Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

06/11/2013

Macassá

Macassá


Nome científico: Aeollanthus suaveolens Mart. ex Spreng
Nomes populares: Macassá, catinga de mulata, bergamotinha, taia.

Aeollanthus suaveolens, conhecida popularmente como massacá ou catinga de mulata, é uma erva de origem africana introduzida na cultura brasileira durante o processo de colonização. Pertence à família Lamiaceae e é uma erva anual ocorrente na Amazônia.

A planta é usada pela população em banhos de cheiro feito pela infusão de plantas aromáticas, em motivos religiosos ou folclóricos, e em perfumes caseiros. No folclore é usado para quebranto. Na etnomedicina é usado no combate à febre, dor de cabeça, início de derrame, sendo a folha a parte mais utilizada como chá e sumo.

USO RITUALÍSTICO

Erva que vibra na irradiação das Orixás Iansã e Oxum, trata da depressão e baixa auto estima. Amplamente utilizada em obrigações rituais. Indicada para banhos de purificação e energização.

Ednay Melo

Fonte: http://herbario.jungalchimie.com

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03/11/2013

Carrapateira (Mamona)

Carrapateira


MAMONA
Ricinus communis

Descrição: Da família das Euforbiáceas,também conhecida como mamoneira, palma-Christi, carrapateiro e rícino. Caracteriza-se por folhas grandes palmadas e frutos rodeados de espinhos e contendo três sementes em seu interior. É um arbusto ou árvore anual, cujo porte atinge até 3 metros de altura, com caule ereto e ramos herbáceos, grossos, lisos e fistulosos. As folhas são alternas, longamente pecioladas, grandes, em formato de estrela com cerca de 8 pontas, denticuladas, glabas, com glândulas e estípulas. As flores apresentam-se em grandes cachos terminais e eretos. São numerosas, com pétalas pequenas e de cor pálida. O fruto é uma cápsula espinhosa e contêm até 3 sementes.

Trata-se de uma planta arbustiva com diferentes colorações de caule, folhas e cachos. Os frutos apresentam espinhos e as sementes possuem tamanhos, formatos e cores diferentes.

O óleo de rícino é obtido por extração fria das sementes, que contêm 45% a 50% de óleo. O rícino pode ser subdividido em rícino D que é altamente tóxico, em rícino ácidico e em rícino básico. O alcalóide tóxico ricinina é encontrado nas sementes e nas folhas. Comercialmente, os óleos e tortas são obtidos pela prensa fria ou são tratado a vapor para desnaturar as toxinas.

A semente é tóxica devido principalmente a uma proteína chamada ricina, que quando purificada é mortal mesmo em pequenas doses . O óleo é de difícil digestão, mas o maior risco na ingestão da semente é a toxina ricina. Mais de três sementes podem matar uma criança; mais de oito, um adulto.

Partes Utilizadas : Óleo das sementes e as flores.

Plantio : Reproduz-se por sementes, que devem ser plantadas duas a duas em cada cova, a intervalos de 1 metro para as de porte menor. Após seis meses de plantio começa a produção, podendo-se obter até 3 colheitas por ano.

Ambiente: Quente e bem drenado.

Origem : África na Abissínia e Índia Ocidental.. Está naturalizada em todas as regiões tropicais e subtropicais, inclusive no Brasil.

História: O nome "ricinus" é derivado da palavra Itina que significa inseto, porque suas sementes se assemelham em forma e nas marcações a alguns besouros. A planta tem sido usada como objeto ornamental desde a antiguidade. As sementes da mamona também foram usadas como objetos de arte e ornamentos. O óleo de rícino já era usado pelos Egípcios como óleo para lâmpada, como ungüento e também ingerido misturado com a cerveja como um purgativo. O óleo possui uma secagem rápida e não-amarela, e por isso é usado na indústria para tintura de tecidos, na manufatura de lubrificantes de alta qualidade e de corantes e tintas. A planta e o óleo têm sido usados medicinalmente para uma variedade inumerável de doenças, porém um benefício clínico verdadeiro é raramente observado.

Cultivo: Não exige clima, prefere solos orgânicos, profundos e secos. Responde a irrigação e a adubação orgânica. Já existe diversos cultivares selecionados com capacidade de produção variável, desenvolvidos em laboratórios agronômicos. O espaçamento é de 2 metros entre plantas.

