam compromissos com o terreiro a desejar, seja por preguiça, falta de tempo ou outro motivo qualquer:

- Ficam preocupados com o horário de inicio e término da gira (reclamam de ficar 4h em ritual sagrado em prol do seu próprio desenvolvimento e da caridade, mas não reclamam de ficar 4h em uma Balada ou 4h no computador);
- Deixam de fazer banhos e firmamentos;
- Deixam de fazer as entregas e obrigações de seus guias;
- Não aplicam as diretrizes e fundamentos que os dirigentes da casa delegam;
- Fazem as coisas reclamando (na frente ou nas costas do dirigente);
- Fazem as coisas de cara feia;
- Falam de um jeito, mas fazem de outro;
- Acham que a mediunidade se limita apenas a incorporar;
- Faltam e/ou não cumprem as regras da casa.
Estas e outras ações sintetizam a falta de QUALIDADE dentro da religião. Nenhum guia espiritual quer colocar seu nome, seu ponto riscado e seus mistérios em uma matéria rala, superficial, preguiçosa ou descomprometida. Na Umbanda mexemos diretamente com a VIDA das pessoas e isso não é brincadeira. Tal como a área da saúde, não há espaço para um trabalho mau feito quando o assunto é a vida do próximo.

IMATURIDADE: A FALTA DE RESPONSABILIDADE!

Maturidade dentro do terreiro NÃO SE LIMITA A IDADE. Eu posso ter um jovem fofoqueiro, quanto um idoso fofoqueiro. Eu posso ter um jovem com ótimos guias em terra, como posso ter um idoso com ótimos guias em terra. Eu posso ter um jovem descomprometido, como posso ter um idoso descomprometido. O que traduz a MATURIDADE É A RESPONSABILIDADE. As atitudes vão nos dizer quem é quem, independente de idade ou tempo de casa.

A falta de maturidade pode ser mais um empecilho para o processo de incorporação. Como podemos dar ao outro aquilo que não temos em nós mesmos? Como é possível ajudar a evolução da maturidade alheia se a nossa não está em dia? Atitudes imaturas entristecem os guias e os Orixás de modo que eles acabam se afastando de nós. Um bom exercício para vermos se estamos sendo MADUROS dentro do terreiro, é olhar as nossas atitudes. Elas certamente falarão por nós! Um filho de santo pode enganar até mesmo a matéria do dirigente da casa, mas não pode enganar aos guias e aos Orixás. Umbanda é responsabilidade e não um jogo, passatempo ou campeonato. A maturidade exige uma transformação de dentro para fora e muda completamente a forma como vemos o mundo.


TRABALHO EM EQUIPE: ATUAR COM PESSOAS E NÃO CONTRA PESSOAS!

Terreiro é uma família e como tal, não escolhemos os personagens. Tanto é que tem uma letra de Oxalá que diz assim "Oxalá nos guiou, Oxalá nos Uniu, semeou o amor, e a tristeza sumiu". Ao chegar em um terreiro ou ao chegar uma pessoa nova, temos em ambas as situações (veterano ou novato) que acolher, ser acolhido e nos adaptar uns aos outros.

Você pode ter certeza que se você é elitista, você está desagradando o seu guia, pois ele em si não é!!!! Imagine para um guia evoluído ter que descer em um corpo de atitudes sujas, como por exemplo, o Bullying. Sim, bullying!

- Fazer brincadeiras sem graça, expositivas ou desrespeitosa;
- Fazer exclusão de pessoas;
- Ter preferencialismo dentro do terreiro para com quem desempenhará determinada atividade;
- Etc.

ORIENTAÇÃO PARA RESULTADOS

O terreiro existe para um propósito, para uma missão e certamente não é a nossa missão pessoal, mas algo maior. Um terreiro faz parte dos propósitos divinos do amor e da caridade. Escolher fazer parte de um terreiro e esquecer que o consulente é o foco dos resultados da gira é deixar que o nosso egoismo interior tome conta de um chão sagrado. Neste tópico, algumas atitudes que podem estar atrapalhando a incorporação:

- Usar o guia espiritual para vingança e assuntos egoístas;
- Ter preferencialismo de quem vai atender;
- Desdenhar alguém da assistência;
- Julgar pessoas;
- Etc.


CONCLUSÃO

São inúmeros os fatores que podem desagradar nossos guias e atrapalhar o processo de incorporação. Listamos estes comportamentos iniciais como um convite a prática da auto-observação. Já vi casos em que pessoas ficam anos em desenvolvimento, tomando banho de ervas, fazendo obrigações e entregas e "apanham" para incorporar. Também já vi casos de pessoas que durante um tempo foram médiuns fantásticos formando filas de pessoas para passarem com seus guias e isso se perder com o tempo.

