Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca: A Cura

29/04/2018

Apometria

Apometria

A palavra Apometria vem do grego, em que Apo significa “Além de” ou “fora de”; enquanto Metria significa algo relativo à “medida”. A Apometria é uma técnica de desdobramento, que pode ser usada em pessoas de qualquer idade; gênero, e que possa estar passando por quaisquer enfermidade, até aquelas deficiências de ordem mental, que a medicina terrena ainda não encontra explicações. A técnica consiste no desdobramento entre o corpo físico e o corpo astral, mas não é considerada mediunismo. Ela permite que os mentores e médicos do trabalho espiritual possam analisar, diagnosticar e tratar o problema com mais eficácia e rapidez. Não existem resistências aos comandos de desdobramento feitos pela equipe de Apometria, uma vez que o paciente pode desdobrar mesmo estando em plena consciência, isso é, acordado. No processo, não só os enfermos encarnados recebem o tratamento, mas também os desencarnados que estão próximos ao encarnado, inclusive os obsessores.

As 13 leis da Apometria:

Primeira Lei: Lei Do Desdobramento Espiritual.
Segunda Lei: Lei Do Acoplamento Físico.
Terceira Lei: Lei Da Ação À Distancia, Pelo Espírito Desdobrado.
Quarta Lei: Lei Da Formação Dos Campos-De-Força.
Quinta Lei: Lei Da Revitalização Dos Médiuns.
Sexta Lei: Lei Da Condução Do Espírito Desdobrado, De Paciente Encarnado, Para Os Planos Mais Altos, Em Hospitais Do Astral.
Sétima Lei: Lei Da Ação Dos Espíritos Desencarnados Socorristas Sobre OsPacientes Desdobrados.
Oitava Lei: Lei do Ajustamento de Sintonia Vibratória dos Espíritos Desencarnados com o Médium ou Com Outros Espíritos Desencarnados, Ou de Ajustamento da Sintonia Destes com o Ambiente Para Onde, Momentaneamente, Forem Enviados.
Nona Lei: Lei Do Deslocamento De Um Espírito No Espaço E No Tempo.
Décima Lei: Lei Da Dissociação Do Espaço-Tempo.
Décima Primeira Lei: Lei Da Ação Telúrica Sobre Os Espíritos Desencarnados Que Evitam A Reencarnação.
Décima Segunda Lei: Lei Do Choque Do Tempo.
Décima Terceira Lei: Lei Da Influência Dos Espíritos Desencarnados, Em Sofrimento, Vivendo Ainda No Passado, Sobre O Presente Dos Doentes Obsidiados.

As Técnicas da Apometria

Além das leis descritas acima, temos mais algumas técnicas fundamentais na prática da Apometria.

A Apometria tem consolidado e aperfeiçoado várias técnicas de tratamento espiritual ao longo do tempo, mas o presente artigo não pretende esgotar todas, pois são inúmeras técnicas usadas até porque estas técnicas podem sofrer modificações com o passar do tempo, devido ao aprimoramento e novas instruções que são repassadas pela Espiritualidade Maior.

Algumas das técnicas consistem na aplicação das Leis da Apometria na prática, exemplo:

Em primeiro momento existe a aplicação da Primeira Lei da Apometria, a Lei do Desdobramento Espiritual. É a partir daí que obteremos a separação do corpo espiritual (corpo astral), de qualquer criatura humana, de seu corpo físico, podemos então, assistir os desencarnados no plano espiritual, com vantagens inestimáveis tanto para eles como para os encarnados que lhes sofrem as obsessões.

Com o auxílio desta técnica, os corpos espirituais de encarnados também podem ser incorporados em médiuns, de modo a serem tratados espiritualmente inclusive serem enviados a hospitais astrais para tratamento.

No segundo momento temos a aplicação da Segunda Lei da Apometria, a Lei do Acoplamento Físico. Se o espírito da pessoa desdobrada estiver longe do corpo, comanda-se primeiramente a sua volta para perto do corpo físico. Em seguida projetam-se impulsos (ou pulsos) energéticos através de contagem, ao mesmo tempo que se comanda a reintegração no corpo físico.

Caso não seja completada a reintegração, a pessoa sente tonturas, mal-estar ou sensação de vazio que pode durar algumas horas. Via de regra, há reintegração espontânea em poucos minutos (mesmo sem comando); não existe o perigo de alguém permanecer desdobrado, pois o corpo físico exerce atração automática sobre o corpo astral.

Apesar disso não se deve deixar uma pessoa desdobrada, ou, mesmo, mal acoplada, para evitar ocorrência de indisposições de qualquer natureza, ainda que passageiras.

Dentre algumas das técnicas utilizadas estão:

Despolarização dos Estímulos da Memória; Técnicas de Impregnação Magnética Mental com Imagens Positivas; Técnicas de Sintonia Psíquica com os Espíritos; Incorporação entre Vivos; Dissociação do Espaço-Tempo; Regressão no Espaço e no Tempo; Técnica de Revitalização dos Médiuns; Tratamentos Especiais para Magos Negros; Utilização dos Espíritos da Natureza; Esterilização Espiritual do Ambiente de Trabalho; Cura das Lesões no Corpo Astral dos Espíritos Desencarnados; Cirurgias Astrais; Técnica de Destruição de Bases Astrais Maléficas (…)

Apometria para Iniciantes - Geraldo Magela


***

A apometria é uma técnica na qual o objeto de trabalho é algo que está "além da medida", ou seja, além do corpo físico que é o que conseguimos perceber. Além do corpo físico existem outros corpos que também são formas de manifestação de nossa consciência, cuja existência já foi detalhadamente explicada pelas linhas oculistas e teosóficas.

Apesar dos corpos sutis não serem vistos pela visão material, muitos dos nossos problemas de saúde, relacionamentos e trabalho não estão "localizados" no corpo físico e sim em algum corpo sutil. É por esse motivo que em muitos casos, não conseguimos resolver um problema de saúde tratando somente os efeitos no corpo físico. Nesse caso, utilizamos as técnicas apométricas para localizar e harmonizar a origem do problema que pode estar em um corpo sutil, assim a probabilidade de cura é muito maior.

Apometria é uma ferramenta que o plano espiritual nos colocou para atendimento fraterno. Pode ser aplicada em todas as criaturas, não importando idade, saúde ou estado de sanidade mental, respeita e convive em perfeita harmonia com todas as religiões que orientam na pratica do bem e do amor. A equipe espiritual trabalha juntamente à equipe apométrica com amoroso propósito de auxílio, ao término do trabalho estará com suas energias equilibradas e o trabalho espiritual permitido terá sido realizado, porém, se não houver o desejo de auto-transformação por parte do paciente, de nada vale esse trabalho de luz, pois somos donos de nossos destinos e cabe a nós agarrar essa oportunidade de recomeço.

Associação Espírita Jacob.



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19/11/2017

O Benzimento

O Benzimento

Segundo o dicionário, a palavra benzer vem de fazer a cruz. E é com esse símbolo que a maioria dos benzimentos tem início.

Na cultura popular, corpo e espírito não se separam, tampouco desliga-se o homem do cosmos, ou a vida da religião. Para todos os males que atingem o corpo e a alma do homem sempre há uma reza para curar. É por isso que, apesar do tempo e dos avanços da medicina, a tradição dos benzedores ainda persiste na nossa moderna sociedade capitalista.

Acreditando ou não no poder da reza, tem sempre aqueles que procuram, nas rezas e nas benzeções, uma cura para a sua doença ou um alívio para a sua dor.

O que é o benzimento?

Benzer significa tornar Bento ou Santo. Benzer uma pessoa é o ato de rezá-la, pedindo que dela se afastem todos os males ou o mal específico que lhe esteja afligindo.

Faz-se o “sinal da cruz” sobre a pessoa, animal ou objeto, recitando orações diversas com o objetivo de consagrá-la ao divino e pedir para o favor do céu, abençoando.

A bênção é um veículo que possibilita ao seu executor estabelecer relações de solidariedade e de aliança com os santos, de um lado, com os homens de outro e entre ambos, simultaneamente (Oliveira, 1985).

É uma prática muito antiga a muitas culturas, mas aqui no Brasil ganhou força no período da colonização junto aos imigrantes que chegaram.

Vale lembrar que os próprios Índios aqui já estabelecidos praticavam seus rituais de cura dentro de um conjunto de orações no seu próprio dialeto.

A maioria das benzedeiras são idosas, católicas, com pouca escolaridade e baixa renda.

Elas encaram seu ofício como um serviço assumido por tradição e em resposta a necessidades, da comunidade. Não cobram pelos benzimentos, mas geralmente os que procuram seus serviços, levam presentes como forma de agradecimento.

No quadro dos colonos tínhamos duas classes predominantes no Benzimento:

As parteiras e os benzedeiros.

O benzimento é uma técnica simples, independente de crença ou religião, de dia, lua, horário ou local para ser praticado.

Quem pode benzer?

Alguns dizem que o benzimento só pode ser praticado quando se aprende dentro de uma tradição ou quando se é passado por alguém da própria família.

A maioria das antigas benzedeiras relatam que aprenderam com alguém da família ou que foram apadrinhadas por outra benzedeira pois tinham o dom. Algumas relatam que receberam as orações e a missão de benzer durante um sonho.

Atualmente muitas pessoas defendem que para praticar o benzimento não é preciso ser médium, possuir dons espirituais, nem ter nenhum tipo de pré-requisito além da vontade de ajudar ao próximo. Sendo assim o Benzimento é livre a qualquer pessoa que queira aprender.

