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29/11/2013

Não Confunda o Médium com a Entidade

Não confunda o médium com a entidade


É muito comum ver esse tipo de confusão sendo feita pelos consulentes, pessoas que vão ali no terreiro para conversar com as entidades, pedir conselhos ou apenas ouvir uma palavra de conforto pois, várias vezes, elas fixam em suas cabeças a imagem do médium (que está com o corpo ali presente) proferindo aquelas palavras de conforto ou dando sábios conselhos sem sequer notar que quem na verdade está falando (ou deveria estar) é a entidade que está (ou deveria estar) ali trabalhando.

Há casos em que o consulente que esteve presente em alguma sessão no terreiro encontra um médium no meio da rua e resolve, sabe-se lá por qual motivo, pedir-lhe conselhos ali mesmo ou até mesmo contar uma longa história de sua vida, achando que ali, no meio da rua, o médium vai poder lhe ajudar da mesma forma que o ajudou quando estava em transe mediúnico no terreiro.

É de fundamental importância que se tenha consciência que quando você vai a algum terreiro e conversa com uma entidade o médium está ali apenas como um canal de comunicação e não é ele (ou não deveria ser) que está proferindo aquelas palavras e, por mais que você se apegue à imagem do médium, você não estava conversando realmente com ele. Portanto, se você quer algum conselho, espere até a próxima sessão e vá até o terreiro para conversar com alguma das entidades, não ache que o médium está sempre com pensamentos positivos o suficiente para lhe dar um bom conselho. Médiuns são pessoas comuns e, como tal, tem sua vida e seus próprios problemas. Lá no terreiro é outra história, ele está ali disposto a deixar seus problemas de lado e permitir que as entidades venham para, quem sabe, resolver os problemas de outras pessoas.

Como diz o sábio ditado, “quando um não quer, dois não brigam” e isso é válido também para os médiuns que são abordados por pessoas no meio da rua que pedem insistentemente por algum conselho ou, com a desculpa de “apenas conversar”, tentam conseguir uma consulta fora de hora, em local inapropriado ou até mesmo com assuntos completamente alheios ao conhecimento do médium. O pior é que em alguns casos, o médium tentando dar uma de bom samaritano, acaba caindo na conversa e começa a dar conselhos e pitacos na vida de uma pessoa e esquece daquele outro velho ditado que diz que “se conselho fosse bom, não se dava, vendia”.

O perigo de sair dando conselho à revelia é que, vai que o conselho que você deu ali na maior das boas intenções acabou por desencadear uma série de acontecimentos que fugiram completamente ao controle tanto do seu “novo amigo” quanto ao seu próprio controle, se é que alguém alguma vez teve qualquer tipo de controle sobre os acontecimentos. Quando acontece algo deste tipo, você acaba manchando o seu nome, o nome do seu terreiro (claro, porque quando acontece algo de ruim a culpa é do terreiro que não presta, mesmo que o conselho não tenha saído diretamente lá de dentro) e, é aí que vem a pior parte, acaba manchando também o nome da entidade pois quando o fulano foi no terreiro, foi aconselhado por determinada entidade e, quando te encontrou no meio da rua e veio lhe pedir conselhos, na verdade estava querendo ouvir um conselho da entidade e vai, sem sombra de dúvidas, achar que é a entidade que a está aconselhando novamente.

Outro grande perigo para os médiuns é quando, em sua cabeça, ele começa a se confundir com a entidade que está ali trabalhando e começa a achar que ele deve interferir no que está sendo dito. Se você é um médium consciente (e imagino que muitos sejam) concentre-se ao máximo possível para que você nunca interfira no que a entidade está falando e se você sentir que algo não está certo ou que a entidade “se afastou” muito de você, é melhor parar a consulta e falar que a entidade foi embora, mesmo que seja no meio de uma conversa, vai ser muito melhor para você e para a pessoa que está ali se consultando. Volte a se concentrar, peça auxílio para o dirigente da casa ou algum outro médium com mais experiência para que a entidade volte e possa continuar a conversa com o consulente ou apenas para que ela (a entidade) fique ali energizando o seu corpo para que haja novamente o equilíbrio. Nunca tente continuar a conversa caso você sinta que a entidade não está mais ali ou “se afastou” muito.

Há também os que acabam desenvolvendo amizade ou contato mais próximo com algum consulente. Não é nenhum crime ter amizade por alguém, acontece que é muito importante, desde o início, que fique bem claro que uma coisa é a entidade dentro do terreiro, outra coisa é o médium, a pessoa que serve de canal para a entidade.