Colheita: colhem-se as sementes quando as bagas estiverem amadurecendo.

Propriedades : Vermífugo, purgante (uso interno), emoliente e cicatrizante (uso externo), catártico, anticancerígeno, analgésico.

Indicações : Combate a parasitos intestinais e externamente é usado para combater eczemas, herpes, erupções, feridas, queimaduras e calvície.

Uso medicinal: Usada como purgante e para combater vermes intestinais.

Toxicologia : ingestão das sementes mastigadas causa náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia mucosa e até sanguinolenta; nos casos mais graves podem ocorrer convulsões, coma e óbito. (15 sementes).

Modo de usar: - folhas aplicadas em tumores; - das sementes extrai-se o óleo de mamona que após purificado em laboratório recebe o nome de "óleo de rícino": purgativo, vermífugo; - o óleo rícino é utilizado na fabricação de cremes para os cabelos e tratamentos de pele.

Henorróidas; fissura anal ; coloque 5 colheres de sopa de folhas fatiadas em 1 litro de água em fervura. Deixe ferver por 5 minutos. Coe e espere amornar. Faça banhos de assento de manhã e à noite ou somente uma vez por dia, massageando o local suavemente.

Regularizador do instestino; como purgante tome, em jejum, 2 colheres de sopa do óleo de rícino, e como laxante somente 1 colher de sopa, e em seguida, suco de laranja.

Unha desfolhadas e descamada; cutícula ressecada : misture 1 colher de sopa de óleo de rícino e 5 gotas de suco de limão. Bata bem, até emulsionar. Lave bem as mãos, enxugue e apl;ique à noite nas unhas, massageando. Deixe a loção agir durante uma semana. Estimula a renovação e o crescimento saudável das unhas.

Fortalecer os cabelos : em um recipiente, coloque 5 colheres de sopa de óleo de rícino, 1 gema de ovo e 2 colheres de sopa de rum. Misture bem. Aplique nos cabelos, massageando-os. Deixe o preparado atuar por 30 minutos e, em seguida, lave os cabelos com água morna.

Prevenir rugas : todas as manhãs, passe no rosto um chumaço de algodão embebido em óleo de rícino. Deixe por 30 minutos, e retire, em seguida, com um chá morno feito com flores de malva.


USO RITUALÍSTICO 


Carrapateira Roxa: Erva dos Exus. Folhas usadas para banhos fortes de descarrego de energias densas, como bate folha para limpeza de pessoas e ambientes, servem também como recipiente para arriar o ebó de Exu. Suas sementes socadas vão servir para purificar o otá de Exu. O tratamento com esta erva deve ser indicado pela entidade ou sacerdote do Terreiro.

Ednay Melo

Fontes de Pesquisa:
http://www.plantasquecuram.com.br
http://olhosdeoxala.blogspot.com.br
http://www.agencia.cnptia.embrapa.br

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Tapete de Oxalá (Boldo)

Tapete de Oxalá

BOLDO SETE-DORES

Nome Científico: Plectranthus barbatus Andrews 
Família botânica: Lamiaceae (Labiatae)
Sinonímias: Coleus barbatus (Andr.) Benth.
Nomes populares: boldo, boldo-de-jardim, boldo-africano, boldo-silvestre, boldo-nacional, falso-boldo, boldo-do-reino, malva-santa, malva-amarga, sete-sangrias, sete-dores, folha-de-oxalá, tapete-de-oxalá.
Origem ou Habitat: É originária da Índia (LORENZI; MATOS, 2008)

Características botânicas: é um arbusto perene, pubescente, com aproximadamente 1,5m de altura. Caule amarelo-acinzentado bastante rugoso, pouco ramificado, com ramos quadrangulares. Folhas com 4 – 8 cm de comprimento, 2,5 – 6 cm de largura, simples, opostas, ovado-oblongas, com margem dentada, verde-claro na página superior e verde-pardacento na inferior. Flores azul-violáceas , com até 2 cm de comprimento.

Habitat: Planta brasileira presente em quase todas as regiões do país - em jardins, hortas, terrenos baldios e cultivados.

