Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca: Mediunidade

15/05/2024

Necessidades do Médium na Incorporação

Médium espirrando


REFLEXOS E INCORPORAÇÃO

Movimentos instintivos e reflexos durante a incorporação são comuns, todos os reflexos do médium, o processo do corpo são comuns, por exemplo, uma tosse, um espirro, assim como os batimentos do coração e a respiração.

As reações do corpo não interferem na incorporação, o fato de um médium estar incorporado e tossir, ou espirrar, não quer dizer que ele não esteja incorporado.

Portanto meu irmãos, não vamos julgar ou criticar aqueles médiuns que quando incorporados, tossem, espirram ou limpam o suor do rosto, isso é um processo comum de nós seres humanos e o fato de estarmos com uma entidade manifestada não quer dizer que nosso processo seja paralisado e tudo que faz parte do nosso momento (uma gripe, um resfriado) vai sumir enquanto estivermos incorporados, isso não é motivo de saírem falando que ali não tem entidade nenhuma.

A.D.

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PODE O MÉDIUM INCORPORADO TOSSIR E ESPIRRAR?

Mas é claro que sim! Se o médium espirra ou tosse, é porque o corpo dele precisa desses atos para manter o seu bem estar. Alguns podem pensar “que pergunta mais boba! Que resposta mais óbvia!”, porém, ainda observamos muitos resquícios da necessidade de comprovar a veracidade da incorporação.

Para muitos, o médium não pode tossir, espirrar, sentir dor, ter vontade de ir no banheiro, cair, sentir fome, sede, cansaço. Ele é quase uma máquina, ou um super-homem, e a entidade ali presente supostamente anularia todas essas sensações físicas.

Porém, a realidade é bem diferente. O médium é humano como todos nós, vulnerável e portador de um corpo físico com todas as suas fraquezas. E a entidade não precisa provar que está presente, não necessita realizar nenhum feito antinatural. Ela vem, antes de tudo, para nos aconselhar, auxiliar, trazer força e sabedoria para nosso dia-a-dia.

Não espere que o guia realize um ato sobrenatural. É respeitando as leis da natureza que ele firmou sua sabedoria. Embora fenômenos inexplicáveis ainda acontecem, eles ocorrem quando a própria espiritualidade assim o deseja. Tudo tem um bom propósito, as entidades não fazem nada apenas para satisfazer nosso ego e vaidade. Portanto, vamos ter mais lucidez em nossas manifestações mediúnicas.

Diego Paiva Pimentel



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26/03/2024

Postura no Terreiro

Médiuns de umbanda


Você já deve ter conhecido um médium que entra na corrente já se sacudindo, que na primeira oportunidade incorpora antes mesmo do dirigente da casa; ainda durante a salva, já está cambaleando dizendo que não consegue segurar a energia e que precisa dar passagem à Entidade... Isso tem nome, e se chama INDISCIPLINA! Um Médium sério, que respeita suas Entidades, a Hierarquia e principalmente o comando de sua casa, sabe que suas Entidades estão ali e não necessariamente precisam estar em terra para trabalhar.

Outro comportamento muito típico de Médiuns indisciplinados, é entrar para a gira cheios de guias no pescoço, apetrechos para as Entidades, charuto na boca, mas na hora do louvor não sabem cantar um único ponto ou mesmo simplesmente decidem não cantar; esquecem que o ponto é uma oração, portanto cantar, bater palma, firmar cabeça, faz parte do trabalho.

Muito diferente são aqueles Médiuns que zelam e respeitam a sua casa, sabem valorizar o chão que pisam, e isso no sentido literal mesmo!!! Médium comprometido não chega no terreiro em cima da hora, sem preocupar-se em saber quem foram os irmãos que prepararam o espaço antecipadamente para receber você, os trabalhadores e consulentes da casa. Um Médium realmente comprometido se preocupa em participar da limpeza do espaço, tira o lixo, atende a assistência, ajuda no que for preciso, porque entende que está ali aprendendo a exercitar sua humilde e, principalmente, demonstrando seu amor pela casa.

Médium que chega em dia de função e pensa que "trabalhar" é só incorporar, e ainda por cima, acha que está fazendo muito, não sabe o que é Umbanda, e nem sequer chegou no primeiro degrau da sua longa e vagarosa escada chamada evolução

Vamos juntos fazer uma reflexão, lhe pergunto: você realmente ama e tem se dedicado a sua Casa, ou pelo menos tem demonstrado seu respeito por esse chão sagrado? Tudo faz parte do seu crescimento e evolução, e isso não só espiritual, mas como pessoa que tem entendimento e sabe de sua responsabilidade junto ao acordo feito quando expressou seu desejo de fazer parte desta corrente mediúnica.

E ainda sobre a corrente, não se preocupe, os Guias sabem e conhecem as necessidades não só da casa, mas de cada filho, e dos trabalho ali prestados, Eles nos ouvem, logo, não existe essa de "meu Guia tem que trabalhar" ou "eu não consigo segurar", porque quando você decide faltar a gira pra ir a uma festinha, pra fazer uma viagem, ou mesmo pela sua total falta de comprometimento, seus Guias não precisam trabalhar não é mesmo? ENTIDADE NÃO É TIRANA, nem tão pouco vai transformar seu aparelho num escravo.

O que muitos precisam, é tomar cuidado com sua presunção, é achar que não estão sendo observados; mas lhes digo, sua evolução e crescimento espiritual também dependem do quanto você se doa à caridade e à sua casa. Disciplina e respeito são a chave do negócio, portanto, ao chegar em seu Terreiro, peça benção aos mais velhos, procure algo que possa fazer para ser útil, durante as giras cante, bata palmas, ajude no que você puder, após o término cumpra sua obrigação que é entregar o terreiro limpo, e principalmente respeite seus irmãos, respeite a casa que lhe acolheu com tanto amor e confiou em você.

A.D.



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31/07/2023

Sem vontade de ir para o Terreiro

Sem vontade de ir para o terreiro


Quem nunca sentiu aquele desânimo antes de ir a uma gira?

Quem já quase não desistiu de ir ao Terreiro?

Isso acontece com todos e é absolutamente normal.

O problema na maioria das vezes não está em você ou no cansaço decorrente a um dia de trabalho... Mas sim nas vibrações que estão ao seu redor.

Para dez Guias espirituais (espíritos de luz) há cerca de mil espíritos obsessores, os quais dependem de nossas vibrações e o nosso atraso para que ganhem forças. A maior estratégia de um obsessor é desproteger, então lhe pergunto: Onde você ganha mais proteção espiritual? Exatamente, no centro de Umbanda, no Terreiro!

Já diziam: Orai e vigiai!

Não diziam a toa, estamos sim regados de proteção... Mas que se coloca cada vez mais próxima de nós se tiver a nossa colaboração. E como colaborar?

Vigiando e orando, usando o nosso livre arbítrio para que sejamos um ímã a atrair as boas vibrações. E elas automaticamente afastarem as más vibrações.

Quando aquele desânimo bater, não o deixe entrar. Use de suas ferramentas, que são as diversas formas de comunicação com o Sagrado: Reze, faça uma oração com um copo de água, afirme seus pensamentos, tome aquele banho de ervas (banho de defesa contra más vibrações), lute contra esses obsessores atraindo as boas vibrações se provendo de proteção espiritual e posteriormente ao ir para o Terreiro... Se edificando e afastando o mal de vez.

Olha que engraçado, mesmo desanimado, quando você insiste e vai ao Terreiro, chegando lá o ânimo volta e você sai de lá renovado, mas porquê?

Porque obsessores não entram em locais como um centro de Umbanda (temos nossos guardiões).

Obsessores tentarão te convencer a não ir se proteger e tentando lhe impedir de crescer espiritualmente. Portanto, lute contra esse desânimo, com absoluta certeza ele não faz parte de seu cansaço.

Obsessores usam o cansaço do dia para um impulso a lhe impedir de se proteger, lhe deixando dez vezes com a sensação de estar ainda mais estafado... Não seja um alvo fácil!!!

E não é só sensação de cansaço não, eles também induzem todo tipo de pensamento ruim contra o terreiro ou contra alguém de lá. Induzem o pensamento de que qualquer mal estar ou doença que tenha seja culpa do terreiro. Eles não querem te ver no lugar certo para a sua evolução, te querem desprotegidos para continuarem te dominando.

Lute, resista e persevere em suas obrigações com o Sagrado e com o Terreiro, e lute contra os maus pensamentos.

A.D.


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26/07/2023

Eu não Tenho uma Mediunidade Forte

Eu não tenho uma mediunidade forte


Eu não tenho uma mediunidade forte, nunca nem cheguei perto disso. Não sou daquelas pessoas que olham e dizem “esse daí tá incorporado de verdade”.  Ao contrário, não sou muito o médium mais popular.

Também não diria que minhas incorporações são bonitas. Os movimentos, tanto na chegada quanto na ida, são simples e comuns. E rápidas, mal dá para cantar os pontos. Não porque acelero, é só o meu jeito mesmo.

Quando passam com as entidades que trabalho, elas não adivinham toda a vida da pessoa. Não prometem solução certeira, não respondem se o relacionamento vai dar certo ou não.

O milagre, coisa mais rara de se ver. Melhor falar em tratamento, que é lento, exige muito do consulente, com seus altos e baixos. Se preciso, os guias orientam procurar médico, cuidar da saúde, movimentar o corpo.

Seria eu um médium sábio? Mais difícil ainda de afirmar. Durante os atendimentos, tantas vezes escuto situações que não tenho ideia em como ajudar. Ainda bem que são as entidades a responder.

Passo por dificuldades na vida como qualquer pessoa. Às vezes as contas apertam, há conflitos nos relacionamentos, a gripe me pega. Fico triste, desanimado e confuso, forço-me a sair da cama.

Minha fé também não é inabalável. Há momentos que duvido, que quero desistir, fico inseguro com as minhas escolhas, questiono o sagrado. Há dias que vamos no terreiro mais por hábito do que por vontade legítima.

Não tenho todas as respostas, estou longe de saber tudo. Assusta-me quando alguém pede orientações que impactarão toda a vida dela, assim como me assusta quando alguém deposita em mim e na minha mediunidade a esperança de mudarem sua vida.

Por que realizo essas confissões? Tenho refletido em como nossa religião perde quando cria um ideal de médium “forte e firme”. Aquele que teria uma mediunidade inquestionável, totalmente confiável, capaz de assegurar a solução dos nossos problemas e dar respostas às nossas angústias.

Entretanto, quando observo a realidade dos terreiros, não é isso o que eu encontro. E sim, médiuns que enfrentam os mesmos conflitos que eu, mas buscam mascará-la através dessa roupagem de “médium forte”.