Uma vez que você incorpora um guia de LUZ, você pode ter certeza que ele será o primeiro a te cobrar sobre POSTURA. Será que nossos guias estão felizes em usar nosso corpo como matéria, mediante as nossas atitudes fora do processo de incorporação? Esta é uma pergunta que somente cada um pode responder. Mas uma coisa é fato, quanto mais você evoluir quanto matéria, MAIS O GUIA FICARÁ CONTENTE EM USÁ-LA!

Baiano Juvenal




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20/03/2018

Mercenários também na Umbanda


Aprenda a discernir entre umbandista e mercenário!
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Há 2000 anos atrás, existia entre o povo judeu um grupo abastado e privilegiado, cujos participantes eram conhecidos como Fariseus.

Os Fariseus viviam no Templo de Salomão que fora reconstruído pelo rei Herodes e no templo os Fariseus tinham o seu sustento e meio de vida.

A função dos fariseus era explicar ao povo ignorante da época as Leis de Moisés, porém, a hipocrisia lhes era nata, já que haviam transformado o templo em matadouro para ofertas a Deus e transformaram o Templo em ponto comercial e Jesus dedicou praticamente toda a sua vida para desmascará-los, o que gerou entre os Fariseus um tremendo ódio por Jesus, que tramaram a sua morte como um criminoso, e o restante da história todos conhecem.

Pois bem, o assunto até parece que se repete na atualidade, hoje muitos vivem de religião e não trabalham.

Mas esse fato não diz respeito ao povo umbandista, porque somos diferentes dos demais Cristãos, já que seguimos ensinamentos Cristãos, ensinamentos esotéricos e também ensinamentos Afros e temos objetivos diferentes de vida, objetivos que são ensinados por nossos guias e que exigem normas rígidas de caráter e de conduta em relação ao próximo.

Como todos sabemos em todos os segmentos existem os "espertos" que são inteligentes, mas acabam usando a inteligência para coisas escusas, pois descobrem um modo fácil de ganhar dinheiro na vida sem trabalhar arduamente como a maioria das pessoas e passam a explorar seu semelhante com mentiras e mais mentiras.
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Vamos falar dos médiuns psicógrafos!

O mais famoso deles foi o médium kardecista Chico Xavier, que psicografou milhares de livros e destinou os lucros sobre a venda desses livros a obras filantrópicas e beneficentes e acredito que o Chico foi para o Céu.
Outros com a mesma missão já fizeram diferente; Psicografaram os livros e ficaram com o dinheiro e ainda por cima renegaram a mediunidade, porque quando indagados sobre essa conduta, alegaram não serem médiuns e sim, pessoas com o dom de escrever!
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Vamos falar de outros tipos de médiuns!
No ambiente espiritualizado da Umbanda, muitos se dizem médiuns e se valem de subterfúgios para explorar descaradamente as pessoas que neles acreditam, onde entre os mais podres estão os que alegam fazer trabalhos para o amor (trazer o amor de volta amarrado), fazer trabalhos maléficos contra sócios, vizinhos, patrões, colegas de trabalho, rivais, etc.

Se dizem médiuns com a missão sacerdotal de ajudar ao próximo, mas só o fazem em troca de dinheiro e isso, QUANDO O FAZEM, porque normalmente tomam o dinheiro das pessoas e não fazem nada, apenas ficam com o dinheiro e esse procedimento tem nome, chama-se "crime de estelionato".

Outros utilizam meios de comunicação de massa e passam a explorar as pessoas em troca de ensinamentos sobre a Umbanda, mas são ensinamentos de duvidosa origem ou ainda pior, ensinamentos errados em nossas práticas que vão a cada dia mais propagando o fanatismo no lugar da fé, repassando ensinamentos errados que os incautos passarão também a ensinar e praticar e a partir desse ponto o desastre se instala e a Umbanda Sagrada passa a ser atacada e perseguida, porque os ignorantes egoístas resolveram ensinar o resultado de suas mentes doentes e obsidiadas à fim de ganhar dinheiro.

A obsessão lhes dirige a vida e os direciona a cada dia mais, para buscar mais e mais dinheiro.

É incrível a criatividade que possuem, criam a cada dia, coisas e mais coisas sobre a Umbanda e passam a transmitir a infeliz realidade que vivemos, mostrando a forma como a sociedade nos enxerga, já que a sociedade nos vê como fanáticos, destruidores da natureza, bêbados e praticantes de feitiçarias.

NUSS



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