Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca: Ritualísticas

26/05/2023

A Magia na Umbanda

A Magia na Umbanda


Magia nada mais é do que a manipulação de elementos e da energia neles contida. Como numa experiência alquímica, manipula-se esses elementos a fim de atingir um objetivo determinado, e não há nada de sobrenatural nisso. Sobrenatural seria aquilo impossível de se alcançar, já a manipulação mágica, sendo possível, é algo perfeitamente natural – o diferencial é que foge à compreensão convencional, o que a coloca à margem dos demais conhecimentos.

A arte da magia se faz presente em todas as civilizações conhecidas, desde as mesopotâmicas até as ameríndias, cada qual adaptando rituais e métodos de acordo com sua crença e cultura. Assim, a magia tem atravessado séculos, resistindo à perseguições e tentativas de minimizá-la ou então de classificá-la, de forma preconceituosa, como crendice popular. Mas na realidade, a crença na magia ultrapassa os limites das barreiras sociais e até culturais. Ao recorrer a simpatias, benzimentos, determinadas rezas, nada mais se está fazendo do que apelando para a magia.

Assim, é possível afirmar que a Umbanda é a síntese da magia, pois agrega elementos dos mais diversos povos: europeus, africanos e ameríndios – isso sem contar as correntes que tentam inserir novos elementos à sua liturgia. Então, a Umbanda é magística por excelência.

Entretanto, é sempre bom tomar o cuidado para não se deixar iludir e cair naquela crença infantil de que a magia é a solução para tudo. 

A Inteligência Universal certamente atua sobre o destino de cada um, só permitindo que aconteça aquilo que for de seu merecimento ou necessário ao seu aprimoramento espiritual. A função da magia, nesse caso, é fornecer “meios” para que os trabalhadores do Universo (que alguns chamam de anjos, outros de mentores, outros, simplesmente de “guias”) possam trabalhar e auxiliar os homens naquilo que necessitam.

Existem aqueles que, deslumbrados com aquilo que acreditam ser possível conseguir com a magia, ou ainda, desconhecendo as Leis que regem o Universo, passam a acreditar que tudo podem conseguir usando essa ferramenta, buscando atingir seus objetivos, não importando os meios. Tentam – e acreditam conseguir – burlar as Leis mais primordiais que existem. Muitas vezes conquistam um sucesso efêmero, o que os deixa ainda mais iludidos, já que não possuem a compreensão das dívidas que contraem ao tentar (em vão) ludibriar os olhos do Astral, que nada deixam de ver.

O uso da magia deve ser responsável. As Leis de Umbanda são severas, usar seus meios requer responsabilidade e maturidade e infelizmente não são todos que estão preparados para isso. Aceitar a magia que a vida realiza naturalmente, dia a dia, é um grande sinal de resignação e sabedoria, pois quem assim o faz, respeita aquilo que preparou para si, já que tudo é fruto do merecimento. 

Manipular energias e elementos com responsabilidade é um trabalho nobre, mas é para poucos, pois são poucos os que sabem fazer isso sem interferir nas Leis do Universo, que é é justo, como justa é a Umbanda, que caminha sempre à trilha das Leis de Deus.

Fonte: Umbanda em Debate






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26/12/2021

Assentamento na Umbanda

Assentamento na Umbanda


O assentamento é uma força extrema e assentada, enraizada, plantada, que ficará ali pelo tempo desejado por quem assentou, ao contrário do firmamento, que ficará ali enquanto uma vela estiver acesa, por exemplo, ao se findar essa vela o firmamento se finda.

O assentamento é uma base bem estruturada e bem sustentada para dar força aos trabalhos espirituais, normalmente o assentamento é a força de sustentação do templo de Umbanda, que auxilia no recebimento de pessoas.

Nos terreiros estruturados se faz uso normalmente de dois principais assentamentos, que são o assentamento do Gongá e o assentamento da Tronqueira.

Esses dois pontos dos terreiros são de extrema importância, pois a Tronqueira que fecha a entrada do terreiro, afastando todo e qualquer tipo de espírito sem luz que possa ter a intenção de atrapalhar os trabalhos, e o assentamento do Gongá é para que todos os filhos tenham um apoio espiritual do dirigente da casa, fazendo assim um bom trabalho junto as Entidades de Luz.

No Gongá se faz normalmente o assentamento para o Orixá de frente do seu dirigente encarnado, Pai, Mãe de Santo, responsável pela casa.

Na Tronqueira se faz os assentamentos para o Exu ou Pombo Gira do dirigente da casa, ou seja, para os Guardiões que acompanha esse Zelador.

O assentamento de um terreiro, ou casa, ou templo de Umbanda pode ser feito com elementos da natureza na força do Orixá ou da Entidade Mentora da casa, e normalmente será o mesmo que indicará quando, como e com o que deverá ser feito esse assentamento.

Devemos entender que o assentamento é a sustentação dos trabalhos de um terreiro, e não é fundamento, é sustentação ao trabalho da casa, o fundamento é a teoria da religião de Umbanda.

Quando se recebe uma ordem de montar um terreiro à primeira providência a ser tomada é assentar essa casa, ou seja, fazer o fundamento particular daquela casa, dentro das regras e leis do Orixá ou da Entidade Mentora do seu futuro Zelador.

Na maioria das vezes esses assentamentos podem ser feitos por diversos elementos da natureza, porém um dos mais utilizados é o Otá, ou seja, no idioma Nagô iorubá, significa pedra.

Devemos esclarecer que não se deve pedir a terceiros que assentem o futuro terreiro, pois o correto é que o Mentor do médium responsável diga como será feito esse assentamento.

Vejamos que se o médium tiver certa insegurança para fazer esse assentamento, certamente ele não estará preparado para dirigir uma casa de Umbanda. Seria recomendado aguardar o momento mais propicio, pois o tempo trará mais firmeza e maturidade para tal missão, e assim não trazer mazelas a terceiros, ou a si próprio.

Devemos entender também que não se deve copiar um assentamento de alguma outra casa, pois muitos Zeladores de Umbanda acreditam ter que acompanhar assentamentos mirabolantes, como por exemplo, a de uma casa de Candomblé, que nada tem a ver com os assentamentos da Umbanda, pois normalmente não tem nada de simplicidade, assim como e de praxe na Umbanda, que busca a demonstrar humildade e simplicidade extrema.

Na Umbanda se diz que ninguém assenta fora o que não está assentado dentro, essa é uma das grandes lições da Umbanda no que se refere a assentamento, ou seja, devemos antes de tudo ter amor, carinho, dedicação, caridade para com a Umbanda e a quem a procura, pois o terreiro é exteriorização do que está dentro de você, ou seja, receber pessoas, fatos, problemas alheios de assistentes, devemos recebê-los antes em nossos corações. Portanto devemos mostrar em nossos assentamentos aquilo que devemos mostrar caridosamente e humildemente a nossos assistentes, sendo assim basta um assentamento simples, feito com muito amor, sem muitos elementos naturais, mas com extrema quantidade de caridade, amor e carinho, principalmente demonstrar toda a verdade no que está destinado a ser feito, pois ali estará a sua verdade.

Faça com amor seu assentamento, caso seja necessário um dia cumprir essa missão.

Carlos de Ogum







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03/10/2021

O Ritual de Defumar

O Ritual de Defumar

A defumação existe como ritual, ou como prática magística, há muito tempo. Umbanda, rituais védicos, igreja católica, ocultismo, a lista é grande… Mas, o que, afinal, existem nessas ervas?!

Basicamente a defumação é a “liberalização” da energia vegetal, concentrada na folha ou em outra parte da planta. Quando em contato com a brasa e consequentemente com o fogo, a energia vegetal libera-se e pode ser facilmente manipulada pela mente do defumador, através de orações, cânticos ou mentalizações. Defumação é um ritual de magia, assim como existem muitos outros… Quem gosta de uma explicação bioenergética, sempre fala da energia do duplo etérico das folhas que se dissolveriam na água (banho de ervas) ou se “libertariam” com o fogo (defumação). Isso explica uma parte do processo, mas não todo, visto que outras coisas entram no assunto, como espírito vegetal da planta, axé, egrégora e outras coisas mais…

Deve-se salientar também que, apenas “queimar umas ervinhas”, não tem grande significação e resultado magístico. O mais importante é a capacidade do defumador de direcionar essa energia. Perceba que o processo é MENTAL, aliado a um recurso na matéria, pois estamos na matéria! Na verdade, não existe muito esse lance de ser mental ou “elemental”. Toda magia é mental, porém pode-se usar recursos naturais e físicos, sim ou não. E isso não é melhor ou pior. É apenas uma das muitas formas. (apesar de que para mim, em alguns casos, a utilização de elementos físicos são muito úteis) O problema, como sempre, é achar que a sua prática deva ser igual a do próximo…

É nesse princípio da defumação que também fundamenta-se o uso de cachimbo e charutos pelos guias incorporados na Umbanda. É uma defumação individual, aliando o sopro (comum na terapêutica espírita de passe) com a fumaça (energia da erva) potencializando os efeitos de limpeza energética, principalmente em relação a formas mentais que orbitam pela aura das pessoas….

Existe além disso, o aspecto psicológico, a força de hipnose e indução que um ritual como esse tem, além do odor de determinadas ervas serem muito agradáveis, o que acalma e sutiliza a mente.

Lembrando que defumação não serve “apenas” para “limpar o ambiente”, mas sim para muitos outros fins, dependendo da determinação dada pela pessoa que defuma e a qualidade das ervas utilizadas no preparo. Sim, porque arruda é uma erva agressiva de limpeza, já alecrim é mais mansa e tem uma energia equilibradora… Pinhão roxo serve para “quebrar demanda” no vocabulário
próprio umbandista e o louro para trazer uma energia de prosperidade… A lista é longa.

Não esquecer também que para defumar usam-se ervas SECAS, ou seja, nada de erva fresca, que acabaram de serem colhidas, pois ela está cheia de água. E água e fogo não é uma grande combinação…. Com a erva fresca dá-se preferência para banhos…

Por fim, duas receitas muito básicas, que podem ser utilizadas tanto para banhos como para defumações:

Limpeza energética: Arruda, Guiné, Espada de São Jorge, sal grosso e alecrim.

