André Luiz, em seu livro Mecanismos da Mediunidade, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, define animismo como sendo "O conjunto dos fenômenos psíquicos produzidos com a cooperação consciente ou inconsciente dos médiuns em ação”.
Já Richard Simonetti, em seu livro Mediunidade – Tudo o que você precisa saber, diz que “animismo, na prática mediúnica, é algo da alma do próprio médium, interferindo no intercâmbio”.
Animismo é, portanto, a intervenção da personalidade do médium, seus pensamentos, sentimentos e impressões às comunicações espirituais. Ele expõe algo seu às mensagens transmitidas pelos espíritos.
Animismo é um tema bastante delicado em todos os fenômenos que lidam com a questão da mediunidade. É uma prática bastante frequente e muitas vezes necessária para preparar o médium para o transe mediúnico e sem ele o fenômeno mediúnico, consciente e pré-consciente, simplesmente não existiria, pois como já vimos, a mensagem na mediunidade consciente e pré-consciente passa pelo arquivo mental do médium e é natural ele interceder com as suas ideias e impressões.
Lembremos que mediunidade inconsciente só é verificada em 2% da população mundial. Nós, particularmente, nunca tivemos a oportunidade de comprová-la pessoalmente em lugar nenhum, nem em época nenhuma. Geralmente quando um médium se diz inconsciente, ele não tem segurança da própria mediunidade e temendo não ser aceito, se diz inconsciente.
Vamos tentar entender o animismo na mediunidade consciente, que é a mais frequente. Já sabemos, por definição, que animismo é a expressão da "alma" do médium, sua personalidade apresentada no momento do "transe mediúnico". Geralmente o médium não sabe o que está acontecendo consigo, se a comunicação é sua ou do espírito, muito comum no início do desenvolvimento mediúnico.
O médium sempre participa ativamente das comunicações extrafísicas, ele funciona como um "intérprete", um "decodificador" das mensagens espirituais. Claro, ele apenas está "emprestando" o seu corpo físico momentaneamente, e seu corpo vivo é o arquivo de todas as suas vivências, tem nele marcado toda a sua personalidade e é impossível, diante da ação do espírito, apagar todo este corpo vivo em sua integridade biopsicossocial. Seria subestimar a grandeza de um Guia espiritual, que estaria desta forma desrespeitando a integridade do veículo físico o qual se apodera. Seria muito mais fácil, se é para apagar toda a interferência do médium, já que a mediunidade inconsciente é rara, o espírito se utilizar de um objeto inanimado, como uma mesa ou uma cadeira, para se fazer entender por ruídos, movimentos e manifestações outras que lhe assegurem o pensamento.
Os espíritos preferem a mediunidade consciente, pois desta forma o médium também estará recebendo os ensinamentos das mensagens, aliás, ele é o primeiro que ouve, talvez por isto o mais necessitado em ouvir, antes de transmiti-la.
O animismo além de positivo se faz necessário e é imprescindível. O mecanismo consiste, como já mencionamos anteriormente, em a mensagem espiritual passar pelo arquivo mental do médium e ele decodificá-la de acordo com este seu arquivo. Isto quer dizer, grosso modo, se o médium, por exemplo, não conhece uma maça e o espírito transmitir uma mensagem sobre maça, o médium por não conhecer esta fruta poderá associá-la a um morango, por serem os dois vermelhos. Note que não houve mistificação, apenas a mensagem se tornou mesclada com o conhecimento do médium. Ele repassou o que existe em seu arquivo mental, abrangendo além do seu conhecimento, a sua forma de linguagem.
Existem literaturas que afirmam que quando o médium coloca aspectos seus na mensagem, se trata de mediunidade intuitiva. Realmente não deixa de ser, pois a intuição está presente em todos os tipos de mediunidade consciente. Mas não é somente a intuição. Como médium de Umbanda podemos afirmar que a energia de uma entidade espiritual é capaz de direcionar o corpo do médium a assumir a postura da entidade comunicante, sua forma de linguagem e até os seus sentimentos, de acordo sempre com o arquivo mental do médium e, sobretudo, de acordo com a sua vontade. Isto quer dizer que não existe o fato do médium afirmar, por exemplo, que a sua entidade o jogou no chão e o fez cair. O que acontece é que a entidade manda a informação para o médium pelo pensamento, lhe fornece uma quota de energia capaz de lhe levar ao chão (que o médium experimenta como uma forte vontade), porém, ele só vai ao chão se ele quiser. Por isto que o termo educação mediúnica é mais adequado do que o termo desenvolvimento mediúnico. Que o médium eduque a sua mediunidade como um compromisso para ser fiel servidor da luz.
Deve-se ter o cuidado para não confundir animismo com mistificação, porque enquanto o animismo é fenômeno natural, a mistificação é ação de má fé. O Animismo é muito diferente da mistificação. Entende-se por mistificação quando o médium age de má fé e finge que está mediunizado (utilizamos o termo “mediunizado” para abranger todos os tipos de mediunidade, não apenas a de incorporação). Neste caso, ele tem consciência plena de que está mistificando com o intuito de obter algum ganho pessoal.
O animismo é um fenômeno natural, pois o médium não está "morto" no transe mediúnico consciente, ele é parte integrante da comunicação, com direito a pôr aspectos da sua personalidade na mensagem, isto é, com direito de se utilizar do animismo, desde que não distorça o objetivo final da mensagem espiritual.
