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25/11/2022

A Assistência Espiritual


“Abaixo da iluminação, só há dor!”
– Buddha -

Sabe aqueles momentos em que você se sente meio estranho consigo mesmo?

Naqueles instantes em que um desconforto psíquico parece se instalar em você internamente, sem motivo aparente?

Pois esses são momentos perniciosos, meu irmão, em que as trevas extrafísicas estão rondando o perímetro sagrado do seu coração espiritual, lar do eterno e templo do seu Ser.

O aperto psíquico é resultante da pressão exercida pelas garras dos irmãos das sombras apertando o seu centro espiritual.

Portanto, resguarde a sua luz e eleve os pensamentos ao Supremo Ser, fonte de toda vida. De coração aberto ao AMOR QUE TUDO TRANSFORMA, pense
positivamente.

O mestre Jesus estava certo, quando ensinou: “Orai e Vigiai, para não cairdes em tentação.”

PENSE NA LUZ! ENVOLVA-SE NELA! VIBRE A LUZ NA AURA!


Esses irmãos trevosos, que se insinuam ocultamente nos perímetros energéticos das pessoas encarnadas, não suportam as vibrações mais altas. Na presença de uma aura vibrante e positivada pela força de vontade, e pelo pensamento correto concentrado na melhoria de si mesmo, eles se afastam imediatamente.

No entanto, não se deve fazer essa aceleração vibracional com motivos arrogantes ou de desafio a esses seres infelizes. Querendo ou não, eles também são nossos irmãos e filhos da mesma vida universal. Apenas se engolfaram em emoções pesadas e de difícil resolução. Por isso trafegam pelos desvãos das obsessões, sem se darem conta do quanto se rebaixaram espiritualmente.

Não custa relembrar aos estudantes e trabalhadores espirituais dedicados, o quanto as suas vibrações de amor e ajuda a esses seres infelizes são importantes nos processos de assistência extrafísica. Mediante o aporte das energias potencializadas pelos pensamentos de ajuda, os grupos de socorristas astrais, compostos por espíritos amparadores de várias linhas espirituais, sempre interessados no bem de todos, amparam esses irmãos enfermos e os direcionam para os lugares de cura extrafísica apropriados.

Essa é a maravilha extrafísica que se desdobra diante dos iniciados espirituais de todos os tempos: A LUZ CURA!

Cabe aos iniciados de hoje a manutenção desse trabalho levado a cabo ao longo dos milênios pelos mestres de todas as linhas espirituais: carregar a tocha da espiritualidade acesa em si mesmos!

Não é tarefa de fácil consecução, pois demanda muito esforço na melhoria de si mesmo. Como diz o ditado hermético: “Quem quer mais Luz, que seja Luz!”


E na ampliação dessa luz, sob a forte resolução da consciência de progredir na senda, os seus eflúvios se propagam em todas as direções, e se eles estiverem permeados pelos sentimentos mais nobres do iniciado (estudante e trabalhador dedicado, que pondera e medita em silêncio no “Amor Que Ama Sem Nome”), chegam até esses doentes extrafísicos, melhorando-os e criando as condições vibracionais adequadas para o aporte espiritual dos amparadores na dissolução de suas aflições e intenções confusas.

Para o iniciado, consciente de suas responsabilidades, sua própria melhoria nunca é só para ele mesmo. E não poderia ser diferente! Ele sabe que o que se passa no perímetro de sua vida se propaga para o todo. Por isso ele pensa na Luz irradiando para todos os seres imersos no grande mar da vida universal.

Ele sabe que a Luz cura!

* * *

Ao final desses escritos, onde nos reportamos a importância de vibrar a Luz no contato com os seres infelizes que vagam perdidos na noite dos tempos, pedimos aqueles que carregam a tocha da espiritualidade acesa em si mesmos que continuem mantendo-se dignos na tarefa consciencial que abraçaram. Não esmoreçam nunca! Nem por motivos de incompreensão humana ou por pressões extrafísicas trevosas. Mesmo acicatados por ferrões de maledicência ou por traições inesperadas, permaneçam na senda escolhida.

