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26/07/2016

Livro: O Protetor da Vida

O Protetor da Vida


Este livro é excelente, narra a história emocionante de um homem que segue a sua natureza divina, íntima, amando ao seu próximo, apesar das dores cruéis que enfrenta perante os desatinos de homens bestiais que marcaram a história na época do Cristo. 


É um romance que fala de amor à vida, com riqueza de detalhes capaz de prender a atenção do leitor do início ao fim. 

O seu conteúdo, transmitido com sabedoria e dinamismo surpreendente entre as cenas, lembra muito as obras espiritualistas que até hoje só conhecemos através dos seguidores da Doutrina Espírita, como "Há 2000 Anos", de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier. 

Este livro, "O Protetor da Vida" foi inspirado pelo Preto Velho Pai Benedito de Aruanda, através do saudoso Rubens Saraceni, que foi médium, Sacerdote e escritor umbandista, com mais de vinte livros lançados pela madras editora.

"O Protetor da Vida" convida a todos a praticar o ato de fé na vida! Recomendo.

Ednay Melo

***


Sinopse:

Este é um romance para ser lido com o coração; é uma obra que toca profundamente quem a lê, que mexe com sentimentos íntimos e profundos, que traz à tona uma emoção sincera, verdadeira, capaz de levar às lágrimas. 

Esta é a saga de Aron Bar Ritz, um judeu que fora para a Alexandria ainda jovem. Seu pai, um sacerdote hebreu que mesmo após a chegada dos romanos no Egito continuava arrebanhando ovelhas desgarradas do grande rebanho israelita, o que era muito arriscado, o preparava para dar continuidade a esta missão. Contudo, o jovem Aron teve pai e filhos mortos pelo exército romano; sua mulher, vendida como escrava e perdeu toda a motivação de sua vida. Sem ter mais nada que o prendesse na Alexandria, e na esperança de ainda encontrar sua mulher, Aron decide voltar para sua terra de origem. Como era pessoa instruída, de muitos conhecimentos, neste caminho de volta teve a oportunidade de salvar a vida de um comandante do exército romano e, entre as vítimas de seus sanguinários soldados, conhece Salideh que, com suas três filhas, o faz lembrar-se da sua família perdida. A gratidão do comandante que salvara lhe permite tomar Salideh e as filhas sob seus cuidados pois, do contrário, sabe-se lá o que lhes iria acontecer. E os cinco empreendem um difícil caminho pelo deserto. Aron viu o nascimento de Cristo e o sacrifício de crianças por Herodes, ajudou Jesus a fugir de Belém para o Egito, viu inocentes serem lançados às feras, viveu o amor de três mulheres - todos com a mesma emoção e intensidade - e, mesmo em momentos de morte em vida, sempre renascia e acreditava no poder da vida. Não importava se fosse tempo de dor ou de amor, pois Aron tinha certeza de que tudo tinha o seu tempo e vivera cada tempo de sua vida sem perder a fé nem a esperança. Este é um romance para ser lido com o coração; é uma obra que toca profundamente quem a lê, que mexe com sentimentos íntimos e profundos, que traz à tona uma emoção sincera, verdadeira, capaz de levar às lágrimas.

Madras Editora




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25/07/2016

Pretos Velhos

Pretos Velhos


HISTÓRICO

As grandes metrópoles do período colonial: Portugal, Espanha, Inglaterra, França, etc; subjugaram nações africanas, fazendo dos negros mercadorias, objetos sem direitos ou alma.

Os negros africanos foram levados a diversas colônias espalhadas principalmente nas Américas e em plantações no Sul de Portugal e em serviços de casa na Inglaterra e França.

Os traficantes coloniais utilizavam-se de diversas técnicas para poder arrematar os negros:

* Chegavam de assalto e prendiam os mais jovens e mais fortes da tribo, que viviam principalmente no litoral Oeste, no Centro-oeste, Nordeste e Sul da África.

* Trocavam por mercadoria: espelhos, facas, bebidas, etc. Os cativos de uma tribo que fora vencida em guerras tribais ou corrompiam os chefes da tribo e financiavam as guerras e fazia dos vencidos escravos.



Pretos Velhos
No Brasil os escravos negros chegavam por Recife e Salvador, nos séculos XVI e XVII, e no Rio de Janeiro, no século XVIII.