Jornal Nacional da Umbanda





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28/11/2013

Alecrim


Alecrim


Nome Científico: Rosmarinus officinalis
Nomes Populares: Alecrim, Alecrim-da-horta, Alecrim-de-cheiro, Alecrim-de-jardim, Alecrim-rosmarinho, Alecrim-rosmarino, Alecrinzeiro, Erva-da-graça, Libanotis, Rosmarino
Família: Lamiaceae
Categoria: Arbustos, Ervas Condimentares, Medicinal,Plantas Hortícolas
Clima: Continental, Mediterrâneo, Oceânico, Subtropical,Tropical
Origem: Europa
Altura: 0.6 a 0.9 metros, 0.9 a 1.2 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene

O alecrim é uma espécie arbustiva, muito ramificada, que pode alcançar 1,5 metros de altura. Seu nome científico Rosmarinus significa em latim “orvalho que vem do mar”, essa denominação foi dada pelos romanos devido ao aroma da planta, que vegetava espontaneamente em regiões litorâneas.

As hastes do alecrim são lenhosas e as folhas são filiformes, pequenas e sempre verdes na parte superior e esbranquiçadas no verso, com pêlos finos e curtos. As flores são axilares e podem ser azuis, brancas, roxas ou róseas. Floresce durante o ano todo. São muitas as variedades de alecrim, com porte maiores ou menores e cores diferentes de folhas e flores. Toda a planta desprende um odor que se assemelha muito ao do incenso.

O alecrim é indispensável nos jardins mediterrâneos. E podemos plantar variedades arbustivas que servem inclusive para topiaria ou variedades com porte herbáceo, para canteiros e bordaduras. É uma planta extremamente útil, pois têm vocação medicinal, religiosa e culinária. Pode ser acrescentado fresco ou seco à pratos de frango, porco, cordeiro, cabrito, vitela e caça, além de aromatizar óleos, sopas, sucos, etc.

Para que serve o Alecrim

O alecrim serve para o tratamento de depressão leve, fadiga, dor de cabeça, enxaqueca, má digestão, gases, tosse, sinusite, bronquite, problemas de concentração, fortalece a memória, gastrite e úlcera estomacal, artrite, artrose, reumatismo, cistite, menstruação irregular, cólica menstrual, tensão pré-mentrual (TPM).

Propriedades do alecrim

O alecrim possui propriedades fortificante; estimulante, anti-inflamatória; antiviral; antibacteriana, anti-reumática, diurética, aromática, antioxidante, digestiva e pode ser usado como remédio caseiro para tratamento de má digestão e reumatismo. Com o alecrim pode-se preparar um ótimo suco de ervas para cólicas menstruais.

Modo de uso do alecrim

As partes usadas do alecrim são: As folhas e flores.

Chá de alecrim: Utilizar uma colher (de chá ) de folhas verdes ou secas de alecrim para cada 250 ml de água fervente. Juntar os ingredientes numa panela e deixar descansar por 10 minutos. Em seguida coar e beber ainda morno. O chá de alecrim deve ser tomado 2 a 4 vezes.

Inalação com alecrim: Utilizar 2 colheres (de sopa) de folhas e flores secas de alecrim para 500 ml de água fervente. Juntar os ingredientes e deixar descansar por 10 minutos com a panela tampada. Em seguida colocar a panela sobre um lugar seguro, uma toalha sobre a cabeça e inspirar o vapor pelo nariz e soltar pela boca. É importante fazer a inalação com alecrim e evitar o contato com corrente de ar fria para tratamento de bronquite e sinusite.​

Como tempero: Acrescentar as folhas ou um ramo de alecrim no preparo de carnes ou batatas assadas, por exemplo.

Efeito colateral do alecrim

O uso de doses elevadas de alecrim pode causar irritação gastrointestinal e dor nos rins.

Contraindicações do alecrim

O alecrim é contraindicado em caso de gravidez, problemas da próstata e gastroenterite. Deve ser evitado à noite por prejudicar o sono.

Suas folhas finas e seus ramos também são usados para obtenção de um óleo essencial usado na fabricação de produtos de higiene e beleza. Também é cultivado como planta ornamental, tendo cultivares de flores que são brancas ou de algumas tonalidades de rosa, azul ou violeta.

O alecrim é um arbusto lenhoso que, dependendo do cultivar, pode crescer até 1,5 m ou mais de altura - imagem original: Natalie Maynor


Clima
O alecrim prefere clima subtropical, mas pode ser cultivado em várias condições de clima e temperatura. A planta pode ou não suportar invernos frios, dependendo do cultivar e do desenvolvimento da planta (plantas maiores são geralmente mais resistentes do que plantas pequenas e jovens).