Autor desconhecido





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22/11/2022

O Médium não é um Simples Aparelho

O Médium não é um Simples Aparelho


O ritual de Umbanda tem como um dos seus eixos principais o exercício da mediunidade.

Nos terreiros, sua expressão mais comum é por meio da incorporação. Por ela, somos presenteados pela incrível oportunidade de conversarmos diretamente com os mentores das elevadas esferas espirituais, receber conselhos e orientações, além de todo trabalho energético através do passe e descarrego.

No entanto, mais do que se costuma admitir, os médiuns possuem uma larga influência no trabalho das entidades, a variar dependendo do seu preparo e concentração. Toda mensagem, invariavelmente, passa por seu ser antes de expresso aos consulentes, isto implica, antes de tudo, sua enorme responsabilidade frente ao compromisso que assumiu!

E isto é válido mesmo para os que se dizem inconscientes, se é que realmente ainda existam tais médiuns! Uma vez que não se lembrar de nada não significa que não possa de alguma forma ter influenciado o atendimento.

O médium não é um simples aparelho capaz de reproduzir mecanicamente as mensagens que vêm do alto. Ele tem a sua história, visão de mundo, valores, conhecimentos e doutrinas particulares. E quando o guia transmite suas ideias em seus atendimentos, ela assume as formas mentais que encontra no seu “cavalo".

Com o desenvolvimento, o tempo e a experiência, o médium aprende a tornar-se passivo, silenciando e aquietando o seu interior, ele permite que o guia assuma à frente. É um longo exercício e intensa batalha interna, até que chega o dia em que ele entende que precisa simplesmente confiar e se entregar.

No entanto, o médium nunca se anula complemente, ele sempre está lá, presente, dando forma às palavras que são transmitidas. É preciso reforçar constantemente isso!

São muitos os médiuns que se desesperam com a ilusão de que haverá o momento em que suas mentes sofrerão um apagão e depois disso não existirá mais nada a se preocupar.

Vou repetir: Durante a incorporação, o médium nunca deixa de estar presente. E, por esta razão, exige-se dele preparo e responsabilidade.

Os guias são forças sutis! Mesmo os Exus e Pombagiras, que costumamos dizer que apresentam energias mais densas estão em um nível vibratório muito maior que o nosso. Segue-se que, para que haja um acoplamento mediúnico é preciso que o próprio médium busque elevar sua vibração e tornar sua energia mais sutil.

A mediunidade exige alguns sacrifícios pessoais. Mais vale, em algumas situações, calar-se diante do convite ao conflito do que perder a firme sintonia com seus guias e protetores.

Eliminar as brigas, discussões, pensamentos negativos, rancores, palavras de baixa vibração... Todas essas práticas nos afastam da espiritualidade e, tenha certeza, interferem no seu processo de incorporação.

Lembre-se de que através de sua mediunidade, virão pessoas se consultar com todos os tipos de problemas, alguns, muito graves. É uma enorme responsabilidade!

Se você assumiu este compromisso, tem o dever de estar o mais preparado possível no dia da gira. Esta é a sua única tarefa, uma vez que quem exerce a caridade é o guia e não médium.

Acima de tudo, o médium deve buscar o seu desenvolvimento moral. O coração que vibra amor impulsiona a todos para mais próximo do Pai Maior e é essa a nossa missão! Quanto mais elevados os pensamentos, e mais puros os sentimentos e tanto mais compromissado nos colocamos com a prática da Umbanda, mais perfeita é a sintonia para com nossos guias e protetores.

Lembrem-se:
"Bons médiuns, bons Guias"

Autor desconhecido



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31/10/2022

Alerta aos Leitores

Este blog tem como objetivo a divulgação da religião de umbanda e de tudo que se refira a espiritualidade, com referência à diversidade predominante.