Qualquer pessoa pode fazê-lo desde que tenha fé na força que vem de Deus e que habita em cada um de nós.

Através da vontade no bem, criamos um campo fluidico cheio de magnetismo benéfico, repleto de agentes restauradores de forças e energias gastas, que ao serem repostas, atuam na reparação dos males que se instalaram.

O que pode ser benzido?

As enfermidades curadas pelas benzedeiras se configuram como perturbações que atingem não apenas o corpo, a esfera física, mas estão relacionadas a questões sociais, psicológicas e/ou espirituais que afetam o cotidiano.

Enquanto a Medicina científica se concentra nos aspectos biológicos do processo saúde-doença, a benzeção ocupa-se de perturbações que desequilibram a vida das pessoas e que podem ser causadas por um amplo leque de fatores, aproximando-se mais da forma subjetiva como as pessoas vivenciam o processo saúde-doença. Além disso, a eficácia do benzimento está estreitamente relacionada ao modo como as pessoas percebem a saúde e a doença.

A BENZEDURA COMO PRÁTICA TERAPÊUTICA

Negócios, mal no corpo, doenças físicas, psicológicas ou espirituais, sapinho na boca, quebranto, mau olhado, etc. Algumas benzedeiras se especializam em determinadas rezas. Por exemplo: geralmente as mulheres benzem crianças e os homens picadas de cobra.

Elementos no benzimento

O dom ou a faculdade de curativa é inerente ao benzedor, a preferência por certo objeto, erva, ou certa gesticulação, serve-lhe de catalizador do próprio benzimento.

Os elementos utilizados são diversos, tais como:

Vela, tesoura, faca, carvão, ervas, água, ramos, sal, Bíblia, rosários, fios de linha, etc.

O elemento mais popular é o ramo. Algumas benzedeiras dizem que quando não usam o ramo o mal “vira prá elas”; após a reza, se a pessoa estiver carregada, as folhas ficam “murchas”. Pode-se usar qualquer tipo ramos de plantas para realizar o benzimento.

Dentre as ervas podemos citar a arruda, o alecrim, o alevante, o guiné. Pelas propriedades de cada uma delas, de limpar a energia negativa. Ou ainda alguma erva que a benzedeira use somente para esse fim.

Também são utilizados elementos em rezas específicas, como por exemplo uma faca para cortar o mau olhado ou o ramo de oliveira para a “vermelhidão”. No entanto é importante que aqueles que queiram iniciar a prática do benzimento saibam que os elementos não são necessários.

Quando mencionamos o uso de objetos dentro do benzimento, notamos que na realidade se vincula aos mesmos no plano etéreo suas atuações idênticas no plano físico.

Quando utilizamos facas para se benzer, nem sempre esta prática é bem aceita pois a associação que se faz com este elemento esta sempre ligada ao negativo. Olhando por um prisma espiritual verificaremos que a faca tem uma única função “CORTAR" e não se dever ser associado a ela a AÇÃO que o ser vivente toma com a mesma, sendo esta segunda de total responsabilidade de quem o faz.

Ao benzermos uma pessoa com o uso de uma faca, pouco importa sua forma ou alegoria que nela seja colocada, nem tão pouco se tenha corte ou não, pois em momento algum há o contato dela e de seu fio de corte com a pessoa que esta sendo benzida, ficando a atuação somente no campo ritualístico.

Os movimentos neste benzimento devem ser lentos para não assustar o assistido e vale lembrar que a fé é elemento propulsor de energia e sem a mesma nada se realiza.

Géro Maita



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06/11/2017

A Natureza do Perispírito

A Natureza do Perispírito

Conhecer melhor o corpo fluídico que envolve o espírito é a chave que permite compreender a enorme gama de fenômenos mediúnicos.

Alcione Rebelo Novelino - Associação Médico-Espírita do Brasil

Perispírito, corpo fluídico ou corpo espiritual, no dizer dos espíritos, é um corpo fluido que envolve o espírito. Kardec é quem deu a este corpo fluídico o nome de perispírito, em alusão ao perisperma, membrana que envolve a semente de um fruto.

O perispírito é um dos produtos mais importantes do Fluido Cósmico Universal. "É uma condensação deste fluido em torno de um foco inteligente ou alma". Tanto o corpo carnal como o perispírito são matéria e derivam do fluido cósmico, mas a matéria de ambos se encontra em diferentes condições vibratórias, como diria André Luiz.

Praticamente todas as civilizações humanas do passado falaram no perispírito. Os egípcios conheciam-no como o "KHA". Na índia, no Rig Veja, fala-se em "Iíngua-sharira", enquanto que no esoterismo judeu é o "nephesh". Paracelso o chamou de "corpo astral" ou "evestrum" e Paulo de Tarso o denominou como "corpo espiritual" ou "corpo incorruptível".

Formado dos fluidos espirituais de cada globo, o perispírito varia de acordo com o meio onde se encontra. Suas características dependem do nível moral e espiritual alcançado por cada individualidade, pois é esta moral idade e espiritualidade alcançada em numerosas experiências reencarnatórias que funcionará como um foco de atração para este ou aquele elemento (átomo) da matéria espiritual, de sorte que o perispírito retratará sempre o nível espiritual de cada criatura.

Portanto, o corpo espiritual ou perispírito tem uma forma para se constituir bem distinta do corpo físico. Enquanto que este é formado basicamente dos elementos carbono, oxigênio, hidrogênio e nitrogênio (constituintes básicos da matéria orgânica), os átomos espirituais que compõem o perispírito variam de acordo com sua evolução.

MATRIZ ESPIRITUAL DO CORPO

Kardec nos ensina que o perispírito, por meio de uma expansão do mesmo, une-se ao ser humano desde o momento da fecundação do óvulo pelo espermatozóide. Daí para frente, orienta a divisão celular do mesmo, unindo-se ao corpo físico célula a célula, órgão a órgão, molécula a molécula, átomo a átomo. Esta união permanece por toda a vida física do indivíduo e só por ocasião da morte do corpo físico é que ocorre a desunião do perispírito, quando ele volta ao mundo espiritual, que é seu local de origem.

Orientando a divisão celular, o perispírito é, por isso mesmo, a matriz do corpo físico. Numerosos fenômenos podem ser explicados quando conseguimos perceber que a matriz do corpo físico se encontra fora do mesmo, embora agregado a ele. Um deles é o intrincado fenômeno da embriogênese.

É muito conhecido entre os embriologistas e curiosos o fato de que, quando nos estágios iniciais de formação do embrião, ao se colocar uma célula que, em seu lugar de origem, já estava sendo diferenciada para dar formação a uma estrutura do aparelho digestivo, por exemplo, em um local que deveria redundar no olho do organismo, esta célula que já estava se diferenciando regride para seu estágio de indiferenciação e começa agora a se diferenciar novamente, para ajudar a formar o olho do organismo. Tudo se passa como se, por trás da gênese orgânica, houvesse "algo" que orientasse sua formação.

É a este algo que o fisiologista francês Claude Bernard dá o nome de "idéia diretriz", Hans Driesch dá o nome de "intelékia" e o dr. Hernani Guimarães Andrade, parapsicólogo brasileiro, dá o nome de "modelo organizador biológico". O Espiritismo nos ensina que esse "algo" que organiza a matéria orgânica nada mais é que uma das propriedades do perispírito que se manifesta como a matriz orientadora do corpo físico.

O leitor poderá objetar que tal princípio está concentrado nos genes que estão inseridos nos cromossomos das células, como vem demonstrando tão bem a genética, ciência que estuda os fenômenos da hereditariedade. Sem dúvida, a genética tem elucidado muitas leis que regem a hereditariedade, mas está longe de conhecer e explicar todos os fenômenos da organogênese.

Dentre os muitos fatos que a genética ainda não consegue explicar, poderíamos citar como exemplo o curioso fato das moscas sem olhos. O dr. Hernani Guimarães Andrade relata em seu livro Psi Quântico que "realizando o cruzamento entre si, as moscas das frutas (Orosophila melanogaster) portadoras dos genes recessivos correspondentes ao caráter "mosca sem olhos" podem gerar o aparecimento de moscas sem olhos. Neste caso, a linhagem é pura com relação a este caráter, o que quer dizer que, de acordo com as leis da genética, as descendências deverão ser sempre moscas sem olhos. Entretanto, não é isto exatamente o que ocorre. Depois de um certo número de gerações por entrecruzamento de moscas cegas, surgirão novamente moscas com olhos normais" .

Diante de fenômenos como este, os geneticistas se perguntam: o que aconteceu ou o que interferiu nos genes para provocar tal mutação e corrigir o defeito da cegueira das moscas? Para tal pergunta, a genética não tem resposta. No entanto, se ela não responde, o Espiritismo o faz, quando nos afirma que toda a experiência da vida no planeta está registrada no perispírito e que, por isso mesmo, quando ocorre alguma anomalia no código genético da matéria, o espírito lança mão do arquivo mnemônico do perispírito para corrigi-Ia, provocando pequenas alterações nos genes no transcorrer das gerações, até que o defeito ou anomalia seja corrigido.

O Espiritismo não veio para desacreditar a genética ou qualquer outra ciência, mas veio para se associar a ela, a fim de permitir explicar numerosos fatos que a ciência por si só logra fazê-lo.

É bem conhecido o fato de que, no ser humano, todas as células físicas se desgastam e são substituídas, de sorte que, excetuando-se as células do sistema nervoso, todas as outras células são trocadas. No espaço de aproximadamente oito anos, todas as células do organismo foram substituídas, mas, no entanto, a criatura conserva seus traços fisionômicos. Esta "memória" que permite a recomposição celular sem perda dos sinais fisionômicos do indivíduo é mais uma das propriedades do perispírito.