História: Faz parte da medicina popular, com as mesmas utilizações do Boldo-do-chile.

Plantio: 

Multiplicação: reproduz-se por estacas (mudas) e sementes; reprodução por ramos da planta-mãe ou divisão de raízes. Muito rústica, sobrevive à seca, mas prefere solos úmidos, férteis e semi-sombreados.

Cultivo: Existem 4 espécies de boldos. O boldo comum, o boldo europeu e o boldo Vernônia, que se adaptam em solos secos e em qualquer clima, o boldo do Chile não. É melhor cultivá-los, plantado-os em covas com bastante matéria orgânica. O boldo comum necessita de 1 metro de espaçamento entre plantas, a Vernônia necessita de pelo menos 2 metros e o boldo europeu 0,5m. Respondem bem quando irrigados;

Colheita: Colhem-se as folhas o ano todo.

Partes usadas: folhas

Propriedades medicinais: O boldo pode ser usado contra azia, dispepsias, mal-estar-gástrico, no controle da gastrite, na ressaca e como amargo estimulante da digestão e do apetite. Tem efeito hipo-secretor gástrico, ou seja, diminui o volume do suco gástrico e sua acidez. Mas ainda não se sabe qual seria o componente químico responsável pelo sabor amargo tão característico das folhas, que surpreendentemente não está presente nos talos.

Indicações: Diarreia (extrato cru das folhas é antiviral), fadiga do fígado, distúrbios intestinais, hepatite, cólica e congestão do fígado, obstipação, inapetência, cálculos biliares, debilidade orgânica, insônia, ressaca alcoólica.

Uso popular: O chá preparado por infusão ou maceração a frio é empregado na má digestão e azia e mal-estar gástrico em geral, bem como em desordens hepáticas. Usa-se mascar as folhas engolindo o sumo lentamente para tratamentos de azia.

Também emprega-se a planta externamente no combate de piolhos.

USO RITUALÍSTICO

BOLDO - Também conhecida como tapete de Oxalá, suas características principais são a folha aveludada e o odor bem acentuado. É erva primordial em todas as obrigações rituais, vibrando na irradiação de Oxalá. É erva destinada a banhos de defesa, purificação, energização e lustral.

Ednay Melo

Fontes de Pesquisa:
http://www.hortomedicinaldohu.ufsc.br
http://www.plantasquecuram.com.br
http://aruanda-encontrodeluz.blogspot.com.br

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01/11/2013

O Dia de Finados


Dia de Finados: Data em que muitos visitam os cemitérios para prestar homenagens aos seus entes desencarnados. É interessante discorrer sobre questionamentos com os quais, de vez em quando, somos questionados por conhecidos, curiosos ou interessados em se iniciar nos assuntos relativos à espiritualidade...


De vez em quando alguém pergunta "por que o espírita não vai ao cemitério" (no dia de finados, mais especificamente). Cabe aqui, portanto, um esclarecimento útil.

Primeiro: - Nenhum espírita, em virtude de ideologia religiosa ou limitação de qualquer tipo imposta pela doutrina, "não pode" ir ao cemitério em qualquer época. Efetivamente, conheço muitos, simpatizantes ou espiritualistas convictos, que narram suas visitas a túmulos de parentes ou conhecidos.

Segundo: - O que ocorre mais amiúde é que, detendo o espírita a tranquila convicção de que seu ente querido não mais se demora por estas bandas, tendo demandado estâncias outras, mais ricas de vida, guarda a consciência clara de que tudo o que ficou na sepultura foi a "roupagem gasta", e não mais, portanto, a pessoa com quem compartilhou experiências e afeto.

Terceiro: - Isto não implica em que o espírita sincero condene ou critique o posicionamento dos demais semelhantes que, de todo o coração, prestam com sinceridade as suas homenagens aos seus afeiçoados que se anteciparam na viagem deste para o outro lado da vida. Aliás, reza no próprio conhecimento da doutrina que muitos desencarnados visitam, efetivamente, os cemitérios por ocasião da data, em consideração às demonstração de amor com que ali são distinguidos. E muitos outros, ainda, afeitos aos costumes dentro dos quais desenvolveram suas experiências na matéria, conferem ainda muita importância a este gesto, ressentindo-se, de fato, daqueles que não o prestem nas datas de molde a serem lembrados.