Equilíbrio mental: Sálvia, alfazema e rosa branca

Lembrando que antes de despejar o banho sobre o corpo, ou enquanto se defuma, deve-se fazer uma oração pedindo que a força das ervas se ativem e então direcionar a energia para o fim que espera-se alcançar.

Autor desconhecido



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20/05/2021

Água na Umbanda

Água na Umbanda


Para Allan Kardec, a ação magnética produzida pelo agente encarnado (magnetizador), tanto pode produzir uma modificação nas propriedades da água, quanto no tocante aos fluidos orgânicos (ex: bile, linfa, líquido cefalorraquidiano, saliva, suco gástrico, sangue total, etc). O Espírito Lísias explica para André Luiz, que “… a água é veículo dos mais poderosos para os fluidos de qualquer natureza. Aqui (em Nosso Lar), ela é empregada sobretudo como alimento e remédio”. Para o Espírito Bezerra de Menezes, “A água, em face da sua constituição molecular, é elemento que absorve e conduz a bioenergia que lhe é ministrada. Quando magnetizada e ingerida, produz efeitos orgânicos compatíveis com o fluido de que se faz portadora”.


NA UMBANDA, é um dos elementos naturais mais receptivos com uma energia altamente atratora e condutora, ela é utilizada nas quartinhas, nos copos de firmeza dos Anjos de Guarda, no batismo, em muitos rituais da Umbanda e principalmente pelos Guias Espirituais nos momentos onde há a necessidade de realizar grande limpeza, purificação e energização de nosso corpo astral e de nossa casa, afinal existem cargas e energias maléficas que somente esse elemento natural é capaz de desfazer, limpar e equilibrar.


ÁGUA DE MAR

Ótima para descarrego e para energização, batida contra as rochas e as areias da praia, vibra energia, por isso nunca se apanha água do mar quando o mesmo está sem ondas. A energia salina do mar “queima” as larvas e miasmas astrais, principalmente sob a vibração de Yemanjá. Podemos ir molhando os chacras à medida que vamos adentrando no mar, pedindo licença . No final, podemos dar um bom mergulho de cabeça, imaginando que estamos deixando todas as impurezas espirituais e recarregando os Corpos de sutis energias. Ideal se realizado em mar com ondas. Saudemos Mamãe Yemanjá e todo o Povo do Mar.


ÁGUA DE CACHOEIRA

Com a mesma função do banho de mar, só que executado em águas doces. A queda d’água provoca um excelente “choque” em nosso corpo, restituindo as energias, ao mesmo tempo em que limpamos toda a nossa alma, é água batida nas pedras, nas quais vibra, crepita e livra-se de todas as impurezas. Além disso, é nas águas das cachoeiras que conseguimos retirar qualquer impregnação de sangue projetada em nosso corpo etérico. Ideal se tomado em cachoeiras localizadas próximas de matas e sob o sol. Saudemos Mamãe Oxum e todo Povo d’água.


ÁGUA DE RIOS E LAGOAS

Tem também grande propriedade curadora e equilibradora. Se o rio tiver pouco movimento, quase parado, assim como a lagoa ou mangue, essa água tem uma energia decantadora e curadora. Saudemos Nanã Buruquê. Se o rio for bem movimentado com corredeiras, a energia da água é energética, equilibradora e reparadora. Saudemos Mamãe Oxum.


ÁGUA MINERAL

Água da pureza, do equilíbrio, da harmonização e da paz. Envolve nossos chacras desobstruindo-os e equilibrando-os. É uma água muito fácil de se encontrar, por isso aproveitem esse Axé. Saudemos Oxalá.


ÁGUA DE POÇO

É excelente nos casos de doenças, tanto no corpo espiritual como no corpo astral, pois tem uma grande energia transmutadora. Essa água está em contato com a terra, que é o agente mais poderoso de regeneração física absorvendo a energia ruim da área afetada colocando em seu lugar uma energia boa. A cura se processa graças a uma troca de energia devido a interação entre os componentes físico, químico e energético que a terra oferece. Saudemos Obaluayê.


ÁGUA DE CHUVA

É altamente energética e purificadora. É a água que entrou em estado de vaporização e absorve toda a energia do ar, quando novamente entra em outro estado de mudança e retorna ao estado liquido, caindo do céu sobre a terra. Por isso é utilizada justamente nos momentos em que precisamos de mudança. A água da chuva, quando cai é benéfica e pura, porém, depois de cair no chão, torna-se pesada, pois atrai as vibrações negativas do local, sendo ótima também para banhos de descarrego e limpeza de ambientes, pois é ela que limpa as ruas e as encruzas carregando todas as vibrações dos trabalhos arriados nesses locais. Saudemos Yansã, Dona do tempo e das tempestades.

Mônica Caraccio









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13/01/2020

Desmistificando o Fumo e a Bebida na Umbanda

Desmistificando o Fumo e a Bebida na Umbanda

Um Exu, uma Pombogira, um Caboclo ou um Preto Velho podem beber água quando incorporados no médium, ou água de coco. Ficar cerca de 4 horas incorporados sem se hidratar é prejudicial à saúde do médium.

Muitos acham que Exu não bebe água. Sim Exu bebe água. Água é elemento de trabalho. Na tronqueira de Exu também tem água.

O médium não morre durante o processo de incorporação, ele continua com todas as suas necessidades biológicas. Incorporação não é possessão.

O Uso do fumo e do álcool não são obrigatórios durante o processo de incorporação em uma gira.

Não há necessidade de um "Caboclo" consumir 10 charutos. Assim como não há necessidade de uma "Pombogira" fumar 3 maços de cigarros e tomar 3 garrafas de cachaça. Como Não há necessidade de um "Preto Velho" utilizar 1 garrafa de vinho.

Tudo é equilíbrio. Todo excesso esconde uma falta. Seja de disciplina ou conhecimento.

O fumo é utilizado para o descarrego, não por vício da entidade.

Vale lembrar que, ao invés de utilizar o cigarro comum que as Pombogiras usam, é recomendando utilizar cigarrilhas ou mini charutos. Pois eles são menos agressivos e não contém o excesso de substâncias químicas que o cigarro comum tem.

O charuto quando feito de ervas específicas se torna menos agressivo que o tradicional. Importante falar que a entidade ela não traga charuto, ou cigarro. Elas puxam e soltam a fumaça. É bom orientar que é totalmente errado a "entidade" jogar fumaça no rosto do consulente.

Também não é ético a "entidade" servir bebida alcoólica à assistência. O álcool é elemento de trabalho.

Sobre o elemento álcool, já vi entidades apenas passar cachaça na mão do médium e descarregar sem ao menos beber um gole do seu marafo. Como já vi entidades manipularem água junto com elemento marafo, tornando um elemento forte de trabalho.

Existem médiuns que não utilizam de fumo ou bebidas alcoólicas por escolha própria, que é um direito ou por algum problema de saúde e durante a gira as entidades trabalham da mesma maneira, respeitando sempre o seu médium. Pois incorporação é uma troca, uma parceria entre médium e guia.

A entidade trabalha com ou sem fumo ou alguma bebida. Quem sabe trabalhar espiritualmente a entidade descarrega com um copo de água, com uma vela, com uma erva ou apenas com um passe magnético.

Entidades não carregam vícios. Não caiam nessa, ah meu malandro só vem se tiver a Brahma dele hum..... Será mesmo o malandro? Meu tranca Ruas só vem se tiver o whisky dele.... Hum será mesmo o tranca Ruas?

Vamos buscar aprender, a Umbanda Caminha evoluindo, mas alguns médiuns insistem em regredir. Nunca um espírito de luz irá prejudicar seu médium porque ele não tem um charuto ou uma bebida, ou por escolher não utilizar esses elementos em conjunto com sua entidade de trabalho. O guia respeita o médium e suas limitações, assim como o médium deve respeitar o guia. A incorporação é uma parceria entre médium e guia. Havendo sempre uma sintonia de lealdade e respeito.

Jefferson Santana.



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18/12/2019

Erva Para-Raio

Erva Para-Raio



Nome Científico: Melia azedarach

Nomes Populares: Cinamomo, Árvore-santa, Bombal, Bombolo-de-portugal, Cedro-do-ceilão, Conteira, Jasmim-azul, Jasmim-de-cachorro, Jasmim-de-soldado, Jasmim-soldado, Lilás-da-índia, Lilás-das-antilhas, Lilás-do-cabo, Lírio-da-índia, Margosa, Mélia, Nimbo, Niumbó, Paraíso, Sicómoro-bastardo, Sinamão, Árvore-de-jonny, Tenente-e-intendente, Santa-bárbara, Para-raio
Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais
Clima: Continental, Mediterrâneo, Oceânico, Subtropical, Temperado, Tropical
Origem: Ásia, Austrália, China, Himalaia, Índia, Indonésia, Oceania
Altura: 6.0 a 9.0 metros, 9.0 a 12 metros, acima de 12 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene

Árvore cuja copa é arredondada ou em forma de guarda-chuva, de acordo com a variedade. As folhas são aromáticas, alternas, de margens serrilhadas. Inicialmente elas são verde escuros, e pouco antes de caírem, adquirem tonalidade de amarelo. A casca do tronco é marrom avermelhada, e adquire fissuras com o passar do tempo. A madeira é de média densidade, cor castanha clara ao vermelho escuro, com fibras retas e resistente aos cupins, porém é quebradiça e de baixa durabilidade. Ela é comumente utilizada como lenha e na carpintaria leve, na fabricação de caixotes, cabos de ferramentas, brinquedos, etc. Seu porte médio é de 7 a 12 metros de altura, mas em condições especiais pode alcançar até 45 metros. As flores surgem em cachos, na primavera e verão, e são pequenas, pentâmeras, de cor lilás, bastante fragrantes e atrativas. Os frutos são drupas ovóides, de cor verde a amarela, que se tornam esbranquiçados e murchos com o amadurecimento. Eles são consumidos por aves, mas muito tóxicos para mamíferos.

Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil, drenagem, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente no primeiro ano de implantação. Prefere o clima subtropical. Resiste bem aos solos argilosos e após bem estabelecida, é resistente à estiagem também. Multiplica-se facilmente por sementes, obtidas dos frutos maduros e despolpados. Também é possível propagar o cinamomo por estacas.

Esta planta é bastante tóxica ao seres humanos e a ingestão de uma pequena porção pode provocar a morte.

USO RITUAL
Erva que vibra na irradiação dos Orixás Iansã e Xangô. Usada para banhos de descarrego quando envolvidas energias deletérias de demandas e para limpeza astral de ambientes. A árvore emite fluidos de proteção energética a sua volta.

Ednay Melo



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17/12/2019

Eucalipto

Eucalipto


A árvore de eucalipto é originária da Austrália e pode atingir até 90 metros de altura, suas folhas são resistentes e quando a árvore é nova suas folhas são azuis e verdes ovais e as árvores maduras têm folhas compridas, estreitas e amareladas com flores beges e brancas. Árvore que se destaca pelo colorido espetacular do seu tronco; o segredo por trás do colorido especial desta árvore está na forma como ela vai se descascando e revelando as partes coloridas. Inicialmente a casca fina, lisa e marrom se despreende, e uma cor verde clara e vibrante aparece. Esta mancha de cor torna-se então sucessivamente verde escura, azulada, púrpura, laranja e por fim vermelha. Acontece que o processo ocorre a todo momento, formando manchas coloridas em diferentes estágios. A impressão que se tem é de que a árvore foi misteriosamente pintada, tornando-se uma verdadeira obra de arte da natureza.

Deve ser cultivada sob meia-sombra ou sol pleno, em diversos tipos de solos, preferencialmente drenáveis, profundos, enriquecidos com matéria orgânica e irrigados regularmente por pelo menos dois anos após o plantio. Não é indicado para climas temperados ou mais frios. Aprecia o calor e a umidade tropicais. Multiplica-se facilmente por sementes ou estacas. As sementes germinam entre 4 a 20 dias após a semeadura. As estacas devem ser removidas dos ramos de plantas jovens, com menos de 2 anos. As mudas podem ir para o local definitivo com cerca de 4 meses.

O eucalipto tem relevância comercial para medicações e produtos de uso geral.

Na medicina aborígene (tribos indígenas nativas da Austrália), o Eucalipto é usado para tratar feridas e infecções. O gargarejo em forma de líquido é usado para limpeza bucal e dor de garganta. A pomada ou óleo de massagem esfregados no tórax agem como descongestionante.

Nas folhas e ramos do Eucalipto se concentram suas propriedades curativas. Durante o último século, os médicos americanos usaram o óleo do Eucalipto para desinfetar o equipamento médico e para fazer a assepsia de feridas. O Eucalipto faz com que o nariz solte muco, facilitando para que o mesmo seja expelido mais fácil. O Eucalipto também possui propriedades antibacterianas.

Eucalipto

Na medicina popular, o óleo essencial diluído é usado para tratar herpes e feridas. É uma planta base para a produção de desodorizantes, desinfetantes e repelentes. É usado em banhos a vapor e saunas. É considerado um dos óleos essenciais que possuem as maiores propriedades antissépticas dentre todos os óleos essenciais. O óleo do Eucalyptus globulus tem um aroma muito forte e estimulante. É indicado para problemas respiratórios, reduzindo o muco, inchaço e a inflamação, além de aliviar dores musculares, reumatismo e dores de cabeça. É amplamente utilizado em remédios comerciais para combater resfriados e preparações para alívio das dores.

Existem muitas espécies diferentes de Eucalipto, mas o Eucalyptus globulus é a espécie usada como terapêutica. O cultivo de várias espécies de eucalipto visa a produção de madeira, além de seus subprodutos como papel, lenha, carvão, etc.

O Óleo Essencial é extraido das folhas e usado como antisséptico do sistema respiratório e pulmonar. Usado no difusor elétrico, ajuda a desbloquear as vias respiratórias e purifica o ar. Algumas pessoas usam este óleo essencial para repelir pulgas.

USO RITUAL:
Como erva ritual da Umbanda vibra na irradiação da Orixá Iansã e do Orixá Oxóssi. É erva amplamente usada para banhos e defumações com o objetivo de descarrego, defesa e limpeza astral. Auxilia nos tratamentos espirituais, formando uma camada fluídica de proteção contra obsessores.

Ednay Melo






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14/12/2019

Erva Espada de Iansã

Espada de Iansã


Nome Científico: Sansevieria trifasciata
Nomes Populares: Espada de Iansã, Espada de Santa Bárbara, Língua de sogra, Rabo de lagarto, Sansevéria
Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical
Origem: África
Altura: 70 a 90 cm
Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno

A erva espada de Iansã tem formato de espada e difere da espada de Ogum pelas bordas, que são amarelas.

Planta muito resistente e de crescimento lento, sobrevive bem em jardins com pouca manutenção. Podem ser cultivadas em pleno sol, resistentes às estiagens, ao frio e ao calor. Deve-se deixar o solo secar bem para regar, que pode ser feito uma vez por semana.

De acordo com estudos realizados pelo NASA Clean Air Study, a sansevieria tem a capacidade de purificar o ar removendo toxinas através da absorção de dióxido de carbono que faz durante a noite, e da libertação de oxigénio durante o dia.

Reprodução: Multiplica-se por divisão da planta pelas raízes, ou também por estacas feitas das folhas, enterrando-se a base de pedaços de folhas.

Na Umbanda é usada como erva de proteção, que estimula a perseverança e o otimismo. Carrega o simbolismo de luta e poder, tais como as espadas objetos.

Erva quente, que corta o mal pela raiz e auxilia no direcionamento quando a pessoa encontra-se confusa e indecisa.

Seu uso ritualístico é para banhos e ornamentação de ambientes, para descarregos e proteção. Usada também como bate folha para quebrar miasmas e larvas astrais. Usar seguindo as orientações das entidades espirituais.

Erva que vibra na irradiação da Orixá Iansã.

Ednay Melo





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04/11/2019

O Rito do Descalçamento

O rito do descalçamento

POR QUE TIRAMOS O CALÇADO AO ENTRARMOS NO TERREIRO???

O "rito de descalçamento" ou descalçar os pés ao aproximar-se de um lugar considerado santo tem registro em várias religiões ou filosofias iniciáticas.

A orientação de Pitágoras aos seus discípulos era expressa: que eles, ao realizarem as abluções (purificação por meio da água) e adorações no templo, o fizessem com os pés descalços para que o "pó mundano" não contaminasse o espaço sagrado, significando simbolicamente que as coisas mundanas não deviam ocupar a mente dos discípulos com preocupações. Os mulçumanos, ao executarem seus ritos devocionais, sempre deixam suas sandálias à porta das mesquitas.

Os druídas assim procediam, bem como os antigos incas dos altos andinos deixavam sempre seus sapatos à porta ao entrarem no magnífico templo consagrado à adoração ao Sol.

Tal hábito é, portanto, um símbolo de reverência.

E na Umbanda??

Este ato litúrgico não deve ser compreendido como gesto de humilhação ou submissão, mas sim como um ato de reverência respeitosa e rogativa discreta que traz inúmeros benefícios ao indivíduo, se encarado com humildade sincera, auxiliando-o na saúde física e psicológica. Pisar descalço no terreiro DESCARREGA as energias negativas.

Tocar a testa no congá ou no chão absorve magnetismo positivo imantado nesses locais pela irradiação da aura das entidades espirituais que comparecem em auxílio aos filhos da Terra.

Autor desconhecido




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22/07/2019

Preceito Umbandista

Preceito umbandista


“... Umbanda tem fundamento. É preciso estudar.”

Assim como nas demais religiões, a Umbanda é composta de rituais e procedimentos necessários para a execução de um bom trabalho de atendimento e para melhor preparo de seus trabalhadores independente da função que realize dentro do terreiro.

Vamos falar do preceito, é um ritual de preparo do médium feito às vésperas do atendimento em si e no dia da gira, seja ele médium de incorporação, cambone, curimbeiro, etc.

Primeiramente, qual o significado da palavra preceito?

Preceito é uma palavra que vem do latim praeceptus que significa ordem, regra, norma, condição. Pode dizer respeito a uma doutrina, mandamento ou ensinamento. Pode ser as bases de uma religião.

No catolicismo, os fiéis fazem preceito no período da semana santa, os evangélicos também realizam um preceito no período da sua santa ceia e assim por diante.

Na Umbanda, o preceito é realizado na véspera e no dia da gira.

O preceito consiste em realizar uma limpeza e resguardo de energias puras no corpo do médium. E durante esse dia, o médium faz refeições leves; não come carnes; não mantém relações sexuais; não ingere álcool e evita ao máximo situações de estresse e nervosismo.

Mas, por quê?

- A carne que consumimos vem de animais mortos em abatedouros e a carne traz consigo todo o sofrimento daquele animal e isso interfere negativamente na energia do médium

- Refeições pesadas tendem a demorar a ser digeridas e durante esse processo causa a famosa moleza no corpo e isso interfere na disposição do médium.

- Álcool como todos sabem, altera o estado psicológico do indivíduo e, portanto, altera a disposição e atenção do médium.

- No sexo há troca de energias com a outra pessoa e há também um gasto excessivo da energia do próprio médium.

- Estresse/nervoso altera o psicológico e o estado emocional do médium e, dessa forma, recomenda-se que o médium esteja em paz consigo mesmo, equilibrado e em paz com seus irmãos e demais pessoas que o cercam.

Evitando todas essas situações o médium purifica seu corpo de dentro pra fora e acumula a energia que os guias necessitam para execução do trabalho.

Enfim, o preceito é um ritual umbandista, tem fundamento e o médium deve respeitá-lo e realizá-lo com amor. Todavia, a partir do momento em que dedicar-se à sua religião for um sacrifico realizado por obrigação, é aconselhável submeter-se a uma autoanálise a fim de saber se este é o caminho que te faz feliz.

Mas, meus irmãos, apenas uma observação e deixemos a hipocrisia de lado e usemos bastante o bom-senso:

O preceito é um ato de purificação e resguardo de força e não adianta nada o médium se entupir de carne e cachaça a semana inteira, viver uma vida sexualmente compulsiva e ainda ser aquela pessoa intragável ou que vive em desavença com os outros. Daí, chega a véspera da gira, o ser parece que virou um santo e chega no terreiro o próprio cordeiro imaculado.