O perispírito retrata nosso estado mental, pois, como foi mencionado na introdução, a matéria espiritual que está agregada ao corpo espiritual depende do grau de desenvolvimento moral e espiritual do espírito. Daí decorre que o que a pessoa é está estampado em sua fisionomia.

ALTERAÇÕES TRANSITÓRIAS DA FORMA

Uma das características da matéria espiritual é o fato dela ser muito dócil à ação plasmatizante do pensamento. Ela sofre a ação do pensamento e se modela de acordo com as sugestões do mesmo. Isto nos permite compreender uma série de fenômenos do plano espiritual. Um deles é o fato de que, estando o espírito condicionado que está doente, enfiridado ou aleijado, plasma em seu organismo, por mecanismos de auto-sugestões mentais, os sinais das moléstias que acredita possuir, enfiridando-se ou provocando aleijões. No entanto, basta se libertar dos condicionamentos para que o organismo espiritual volte a se apresentar totalmente saudável.

Estas sugestões podem também chegar ao espírito por via indireta, através de forte sugestão mental vinda de um outro espírito. André Luiz, espírito que nos escreve através da medi unidade psicográfica de Chico Xavier, conta em seu livro Libertação como uma mulher no plano espiritual, após sofrer fortes sugestões mentais hipnóticas de um outro espírito de que era uma loba, acabou por acatá-las, incorporando-as ao seu perispírito, cuja matéria espiritual se modelou de acordo com as sugestões.

Gradativamente, as expressões fisionômicas dessa senhora foram se modificando até tomar a forma de uma loba. Estes fenômenos de transformação fisionômica do espírito por sugestões hipnóticas é conhecido como "Iicantropia". No entanto, é preciso que se esclareça que esta é uma alteração provisória e não definitiva, pois quando cessam as sugestões hipnóticas, imediatamente o indivíduo recupera sua fisionomia humana. Portanto, não se trata de um retrocesso involutivo, o que nunca acontece, conforme nos esclarece a doutrina espírita.

A matéria espiritual se situa em um espaço diferente do nosso, possivelmente em um espaço de mais de três dimensões. Isto nos permite compreender o porquê do corpo espiritual ou perispírito poder atravessar nossa matéria sem impedimento. Um espírito pode atravessar nossas paredes e nossas portas mesmo que fechadas.

PERCEPÇÕES E SENSAÇÕES

No corpo físico, a percepção do mundo exterior é feita através dos órgãos dos sentidos. Exceto o fato que nos permite perceber o meio que nos cerca através de todo o nosso organismo, nós só podemos ouvir pelos nossos ouvidos, ver pelos olhos, degustar pelo paladar e sentir os odores pelo nosso olfato.

No entanto, no plano espiritual, pode-se perceber o mundo espiritual através de todo o perispírito, isto é, pode-se ver, sentir, ouvir, perceber odores e o gosto das substâncias por qualquer parte do perispírito e não somente pelos órgãos dos sentidos.

Alguns fatos paranormais estudados por nossos cientistas parecem apoiar estes conceitos. O dr. César
Lombroso, famoso metapsiquista italiano, teve, no transcorrer de sua vida, vários médiuns de renome à sua disposição e que lhe permitiram interessantes pesquisas e estudos.

Certa feita, trabalhou com sensitivas que apresentavam uma sensibilidade exacerbada quando em estado hipnótico. Estas sensitivas, quando em transe hipnótico, eram capazes de perceber odores e sons pelas mais variadas localizações de seu corpo. Eram, por exemplo, capazes de sentir odores pelos pés, ouvirem pelos joelhos etc.

Se formos explicar o fato pela teoria espírita, o que ocorre é que no indivíduo em transe hipnótico, o perispírito se expande e se exterioriza além dos limites corporais. Como a sensibilidade do perispírito é global, a capacidade de penetrar o meio externo pode acontecer em qualquer ponto do organismo. No entanto, quando o indivíduo sair do estado hipnótico, o perispírito se recolhe aos limites do corpo físico e a percepção exterior volta a ser feita apenas através dos sentidos físicos.

Outros fatos que também parecem cooperar para que se acredite na sensibilidade global do perispírito são as experiências conscientes de desdobramento. O sr. Monroe, de nacionalidade norte-americana, apresenta esta interessante característica de se desdobrar conscientemente. Muitas dessas experiências ele relata em seu livro Viagens Fora do Corpo.

Em uma dessas viagens, conta o sr. Monroe que andava por um determinado local quando, sem que virasse a cabeça, teve a sensação de ter visto um determinado objeto que estaria situado atrás dele. Ao voltar a cabeça para trás, constatou a presença do objeto. Em inúmeras outras experiências de desdobramento, percebeu que poderia ver sem os olhos, até tomar consciência de que, estando desdobrado e com sua consciência trabalhando em seu perispírito, poderia ter uma visão de 360 graus e não necessitaria dos olhos para ver. Ver pelos olhos era tão somente um condicionamento que adquirira com seu corpo físico.

Como já conhecemos, a matéria que compõe o perispírito dos espíritos depende do grau evolutivo do mesmo. Quanto mais evoluído, maior é a capacidade do espírito de atrair átomos mais sutis da matéria espiritual para formar seu perispírito. Esses átomos mais sutis são de pouca densidade e muitas vezes emitem luminosidade. Esta baixa densidade permite a esses espíritos sofrerem uma atração gravitacional muito pequena do planeta onde se encontram, o que lhes facilita a locomoção e permite a alguns deles a volitação, isto é, a capacidade de voar. A luminosidade irradiada pelos átomos espirituais permite que esses espíritos irradiem luz e até mesmo possam ser reconhecidos por seu espectro luminoso.

FENÔMENOS MEDIÚNICOS

Todos os fenômenos mediúnicos acontecem graças às propriedades do perispírito. Portanto, no perispírito se encontra a chave para o conhecimento desses fenômenos.

Para que aconteça o fenômeno mediúnico, é preciso que o perispírito se expanda e se exteriorize para além do corpo físico. É o que Kardec chama de "exteriorização do perispírito". Assim expandido, o perispírito passa a exibir suas propriedades, apercebendo-se do meio espiritual que o cerca. Se essa percepção não impressionar nenhuma área específica do cérebro, o indivíduo tem uma percepção geral do plano espiritual, que lhe chega à consciência geralmente na forma de impressões emocionais, como de agrado ou desagrado. Quando estas impressões conseguem atingir determinadas áreas cerebrais, elas podem ser específicas e o indivíduo pode "ver" ou "ouvir" o mundo espiritual.
Os espíritos podem, por sua vontade (e isto também está na dependência de suas aquisições evolutivas), condensar as moléculas de seu perispírito até que as mesmas se aproximem das características das moléculas da matéria física, o que permite que sejam vistos pelos médiuns videntes.

A bicorporeidade é a visualização do espírito de um indivíduo encarnado. O indivíduo em desdobramento, isto é, com seu perispírito afastado de seu corpo físico, poderá também sofrer uma condensação de suas moléculas, que, se forem de grande intensidade, poderá impressionar até os olhos físicos de qualquer criatura, dando a impressão de que o indivíduo tem dois corpos, o que é vulgarmente conhecido como "homens duplos".

TRANSFIGURAÇÃO DO PERISPÍRITO

Na transfiguração, o médium em transe mediúnico sofre um apagamento de seus traços
fisionômicos e aparece a fisionomia da entidade comunicante.

O que parece ocorrer é que há uma exteriorização do perispírito do médium além dos limites de seu corpo físico. Por mecanismos de afinidades, ocorre uma sintonia do perispírito da entidade que deverá se comunicar, formando-se uma atmosfera psíquica perispiritual comum entre o médium e a entidade. Através desta atmosfera perispirítica comum, há uma simbiose de pensamentos, sentimentos e sensações de ambos. Em seguida, as moléculas do perispírito do médium sofrem uma condensação, formando uma névoa brumosa em torno do médium, escondendo seus traços fisionômicos. Por mecanismos telepáticos, o médium recebe as impressões fisionômicas da entidade comunicante e o próprio psiquismo do médium impressiona seu perispírito com os traços fisionômicos da entidade comunicante, dando a impressão de que a entidade entrou no corpo do médium. Este tipo de fenômeno é bastante raro.

Fenômeno ainda mais raro é quando o médium sofre uma transfiguração e, com seu perispírito exteriorizado e as moléculas do mesmo condensadas, permite que se veja seu estágio evolutivo estampado em seu perispírito. O caso mais inusitado de que se tem notícia é o fenômeno da transfiguração de Cristo no Monte Tabor.

Contam-nos os evangelistas que, certa feita, Cristo convidou três de seus discípulos (Pedro, João e Tiago) para orarem com ele numa alta montanha, que parece ser o Monte Tabor. Estando Cristo em oração, eis que o rosto deste resplandece como o sol, suas vestes ficam alvas como a luz e, como esta, surgiram Moisés e Elias a seu lado. E então Pedro disse: "Senhor, que bom é estarmos aqui, pois faremos três tendas, uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias". Isto ele dizia porque não sabia o que dizer. Neste momento, uma nuvem os cobriu e uma voz, como um trovão, surgiu de dentro dela e disse: "Este é o meu filho amado, em quem me com prazo, ouvi-o"! Os três apóstolos se assustaram tanto que colaram seus rostos ao chão.