Vistas estas considerações, é sensata a conclusão de que jamais cabe padrão algum de conduta no que toca ao sagrado universo íntimo humano. Cada agrupamento familiar terreno é único e peculiar, e ninguém melhor do que os seus componentes para estarem inteirados do que atinge ou não atinge mais de perto a cada um; o que convém ou o que não convém em matéria de sentimento e dedicação, cujos estágios e características se multiplicam ao infinito correspondente do número de habitantes do vasto universo humano.

Efetivamente, somos do lado de "lá" o que fomos aqui. É dever básico não só do espírita, quanto de qualquer pessoa que se diga civilizada, respeitar a diversidade dos caminhos escolhidos que, destarte, haverão de conduzir a cada ser, no tempo certo, ao mesmo ponto de encontro comum na intimidade das luzes divinas.

Questão de temperamento, de agrupamento humano, de fé e de hábitos, o ir ou não ir ao cemitério, de vez que é na sinceridade do gesto e não no gesto em si que se vislumbra a verdadeira homenagem aos desencarnados, de forma que, amor pelos mesmos, podemos dirigir-lhes tanto do recesso abençoado do nosso recanto de meditação no lar, quanto do ambiente de qualquer templo religioso, ou ainda diariamente, no movimento tumultuado das ruas ou também no cemitério, a qualquer dia do ano.

De forma que aqueles que partiram nos amando de todo o coração haverão de valorizar e entender a nossa melhor intenção ao seu respeito, seja de onde for que se irradie, colhendo-os de pronto, pela linguagem instantânea do coração e do pensamento. Os que foram afeitos aos hábitos costumeiros do dia de finados, na medida de suas possibilidades espirituais após a transição lá estarão, junto à sepultura física, colhendo com sincera afeição os votos de paz e as preces que lhes estejam sendo dirigidas.

Os provenientes dos lares espiritualistas na Terra receberão as mesmas demonstrações de amor a qualquer tempo, em qualquer data que faça emergir naqueles que ficaram para trás no aprendizado físico as gratas lembranças com que são evocados.

O importante é que espíritas e não-espíritas têm em comum, em relação aos seus amados que já se foram, à qualquer época, a linguagem inconfundível do amor entre as almas. Enxerguemos acima dos horizontes das limitações de visão humanas para alcançarmos com clareza a compreensão de que é assunto individual a forma como celebramos o nosso afeto para com os nossos entes queridos, e que o fator da sinceridade e da intenção é o que de fato conta, na certeza de que nossas preces e votos de paz serão bem recebidos por aqueles que prosseguem nos amando de igual forma na continuidade pura e simples da vida, que a todos aguarda para além das portas da sepultura, sob as bênçãos de Jesus. 

Christina Nunes 


***



Na nossa religião de Umbanda, como espiritualistas, sabemos que a morte não existe, os nosso entes queridos apenas partiram para outra dimensão. E com eles estamos todos os dias, não apenas no dia consagrado a eles pelos humanos, dia 02 de novembro, estamos com eles através do sentimento de afeição que transcende qualquer tempo e espaço, e a nível terra os homenageamos em nossos Templos, nossos espaços de luz e fé todos os dias do ano, e rogamos a nosso Pai Omulu, Orixá que nos ampara na passagem do mundo físico para o espiritual, que os acolham, fortificando e vivificando o seu espírito na seara do amor e do trabalho da caridade, que resplandece o espírito nas regiões sutis da Divina Luz.

Ednay Melo





Vídeo - Dia de Finados e Espiritismo





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31/10/2013

Espada de Ogum

Espada de Ogum


Nome Científico: Sansevieria trifasciata
Nomes Populares: Espada-de-são-jorge, Língua-de-sogra, Rabo-de-lagarto, Sansevéria
Família: Ruscaceae
Categoria: Folhagens, Forrações à Meia Sombra
Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical
Origem: África
Altura: 0.4 a 0.6 metros, 0.6 a 0.9 metros
Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene

Herbácea de resistência extrema, excelente para jardins de baixa manutenção. No entanto seu crescimento é um pouco lento. Suas folhas são muito ornamentais e podem se apresentar de coloração verde acinzentada e variegadas, com margens de coloração branca, todas com estriações de um tonalidade mais escura. As flores brancas não tem importância ornamental. É uma planta de utilização bastante tradicional e a cultura popular recomenda como excelente protetor espiritual.