Luminosidade
O alecrim deve receber luz solar direta ao menos por algumas horas diariamente.

Solo
O solo deve ser bem drenado e leve. A planta cresce melhor em solos calcários de pH neutro ou pH levemente alcalino (pH 7 a 7,8), mas é tolerante quanto ao pH e o tipo de solo. O alecrim tem mais aroma e sabor quando cultivado em solos pobres em nutrientes, e que não retêm muito a água.

Irrigação
Irrigue com frequência para que o solo seja mantido levemente úmido enquanto as plantas são jovens. Quando as plantas estiverem bem desenvolvidas, a irrigação deve ser esparsa, permitindo que o solo seque levemente entre as irrigações. O alecrim é bastante resistente a períodos de seca.

Alecrim recém-germinado - imagem original: missellyrh 


Plantio
O alecrim pode ser cultivado a partir de sementes ou por estaquia. As sementes podem ser plantadas em sementeiras, pequenos vasos e outros contêineres. A germinação das sementes pode ser demorada e as plantas podem levar até três anos para se tornarem completamente desenvolvidas. As mudas de alecrim são transplantadas quando têm de 15 a 20 cm de altura.

O plantio por estaquia é feito cortando ramos com cerca de 15 cm de comprimento. Plante os ramos em vasos ou outros recipientes, deixados em local bem iluminado, mas sem luz solar direta. O solo deve ser mantido bem úmido até o enraizamento, que leva de três a quatro semanas. Após o enraizamento as mudas devem receber luz solar direta. As mudas são transplantadas para o local definitivo cerca de um ano depois em regiões onde o inverno é frio, mas podem ser transplantadas cerca de 1 ou dois meses após o enraizamento das mudas em regiões onde o inverno é ameno. As plantas jovens não devem ficar expostas a temperaturas muito baixas em seu primeiro ano de vida.

O espaçamento entre as plantas pode ser geralmente de 80 cm, mas pode variar com o cultivar e as condições de cultivo.

O alecrim pode ser cultivado em jardineiras e vasos de tamanho médio ou grande, mas geralmente não se desenvolve tanto quanto os cultivados no solo.


Tratos culturais
Retire plantas invasoras que estejam concorrendo por nutrientes e recursos.


O alecrim pode ser cultivado em vasos - imagem original:Maja Dumat 


Colheita

A colheita do alecrim para uso doméstico pode começar a partir de 90 dias após o plantio. Contudo, o ideal é que a colheita ocorra apenas a partir do segundo ou terceiro ano de cultivo, retirando-se no máximo metade dos ramos para não prejudicar muito as plantas.

O alecrim é uma planta perene e pode produzir bem por mais de dez anos.

História : Os gregos a denominavam "flor por excelência", e dela se serviam para entretecer suas coroas, com as quais cobriam a cabeça por ocasião de certas festas.

Em alguns lugares costuma-se misturar o alecrim com galhos de buxo na cerimónia do benzimento das palmas no Domingo de Ramos.

Em Roma figurava, juntamente com o cipreste, no culto aos mortos. É uma planta que desde tempos imemoriais tem sido objeto de muitas lendas. O verdor de suas fiastes com muitas folhas era considerado como um símbolo de imortalidade.

No norte da França dizem que existe o costume de se colocar um ramo de alecrim nas mãos do defunto e depois plantá-lo sobre o seu túmulo.

Muita gente ainda se recorda da canção infantil que dizia: "Eu desci ao jardim para colher alecrim."

O alecrim é uma especiaria amplamente utilizada; A tradição dita que o alecrim apenas crescerá em jardins aonde a mulher é a "chefe da casa." A planta foi usada na medicina tradicional por suas propriedades adstringentes, tónicas, carminativas, antiespas-módicas, emenagogas e diaforéticas. Os extratos e o óleo volátil foram usados para promover o fluxo menstrual, e como abortivos.

As propriedades do alecrim são conhecidas desde a mais remota antiguidade. Hipócrates já a recomendava assim como Dioscóride e os médicos árabes. Sua voga foi extraordinária na Idade Média e Renascença. O alcoolato de alecrim tornou-se famoso com o nome de "água da rainha da Hungria" e fez furor na corte de Luís XIV. Era o medicamento preferido de Madame de Sevigné. O remédio teria sido inventado pela rainha Elizabeth (filha de Wladislas Lokietak, rei da Polónia), que nasceu em 1306 e desposou em 1320 Charles-Robert d'Anjou, rei da Hungria, morto em 1381. Esta água curava a gota e a paralisia.