Neste caso, podemos entender a transfiguração de Cristo como a exteriorização de seu perispírito, seguida pela condensação das moléculas do mesmo, permitindo que os discípulos o pudessem ver em toda sua glória, isto é, em toda sua evolução.

O estudo do perispírito é muito apaixonante. No conhecimento de sua natureza e propriedades se encontra a chave que nos permite compreender uma gama enorme de fenômenos biológicos, psíquicos e paranormais.




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02/11/2017

Como Surgem as Doenças?

Como surgem as doenças


Será que, ao nos sintonizarmos com energias e atitudes negativas, não estamos abrindo caminho para ficarmos doentes?

Antes de se falar em cura espiritual, é importante definirmos o que é uma doença. Seria ela um mal de fato? No livro Mãos de Luz, a curadora norte-americana Barbara Ann Brennan apresenta um raciocínio muito interessante: "Toda doença é uma mensagem direta dirigida a você, dizendo-lhe que não tem amado quem você é e nem se tratado com carinho, a fim de ser quem você é". De fato, todas as vezes que nosso corpo apresentar alguma "doença", isto deve ser tomado como um sinal de que alguma coisa não está bem.

A doença não é uma causa, é uma conseqüência proveniente das energias negativas que circulam por nossos organismos espiritual e material. O controle das energias é feito através dos pensamentos e dos sentimentos, portanto, possuímos energias que nos causam doenças porque somos indisciplinados mentalmente e emocionalmente. Em Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz explica que "assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual absorve elementos que lhe degradam, com reflexos sobre as células materiais".

Permanentemente, recebemos energia vital que vem do cosmo, da alimentação, da respiração e da irradiação das outras pessoas e para elas imprimimos a energia gerada por nós mesmos. Assim, somos responsáveis por emitir boas ou más energias às outras pessoas. A energia que irradiamos aos outros estará impregnada com nossa carga energética, isto é, carregada das energias de nossos pensamentos e de nossos sentimentos, sendo necessário que vigiemos o que pensamos e sentimos.

TIPOS DE DOENÇAS

Podemos classificar as doenças em três tipos: físicas, espirituais e atraídas ou simbióticas. As doenças físicas são distúrbios provocados por algum acidente, excesso de esforço ou exagero alimentar, entre outros, que fazem um ou mais órgãos não funcionarem como deveriam, criando uma indisposição orgânica.

As doenças espirituais são aquelas provenientes de nossas vibrações. O acúmulo de energias nocivas em nosso perispírito gera a auto-intoxicação fluídica. Quando estas energias descem para o organismo físico, criam um campo energético propício para a instalação de doenças que afetam todos os órgãos vitais, como coração, fígado, pulmões, estômago etc., arrastando um corolário de sofrimentos.

As energias nocivas que provocam as doenças espirituais podem ser oriundas de reencarnações anteriores, que se mantém no perispírito enfermo enquanto não são drenadas. Em cada reencarnação, já ao nascer ou até mesmo na vida intra-uterina, podemos trazer os efeitos das energias nocivas presentes em nosso perispírito, que se agravam à medida que acumulamos mais energia negativa na reencarnação atual. Enquanto persistirem as energias nocivas no perispírito, a cura não se completará.

Já as doenças atraídas ou simbióticas são aquelas que chegam por meio de uma sintonia com fluidos negativos. O que uma criatura colérica vibrando sempre maldades e pestilências pode atrair senão as mesmas coisas? Essa atração gera uma simbiose energética que, pela via fluídica, causa a percepção da doença que está afetando o organismo do espírito que está imantado energeticamente na pessoa, provocando a sensação de que a doença está nela, pois passa a sentir todos os sintomas que o espírito sente. Aí, a pessoa vai ao médico e este nada encontra.

André Luiz afirma que "se a mente encarnada não conseguiu ainda disciplinar e dominar suas emoções e alimenta paixões (ódio, inveja, idéias de vingança), ela entrará em sintonia com os irmãos do plano espiritual, que emitirão fluidos maléficos para impregnar o perispírito do encarnado, intoxicando-o com essas emissões mentais e podendo levá-lo até à doença".

O SURGIMENTO DAS DOENÇAS

A cada pensamento, emoção, sensação ou sentimento negativo, o perispírito imediatamente adquire uma forma mais densa e sua cor fica mais escura, por causa da absorção de energias nocivas. Durante os momentos de indisciplina, o homem mobiliza e atrai fluidos primários e grosseiros, os quais se convertem em um resíduo denso e tóxico.

Devido à densidade, estas energias nocivas não conseguem descer de imediato ao corpo físico e vão se acumulando no perispírito. Com o passar do tempo, as cargas energéticas nocivas que não forem dissolvidas ou não descerem ao corpo físico formam manchas e placas que aderem à superfície do perispírito, comprometendo seu funcionamento e se agravando quando a carga deletéria acumulada é aumentada com desatinos da existência atual.

Em seus tratados didáticos, a medicina explica que, no organismo do homem, desde seu nascimento físico, existem micróbios, bacilos, vírus e bactérias capazes de produzirem várias doenças humanas. Graças à quantidade ínfima de cada tipo de vida microscópica existente, eles não causam incômodos, doenças ou afecções mórbidas, pois ficam impedidos de terem uma proliferação além da "cota mínima" que o corpo humano pode suportar sem adoecer. No entanto, quando esses germes ultrapassam o limite de segurança biológica fixado pela sabedoria da natureza, motivados pela presença de energias nocivas no corpo físico, eles se proliferam e destroem os tecidos de seu próprio "hospedeiro".

Partindo das estruturas energéticas do perispírito na direção do corpo, em ondas sucessivas, essas radiações nocivas criam áreas específicas nas quais podem se instalar ou se desenvolver as vidas microscópicas encarregadas de produzir os fenômenos compatíveis com os quadros das necessidades morais para o indivíduo. Elas se alimentam destas energias nocivas que chegam ao físico, conseguindo se multiplicar mais rapidamente e, em conseqüência, causando as doenças.
A recuperação do espírito enfermo só poderá ser conseguida mediante a eliminação da carga tóxica que está impregnada em seu perispírito. Embora o pecador já arrependido esteja disposto a uma reação construtiva no sentido de se purificar, ele não pode se subtrair dos imperativos da Lei de Causa e Efeito. Para cada atitude corresponde um efeito de idêntica expressão, impondo uma retificação de aprimoramento na mesma proporção, ou seja, a pessoa tem que dispender um esforço para repor as energias positivas da mesma maneira que dispende esforços para produzir as energias negativas que se acumulam em seu perispírito.

ELIMINANDO AS ENERGIAS TÓXICAS

Assim, como decorrência de tal determinismo, o corpo físico que veste agora ou outro, em reencarnação futura, terá de ser justamente o dreno ou a válvula de escape para expurgar os fluidos deletérios que o intoxicam e impedem de firmar sua marcha na estrada da evolução. Durante a purificação perispiritual, as toxinas psíquicas convergem para os tecidos, órgãos ou regiões do corpo, provocando disfunções orgânicas que conhecemos como doença.

Quando o espírito não consegue expurgar todo o conteúdo venenoso de seu perispírito durante a existência física, ele desperta no além sobrecarregado de energia primária, densa e hostil. Em tal caso, devido à própria "lei dos pesos específicos", ele pode cair nas zonas umbralinas pantanosas, onde é submetido à terapêutica obrigatória de purgação no lodo absorvente. Assim, pouco a pouco vai se libertando das excrescências, nódoas, venenos e "crostas fluídicas" que nasceram em seu tecido perispiritual por efeito de seus atos de indisciplina vividos na matéria.

Os charcos pantanosos do umbral inferior são do mesmo nível vibratório das manchas e placas, por isso servem para drenar essas energias nocivas. Embora sofram muito nesses locais, isso os alivia da carga tóxica acumulada na Terra, assim como seu psiquismo enfermo, depois de sofrer pela dor cruciante, desperta e se corrige para viver existências futuras mais educativas ou menos animalizadas.

Os espíritos socorristas só retiram dos charcos purgatoriais os "pecadores" que já estão em condições de uma permanência suportável nos postos e colônias de recuperação perispiritual adjacentes à crosta terrestre.

Cada um tem certo limite que pode agüentar em meio a estes charcos, então eles são resgatados mesmo que ainda não tenham expurgado todas as placas, reencarnando em corpos onde permanecerão expurgando e drenando essas energias através das doenças que se manifestarão no corpo físico.

AJUDA DA MEDICINA

A doutrina espírita não prega o conformismo, por isso é lícito procurar a medicina ter rena, que pode aliviar muito e curar onde for permitido. Se a misericórdia divina colocou os medicamentos ao nosso alcance é porque podemos e devemos utilizá-los para combater as energias nocivas que migraram do perispírito para o corpo físico, mas não devemos esquecer que os medicamentos alopáticos combatem somente os efeitos da doença.

Isto quer dizer que, quando as doenças estão presentes no corpo físico, devemos combatê-la, buscar alívio. Muitas vezes, estas doenças exigem tratamentos prolongados, outras vezes necessitamos até de cirurgia, mas tudo faz parte da "Lei de Causa e Efeito", que tenta despertar para uma reforma moral através deste processo doloroso. Qualquer medida profilática em relação às doenças tem que se iniciar na conduta mental, exteriorizando-se na ação moral que reflete o velho conceito latino: mens sana in corpore sano.