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Já Richard Simonetti, em seu livro Mediunidade – Tudo o que você precisa saber, diz que “animismo, na prática mediúnica, é algo da alma do próprio médium, interferindo no intercâmbio”.
Animismo é, portanto, a intervenção da personalidade do médium, seus pensamentos, sentimentos e impressões às comunicações espirituais. Ele expõe algo seu às mensagens transmitidas pelos espíritos.
Animismo é um tema bastante delicado em todos os fenômenos que lidam com a questão da mediunidade. É uma prática bastante frequente e muitas vezes necessária para preparar o médium para o transe mediúnico e sem ele o fenômeno mediúnico, consciente e pré-consciente, simplesmente não existiria, pois como já vimos, a mensagem na mediunidade consciente e pré-consciente passa pelo arquivo mental do médium e é natural ele interceder com as suas ideias e impressões.
Lembremos que mediunidade inconsciente só é verificada em 2% da população mundial. Nós, particularmente, nunca tivemos a oportunidade de comprová-la pessoalmente em lugar nenhum, nem em época nenhuma. Geralmente quando um médium se diz inconsciente, ele não tem segurança da própria mediunidade e temendo não ser aceito, se diz inconsciente.
Vamos tentar entender o animismo na mediunidade consciente, que é a mais frequente. Já sabemos, por definição, que animismo é a expressão da "alma" do médium, sua personalidade apresentada no momento do "transe mediúnico". Geralmente o médium não sabe o que está acontecendo consigo, se a comunicação é sua ou do espírito, muito comum no início do desenvolvimento mediúnico.
O médium sempre participa ativamente das comunicações extrafísicas, ele funciona como um "intérprete", um "decodificador" das mensagens espirituais. Claro, ele apenas está "emprestando" o seu corpo físico momentaneamente, e seu corpo vivo é o arquivo de todas as suas vivências, tem nele marcado toda a sua personalidade e é impossível, diante da ação do espírito, apagar todo este corpo vivo em sua integridade biopsicossocial. Seria subestimar a grandeza de um Guia espiritual, que estaria desta forma desrespeitando a integridade do veículo físico o qual se apodera. Seria muito mais fácil, se é para apagar toda a interferência do médium, já que a mediunidade inconsciente é rara, o espírito se utilizar de um objeto inanimado, como uma mesa ou uma cadeira, para se fazer entender por ruídos, movimentos e manifestações outras que lhe assegurem o pensamento.
Os espíritos preferem a mediunidade consciente, pois desta forma o médium também estará recebendo os ensinamentos das mensagens, aliás, ele é o primeiro que ouve, talvez por isto o mais necessitado em ouvir, antes de transmiti-la.
O animismo além de positivo se faz necessário e é imprescindível. O mecanismo consiste, como já mencionamos anteriormente, em a mensagem espiritual passar pelo arquivo mental do médium e ele decodificá-la de acordo com este seu arquivo. Isto quer dizer, grosso modo, se o médium, por exemplo, não conhece uma maça e o espírito transmitir uma mensagem sobre maça, o médium por não conhecer esta fruta poderá associá-la a um morango, por serem os dois vermelhos. Note que não houve mistificação, apenas a mensagem se tornou mesclada com o conhecimento do médium. Ele repassou o que existe em seu arquivo mental, abrangendo além do seu conhecimento, a sua forma de linguagem.
Existem literaturas que afirmam que quando o médium coloca aspectos seus na mensagem, se trata de mediunidade intuitiva. Realmente não deixa de ser, pois a intuição está presente em todos os tipos de mediunidade consciente. Mas não é somente a intuição. Como médium de Umbanda podemos afirmar que a energia de uma entidade espiritual é capaz de direcionar o corpo do médium a assumir a postura da entidade comunicante, sua forma de linguagem e até os seus sentimentos, de acordo sempre com o arquivo mental do médium e, sobretudo, de acordo com a sua vontade. Isto quer dizer que não existe o fato do médium afirmar, por exemplo, que a sua entidade o jogou no chão e o fez cair. O que acontece é que a entidade manda a informação para o médium pelo pensamento, lhe fornece uma quota de energia capaz de lhe levar ao chão (que o médium experimenta como uma forte vontade), porém, ele só vai ao chão se ele quiser. Por isto que o termo educação mediúnica é mais adequado do que o termo desenvolvimento mediúnico. Que o médium eduque a sua mediunidade como um compromisso para ser fiel servidor da luz.
Deve-se ter o cuidado para não confundir animismo com mistificação, porque enquanto o animismo é fenômeno natural, a mistificação é ação de má fé. O Animismo é muito diferente da mistificação. Entende-se por mistificação quando o médium age de má fé e finge que está mediunizado (utilizamos o termo “mediunizado” para abranger todos os tipos de mediunidade, não apenas a de incorporação). Neste caso, ele tem consciência plena de que está mistificando com o intuito de obter algum ganho pessoal.
O animismo é um fenômeno natural, pois o médium não está "morto" no transe mediúnico consciente, ele é parte integrante da comunicação, com direito a pôr aspectos da sua personalidade na mensagem, isto é, com direito de se utilizar do animismo, desde que não distorça o objetivo final da mensagem espiritual.
Do livro Umbanda Luz e Caridade - Ednay Melo