É preciso humanizar nossa relação com o sagrado, numa abertura e honestidade com nossos sentimentos. Não são as entidades que cobram esse ideal de “médium forte”, mas os próprios irmãos de corrente e consulentes. Resgatemos um desenvolvimento espiritual que não se baseie no olhar do outro, mas antes, num verdadeiro crescimento interior.

A.D.



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21/03/2023

Mediunidade e Saúde Mental


Desde tempos remotos, as experiências espirituais têm sido objeto de discussão nas mais diversas esferas da sociedade, de céticos a religiosos. São inúmeras as interpretações de sua origem e, ainda que não haja uma resposta definitiva, a comunidade científica tem se dedicado cada vez mais ao tema nos últimos anos. Atualmente, o Brasil é o 5º país que mais produz pesquisa em espiritualidade e saúde, segundo busca na base de dados Scopus realizada pelo pesquisador e psiquiatra Alexander Moreira de Almeida – um dos mais reconhecidos estudiosos do assunto, e que hoje compõe o Nupes (Núcleo de Pesquisa em Espiritualidade e Saúde), vinculado à Universidade Federal de Juiz de Fora.

Na Universidade de São Paulo, as pesquisas se iniciaram no final dos anos 1990. Nesse começo, é relevante citar a fundação do Neper (Núcleo de Problemas Espirituais e Religiosos) em 1999, da qual participou Alexander. Ele conta que o Neper foi o primeiro grupo acadêmico de estudo sistemático de medicina e espiritualidade no país, e continua em atividade até hoje, mas com o nome de ProSER (Programa de Saúde, Espiritualidade e Religiosidade).

Grandes nomes da Psiquiatria e da Psicologia, no entanto, já haviam tomado a espiritualidade enquanto objeto de análise, como Sigmund Freud, Carl Jung, William James, Pierre Janet e Friedrich Meyer. Dentre as principais hipóteses já levantadas, há uma grande diversidade: a experiência mediúnica seria uma manifestação do inconsciente do indivíduo; ela estaria relacionada à patologia, sendo um quadro psicótico; as pessoas que vivenciam esse fenômeno teriam, de fato, acesso a informações paranormais, tendo uma expansão de sua capacidade mental e uma percepção extrassensorial; ou, ainda, elas teriam um contato real com outra dimensão e outras consciências extracorpóreas.

Por ser um assunto de grande complexidade, que perpassa questões culturais e religiosas, abordá-lo a partir de observações científicas pode ser desafiador. Essa foi uma das principais preocupações de Alexander, ele conta, ao desenvolver sua tese de doutorado em 2004, intitulada Fenomenologia das experiências mediúnicas, perfil e psicopatologia de médiuns espíritas, pelo Instituto de Psiquiatria da FMUSP. De acordo com o pesquisador, toma-se como ponto de partida o fato de que essas manifestações sempre existiram; o que se põe em discussão são tópicos como suas causas, por exemplo. “Nós consideramos médiuns as pessoas que referem estar sob influência ou ter o contato com uma dimensão espiritual. Se elas estão ou não em contato, isso é um outro tópico”, afirma. “A experiência em si, o que a pessoa vivencia, é o que a ciência vai investigar – e isso é um fato.”

A sua tese, portanto, teve como objetivo central estudar questões de fenomenologia que envolvem os médiuns, avaliando também seu perfil sociodemográfico, sua saúde mental e o histórico de suas experiências. Para isso, Alexander contou com entrevistas e aplicações de escala de 115 médiuns espíritas em atividade, selecionando aleatoriamente em centros espíritas da cidade de São Paulo. “Posso perguntar o que ela sente, como ela sente, como ela vê o que chama de espírito. E posso relacionar essas experiências-relatos com outros dados. Por exemplo, as pessoas que referem ouvir mais vozes de espíritos têm mais ou menos depressão? Mais ou menos dificuldade de inserção social?”, diz Alexander. “Então, nesse sentido, a gente consegue estudar a religiosidade como fato objetivo, como qualquer outro dado.”

Assim, o estudo considerou como médiuns pessoas que tinham visões, ouviam coisas ou tinham um transe completo, chamado de incorporação. Os resultados apontaram participantes mentalmente saudáveis, com uma razoável adequação social e altos níveis socioeducacionais. Além disso, indícios da psicofonia – para os espíritas, a comunicação de espíritos através da voz do médium – foram definidos como a sensação de presença e diferentes sintomas físicos, além de sentimentos e sensações não reconhecidas como do indivíduo. O mesmo vale para a intuição, que, por sua vez, está relacionada ao surgimento de pensamentos que a pessoa não identifica como sua. A audição e a vidência, ainda, foram caracterizadas pela percepção de imagens ou vozes interna ou externamente.

De acordo com Alexander, foi ainda apresentado que quanto maior era a frequência dessas experiências, melhor era a saúde mental desses médiuns; e essa saúde mental era, ainda, melhor do que a da população em geral. Outra conclusão importante da tese foi que a maioria dos participantes tiveram o início de suas experiências mediúnicas na infância, muitas vezes gerando sofrimento pelo não entendimento dos fenômenos, mas sendo posteriormente integradas de modo positivo em seus cotidianos.

A importância do diagnóstico diferencial

A constatação de que essas vivências alucinatórias ou de influência não necessariamente implicam em um diagnóstico de esquizofrenia, por exemplo, traz à tona a necessidade de distinção entre tais condições por parte da comunidade médica. “É preciso tomar cuidado para não ‘patologizar’ uma experiência normal, mas nem o inverso – ou seja, não achar que é normal uma experiência patológica”, afirma o pesquisador. A questão, por sua vez, tem sido muito investigada. Alexander faz parte de um grupo de trabalho da OMS (Organização Mundial da Saúde) que faz essa análise e que trabalhou com uma proposta para o CID-11 – a próxima versão da Classificação Internacional das Doenças.

Segundo o pesquisador, há alguns critérios que ajudam a fazer essa diferenciação, ainda que não sejam absolutos. Um deles é o sofrimento que a experiência causa no indivíduo, gerando empecilhos em seu convívio social e impossibilitando o desenvolvimento de atividades diárias, como o trabalho ou o estudo. Além disso, há outros sintomas específicos que estão presentes em um quadro de esquizofrenia, como a desorganização cognitiva, que prejudica a capacidade de raciocínio. São sintomas negativos, que não acontecem na experiência espiritual, segundo Alexander. “A pessoa saudável, de modo geral, tem uma certa noção de que aquilo ali pode não ser bem compreendido pelos outros. Ela tem um insight sobre o problema”, acrescenta. Outro ponto é o controle sobre a experiência – com o tempo, o indivíduo que não possui uma condição patológica consegue lidar com essas manifestações, extraindo até mesmo benefícios delas. “Ela gera até um aprimoramento de sua personalidade e do seu bem-estar, diferente da doença mental”, diz.

Desde 2004, entretanto, avanços aconteceram na área. Evidências disso são a criação de uma comissão de estudos e pesquisa em espiritualidade e saúde mental pela Associação Brasileira de Psiquiatria e o I Encontro Global de Espiritualidade e Saúde Mental no Congresso Brasileiro de Psiquiatria, ocorrido em Florianópolis, no ano de 2005. Além disso, a Associação Mundial de Psiquiatria agora tem uma seção dedicada à espiritualidade e psiquiatria, da qual Alexander é o coordenador, e que publicou, em 2016, um position statement – ou seja, uma normativa – acerca da importância de psiquiatras conhecerem a espiritualidade de seus pacientes.

Mas, mesmo que a visão acerca dos impactos da espiritualidade na saúde tenha se modificado muito, há ainda alguns desafios a serem ultrapassados na área. Dentre eles, o pesquisador cita a importância de se aprofundar os conhecimentos sobre diagnóstico diferencial entre experiências patológicas e saudáveis. A tentativa de entender a origem dessa experiência, por sua vez, também entra na lista de desafios. Alexander, ainda, fala sobre a necessidade de se estudar as formas como a espiritualidade influencia a saúde das pessoas, além da melhor maneira de aplicar esses conhecimentos na prática clínica. “Não se trata de doutrinar alguém, de converter a pessoa para uma visão religiosa ou anti-religiosa. Jamais impor qualquer visão é muito importante”, diz. “Mas trata-se de trabalhar com a religiosidade, espiritualidade do paciente.”

Agência Universitária de Notícias


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 TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS E MEDIUNIDADE: UM OLHAR DA PSIQUIATRIA
E ESPIRITISMO - DR. LEONARDO MACHADO







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30/01/2023

Surra de Guias na Umbanda

Surra de Guias na Umbanda


Com certeza você já escutou algumas histórias a respeito. Questionamos, isso é verdade? Acontece mesmo?

É preciso dentro da prática da mediunidade se usar do bom senso, sabendo quando é o médium e quando é o Guia.

Ainda hoje, a mediunidade de Umbanda é encarada como algo fantástico, missionário e ao mesmo tempo ilusivo, tanto por dirigentes "parados no tempo", quanto por médiuns "fascinados pelo fenômeno". Já é hora de reconstruirmos alguns conceitos criados e alimentados como verdades dentro da Umbanda que é linda e simples.

Médiuns de Umbanda, precisam sim de muito estudo e pesquisa dentro da questão mediúnica em geral;

Mediunidade não se desenvolve em alguns meses dentro do terreiro e sim, para ao longo da vida, pois estamos ainda sendo despertados dentro desta questão;

Guias que se propõem a fazer a caridade, aconselhar e amparar os necessitados, não se voltam e punem seus médiuns, pois existe a lei do LIVRE ARBÍTRIO que impera em nosso planeta;

Médium que assim diz estar sofrendo tais surras, precisa fazer uma revisão de seus estudos e da casa que frequenta, se assim o dirigente apoia tal ato.

Já é hora de sair da caixinha dentro da Umbanda que ainda sofre grande preconceito em função de ensinamentos que absolutamente nada tem a ver com a essência da Umbanda.

Deve-se estudar mais a proposta do CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS, resgatar a simplicidade dentro da prática Umbandista e se estudar um pouco mais a respeito das obsessões. Muitos médiuns que afirmam levar tais surras, muitas vezes estão sobre forte impacto emocional e despreparo moral em suas vidas pessoais. Se encontrando a frente de seu grupo de trabalho e não tendo argumentos para justificarem suas posturas e escolhas perante a vida desregrada que levam, culpam e responsabilizam os Guias que segundo os mesmo os punem, dando a entender que estão sobre processo de correção, quando na verdade, a verdadeira mudança ocorre com CONSCIENTIZAÇÃO e não PUNIÇÃO.