Peraí, né?!

A semana tem 7 dias, o preceito dependendo da casa pode ser de 12h, 24h ou mais horas e aí o cidadão acha que 1 diazinho é suficiente para limpar seu corpo e concentrar sua energia. Ou o que é pior, enquanto está dentro do terreiro trata todos com muito amor, porém é só sair portão a fora se transforma ou retorna-se ao estado original de um sujeito desagradável e sem amor.

Cabe até um conselho que é bom sim e pra quem é bom entendedor, tem um valor maior que muitos tesouros:

Somos umbandistas, irmãos. Nossa religião prega o amor, a caridade, a humildade, a sabedoria. Mas, não viemos prontos e ao passar a conhecer a religião mais a fundo, percebemos que há muita coisa que precisamos eliminar em nós mesmos e muito a melhorar no nosso interior. É a famosa reforma íntima que é realizada dia a dia progressivamente.

A Umbanda é linda, irmãos e fascinante e precisa ser absorvida e integrada em nosso modo de vida. Não é fanatismo, é viver de acordo com o que se dissemina.

Vamos então mostrar ao mundo o quão é linda através dos nossos gestos e atitudes.

Axé, irmãozinhos de fé!

Saravá Umbanda!

Centro de Umbanda Iemanjá e Ogum Beira Mar




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13/06/2019

Erva Babosa (Aloe Vera)

Erva Babosa



Existem plantas, cuja capacidade de absorver e armazenar em si as centelhas divinas é admirável e por isso são verdadeiras panaceias para os males da humanidade.

Muitos no ocidente creditam este poder curativo ao chamado princípio-ativo da erva, mas a fitoterapia oriental dá todo o crédito ao princípio-ardente que o ser da planta consegue abarcar em si.

Um esplendido exemplo deste milagre é o Aloe vera, conhecido popularmente como babosa. Ela é uma planta suculenta da família das liliáceas.

Existem muitas variedades de babosa, porém somente o aloé vera é considerado seguro para ser ingerido in natura. As outras são drásticas e precisam ser dinamizadas para uso interno.

Americanos têm pesquisado bastante sobre a babosa e muitos médicos relatam curas surpreendentes em diversas áreas, desde queimaduras, inclusive as provocadas por radiação nuclear, passando por doenças da pele, dos aparelhos digestivo, circulatório, respiratório etc, até as mais terríveis, consideradas terminais.

As pesquisas comprovam que o gel do Aloe vera passado no corpo hidrata a pele, tira manchas, regenera o tecido celular e é o melhor filtro solar que existe!

É um anti-séptico natural com grande atividade bactericida, que penetra na pele e nos tecidos e destrói inúmeros vírus. É fungicida, antiinflamatório, detém a coceira e decompõe e elimina os tecidos mortos, inclusive o pus.

É altamente nutritivo, contém vitaminas, minerais e açucares, porém jamais deve ser ingerido por mulheres grávidas.

As folhas de Aloe vera (babosa) são colhidas após dois anos de plantio, quando atingem pleno poder curativo. As folhas recém-cortadas possuem efeitos terapêuticos bem mais poderosos que qualquer gel ou extrato de Aloe vera (babosa) industrializado.

Para os antigos egípcios, era auspicioso acercar-se da presença dessa planta, que acreditavam ser o ingrediente secreto responsável pela beleza de Cleópatra.

Tenho muita reverência e gratidão pelo ser dessa planta, que nos tem trazido benefícios extraordinários. A natureza provê cada coisa necessária para suprir as necessidades do ser humano e de todas as criaturas.

Meu coração transborda de alegria e louvor a Deus Pai-Mãe por existirem os aloés, que guardam em si aquelas centelhas de Graça para o momento em que precisarmos.

Babosa



Também conhecida como: aloé vulgaris, aloé barbadensis, caraguatá, erva babosa, aloé perfoliata, babosa-de-botica, babosa-folha-miúda, babosa-de-jardim, caraguatá-de-jardim. 

É indicada para banhos energéticos, de descarrego e defumações.

A erva e ou a planta denominada de BABOSA é considerada uma erva morna e ou equilibradora. Espiritualmente, está ligada aos problemas financeiros, pois aliado com benjoim e açafrão é um poderoso defumador para atrair bons negócios e abertura financeira. 

Apesar de sua polpa ser de difícil secagem, serve como componente para ligar os outros ingredientes da defumação. 

Especial para os que descuidam das próprias necessidades físicas e emocionais. Estresse, esgotamento, perfeccionismo, tensão, exaustão. Esgotamento físico e espiritual, prostração.

As Entidades indicam a erva BABOSA através de chás, emplastros, garrafadas e infusões para diversas finalidades para ações como cicatrizante, emoliente, estimulante, fungicida, hidratante, anestésico antiinflamatório.

O uso ritual desta erva na Tenda de Umbanda Luz e Caridade é através de banhos e defumações. Erva que vibra na irradiação do Orixá Omulu e está indicada para auxiliar a cura de diversas enfermidades tanto físicas como espirituais. Para a preparação do banho, ferver água e após deligar o fogo acrescentar o gel retirado de dentro da folha, deixar tampado até esfriar. Para defumações utilizar somente as folhas secas. Sempre alertamos que, em se tratando de tratamento espiritual, é prudente que seja indicado por guias espirituais em centros de Umbanda. (Blog Tulca).

Pesquisado por Ednay Melo
Fontes: Pousada Jardim do Eden / Apostila Pai Maneco




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22/05/2019

Importância do Preceito

Preceito


Muitos filhos não entendem o porquê dos preceitos, o "se guardar" antes dos trabalhos espirituais seja tão importante, não entendem, contudo não se questionam, não questionam seus dirigentes do porquê da necessidade de "se guardar", dos banhos pra se proteger, enfim...

Pois bem, quando você vai a uma celebração precisa estar vestido adequadamente, estar limpo também conforme exigem as normas de convivência.

Nos nossos trabalhos Espirituais, o preceito serve como uma preparação para os trabalhos que vão se realizar... é o momento em que suas Entidades vão retirar toda a carga negativa, toda sujidade espiritual que você possa ter acumulado durante a semana, vão equilibrar sua energia, seus chacras para que você possa ser útil a eles durante os trabalhos.

Trabalhos esses que visam auxiliar as pessoas nos seus mais diversos problemas: pessoas com problemas de vícios ou com entes queridos com problemas sérios com drogas, álcool, fumo... como poderá você doar sua energia para que uma Entidade possa retirar a energia desequilibrada de um alcoólatra, por exemplo, se você não guardou seu preceito e se acabou numa festa ou noitada movida a álcool?

Sua energia estará também empregada de eflúvios de álcool que terão o efeito de estimular neste assistido o desejo pelo vício que está destruindo a vida familiar e a saúde!

Entende, irmão a importância da sua participação ativa durante o trabalho das Entidades que te acompanham? Você é parte importante deste processo, a Entidade poderá fazer sem sua participação o trabalho de ajuda aos assistidos da casa? Sim e fará, claro! Contudo, não é isso o que você se comprometeu a fazer quando da oportunidade de vir como médium. Você solicitou oportunidade de ser útil aos sofredores, das mais diversas formas e na religião que você abraçou com amor, a Umbanda, uma delas é a mediunidade de incorporação mas, não é somente ceder seu corpo como instrumento às Entidades de Luz, mas agir consciente, ativamente para o Bem, para a cura, para o equilíbrio de muitos e seu próprio!

Nossos Guias para estarem em nosso meio que para eles é denso, pesado; precisam baixar a própria Luz para alcançar a nossa, chegam dias antes de nós à Casa a qual servimos, para preparar as defesas necessárias, as energias que serão usadas... que tal fazermos a nossa parte com mais consciência e amor e trabalharmos para aumentar a nossa Luz e assim sermos mais úteis a esses amigos que tanto nos ajudam?

Preceito não é somente abstinência de alcoólicos, carne ou sexo... é elevar-se através de pensamentos bons, sintonizar a Luz, sintonizar seus Guias, emanar desejos de luz e paz para os trabalhos que se realizarão na casa, por isso fazemos o preceito com antecedência; para que as energias densas que emitimos em contato com essas coisas tenha o tempo para se negativarem em nós e conseguirmos o equilíbrio para este momento tão maravilhoso que é poder ser útil ao Bem Maior.

O preceito bem observado te tornará parte integrante, funcional, ativa dentro de todo o Bem que seu Guia traz aqueles que buscam a sua casa e a nossa amada Umbanda!

Fonte: Umbandalizando






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20/05/2019

O Passe na Umbanda

O passe na umbanda


O passe é um dos métodos utilizados, principalmente nos centros espíritas, para o alívio ou cura dos sofrimentos das pessoas. Quando ministrado com fé, o passe é capaz de produzir verdadeiros prodígios. Têm como objetivo o reequilíbrio do corpo físico e espiritual. Porém, o seu efeito também dependerá do receptor do passe (assistente). É necessário que o “paciente assistido” esteja em sintonia com a espiritualidade presente, permanecendo em constante concentração e prece, mantendo bons pensamentos e vibrações.

Há três tipos específicos de passe: o Passe Magnético, quando aplicado pelo indivíduo encarnado; o Passe Espiritual, que realizado pela ação dos espíritos desencarnados; e o Passe Misto, onde os fluidos do médium se misturam com os da Espiritualidade. Essa última modalidade é a mais utilizada nos terreiros de Umbanda, onde os médiuns atuam incorporados com seus Caboclos, Pretos Velhos, Ibejadas e outras entidades para trabalhar no passe.

O passe é aplicado pelos médiuns de Terreiro incorporados com suas entidades. Dessa forma, a energia da entidade em sintonia com a energia do médium atuam juntas na corrente que é transmitida para o irmão ajudado.

Um fator característico do passe na Umbanda é que, na maioria dos terreiros, as entidades utilizam de outros elementos magísticos que auxiliam na aplicação do passe. É o caso, por exemplo, de vermos alguns Caboclos que fumam charutos, Pretos Velhos com seus cachimbos, Ibejadas com doces, etc.