Devem ser cultivadas à pleno sol ou meia-sombra, em vasos ou em maciços e bordaduras. Resiste tanto à estiagem, como ao frio e ao calor, além de ser pouco exigente quanto à fertilidade. Multiplica-se por divisão de touceiras, formando mudas completas com folhas, rizoma e raízes.

A espada de São Jorge (Sansevieria trifasciata, L), também conhecida por espada de Ogum, rabo-de-lagarto e língua-de-sogra é uma das mais importantes ervas do culto afro-brasileiro e uma entre as muitas plantas trazidas pelos escravos africanos ao Brasil. Acredita-se que seja nativa da região entre Nigéria e Congo, porém, não foi só por aqui que a espada se estabeleceu: na China e Japão é conhecida por rabo-de-tigre, e na Turquia como espada-de-paxá.

Na umbanda, é utilizada em banhos, amacis, rituais de bate-folha, no afaste de eguns e de energias densas, podendo também ser usada como protetora de ambientes, quando em vasos. A espada de São Jorge é a principal folha de Ogum, senhor do ferro e do fogo. Assim como o orixá, a espada de São Jorge é uma protetora por excelência.

Por ser uma erva de limpeza poderosa, o banho com Espada de São Jorge deve ser restrito para limpezas profundas. Ervas como esta, quando usadas repetidamente, removem as energias densas e também as sutis, enfraquecendo aquele que a faz uso.

Embora seja pouco comum, a espada de São Jorge pode ser irritante quando em contato com a pele. Coincidência ou não, muitas plantas utilizadas para a limpeza astral são ricas em substâncias químicas irritantes como, neste caso, poliacetilenos e outros ácidos orgânicos. Ao utilizar a planta em banhos, fique sempre atento a sinais na pele e coceiras, evite banhos muito concentrados e jamais faça chás com esta planta.

O PODER DE PURIFICAÇÃO DA ESPADA DE SÃO JORGE

Há mais de duas décadas que a NASA (agência espacial americana) tem pesquisado formas de purificar o ar de ambientes fechados que contenham materiais sintéticos, como forma de melhorar a qualidade do mesmo nas viagens espaciais ou estadias na Estação Espacial Internacional.

Como resultado da pesquisa conduzida pelo Dr. Bill Wolverton, a NASA descobriu que certas plantas domésticas comuns são purificadores naturais do ambiente, ou seja, elas não apenas absorvem dióxido de carbono e liberam oxigênio através do processo de fotossíntese, mas também removem do ambiente elementos prejudiciais a saúde humana, tais como o benzeno e o formaldeído. Entre as plantas com tais propriedades está a famosa Espada-de-São-Jorge (Sansevieria Trifasciata)

Velha conhecida dos brasileiros, especialmente dos umbandistas, para os quais possui a propriedade de neutralizar as energias negativas do ambiente, a Espada-de-São-Jorge possui a capacidade de absorver formaldeídos liberados por madeiras, tecidos sintéticos e carpetes, purificando o ar dessas substâncias tóxicas.

A Espada-de-São-Jorge é uma planta de origem africana, de extrema resistência tanto ao frio quanto ao calor, e que requer poucos cuidados, sendo bastante tolerável a baixa fertilidade do solo. Suas folhas apresentam uma coloração verde acinzentada em duas tonalidades de estrias: uma mais escura e uma mais clara.

Além de ser uma planta purificadora do ar, e de ser considerada pelos umbandistas como purificadora espiritual, ela também pode ser usada em jardins ou vasos como uma planta ornamental que requer poucos cuidados, porém deve-se tomar cuidado para que crianças e animais não comam suas folhas, já que ela é uma planta tóxica.

