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30/06/2019

Mediunidade - Compromisso ou Missão?

Mediunidade, compromisso ou missão


A literatura espírita ensina que, quando o espírito, ainda na erraticidade – isto é, vivendo no mundo dos espíritos –, opta por assumir uma nova reencarnação, geralmente assim o faz visando um mais amplo resgate de suas dívidas, bem como um maior desenvolvimento emocional, moral e espiritual. Para tanto, pode dispor da assistência da Colônia espiritual à qual esteja vinculado, nessa passagem da erraticidade para o mundo material.

Mas, quando esse reencarna com a programação de ser “médium”, o amparo da Colônia espiritual pode ser ainda mais intensivo e extensivo, visto que seus amigos espirituais e mentores, na medida do possível, buscarão sempre inspirá-lo às atividades mais apropriadas, para que o desabrochar de sua mediunidade e o desenvolver de suas tarefas garantam o fiel cumprimento dos propósitos planejados inicialmente.

Entretanto, consciente desse fato, convém que o indivíduo médium não se considere credor de uma “proteção especial” ou investido de uma “missão extraordinária”, porque, via de regra, a mediunidade é um compromisso que ele mesmo assumiu perante si mesmo e perante aqueles que o tutelam.

Segundo considerações de Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, todos os indivíduos são médiuns. Porém, sem deixar de cumprir com os seus deveres de ordem material, aqueles que nascem com tarefas específicas a desempenhar nesse sentido têm por encargo beneficiar dezenas, centenas e até milhares de pessoas, por meio das mensagens superiores de que se faz portador e das atitudes de dignidade e firmeza de caráter, de benevolência e fraternidade, de espiritualidade e superioridade de valores que exemplifica.

O Espírito Odilon Fernandes deixa considerações importantes sobre o assunto:

Todos os médiuns têm uma missão a cumprir e toda missão é importante.

A missão do médium, seja qual for o seu grau de mediunidade, é a de ser intérprete dos Espíritos, mantendo acesa a chama da fé na Imortalidade.

Ninguém se habilita a uma tarefa – digamos – maior, se não desempenha com dedicação os encargos considerados menores.

Os médiuns investidos de missão especial, geralmente não têm consciência definida sobre o trabalho que lhes cumpre desempenhar.

(...) Os verdadeiros missionários fogem ao elogio e reconhecem a sua pequenez ante a magnitude da causa a que servem.

(...) Os médiuns devem limitar-se a cumprir o seu papel, empenhando nisso o melhor de seus esforços, conscientes de que estarão sendo os maiores beneficiados, consoante a máxima evangélica: “É mais bem-aventurado dar que receber”.

Ninguém se queixe de suas lutas.

A mediunidade é um caminho para os Cimos, mas não é o único.

Outros companheiros, noutros setores das atividades humanas, estão fazendo mais e melhor, sem serem médiuns...

O que destaca a mediunidade é a direção que se lhe dá.

Os alicerces de uma casa, embora estejam enterrados, é que lhe garantem as estruturas.

Médiuns existem que passam pela Terra quase que em completo anonimato, mas ante os olhos de Olorum são verdadeiros missionários do Bem.

Outros estão sempre em evidência, todavia assemelham-se, infelizmente, às flores artificiais: são belas, enfeitam o ambiente, mas não têm perfume...

Dessas palavras, podemos afirmar que, mais importante que ser médium é ser bom. Se o médium não age por amor e não pratica a benevolência com desprendimento e devotamento, o dom mediúnico pouco lhe valerá perante a própria existência e a sua imortalidade.

O medianeiro – e o espírita de uma maneira geral – é uma pessoa como as demais. O que os diferencia, se é que algo os diferencia, é uma mais dilatada responsabilidade pelos conhecimentos adquiridos, principalmente quanto aos mecanismos da lei de causa e efeito e, consequentemente, um maior dever em servir. Assim, a mediunidade lhe representa uma abençoada oportunidade de trabalho e de reforma interior, porque, geralmente, suas dívidas são bastante grandes frente às leis divinas. Mas, ao se conscientizar de suas limitações, mais facilmente se consagrará à sua incumbência de forma consciente e responsável, ao passo que, convencido acerca de suas habilidades, com a mesma facilidade se exporá a sérios desequilíbrios, complicando-se ainda mais perante si mesmo.