Porém, nada disso é à toa. A entidade não chega simplesmente para fumar o charuto, ou o cachimbo. O fumo tem um elemento mágico que atua no etéreo e elimina larvas astrais que servem de parasitas espirituais no irmão necessitado de ajuda.

Dentro de um terreiro, o assistente fica na esfera fluídica da Casa, guardado por seus sentinelas e sob as suas firmezas. Mas, para ser bem sucedido, o passe depende muito, também, da pessoa que está recebendo as vibrações.

Os cuidados também são necessários, tanto da parte do médium quanto do assistente. O médium precisa manter uma boa relação com as suas entidades, e compreender delas a necessidade de seus elementos na aplicação do passe.

O assistente também deve fazer a sua parte, mantendo-se sempre em boa sintonia com o terreiro, buscando estar em prece, mantendo bons pensamentos, e acima de tudo, não deve pensar que o passe será a solução imediata para todos os seus problemas.

Além disso, para percebermos os resultados dos passes é necessário que haja o entendimento do trabalho realizado, a boa vontade de quem doa e o merecimento de quem recebe os fluidos.

Autor desconhecido





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27/03/2019

Fundamento ou Elemento de Rito?

Fundamento ou Elemento de Rito?

Venho observando através dos anos de prática mediúnica umbandista e de direção de terreiro, a enorme confusão que as pessoas fazem em relação a o que pode ou não ser considerado um terreiro de Umbanda.

Infelizmente, esquecendo-se que a premissa básica é a caridade que se pratica no local, o que determina que seja Umbanda, começam a confundir fundamentos com elementos de rito (ou culto), assim, tal qual senhores da verdade e profundos conhecedores, do que não sei até hoje, rotulam os nossos terreiros de umbanda isso, umbanda aquilo, umbanda aquilo outro, como se tivessem o direito de fazê-lo.

Visando auxiliar na minimização de barbaridades que são ditas é que tenho a ousadia, me perdoem os mais velhos, de escrever esse artigo.

Em primeiro lugar é fundamental estabelecermos algumas premissas básicas para o perfeito entendimento do que estou querendo passar e isso diz respeito a diferenciação do que seja “fundamento” de “elemento de rito”.

Fundamento: é tudo que existe velado, ou não, no terreiro que “fundamenta” e direciona o trabalho. Estabelece as linhas de forças trabalhadas e cultuadas, assim como a missão da Casa. Ou seja, interfere e determina o resultado final dos trabalhos realizados. É estabelecido pelo Alto. Exemplo: firmezas ou pontos de força estabelecidos no Congá.

Elemento de Rito: é tudo que existe, velado ou não, que presente ou não, não interfere no resultado final dos trabalhos e nem na missão da Casa. É estabelecido pelo sacerdote.

Clarificado isso, entro agora no ponto que gostaria de falar. O que determina realmente se um terreiro é de Umbanda?

Acredito que já esteja mais do que claro que Umbanda e Candomblé são religiões distintas que guardam muito mais diferenças do que semelhanças. Já o Omolocô, ou Umbanda traçada, ou umbandomblé, ou seja lá o nome que se queira dar a essa forma diferenciada de religião, é que costuma confundir os médiuns iniciantes.

Citarei alguns exemplos, sempre me referindo a umbanda por ser essa a minha religião, das demais nada entendo e nem me vejo na obrigação de entender, já que sou sacerdotisa de umbanda.

  • Na umbanda o atabaque é elemento de rito, ou seja, a presença ou não do atabaque NÃO interfere no RESULTADO final do trabalho. A gira pode ficar, e fica mesmo, mais alegre, mais “vibrante”, mas o resultado final é o mesmo. As entidades incorporam e fazem seu trabalho da mesma maneira.
  • As roupas (saias rodadas, etc.) são elemento de rito, o fato de serem brancas é que é fundamento, ou seja, se as mulheres trabalham com “baianas” rodadas ou sem roda, ou de jalecos não interfere no resultado final do trabalho. As roupas coloridas podem ser usadas em giras festivas. Vai da preferência do sacerdote.
  • Sacrifício de animal não é fundamento e muito menos elemento de rito da umbanda, entretanto é e tem fundamento em outras religiões.

Digo tudo isso porque o Centro Espiritualista Caboclo Pery - CECP já foi rotulado de “não umbanda” porque tem atabaques e porque eu uso baiana (saia rodada) e ojá (turbante). Óbvio que tudo isso é elemento de rito!

Já foi rotulado de “umbanda branca” e de “fraquinho” porque não faço sacrifício de animais e nem “devolvo trabalhos” ou faço “trabalhos de amarração”. Isso é mais do que fundamento, é respeito ao livre arbítrio!

Outros já disseram que parece uma igreja evangélica porque uso microfone. Vem cantar num terreiro que tem 153m² sem microfone prá ver se você tem voz no meio da gira!!! Ah! O uso do microfone não é fundamento, nem elemento de rito, tá?! E eu sei que Orixá não é surdo, entretanto as pessoas não escutam o que digo e nem o que canto. Bem, eu já fui criticada até por ter ventilador no terreiro!!

Esses simples exemplos servem apenas para ilustrar o que estou querendo dizer, diretamente aos médiuns que estão acostumados a criticar e rotular os terreiros dos outros, pois se acham os donos da verdade e adoram dar “conselhos” aos menos esclarecidos. Ah... Vaidade! Ah... Prepotência!!

É tão fácil e simples saber ou detectar se um terreiro é de umbanda ou não... Há caridade? Não há cobrança por trabalhos, consultas ou passes? Não há sacrifício de animais? Então é umbanda. Fácil, não?

O resto... Bem o resto (quase tudo) é elemento de rito. O que é o “quase tudo”?

Pergunte ao seu dirigente, ele certamente sabe!

No mais, vamos tomando nossos banhos, fazendo nossas orações, pegando nossas guias, as toalhas, vestindo nossa roupa branca e vamos trabalhar porque a umbanda precisa é de médiuns mais preocupados em servir do que de juízes. Não acredita em mim? Então pergunta para qualquer preto velho ou caboclo, porque são eles que fazem um terreiro de umbanda.

Iassan Ayporê Pery





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07/03/2019

Ferramentas de Trabalho do Guia ou Vaidade do Médium

Ferramentas de Trabalho do Guia ou Vaidade do Médium

APETRECHOS DE TRABALHO X ADORNOS DE VAIDADE

Todo tema em que tratamos falar de Umbanda como um todo, sempre irá esbarrar em insatisfação por parte de alguns, isso se dá pela polaridade de entendimento do culto de Umbanda.

Mas podemos exercitar (sem Julgar) o bom senso da racionalidade das coisas.

Vemos e ouvimos muitos exageros por terreiros em todo o Brasil; ficarei neste caso, restrito aos apetrechos utilizados pelos guias em forma de “ferramenta” de trabalho.

Apetrechos de trabalho pode-se dizer que é tudo aquilo que atua no campo magnético e/ou psíquico, tais como:

Guias de contas, terços, cocares, patuás, pembas, cuité, cachimbo, charutos, velas, facas e punhais, capas e cartolas (com Exu), chupetas e brinquedos (com Ibejada) etc... Tudo isso faz parte de uma tradição que podemos traduzir como FORMATO DE TRABALHO.

O Médico psiquiatra de quase nada se utiliza de apetrechos de trabalho, enquanto um Médico cirurgião usa uma gama sem fim de apetrechos de trabalho. Ambos são médicos, mas há variante da utilização de apetrechos, isso se dá pela função especifica de cada área atuante.

Igualmente são nossos Guias, para cada área de atuação (Missão) terá seus apetrechos de trabalho de acordo.

Então qual seria a desordem deste tema?

A VAIDADE que remete ao exagero!

O Cocar que um “caboclo usa”, quando passa de algo simbólico e de tamanho proporcional com a sua função (manter uma identidade) e passa para penachos volumosos grandes e multicoloridos, que nos lembram imediatamente escolas de samba. Isso seria um indicio forte de ADORNO e não mais APETRECHO DE TRABALHO.

Guias ou colares de contas são variadíssimos e cada escola tem sua própria forma de usá-las.

Contudo vemos alguns membros de fé com guias com pedras monstruosas de grande, com múltiplos balangandãs que podem até impressionar ao leigo, mas que cai no ridículo aos olhos de quem conhece fundamentação; piorando isso é a quantidade de Guias em um único pescoço; já tive a oportunidade de estar em um local que o “Médium” tinha entorno de 30 a 35 Guias (o numero é impreciso porque é até difícil de contar!) e se não bastasse, ainda trabalham do início ao fim com estes “500 quilos” de pedrinha de vidro; sim porque sinceramente não passam de bijuterias em alguém que quer impressionar outros "alguéns!"

Paramentos (roupas) que usamos para vibrar/identificar certas entidades. Cada escola tem a sua particularidade. Há as que usam somente o branco, há as que usam paramentos para Exus, há casas que usam paramentos diferenciados para cada linha. Isso é perfeitamente aceitável.

Mas a coisa passa a desandar quando vemos estes Paramentos virarem desfiles de moda:

“Caboclos” com roupas riquíssimas cheios de lantejoulas e etc..”. ´

“Pretos velhos” com toalhas bordada a ouro e cores que mais lembram baianas de escola de samba, o tradicional “Carijó” nestas casas nem aparecem!

“Exus” com paletó e sapatos de grife, para ficar melhor nada de Marafo, mas sim uísque importado, se não for o Exu não vem!

“Pombagiras” com salto agulha 16, chapéus que mais parecem barracas de praia e vestidos com valores próximo ao absurdo.

“Ibejadas” vestidas a caráter, mas chega-se ao cumulo de usar fraldas!

E porque e pra que tudo isso?

Porque em muitos casos é por ignorância e falta de conhecimento, mas na sua grade maioria é VAIDADE pura, puríssima.

Para quê?

Para aplacar suas frustrações e emoções e tendo como desculpa o “Guia” e a outro lado que é o “IMPRESSIONISMO”, onde o neófito em muitos casos fica vislumbrado com as coisas que olham (mas não enxergam!).