Ednay Melo





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Manjericão

    Manjericão


    Nome Científico: Ocimum basilicum
    Nomes Populares: Manjericão, Alfavaca, Alfavaca-cheirosa, Alfavaca-de-jardim, Alfavaca-doce, Alfavaca-d’américa, Basilicão, Basílico, Erva-real, Manjericão-branco, Manjericão-de-folha-larga, Manjericão-de-molho, Manjericão-doce, Manjericão-grande
    Família: Lamiaceae
    Categoria: Ervas Condimentares, Medicinal,Plantas Hortícolas
    Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical
    Origem: Ásia, Índia
    Altura: 0.4 a 0.6 metros, 0.6 a 0.9 metros
    Luminosidade: Sol Pleno
    Ciclo de Vida: Perene

    O manjericão apresenta caule ereto e ramificado, e atinge cerca de 0,5 a 1 metro de altura. Suas folhas são delicadas, ovaladas, pubescentes e de cor verde-brilhante. As inflorescências são do tipo espiga e compostas por flores brancas, lilases ou avermelhadas. Sua polinização é cruzada e os frutos são do tipo aquênio, de coloração preto-azulada. Ocorrem mais de 60 variedades diferentes de manjericão, com variações na cor, tamanho e forma das folhas, porte da planta e concentração de aroma.

    As folhas do manjericão apresentam sabor e aroma doce e picante característico. Elas são utilizadas secas ou frescas na preparação de diversos pratos quentes ou frios, e estão intimamente relacionadas à gastronomia italiana, onde são matéria prima principal de pestos e molhos. O manjericão combina-se perfeitamente com pratos que levam tomate, azeite, limão, carnes vermelhas, massas e queijos. Ele também é produzido em larga escala para a extração de óleo essencial, que é utilizado na indústria de alimentos, bebidas, perfumaria e outros produtos.

    Deve-se cultivá-lo sob sol pleno, em solo fértil, bem drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Pode ser plantado em vasos, ou diretamente em canteiros adubados. Suas pequenas flores atraem abelhas e o lugar ideal para o plantio do manjericão é próximo a cozinha, onde ficará disponível ao cozinheiro. Não tolera frio, geadas ou calor excessivo. Aprecia o clima subtropical, tropical e mediterrâneo. Não suporta muitas colheitas subsequentes, exigindo o replantio. Multiplica-se facilmente por estacas de ponteiro, postas a enraizar na primavera ou por sementes.

    O manjericão é uma planta herbácea, aromática e medicinal, conhecida desde a antiguidade pelos indianos, gregos, egípcios e romanos. Ele é envolto de cultura espiritual e simbologismos, sendo, inclusive, considerado sagrada entre alguns povos hindus, por representar Tulasi, esposa do deus Vishnu. Está relacionado com sentimentos de amor.

    Suas sementes foram usadas na medicina persa. No antigo Egito, as folhas de manjericão eram espalhadas sobre as tumbas. O manjericão é uma planta sagrada, ocimum sanctum para os hindus, e era plantado em vasos perto dos templos e do lado de fora de quase todas as casas. As raizes são transformadas em contas e usadas ao redor de pescoço e braços, as sementes transformavam-se em rosários.

    O manjericão é originário da Índia, onde é venerado como a planta imbuída de essência divina; é consagrada a Krishna e a Vishnu – os dois são as divindades supremas no Hinduísmo, podendo ser facilmente sincretizados com Oxalá. Por isso, os indianos o utilizam nos juramentos em tribunal, assim como o colocam sobre o peito dos mortos para servir de passaporte ao Paraíso.

    Na Antiga Creta ele era atribuído a Afrodite e simbolizava o amor banhado em lágrimas, o que encontramos ainda hoje na Itália, onde o manjericão é oferecido como prova de amor e fidelidade. Assim como no Haiti, onde a planta acompanha a deusa Erzulie, a deusa do amor.

    O que se pode concluir é que o manjericão é a erva do amor, não apenas do amor romântico, mas do amor universal; do amor divino. O banho de manjericão, por isso, serve para purificar afastando as trevas que envolvem o coração e abrindo caminho para a luz. Abre caminho, assim, para a possibilidade de se refletir sobre os próprios sentimentos.

    Nos banhos ritualísticos o manjericão também é muito utilizado. Tem como principal característica litúrgica o poder de elevação espiritual, por isso é muito utilizada em amaci.

    A linha de Pretos-Velhos também trabalha com manjericão. Eles dizem que na falta da Arruda em seus benzimentos, um galhinho de manjericão resolve.
    O manjericão, quando exposto num ambiente, tem a propriedade de acalmar e trazer paz de espírito a todos.