Espiritualizar a Umbanda não é somente abordarmos as questões ritualísticas, mas morais dentro da prática de terreiro e fora, com a atenção às escolhas que cada médium faz.

Guias não dão surras, somente se afastam do médium indisciplinado mas antes, com certeza, tentarão desperta-lo para que o mesmo se corrija pelo caminho mais simples.

Fica aqui a nossa dica para reflexão...

Géro Maita




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19/01/2023

Paciência no Desenvolvimento Mediúnico

Paciência no Desenvolvimento Mediúnico


É impressionante a pressa que alguns médiuns iniciantes têm, em mal entrar em um Terreiro de Umbanda, e já "sair incorporando". Entendemos a pressa do médium em "começar a fazer caridade", mas é fundamental que se entenda que não é somente "dando incorporação" que a caridade é feita. Além do mais, se este for mesmo o tipo de mediunidade da pessoa, há que se esperar e se certificar de inúmeros fatores antes de "colocar o médium para dar consulta".

É claro que cabe ao Dirigente EXPLICAR e ORIENTAR que tudo tem seu tempo e sua hora, que o desenvolvimento mediúnico não ocorre exatamente igual com todos... mas muitas pessoas ficam dizendo que antes de entrar para o terreiro incorporavam "por nada", no trabalho, na escola, lendo, etc, praticamente exigindo ou "culpando" o Terreiro por não estar incorporando agora.

Por que isto acontece? Simples. Enquanto o médium não entra para uma corrente, a sua mediunidade fica absolutamente sem disciplina e sem doutrina, a partir do momento que ingressa, que passa a fazer parte da corrente de um terreiro, tanto médium quanto entidades passarão por um processo de adaptação e aprendizado, que visa disciplinar tanto um quanto outro. Além do mais, como ter certeza que era realmente incorporação e não simples animismo, ou descontrole emocional e nervoso?

É fundamental esse tempo, para que todas as orientações possam ser absorvidas e compreendidas. Apressar qualquer processo de desenvolvimento mediúnico, querer queimar etapas, que se existem, são importantes, é certamente colocar em risco todo o processo. Lições que deveriam ser absorvidas, são apenas ultrapassadas, sem a devida confirmação de aprendizado. Precipitar o processo pode acarretar em desânimo e frustração no futuro, pode transformar um bom médium num embusteiro, num vaidoso e talvez até fazendo com que se desvie do caminho, culpando a Umbanda pela incompetência do dirigente em explicar e orientar e do médium em esperar. Além do mais, quando isto acontece é justamente para se ver a determinação do médium, se ele realmente deseja fazer caridade, ser umbandista, ou está apenas empolgado.

Portanto lembrem-se, quando tratamos de desenvolvimento mediúnico falamos em processo, onde a pressa é inimiga da compreensão e, consequentemente, da evolução.

Mãe Iassan Ayporê Pery



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22/11/2022

O Médium não é um Simples Aparelho

O Médium não é um Simples Aparelho


O ritual de Umbanda tem como um dos seus eixos principais o exercício da mediunidade.

Nos terreiros, sua expressão mais comum é por meio da incorporação. Por ela, somos presenteados pela incrível oportunidade de conversarmos diretamente com os mentores das elevadas esferas espirituais, receber conselhos e orientações, além de todo trabalho energético através do passe e descarrego.

No entanto, mais do que se costuma admitir, os médiuns possuem uma larga influência no trabalho das entidades, a variar dependendo do seu preparo e concentração. Toda mensagem, invariavelmente, passa por seu ser antes de expresso aos consulentes, isto implica, antes de tudo, sua enorme responsabilidade frente ao compromisso que assumiu!

E isto é válido mesmo para os que se dizem inconscientes, se é que realmente ainda existam tais médiuns! Uma vez que não se lembrar de nada não significa que não possa de alguma forma ter influenciado o atendimento.

O médium não é um simples aparelho capaz de reproduzir mecanicamente as mensagens que vêm do alto. Ele tem a sua história, visão de mundo, valores, conhecimentos e doutrinas particulares. E quando o guia transmite suas ideias em seus atendimentos, ela assume as formas mentais que encontra no seu “cavalo".

Com o desenvolvimento, o tempo e a experiência, o médium aprende a tornar-se passivo, silenciando e aquietando o seu interior, ele permite que o guia assuma à frente. É um longo exercício e intensa batalha interna, até que chega o dia em que ele entende que precisa simplesmente confiar e se entregar.

No entanto, o médium nunca se anula complemente, ele sempre está lá, presente, dando forma às palavras que são transmitidas. É preciso reforçar constantemente isso!

São muitos os médiuns que se desesperam com a ilusão de que haverá o momento em que suas mentes sofrerão um apagão e depois disso não existirá mais nada a se preocupar.

Vou repetir: Durante a incorporação, o médium nunca deixa de estar presente. E, por esta razão, exige-se dele preparo e responsabilidade.

Os guias são forças sutis! Mesmo os Exus e Pombagiras, que costumamos dizer que apresentam energias mais densas estão em um nível vibratório muito maior que o nosso. Segue-se que, para que haja um acoplamento mediúnico é preciso que o próprio médium busque elevar sua vibração e tornar sua energia mais sutil.

A mediunidade exige alguns sacrifícios pessoais. Mais vale, em algumas situações, calar-se diante do convite ao conflito do que perder a firme sintonia com seus guias e protetores.

Eliminar as brigas, discussões, pensamentos negativos, rancores, palavras de baixa vibração... Todas essas práticas nos afastam da espiritualidade e, tenha certeza, interferem no seu processo de incorporação.

Lembre-se de que através de sua mediunidade, virão pessoas se consultar com todos os tipos de problemas, alguns, muito graves. É uma enorme responsabilidade!

Se você assumiu este compromisso, tem o dever de estar o mais preparado possível no dia da gira. Esta é a sua única tarefa, uma vez que quem exerce a caridade é o guia e não médium.

Acima de tudo, o médium deve buscar o seu desenvolvimento moral. O coração que vibra amor impulsiona a todos para mais próximo do Pai Maior e é essa a nossa missão! Quanto mais elevados os pensamentos, e mais puros os sentimentos e tanto mais compromissado nos colocamos com a prática da Umbanda, mais perfeita é a sintonia para com nossos guias e protetores.

Lembrem-se:
"Bons médiuns, bons Guias"

Autor desconhecido



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28/10/2022

Você é Médium?

Você é Médium?


Mediunidade é um termo que se propagou através da doutrina espírita kardecista, médium, mediano, sintonia que está "entre", está no meio: sintonia que permite às pessoas estarem ligadas mentalmente entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos.

Muita gente já ouviu falar e também já foi surpreendida por uma consulta espiritual em que lhe foi revelado: Você é médium!

Porém, é hora de salientarmos que somos seres constituídos de energia e nos movimentamos além da esfera física. 

Como espíritos vivendo no mundo terreno, continuamos a transitar pela dimensão astral. Essa dimensão é o mundo dos espíritos desencarnados. São mundos que se entrelaçam em dimensões diferentes.

A mediunidade é o sexto sentido que nos permite receber as sensações sutis. Todos somos médiuns e interagimos com os espíritos dos mortos.

A maioria das pessoas têm a mediunidade intuitiva, que funciona como um toque sutil que lhe chega aos sentidos como uma orientação de espírito de luz. Isso acontece porque estamos todos ligados energeticamente.
Podemos sentir a energia emanada nos ambientes e das pessoas à nossa volta. Sentir um leve mal-estar quando entramos em algum lugar ou quando alguém que amamos não está bem.
Perceber além dos cinco sentidos, isto é mediunidade.

Convencionou-se para o espiritualismo que o médium é um indivíduo intermediário entre os mundos físico e espiritual, podendo transmitir comunicações de outros espíritos, entre outras manifestações chamadas mediúnicas.

São diversos os tipos de mediunidade: Cura, psicografia, clarividência, clariaudiência, pictografia, pisicofonia e incorporação são algumas das modalidades.

Encontramos médiuns naturais e ostensivos. 

O médium natural possui seu sexto sentido como todos os outros sentidos e pode desenvolvê-lo naturalmente.

O médium ostensivo é aquele que tem uma grande sensibilidade mediúnica e nasceu com essa aparelhagem parafisiológica apropriada para o intercâmbio. Tem facilidade para captar as emanações sutis e se não desenvolver seu dom, fica a mercê das influências alheias.

Sintomas básicos da mediunidade:
Alterações repentinas de humor;
Crises de pânico;
Sonambulismo;
Passar mal em locais aglomerados;
Zumbidos no ouvido sem diagnóstico;
Sensação de vertigem e de sair do corpo;
Acordar e não conseguir mexer o corpo;
Bocejar demais;
Medo exagerado do escuro;
Sentir-se bem em contato com a natureza;
Sentir arrepios frequentes pelo corpo;
Ter sempre aparelhos eletrônicos com problemas e quebrados;
Quebrar copos com frequência;
Fechar os olhos e ver imagens de pessoas;
Sonhar sempre com pessoas que já morreram;
Muitos pesadelos e dificuldade para dormir.

Mediunidade é uma fenomenologia que requer tratamento e educação. Ela é uma sensibilidade que nos foi oferecida pela espiritualidade, ao reencarnarmos, para que com o bom uso que fizermos dela possamos colaborar no mundo, como cocriadores na obra divina, entretanto seu mau uso poderá trazer danos irreversíveis ao "eu psicológico" de seu portador. Mediunidade é coisa séria para gente séria..

Mozart de Iemanjá



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16/10/2022

Desenvolvimento Mediúnico na Umbanda

Desenvolvimento Mediúnico na Umbanda

1) O desenvolvimento é lento. Exige muita paciência, não pode ser forçado, nem acelerado. Não se pode pular etapas, tudo acontece no momento certo. E é bom que seja assim. O atendimento é uma responsabilidade muito grande, é necessário garantias de que o médium está preparado para assumir essa tarefa. E este preparo vem somente com o tempo.

2) O amadurecimento da mediunidade é, antes de tudo, um desenvolvimento de si mesmo. Ele exige o autoconhecimento. É preciso evoluir moralmente, assumir uma postura correta, agir de acordo com os princípios éticos.

3) Com o desenvolvimento, muitas coisas há muito tempo guardadas começarão a se manifestar. Você deverá mergulhar em seu interior e limpar o coração de todos os sentimentos negativos, pensamentos e memórias que pesam em seu ser. Não haverá mais para onde fugir. Você terá que lidar com isso, resolver-se.