Alecrim na mitologia e religião

Para os gregos e romanos, era uma planta sagrada: presente dos deuses. Segundo a lenda, foi colocada ao redor de Afrodite/Vênus quando ela emergiu do mar em sua concha. Os gregos, utilizavam o chá e um pequeno ramo entre os cabelos para melhorar a memória e ampliar a capacidade de estudo.

Pelas suas propriedades em relação a recordação, foi amplamente utilizada em matrimonios e funerais. Simbolizava a fidelidade pela lembrança dos votos feitos no dia do casamento. Nos enterros era plantado em cima da sepultura ou queimado junto com o corpo do falecido. Também acreditavam que o cheio forte do alecrim espantava as doenças.

Existe um mito que diz: quando fugiu para o Egito, Nossa Senhora, mãe de Jesus teria sentado na sombra de um pé de alecrim para amamentar, pendurando seu manto no arbusto. Quando ela o retirou, as flores não estavam mais brancas, mas tinham adquirido o azul de sua vestes.

O uso de alecrim como incenso, se perde na história. Atualmente, óleo de alecrim é usado Igreja Ortodoxa Grega para unção dos fiéis.

Uso medicinal do Alecrim

Os usos medicinais são muitos e conhecidos desde tempos imemoráveis. Egípcios, árabes, gregos e romanos conheciam bem as propriedades da planta. Hipócrates, pai da medicina, receitava para os males do fígado. Poderoso antisséptico, é um dos principais ingredientes do vinagre dos quatro ladrões.

Devolve as energias para pessoas cansadas e desanimadas, atuando como tônico: físico, mental e cardiaco (ajuda na circulação sanguínea). É ótimo para dores, pois tem efeito analgésico, antiinflamatório e anti-reumático. Atua muito bem em caso de tendinites, dores e cãibras. É um excelente anti-depressivo.

Ajuda a combater os gases intestinais, colesterol e azia, é digestivo, antioxidante, antidiabético e depurativo, atua limpando o fígado, a vesícula e os rins. Para as mulheres, ajuda a fazer a menstruação descer, limpando o útero, logo, não é recomendado para grávidas. É antiasmático, adstringente e antigripal.

O pó das folhas ou o óleo essencial, é um poderoso antisséptico e cicatrizante, para ser usado em feridas, cortes ou queimaduras, especialmente para diabéticos.

Formas de uso: chás, pó, tintura e unguentos.

Cuidados: deve ser evitado por grávidas, cardíacos, hipertensos e epiléticos. Consulte sempre um médico ou profissional habilitado.

USO RITUALÍSTICO:

Erva que vibra na irradiação dos Orixás Oxossi, Iemanjá e Oxalá. Em forma de banho e defumador é indicada para limpeza e reequilíbrio energético.

Ednay Melo

Fontes de Pesquisa:
Ervas sagradas
Plantas que curam
Jardineiro.net
Tua saude
Hortas



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26/11/2013

A Cura por um Preto Velho


A cura do corpo depende de se curar primeiro a alma,
Pois só remédio não resolve pra quem não conhece a calma...
Aflição e desespero semeiam a insatisfação:
Um coração aflito acolhe a dor e a revolta
E mesmo que o Sol brilhe, ele nada enxerga à sua volta...
A cabeça é tomada de angústia,
Não há pensamento bom;
Da maldade nasce a crença negativa
Que lança raízes dentro do Ser
E a Luz que mora nele não se consegue mais ver...
De repente ―é o que parece―, a vida fica ruim:
Nada serve, nada vale, é um sofrimento sem fim...

Quando se adoece na alma, é preciso muita calma...
Fazer o caminho da volta, pra alcançar a Redenção:
Abandonar a ilusão, sair da escuridão que se formou,
Clareando o entendimento na Luz que Zâmbi emanou.
Lembrar que é filho de Zâmbi,
O Pai que nos criou por Amor,
E amar a si mesmo sem rejeição,
Pois olhar-se com respeito é contemplar a Criação...
Ver a Luz dentro de si,
Ficar consciente,
Pra compreender o instante que passa,
Pois tudo passa...