Umbanda meus caros amigos, é antes de tudo caridade, amor e simplicidade. Quando se distancia muito deste trino, está deixando de ser Umbanda, pelo menos na sua Essência maior, que é a EVOLUÇÃO ESPIRITUAL de cada individuo no culto.

Pai Mauro Simões





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27/01/2019

Cuidados com a Manipulação de Energias


Cuidados com a Manipulação de Energias

Todo umbandista esclarecido sabe que não existe magia, no sentido estrito da palavra. O que se convencionou chamar “magia” é, na verdade, a manipulação de energias sutis, retiradas de elementos materiais e somadas à energia da vontade daquele que realiza o “ato mágico”.

De um modo geral, as entidades que militam na Corrente Astral de Umbanda são exímias manipuladoras desses elementos e, por conseguinte, especialistas na ciência astral que conhecemos como magia.

Essas entidades conhecem as propriedades de velas, tabaco, água, álcool (manipulado sob a forma de bebidas), ervas, flores, cristais, além de símbolos e ícones, como roupas e fotografias de pessoas que são pedidas para a realização de trabalhos visando a efetuar curas ou descarregos, ou defesa espiritual de consulentes que não podem, ou não querem ir aos trabalhos.

O conhecimento das propriedades, aliado ao de como fazer, torna os trabalhos realizados em verdadeiras bençãos para aqueles a quem esses trabalhos são dirigidos, trazendo, saúde, paz, equilíbrio, harmonia, ou qualquer outra coisa de que o paciente esteja necessitando, sempre na medida do merecimento, é claro.

O que é absolutamente necessário saber sobre isso – e que infelizmente muitas pessoas desconhecem – é que os melhores remédios que já foram e são fabricados, se não forem utilizados de forma correta, podem se tornar prejudiciais, ou até mesmo fatais. Pois o mesmo acontece com os trabalhos de manipulação realizados na Umbanda.

Entidades umbralinas comprometidas com a prática do mal também são grandes manipuladoras e costumam utilizar os mesmos elementos manipulados pelas entidades benfeitoras, para produzir verdadeiras bombas astrais que são dirigidas contra aqueles que se encontram em suas listas de perseguição. A única diferença básica existente entre os materiais é que as entidades umbralinas costumam se servir de produtos de origem animal, como carne e sangue. Por essa razão, a Umbanda verdadeira, comprometida com o bem, jamais utiliza tais produtos em seus trabalhos, sob nenhuma hipótese, em nenhuma circunstância.

Mesmo assim, os malfeitores do astral não perdem uma oportunidade de fazer o seu trabalho e, nessa hora, qualquer coisa serve (cabe lembrar que entre presos, até mesmo uma caneta pode ser convertida em arma perigosa), por isso é necessário que se tenha o mais absoluto cuidado na prática de trabalhos de manipulação.

O umbandista esclarecido sabe que uma simples vela, acesa sem a devida orientação, pode ser mal utilizada e trazer resultados desastrosos, completamente diferentes daqueles que eram esperados, assim, o caminho seguro é sempre o de somente fazer aquilo que é devidamente orientado pelas entidades da casa, seguindo as orientações que forem dadas, sempre ao pé da letra, a fim de que o ato atinja realmente o objetivo pretendido.

Pouquíssimos encarnados detêm conhecimentos seguros na área da manipulação de energias sutis.

Essa ciência é ainda um monopólio das entidades atuantes e somente elas são capazes de orientar a maneira correta de se fazer um trabalho.

Por isso, irmão umbandista, seja cauteloso, seja prudente, esteja sempre vigilante e não ceda em nenhum momento à tentação de fazer qualquer tipo de trabalho por conta própria, contando com seus ínfimos conhecimentos aprendidos na prática costumeira dos terreiros. Muitas vezes um trabalho feito sem orientação, visando a fazer o bem a um ente querido, pode ter efeito totalmente contrário àquele pretendido e trazer conseqüências indesejadas, às vezes, até mesmo trágicas.

Sempre que sentir ser necessário fazer algum trabalho para si mesmo, ou para outra pessoa, busque a orientação de uma entidade de sua confiança, desde que essa entidade esteja atendendo dentro do terreiro, em condições de segurança habituais para os dias de trabalho.

Isso é sensatez.

NEU - Núcleo de Estudos Umbandistas - Brasília





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Uso das velas na Umbanda

Velas na umbanda

A vela é, com certeza, um dos símbolos mais representativos da Umbanda. Ela está presente no Congá, nos Pontos Riscados, nas oferendas e em quase todos os trabalhos de magia.

A vela desperta nas pessoas que acreditam em sua força mágica, uma forte sensação de poder. Ela funciona como uma alavanca psíquica, despertando os poderes extra-sensoriais em estado latente.

Muitos umbandistas acendem velas para seus Guias de forma automática, num ritual mecânico, sem nenhuma concentração. É preciso muita concentração e respeito ao acender uma vela, pois a energia emitida pela mente do médium irá englobar a energia do fogo e, juntas, irão vibrar no espaço cósmico, para atender a razão da queima dessa vela.

Se uma pessoa evoca suas forças mentais, com a ajuda da magia das velas, no sentido de ajudar alguém, irá receber em troca uma energia positiva; mas, se inverter o fluxo das energias psíquicas, utilizando-as para prejudicar qualquer pessoa, o retorno será infalível e as energias de retorno serão sempre mais fortes, pois voltam acrescidas da energia de quem as recebeu.

Ao acender velas para as almas, para o anjo-da-guarda, para os pretos-velhos, caboclos, para a firmeza de pontos, Congá, para um santo de sua preferência ou como oferenda aos Orixás, é importante que o umbandista saiba que a vela é muito mais para quem acende do que para quem está sendo acesa, tendo a mesma conotação do provérbio popular que diz: "A mão de quem dá uma flor, fica mais perfumada do que a de quem a recebe."

Não é conveniente, ao encontrar uma vela acesa no portão do cemitério, nas encruzilhadas, embaixo de uma árvore, ao lado de uma oferenda, apagá-la por brincadeira ou por outra razão. Devemos respeitar a fé das pessoas. Quem assim o cometer, deve ter em mente que poderá acarretar sérios problemas (desequilíbrio), de ordem espiritual, com sua atitude.


VELAS QUEBRADAS OU USADAS

Nos trabalhos de Umbanda existe uma grande preocupação com o uso de velas virgens ou que não estejam quebradas. A princípio pensei tratar-se de mera superstição, mas depois compreendi que a vela virgem estava isenta da magnetização de uma vela usada anteriormente, evitando assim um choque de energias, que geralmente anula o efeito do trabalho de magia. Somente no caso da vela quebrada encontrei um componente supersticioso: psicologicamente a pessoa acredita que um trabalho perfeito precisa de instrumentos perfeitos.


FÓSFORO OU ISQUEIRO

Em muitos Terreiros existe uma recomendação para só se acenderem velas com palitos de fósforos, evitando acendê-las com isqueiro ou em outra vela acesa.

Normalmente os Terreiros fazem uso de pólvora, chamada de fundanga, nos trabalhos de descarrego. O enxofre que a pólvora contém também está presente nos palitos de fósforo. Ao entrar em combustão, a chama repentina, dentro de um ambiente místico, provoca uma reação psicológica muito eficiente, além de alterar momentaneamente a atmosfera ao seu redor, devido à sua composição química em contato com o ar. A mente do médium capta essas vibrações que funcionam como um comando mental, autorizando-a a aumentar seu próprio campo vibratório, promovendo, desta forma, uma limpeza psíquica no ambiente. Não é a pólvora que faz a limpeza, mas a mente do médium, se ele conseguir ativá-la para este fim.


VELA DE SETE DIAS

Na Umbanda alguns médiuns ficam em dúvida sobre se a vela de sete dias tem a mesma eficiência de sete velas normais. Sabemos, de acordo com a Psicologia, que um comportamento pode ser modificado através do reforço. No fato de se acender uma vela, isoladamente, não há nenhum tipo de reforço que se baseie na repetição. Assim, ao acender uma vela durante sete dias, as pessoas são reforçadas diariamente em sua fé, e, repetindo os pedidos, dentro desse ritual de magia, ficam realmente com maiores probabilidades de despertar a própria mente e alcançar os seus propósitos. É importante que com a vela de sete dias, a pessoa faça orações diárias em frente a vela já acesa (grifo do Blog Tulca). Na prática, constatamos que dificilmente uma vela de sete dias queima durante todo esse tempo.


Lembretes:
Não recomendamos, aos Umbandistas, fazerem velas com restos de outras velas.

Os restos de velas estão impregnados das energias mentais de quem as acendeu. Aproveitar esses restos é o mesmo que querer aproveitar os restos dessas energias; como não sabemos com qual intenção as velas foram acesas, haverá fatalmente um choque entre diversas energias.

Se precisar apagar a vela que esteja sendo usada ritualisticamente, JAMAIS o faça soprando a vela. Velas de ritual só podem ser apagadas com abafador ou com os dedos, jamais sopre essas velas.

Amados Irmãos de Umbanda, chegaremos em um momento na Umbanda, em que o Homem deverá estar plenamente consciente de que sua força mental é a sua grande aliada e nunca a sua inimiga. Deverá libertar-se gradativamente dos valores exteriores criados por sua mente e valorizar-se mais. Seu grande desafio é superar a si mesmo. Em vez de acender uma vela, deverá acender sua chama interior e tornar-se um iluminado, e, com o brilho dessa chama sagrada, mostrar o caminho aos seus irmãos.

Do livro A Umbanda do III Milênio – Túlio Alves Ferreira – Editora Pensamento Ione Aires Yananda.






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13/01/2019

A Dança na Umbanda

A Dança na Umbanda

Lembramo-nos de uma conversa com um companheiro de nosso cazuá, o qual lembrava-se naquele instante de um ensinamento passado a ele por nossa mãe-de-santo há muitos anos: A força do Guia está na mente do médium.

O movimento rítmico é a linguagem fundamental para expressarmos aquilo que experienciamos interiormente e cujo significado encontra-se além da razão. Aquilo que não pode ser expresso somente por palavras, encontra um profundo sentido e expressão na dança ritualística.