4) O estudo é necessário. Não ache que já sabe o suficiente. É o conhecimento que trará a compreensão do que se passa contigo. Tenha a humildade de sempre ouvir, mostrando-se sempre disposto a aprender mais. Muitas de suas perguntas têm respostas, basta procurá-las.

5) Atualmente, as incorporações são mais conscientes. Há muitas dúvidas. Você se perguntará se é você ou a entidade muitas vezes. Mas isso tudo é normal, é natural, com o tempo ficará mais fácil distinguir o que é seu e o que é da entidade. Neste fase inicial, a fé será necessária. Para prosseguir neste caminho maravilhoso que é a mediunidade, deverá persistir apesar das dúvidas e inseguranças.

6) O desenvolvimento deve acontecer no terreiro, sob a supervisão de um sacerdote, dirigente ou pai-de-santo. É a ele que você deve recorrer caso tenha alguma dúvida ou esteja passando por alguma situação. Cursos podem até te ajudar, mas não substituem o acompanhamento de alguém mais experiente. Conheça muito bem o terreiro antes de solicitar o ingresso.

7) Não são os elementos materiais que farão de você um bom médium. Banhos, guias, firmezas podem contribuir, mas somente o tempo fará de você um médium preparado. Não se deixe impressionar por aquilo que é superficial.

8) Não se preocupe, também, em descobrir quem são seus orixás de cabeça, nomes das entidades, os pontos delas. Na hora certa, quando seus guias considerarem que é o momento, você saberá. Apenas deixe fluir as coisas em sua naturalidade.

9) Saiba aceitar sua mediunidade do jeito que ela é. Cada um tem sua peculiaridade e é parte do desenvolvimento descobrir isso. Aprenda com os exemplos alheios, mas não tente imitar alguém. A incorporação é um momento seu. Não ligue para a opinião dos outros. O objetivo não é agradá-los. Repetimos, o importante é deixar a incorporação fluir naturalmente.

10) O espírito não entra no corpo do médium. O transe mediúnico acontece pelo acoplamento dos chakras, onde a entidade envolve-te com sua energia, criando uma conexão mental. Para que isso ocorra com harmonia, é importante que esteja com sua aura limpa. Isso acontece através de bons pensamentos, práticas corretas, equilíbrio emocional. Da mesma forma, busque cumprir os preceitos. No dia de gira, busque entrar em sintonia desde cedo com a espiritualidade.

11) Aproveite o tempo como cambone. Há muito para aprender. É a oportunidade que você possui de servir diretamente às entidades. Sentirá muita falta disso no futuro.

12) Você tem todo o direito de não desenvolver a sua mediunidade, o livre arbítrio é lei divina. Há muitas outras formas de entrar em sintonia com a espiritualidade, a Umbanda é apenas uma dela. É somente o amor e o desejo de servir ao Pai Maior que devem te motivar a buscar esse caminho de luz.

13) Lembre-se, por fim, que o objetivo maior da mediunidade é a prática da caridade. Não é para nos auto-afirmarmos diante do outro, mas sim, antes de tudo, para contribuir com a obra do bem.

Diamantino Trindade




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03/10/2022

A Obsessão na Atualidade

A Obsessão na Atualidade


Que é assustadora a forma como as pessoas estão se arvorando a lidar com a espiritualidade na atualidade afro umbandista não é novidade para ninguém.

Basta navegarmos pelas redes sociais, diariamente, e vemos os impropérios estampados como normais, mas que tem muito mais de midiáticos e glamorosos na forma como são postados, quase sempre com o objetivo de demonstrar força mediúnica, poder paranormal ou mão milagrosa, e assim evidenciar uma certa superioridade egocêntrica, até quem sabe psicótica, que intrinsecamente satisfaz a vaidade a ao orgulho humano.

Tenho dito com alguma frequência que, quase sempre as pessoas agem assim por intenções exploratórias da dor alheia e em benefício próprio, com o fim unicamente da extorsão financeira.
Entretanto, de uns tempos para cá, tenho observado que o fato é muito mais grave do que parece. Nos atendimentos que faço, e no que leio nas redes sociais, vejo que o problema assume grandiosidade estrutural muito além da moral religiosa.

Minha constatação pessoal é a de que, tanto os “sacerdotes” invocaram, incentivaram e ativaram energias sombrias sobre seus templos, pelos mais diversos motivos, que estas trevas tomaram conta do grupo mediúnico coletivamente e saíram para as ruas, para as casas, para a comunidade como um todo.

Não precisamos muito conhecimento acerca de espiritualidade para percebermos que estamos vivendo um momento de OBSESSÃO COLETIVA instalada sobre um grande grupo de médiuns e sensitivos que se encontram subjugados às entidades que os fascinam e dominam mentalmente, sugando-os com vampirizações de tônus vital, muito além do que estes médiuns imaginam.

A mediunidade foi subestimada pelo mediunismo para dar visibilidade a médiuns, em detrimento do trabalho espiritual favorável.

O mundo passa por uma transformação na questão dos valores sócio morais, o mesmo indivíduo que não respeita e nem tolera os valores de família, ou de vida em sociedade, será o médium ou filho de santo mal-educado, pretensioso e rebelde dentro da estrutura religiosa, seja terreiro, ylê, Inzó ou outro. Os indivíduos que se sentiram livres para não respeitar pais e mães genéticos, serão os mesmos que não irão respeitar as regras estruturais para o convívio com os espíritos dos mortos, fundamentos e outras tradições manipuladas no ato sagrado e devocional.

Vivemos num mundo onde valores éticos e morais deram vez ao tudo quero, tudo posso e tudo faço sem nenhuma responsabilidade maior, todavia nas questões de intercâmbio com os espíritos, com as divindades, com “vales sombrios” e as “zonas de luz” não é tão simples assim e as consequências, mais dia menos dia surgirão, é só questão de tempo.

Junte-se tudo isso ao modismo da exaltação do ego, onde não interessa ser realmente alguma coisa real na sociedade civil, mas fantasiar para os outros o entendimento de parecer ser. Principalmente com a Covid 19 onde as pessoas ficaram presas em suas casas, muitas delas somente conseguindo existir através do computador fantasiando felicidades, ou conhecimentos, e dando “pitacos” em questão basilares, das religiões afro umbandistas, sem nunca terem feito uma pesquisa pedagógica, ou uma leitura adequada, e até quem sabe uma conversa com alguém mais informado sobre tais questões. É comum no mundo do “faz de conta” as pessoas se darem a valores e conhecimentos que não possuem.

Além disso, os obsessores coletivos, os vampiros astrais que estão espalhados entre muitos grupos do nosso “povo de santo” os incentivam a prática do imediatismo, ou seja, não lhes permitindo tempo para que a germinação da mediunidade e a germinação do conhecimento andem lado a lado. Os obsessores são inteligentes e precisam incentivar no médium a vaidade e o orgulho de seus super poderes para os manterem subjugados. Tudo na natureza e na espiritualidade requer tempo e prática, caso o contrário não é equilíbrio natural.

Os mesmos médiuns que deixaram de respeitar sacerdotes e entidades, regras e doutrinas, são os que perderam o medo dos espíritos das trevas, dos obsessores. Por desconhecimento das leis de atração e repulsão do universo, e ainda, por não acreditarem em incorporações, nem em si nem nos outros, acreditam somente que todos estão em “transe de fingimento”, estes médiuns vitimizados também não acreditam na existência da realidade espiritual, mas ela existe e as consequências vêm logo adiante em forma de demência, síndrome do pânico e até suicídios.

O grau de domínio dos obsessores coletivos se torna tão galopante, em meio a um grande grupo de crentes, que hoje vemos médiuns beirando ao desequilíbrio mental pela maneira esquizofrênica como se portam, em aparente transe anímico ou de “cara limpa”, sendo ovacionados e reverenciados em grandes rodas. Como disse anteriormente: dado ao elevado grau de obsessão coletiva vivida por médiuns invigilantes e dominados.

Os espíritos obsessores perderam o “tônus vital” particular com o fenômeno da morte física, mas devido as suas viciações nas sensações humanas eles precisam sugar a energia da vida dos encarnados. Não existe nem outro mecanismo mais fácil para a vampirização da vítima do que aquela onde o vampirizado se oferece ao vampirizador de livre e espontânea vontade, pela ingenuidade que carrega em si com a vaidade mediúnica e a intenção espiritual sem conhecimento de causa da gravidade daquilo que está praticando.

Na prática da mediunidade estamos lidando com um mundo invisível onde somente a boa vontade não é suficiente. É necessário acompanhamento, regras disciplinares e muita vigilância sobre os fenômenos produzidos e o comportamento das “entidades” para se poder identificar um mistificador, obsessor ou um vampiro astral camuflado numa atividade ritual.

O momento é crucial, sofrido e quase sem luz à frente.
Enquanto isso as sombras granjeiam cada dia mais e mais médiuns ingênuos, como extensores do caos à fé, e por consequência a falta de solidariedade humana através dos mecanismos da mediunidade fraterna e educada.

Infelizmente, uma grande parte das pessoas, não procura mais por religião acima do fenômeno de incorporações. A ideia que se tem na atualidade é que as pessoas frequentam o mundo mediúnico por passatempo, como se a lida com a espiritualidade fosse uma coisa banal e sem consequências.
Obsessão é algo doloroso, grave e que pode levar a loucura e a morte física.

Que Mãe Iemanjá, senhora dos pensamentos humanos, nos ajude a discernir da impostura a gravidade dos fatos neste momento escuro da história da mediunidade humana.
Axé é para quem tem fé.

Mozart de Iemanjá






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04/09/2022

Consequências para o Médium que Menospreza o seu Terreiro

Consequências para o Médium que Menospreza o seu Terreiro

DETERIORAÇÃO DA MEDIUNIDADE:

A mãe. Sempre a nossa mãe. Ponto de partida no desenvolvimento da educação, e da futura personalidade desenvolvida pelo filho, a personalidade materna é aquela que desde cedo nos fala de limites, nos mostra o certo e o errado, nos adverte das consequências dos procedimentos inadequados a esta ou aquela postura. Em outras palavras são as mães que nos falam da importância da solidez familiar, de como é bom ter um lar e um grupo que nos incentiva, interage, fiscaliza a vida até a virtual, e as vezes ate “pega no pé”, e ainda, fala das escolhas e das más companhias; mas tudo pelo nosso bem. Falamos de figura da mãe, mas poderíamos elencar a personalidade e a participação igualmente importante do Pai, dos avós, quem sabe padrinhos, tios, ou enfim, alguém que nos ame verdadeiramente e queira igualmente o nosso bem.