Não vale perder-se da alma, não vale adoecer!...
Mais vale buscar pela calma, pra sentir e perceber
Que os muros de dentro não bastam,
Que é preciso buscar a Luz por inteiro
―Por fora e por dentro―,
Porque tudo é Um, tudo é Zâmbi!...
Quem se fecha, porém, se afasta e fica à parte,
Entregue à própria sorte, nos caminhos que traçou
E, como ilha, não percebe o Todo:
Não percebe o “nós”, fica vazio e sem rumo,
Perdido num mar de tempestades,
Como um navio batido por ventos sombrios...

Abandonar essa trilha de dor e de solidão,
Eis a resposta segura pra se ter a libertação:
Acordar e fazer brilhar a própria Luz
―De dentro pra fora―
E abrir com Amor, sem esforço ou lamento,
Um caminho de retorno da Luz,
Pra que a Luz de Zâmbi possa vir
―Por fora e por dentro―
Preencher nossos vazios...
É assim que acontece a cura
E toda a dor vai-se embora...

(Preto-Velho Pai Joaquim do Congo, 11/4/2012.)

Fonte: Sete Porteiras



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20/11/2013

Poema da Gratidão


Muito obrigado Senhor!

Muito obrigado pelo que me deste.
Muito obrigado pelo que me dás.
Obrigado pelo pão, pela vida, pelo ar, pela paz.
Muito obrigado pela beleza que os meus olhos vêem no altar da natureza.
Olhos que fitam o céu, a terra e o mar
Que acompanham a ave ligeira que corre fagueira pelo céu de anil 
E se detém na terra verde, salpicada de flores em tonalidades mil. 

Muito obrigado Senhor! 
Porque eu posso ver meu amor. 
Mas diante da minha visão 
Eu detecto cegos guiando na escuridão que tropeçam na multidão, que choram na solidão. 
Por eles eu oro e a ti imploro comiseração 
Porque eu sei que depois desta lida, na outra vida, eles também enxergarão! 

Muito obrigado Senhor! 
Pelos ouvidos meus que me foram dados por Deus. 
Ouvidos que ouvem o tamborilar da chuva no telheiro 
A melodia do vento nos ramos do olmeiro 
As lágrimas que vertem os olhos do mundo inteiro! 
Ouvidos que ouvem a música do povo que desce do morro na praça a cantar. 
A melodia dos imortais, que se houve uma vez e ninguém a esquece nunca mais! 
A voz melodiosa, canora, melancólica do boiadeiro. 
E a dor que geme e que chora no coração do mundo inteiro! 
Pela minha alegria de ouvir, pelos surdos, eu te quero pedir 
Porque eu sei 
Que depois desta dor, no teu reino de amor, voltarão a sentir! 

Obrigado pela minha voz 
Mas também pela sua voz 
Pela voz que canta 
Que ama, que ensina, que alfabetiza, 
Que trauteia uma canção 
E que o Teu nome profere com sentida emoção! 
Diante da minha melodia 
Eu quero rogar pelos que sofrem de afazia. 
Eles não cantam de noite, eles não falam de dia. 
Oro por eles 
Porque eu sei, que depois desta prova, na vida nova 
Eles cantarão! 

Obrigado Senhor! 
Pelas minhas mãos 
Que aram, que semeiam, que agasalham. 
Mãos de ternura que libertam da amargura 
Mãos que apertam mãos 
De caridade, de solidariedade 
Mãos dos adeuses 
Que limpam feridas 
Que enxugam lágrimas e dores das vidas! 
Pelas mãos de sinfonias, de poesias, de cirurgias, de psicografias! 
Pelas mãos que atendem a velhice 
A dor 
O desamor! 
Pelas mãos que no seio embalam o corpo de um filho alheio sem receio! 
E pelos pés que me levam a andar, sem reclamar! 

Obrigado Senhor! 
Porque me posso movimentar. 
Diante do meu corpo perfeito 
Eu te quero rogar 
Porque eu vejo na Terra 
Aleijados, amputados, decepados, paralisados, que se não podem movimentar. 
Eu oro por eles 
Porque eu sei, que depois desta expiação 
Na outra reencarnação 
Eles também bailarão! 

Obrigado por fim, pelo meu Lar. 
É tão maravilhoso ter um lar! 
Não é importante se este Lar é uma mansão, se é uma favela, uma tapera, um ninho, um grabato de dor, um bangalô, uma casa do caminho ou seja lá o que for. 
Que dentro dele, exista a figura do amor de mãe, ou de pai 
De mulher ou de marido 
De filho ou de irmão 
A presença de um amigo 
A companhia de um cão 
Alguém que nos dê a mão! 

Mas se eu a ninguém tiver para me amar 
Nem um teto para me agasalhar, nem uma cama para me deitar 
Nem aí reclamarei. 
Pelo contrário, eu te direi 

Obrigado Senhor! 
Porque eu nasci! 
Obrigado porque creio em ti 
Pelo teu amor, obrigado senhor! 