Os primeiros grupos que vieram para essas regiões foram os bantos; cabindas; sudaneses; iorubas; geges; hauçás; minas e malês.

A valorização do tráfico negreiro, fonte da riqueza colonial, custou muito caro:

"Em quatro séculos, XV ao XIX, a África perdeu, entre escravizados e mortos 65 a 75 milhões de pessoas, e estas constituíam uma parte selecionada da população.

Arrancados de sua terra de origem, uma vida amarga e penosa os esperava na colônia: trabalho de sol a sol nas grandes fazendas de açúcar. Tanto esforço, em uma vida tão insalubre, que um africano aqui chegado durava, em média, de sete a dez anos!

Em troca de seu trabalho os negros recebiam três "pês": pau, pano e pão. E reagiam a tantos tormentos suicidando-se, evitando a reprodução, assassinando feitores, capitães–do-mato e proprietários. Em seus cultos, os escravos resistiam, simbolicamente, à dominação. A "macumba" era, e ainda é, um ritual de liberdade, protesto, reação à opressão. As rezas, batucadas, danças e cantos eram maneiras de aliviar a asfixia da escravidão. A resistência também acontecia na fuga das fazendas e na formação dos quilombos, onde os negros tentaram reconstituir sua vida africana. Um dos maiores quilombos foi o Quilombo dos Palmares onde reinou Ganga Zumba ao lado de seu guerreiro Zumbi, protegido de Ogum.

"Zumbi, comandante guerreiro...

Guerreiro mor, capitão.

Da capitania da minha cabeça...

Levai alforria ao meu coração..."

(Gilberto Gil)



Os negros que se adaptavam mais facilmente à nova situação recebiam tarefas mais especializadas, reprodutores, caldeireiro, carpinteiros, tocheiros, trabalhador na casa grande (escravos domésticos) e outros, ganharam alforria pelos seus senhores ou pelas leis do Sexagenário, Ventre livre e enfim a Lei Áurea.

Estes negros aos poucos conseguiram envelhecer e constituir mesmo de maneira precária uma união representativa da língua, culto aos Orixás e aos antepassados e tornaram-se um elemento de referência para os mais novos, refletindo os velhos costumes da Mãe África.

Eles conseguiram preservar e até modificar, no sincretismo, sua cultura e sua religião.



ATUAÇÃO

E assim são os Pretos-Velhos da Umbanda. Eles representam a força, a resignação, a sabedoria, o amor e a caridade. São um ponto de referência para todos aqueles que necessitam: curam, ensinam, educam pessoas e espíritos sem luz.

Eles representam a humildade, não têm raiva ou ódio pelas humilhações, atrocidades e torturas a que foram submetidos no passado.

Com seus cachimbos, fala pousada, tranquilidade nos gestos, eles escutam e ajudam àqueles que necessitam, independentes de sua cor, idade, sexo e de religião.

Não se pode dizer que, em sua totalidade, que esses espíritos são diretamente os mesmos pretos-velhos da escravidão. Pois, no processo cíclico da reencarnação passaram por muitas vidas anteriores foram: negros escravos, filósofos, médicos, ricos, pobres, iluminados, e outros. Mas, para ajudar aqueles que necessitam escolheram ou foram escolhidos para voltar a terra em forma incorporada de preto-velho. Outros, nem pretos-velhos foram, mas escolheram como missão voltar nessa pseudo forma.

Este comentário pode deixar algumas pessoas, do culto e fora dele, meio confusas: "então o preto-velho não é preto-velho, ou é, ou o que acontece???".

O espírito que evoluiu tem a capacidade de se por como qualquer forma passada, pois ele é energia viva e condutora de luz, a forma é apenas uma consequência do que eles tenham que fazer na terra. Esses espíritos podem se apresentar, por exemplo, em lugares como um médico e em outros como um preto-velho ou até mesmo um caboclo ou exu. Tudo isso vai de acordo com o seu trabalho, sua missão. Não é uma forma de enganar ou má fé com relação àqueles que acreditam, muito pelo contrário, quando se conversa sinceramente, eles mesmos nos dizem quem são, caso tenham autorização.

Por isso, se você for falar com um preto-velho, tenha humildade e saiba escutar, não queira milagres ou que ele resolva seus problemas, como em um passe de mágica, entenda que qualquer solução tem o princípio dentro de você mesmo, tenha fé, acredite em você, tenha amor a Deus e a você mesmo.