Nestes 10 anos de divulgação, alcançando quase 2 milhões de leitores, ganhamos credibilidade e apreço como reconhecimento de um trabalho sério, e é em respeito a estes leitores que viemos informar que retiramos das nossas indicações os livros de um autor espiritualista já consagrado no mercado, que ultimamente tem-se mostrado avesso à proposta espiritual que defendemos e acreditamos, que é o respeito e imparcialidade dos espíritos ao livre arbítrio humano. 

Este autor e também médium, que não divulgaremos o nome por questão ética, tem promovido a incitação ao ódio em suas redes sociais por ocasião do cenário político do País, para fazer valer as suas convicções usa o nome dos espíritos para obter credibilidade, informando que os espíritos o alertaram por meio da sua mediunidade que a outra parte política são as trevas tentando dominar o Brasil e as Américas, entre outras tantas falas estapafúrdias denegrindo a imagem pura da espiritualidade. 

Deixamos claro que somos a favor da liberdade de expressão de forma respeitosa, bem como ao direito de manifestação de preferências políticas de todas as pessoas, inclusive médiuns, pois todos somos também cidadãos. O que não se admite é misturar política e religião para coagir as pessoas através do medo.

A pergunta que fica é: este autor sempre foi assim ou somente agora se desvirtuou? Lembremos que atualmente a internet nos dá a oportunidade de conhecermos melhor personalidades ícones de todos os setores da sociedade, que eles mesmos se fazem mostrar através de vídeos e redes sociais, quando antes só o conhecíamos através dos seus livros ou outros materiais informativos e pré-elaborados.

Longe de questionarmos o seu motivo particular, se fraude, animismo ou alguma perturbação psíquica, a intenção é apenas contribuir para a defesa da umbanda e da espiritualidade de impostores, rogando a Oxalá muita luz em seu caminho.

Ednay Melo

Blog Tulca



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28/10/2022

Você é Médium?

Você é Médium?


Mediunidade é um termo que se propagou através da doutrina espírita kardecista, médium, mediano, sintonia que está "entre", está no meio: sintonia que permite às pessoas estarem ligadas mentalmente entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos.

Muita gente já ouviu falar e também já foi surpreendida por uma consulta espiritual em que lhe foi revelado: Você é médium!

Porém, é hora de salientarmos que somos seres constituídos de energia e nos movimentamos além da esfera física. 

Como espíritos vivendo no mundo terreno, continuamos a transitar pela dimensão astral. Essa dimensão é o mundo dos espíritos desencarnados. São mundos que se entrelaçam em dimensões diferentes.

A mediunidade é o sexto sentido que nos permite receber as sensações sutis. Todos somos médiuns e interagimos com os espíritos dos mortos.

A maioria das pessoas têm a mediunidade intuitiva, que funciona como um toque sutil que lhe chega aos sentidos como uma orientação de espírito de luz. Isso acontece porque estamos todos ligados energeticamente.
Podemos sentir a energia emanada nos ambientes e das pessoas à nossa volta. Sentir um leve mal-estar quando entramos em algum lugar ou quando alguém que amamos não está bem.
Perceber além dos cinco sentidos, isto é mediunidade.

Convencionou-se para o espiritualismo que o médium é um indivíduo intermediário entre os mundos físico e espiritual, podendo transmitir comunicações de outros espíritos, entre outras manifestações chamadas mediúnicas.

São diversos os tipos de mediunidade: Cura, psicografia, clarividência, clariaudiência, pictografia, pisicofonia e incorporação são algumas das modalidades.

Encontramos médiuns naturais e ostensivos. 

O médium natural possui seu sexto sentido como todos os outros sentidos e pode desenvolvê-lo naturalmente.

O médium ostensivo é aquele que tem uma grande sensibilidade mediúnica e nasceu com essa aparelhagem parafisiológica apropriada para o intercâmbio. Tem facilidade para captar as emanações sutis e se não desenvolver seu dom, fica a mercê das influências alheias.