No entanto, ao lado de possíveis esforços e lutas, mediunidade é também muita alegria. O medianeiro que serve com simplicidade, que não reclama da rotina das reuniões, que não reivindica atenção especial, que não se melindra e que honra com os seus compromissos, experimenta um júbilo íntimo tão intenso, que o galgar de planos mais elevados de sensibilidade e emoção se torna uma realidade constante.

Como que a complementar as palavras de Fernandes, o Espírito Hammed ressalta:

A mediunidade é fenômeno inerente ao processo evolutivo; faz parte da condição natural de todos os seres humanos. Não se pode impedi-la, pois seu desenvolvimento vai continuar independentemente de nossos medos, ilusões e incredulidade.

(...) A mediunidade está intimamente ligada à vocação, aptidão, realização, criatividade, espontaneidade, e desvinculada de qualquer obrigação ou pressão autoimposta.

(...) Não devemos forçar a eclosão das faculdades extrassensoriais. Mas podemos oferecer condições apropriadas para que venham a aflorar de forma espontânea e equilibrada.

Obrigação pode ser conceituada como tudo aquilo que nos é imposto ou forçado. Obrigar-se a algo ou a alguém implica ser governado pela expressão ilusória “deveria”.

“Devo desenvolver a mediunidade” equivale a dizer “não quero, mas sou obrigado a desenvolver”. Não somos obrigados a nada!

Mesmo quando realizamos algo significativo, se somente pensarmos nele como compromisso ou trabalho, sem o necessário gosto e motivação, alguma coisa estará errada conosco. Por mais que concretizemos feitos edificantes envolvidos por motivos sinceros, se sua realização não for feita com prazer/vocação, sentiremos mais esforço e imposição do que felicidade e conforto. Ninguém deve viver e trabalhar sem contentamento.

Deus não dá encargos e incumbências às criaturas, mas coloca nelas vocações ou predisposições inatas. Os dons espirituais são capacidades inerentes da alma. Vocação é um talento a ser exercido de uma forma exclusivamente nossa. A maneira como identificamos ou entendemos as nossas forças psíquicas determinará a produção mediúnica que teremos.

(...) A mediunidade se transforma em crescimento e amadurecimento espiritual quando for exercida com prazer e compreendida em termos de espontaneidade e predisposição natural.

Silvia Helena Visnadi Pessenda





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13/06/2019

Atraímos o que Somos

 
Atraímos o que somos

Uma das maiores certezas que devemos ter na vida é que somos pura energia e, sendo assim, atraímos e irradiamos esta energia em todos os momentos do nosso cotidiano.

Dessa forma, de acordo com as vibrações que você emana através de seus pensamentos, palavras e atitudes, vai atrair para sua vida pessoas que vibram nesta mesma sintonia. Por um lado pode ser ótimo, se você estiver em harmonia com você mesmo, mas por outro lado pode ser muito ruim, caso você esteja envolvido nas pesadas energias da culpa, do rancor ou do desejo de vingança. A verdade é que o teor da energia que lhe cerca vai atrair outras energias semelhantes para seu campo vibratório.

Daí a importância de você estar sempre observando o nível das vibrações de seus pensamentos e sentimentos. Quando você está alegre e positivo, seus olhos ficam mais brilhantes, sua voz mais atraente, até sua pele fica mais viçosa? Tudo isso porque sua energia, que representa suas emoções, está luminosa, vibrante e poderosa. Quando você está angustiado, sua energia fica fraca, e, pouco a pouco, as situações começam a se complicar para seu lado, as pessoas aborrecidas aproximam-se de você, e tudo parece ficar mais caótico em sua vida. Se você está com rancor no coração, vai irradiar uma energia pesada para as pessoas ao seu lado e, consequentemente, vai atrair para perto de você, pessoas de energia escura e densa, também cheias de ressentimentos e revolta. Até sua proteção energética fica comprometida, e, dessa forma, você acaba exposto às energias pesadas da inveja e maldade daqueles que você mesmo atraiu.