Para muitos os pretos-velhos são conselheiros mostrando a vida e seus caminhos; para outros, são os psicólogos dos pobres, amigos, confidentes, mentores espirituais, guias iluminados; para outros, são os exorcistas que lutam com suas mirongas, banhos de ervas, pontos de fogo, pontos riscados e outros, apoiados pelos exus de lei (exus de luz) desfazendo trabalhos e atuando contra as forças negativas (o mal), espíritos obsessores e contra os kiumbas que trabalham na corrente negativa e levam os homens ao lado obscuro, a destruição, ganância ...



MENSAGEM

Os pretos-velhos levam a força de Deus (Zambi) a todos que queiram aprender e encontrar uma fé. Sem ver a quem, sem julgar, ou colocando pecados. Mostrando que o amor a Deus, o respeito ao próximo e a si mesmo, o amor próprio, a força de vontade e o encarar o ciclo da reencarnação podem aliviar os sofrimentos do karma e elevar o espírito para a luz divina. Fazendo com que as pessoas entendam e encarem seus problemas e procurem suas soluções da melhor maneira possível dentro da lei do dharma e da causa e efeito.

Eles aliviam o fardo espiritual de cada pessoa fazendo com que ela se fortaleça espiritualmente. Se a pessoa se fortalece e cresce consegue carregar mais comodamente o peso de seus sofrimentos. Ao passo que se ela se entrega ao sofrimento e ao desespero enfraquece e sucumbe por terra pelo peso que carrega. Então cada um pode fazer com que seu sofrimento diminua ou aumente de acordo com encare seu destino e os acontecimentos de sua vida:

"Cada um colherá aquilo que plantou. Se você plantou vento, colherás tempestade. Mas, se você entender que com luta o sofrimento pode tornar-se em alegrias, verá que deve tomar consciência do que foste teu passado, aprendendo com teus erros e visando o crescimento e a felicidade do futuro. Não seja egoísta, aquilo que te fores ensinado passa aos outros e aquilo que receberes de graça, de graça dê aos que necessitarem. Porque só no amor, na caridade e na fé é que você poderá encontrar o seu caminho interior, a luz e DEUS" (Pai Cipriano, setembro de 1997 - Versão adaptada).

Salve, todos os PRETOS-VELHOS, que DEUS os iluminem e os abençoem.

A todos os PRETOS-VELHOS que trabalham neste mundo e no outro com muito amor.

OBRIGADO por tudo!

Etiene Sales



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22/07/2016

Mensagem à Umbanda

Mensagem à Umbanda


Recebemos uma mensagem ontem(17/07/2016),por volta de 12:00 e foi pedido que essa mensagem fosse transmitida a todos os umbandistas:

Paz na terra e fé na guia, encomendo DEUS e a VIRGEM MARIA que guiai os passos e o caminho de todos os filhos de Umbanda, presentes ou ausentes, que todos possam ser abençoados por hoje e toda vida e que o mal do caminho de todos e dos nossos terreiros sejam levados hoje e para sempre. Amém

Sobre a pedra da fé, do amor e da caridade, fundamos a Umbanda. Uma umbanda de fé e de força, governada e guiada pelos Santos e Santas da corte celestial, abençoada e protegida por todos os Orixás em comunhão de todas as nações.

Hoje, muitas casas se partiram e muitos preceitos foram quebrados pelas mãos dos homens ambiciosos que se dizem Pais de Santo e julgam as mudanças e proferem alterações em um preceito que eles dizem ultrapassado. Preceito esse que não lhes deixam imbuir em suas ganâncias, por se tratar de um preceito de caridade.

Muito me deixa triste, de tantos terreiros abertos, tão poucos preservem esse fundamento. Me alegro nessa hora, em poder abençoar essas casas e seus filhos, pelo amor e a fé de vocês. Sei que muitos tem suas dificuldades e erros, e com certeza vão saber vencer.

Me despeço de todos vocês, com a certeza e a alegria do amor e a dedicação que existe nessas casas. Estarei sempre presente em suas firmezas.

Nessa hora eu choro lágrimas nesse cavalo, pelos terreiros que passei e não mais vou voltar.