Crescemos, ou nem tanto, e nos identificamos com caminhos que a vida nos oferece dia a dia: escolaridade, amizades, formação profissional, relacionamento amoroso e religião. São aspectos fundamentais na vida de todas as pessoas, e que terão maior ou menos êxito quando o lastro familiar e educativo na infância tiver sido sólido e bem lastreado.

Digo tudo isso como preâmbulo para falar da vivência religiosa na atualidade, em se tratando da singeleza do desenvolvimento e do trato da mediunidade. Sensibilidade esta que todas as pessoas trazem ao nascer para a vida física em algum grau, sendo que algumas por serem médiuns “ostensivos” deverão obedecer a procedimentos todos especiais em torno desta peculiaridade.

Na atualidade muitos destes médiuns em potencial chegam aos centros de Umbanda, ou terreiros de religiões afro brasileiras das diversas denominações, procurando socorro para os dramas de que são vitimas.

De certo que existem os templos mal estruturados nas questões de toda ordem, visto que os bons e os maus estão em toda parte, porém, existe uma grande maioria de casas afro umbandistas respeitáveis e criveis, dirigidas por pessoas idôneas de caráter austero e de moral inquestionável, com profundo conhecimento dos mistérios e das práticas que realizam a cerca do que é imaterial, porém, sagrado.

Uma pessoa para se iniciar num culto e desenvolvimento da mediunidade, seja em que linhagem ritual for, precisa primeiramente se INICIAR, e a semântica da palavra INICIAR neste momento conta por demais. Este iniciado precisa ser bem orientado e ter a informação acertada e correta de que precisa naquele ato ritual RENASCER, ou seja, recomeçar a vida material, a partir daí, em paralelo com a espiritualidade que estará em si 24 horas por dia, 365 dias por ano e NÃO SOMENTE nos dias de sessão na Umbanda ou nos dias de “obrigação de santo".

Um Cacique de Terreiro, um Pai ou Mãe de santo africanista precisa estar e se sentir preparado, para que da mesma forma como a mãe genética, pai ou avós ensinaram a trilhar de forma ordeira e disciplinada pelos passos da vida, estes sacerdotes também sejam arrimo de educação e orientação. Da mesma forma que uma Mãe, ou um familiar que ama, não deseja ver seus afetos nas vicissitudes e desvios sócio morais, por saberem que isso trará sofrimento e dor, também um sacerdote não deseja ver seus iniciados envoltos com os dramas da obsessão e até do desequilíbrio mental que a má educação e conduta mediúnica pode levar o indivíduo.

Em todos os atos da vida encontramos uma estrada de mão dupla, uma que leva e a outra que trás. Assim é a iniciação nas religiões que tratam da mediunidade. De um lado o orientador equilibrado, seguro e firme nas informações e ordenações de condutas, , que ele por ser “mais velho” no culto e portanto possuir maiores experiências e vivencias, transmite ao iniciando. Na outra via é preciso que esteja o iniciado receptivo, confiante e aberto ao conhecimento, mas, sobretudo puro e humilde, responsável e disciplinado.

Neste momento o iniciado precisa estar puro como uma criança que se submete as atenções e cuidados de uma mãe ou familiar que zeloso o ama. Falo aqui das casas sérias, idôneas e respeitáveis, que graças aos Orixás ainda são a maioria. Da mesma forma que os pais genéticos orientam sobre as questões das más companhias, também os sacerdotes devem alertar seus médiuns de corrente e filhos de santo sobre as más companhias. Nos dias de hoje temos varias más companhias pessoais e virtuais que podem nos desviar do caminho do bem, e isso precisa ficar claro para um iniciado na religião.

Fiz todas estas citações para falar de outro assunto gravíssimo que assola o momento histórico que estamos vivendo, em termos de religião afro brasileira, de mediunidade e de conduta religiosa-moral. Desde que os mistérios e segredos dos fundamentos do afro brasileirismo, mantidos secularmente em sigilo por nossos antepassados e ancestrais, vazaram pela vaidade, orgulho e pelo descomprometimento de alguns vis religiosos para dentro da internet, e diuturnamente são expostos em nome da “modernidade” nas redes sociais. Ocorre hoje uma situação inédita na história das religiões afro brasileiras: DESMANDO.

As religiões afro brasileiras se apoiam em alguns pilares básicos: Origem e iniciação, fundamentos secretos, tradição de raiz imutável, hierarquia, respeito ao sagrado e amor a causa religiosa como um todo. Se analisarmos estes itens não será difícil observar que alguma coisa incorreta está acontecendo nos bastidores do afro brasileirismo que se observa nos dias de hoje.

Mas de todas as questões que o desmando, fruto da vaidade humana e da ganância que financia o ego pode gerar, esta está a deterioração da mediunidade que leva ao fascínio e a subjugação da obsessão, logo o apodrecimento da capacidade de ser um religioso e médium equilibrado.

Outro dia ouvi uma frase situando a chamada “fábrica de pais de santo” da atualidade como: “VITIMAS FABRICANDO VITIMAS”, ao que concordo plenamente. Seguidamente tenho atendido pessoas que buscam aconselhamento e apoio em nossa casa de santo, e que em muitos casos insinuam o desejo de se tornarem filhos de santo de nosso axé. Oriento e amparo, apoio moralmente, mas infelizmente não podemos assumir compromisso com pessoas que se deixaram deteriorar mediúnica e religiosamente pela má conduta.

Pessoas que não deram valor e ouvidos a sua primeira feitura, no renascimento, na INICIAÇÃO. E como se estivessem negando conselho de mãe deram ouvidos as más companhias, se deixaram levar sem reagir, ao grupo do glamour, da luxuria, do fanatismo e da aparente ascensão social em nome da religião e como consequência DESABARAM, caíram. Sofrem as consequências da má atitude que repulsa o espiritual positivo.

A vida é implacável, e quando nossos educadores não são ouvidos as consequências morais não tardam a chegar e a chicotear impiedosamente aquele que incorreu em equivoco. É triste observar pessoas que APARENTEMENTE possuem amor ao sagrado, dedicação as atividades religiosas, mas que estão de tal forma viciadas em maus hábitos, possuidoras de cacoetes e tiques de conduta desacertada ao ponto de se tornaram “batatas podres”(aquelas que estragam o balaio todo). Ou seja, é dramático e triste, mas não podem serem aceitas num grupo sério e bem orquestrado sob pena de incorrerem em condutas de mau exemplo e se tornarem más companhias indutoras de alguém desavisado.

Como diz o dito popular:”o demônio quando quer arrecadar almas para o inferno se finge de anjo bonito e galante”. Cada dia mais precisamos estar preparados para discernir da impostura a verdade, não no fascinarmos pelos já fascinados e estarmos atentos aqueles que chegam em nossas casa de santo já tendo batido em outras tantas portas, não pelo fato do bater, mas pelo perigo da porta ter se aberto, e ao se fechar ter deixado um pouco da alma pura e bem educada na primeira iniciação do lado de fora. Isto tudo é triste e preocupante.

Mozart de Iemanjá





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22/01/2022

Médium Esponja


A mediunidade empática é uma das habilidades mediúnicas mais difíceis de lidar. Pessoas com esse tipo de sensibilidade sofrem em dobro. E muitas nem sabem.

Será que é o seu caso? Você é um empata?
SE DESCOBRIR EMPATA É DIFÍCIL

Existem muitos tipos de mediunidade e quase todas elas se mostram de forma agressiva. Quem vê espíritos, vê espíritos. Quem ouve vozes, ouve o raio das vozes. É claro que pessoas assim podem ser diagnosticadas com esquizofrenia e outros transtornos, pois quase sempre a reação da família (na maior parte das vezes católica) é pensar que a pessoa sofre com algum desequilíbrio psíquico, então, ao invés do médium ser levado ao centro, ele acaba é no psiquiatra. Mas eles sabem que não estão loucos, sabem que algo diferente se passa com eles. Mas não os empatas. Eles apenas sentem. Sentem tudo. São tidos como muito intensos, sensíveis, frágeis. São considerados pessoas que não conseguem lidar com as emoções, pessoas instáveis. Mas na verdade eles são as pessoas que mais lidam com as emoções, deles mesmos e dos outros. Ser um empata significa ter a capacidade de perceber e ser afetado pelas energias de outras pessoas, dos ambientes e do mundo. Eles são as famosas “esponjas”.

Ser simpático ou ter empatia pelo outro não é ser empata. O empata (ou sensitivo) absorve emoções e energias de pessoas e ambientes, o que gera nele uma confusão emocional enorme. O empata também doa energia, pois ele funciona como um ponto de equilíbrio por onde passa. Se um empata convive com uma pessoa negativa, seja no trabalho ou na vida pessoal, essa negatividade vem para ele. Ele suga esse padrão energético e devolve energia sadia para a pessoa ou ambiente. Isso ocorre de forma espontânea, sem que eles se deem conta. É aquela dor de cabeça que aparece do nada, o estômago que fica atacado, uma fadiga que surge sem explicação, uma coluna que sai totalmente do eixo. Mudanças de humor também castigam os empatas. Se algo acontece no mundo, eles recebem essa carga mesmo que não façam ideia do que está se passando. 

Além da tristeza, ansiedade e outras sensações desagradáveis, o empata sofre com sintomas físicos para os quais nunca encontra uma causa. Fazem exames que nunca acusam nada. E como é uma mediunidade que se expressa através das emoções, é muito difícil identificar esses casos e conseguir receber uma orientação correta e apoio nessa jornada. 

Quase todos os empatas se descobrem empatas sozinhos, estudando, buscando por informações e soluções quando já não sabem mais para onde correr, quando não aguentam mais sofrer.

Se descobrir sensitivo e estudar essa forma de mediunidade é essencial inclusive para a saúde dos empatas. As relações ficam melhores, a forma como encaram as situações se transformam e a vida fica mais fácil. 

Desenvolver a consciência através do autoconhecimento é o caminho das pedras que pode mudar a vida das pessoas com esse tipo de mediunidade.