Você escolhe seus pensamentos, que vão desencadear seus sentimentos. E, sabendo então que tudo na vida funciona na base da sintonia, guarde bem: Você é muito mais do que um corpo físico. Você é uma energia poderosa. Basta apenas escolher manipular essa energia a favor do amor e do bem comum.

Afinal, que energia você está irradiando e atraindo agora???

Eliana Barbosa




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Umbanda: Oportunidade de Resgate

Umbanda, oportunidade de resgate


PÉS SUJOS: UMA MENSAGEM DE PAI CIPRIANO

Naquela tarde eu voltava de um trabalho de Umbanda, com certo cansaço, após tantas tarefas. Entrei no banheiro, em ritmo lento, ainda pensando nas várias atividades desenvolvidas. Ao entrar debaixo do chuveiro, que tinha uma boa água quente, pensei: “Vou esfregar bem esses meus pés. Não gosto deles assim, tão sujos!” Ali, passei vigorosamente uma bucha com sabão, até tirar todo o pó e a fuligem típicos de um terreiro, após uma sessão umbandista.

Então, num dado momento, ouvi o preto-velho dizendo: “Seus pés ficam sujos, mas seus caminhos estão ficando limpos.” Não entendi exatamente o que ele quis me passar naquele momento, mas guardei sua frase na minha mente.

Alguns dias se passaram e, às vezes, a frase de Pai Cipriano ainda me voltava à memória. Eu senti que meu entendimento estava incompleto e, dessa forma, emiti um desejo de compreender melhor. Então, quando surgiu uma oportunidade, em atendimento aos meus pedidos mentais, houve uma nova aproximação do preto-velho, para trazer um esclarecimento mais profundo. Ele me passou as explicações, que estão expressas na sequência.

No passado, muitas pessoas dedicaram-se à magia, movidas por interesses próprios, que nada mais eram que suas paixões, fome de poder e de riqueza material. Não viam seu semelhante como irmão de jornada, na estrada da vida. Em boa parte das vezes, esses “bruxos” ou “feiticeiros” apenas se utilizaram do conhecimento das forças da natureza, para manipular outras pessoas e tirar proveito, prejudicando àqueles a quem deveriam considerar como irmãos. Assim, nesta caminhada egoísta, cheios de vaidade e orgulho, foram sujando a estrada percorrida, a cada passo, a cada vida. Diversos conhecedores da magia foram deixando rastros de dor, sangue e revolta, ou seja, os caminhos percorridos ficaram muito sujos.

Hoje, muitos desses antigos magistas estão reencarnados como médiuns umbandistas, para prestar a caridade. Assim, quando vejo que um trabalhador espiritual da Umbanda volta para casa suado, cansado e com os pés sujos, meu coração se alegra. E junto comigo, outros pretos-velhos, também antigos praticantes da magia, nem sempre positiva, ficamos felizes, pois amparamos àqueles que erraram como nós.

É preciso limpar a estrada que, aparentemente, ficou para trás. Então, meu filho, quando chegar em casa com os pés sujos, devido ao trabalho umbandista, repare bem que seus pés ajudaram a limpar um pouco a sujeira que espalhou no passado. Seus caminhos estão ficando limpos.

Ao terminar o influxo psicográfico do conteúdo passado por Pai Cipriano, fiquei satisfeito e agradecido à entidade. Olhei a minha volta e reparei num sabiá, que acabava de pousar a poucos metros de distância. Eu estava debaixo de algumas árvores, sentado com o bloco na mão, onde tinha anotado as orientações do guia. Alguns raios de sol chegavam ao solo. Um passarinho, que não identifiquei, cantava no alto de uma árvore. Havia verde e algumas flores a minha volta. Senti-me abençoado por aqueles instantes de paz, nessa vida tão atribulada que vivemos hoje.