Uma nova Umbanda se forma, não só para acolher os espíritos necessitados mas também para auxiliar os enfermos.

Que a paz de DEUS esteja com todos.

Um abraço a todos, de seu “Caboblo de Fé”

12:00 do dia 17/07/2016
Tenda Espírita São Jorge de Umbanda
Parque São Joaquim – Barra do Piraí - RJ
Enviada por Jorge Fernando de Oliveira



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07/07/2016

Ser Umbandista é ser Cristão

Ser Umbandista

Nós, umbandistas convictos, buscamos em nossa religião servir a Deus e aos nossos semelhantes. É uma tarefa de simples descrição, tal qual asseverou o Cristo, em seu Evangelho reformador. Mas de difícil persecução, convenhamos. Nossa missão, enquanto intermediários entre seres encarnados e desencarnados, não nos faz melhores do que os outros. Somos seres humanos, passíveis de erros, e temos a mesma necessidade daqueles que procuram o nosso templo, enfermos do corpo e/ou da alma.

Também carecemos de renovar nossas ações e sentimentos, acatando na prática as palavras vivificantes de Jesus. Aliás, a própria mediunidade que trazemos hoje revela dívidas de vidas pretéritas, nas quais, certamente, olvidamos da obrigação de auxiliar os necessitados e promover nossa elevação espiritual. O exercício (correto!) da mediunidade, dom que Deus nos deu de graça, nos auxilia a caminhar com dignidade, responsabilidade e amor, extirpando sombras karmicas de nosso passado.

Todavia, mesmo buscando cumprir o Evangelho Cristão, ainda somos discriminados e taxados como “macumbeiros”(1), perante muitos leigos. No mesmo embalo, outros propagam impropérios e condenações várias, ao dizerem que somos membros de uma “seita” satânica, e, por conseqüência, somos adoradores do demônio. Quem já compareceu ao nosso Templo sabe quão inverídica é essa imagem tão deturpada de nosso Culto. Mas bem sabemos quantos outros lugares fazem por onde chafurdar o nome da Umbanda, e atuam como “contrapeso” à obra que praticamos. A despeito do esforço incansável de distintos sacerdotes umbandistas (valendo destacar o legado deixado pelo saudoso W.W. da Matta e Silva), notamos que a Umbanda ainda precisa se expandir de maneira madura, desmistificada, de forma a combater e derrubar as barreiras que colocam em descrédito a nossa imagem, como Seareiros de Jesus. Muitos ainda usurpam o genuíno rito umbandista, mercantilizando passes, consultas, trabalhos e protagonizando trambicagens mil. Isso não podemos frear, e até adotamos uma conduta abnegada perante tais chafurdices. Isto porque fomos consolados pela assertiva de nossos Mentores Espirituais, que nos ensinam a confiar na Lei de Causa e Efeito, e na responsabilidade que esses mercadores do Templo assumem, perante a Lei Maior.

O importante é não esmorecermos em nossas posições íntimas. Quando chamados ao esclarecimento, devemos ser firmes, defensores dessa Umbanda que busca com responsabilidade e retidão o contado com o Sagrado. Deveria ser a única Umbanda, mas, “por força de várias forças”, hoje é multifacetada, confusa, e às vezes conhecida por escândalos que, de forma alguma, foram nem serão inatos ao seu âmago epistemológico.

Umbanda é coisa séria, para gente séria! Ser umbandista é ser Cristão; é praticar a moral cristã que transcende interpretações fundamentalistas. Pense nisso, quando porventura te colocares como umbandista, onde quer que sejas chamado a testemunhar por esta religião!

Mãe Tina
(artigo originalmente publicado no Periódico Buscando Luz Nº 7 – edição de julho de 1997).

(1) Na verdade, esta denominação é bastante incorreta, porque “macumba”, em sua etimologia mais original, designa uma árvore comum no continente africano. Esta árvore era preferida pelos praticantes do culto aos Orixás, para acolher, sob sua sombra, oferendas várias, postadas como agradecimento pela fartura na colheita, caça, saúde e proteção nas guerras tribais.