Amélia Rodrigues / Divaldo Pereira Franco











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19/11/2013

Guiné (Tipi)

Guiné


Nome popular: GUINÉ Nome científico: Petiveria alliacea L. 
Família: Phytolaccaceae
Sinonímia popular: Mucuracaá, erva-de-guiné, erva-de-alho, erva-pipi, erva-tipi, amansa-senhor, caá
Sinonímia científica: P. hexaglochin, Fischer & Meyer; P. tetandra
Parte usada: Folhas e raíz.
Propriedades terapêuticas: Anti-inflamatória, analgésica.
Indicações terapêuticas: Reumatismo, hipotermia, lavagem vaginal, banho de cheiro aromático.
Origem: África e América Tropical.
Características: Planta herbácea de ciclo perene.

É uma planta lenhosa, com caule ereto, medindo até 2m de altura, considerada pelo povo como um escudo mágico contra malefícios. Apresenta longos ramos delgados ascendentes. As folhas são elípticas, oblongas, curto-pecioladas e acuminadas no ápice, com até 12cm de comprimento e 5cm de largura. As flores são pequenas e sésseis.

O fruto é uma pequena cápsula. É encontrada em várias partes do Brasil, especialmente nos estados do Nordeste e da Amazônia, sendo muito comum na Ilha de Marajó (PA). É uma planta aromática, que exala um odor muito forte e nauseante.

É usada para fins terapêuticos devido sua grande capacidade anti-inflamatória, porem não deve ser usada de forma oral pois é altamente tóxica, e considerada abortiva.

Uso caseiro
Utilizada no combate a fungos, bactérias e vírus. Também é considerada anti-inflamatória e analgésica.

Para que serve
Dores de cabeça, dores na vista, reumatismo, dor de dente, dores de garganta, falta de memória e reumatismo.

Não há indicações quanto ao uso alimentar.

Como usar
A decocção de folhas e raiz, bem como a tintura, são empregadas no combate ao reumatismo, na forma de fricção.

A decocção de folhas e raízes, bebida em pequeníssimas doses, combate a hipotermia. O cozimento das folhas, é usado na lavagem vaginal, como anti-infeccioso. A combustão das folhas dessecadas produz uma fumaça de cheiro acre, que serve para afugentar mosquitos.

As folhas também entram na composição dos “banhos de cheiro” aromáticos usados pelo povo da Amazônia na época das festas juninas. As raízes devem secar ao sol. As folhas, em lugar bem arejado, mas à sombra. Raízes e folhas devem ser guardadas em sacos de papel.

Para fins terapêuticos é utilizada toda a planta, inclusive sua raiz. Em hipótese alguma é recomendado o uso interno desta planta, devido ao seu alto grau de toxidade.

Dor de dente: Adicionar as folhas da planta em água fervente, e realizar o gargarejo com o chá 3 ou 4 vezes ao dia.

Inflamações: O chá deve ser aplicado sobre as áreas lesionadas, em forma de lavagens e compressas.

Super dosagem

O uso interno e indiscriminado dessa planta pode levar a morte.

Efeitos Colaterais
Insônia, alucinações, apatia, alterações no sistema nervoso.

Advertência
Esta planta é considerada tóxica. O pó obtido da raiz pode provocar insônia, grande excitação e alucinações. O uso continuado determina acentuada apatia, indiferença e até imbecilidade, convulsões, podendo provocar até a morte.

Deve ser usada com máxima cautela e sempre com orientação médica.

Cultivo

Planta superrústica, é bem resistente e não requer muitos cuidados. Basta mantê-la sempre úmida. Na casa, pode ser utilizada para uma limpeza energética. Popularmente, a guiné também é bastante conhecida por combater o mau-olhado. Por isso, procure deixá-la próxima às portas de entrada, para filtrar as energias negativas.




USO RITUALÍSTICO

Guiné (Tipi) é uma erva que vibra na irradiação dos Orixás Ogum, Oxossi e Omulu. Utilizada por Caboclos, Pretos Velhos e Exus. Em forma de banho e defumador é usada para descarregar energias densas.