SENTIR O MUNDO NÃO É FÁCIL


Se antes da pandemia o mundo já não era um local de paz, agora com esse vírus a solta o padrão vibratório do planeta não está dos melhores. E o que acontece com os empatas? Eles sentem tudo isso. Sentem a aflição dos doentes, sentem o desespero das famílias, o medo generalizado, a insegurança com relação ao futuro. Sentem a raiva das pessoas, a ira, o ódio. Sentem tudo que você está sentindo agora, só que dobrado. Eles sentem espiritualmente, não racionalmente. Pessoas sem essa habilidade primeiro entendem uma situação, depois sentem a emoção relacionada a essa situação. O empata não, primeiro ele sente a situação. Depois, com alguma sorte, ele consegue racionalizar os acontecimentos.
Um sensitivo dessa linha vai alcançar informações a seu respeito que você pensa esconder. Seu dom primário é a compreensão divina da psicologia humana! Isso lhes dá a capacidade de saber quando alguém está fingindo, mentindo, ou simplesmente não são quem eles disseram que eram. Algumas pessoas boas têm intenções cruéis e os empatas podem reconhecer isso. Imagina como é difícil levar a vida com essa avalanche de sensações? O tempo inteiro? Perceber o interior das pessoas e as intenções que elas têm é muito complicado, exige uma maturidade emocional e espiritual muito grande. E a pandemia não está facilitando em nada a vida dessas pessoas.


EMPATAS SIMPLESMENTE SABEM


Os sensitivos sabem coisas sem que elas lhe sejam ditas. É uma capacidade que vai além da intuição. Seja sobre coisas do mundo, seja sobre pessoas, eles sempre têm a resposta. Ela brota, emerge, aparece na cabeça.


AGLOMERAÇÕES ENLOUQUECEM O EMPATA


Estar em locais públicos é muito desconfortável, pois ter muitas pessoas ao redor traz ao sensitivo muitas emoções ao mesmo tempo. É uma “interferência mental” que incomoda pessoas com esse tipo de mediunidade, então, é comum um empata não gostar de estar em locais muito cheios. Multidões então nem se fala.


O OUTRO É TRANSPARENTE


É exatamente isso que acontece: o empata faz uma leitura emocional do outro, como se pudessem enxergar dentro do outro. As máscaras sociais não funcionam com eles. Este é o grande traço dos empatas. Eles podem sentir emoções daqueles que estão perto e também de pessoas distantes. Você pode ter um lindo sorriso no rosto, mas se por dentro não estiver bem, o empata vai perceber.


TELEVISÃO É UM TORMENTO


Assistir violência, crueldade, tragédias ou notícias tristes e impactantes é insuportável para um empata. A reação deles é de emoção profunda, podendo até apresentar sintomas físicos. Quase sempre um empata precisa se afastar das notícias e evitar filmes e leituras muito fortes. Eles precisam escolher com muito cuidado o que consomem.


IDENTIFICAM A MENTIRA


Mentir para um empata é uma péssima ideia. Eles sabem quando alguém está mentindo ou não está sendo completamente honesto. São as intenções que contam, como vibramos. É isso que os empatas acessam. É impossível esconder as emoções de um empata ou tentar enganá-lo.


TOMAM AS DORES DOS OPRIMIDOS


Onde há opressão, lá está o empata. Qualquer um em sofrimento, dor emocional, vítima de injustiça ou intimidado, chama a atenção e a compaixão de um empata, que sempre vai agir em defesa dessas pessoas. São pessoas que se colocam contra qualquer tipo de agressão (física, emocional, verbal, moral) e sentem como se fosse com eles. Eles simplesmente não toleram injustiças, bullying, preconceitos, nada que humilhe e cause dor no outro.


FUNCIONAM COMO “MURO DAS LAMENTAÇÕES”


Empatas ouvem muito “não sei porque estou te contando isso” ou “nunca contei isso para ninguém”. A energia do empata é tão agradável que até mesmo desconhecidos se sentem seguros e à vontade para desabafar e falar de suas dores e problemas. Quando o empata sabe lidar com isso é ótimo, pois ele se torna um instrumento de ajuda divina para o outro. Porém, quando não está preparado, esse tipo de sensitivo pode acumular emoções e problemas que não são seus, sem saber como lidar com essas questões.


COMPORTAMENTO DESTRUTIVO


Viver em chamas não é fácil. Então, o empata tende a querer aliviar esse mal-estar, e pode acabar enveredando por um caminho destrutivo. No desespero de bloquear as energias dos outros e se proteger, para se “sentir” tanto, o empata pode recorrer ao álcool, tabaco e outras drogas para aliviar essa enxurrada de emoções e sentimentos.


DIAS DA SEMANA QUE AFETAM O HUMOR


Um empata sentirá o “sentimento de sexta-feira” ou “a melancolia do domingo”, pois captam a energia do coletivo. Nesse caso não é preciso ser empata para sentir que um domingo tem cara de domingo e, quando ele começa a terminar, bate aquela sensação de “amanhã começa tudo outra vez”. É que o empata sente de forma mais intensa essa sensação. O mesmo ocorre para datas comemorativas como Natal ou Páscoa, épocas em que, mesmo que o empata racionalmente pense não ter importância, no dia ele é tomado pela emoção coletiva do momento.


EMPATAS AMAM A NATUREZA


Estar rodeado de natureza ou na presença de animais são como bálsamos para um empata. Se eles sentem as energias de tudo, sentem também a vibração divina que emana da natureza e dos animais. Empatas realmente adoram essa conexão e se sentem revigorados quando podem trocar energia com a natureza.


SINTOMAS FÍSICOS QUE OS EMPATAS SENTEM


Se você apresenta um ou mais desses sintomas constantemente e não existe uma razão médica para eles, pode ser que sua dor física seja energia acumulada que você absorveu do mundo!


DISTÚRBIOS DIGESTIVOS


O chakra do plexo solar no abdômen é conhecido como a sede das emoções. Este é o lugar onde os empatas sentem as emoções dos ambientes, as suas próprias e também dos outros. Eles têm uma tendência a enfraquecer a área e apresentar sintomas gástricos como dor, gastrite, úlcera, má digestão, sensação de bolo no estômago. Toda a região gástrica fica afetada, pois é pelo chakra localizado ali que o empata absorve energias.

Guta Monteiro

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06/06/2021

Médium é Médium até Quando Dorme

Médium


À noite, quando a maioria das pessoas estão dormindo, diversas falanges espirituais se desdobram em trabalhos socorristas de assistência à humanidade encarnada. Devido ao sono, a queda natural do metabolismo e das ondas cerebrais, o corpo espiritual desprende-se naturalmente do corpo físico. Aproveitando-se desse fato natural e inerente a todo ser humano muitos amigos espirituais trabalham nessa hora da noite retirando essas pessoas do seu corpo físico, dando um toque sensato a elas diretamente em espírito, ou, simplesmente, trabalhando as energias do assistido com mais liberdade a partir do plano espiritual da vida.

Um dia desses, durante um trabalho de assistência, estava conversando com um Preto Velho, que responde nas lidas de Umbanda, pelo nome de pai José da Guiné. Segue o diálogo:

— Pai José, esse trabalho de assistência na madrugada é enorme, não? O médium umbandista muitas vezes nem imagina o tamanho dele, não é mesmo?

— É sim fio. trabalho grande, toda noite. Mas são poucos que lembram da espiritualidade dia-dia e mantém sintonia elevada antes de dormir. Isso acaba por barrar as possibilidades de trabalho em conjunto conosco, você sabe disso. A maioria dos médiuns por aí pensam que o único dia de trabalho espiritual é o dia de trabalho no terreiro. É uma pena.

— É verdade, as pessoas tendem a se preparar muito para o dia de trabalho no terreiro, mas esquecem dos outros dias.

- Preparar? Muitas vezes eles nem se preparam fio. A maioria chega lá cheia de problemas e preocupações na cabeça. Dá um trabalhão danado acoplar na aura toda encardida de pensamentos e sentimentos estranhos deles. E nego num tá falando que preparação é tomar um banho de erva antes do trabalho, não…

— Ué, mas o banho de erva é importante, não é pai?

— É, claro que é. Mas num é tudo. Antes do banho de erva, seria melhor um banho de bom-humor, com folhas de tranquilidade e flores de simplicidade, hehehe… Isso sim ajudaria. Num adianta colocar roupa branca, defumar, tomar banho, se o coração tá sujo, se a boca maldiz, se o rosto está sem alegria e o espírito apagado. Limpeza interna fio, antes de limpeza externa…

— Tá certo…

— Tá certo, mas você muitas vezes num faz isso né? Hehehe… Tudo bem, todo mundo tem lá seus dias ruins, o problema é quando isso se torna constante. Fio, a Umbanda é muito rica em rituais, em expressões exteriores de alegria e culto a divindade. Mas isso deve ser utilizado sempre como uma forma de exteriorizar o que de melhor trazemos dentro de nós. Não uma fuga do que carregamos aqui dentro. Volta seus olhos pra dentro e lá presta culto aos Orixás. Só depois disso, canta e dança…

— Quando estiver participando de um trabalho, esteja por inteiro, em corpo físico, coração e mente. Não faça das reuniões espirituais um encontro social. Antes de começar os trabalhos, medita, ora, entra em sintonia com o trabalho que já está acontecendo. Durante os cantos, busca a sintonia com os Orixás.
Nesse momento, você e Eles não estão separados pela ilusão da matéria. Tão juntos. Em espírito e verdade…

— Acompanha as batidas do atabaque e faz elas vibrarem em todo seu ser. Defuma seu corpo, mas defuma também sua alma, queimando naquela brasa seu ego, sua vaidade, seu individualismo, que lhe cega os sentidos.

— Trabalha, aprende, louva, cresce meu fio. Mas o mais importante: Leva isso pra fora do terreiro! Lá dentro, todo mundo é filho de pemba, todo mundo tá de branco, todo mundo ama os Orixás…

— Mas aqui fora, logo na primeira dificuldade, duvidam e esquecem dos ensinamentos lá recebidos. Aqui fora, num tem caridade, fraternidade, Orixá, espiritualidade. Mas a Lei de Umbanda não é pra ficar contida no terreiro. A Lei de Umbanda é pra estar presente em cada ato nosso. Em cada palavra, em cada expressão de nosso ser…

— Percebe fio? Você é médium o tempo todo, não só no dia de trabalho, mas todo dia. Você é médium até quando tá dormindo…hehehe
Pai José fez uma pausa e eu fiquei a pensar a respeito da responsabilidade do trabalho mediúnico. De quantos médiuns por aí nem tinham ideia do trabalho espiritual que as muitas correntes de Umbanda desenvolvem. De como, a vivência de terreiro, demandava uma mudança interior, uma postura diferente em relação à vida. Enquanto pensava a respeito, pai José disse:

— É por aí mesmo fio. A partir do momento que a pessoa internaliza os valores espirituais, um novo mundo, cheio de novas perspectivas surge. Novas ideias, novos ideais. Uma forma diferente de encarar a vida. Esse é o resultado do trabalho. A caridade não é mais uma obrigação, mas torna-se natural e inerente ao próprio ser, assim como a respiração. A sintonia acontece esteja onde ele estiver, carregando consigo a Lei da Sagrada Umbanda em seu coração…

— Lembre-se: Aruanda não é um lugar! Aruanda é um estado de espírito… Você a carrega para onde for. Isso é trabalho. Isso é sacerdócio. Isso é viver buscando a espiritualização…

— Por isso, meu fio, faz de cada trabalho espiritual que você participar um passo em direção a esse caminho. Um passo em direção a unidade com o Orixá. Cada reunião, um passo… Sempre!