Sintomas básicos da mediunidade:
Alterações repentinas de humor;
Crises de pânico;
Sonambulismo;
Passar mal em locais aglomerados;
Zumbidos no ouvido sem diagnóstico;
Sensação de vertigem e de sair do corpo;
Acordar e não conseguir mexer o corpo;
Bocejar demais;
Medo exagerado do escuro;
Sentir-se bem em contato com a natureza;
Sentir arrepios frequentes pelo corpo;
Ter sempre aparelhos eletrônicos com problemas e quebrados;
Quebrar copos com frequência;
Fechar os olhos e ver imagens de pessoas;
Sonhar sempre com pessoas que já morreram;
Muitos pesadelos e dificuldade para dormir.

Mediunidade é uma fenomenologia que requer tratamento e educação. Ela é uma sensibilidade que nos foi oferecida pela espiritualidade, ao reencarnarmos, para que com o bom uso que fizermos dela possamos colaborar no mundo, como cocriadores na obra divina, entretanto seu mau uso poderá trazer danos irreversíveis ao "eu psicológico" de seu portador. Mediunidade é coisa séria para gente séria..

Mozart de Iemanjá



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16/10/2022

Desenvolvimento Mediúnico na Umbanda

Desenvolvimento Mediúnico na Umbanda

1) O desenvolvimento é lento. Exige muita paciência, não pode ser forçado, nem acelerado. Não se pode pular etapas, tudo acontece no momento certo. E é bom que seja assim. O atendimento é uma responsabilidade muito grande, é necessário garantias de que o médium está preparado para assumir essa tarefa. E este preparo vem somente com o tempo.

2) O amadurecimento da mediunidade é, antes de tudo, um desenvolvimento de si mesmo. Ele exige o autoconhecimento. É preciso evoluir moralmente, assumir uma postura correta, agir de acordo com os princípios éticos.

3) Com o desenvolvimento, muitas coisas há muito tempo guardadas começarão a se manifestar. Você deverá mergulhar em seu interior e limpar o coração de todos os sentimentos negativos, pensamentos e memórias que pesam em seu ser. Não haverá mais para onde fugir. Você terá que lidar com isso, resolver-se.

4) O estudo é necessário. Não ache que já sabe o suficiente. É o conhecimento que trará a compreensão do que se passa contigo. Tenha a humildade de sempre ouvir, mostrando-se sempre disposto a aprender mais. Muitas de suas perguntas têm respostas, basta procurá-las.

5) Atualmente, as incorporações são mais conscientes. Há muitas dúvidas. Você se perguntará se é você ou a entidade muitas vezes. Mas isso tudo é normal, é natural, com o tempo ficará mais fácil distinguir o que é seu e o que é da entidade. Neste fase inicial, a fé será necessária. Para prosseguir neste caminho maravilhoso que é a mediunidade, deverá persistir apesar das dúvidas e inseguranças.

6) O desenvolvimento deve acontecer no terreiro, sob a supervisão de um sacerdote, dirigente ou pai-de-santo. É a ele que você deve recorrer caso tenha alguma dúvida ou esteja passando por alguma situação. Cursos podem até te ajudar, mas não substituem o acompanhamento de alguém mais experiente. Conheça muito bem o terreiro antes de solicitar o ingresso.

7) Não são os elementos materiais que farão de você um bom médium. Banhos, guias, firmezas podem contribuir, mas somente o tempo fará de você um médium preparado. Não se deixe impressionar por aquilo que é superficial.

8) Não se preocupe, também, em descobrir quem são seus orixás de cabeça, nomes das entidades, os pontos delas. Na hora certa, quando seus guias considerarem que é o momento, você saberá. Apenas deixe fluir as coisas em sua naturalidade.

9) Saiba aceitar sua mediunidade do jeito que ela é. Cada um tem sua peculiaridade e é parte do desenvolvimento descobrir isso. Aprenda com os exemplos alheios, mas não tente imitar alguém. A incorporação é um momento seu. Não ligue para a opinião dos outros. O objetivo não é agradá-los. Repetimos, o importante é deixar a incorporação fluir naturalmente.