Estados de indisciplina são os maiores responsáveis pela convocação de energias primárias e daninhas que adoecem o homem pelas reações de seu perispírito contra o corpo físico. Sentimentos como orgulho, avareza, ciúme, vaidade, inveja, calúnia, ódio, vingança, luxúria, cólera, maledicência, intolerância, hipocrisia, amargura, tristeza, amor-próprio ofendido, fanatismo religioso, bem como as conseqüências nefastas das paixões ilícitas ou dos vícios perniciosos, são também geradores das energias nocivas.

Ou seja, a causa das doenças está na própria leviandade no trato com a vida. Analisando criteriosamente o comportamento, ver-se-á que os males que atormentam as pessoas persistirão enquanto não forem destruídas as causas. Portanto, soluções superficiais são enganosas. É preciso lutar contra todas as aflições, mas jamais de forma milagrosa. Procuremos sempre pensar e agir dentro dos ensinamentos cristãos, a fim de alcançarmos a cura integral.

Por Edvaldo Kulcheski




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31/10/2017

O Duplo Etérico

O Duplo Etérico


O DUPLO ETÉRICO

Postado em Editora Vivência

Sua função primordial é servir de ligação entre o perispírito e o corpo carnal, funcionando como um filtro das energias que chegam e saem do físico, protegendo o ser de cargas negativas que podem gerar desequilíbrios e doenças.

- Por Eduardo Kulcheski -

Quando os elementos espiritual, perispiritual e físico se contactaram, observou-se a necessidade de haver um filtro que absorvesse e reciclasse as energias vitalizadoras que passariam a percorrer essas três entidades. Assim, criou-se o filtro conhecido como "duplo etérico", que é a sede dos centros de captação de energia, o elo mais tênue, que liga o corpo ao seu perispírito, ou o mais denso, que une o perispírito e o espírito ao seu corpo físico momentâneo.

O duplo etérico, composto por energias bastante densas, quase materiais, mas ainda ocultas da visão humana, é o responsável pela repercussão vibratória direta do perispírito sobre o corpo carnal. Sua atividade principal é filtrar, captar e, por isso mesmo, canalizar para o corpo físico todas as energias que deverão alimentá-lo. Esta comunicação é feita através dos chacras, que captam as vibrações do espírito e as transferem para as regiões correspondentes na matéria física.

As obras complementares, sobretudo as de autoria de André Luiz, trouxeram mais dados sobre a especificação dos invólucros dos espíritos. Ele afirma que o corpo mental é o envoltório sutil da mente e que o corpo vital ou duplo etérico é a duplicata energética que reveste o corpo físico do homem. Diz ainda que o corpo mental preside a formação do corpo espiritual, que, por sua vez, comanda a formação do corpo físico juntamente com o corpo vital.

Natureza e Características
O duplo etérico é permanentemente acoplado ao corpo físico, sendo responsável por sua vitalização. Portanto, morrendo o corpo físico, imediatamente morrerá o correspondente corpo etérico. É constituído por éter físico emanado do próprio planeta Terra e funciona com êxito tanto no limiar do plano espiritual como do plano físico. Sua textura varia conforme o tipo biológico humano, ou seja, será mais sutil e delicado nos seres superiores e mais denso nas criaturas primitivas.

Ele funciona como um mediador na ligação entre o corpo físico e o perispírito, não sendo, portanto, um veículo separado da consciência. É um campo mais denso que o perispiritual, condensando as energias espirituais que seguem para o físico, mas, ao mesmo tempo, recebe os impulsos físicos, converte-os e direciona-os aos arquivos perispiríticos, mentais, inconscientes e espirituais. Atua como uma proteção natural contra investidas mais intensas de habitantes menos esclarecidos do plano espiritual, defendendo também do ataque de bactérias e larvas que podem invadir não só a organização física durante a encarnação, mas a própria constituição perispiritual.

No entanto, o duplo etérico é a reprodução exata do corpo físico do homem e se distancia ligeiramente da epiderme, formando uma cópia vital e de idênticos contornos. Apesar dele ser um corpo invisível aos olhos carnais, apresenta-se aos videntes e aos desencarnados como uma capa densa e algo física. De aparência violeta-pálida ou cinza-azulada, o duplo etérico, em condições normais, estende-se cerca de 6mm além da superfície do corpo denso correspondente.

As energias que entram no organismo físico, como o fluido vital, passam pelas regiões do duplo etérico responsáveis pela absorção e circulação destas: os centros de força conhecidos como chacras. Os chacras do duplo etérico são temporários, durando o tempo que este existir, ao contrário dos chacras perispirituais, que são permanentes. Cada chacra conta com uma localização e função principal, correspondente a uma região de plexos nervosos do corpo físico. São sete os principais chacras, ligados entre si por condutos conhecidos como meridianos, por onde flui a energia vital modificada pelo duplo etérico.

Sensibilidade do Duplo Etérico

O duplo etérico acusa de imediato qualquer hostilidade ao corpo físico e ao perispírito, através dos centros sensoriais correspondentes na consciência perispiritual e física. O perispírito, por sua vez, como um equipamento de atuação nos planos sutilíssimos do espírito imortal, ao manifestar seu pensamento, seus desejos ou sentimentos em direção à consciência física, também obriga o duplo etérico a sofrer os impulsos bons e maus, tal qual os espíritos desencarnados quando atuam no mundo oculto, inclusive acusando aos sentidos físicos os ataques dos espíritos malfeitores.

Algumas criaturas que sofreram mutilação de um ou mais membros do seu corpo se queixam de dores nesses órgãos físicos amputados. Essa sensibilidade ocorre porque a operação cirúrgica não foi exercida sobre o duplo etérico, que é inacessível às ferramentas do mundo material. Assim, é comum às pessoas sem pernas ou braços ainda conservarem uma sensibilidade reflexa por algum tempo, a qual é transmitida para sua consciência pelos correspondentes membros etéricos.

Apesar do duplo etérico ser desprovido de inteligência e não apresentar sensibilidade consciente, ele não é apenas um intermediário passivo entre o perispírito e o organismo carnal, reagindo de forma instintiva às emoções e aos pensamentos daninhos que perturbam o perispírito e, depois, causam efeitos enfermiços no corpo carnal. Este automatismo instintivo lhe possibilita deter a carga deletéria dos aturdimentos mentais que baixam do perispírito para o corpo físico, pois, do contrário, bastaria o primeiro impacto de cólera para desintegrar o organismo carnal e romper sua ligação com o perispírito, resultando no desencarne do ser.

Deve-se considerar que os pensamentos desatinados provocam emoções indisciplinadas, gerando ondas, raios ou dardos violentos que se lançam da mente incontrolada para o cérebro físico por meio do duplo etérico, destrambelhando o sistema nervoso do homem sob esse mar revolto de vibrações antagônicas. Em seguida, perturba-se a função delicada dos sistemas endócrino, linfático e sangüíneo, podendo ocorrer conseqüências físicas na forma de patologias, como apoplexia, decorrente do derrame de sangue vertido em excesso pela cólera, síncope cardíaca, em virtude da contenção súbita da corrente sangüínea alterada pelos impactos do ódio, ou a repressão violenta da vesícula, devido a uma explosão de ciúme.

Algumas emoções afetam o duplo etérico em sua tarefa de medianeiro entre o perispírito e o corpo físico. No entanto, quando submetido a impactos agressivos do perispírito perturbado, o duplo etérico baixa seu tom vibratório, impedindo que os raios emocionais que descem da consciência perispiritual afetem o corpo carnal, promovendo uma espécie de barreira vibratória. Assim, faz com que haja uma imunização contra a freqüência vibratória violenta do perispírito, contraindo sua densidade no sentido de evitar o fluxo dessas toxinas mortíferas, deixando o impacto psíquico de ódio, cólera ou ciúme impossibilitado de fluir livremente e atingir o sistema fisiológico do corpo físico.

Afastamento compulsório

Entretanto, quando o duplo etérico não consegue reagir com seus recursos instintivos de modo a proteger o corpo físico contra uma explosão emocional do perispírito, recebe um impulso de afastamento compulsório. Neste caso, a vitalidade orgânica do homem cai instantaneamente, fazendo com que desmaie ou tenha o que chamamos de "ataques".

Ante os impactos súbitos e violentos do perispírito, o chacra cardíaco é o centro de forças etéricas que mais sofre os efeitos de tal descarga, por ser o responsável pelo equilíbrio vital e fisiológico do coração. É por isso que, nestes casos, há o risco de enfartes cardíacos de conseqüências fatais. No entanto, o duplo etérico, por seu instinto de defesa, mobiliza todos os recursos no sentido de evitar que os centros de força etérica se desintegrem por completo.

Agora, caso a descarga violenta do perispírito não consiga atingir o corpo físico devido à reação defensiva do duplo etérico, as toxinas emocionais sofrem um choque de retorno e voltam a se fixar no perispírito, ficando nele instaladas até que sejam expurgadas na atual ou em uma futura encarnação. Isto porque a única válvula de escape para esses venenos psíquicos é o corpo físico, que, para propiciar essa "limpeza", sofre o traumatismo das moléstias específicas inerentes às causas que lhes dão origem.

Aliás, os desajustes morais são uma fonte crescente de distúrbios psíquicos, gerando um número cada vez maior de indivíduos neuróticos, esquizofrênicos e desesperados, tudo isso como conseqüência da intensa explosão de emoções alucinantes que destrambelham o sistema nervoso. Isto resulta em um aumento cotidiano do índice de vítimas, pois o duplo etérico torna-se impotente para resistir ao bombardeio incessante das emoções tóxicas e agudas vertidas pela alma e alojadas no perispírito até que sejam transferidas ao corpo físico. Se a carga deletéria acumulada em vidas anteriores for aumentada com desatinos da existência atual, essa saturação pode gerar afecções mórbidas mais rudes e cruciantes, como o câncer e outras enfermidades.