Nesse contexto, espero que o leitor que absorve este pequeno relato possa também sentir os momentos de serenidade, que agora sinto, enquanto finalizo este texto. Salve as Almas! Axé a todos!

Pablo de Salamanca 

 
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Erva Babosa (Aloe Vera)

Erva Babosa



Existem plantas, cuja capacidade de absorver e armazenar em si as centelhas divinas é admirável e por isso são verdadeiras panaceias para os males da humanidade.

Muitos no ocidente creditam este poder curativo ao chamado princípio-ativo da erva, mas a fitoterapia oriental dá todo o crédito ao princípio-ardente que o ser da planta consegue abarcar em si.

Um esplendido exemplo deste milagre é o Aloe vera, conhecido popularmente como babosa. Ela é uma planta suculenta da família das liliáceas.

Existem muitas variedades de babosa, porém somente o aloé vera é considerado seguro para ser ingerido in natura. As outras são drásticas e precisam ser dinamizadas para uso interno.

Americanos têm pesquisado bastante sobre a babosa e muitos médicos relatam curas surpreendentes em diversas áreas, desde queimaduras, inclusive as provocadas por radiação nuclear, passando por doenças da pele, dos aparelhos digestivo, circulatório, respiratório etc, até as mais terríveis, consideradas terminais.

As pesquisas comprovam que o gel do Aloe vera passado no corpo hidrata a pele, tira manchas, regenera o tecido celular e é o melhor filtro solar que existe!

É um anti-séptico natural com grande atividade bactericida, que penetra na pele e nos tecidos e destrói inúmeros vírus. É fungicida, antiinflamatório, detém a coceira e decompõe e elimina os tecidos mortos, inclusive o pus.

É altamente nutritivo, contém vitaminas, minerais e açucares, porém jamais deve ser ingerido por mulheres grávidas.

As folhas de Aloe vera (babosa) são colhidas após dois anos de plantio, quando atingem pleno poder curativo. As folhas recém-cortadas possuem efeitos terapêuticos bem mais poderosos que qualquer gel ou extrato de Aloe vera (babosa) industrializado.

Para os antigos egípcios, era auspicioso acercar-se da presença dessa planta, que acreditavam ser o ingrediente secreto responsável pela beleza de Cleópatra.

Tenho muita reverência e gratidão pelo ser dessa planta, que nos tem trazido benefícios extraordinários. A natureza provê cada coisa necessária para suprir as necessidades do ser humano e de todas as criaturas.

Meu coração transborda de alegria e louvor a Deus Pai-Mãe por existirem os aloés, que guardam em si aquelas centelhas de Graça para o momento em que precisarmos.

Babosa



Também conhecida como: aloé vulgaris, aloé barbadensis, caraguatá, erva babosa, aloé perfoliata, babosa-de-botica, babosa-folha-miúda, babosa-de-jardim, caraguatá-de-jardim. 

É indicada para banhos energéticos, de descarrego e defumações.

A erva e ou a planta denominada de BABOSA é considerada uma erva morna e ou equilibradora. Espiritualmente, está ligada aos problemas financeiros, pois aliado com benjoim e açafrão é um poderoso defumador para atrair bons negócios e abertura financeira. 

Apesar de sua polpa ser de difícil secagem, serve como componente para ligar os outros ingredientes da defumação. 

Especial para os que descuidam das próprias necessidades físicas e emocionais. Estresse, esgotamento, perfeccionismo, tensão, exaustão. Esgotamento físico e espiritual, prostração.

As Entidades indicam a erva BABOSA através de chás, emplastros, garrafadas e infusões para diversas finalidades para ações como cicatrizante, emoliente, estimulante, fungicida, hidratante, anestésico antiinflamatório.