10) O espírito não entra no corpo do médium. O transe mediúnico acontece pelo acoplamento dos chakras, onde a entidade envolve-te com sua energia, criando uma conexão mental. Para que isso ocorra com harmonia, é importante que esteja com sua aura limpa. Isso acontece através de bons pensamentos, práticas corretas, equilíbrio emocional. Da mesma forma, busque cumprir os preceitos. No dia de gira, busque entrar em sintonia desde cedo com a espiritualidade.

11) Aproveite o tempo como cambone. Há muito para aprender. É a oportunidade que você possui de servir diretamente às entidades. Sentirá muita falta disso no futuro.

12) Você tem todo o direito de não desenvolver a sua mediunidade, o livre arbítrio é lei divina. Há muitas outras formas de entrar em sintonia com a espiritualidade, a Umbanda é apenas uma dela. É somente o amor e o desejo de servir ao Pai Maior que devem te motivar a buscar esse caminho de luz.

13) Lembre-se, por fim, que o objetivo maior da mediunidade é a prática da caridade. Não é para nos auto-afirmarmos diante do outro, mas sim, antes de tudo, para contribuir com a obra do bem.

Diamantino Trindade




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03/10/2022

A Obsessão na Atualidade

A Obsessão na Atualidade


Que é assustadora a forma como as pessoas estão se arvorando a lidar com a espiritualidade na atualidade afro umbandista não é novidade para ninguém.

Basta navegarmos pelas redes sociais, diariamente, e vemos os impropérios estampados como normais, mas que tem muito mais de midiáticos e glamorosos na forma como são postados, quase sempre com o objetivo de demonstrar força mediúnica, poder paranormal ou mão milagrosa, e assim evidenciar uma certa superioridade egocêntrica, até quem sabe psicótica, que intrinsecamente satisfaz a vaidade a ao orgulho humano.

Tenho dito com alguma frequência que, quase sempre as pessoas agem assim por intenções exploratórias da dor alheia e em benefício próprio, com o fim unicamente da extorsão financeira.
Entretanto, de uns tempos para cá, tenho observado que o fato é muito mais grave do que parece. Nos atendimentos que faço, e no que leio nas redes sociais, vejo que o problema assume grandiosidade estrutural muito além da moral religiosa.

Minha constatação pessoal é a de que, tanto os “sacerdotes” invocaram, incentivaram e ativaram energias sombrias sobre seus templos, pelos mais diversos motivos, que estas trevas tomaram conta do grupo mediúnico coletivamente e saíram para as ruas, para as casas, para a comunidade como um todo.

Não precisamos muito conhecimento acerca de espiritualidade para percebermos que estamos vivendo um momento de OBSESSÃO COLETIVA instalada sobre um grande grupo de médiuns e sensitivos que se encontram subjugados às entidades que os fascinam e dominam mentalmente, sugando-os com vampirizações de tônus vital, muito além do que estes médiuns imaginam.

A mediunidade foi subestimada pelo mediunismo para dar visibilidade a médiuns, em detrimento do trabalho espiritual favorável.

O mundo passa por uma transformação na questão dos valores sócio morais, o mesmo indivíduo que não respeita e nem tolera os valores de família, ou de vida em sociedade, será o médium ou filho de santo mal-educado, pretensioso e rebelde dentro da estrutura religiosa, seja terreiro, ylê, Inzó ou outro. Os indivíduos que se sentiram livres para não respeitar pais e mães genéticos, serão os mesmos que não irão respeitar as regras estruturais para o convívio com os espíritos dos mortos, fundamentos e outras tradições manipuladas no ato sagrado e devocional.

Vivemos num mundo onde valores éticos e morais deram vez ao tudo quero, tudo posso e tudo faço sem nenhuma responsabilidade maior, todavia nas questões de intercâmbio com os espíritos, com as divindades, com “vales sombrios” e as “zonas de luz” não é tão simples assim e as consequências, mais dia menos dia surgirão, é só questão de tempo.