O transe mediúnico, a anestesia total, os passes, os ataques epilépticos, a hipnose, a catalepsia e os acidentes bruscos são fatores que afastam o perispírito e o duplo etérico. Quando este se separa do corpo carnal, provoca no homem uma redução de vitalidade física e queda de temperatura, pois o corpo físico se mantém com reduzida cota de fluido vital para se nutrir, esteja adormecido ou em transe.

Epilepsia e hipnose

O epiléptico é uma pessoa cujo duplo etérico se afasta com freqüência de seu corpo físico. O ataque epiléptico e o transe mediúnico do médium de fenômenos físicos apresentam certa semelhança entre si, com a diferença de que o médium ingressa no transe de forma espontânea, enquanto o epiléptico é atirado ao solo assim que seu duplo etérico fica saturado dos venenos expurgados pelo perispírito e se afasta violentamente, a fim de escoá-los no meio ambiente sob absoluta imprevisão de seu portador. Em certos casos, verifica-se que o epiléptico também é um médium de fenômenos físicos em potencial, já que a incessante saída de seu duplo etérico pode lhe abrir uma brecha medi única que o sensibiliza para a fenomenologia mediúnica.

Todo ataque epiléptico é um estado de defesa do corpo físico, que expulsa o duplo etérico e o perispírito para que estes se recomponham energeticamente, trocando energias negativas por positivas. Os epilépticos são pessoas que tiveram ação com energias muito densas em encarnações passadas. Assim, os psicotrópicos utilizados pelos médicos dificultam o desprendimento do duplo etérico, evitando os ataques.

Já o hipnotizador atua pela sugestão na mente do hipnotizado, Induzindo-o ao estado de transe hipnótico. Resulta daí o afastamento parcial do duplo etérico, que fica à deriva, permitindo a imersão no subconsciente. Com isso, o hipnotizado abre uma fresta no plano espiritual que lhe permite até mesmo manifestar e dar vivência aos estágios de sua infância e juventude ou mesmo de alguns acontecimentos e fatos de suas vidas pretéritas.

Quando o duplo etérico se distancia por alguns centímetros do corpo físico, a ação física diminui e a abertura para a atuação do perispírito se amplia, tornando-se um catalisador das energias espirituais. Por isso, favorece o despertar de seu subconsciente e a imersão ou exteriorização dos acontecimentos arquivados nas camadas mais profundas do ser.

As anestesias operatórias, os anti-espasmódicos, os gases voláteis, as drogas e sedativos hipnóticos, o óxido de carbono, óxido de carbono, o fumo, os barbitúricos, os entorpecentes, o ácido lisérgico e certos alcalóides como a mescalina são substâncias que operam violentamente nos interstíclos do duplo etérico.Embora a necessidade obrigue o médium a se utilizar por vezes de algumas destas substâncias em momentos imprescindíveis, é sempre imprudente exagerar no uso delas sob qualquer pretexto ou motivo. O médium que abusa de entorpecentes que atuam com demasiada freqüência em seu duplo etérico se transforma em um alvo mais acessível ao assédio do mundo inferior.

Rompimentos do duplo etérico

A estrutura íntima do duplo etérico fica seriamente afetada quando, por meio de desregramentos e vícios, a pessoa utiliza substâncias corrosivas como álcool, fumo, drogas em geral e certos medicamentos cujos componentes químicos sejam inegavelmente tóxicos. Ocorre um bombardeio à constituição do duplo etérico, queimando e envenenando as células etéricas e formando buracos semelhantes às bordas queimadas de um papel, criando brechas por onde penetram as comunidades de larvas e vírus do subplano espiritual, utilizados comumente por inteligências sombrias como uma maneira de facilitar seu domínio sobre o homem.

Acontece que sem a proteção dessa tela, que os mantém naturalmente afastados dos habitantes dos subplanos espirituais, os médiuns começam a perceber formas horripilantes, criadas e mantidas pelos seres infelizes que estagiam nas regiões mais densas do plano umbralino, ocorrendo os mais diversos distúrbios que comprometem o equilíbrio físico-psíquico do ser humano. Falta aos médiuns a proteção etérica que violentaram pelo uso de substâncias químicas tóxicas que lhes destruíram parte do escudo que a natureza lhes dotou para sua segurança, a fim de impedir a abertura prematura da comunicação entre o plano espiritual e o físico. Embora essa destruição não seja completa, criando apenas rasgos ou brechas, sua falta é verdadeiramente nociva, pois o duplo etérico é de suma importância para o equilíbrio do ser humano.

As lesões do duplo etérico são difíceis de serem recompostas. Para restabelecer o equilíbrio em tais casos, além dos recursos terapêuticos utilizados com freqüência nos centros espíritas, deve-se promover a doação e a transfusão de fluido vital ectoplasmático, suprindo a falta ou revitalizando a parte afetada do duplo etérico.

Camada protetora

O duplo etérico é, para o ser encarnado, como um manto protetor, protegendo a pessoa contra o ataque e a multiplicação de bactérias e larvas espirituais que, sem a proteção da tela etérica, invadiriam a organização não somente do corpo físico como a constituição perispiritual durante a encarnação.

O duplo etérico assemelha-se à camada de ozônio que reveste o planeta Terra, pois, na verdade, essa camada protetora tem, por analogia, a mesma função do duplo etérico no ser humano.

Quando é destruída a camada de ozônio do planeta, formando "buracos" em locais onde deveria haver a proteção natural, certos raios solares penetram pelas falhas e produzem diversos tipos de males nas pessoas imprevidentes do mundo.




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15/04/2015

O Passe


passe na umbanda e espiritismo


Que são fluidos?
Os fluidos são o veículo do pensamento dos Espíritos, tanto encarnados quanto desencarnados. Todos estamos mergulhados no fluido cósmico universal, substância básica da Criação, que varia da imponderabilidade até a ponderabilidade. Os fluidos espirituais estão impregnados dos pensamentos dos Espíritos, portanto varia de qualidade ao infinito. A atmosfera fluídica é formada pela qualidade dos pensamentos nela predominantes.

O que é o Passe?
É a transferência de fluidos de uma pessoa a outra, através da prece e imposição de mãos, procedimento largamente usado nos centros espíritas. As energias são oriundas dos fluidos humanos (do passista) e fluidos espirituais (dos Espíritos que trabalham com a equipe de médiuns). Existem três tipos de magnetismo: o humano, o espiritual e o misto. O tipo de magnetismo utilizado nas casas espíritas é o misto, pois à ação dos encarnados soma-se a ajuda benéfica dos Espíritos que trabalham na área, qualificando, direcionando e potencializando os fluidos.

O que é um passe anímico?
Animismo é um termo usado para designar a ação oriunda do próprio médium. Passe anímico é aquele em que se utiliza o magnetismo humano (do médium). Allan Kardec nos ensina que os fluidos oriundos do magnetizado sempre recebe a ação espiritual, mesmo que ele não acredite nisso, pois todos possuem anjos guardiães ou guias espirituais. Além do mais, estando mergulhado no fluido cósmico universal, o passista sofre a ação do mundo espiritual sobre ele. Nos centros espíritas, onde teoricamente os Espíritos estarão trabalhando em muito maior escala, não se concebe que tenha um passe sem a ajuda deles. Seria um contra-senso. Os passes aplicados nos centros espíritas não são, portanto, anímicos. Algumas técnicas e conceitos sobre o passe foram divulgadas no Movimento Espírita por Edgar Armond (um esoterista que converteu-se ao Espiritismo) e ainda o são, pela Federação Espírita do Estado de São Paulo - FEESP, orientada no passado por ele. É daí que vem as teorias dos passes anímicos e outros tantos que vemos nas casas espíritas. Mais instruções sobre o assunto podem ser encontradas na apostila Espiritismo para Iniciantes, no capítulo "O Passe".

Qual diferença entre passe magnético e passe espiritual?
O passe magnético é aquele onde a energia utilizada provém apenas do encarnado, ou seja, é utilizado o magnetismo humano. No passe espiritual são utilizados os fluidos dos Espíritos, que do mundo invisível agem sobre os indivíduos. No passe misto existem os dois tipos de fluidos, o humano e o espiritual, sendo largamente utilizado nos centros espíritas na cura das doenças físicas e psíquicas.

Existem milagres?
O milagre é fenômeno que não se consegue explicação racional e nos parece sobrenatural. Na verdade é apenas a manifestação intencional (provocada por agentes conscientes) ou espontâneas (causadas por agentes inconscientes) de determinadas leis da natureza, ainda desconhecidas pelo homem. Deus criou leis perfeitas e imutáveis. Se o milagre existisse seria uma transgressão a estas leis. O que existe é a ignorância dos princípios que regem as leis de Deus. O que pode parecer milagre para uns, é perfeitamente explicável para outros. Por exemplo um índio selvagem que visse um eclipse do sol, acharia aquilo um milagre, mas estudando astronomia, percebe que um astro se sobrepõe a outro com um fenômeno natural. A ciência ajuda na desmistificação dos milagres. Chegará o dia em que em todos conhecerão as leis que regem os fluidos, a mediunidade, a influência do mundo espiritual sobre o mundo físico, a ação dos Espíritos sobre a matéria etc.