O uso ritual desta erva na Tenda de Umbanda Luz e Caridade é através de banhos e defumações. Erva que vibra na irradiação do Orixá Omulu e está indicada para auxiliar a cura de diversas enfermidades tanto físicas como espirituais. Para a preparação do banho, ferver água e após deligar o fogo acrescentar o gel retirado de dentro da folha, deixar tampado até esfriar. Para defumações utilizar somente as folhas secas. Sempre alertamos que, em se tratando de tratamento espiritual, é prudente que seja indicado por guias espirituais em centros de Umbanda. (Blog Tulca).

Pesquisado por Ednay Melo
Fontes: Pousada Jardim do Eden / Apostila Pai Maneco




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09/06/2019

Vigília e Disciplina


"Se vocês desenvolvem a parte espiritual, se querem aprender a receber a sintonia - seja dos caboclos, pretos-velhos, ou qualquer das falanges trabalhadoras da Lei da Pemba - devem também aprender que efeito isso traz se o médium não está preparado.

Não basta só a fé e a boa intenção, mas a consciência também é necessária. Consciência de que a verdadeira sintonia com o plano astral, no sentido de atendimento em prol da caridade, tem que ser baseada na disciplina, disciplina, disciplina - setenta e sete vezes.

É muito bonito o fenômeno espiritual - a paz que os mentores nos trazem, o carinho, a amizade, a dedicação, as curas - mas a disciplina tem que ser exercitada sempre. O Rabi da Galiléia disse: "orai, mas vigiai" - essa vigília deve existir sempre.

Quando uma pessoa está para ser atendida por um espírito, ela está depositando toda a fé dela na solução do problema que ela traz ali, naquele momento. No momento quando vou atender uma pessoa, ela vai jogar para mim toda a responsabilidade do problema e o que eu falar, ela vai fazer.

Agora: o espírito é a água e o médium, a jarra. Se a jarra está suja, a água vai sair suja. Não existe o fenômeno sem a passividade mediúnica.

Com o coração envolvido de amor e olhando no próximo uma pessoa que precisa de evolução, nós podemos chamar as nossas entidades e atender.

Mas devemos ter o cuidado, junto aos nossos guias, de sempre motivar a pessoa para o progresso e para a evolução.

O espírito nunca define a situação para ninguém, isso seria uma transgressão ao livre-arbítrio de cada um.

O médium deve ter cuidado, porque as pessoas perguntam e perguntam muito. Elas querem saber de tudo, elas querem a resposta "certa". Elas querem tirar delas mesmas a responsabilidade dos seus próprios atos, inconscientemente, mas é isso que acontece: "eu posso fazer, mas o espírito não me falou pra fazer."

Em todo o setor, o livre-arbítrio é uma lei, seja nos sentimentos, seja nos problemas materiais.

Lembrem sempre, meus filhos, da vigilância e da disciplina, sempre.

Vamos nos livrar da vaidade, a vaidade que leva o médium ao ponto de pensar que, sem ele, não haveria trabalho mediúnico; que se não fosse ele..., que por causa dele..., assim você começa a se distanciar dos verdadeiros princípios do amor. A humildade é a base.

A principal coisa que o médium tem que aprender é amar, amar. "Amai-vos uns aos outros", como o Rabi vos amou.

Que Ogum, com sua força, com suas armas, possa defender o caminho e o propósito de cada um. Que a força desses lanceiros possa iluminar esse trabalho."

Palavras do Senhor Exu Pinga Fogo


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Ser Umbandista e Ser Médium

Ser Umbandista e Ser Médium

Muita gente pensa que ser umbandista é a mesma coisa que ser médium! Se engana quem pensa assim.

Médium todos nós somos, alguns desenvolvem essa mediunidade, outros não.

Agora ser umbandista vai muito além…

Pra mim, o médium é aquele que tem uma missão, seja através da incorporação, audição, visão, clarividência, psicografia, intuição, podendo desenvolver ou não. O médium pode ou não frequentar um terreiro. Pode ou não querer desenvolver essa mediunidade. Claro que não podemos generalizar, mas muitas vezes o médium é aquele que quer incorporar e receber sua entidade, porque acredita que esta é a forma de “participar” e ajudar nos trabalhos.