Junte-se tudo isso ao modismo da exaltação do ego, onde não interessa ser realmente alguma coisa real na sociedade civil, mas fantasiar para os outros o entendimento de parecer ser. Principalmente com a Covid 19 onde as pessoas ficaram presas em suas casas, muitas delas somente conseguindo existir através do computador fantasiando felicidades, ou conhecimentos, e dando “pitacos” em questão basilares, das religiões afro umbandistas, sem nunca terem feito uma pesquisa pedagógica, ou uma leitura adequada, e até quem sabe uma conversa com alguém mais informado sobre tais questões. É comum no mundo do “faz de conta” as pessoas se darem a valores e conhecimentos que não possuem.

Além disso, os obsessores coletivos, os vampiros astrais que estão espalhados entre muitos grupos do nosso “povo de santo” os incentivam a prática do imediatismo, ou seja, não lhes permitindo tempo para que a germinação da mediunidade e a germinação do conhecimento andem lado a lado. Os obsessores são inteligentes e precisam incentivar no médium a vaidade e o orgulho de seus super poderes para os manterem subjugados. Tudo na natureza e na espiritualidade requer tempo e prática, caso o contrário não é equilíbrio natural.

Os mesmos médiuns que deixaram de respeitar sacerdotes e entidades, regras e doutrinas, são os que perderam o medo dos espíritos das trevas, dos obsessores. Por desconhecimento das leis de atração e repulsão do universo, e ainda, por não acreditarem em incorporações, nem em si nem nos outros, acreditam somente que todos estão em “transe de fingimento”, estes médiuns vitimizados também não acreditam na existência da realidade espiritual, mas ela existe e as consequências vêm logo adiante em forma de demência, síndrome do pânico e até suicídios.

O grau de domínio dos obsessores coletivos se torna tão galopante, em meio a um grande grupo de crentes, que hoje vemos médiuns beirando ao desequilíbrio mental pela maneira esquizofrênica como se portam, em aparente transe anímico ou de “cara limpa”, sendo ovacionados e reverenciados em grandes rodas. Como disse anteriormente: dado ao elevado grau de obsessão coletiva vivida por médiuns invigilantes e dominados.

Os espíritos obsessores perderam o “tônus vital” particular com o fenômeno da morte física, mas devido as suas viciações nas sensações humanas eles precisam sugar a energia da vida dos encarnados. Não existe nem outro mecanismo mais fácil para a vampirização da vítima do que aquela onde o vampirizado se oferece ao vampirizador de livre e espontânea vontade, pela ingenuidade que carrega em si com a vaidade mediúnica e a intenção espiritual sem conhecimento de causa da gravidade daquilo que está praticando.

Na prática da mediunidade estamos lidando com um mundo invisível onde somente a boa vontade não é suficiente. É necessário acompanhamento, regras disciplinares e muita vigilância sobre os fenômenos produzidos e o comportamento das “entidades” para se poder identificar um mistificador, obsessor ou um vampiro astral camuflado numa atividade ritual.

O momento é crucial, sofrido e quase sem luz à frente.
Enquanto isso as sombras granjeiam cada dia mais e mais médiuns ingênuos, como extensores do caos à fé, e por consequência a falta de solidariedade humana através dos mecanismos da mediunidade fraterna e educada.

Infelizmente, uma grande parte das pessoas, não procura mais por religião acima do fenômeno de incorporações. A ideia que se tem na atualidade é que as pessoas frequentam o mundo mediúnico por passatempo, como se a lida com a espiritualidade fosse uma coisa banal e sem consequências.
Obsessão é algo doloroso, grave e que pode levar a loucura e a morte física.

Que Mãe Iemanjá, senhora dos pensamentos humanos, nos ajude a discernir da impostura a gravidade dos fatos neste momento escuro da história da mediunidade humana.
Axé é para quem tem fé.