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05/07/2016

Livro: Enquanto Dormes

Enquanto Dormes

Resumo: 

Vovó Benta relata com detalhes o que acontece quando as luzes do terreiro se apagam e os médiuns voltam para casa. Na contraparte astral, o trabalho da noite recomeça dando prosseguimento às mais complexas tarefas em que a participação da corrente mediúnica, em desdobramento do sono, é importantíssima. Em seus relatos, Vovó Benta conta com a presença do jovem personagem Juju, antiga alma que retorna ao palco terreno na condição de simples cambono, a fim de redimir-se aprendendo através da caridade muitas lições de humildade.

Resenha: 

Trata-se de um livro singelo e reconfortante, como as palavras dos queridos pretos-velhos. Vovó Benta, com sua linguagem peculiar e muita sabedoria, narra o que acontece em um terreiro de Umbanda após o encerramento dos trabalhos terrenos, mostrando que os médiuns em desdobramento continuam atuando mesmo enquanto dormem.


Trecho do livro: 

A umbanda apresenta como mensagem religiosa a prática da caridade pura, o amor fraternal, a paz e a humildade. Entretanto, ela também se propõe a produzir, pela magia, modificações existenciais que permitem a melhora da vida ao ser humano.

Enquanto o terreiro de umbanda permanecia fechado, sem nenhum movimento, parcamente iluminado pelas velas que firmavam os sete pontos de forças, sua contraparte astral continuava muito movimentada.

O que as pessoas não imaginavam é que, na maioria dos atendimentos realizados durante a noite, haviam ficado pendências a ser resolvidas pela espiritualidade no plano extrafísico, tarefa realizada por entidades que labutam nas diversas linhas de trabalho do plano espiritual.

Naquela noite específica, um caso especial envolveu toda a equipe comandada por Ogum Sete Ondas, protetor do dirigente da casa. Havia chegado ao local um rapaz apresentando sintomas de depressão profunda, quadro que evoluía há bastante tempo, cujo tratamento psiquiátrico não vinha surtindo resultados.
Muito desgastado fisicamente, andava como um sonâmbulo amparado pelos pais que, desesperados, solicitavam ajuda espiritual ao jovem de apenas dezoito anos.

Enquanto Dormes - Leni W. Savisck, pelo espírito Vovó Benta
Editora: Ed. do Conhecimento | Número de Páginas: 184 | Ano: 2010 | Gênero: Romance
Fonte: Blog do Livro Espírita




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03/07/2016

Paz de Espírito e Ética Sacerdotal

Paz de Espírito e Ética Sacerdotal

Paz de Espírito não tem preço, não tem tempo e não tem dono. A Umbanda não é milagre, não se vende e é função do Sacerdote de Umbanda esclarecer e principalmente combater quem cultiva esses princípios.

Podemos começar esclarecendo que alguns sacerdotes estimulam nos consulentes a prática do ‘milagre’. Precisamos incutir aos consulentes a noção da Religiosidade na Umbanda. Que eles venham participar de nossa assistência por gostar, por comungar, por se sentir bem dentro daquela energia, que venham até nossa casa “somente” para cantar, tomar um passe e recarregar as baterias, sem pedir nada e sem necessidades específicas.

Devemos COMBATER frases ditas por sacerdotes como “é só pedir, pedir com coração que Exu dá”, “a Umbanda tem que cobrar sim, é um trabalho e trabalho se cobra", "a frase ‘dai de graça o que de graça recebestes’ quer dizer que a inteligência é o que recebemos de graça mas o trabalho deve ser cobrado”, e muitos outros absurdos que estão sendo ditos e até praticados por formadores de opiniões e de religião, atos estes extremamente errados que são contra a Lei de Deus e contra a Lei da Umbanda.

Sacerdotes de Umbanda, sejam, acima de tudo, bons e honestos com os Orixás, com vocês e com os médiuns que vêm lhes pedir ajuda. Não mintam, não enganem, não prometam coisas que a Umbanda não pode oferecer. Cuidem de seus médiuns como seus filhos espirituais, ampare-os, oriente-os, trate-os espiritualmente, é seu dever e sua missão. Ame a Umbanda e não o Poder ou Você. Cuidado com a vaidade e com o ego. Cuidado com as bajulações que fazem a você e principalmente com as bajulações que você faz ao Poder. Saiba: a Umbanda não está à venda e não aceita oportunistas e vigaristas.

Sacerdote de Umbanda, será que você tem Paz de Espírito?