Notas do médium: Pai José de Guiné é um espírito que há muito tempo eu conheço, trabalhador incansável nas lidas da cura espiritual. Apresenta-se como um negro, com cerca de 50 anos, sempre com seu chapéu de palha a cobrir-lhe a cabeça e seu olhar firme e determinado. Tem um jeito muito direto e reto de falar as coisas sempre nos alertando a respeito de posturas incompatíveis com o trabalho espiritual. É um espírito muito bondoso com quem já aprendi muitas coisas.

Fica aí o toque dele, que muito me serviu, a respeito de levar o terreiro para o nosso dia-dia.


Autor desconhecido






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04/11/2020

Os Médiuns Iniciantes e a Insegurança

Os Médiuns Iniciantes e a Insegurança

Infelizmente, são muitos os que interrompem o desenvolvimento mediúnico devido a enorme quantidade de dúvidas e insegurança. O início da vida mediúnica do neófito é, habitualmente, muito difícil. O medo, a hesitação, a confusão e ansiedade o perturbam. E não são poucos os momentos em que ele pensa em simplesmente desistir de tudo.

Por esta razão, é muito importante que os dirigentes estejam preparados para lidar com a insegurança mediúnica. Não é um sentimento à toa, mas um assunto muito sério. A boa continuidade da Umbanda depende de uma boa formação dos médiuns iniciantes. Eles precisam de acolhimento e muita orientação.

Médium iniciante, entenda que não há problema nenhum em errar, no momento. É por isso que você está em desenvolvimento. Para aprender e lapidar suas capacidades mediúnicas.

O desenvolvimento acontece de forma natural. Deixe o tempo amadurecer suas percepções. Não há motivo para pressa, o caminho é longo. Mesmo quando você começar a participar do atendimento, você continuará em desenvolvimento. Na hora certa, a espiritualidade traz o que for preciso para você.

Para combater o medo, busque o conhecimento. Sempre com cuidado para filtrar as informações que, de fato, possam te enriquecer e não te confundir. Mais do que isso, busque aproximar-se dos dirigentes e mais velhos de sua casa. Escute-os, eles têm muito a lhe ensinar.

Saiba, entretanto, que você não precisa entender tudo. Para muitas perguntas, não haverá respostas. É preciso ter fé nos guias. A espiritualidade é sábia e sabe o que faz. Deixe que ela conduza a sua caminhada no grande universo da mediunidade. Entregue-se aos Guias e Orixás.

É normal sentir-se perdido no início da caminhada. Para muitos, o compromisso com o desenvolvimento mediúnico acontece num momento em que a vida encontra-se em desequilíbrio e crise. Uma verdadeira turbulência. Como uma tempestade que passou e deixou tudo de cabeça para baixo. Como se a vida insistisse: é hora de fazer algumas mudanças.

O desenvolvimento mediúnico mexe com as nossas energias mais profundas. Faz uma verdadeira faxina emocional. Muita coisa que você mantém escondida há muito tempo passa a se manifestar. Não há mais para onde fugir. É preciso forjar um novo eu. Abandonar os velhos hábitos que somente nos atrasam e viver de acordo com os valores que a espiritualidade nos ensina. E este processo pode ser muito difícil.

O que podemos dizer é que com o tempo vai ficando mais fácil. As dúvidas vão embora. E você passa a sentir segurança nos seus guias e na sua mediunidade. Mas para isto, você não pode desistir. Deve persistir apesar de toda insegurança que sentir. Lembre-se de que você não está sozinho.

O desenvolvimento aprofunda a sintonia entre você e as entidades que te acompanham. Trabalha no sentido de apurar sua capacidade, perceber os níveis mais sutis da realidade. E, simultaneamente, condiciona-te a aprender a confiar sua matéria ao guia.

Mas para isto, não podemos esquecer a velha lição: reforma íntima. Para receber com mais qualidade as energias elevadas dos guias e Orixás, é preciso elevar nossa própria vibração também. E isto é feito buscando uma conduta correta, vivendo verdadeiramente a humildade, a simplicidade, o amor e a caridade.

Não fique preocupado com o que os outros vão pensar de sua incorporação. Você não está ali para agradar ninguém. A mediunidade é uma relação íntima e pessoal com seus guias. Não adianta ficar se comparando. Cada um possui seu processo particular. Se alguém pode lhe dizer alguma coisa é seu sacerdote, e assim ele fará se for necessário. Do contrário, apenas ignore o olhar das outras pessoas.

Não fique se torturando, questionando-se se é você ou o seu guia. Os dois estão presentes. Você apenas permite a entidade tomar a frente, confiar nela. Não espere que você simplesmente terá um apagão e ficar inconsciente como uma espécie de prova de que está realmente ocorrendo a incorporação. Não é assim que funciona. A consciência na incorporação tem seus benefícios. Apenas deixa fluir o que sentir.

Não se apegue a sinais exteriores. Você não precisa tremer, suar, gritar, entortar para confirmar que a entidade está ali. Mantenha os pés no chão. A espiritualidade é invisível aos olhos, mas sentida no coração. O objetivo não é a autoafirmação, mas o exercício da caridade a todos que procuram.

A.D.





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07/10/2020

Guia Chefe



A mediunidade serve para que possamos crescer e ajudar outros a crescerem também. Há diversas maneiras de se entender o tipo e a condição de trabalho da mediunidade. O médium sempre será um intermediário. A essência do trabalho caberá sempre ao Guia.

E uma das perguntas comuns recebidas é COMO SABER MEU GUIA CHEFE?

Cada médium tem sempre um espírito que é líder em seus trabalhos.

Que se apresenta mais e que responde mais vezes quando solicitado pelo médium. Todas as falanges de trabalhadores ligadas àquele médium estão “subordinadas” a ele. Este é o chamado “guia chefe”, “guia de frente” ou “chefe de cabeça”.

Em geral, é um caboclo ou preto velho, mas pode também pertencer a outras linhas em casos específicos.

O Próprio guia de frente deverá se apresentar. É um erro comum tentar prever isso em algum momento, ou o médium ou zelador tentar “forçar” que seja esta ou aquela entidade, por questões de afinidade.

Percorrendo nossa caminhada espiritual enquanto médiuns iremos nos encontrar com vários espíritos trabalhadores que influenciarão muito em nossas vidas. Todos os guias em que vibramos, incorporamos e/ou conhecemos são com certezas muito importantes pra nós, mas quase todos os médiuns em iniciação ou desenvolvimento buscam encontrar o que seria o guia chefe ou o mentor, que nos acompanha desde o dia de nosso nascimento e o espírito que nos acolherá em nosso desenlace.

Mas o que seria um GUIA CHEFE? Todos nós nascemos completos e viemos a Terra com missão pré-determinada pela espiritualidade superior. Somos escolhidos por nossos ORIXÁS (pai e mãe de cabeça e Orixá ancestral).

Nossos ORIXÁS são força vital que mora em nossa essência e em nossa genética espiritual, está presente em todas as nossas encarnações. Somos energia em movimento. Somos a água das senhoras Iemanjá, Oxum, Nanã ou somos o fogo de Xangô, ou a força dos ventos e tempestades de Oya, e essa força reside em nós influenciando nossa personalidade, nossas características físicas, etc...

Nossos guias chefes são espíritos que, ao contrário de nossos orixás, já foram seres encarnados, viveram nesse plano de existência, para a partir das experiências obtidas em suas passagens terrenas por evolução espiritual ocupam hoje a posição de mestres ou mentores. Esses mestres ou mentores esgotaram suas necessidades de encarnação e hoje divinizados tem missão maior. Dirigem a espiritualidade dos encarnados que escolheram para guiar. Nossos guias chefes podem ser caboclos ( de couro e de pena) , pretos e pretas velhas, e em alguns casos inclusive ibejis (crianças do astral). O que determina a possibilidade de um espirito se tornar um GUIA CHEFE é a filiação desse espirito a uma falange de trabalho espiritual, alcançar a evolução necessária e receber da espiritualidade a missão de conduzir um médium. Essa condução começa na Infância e acontece através de sonhos e não é incomum que o médium lembre de instruções ou intuições passadas pelos seus mentores enquanto criança.

Chico Xavier fala da missão de nossos mentores/guias chefes: “O mentor é um espírito que se comprometeu com o trabalho espiritual do médium, dedicando parte do seu tempo para preparar o médium para sua tarefa, trabalhar ao seu lado e fazer o possível para protegê-lo do contato com as energias degradantes do astral inferior.”

Em algumas casas, os médiuns trabalham somente com os guias chefes. Mas é perfeitamente possível que um médium trabalhe com entidades de todas as falanges.

Como conhecemos nosso GUIA CHEFE? Isso vai depender da sua casa Umbandista. O mentor já interage em nossa vida espiritual como explicado anteriormente, mas é no processo de desenvolvimento mediúnico que vão surgindo as primeiras manifestações desse guia que por serem ou muito intensas, ou muito brandas destoam totalmente das manifestações dos outros guias. Nessa fase eles se comportam de forma diferenciada, cuidando muito mais de sintonizar a energia do médium. No momento apropriado esse médium irá passar por rituais internos que preparam o físico, o mental e o espiritual para esse primeiro contato pleno onde o GUIA CHEFE traz seu nome , seu ponto riscado e cantado para a partir desse momento ser reconhecido pelo médium e por todos como o responsável junto com os ORIXÁS e a egrégora da casa escolhida pelo médium para conduzir sua caminhada espiritual.

A maioria dos médiuns gosta mais de trabalhar com seu guia chefe, devido a essa afinidade. Isso é muito comum. Errado é impedir que outras entidades trabalhem só porque você gosta mais de uma delas. Quase todo médium tem mais afinidade com alguma falange específica de trabalhadores, ou com um determinado guia espiritual. O que não pode acontecer é deixar a vaidade sobressair as questões da espiritualidade.

A entidade Guia Chefe de Cabeça é responsável pela nossa evolução espiritual, cuidando de nos ensinar, doutrinar e guiar dentro da espiritualidade, sempre que buscamos tais atributos. Sendo também o ordenador de toda a nossa trama de guias, pois as demais entidades – “de direita e de esquerda” – submetem-se à sua autoridade que é exercida de forma totalmente pacífica e serena, sem conflitos. Cabe esclarecer ainda que podem não ser necessariamente da mesma linhagem desses Orixás, ou seja: um filho de Xangô com Oxum pode ter como guia chefe de cabeça um caboclo de Oxóssi ou um Preto Velho de Ogum. Isso não interfere em nada.