Mozart de Iemanjá






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04/09/2022

Consequências para o Médium que Menospreza o seu Terreiro

Consequências para o Médium que Menospreza o seu Terreiro

DETERIORAÇÃO DA MEDIUNIDADE:

A mãe. Sempre a nossa mãe. Ponto de partida no desenvolvimento da educação, e da futura personalidade desenvolvida pelo filho, a personalidade materna é aquela que desde cedo nos fala de limites, nos mostra o certo e o errado, nos adverte das consequências dos procedimentos inadequados a esta ou aquela postura. Em outras palavras são as mães que nos falam da importância da solidez familiar, de como é bom ter um lar e um grupo que nos incentiva, interage, fiscaliza a vida até a virtual, e as vezes ate “pega no pé”, e ainda, fala das escolhas e das más companhias; mas tudo pelo nosso bem. Falamos de figura da mãe, mas poderíamos elencar a personalidade e a participação igualmente importante do Pai, dos avós, quem sabe padrinhos, tios, ou enfim, alguém que nos ame verdadeiramente e queira igualmente o nosso bem.

Crescemos, ou nem tanto, e nos identificamos com caminhos que a vida nos oferece dia a dia: escolaridade, amizades, formação profissional, relacionamento amoroso e religião. São aspectos fundamentais na vida de todas as pessoas, e que terão maior ou menos êxito quando o lastro familiar e educativo na infância tiver sido sólido e bem lastreado.

Digo tudo isso como preâmbulo para falar da vivência religiosa na atualidade, em se tratando da singeleza do desenvolvimento e do trato da mediunidade. Sensibilidade esta que todas as pessoas trazem ao nascer para a vida física em algum grau, sendo que algumas por serem médiuns “ostensivos” deverão obedecer a procedimentos todos especiais em torno desta peculiaridade.

Na atualidade muitos destes médiuns em potencial chegam aos centros de Umbanda, ou terreiros de religiões afro brasileiras das diversas denominações, procurando socorro para os dramas de que são vitimas.

De certo que existem os templos mal estruturados nas questões de toda ordem, visto que os bons e os maus estão em toda parte, porém, existe uma grande maioria de casas afro umbandistas respeitáveis e criveis, dirigidas por pessoas idôneas de caráter austero e de moral inquestionável, com profundo conhecimento dos mistérios e das práticas que realizam a cerca do que é imaterial, porém, sagrado.

Uma pessoa para se iniciar num culto e desenvolvimento da mediunidade, seja em que linhagem ritual for, precisa primeiramente se INICIAR, e a semântica da palavra INICIAR neste momento conta por demais. Este iniciado precisa ser bem orientado e ter a informação acertada e correta de que precisa naquele ato ritual RENASCER, ou seja, recomeçar a vida material, a partir daí, em paralelo com a espiritualidade que estará em si 24 horas por dia, 365 dias por ano e NÃO SOMENTE nos dias de sessão na Umbanda ou nos dias de “obrigação de santo".

Um Cacique de Terreiro, um Pai ou Mãe de santo africanista precisa estar e se sentir preparado, para que da mesma forma como a mãe genética, pai ou avós ensinaram a trilhar de forma ordeira e disciplinada pelos passos da vida, estes sacerdotes também sejam arrimo de educação e orientação. Da mesma forma que uma Mãe, ou um familiar que ama, não deseja ver seus afetos nas vicissitudes e desvios sócio morais, por saberem que isso trará sofrimento e dor, também um sacerdote não deseja ver seus iniciados envoltos com os dramas da obsessão e até do desequilíbrio mental que a má educação e conduta mediúnica pode levar o indivíduo.

Em todos os atos da vida encontramos uma estrada de mão dupla, uma que leva e a outra que trás. Assim é a iniciação nas religiões que tratam da mediunidade. De um lado o orientador equilibrado, seguro e firme nas informações e ordenações de condutas, , que ele por ser “mais velho” no culto e portanto possuir maiores experiências e vivencias, transmite ao iniciando. Na outra via é preciso que esteja o iniciado receptivo, confiante e aberto ao conhecimento, mas, sobretudo puro e humilde, responsável e disciplinado.