Essa realidade da manifestação espiritual na Umbanda reside em experiências as mais remotas, que temos vivenciado desde nossas primeiras encarnações como seres humanos neste planeta Terra.

Cremos que as primeiras práticas religiosas surgem do contato direto que os homens primitivos encarnados tiveram com os Espíritos e com fenômenos co-relacionados a estas experiências transcendentes. A repetição destas experiências afixou-se em nossas estruturas inconscientes, as quais compartilhamos coletivamente (inconsciente coletivo).

A dança está, portanto, diretamente relacionada a cultura, a religião e a arte.

A palavra Reigen, ou dança em roda, é vista como herança dos ancestrais. Langer diz que "a dança em círculo realmente simboliza uma das realidades mais importantes da vida dos homens primitivos - o reino sagrado, o círculo mágico. O Reigen, enquanto forma de dança não tem nada a ver com o saltitar espontâneo; preenche uma função sagrada da dança - divide a esfera da santidade da esfera da existencia profana. Dessa maneira, ele cria o palco da dança, que se centraliza naturalmente no altar ou seu equivalente - o toten, o sacerdote, o fogo - ou talvez o urso abatido ou o chefe morto a ser consagrado" (Langer, apud Fatima 2001).

A dança ritualística corresponde a uma oração corporal, a prece em movimento. No entanto, durante a ascenção do Cristianismo na cultura ocidental, o corpo foi desconsiderado e visto como instrumento de pecado, merecendo, portanto, o repúdio. Por exemplo: entre os anos 465 e 1453 da era cristã, o ato da dança era considerado pecado gravíssimo perante a Igreja.

Assim, na cultura cristã, a prece passou a ser somente falada, pensada, mentalizada, tornando-se um ato mais abstrato e individualista.

Segundo cremos, a execução da dança ritual serve como instrumento de harmonização do indivíduo com o Cosmo, reordenando em si as forças do universo, reintegrando-as em nós mesmos.

A oração corporal, expressa pela dança ritual, coloca a prece em movimento, promovendo a harmonia entre espírito - mente - corpo, canalizando as energias transcendentes, advindas do mundo espiritual, e externando-as na dimensão material.

Sendo assim, sentir, pensar e agir, se tornam em movimento ritual (Fatima, 2001)

"O movimento sempre foi empregado com dois propósitos distintos: a consecução de valores tangíveis em todos os tipos de trabalho, e a abordagem de valores intangíveis na prece e na adoração. Ocorrem os mesmos movimentos corporais tanto no trabalho quanto na veneração religiosa, conquanto difira na sua significação em ambas as instâncias" (Laban, apud Fatima, 2001).

Na Umbanda, o fenômeno mediúnico consolida-se no movimento. Este, por sua vez, ocorre na dança ritualística, pela qual o médium comunica corporalmente seu estado de transe e deixa transparecer "o outro" espiritual que naquele momento apodera-se, mesmo que parcialmente, de sua mente.

"A dança, por isso, não é apenas a transparência do divino, assim como uma janela aberta, uma vista para o divino. A dança também não é uma viva imagem reminescente - a dança é, em tempo e espaço, um signo, um acontecimento visível, uma forma cinética para o invisível" (Wosien, apud Fatima 2001).

Hanna afirma que "dançar pode levar a estados alterados de consciência (que mudam os padrões fisiológicos na frequencia das ondas cerebrais, na adrenalina e no açucar do sangue) e, em consequencia, à alteração da ação social"(Hanna, apud Fatima 2001).

Isso implica que o médium, utilizando-se da dança ritual, perca o controle sobre si mesmo. O que é natural, pois para que possa haver o contato mediúnico, ou seja, para que a mente do médium possa ser acessada por outra mente (a do Guia), é necessário que por instantes este perca o controle sobre si mesmo.

Na dança ritual o médium libera a irradiação da energia espiritual de seu Guia, por meio da expressão mental manifesta no corpo. O Círculo feito durante a dança (em volta de si mesmo e em volta do centro imaginário do terreiro) afasta tudo o que se refere à consciência objetiva e individual do médium, concentrando ali somente o que há de espiritual e divino em si. Neste momento, tudo o que pertence a esta vida sai de cena para emergir do mais inconsciente do médium a sua realidade plena e espiritual, em união com o sagrado, o divino, o seu Orixá.

Fazendo uma analogia, o movimento circular, característica geral da dança ritualística, simboliza o arquétipo junguiano do Self (centro e totalidade da personalidade humana). O círculo possui uma propriedade simbólica de perfeição, ausência de divisão, homogeneidade (Almeida, 2005).

Na verdade, são quatro os símbolos fundamentais e universais: círculo, quadrado, cruz e centro.

O centro, além de ser um dos símbolos fundamentais, aparece na liturgia sempre associado a um dos outros símbolos, devido a idéia de movimento expressa por essa conjunção centro-eixo, presente na estrutura dos demais símbolos (cruz, círculo e quadrado).

Assim é que nas danças circulares sagradas, os movimentos rituais dão-se em relação a um centro disposto no local, geralmente simbolizado por um ou mais elementos tais como: vela, fita, imagem, símbolo cabalístico (ponto riscado, no caso da umbanda) ou a cruz. Tais elementos dispostos no centro do terreiro, têm a função referencial de conjução entre o terreno e o divino, espiritual e material, o "axis mundi" (ponto de ligação entre a Terra e o Céu).

Ao longo do transe, as entidades manifestadas pelos médiuns, executam danças e gestos que caracterizam e exprimem símbolos arquetípicos de caráter numinoso, como identificação da espiritualidade umbandista, como sejam os movimentos circulares ou em forma de cruz, as representações feitas (geralmemte com as mãos) simbolizando flechas, espadas, lanças, espelhos, pentes, laços, etc.

Sachs fala das danças medicinais xamânicas. Nestas práticas, o doente era colocado no centro do círculo, e o xamãn, médico, curandeiro, dirigia a dança circular, até que os dançarinos entrassem em êxtase, até que subjugassem aquele espírito da enfermidade que tomava aquele corpo doente, o afastassem, ou o possuindo em si mesmo (no sentido da possessão) pudessem vencê-lo (Almeida, 2005).

Aqui está um dos grandes sentidos de trabalhos de ordem espiritual, visando a cura (física, psíquica e espiritual) muitas vezes empregados pelos nossos Caboclos, principalmente, em nossas giras. A corrente mediúnica é mobilizada a trabalhar com seus guias, pela dança ritualística, em torno de um enfermo (geralmente posto ao centro ou a frente do conga) sob o qual serão direcionadas as irradiações dos Orixás e do qual serão retiradas e dispersas as negatividades de várias ordens.

A dança ritual também foca a atenção aos pés, conectando-nos com a Terra. O pé é o símbolo de nossa força, pois é ele quem nos mantém eretos. Pelos pés inicia-se o enraizamento de nossa vida psíquica, corpórea e espiritual (Almeida, 2005).

O médium em transe mantém os pés sempre em ligação com o chão, simbolizando a ligação com a Terra, a ancestralidade (os pés descalços relembram as danças dos Negros e dos Indígenas Brasileiros). O corpo do médium neste momento simboliza a memória coletiva de um povo e a tradição da cultura Umbandista.

A prática da dança ritualística de maneira ordenada e efetuada com conhecimento ocasiona uma condição de saúde mental, valoriza a imagem corporal do indivíduo e coloca-o em uma condição de relacionamento saudável consigo mesmo e com a coletividade.

Havíamos colocado uma perspectiva a respeito do princípio de Individualidade do ser humano, a qual manifesta-se pela multicorporeidade, ou seja, na existência de não só um, mas vários corpos. Estes corpos sutis são portadores de movimento/vibração, sendo que estes, ao movimentarem-se de maneira harmoniosa, promovem a homeostase, a condição de saúde (mental, emocional e física).

A dança ritual estabiliza estas estruturas, integrando-as com o corpo físico, abrindo campo para os estados alterados de consciência (estados superiores de consciência) em forma de transe mediúnico, conforme já havíamos salientado.

A essência da dança é holistica (Fatima, 2001), ou seja ela integra aspectos sociais, espirituais e cósmicos. Por conta disso, utilizamo-nos do movimento para expressarmos nossas tradições; o contato com o mundo espiritual; a alteração da consciência.

O sentido de irmos para dentro de nós, fazendo emergir a luz divina de nossa realidade mais essencial, porta pela qual "passam", de Aruanda para a Terra, os nossos Guias e Protetores, está em razão de podermos encontrar sempre, no fundo de nosso ser, a grandiosidade do Orixá que vive dentro de nós e possamos compartilhar com a vida os resultados desta busca, pela beleza e pela musicalidade de nossas práticas espirituais, profundas em sabedoria e sensibilidade.

Gregorio Lucio



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A Cura nos Terreiros Umbandistas

A Cura nos Terreiros Umbandistas

A umbanda vem recebendo um reconhecimento privilegiado nos campos de cura, a eficácia dos trabalhos terapêuticos na casas umbandistas vem exercendo grande impacto sobre as correntes espiritualistas; Até alguns centros kardecistas dos quais ainda exerciam certo tipo de preconceito contra o culto umbandista, vem fazendo apologia às praticas terapêuticas umbandistas.

Muitos são os fatores responsáveis por esse êxito nas práticas de cura umbandistas, um dos que não devemos nunca menosprezar, é o ectoplasma, uma fonte de energia do corpo espiritual facilmente manipulável e maleável existente em todos nós.

Muitos dos passes e simples terapias são resolvidos através da doação do ectoplasma, é claro que isso é apenas um dos métodos utilizados pelos médiuns e mentores dentro da liturgia umbandista. Também temos a cura através da imposição das mãos, onde somos condutores de energia do prana (Fluxo de energia disperso no Cósmico segundo os hindus) e através das mãos, direcionamos a energia até o ponto enfermo.

Como a Umbanda é universalista, e a cada dia que passa médiuns das mais diferentes doutrinas e mentores dos mais variados cantos do globo, atuam de uma forma íntegra e diferencial, a mediunidade evoluiu com o passar dos tempos, o conhecimento está próximo a todos e com isso, novas linhas de trabalho na Umbanda surgem para suprir a deficiência que talvez, um dia, tínhamos.