Qualquer pessoa pode aplicar passes?
Sim qualquer pessoa pode doar de suas energias, mas nem todos devem fazê-lo, pois a condição moral do indivíduo influencia diretamente na qualidade dos fluidos doados. A tarefa do passista, como qualquer outra que se desempenha no campo religioso, carece de preparo moral e esforço constante para vencer as más inclinações. Só a boa vontade não basta. Os Espíritos superiores ensinam que os fluidos espirituais podem ser alterados quando passam pela estrutura do encarnado e que apenas a moralização deste pode dar a garantia de bons resultados. Daí a razão pela qual nem sempre as pessoas se beneficiam com os passes a que se submetem por anos a fio nas casas espíritas que não primam pela boa qualidade espiritual de suas práticas.

Grupo Espírita Bezerra de Menezes


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Você vai tomar passe?

O corpo humano é o santuário do espírito encarnado. O passe opera em cada um de nós a limpeza perispíritual e o equilíbrio dos nossos centros de força, curando ou prevenindo possíveis enfermidades.

Para que você alcance os benefícios que necessita, através do passe, é importante que você participe ativamente:

01- Não beber ou evitar beber no dia do passe.
02- Não fumar ou evitar fumar no dia do passe.
03- Não se alimentar em excesso.
04- Não comer carne no dia do passe.
05- Policiar as expressões verbais.
06- Vigiar seus pensamentos, sentimentos e emoções.
07- Não valorizar tanto as atitudes desagradáveis 
de outras criaturas na sua direção.
Perdoar é próprio das almas elevadas.
08- Cuidado com as criticas destrutivas.
09- Não se permita a ociosidade. Trabalho é terapia.
10- Exercite a fé através da prece.
11- O tratamento espiritual Não dispensa 
o tratamento médico.

Se você já alcançou todas estas conquistas, já está colaborando com as equipes espirituais na sua cura e provavelmente não precisará estar sempre tomando passes.

Albino Teixeira






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03/10/2013

Centros Vitais ou Centros de Força (Chakras)


centros vitais chacras


1. - Perispírito

Envolvendo o gérmen de um fruto, há o “Perisperma”; do mesmo modo, uma substância que, por comparação, se pode chamar “Perispírito”, serve de envoltório ao espírito propriamente dito. (O Livro dos Espíritos de Allan Kardec).

Por ter sido um termo criado por Kardec, creio que todos admitimos que ninguém melhor que ele para definir perispírito: É o órgão sensitivo do espírito por meio do qual este percebe coisas espirituais que escapam aos sentidos corpóreos.

O espírito vê, ouve e sente, por todo o seu ser, tudo o que se encontra na esfera de irradiação do seu fluido perispíritico”. (A Gênese de Allan Kardec).

E foi esmiuçando as palavras de Kardec, no livro “Depois da Morte”, que Léon Denis, falando sobre o “Perispírito ou Corpo Espiritual”, disse:

“O perispírito é, pois, um organismo fluídico, é a forma preexistente e sobrevivente do ser humano, sobre a qual se modela o envoltório carnal, como uma veste dupla invisível, constituída de matéria quintessenciada”.

Podemos então dizer que o “Perispírito ou Corpo Fluídico dos espíritos” é um laço de união entre a vida corpórea e a vida espiritual.

Sabendo que ele é uma condensação do fluido cósmico em torno de um foco de inteligência ou alma, pode-se dizer que é ele que intervém nos fenômenos especiais que ocorrem no homem, cuja causa fundamental não se encontra na matéria palpável e que, por essa razão, parecem sobrenaturais.

Assim sendo, podemos entender que o “Corpo Espiritual ou Psicossoma” é, assim, o veículo físico, relativamente definido pela ciência humana, com os “Centros Vitais” que essa mesma ciência, por enquanto, não pode perquirir e reconhecer.

2. – Centros Vitais ou Centros de Força (Chakras)

Segundo André Luiz os “Centros Vitais ou Centros de Força” estão situados no “Corpo Espiritual ou Psicossoma” e funcionam como terminais através dos quais a energia é transferida de planos superiores para o corpo físico.

André diz que o “Psicossoma está intimamente regido por sete Centros de Força”, que se conjugam nas ramificações dos plexos, vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da mente.

Eles estabelecem, para nosso uso, um veículo de células elétricas, que podemos definir como sendo “um campo eletromagnético”, no qual o pensamento vibra em circuito fechado.

A palavra “Chakra” vem do sânscrito e significa “roda, disco, centro ou plexo”. Nesta forma eles são percebidos por videntes como vórtices (redemoinhos) de energia vital, espirais girando em alta velocidade, vibrando em pontos vitais de nosso corpo.
Os Chakras são pontos de interseção entre vários planos e através deles nosso corpo etérico (corpo espiritual) se manifesta mais intensamente no corpo físico. Há mais de cinco mil anos, os tibetanos, os Hindus (Vedas) já estudavam os Chakras.

3. – Funções dos Centros de Força ou Chakras

O nosso “Corpo Espiritual” é regido por “sete Centros de Força”, dispostos desde a base da coluna vertebral até o alto da cabeça e cada um corresponde a uma das “sete glândulas” do corpo humano.

Vários estudos têm mostrado a existência, no períspirito, de discos energéticos (chakras), como verdadeiros controladores das correntes de energia, centrifugas (do espírito para a matéria) ou centrípetas (da matéria para o espírito), que aí se instalam como manifestações da própria vida.

Estes discos energéticos comandariam, com as suas “superfunções”, as diversas zonas nervosas e de modo particular o sistema neurovegetativo, convidando, através dos genes e do código genético, ao trabalho ajustado e bem ordenado da arquitetura neuroendócrina.

Num corpo saudável, todos esses vórtices giram a uma grande velocidade, permitindo que a energia (PRANA) flua para cima por intermédio do sistema endócrino.

Mas se um desses centros começa a diminuir a velocidade de rotação, o fluxo de energia fica inibido ou bloqueado e disso resulta o envelhecimento ou a doença.

Os Chakras são conectados entre si por um sistema de “Nádis” (sistema circulatório energetico na frequência do duplo etérico). Os Nádis conduzem e regulam o fluxo das energias “yin e yang” em espirais concêntricas.

Para os Hindus, os Nádis são sagrados, é por meio da “Sushumna” que o yogi deixa o seu corpo físico e entra em contato com os planos superiores e traz para o seu cérebro a memória de suas experiências.


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14/06/2013

O Médium de Cura

O Médium de Cura

O MÉDIUM DE CURA (Ramatis-Mediunidade de cura Ercilio Maes-ED Conhecimento)




Quais suas particularidades e recursos?

Allan Kardec no Livro dos Médiuns, 2.ª parte, cap. XVI, item 189, registra: “Médiuns curadores – Os que têm o poder de curar ou de aliviar os males pela imposição das mãos ou pela prece. Freqüentemente não é mais do que a exaltação da potência magnética, fortalecida em caso de necessidade pelo concurso dos Espíritos bons”.

PARTICULARIDADES e RECURSOS:

A mediunidade de cura ocorre, basicamente, pela doação de fluido, dirigida por um espírito, com resultados mais ou menos rápidos, dependendo da capacidade do médium e do merecimento do paciente.

Fluido: O que distingue um médium curador Nato, dos demais é a predisposição fluídica especial, que o torna mais eficaz na aplicação do passe.
O médium curador, além do magnetismo próprio, possui a capacidade de captar esses fluidos leves e benignos nas fontes energéticas da natureza.
A qualidade do fluido emitido pelo médium também interfere no resultado do fenômeno. O fluido da pessoa desregrada não atua tanto quanto o de uma pessoa equilibrada. Alimentação sadia e visível progresso moral ampliam significativamente a capacidade do médium curador.

É importante entender que o poder de irradiação e de penetração fluídica do médium curador cresce na medida em que pratique a moral cristã. Com o domínio de forças mais sutis, atinge áreas mais complexas, no corpo e no perispírito do paciente.

Ligação Espiritual: A cura se processa pela emissão do fluido do médium, combinado com a irradiação de um espírito, que o assiste, monitorando e dirigindo o fenômeno.
O médium de cura NATO possui uma ligação energética-mediúnica(carmica), com Espiritos comprometidos na ação curativa com a coletividade . ESPIRITO/MÉDIUM ; ESPIRITO/COLETIVIDADE; MÉDIUM/COLETIVIDADE

A DOR : O médium de cura por vezes é assolado por muitas dores , que num primeiro momento pode cosiderar infundadas,mas a capacidade mediunica de sentir as dores de pessoas que estão no mesmo local onde se encontra , ou de pessoas que procuram atendimento , denota uma caracteristica muitas vezes comum aos curadores, que identificam o local a ser tratado pois sentem em si mesmos as dores e sintomas das enfermidades.

ESPECIALIDADE DA CURA: Na mediunidade de cura , há médiuns que agem mais eficasmente em certas doenças, e em certos orgãos do que em outros.A situação carmica que nos leva a termos esse tipo de mediunidade, muitas vezes delimita por um determinado tempo um endereço fisiológico onde teremos mais facilidade de atuação curadora.

Quanto mais o médium cresce em elevação espiritual, em capacidade moral, na convivência com os bons espíritos, mais essa especialidade se amplia, isto é, mais o médium tem poder de atuar sobre as variadas formas de doenças.

QUALIFICAÇÃO: Há médiuns que por força dos seus cuidados alimentares, por força da sua saúde espiritual, tem um fluido mais apropriado à cura. Os médiuns de vida regrada, alimentação sadia, visível progresso moral tem sua capacidade curadora cada vez mais aumentada.

O MERECIMENTO: Muitas curas podem ocorrer por mérito exclusivo do paciente. Um bom espírito utiliza-se, momentaneamente, do fluido de um médium curador, seja ele quem for, considerando a urgência do atendimento a um doente que precisa de tratamento e tem merecimento.
Porém, nem sempre o médium curador é bem-sucedido. Um doente sem merecimento não obtém a cura, ainda que recorra ao mais eficiente dos médiuns.