Neste momento o iniciado precisa estar puro como uma criança que se submete as atenções e cuidados de uma mãe ou familiar que zeloso o ama. Falo aqui das casas sérias, idôneas e respeitáveis, que graças aos Orixás ainda são a maioria. Da mesma forma que os pais genéticos orientam sobre as questões das más companhias, também os sacerdotes devem alertar seus médiuns de corrente e filhos de santo sobre as más companhias. Nos dias de hoje temos varias más companhias pessoais e virtuais que podem nos desviar do caminho do bem, e isso precisa ficar claro para um iniciado na religião.

Fiz todas estas citações para falar de outro assunto gravíssimo que assola o momento histórico que estamos vivendo, em termos de religião afro brasileira, de mediunidade e de conduta religiosa-moral. Desde que os mistérios e segredos dos fundamentos do afro brasileirismo, mantidos secularmente em sigilo por nossos antepassados e ancestrais, vazaram pela vaidade, orgulho e pelo descomprometimento de alguns vis religiosos para dentro da internet, e diuturnamente são expostos em nome da “modernidade” nas redes sociais. Ocorre hoje uma situação inédita na história das religiões afro brasileiras: DESMANDO.

As religiões afro brasileiras se apoiam em alguns pilares básicos: Origem e iniciação, fundamentos secretos, tradição de raiz imutável, hierarquia, respeito ao sagrado e amor a causa religiosa como um todo. Se analisarmos estes itens não será difícil observar que alguma coisa incorreta está acontecendo nos bastidores do afro brasileirismo que se observa nos dias de hoje.

Mas de todas as questões que o desmando, fruto da vaidade humana e da ganância que financia o ego pode gerar, esta está a deterioração da mediunidade que leva ao fascínio e a subjugação da obsessão, logo o apodrecimento da capacidade de ser um religioso e médium equilibrado.

Outro dia ouvi uma frase situando a chamada “fábrica de pais de santo” da atualidade como: “VITIMAS FABRICANDO VITIMAS”, ao que concordo plenamente. Seguidamente tenho atendido pessoas que buscam aconselhamento e apoio em nossa casa de santo, e que em muitos casos insinuam o desejo de se tornarem filhos de santo de nosso axé. Oriento e amparo, apoio moralmente, mas infelizmente não podemos assumir compromisso com pessoas que se deixaram deteriorar mediúnica e religiosamente pela má conduta.

Pessoas que não deram valor e ouvidos a sua primeira feitura, no renascimento, na INICIAÇÃO. E como se estivessem negando conselho de mãe deram ouvidos as más companhias, se deixaram levar sem reagir, ao grupo do glamour, da luxuria, do fanatismo e da aparente ascensão social em nome da religião e como consequência DESABARAM, caíram. Sofrem as consequências da má atitude que repulsa o espiritual positivo.

A vida é implacável, e quando nossos educadores não são ouvidos as consequências morais não tardam a chegar e a chicotear impiedosamente aquele que incorreu em equivoco. É triste observar pessoas que APARENTEMENTE possuem amor ao sagrado, dedicação as atividades religiosas, mas que estão de tal forma viciadas em maus hábitos, possuidoras de cacoetes e tiques de conduta desacertada ao ponto de se tornaram “batatas podres”(aquelas que estragam o balaio todo). Ou seja, é dramático e triste, mas não podem serem aceitas num grupo sério e bem orquestrado sob pena de incorrerem em condutas de mau exemplo e se tornarem más companhias indutoras de alguém desavisado.

Como diz o dito popular:”o demônio quando quer arrecadar almas para o inferno se finge de anjo bonito e galante”. Cada dia mais precisamos estar preparados para discernir da impostura a verdade, não no fascinarmos pelos já fascinados e estarmos atentos aqueles que chegam em nossas casa de santo já tendo batido em outras tantas portas, não pelo fato do bater, mas pelo perigo da porta ter se aberto, e ao se fechar ter deixado um pouco da alma pura e bem educada na primeira iniciação do lado de fora. Isto tudo é triste e preocupante.

Mozart de Iemanjá





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