Ednay Melo


Fontes de Pesquisa:
Ciagri.usp
Tua saude
Delas.ig




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15/11/2013

Arruda


Arruda


Nome Científico: Ruta graveolens
Nomes Populares: Arruda, Arruda-doméstica, Arruda-dos-jardins, Arruda-fedorenta, Ruda, Ruta-de-cheiro-forte
Família: Rutaceae
Categoria: Ervas Condimentares, Medicinal, Plantas Hortícolas
Clima: Continental, Equatorial, Mediterrâneo, Oceânico, Subtropical, Temperado, Tropical
Origem: Europa. Sua predominância está nos países de clima temperado, embora se diga que é originária da Ásia Menor.
Altura: atinge até 1 metro de altura
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
Partes usadas: Folhas e flores

A arruda é uma planta subarbustiva muito popular por suas propriedades aromáticas e medicinais. Suas folhas são longas, glaucas e compostas, com folíolos oblongos a elípticos de cor verde-acinzentada a azulada. Os ramos são ramificados e herbáceos e com o passar do tempo se tornam lenhosos na base. Quando amassada a planta libera um aroma pungente, considerado desagradável por muitos. As inflorescências surgem no verão e apresentam pequenas e numerosas flores amarelas. O fruto é do tipo cápsula.
Esta planta é realmente muito versátil, visto que além de ser plantada em hortas, devido às suas propriedades fitoterápicas e condimentares, ela também é ornamental e cria excelentes contrastes com flores, forrações e folhagens devido à sua folhagem delicada, de cor azulada. Também pode ser plantada em vasos e jardineiras.

À arruda também são atribuídos poderes mágicos e religiosos. Ela é historicamente considerada por muitos povos como uma erva de proteção. Desde à antiguidade seus ramos e essências são utilizados para purificar ambientes e proteger as pessoas de espíritos malignos, doenças, mau-olhado, feitiçarias e até mesmo da tentação. Ainda diz-se que dá clareza aos pensamentos e atrai o amor e o sucesso. Não obstante todos estes místicos poderes, a arruda ainda repele insetos, ratos, cães e gatos.

Deve ser cultivada sob sol pleno, em solos leves, neutros a levemente alcalinos, bem drenáveis, irrigados periodicamente. Depois de bem estabelecida ela é capaz de tolerar períodos de estiagem. Não tolera encharcamentos. A arruda não é uma planta exigente, crescendo bem mesmo em solos muito pobres. Aprecia o calor, mas pode ser cultivada em locais de clima temperado ou subtropical se protegida no inverno. Multiplica-se facilmente por estaquia e por sementes, que germinam em boas condições de luminosidade.

Cuidado: planta tóxica, não deve ser ingerida.

Propriedades: Adstringente, analgésica, antiinflamatória, bactericida, cicatrizante.

Características: Subarbusto perene, rizomatoso. Cultivada em várias regiões do mundo como planta medicinal e tradicional. Desde a mais remota antiguidade a arruda foi tida na Europa e África com planta mágica (na superstição), usada em rituais de proteção do homem, especialmente crianças, contra o mau-olhado, defesa contra doenças e para a realização de sonhos e desejos. Ainda hoje muitas dessas superstições são mantidas no Brasil. A planta toda exala um forte cheiro, gerado pela presença de seu óleo essencial.

Forma de uso / dosagem indicada: Pelo menos 2 de suas preparações caseiras são aceitas pela medicina oficial, e o sumo (líquido extraído) obtido por pressionamento das folhas. O sumo é empregado para aliviar a dor de ouvido, colocando-se 2 a 3 gotas no ouvido doloroso. O emprego desta planta deve ser feita com muita cautela, quando sobre a pele, pode provocar queimaduras severas quando a pele é exposta ao sol.

Curiosidades

Michelângelo e Leonardo da Vinci afirmaram que foi graças aos poderes metafísicos da arruda que ambos tiveram sensíveis melhoras em seus trabalhos de criatividade.

Na Idade Média, era muito usada em rituais religiosos, tida como erva de proteção contra feitiçarias. Por este motivo, é usada até hoje para espantar maus olhados.

Apesar de ter aplicação na medicina natural e até na preparação de bebidas, a arruda ficou famosa mesmo pelos seus "poderes" contra o mau-olhado e outras vibrações negativas.

Não é fácil determinar quando surgiu a fama da arruda (Ruta graveolens) como erva protetora. O que se sabe é que em culturas muito antigas, são encontradas referências sobre seus poderes contra as "más vibrações" e seu uso na magia e religião.

Na Grécia antiga, ela era usada para tratar diversas enfermidades, mas seu ponto forte era mesmo contra as forças do mal.

Já as experientes mulheres romanas costumavam andar pelas ruas sempre carregando um ramo de arruda na mão - diziam que era para se defenderem contra doenças contagiosas mas, principalmente, para afastar todos os males que iam além do corpo físico (e aí se incluíam as feitiçarias, mau-olhado, sortilégios, etc.).