Que benção é Ser Umbanda de corpo, alma e mente,
Que benção é Ser Umbanda e me colocar perante o Caboclo como o Dono de minha Vida.
Que benção é Ser Umbanda no passado, no presente e no futuro.
Que benção é Ser Umbanda comungando, amando e se reverenciando com as Forças Divinas.
Que benção é poder dar sem receber.
Amar sem cobrar.
Fazer sem reclamar.
Ser e não estar.
Que benção é Ser Umbanda,
Que benção é Ser Sacerdote,
Que benção é Ter Paz de espírito,
Que benção é Ter a missão cumprida.
Que Oxalá me abençoe e me ampare na sua Fé,
Que Ogum me guarde e me conduza na sua Lei,
Que Oxossi me dê à sustentação mental e Oxum a emocional,
Que Exu segure a minha porteira com vigor e Lei,
Que Olorum olhe pela minha querida Umbanda hoje e sempre. Salve a Umbanda.

Mônica Caraccio





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29/06/2016

O Mal das Fofocas e Intrigas dentro de um Terreiro de Umbanda

O mal das fofocas


A Umbanda é uma religião livre e aberta a todos, ou seja: livre, pois não se prende a uma doutrina exclusiva e restritiva, permitindo a cada ramificação e a cada terreiro, exercerem a sua própria doutrina e seus próprios fundamentos de acordo com seus guias espirituais; aberta, pois recebe a todos sem preconceito de crença, cor, status social ou econômico, ou preferências sexuais.

As casas de Umbanda estão sempre com suas portas abertas a todos, se motivando pela caridade no ajudar ao próximo e na educação moral e espiritual do ser humano.

O “código moral umbandista” se baseia no respeito às diferenças, no respeito a todas as crenças, e a todas as formas de praticar a religião de Umbanda que existem no mundo. É, no mundo, pois a Umbanda se tornou uma religião não só brasileira, mas que se encontra em vários países, como: EUA, Argentina, Uruguai, França, Suíça, Portugal etc.

Sem preconceito, a Umbanda acolhe a todos e a todos tem uma palavra de força, de fé de conforto. Porém, os terreiros não são perfeitos, pois o material de trabalho dos Guias e Orixás somos nós, seres humanos que têm defeitos, manias, maus hábitos, defeitos morais e espirituais que os Guias têm de conviver, e, aos poucos, quando a matéria permite modificações, eles as fazem de bom grado, mas sabendo que nem tudo é passível de mudança. Só com o tempo e com muita paciência e boa vontade (com uma dose de determinação e aceitação do médium) é que as mudanças podem ocorrer (Umbanda não faz milagres, muito menos, os Guias e Orixás).

Um dos piores defeitos morais coletivos que pode existir dentro de um terreiro é a “fofoca”, e, com ela, as intrigas. Se existem fofocas isso demonstra que também existem inveja, ciúmes, vaidades, soberba ... Ou seja, uma série de maus modos que têm como termômetro a fofoca.

Normalmente o “médium fofoqueiro” não faz essa prática por mal. Ele a faz por um vício que traz de casa, do convívio familiar e que não foi corrigido em tenra idade, e que acaba se tornando um vício que persegue a pessoa dentro da própria família, em suas relações pessoais, no trabalho e, infelizmente, dentro de uma casa espiritual (não só nos terreiros de Umbanda, mas nas casas espirituais em geral: Igrejas, Centros Kardecistas, Terreiros de Candomblé etc).

O “médium fofoqueiro”, muitas vezes, não tem idéia do mal que acaba fazendo, pois se torna compulsivo e involuntário nas palavras (a língua acaba sendo mais rápida do que o pensamento racional e moral). Com isso acaba gerando desconforto dentro do ambiente do terreiro, pois finda no jogo cruel e imoral do “jogar uma pessoa” contra a outra, ou outras; amigos contra amigos, irmãos contra irmãos; Pai/Mãe de Santo contra o ou os filhos; os filhos contra o Pai/Mãe de Santo. Ou seja, gera um caos, onde o “médium fofoqueiro” fica olhando e se divertindo com tudo aquilo, sem dar conta do estrago que está fazendo.