    É uma erva popular, de aroma forte e gostoso. É popularmente utilizado como tempero, mas o chá das folhas do manjericão, na medicina popular, serve principalmente para aliviar as dores de garganta com bochechos e infusões que ajudam a cicatrizar qualquer problema bucal.

    Também é excelente contra gripes, tosses, resfriados e bronquite. O manjericão é um sedativo suave, que pode ser usado para combater a dor de cabeça, gastrites, vômitos, problemas do aparelho urinário e dores de estômago.

    Formas de uso: Banhos e chás.

    Orixás: Oxalá, Iemanjá e Oxum
    Características: Pequenas folhas ovais arredondadas de coloração verde clara inflorência em espigas.


    Manjericão Roxo

     

    Pertence aos Orixás Xangô e Obaluaiê. Utilizada nas obrigações de cabeça dos filhos a que correspondem. Usada também para defumação, lavagem de contas e banho de limpeza. Na medicina popular é aplicada no auxílio da digestão alimentar e contra formação de gases.

      Ednay Melo

    Fontes de Pesquisa
    http://www.jardineiro.net
    http://luzeumbanda.blogspot.com.br
    http://orixasdearuanda.wordpress.com
    http://www.centroogumrompemato.com.br
    http://umbandasp.webnode.com.br/
    http://www.umbandaquerida.com.br
    http://www.cabocloaymore.com.br


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Medo da Morte

Medo da Morte

Entrevista com Richard Simonetti
Fonte: Livro "Perguntando e Aprendendo" - Waldenir Cuin


Richard Simonetti, funcionário aposentado do Banco do Brasil, residente em Bauru, SP. É orador, jornalista e escritor espírita, ocupando atualmente o cargo de presidente do Centro Espírita "Amor e Caridade". Livros publicados: "Quem Tem Medo da Morte?", "Uma Razão Para Viver", "Atravessando a Rua", entre outros.

P:– As religiões, de um modo geral, apregoam a continuidade do ser espiritual que sobrevive à matéria. Apesar disso, as pessoas temem a morte. Por que isso acontece?
R: – É que a morte ainda é a grande desconhecida. As religiões tradicionais exaltam a sobrevivência, mas perdem-se em especulações teológicas, fantasiosas, quando cogitam de como seria a vida além-túmulo, recusando-se à iniciativa mais lógica, que seria a de conversar com os próprios mortos. É como se pretendêssemos imaginar como é a vida na França sem nenhum contato com os franceses. A ignorância sobre o assunto gera o temor. O Espiritismo ajuda-nos a vencer esse problema, porquanto começa exatamente onde as outras religiões terminam, devassando para nós o continente espiritual.
P:– A morte ou a desencarnação libera o Espírito. Para onde ele vai? Quem o aguarda?
R: – A morte promove o encontro com a nossa própria consciência, para uma avaliação da experiência humana. Esse tribunal incorruptível determinará se seguiremos para regiões purgatoriais, onde, segundo a expressão evangélica, “haverá choro e ranger de dentes”, ou se nos habilitaremos a estagiar em comunidades diligentes e felizes, plenamente integradas no serviço do bem.

P: – Como podemos ajudar o espírito que acaba de desencarnar, principalmente as vítimas de tragédias como acidentes automobilísticos, afogamentos, etc.?
R: – A morte não dói, mas impõe ao espírito certos constrangimentos e até aflições, o que é perfeitamente compreensível. Afinal, trata-se do desligamento de um corpo material ao qual esteve vinculado por largos anos, colhendo por seu intermédio, experiências sensoriais que se entranharam em sua intimidade, e das quais não é fácil desvencilhar-se. Tais problemas são diretamente proporcionais à natureza da morte: quanto mais abrupta, mais intensos. E inversamente proporcionais à condição do Espírito que desencarna: quanto mais evoluído, menos intensos. Tudo o que podemos fazer em seu beneficio é orar muito, conservando a serenidade e o equilíbrio, confiando em Deus, porquanto o desencarnante é muito sensível às vibrações dos familiares. Sentimentos de revolta, desespero e inconformidade repercutem em seu psiquismo, dificultando o desligamento e atormentando-o na vida espiritual.