Na Idade Média - época em que acreditava-se que as bruxas só poderiam ser destruídas com grandes poderes como o do fogo - a arruda reafirmou sua fama, pois seus ramos eram usados como proteção contra as feiticeiras e, ainda, serviam para aspergir água benta nos fiéis em missas solenes.

O uso desta planta nas práticas mágicas do passado é impressionante. Em todas as referências pesquisadas, encontrei receitas que empregam a arruda como ingrediente. William Shakespeare, na obra Hamlet, se refere à arruda como sendo "a erva sagrada dos domingos".

Dizem que ela passou a ser chamada assim, porque nos rituais de exorcismo, realizados aos domingos, costumava-se fazer um preparado à base de vinho e arruda que era ingerido pelos "possessos" antes de serem exorcizados pelos padres.

A fama atravessou séculos e fronteiras: no tempo do Brasil Colonial a arruda podia ser vista com freqüência, repetindo a performance dos tempos antigos, só que desta vez, associada aos rituais africanos.Numa famosa pintura intitulada "Viagem Histórica e Pitoresca ao Brasil, o artista Jean Debret retrata o comércio da arruda realizado pelas escravas africanas.

O galho de arruda era vendido como amuleto para trazer sorte e proteção. E não eram apenas as escravas que usavam os galhinhos da planta ocultos nas pregas de seus turbantes - as mulheres brancas colocavam o galhinho estrategicamente escondido nos seios.


USO RITUALÍSTICO

Erva que vibra na irradiação do Orixá Oxossi. Amplamente utilizada por Caboclos, Pretos Velhos e Exus. Indicada para banhos de descarrego de energias densas, benzimentos, bate folhas e para a purificação de ambientes, quando absorve as energias deletérias a planta morre.

A arruda é conhecida popularmente como arruda macho (folhas pequenas) e arruda fêmea (folhas grandes), esta última só é utilizada na purificação de ambientes.

O modo de usar deve ser indicado pela entidade espiritual ou pelo sacerdote da casa.

Ednay Melo

Fontes de Pesquisa
Jardineiro.net
Ciagri.usp
Cultivando
Dictionnaire des Plantes Medicinales, Pg. 541, Dr. A. Héraud
Site O Segredo das Folhas




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História do Hino da Umbanda


História do Hino da Umbanda


HINO DA UMBANDA

Refletiu a luz divina 
Com todo seu esplendor 
Vem do reino de Oxalá 
Onde há paz e amor. 
Luz que refletiu na terra 
Luz que refletiu no mar 
Luz que veio de Aruanda 
Para todos iluminar. 

A Umbanda é paz e amor 
É um mundo cheio de luz 
É a força que nos dá vida 
E a grandeza nos conduz. 

Avante filhos de fé, 
Como a nossa lei não há, 
Levando ao mundo inteiro 
A Bandeira de Oxalá ! 

J.M.Alves






História do Hino da Umbanda

Dedico esta pesquisa a todos aqueles, que estão chegando agora ao Movimento Umbandista.

Sabemos das dificuldades, das limitações de muitos Terreiros e Dirigentes; e pensando somente na Umbanda, pedimos a todos, que divulguem estas informações, levem para seus Terreiros, para seus Dirigentes e amigos; pois precisamos urgentemente divulgar e esclarecer questões históricas ligadas ao Movimento Umbandista.

Ainda é muito pouco, reconhecemos, mas já é um início.

Apuramos que ele foi composto (letra e música) na década de 60, por um cego, que em busca de sua cura foi procurar ajuda do Caboclo das Sete Encruzilhadas e não conseguindo sua cura por ser karmica fez o Hino de Umbanda para mostrar que poderia ver o mundo e nossa religião de outra maneira.

Embora não tenha conseguido sua “cura”, ficou apaixonado pela Umbanda.

As iniciais de seu nome : J.M.Alves, e segundo consta já desencarnou e infelizmente não constam registros sobre seu nome completo, somente as iniciais ficaram conhecidas.

J.M.Alves, apresentou a música ao Caboclo das Sete Encruzilhadas (Zélio de Moraes) que gostou tanto que resolveu apresenta-lo como Hino da Umbanda.

Em 1961, no 2º Congresso de Umbanda, presidido pelo Sr. Henrique Landi, o hino foi oficialmente adotado em todo o Brasil, como o Hino Oficial da Umbanda.

Fonte: Povo de Aruanda 











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