O umbandista não…

O umbandista sabe que o trabalho mediúnico começa antes mesmo dele chegar no terreiro, que a ajuda e participação nos trabalhos não depende somente da incorporação, mas depende dos cambones, depende da curimba, depende da corrente… E principalmente da força da corrente com suas palmas, sua dança, seu canto, gerando ali uma energia indescritível durante os trabalhos.

O umbandista está ali simplesmente por amor.

Amor ao próximo, amor a casa, amor a religião, amor as entidades, amor aos orixás, amor aos irmãos, amor ao Pai de Santo…

Ser umbandista é defender sua religião e levantar a bandeira, falar de sua religião para que os que não a conhecem tenham a oportunidade de ver que não há demônios, diabos ou coisas do gênero que muitos sem conhecimento acreditam ter. É propagar a umbanda e não ter vergonha e nem medo de dizer “eu sou umbandista” com medo do preconceito ou dos comentários.

Eu penso que nem todos os médiuns que estão dentro de uma casa de umbanda são umbandistas.

Além disso, o umbandista não precisa estar de branco dentro da gira, ele pode, e muitas vezes estão ali fora na assistência.

Em minha opinião o umbandista não precisa ser médium.

Ser umbandista é querer o bem sem olhar a quem, dentro e fora do terreiro.

Mãe Carol de Ogum


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02/06/2019

O Cavalo na Umbanda

O Cavalo na Umbanda

Nos primórdios da Umbanda os médiuns de incorporação tanto homens como mulheres eram chamados carinhosamente pelos guias como cavalos. Hoje no entanto, por falta de conhecimento, discernimento ou preconceito mesmo, muitos umbandistas criticam esse nome, acreditam ser uma denominação grotesca, como se nossos caboclos, pretos velhos, boiadeiros e etc, mesmo sendo Guias de luz não sabiam o que falavam, ou seja, estavam errados!!!

Nada contra chamar o médium de incorporação de aparelho, mas gostaria de jogar um pouco de luz para clarear o importante significado do termo cavalo, e se permitirem lembrar que a linguagem de terreiro nos traz a humildade que não era permitida nas mesas dos doutores kardecistas.

Décadas atrás ouvi do caboclo boiadeiro uma singela, mas sábia e profunda definição do porquê eram chamados por eles os Guias de Luz como cavalo.

Vou descrever a resposta desse caboclo com minhas próprias palavras.

Ele me disse:

Meu filho o cavalo é um animal de porte Nobre, diga você que ele, juntamente com o uso do fogo e a descoberta da roda, foi uma das alavancas responsáveis pelo progresso da humanidade.

Usado em tração animal transportando pessoas e cargas, decidindo batalhas, servindo como correio. Até mesmo como alimento em tempos de calamidade e forme ele foi usado.

É um aliado fiel do homem, muitas vezes confundido com o próprio ser humano devido ao seu comportamento!

O filho ou filha de fé, assim como o cavalo, tem que carregar sobre si mesmo a nobreza nas atitudes, ser fiel, humilde, ter força de vontade e acima de tudo vencer os caminhos mais difíceis para cumprir sua missão.

Tendo o filho e a filha de fé tais atributos, os fazem importantíssimos instrumentos na prática da caridade. Na senda do progresso espiritual somente o esforço desinteressado na matéria, e a perseverança necessária na fé, é que nos farão (espíritos desencarnados e encarnados) atingirem a plenitude e a sublimação.

Ao término de tal ensinamento, me senti muito pequeno perante a sua grandiosidade, e ao mesmo tempo da simplicidade do caboclo boiadeiro.

Por isso, sempre que um Guia me chama de cavalo, um sentimento de honra me emociona profundamente!

SARAVÁ

Elvis Ribeiro (Sacerdote Uitaeté)



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