P: – Nossos familiares desencarnados poderão continuar a nos ajudar, mesmo no mundo espiritual?
R: – Nossos amados não estão isolados em compartimentos estanques, no Além. Eles nos procuram, nos estimulam, nos amparam. Torcem por nós, esperando que sejamos fortes e fiéis ao bem, no desdobramento de nossas provações, a fim de que o reencontro mais tarde – tão certo quanto a própria morte – seja em bases de vitória sobre as provações humanas, ensejando abençoado porvir.

P: – De que forma devemos lembrar nossos entes queridos que desencarnaram? Visitando suas sepulturas nos cemitérios?
R: – Cemitério não é sala de visita do Além. Ali há apenas a veste carnal, decomposta, de alguém que transferiu residência para a espiritualidade. Ele preferirá ser lembrado na intimidade do lar, com preces e flores abençoadas de saudade, sem espinhos de inconformidade, como o fazem as pessoas conscientes de que a morte não desfaz as ligações afetivas, nem situa nossos amados em compartimentos estanques. Eles continuam vivos, amando-nos mais do que nunca. Visitam-nos e nos ajudam, torcendo por nós, aguardando, com a mesma ansiedade nossa, o reencontro feliz na espiritualidade.

P: – A criatura geralmente tem pavor da morte ou desencarnação, evitando comentar o assunto. Isso é um erro?
R: – Trata-se de uma atitude irracional, já que a morte é a única certeza da vida. Todos morremos um dia. O medo da morte, basicamente, é o medo do desconhecido. Por isso o Espiritismo elimina nossos temores “matando” a morte, na medida em que demonstra que ela é apenas um retorno à vida espiritual, nossa pátria verdadeira.

P: – Por que acontecem desencarnações de crianças, que estão apenas iniciando a jornada terrena?
R: – É um problema cármico envolvendo o desencarnante e a família. A existência curta frustra as expectativas do Espírito, impondo-lhe uma valorização da jornada humana, não raro malbaratada no passado pelo suicídio. Os pais, por sua vez, podem estar comprometidos com seus desatinos, por tê-los estimulado ou favorecido. Não raro estão pagando pelo descaso e a irresponsabilidade em anteriores experiências com a paternidade. Pode ocorrer, também, que se trata de breve encarnação sacrificial, em que um Espírito superior convive por alguns anos com afetos queridos na intimidade familiar, fazendo do sofrimento decorrente da separação pela morte um vigoroso impulso no sentido de que os pais superem as ilusões da Terra e cultivem os valores do Céu.

P: – Por que certos moribundos experimentam melhoras em seus quadros clínicos, a ponto de tranqüilizar os familiares, e instantes depois desencarnam?
R: – Quando a família não aceita a desencarnação, mergulhando no desespero, suas vibrações desajustadas promovem uma sustentação artificial do moribundo, que não evita a morte, mas prolonga a agonia. Os benfeitores espirituais promovem, então, com recursos magnéticos, uma melhora artificial. O paciente parece entrar num quadro de recuperação. Os familiares, mais tranqüilos, afastam-se, julgando que o pior passou. Afrouxa-se a sustentação fluídica retentora e inicia-se o irreversível processo desencarnatório. A sabedoria popular proclama: - “Foi a melhora da morte”. Na verdade, trata-se apenas de um recurso da espiritualidade para afastar familiares que atrapalham a desencarnação.

P: - A certeza da continuidade da vida após a morte e as noções sobre a reencarnação ajudariam as pessoas a vencerem o sentimento de desesperança?
R: – Sem dúvida. Tais realidades descortinadas pela Doutrina Espírita, muito mais do que simples esperanças, nos oferecem segurança diante da vida e alegria de viver.

P: – Os ensinamentos que a Doutrina Espírita nos apresenta nos preparam melhor para a desencarnação?
R: – O Espiritismo é o bê-a-bá da Vida Espiritual. Sabendo o que nos espera, será mais fácil enfrentar a grande transição. Imperioso reconhecer, porém, que o conhecimento espírita ajuda-nos no trânsito para o além, mas como chegaremos lá é uma questão eminentemente pessoal. Depende de como estamos vivendo, partindo do princípio evangélico de que aquele que mais recebe mais terá que dar.
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