Existe até guias que utilizam princípios do reiki, e já presenciei um médium que não sabia de nada sobre a filosofia e o seu caboclo realizou um excelente trabalho, temos também o caso de um exu que fazia cirurgias espirituais e assim, com o vasto conhecimento existente no Universo, a Umbanda vem atuando sobre várias vertentes.

Em meu ponto de vista, devemos isso principalmente à Grande Vibração de Oxossi que atua na cura e de Omulu que atua na transmutação, sob essa egrégora, os mentores vêm exercendo papel fundamental para a diminuição das aflições dos irmãos da Terra, com os médiuns também evoluindo, possibilita-se uma integração singular entre médium e guia. A Mediunidade semiconsciente e consciente também é um dos grandes fatores, ocorre uma simbiose ímpar, o guia aprendendo e utilizando as faculdades inerentes do médium e o médium aprendendo com o guia atuando em uma troca fantástica de energia e conhecimento.

Também não devemos esquecer de nossas sagradas folhas, nossas miraculosas ervas que atuam como catalisadores para as mais variadas patologias existentes no campo físico e espiritual, ótimas para limpeza, para a cura e até atuando como condensador de energia para a queima de larvas e miasmas astrais. Com tudo isso, meu pensamento é rapidamente remetido à Perfeição Divina, tudo temos na Natureza, e a Umbanda antes de tudo, é o culto à Natureza, a todas as energias provenientes do Universo, e atuam em cada canto da vibração sutil dessa energia, as cachoeiras, as matas, os mares, entre outros vários. Até mesmo no cemitério, que é o campo santo da transmutação, o portal das almas.

O que mais me impressiona nesse Universalismo Umbandista, são os diferentes graus de conhecimento que cada guia traz, o conhecimento dos caboclos não são somente aqueles que se perderam no tempo, são aqueles também que foram rememorados nos dias hodiernos, as práticas ditas ancestrais, arcaicas ou primitivas, voltam a ocupar ênfase no dia de hoje, estamos vivendo uma era maravilhosa de resgate, com isso, a saúde mental será o prisma de tudo isso.

É a cura através da Magia, da simbiose energética, dos conhecimentos antigos orientais, é a Umbanda trazendo a evolução, provando que não temos somente um corpo físico, que quando curamos nosso corpo espiritual, nosso perispírito, estamos também curando ou evitando que um malefício se alastre também no corpo físico.

Percebe-se que na Umbanda temos um arsenal de técnicas para suprir as enfermidades dos adeptos que ali adentram, e isso ocorre nas mais variadas linhas, a Linha de ciganos trazendo seus conhecimentos que perduraram os séculos através de suas inigualáveis magias. Os sábios preto-velhos que trouxeram sua ciência oriunda do continente africano, miscigenada com o poder das ervas brasileiras, entre outras grandes correntes das sete linhas da Umbanda, cada qual com sua característica e sua ciência.

E devemos agradecer a essa perfeição Cósmica da qual estamos sempre sofrendo influência, e dessas maravilhosas vibrações que damos o nome de orixás, sob tais auspícios, nós médiuns com o auxílio do conhecimento de outro orbe, dos guias e mentores, conseguimos gradativamente infiltrar-nos ainda mais nessa gama de conhecimento existente no Cósmico e no corpo espiritual de cada consulente necessitado de ajuda.

Enfim… Uma série de fatores contribuiu para o grande êxito das curas nos nossos amados terreiros, e como sempre, pregando a humildade e o culto e respeito à natureza, galgaremos com grande sucesso, as escadas inerentes à nossa evolução espiritual.

E vale lembrar, também é muito importante um médium consciente de suas obrigações e que dedique seu tempo aos estudos, quanto mais rica é a cabeça do médium, maior sua serventia para o trabalho dos guias de luz.

Neófito da Luz



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09/01/2019

A Magia

A Magia

As palavras "magia", alquimia, transmutação, feitiçaria e correlatas, exercem um certo fascínio nas pessoas, acreditando, muitas vezes, que teriam o poder manipulando "poções mágicas", caldeirões, varinhas, etc., e que o seu uso numa determinada hora, numa determinada caverna, obteriam os resultados desejados. As vezes, não consigo conter o sorriso, quando alguns "esquisotéricos" se orgulham ou são idolatrados por "produzirem chuva".

Transmutar energias para movimentar o ar, expandir o fogo, contrair a água e coerir a terra é fácil, pois são magias que se processam externamente, manipulando-se "coisas concretas" e de fácil acesso. Agora, difícil mesmo é realizar a magia "interior", onde você trabalha com as "coisas abstratas", procurando transmutar a ira em paciência, a leviandade em firmeza, o receio em esperança, a soberba em humildade, a luxúria em castidade, o arrebatamento em prudência e o egoísmo em generosidade.

Têm-se que compreender que, na maioria das vezes, os grandes conflitos e "demandas" são interiores ou sejam, nós mesmos criamos o emaranhados de situações que ficam pululando em nossos pensamentos, sentimentos e, por decorrência, nas nossas ações.

O material aqui descrito, facilitará a busca e o encontro daquela paz interior, que todos necessitam e muitos anseiam.

Num primeiro momento, considerando distâncias, tempo e templos, você poderá dentro da linha justa, concretizar o que busca, mas cabe o alerta da simplicidade: com os preceitos/trabalhos aqui propostos, ao invés de manipular as energias etérea, eólica, ígnea, hídrica e telúrica, terá condições de irradiar, mover, expandir, conduzir e coerir, na sua essência e forma e na busca do auto-conhecimento, a fortaleza, o respeito, o entendimento, a sabedoria, a pureza, o conselho e justiça, que traduzem os atributos dos Orixás.

Antes, porém, esforçando-me em compreender a Umbanda em seu dogma, poderá parecer pretensão ou mesmo intransigência, visto não realizar ou mesmo não concordar com algumas práticas, que por deturpação, desinformação, ignorância ou mesmo dolo, alguns querem travesti-la de Umbanda. Sinto-me impelido a conduzir a voz à um punhado de Umbandistas, que em determinados momentos, devido a nossa natureza humana, ficam incomodados em ouvir acusações vãs e comentários agressivos, sobre determinadas práticas, que por não terem sustentação ou mesmo consistência, são impingidas ao Movimento Umbandista da atualidade.

São necessários alguns esclarecimentos às práticas inerentes à Sagrada Corrente Astral de Umbanda, pois são chegados novos tempos, onde algumas só têm aceite em planos astrais, sob a minha ótica, não muito iluminados. E, por estar comprometido em orientar àqueles, que não têm o necessário esclarecimento e estão "vagando" por "terreiros", alerto para evitarem sucumbir perante algumas hordas não muito nobres... Assim: Não se praticam ações que fujam ao bom senso; Não se questionam as origens das pessoas, em quaisquer sentidos: filosófico, étnico, religioso, social, econômico, político...; Não se impressionam ou mesmo não se assustam as pessoas que por ventura não estejam dentro desta ótica; Não se estimulam ou mesmo não levam as pessoas à exposições constrangedoras ou mesmo ridículas, na realização de preceitos; Não se realizam preceitos em locais inadequados; Não se praticam, inclusive questiono de forma veemente, quaisquer atividades que possam prejudicar as pessoas; E, não se agride o meio ambiente, pois temos de ser cônscios da necessidade de preservação dos sítios naturais (praias, cachoeiras, matas, rios, lagos e campinas, etc.), não só pelo fato de serem centros energéticos e sagrados, mas também absolutamente necessários à vida.

Em determinados momentos da vida, especialmente quando nos lançamos nos grandes desafios ou quando surgem obstáculos, por algum motivo muitos se acham sozinhos ou abandonados, ampliando aquilo que se interpõe à nossa frente, desestimulando transformar os nossos sonhos, quer sejam espirituais e materiais, em realizações. Magia "é ação da vontade" A realidade é que, por motivos vários, sentimo-nos solitários, entretanto, "Papai-do-Céu", através da Confraria dos Espíritos Ancestrais, manifesta-se em nós, ou seja, a força está com você ou melhor, está em você. Basta! Talvez, haja apenas a necessidade realizarmos pequenos estímulos para que percebamos.

A magia é única, ela está no todo. A determinação da magia como sendo branca ou negra, boa ou má, dependerá única e exclusivamente do direcionamento dado por cada um (Vontade). A magia pode ser ritualizada ou íntima, e poderá ser encontrada no ar, no fogo, na água e na terra, cabendo apenas a utilização inteligente, visando a sua aplicação adequada, em benefício próprio e de terceiros, buscando aquelas forças interiores, visto que ao fazermos algo para o bem, o "universo conspira a favor".

Quando se pratica magia, deseja-se que sejamos envolvidos pelas energias das Vibrações Originais (Orixás), bem como tenham-se reforçados os seus atributos e ações positivas e aliviadas as ações negativas. Por sua vez, quando se aborda a magia, temos de considerar que suas formas são interdependentes, ou sejam, utilizamos os nossos recursos físicos e abstratos, conscientes e inconscientes de modo a aplicar nossas habilidades mentais, visuais, auditivas, olfativas, degustativas e de tato.

Bom, para não ficarmos no pleonasmo, pois magia pressupõe movimento, poderia denominá-la de ritual, ação, magia, ... denominemos esta magia, como sendo o exercício da transformação porque nos induz a uma atividade dinâmica para mudança, bem com a utilização de recursos físicos. Sabemos, pois, se realizarmos ações por motivos considerados justos, com certeza, os estímulos necessários e adequados ocorrerão.

Ter conhecimento sobre Magia, implica em se ter poderes pessoais de ação e reação no plano astral, com ou sem a participação de antagonistas ou sejam, entidades espirituais.

Por sua vez, alguns aspectos devem ser levados em consideração, visto que ao movimentarem-se "Forças Sutis", para uso próprio ou de terceiros, deve-se levar em consideração o que é passível de merecimento, positivo ou negativo. Ações deletérias podem até surtir efeitos, entretanto ficarão registradas em "nossos arquivos kármicos", para cobrança no presente ou no futuro, desta ou de outra vida.

Thashamara







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