Autoria desconhecida




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06/07/2020

A Missão

A Missão

Meu filho, você vai encarnar e levará consigo a condição de ser um médium umbandista. Talvez você desista antes de começar, afinal muitos fazem isso por medo. Caso aceite a tarefa, esteja preparado para dividir suas energias com os necessitados, para sofrer com as dores dos outros e ser atacado pelos desafetos espirituais dos que lhe pedirem ajuda. É possível ainda que depois de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para resolver os problemas dos que lhe procurarem, as pessoas lhe virem as costas quando o necessitado for você.

Tudo isso faz parte dessa missão que nosso Senhor Oxalá lhe oferece como dádiva. Se Ele mesmo foi à cruz quando veio em Terra com o nome Jesus, o que se pode esperar para quem deseja servir o Supremo Mestre? Somente renúncia, sacrifício e dificuldades esperam os médiuns da Luz Maior.

Todavia, por esses dolorosos meios você também encontrará a felicidade incomparável de se sentir um espírito eterno, liberto dos flagelos do egoísmo e da vaidade decorrentes do apego ao mundo da forma. Essa é sua grande oportunidade de se libertar dos karmas negativos do passado.

Sendo você vencedor de suas próprias tentações e fraquezas, consolidará definitivamente a semente do Bem que plantamos no seu coração e na sua alma.

Vai, filho, seja fiel ao seus guias e estaremos sempre contigo ao longo de tua existência na carne até que possamos nos encontrar novamente em espírito e verdade diante dos portais de Aruanda...

Autor desconhecido





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22/03/2020

Médium de quê?

Médium de Quê?


Muitas vezes nos deixamos levar por estados de tensão deliberada e sucumbimos a forças violentas que nos envolvem mental e emocionalmente, formando um barril de pólvora psíquica que pode a qualquer momento explodir em atos de cólera avassaladora, agressão interna e fazer com que nos tornemos médiuns de atitudes pecaminosas e sejamos arrastados nas ondas psíquicas* e emocionais de agentes extrafísicos** da mesma natureza, tornando-se parte de uma reação em cadeia na qual já não se consegue mais distinguir quem é o obsessor e quem é o obsidiado.

Assim podemos nos tornar médiuns da desarmonia e da infelicidade, tornando-nos loucos temporários, permitimos-nos vivenciar as conseqüências de nossos próprios condicionamentos viciosos e diários, conscientes e inconscientes.

Depois nos permitimos chorar como crianças perdidas na noite escura, culpando uma vida que julgamos injusta, sentindo a dor dos sentimentos e emoções densas extravasadas e tentando se adequar à uma realidade agora arrasada pelo ódio e sofrendo as conseqüências do teor dos atos que praticamos.

Somos sempre influenciados e sugestionados uns pelos outros. Mas, no final, a decisão à vontade da prática de qualquer ato é sempre da própria pessoa. Mesmo que tenhamos em nossa companhia os piores tipos, a decisão final de qualquer ato que se pratique é da própria pessoa.

O quanto tentamos nos esconder atrás de nossas máscaras*** de “anjos” sem nos darmos conta de nossos defeitos escondidos em baixo do “manto da espiritualidade oca e vazia?”.

O quanto somos médiuns da nossa turbulência interna que não encontra paz na “Terra de nós mesmos?****”

Para o verdadeiro trabalho espiritual, devemos encontrar força em nossa “herança cósmica”*****, muita determinação e vontade inabalável para vencer os nossos fantasmas do passado, nossas formas mentais oriundas de um passado mal resolvido, de muitas vidas manchadas pelo que chamávamos de “justiça”, feita através da espada banhada a sangue, onde as feridas abertas na Terra permanecem como cicatrizes espirituais de um passado cheio de dor, sem lucidez.
Hoje encontramos possibilidade de renovação, de limpar essas manchas com a luz do discernimento e do amor aos mesmos próximos de outrora!

Somos seres condicionados a atos violentos, explosões emocionais variadas. Temos nossas emoções e pensamentos moldados pelo ódio, pela vaidade, pela ganância, pela arrogância durante milhares de anos, mas hoje recebemos vinhas de luz que nos permitem trabalhar a cada dia para dissolver gradativamente nossos desvios, tornando-nos um caminho direto para a luz espiritual de fraternidade e compaixão.

Não deixemos nosso paiol se encher com a mesma pólvora que nos faz explodir vida após vida, e que cada ser espiritual que se aproximar seja tocado pela força e coragem de mudar, pela esperança de se tornar algo melhor a cada dia mudando assim a realidade a nossa volta.

Que nossos encontros espirituais se tornem comemorações extrafísicas****** de pessoas que olham para um passado longínquo e sentem no brilho do olhar a beleza da esperança de uma nova vida livre da dor do ódio e da discórdia. Com um abraço fraterno e um caminhar de mãos dadas onde o único risco é o de ser atingido pelas flechas do amor e do discernimento no caminho da evolução espiritual.

Vanderlei Oliveira


Notas:

* Ondas psíquicas: Ondas mentais criadas por grupos de pessoas com idéias afins.

** Agentes extrafísicos: Seres espirituais que se manifestam sem serem vistos por não possuírem o corpo físico mais denso.

*** Máscaras de Anjos, ou Máscaras espirituais: São nossas “capas”, em ambientes espirituais. Tentamos passar a imagem de anjinhos escondendo e sem dar conta de que o ego camufla nossos verdadeiros defeitos, escondendo-os até de nós mesmos.

**** Terra de nós mesmos: Termo utilizado pelo amparador Emmanuel, através de Chico Xavier, para designar o nosso próprio interior, nossos próprios pensamentos, sentimentos e emoções.

***** Herança cósmica: O potencial divino existente em todos os seres. A luz espiritual que reside e sustenta todas as formas de vida.

******Comemorações extrafísicas: Encontros de grupo de desencarnados que viveram momentos em conjunto em encarnações na Terra e se encontram para matar saudade e relembrar passagens de vidas que ficaram para trás.




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03/02/2020

Médiuns e as Dificuldades da Vida

Médiuns e as Dificuldades da Vida

A sua fé vai ser sempre testada, não tenha medo, confie.

Vivemos num planeta, ou num plano espiritual de expiações e provas.

Existe uma Lei Maior que regula todas as reações da vida, e não existe como anulá-la, neutralizá-la de forma mágica ou milagrosa. Ninguém vai conseguir limpar o seu karma, nem isentar você dos seus aprendizados, ou mesmo, se assim preferir, das suas lições de vida.

A única forma que eu conheço para diminuir as dificuldades existentes nos caminhos, sejam elas materiais, financeiras, profissionais, sentimentais, espirituais, energéticas, etc. é realizar um trabalho de investimento interior, de reeducação interna, procurando desenvolver um maior equilíbrio psíquico, emocional, comportamental, ético e espiritual.

Ninguém pode fazer um curso, um tratamento, um trabalho espiritual acreditando que ficará livre de seus aprendizados na vida, alguns até mesmo dolorosos.

A espiritualidade não opera milagres sem nós criarmos a ambiência (condições) interna e externa necessária para isso. Ela “apenas” nos instrumentaliza para que nós possamos nos capacitar cada vez mais a nível psíquico, mental, emocional, espiritual e energético para assim estarmos mais preparados para enfrentarmos os nossos desafios. Eles favorecem, geram as condições necessárias para nos auto-superarmos e superarmos as dificuldades ou as provações (consequências) da vida.

Lembre-se que não estamos sozinhos no universo e todas as ações que tomamos gera consequências, positivas ou negativas na nossa vida, assim como na vida dos outros. Isso se dá para atitudes dos outros também, sofremos em nossa vida consequências das atitudes alheias.

Muitas vezes vemos médiuns espiritualistas indignados pelas dificuldades que vivenciam em sua vida, justamente por acharem que por estarem envolvidos na e com a espiritualidade, deveriam ser eximidos das dificuldades da vida, conseguirem conquistar tudo que querem, ou mesmo não ter que passar pelos entrechoques emocionais, energéticos, comportamentais e espirituais tão comuns e naturais a nossa realidade dual e humana.

Infelizmente, não é bem assim que a vida funciona.

Muitas vezes, devido a ideia fantasiosa, acabam por se achar missionários e não apenas um simples trabalhador da espiritualidade, muitas vezes endividados com as leis da vida, acabam por isso a não se acharem protegidos, ou mesmo desprivilegiados por seus Guias e Mentores. Esquecem-se que a dívida persegue sempre o endividado, ou como é dito na Lei de Umbanda: quem deve paga, quem merece recebe! E todos nós temos sempre algo a equilibrar, ou a resolver connosco mesmo ou com a vida. E a vida, mestra em sua ação, acaba por criar, gerar as condições necessárias para que possamos aprender o que precisamos, assim com a nos fortalecer psíquico, emocional, espiritual e energeticamente.

Não descredite nos seus Guias, nos seus mentores, nos Poderes e Mistérios Divinos por a vida não corresponder aos seus intentos, as suas vontades. Tenha a certeza que talvez seria muito mais complicado se você não pudesse contar com o auxílio, com a intervenção deles na sua vida. Todos fazem o melhor que podem de acordo com suas condições e programação de vida.

Deixo aqui uma reflexão: Pegadas na areia de “Mary Stevenson”

“Uma noite eu tive um sonho…

Sonhei que estava andando na praia com o Senhor e no céu passavam cenas de minha vida.

Para cada cena que passava, percebi que eram deixados dois pares de pegadas na areia: um era meu e o outro do Senhor.

Quando a última cena da minha vida passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia, e notei que muitas vezes, no caminho da minha vida, havia apenas um par de pegadas na areia.

Notei também que isso aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiantes da minha vida.

Isso aborreceu-me deveras e perguntei então ao meu Senhor:

– Senhor, tu não me disseste que, tendo eu resolvido te seguir, tu andarias sempre comigo, em todo o caminho?

Contudo, notei que durante as maiores tribulações do meu viver, havia apenas um par de pegadas na areia.

Não compreendo por que nas horas em que eu mais necessitava de ti, tu me deixaste sozinho.

O Senhor me respondeu:

– Meu querido filho.

Jamais te deixaria nas horas de prova e de sofrimento.

Quando viste na areia, apenas um par de pegadas, eram as minhas.

Foi exatamente aí, que te carreguei nos braços”.


Heldney Cals




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