As situações podem chegar a um ponto tal que as próprias “entidades” do “médium fofoqueiro” passam a absorver esse mal, ou o médium passa a ser anímico a tal ponto que suas “entidades” passam a também fazer fofocas, tais como: “tem uma pessoa aqui no terreiro que diz ser sua amiga, mas que vai te passar a perna”; “você deveria tomar cuidado, pois tem gente aqui dentro de olho no(a) seu(ua) homem/mulher”; “o cavalo de fulano fez aquelas obrigações, mas o seu não faz ...”.

Essas situações são terríveis e acabam marcando o próprio médium, e, sem dizer, as suas “entidades”, pois acabam, ele/ela e as entidades, perdendo a credibilidade, a confiança. Nesse ponto, onde antes havia “o veneno pernicioso da fofoca” gerado pelo médium, ele acaba colhendo o próprio fel que plantou. Caindo em desgraça diante dos irmãos e da própria assistência, fazendo com que o Guia chefe da casa ou o próprio sacerdote chefe, acabe tendo que tomar medidas drásticas, como: a suspensão, a bronca pública ou mesmo a expulsão do médium do terreiro.

Porém, como lidar para que as coisas não cheguem a um ponto extremo de ter que expulsar um “médium fofoqueiro” de um Terreiro?

Inicialmente as queixas devem ser levadas ao Guia chefe da casa e/ou ao Sacerdote de comando do Terreiro, para que ele possa avaliar essas queixas. Caso as mesmas sejam pertinentes, o “médium fofoqueiro” deve ser chamado, tendo em vista que a pessoa não faz essa prática por ser ruim, mas porque tem problemas diversos (baixa estima; ciúmes inexplicáveis; é muito possessiva e não aceita dividir ou ter perdas; problemas de relacionamento em casa: marido, pais ou filhos; é uma pessoa, muitas vezes, amarga com a vida e com as pessoas em volta dela, frustrada nos relacionamentos pessoais, nos relacionamentos familiares, no trabalho ou com sua própria aparência etc). Assim deve-se ter muito tato para conversar com o médium para que ele não se sinta perseguido ou constrangido.

Normalmente o “médium fofoqueiro” é uma pessoa que se sente perseguida diante de qualquer problema, principalmente dentro daqueles que ela tenha provocado – isso é uma forma de autoproteção ou fuga do problema. Também se sente constrangido por qualquer motivo e diz, gagueijantemente, que não foi ele/ela colocando a culpa em outrem ou em ciúmes e invejas; chora copiosamente ou, em casos de fuga, se deixa receber um kiumba que diz que “vai levar, foi trabalho mandado ou algo do gênero”, fazendo muito estardalhaço e sendo agressivo.

No todo a conversa deve ser franca é concentrada no problema colocado e se a pessoa tem idéia do que fez, buscando-se sempre os motivos (coerentes ou não).

O “médium fofoqueiro” deve entender que aquele tipo de prática não pode existir dentro do terreiro, ficando claro que punições são cabíveis a esse tipo de prática, podendo chegar à expulsão. Caso as coisas tenham ido para o lado dos Guias do “médium fofoqueiro”, os mesmos devem ser convocados e chamados à atenção, pois não estão cuidando do “cavalo” devidamente, e, acima de tudo, estão permitindo o animismo e a falsa espiritualidade residirem no médium.

O sacerdote também deve buscar saber o estado espiritual e mental do médium para que ele possa ser tratado e/ou cuidado (se for espiritual no espiritual, o Guia chefe da casa deve ser consultado para ver o que pode ser feito em termos de descarregos, banhos, oferendas e/ou obrigações; se for no material/mental, deve-se indicar um Guia da casa para acompanhar o médium, e, dependendo da gravidade do problema, um psicólogo, terapeuta ou mesmo um psiquiatra, deve ser recomendado).

O “médium fofoqueiro” deve ser sempre monitorado até que os problemas sejam sanados, e o bem estar volte à comunidade como um todo.

O trabalho espiritual é constante e não adianta acreditar que as coisas irão se resolver sozinhas ou pelo Astral Superior. Esse é um pensamento muito comodista, pois as coisas dos homens, em geral, são resolvidas pelos próprios homens ou com apoio e intervenção da espiritualidade através dos Guias. Se as coisas são deixadas de lado por medos vários, elas tendem a crescer a um ponto do insuportável, onde acabamos tomando medidas ou posicionamentos extremos, onde poderíamos ter uma ação mais preventiva ou pró-ativa para evitar ou sanar os problemas.

Etiene Sales




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