O MÉDIUM RECEITISTA: O primeiro age como uma variante da mediunidade psicográfica, atuando como um médico. O médium receitista recomenda, por inspiração dos espíritos, determinada substância, alopática ou homeopática. Quem cura, portanto, não é o médium, mas o remédio.(Implicações legais;legislação;responsabilidade)

• De uma maneira primorosa, Allan Kardec nos situa sobre o assunto: “A cura se opera mediante a substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. O poder curativo , e o êxito da cura depende: da qualidade do fluido magnético animalizado do próprio médium, a vontade do médium na doação de sua força, a influenciação dos espíritos para dirigir e aumentar a força do homem e as intenções, méritos e fé daquele que deseja se curar.

FONTES DE CONSULTA: LIVRO DOS MÉDIUNS ; Revista Estudos Espíritas – Janeiro de 1999 – Edições Léon Denis




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03/08/2012

Passes - Curso Básico (Contribuição da Doutrina Espírita)



IMPOSIÇÃO DAS MÃOS



Quando nos identificamos com o pensamento do Cristo e nos impregnamos da mensagem de que Ele se fez Messias, sempre temos algo que dar em Seu nome, àqueles que se nos cercam em aflição.



Dentre os recursos valiosos de que podemos dispor em benefício do nosso próximo, destaca-se a imposição das mãos em socorro da saúde alquebrada ou das forças em depreciamento. A recuperação de pacientes, portadores de diversas enfermidades, estava incluída na pauta de tarefas libertadoras de Jesus.

De acordo com a Gênese do mal de que cada necessitado se fazia portador, Ele aplicava o concurso terapêutico, restabelecendo o equilíbrio e favorecendo a paz.

"Impondo as mãos" generosas, cegos e surdos, mudos e feridos renovavam-se, tornando ao estado de bem-estar anterior. Estimuladas pela força invisível que Ele transmitia, as células se refaziam, restaurando o organismo em carência.

Com o seu auxílio, os alienados mentais eram trazidos de volta à lucidez e os obsidiados recobravam a ordem psíquica em face dos espíritos atormentadores que os maltratavam, os deixarem.

Extáticos e catalépticos obedeciam-lhe à voz, quando chamados de retorno.

Esse ministério, porém, que decorre do amor, Ele nos facultou realizar, para que demos prosseguimento ao Seu trabalho entre os homens sofredores do mundo.

Certamente que não nos encontramos em condições de conseguir os efeitos e êxitos que Ele produziu. Sem embargo, interessados na paz e na renovação do próximo, é nos lícito oferecer as possibilidades de que dispomos, na certeza de que os nossos tentames não serão em vão.

Jesus conhecia o passado daqueles que O buscavam, favorecendo-os de acordo com o merecimento de cada um. Outrossim, doando misericórdia de acréscimo, mediante a qual os beneficiados poderiam conquistar valores para o futuro, repartindo os bens de alegria, estrada afora, em festa de corações renovados.

Colocando-se o cristão novo, à disposição do bem, pode e deve "impor as mãos" nos companheiros desfalecidos na luta, nos que tombaram, nos que se encontram aturdidos por obsessões tenazes ou desalinhados mentalmente...

Ampliando o campo de terapia espiritual, podemos aplicar sobre a água os fluidos curadores que revitalizarão os campos vibratórios desajustados naqueles que a sorverem, confiantes e resolutos à ação salutar da própria transformação interior.

Tal concurso, propiciado pela caridade fraternal, não só beneficia os padecentes em provas e expiações redentoras, como ajuda àqueles que se aprestam ao labor, em razão destes filtrarem as energias benéficas que promanam da Espiritualidade através dos mentores desencarnados e que são canalizadas na direção daqueles necessitados.

É compreensível que se não devam aguardar resultados imediatos, nem efeitos retumbantes, considerando-se a distância de evolução que medeia entre nós e o Senhor, máxime na luta de ascensão e reparação dos erros conforme nos encontramos.

Ninguém se prenda, nesse ministério, a fórmulas sacramentais ou a formas estereotipadas, que distraem a mente que se deve fixar no objetivo do bem e não na maneira de expressá-lo.

Toda técnica é valiosa, quando a essência superior é preservada. Assim, se distende o passe socorrista com atitude mental enobrecida, procurando amparar o irmão agoniado que te pede socorro.

Não procures motivos para escusar-te.

Abre-te ao amor e o amor te atenderá, embora reconheças as próprias limitações e dificuldades, em cujo campo te movimentas.

Dentre muitos que buscavam Jesus, para o toque curador, destacamos a força de confiança expressa no apelo a que se refere Marcos, no capítulo cinco, versículo vinte e três do Evangelho: "E rogava-lhe muito, dizendo: - Minha filha está moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponha as mãos para que sare e viva.

Fazei, portanto, a "imposição das mãos", com o amor e a "fé que remove montanhas", em benefício do teu próximo, conforme gostarás que ele faça contigo, quando for a tua vez de necessidade.

Joanna de Ângelis
Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, no dia 02 de abril de 1983, em Bucaramanga, Colômbia, extraída do livro "o Passe", de Rino Curti.


Introdução

"Espíritas! Amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo. No Cristianismo encontram-se todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram." ( O Evangelho segundo o Espiritismo, Allan Kardec )

Estudar o espiritismo na sua limpidez cristalina e sabedoria incontestável é dever que não nos é lícito postergar, seja qual for a justificativa a que nos apoiemos. Dentre os diversos temas trazidos à estudo pelo espiritismo, temos a prática de passes, nas suas diversas modalidades. Técnica socorrista por excelência, consolida-se por uma das mais antigas formas da arte de curar, conhecida pela humanidade. A sua prática, aliada ao estudo teórico, dota o passista de maior conhecimento a respeito da magnetização e de seus efeitos, possibilitando-lhe um melhor direcionamento desta força. Vimos, através deste trabalho, trazer alguns conceitos básicos, para serem aprofundados mais tarde, em pesquisas mais ordenadas, na vasta bibliografia que se apresenta sobre o referido assunto.

Conceito

Quando duas mentes se sintonizam, uma passivamente e outra ativamente, estabelece-se entre ambas, uma corrente mental cujo efeito é o de plasmar condições pelas quais o "ativo" exerce influência sobre o "passivo". A esse fenômeno denominamos magnetização. Assim, magnetismo é o processo pelo qual o homem, emitindo energia do seu perispírito, age sobre outro homem, bem como sobre todos os corpos animados ou inanimados. A foto Kirlian concluiu pela emissão dessa energia, através das mãos do curador. Foi fotografada a energia brilhante que flui do curador para o paciente, o que indica que a cura envolve uma "transferência de energia do corpo bioplásmico do curador para o do paciente." Temos, portanto, que o passe é uma transfusão de energia do passista e/ou espírito para o paciente. Pode-se dizer que é uma transfusão fisio-psíquica, que resulta na troca de elementos vivos e atuantes, recurso fundamental para rearmonização do perispírito. Podemos dizer que o passe atua diretamente sobre o perispírito, agindo de três formas diferentes: - como revitalizador, compondo as energias perdidas. - dispersando fluidos negativos contraídos. - auxiliando na cura das enfermidades, a partir do reequilíbrio do perispírito.


Classificação

Os passes estão divididos em três grupos:

Passe medicino - é aquele transmitido por incorporação do médium. Deve-se ter o cuidado devido a mistificações, tanto do médium imprevidente, como de espíritos ignorantes ou malfeitores.

Passe espiritual- é aquele transmitido por espíritos desencarnados, que se encontram fora do alcance de nossa vista material. Refere-se a atuações devida a súplicas de pessoas interessadas, aos espíritos de bem.

Passe magnético - é aquele transmitido pelo indivíduo, fornecendo somente os seus próprios fluidos, a sua própria força irradiante. O passe se processa do corpo do magnetizador diretamente para o corpo do enfermo.

Em realidade, no passe magnético, é difícil identificarmos se é apenas magnético ou se tem algum componente espiritual; devemos levar em conta o constante auxílio e interferência do mundo dos espíritos, que se faz presente em nossas vidas, em função dos méritos dos trabalhadores.

Os magnetizadores do passado, já pressentiam o mundo espiritual atuando na magnetização ( Deleuze, Du Potet, etc.) Mesmer afirmava que o fluido obedecia a leis mecânicas e que os efeitos eram exclusivamente de ordem física, ao passo que a maioria dos magnetizadores viu nele um fenômeno espiritual, sujeito a leis psíquicas e não físicas.

Respondendo a Kardec ( O Livro dos Médiuns ), os espíritos afirmam que "a força magnética reside, sem dúvida, no homem, mas é aumentada pela ação dos espíritos que ele chama em seu auxílio..." Ainda é Kardec que afirma que "a ação magnética pode produzir-se de três maneiras:
pelo próprio fluido magnetizador ( magnetismo humano);
pelo fluido dos espíritos, atuando diretamente e sem intermediário (magnetismo espiritual);
pelos fluidos que os espíritos derramam sobre o magnetizador, que serve de veículo (magnetismo misto, semi-espiritual ou humano-espiritual) . Combinado com o fluido humano, o fluido espiritual lhe imprime qualidades de que ele carece.

Corpo Humano

O nosso organismo é formado por células, órgãos e sistemas que desempenham funções específicas mas complementares.

Somos constituídos dos seguintes sistemas:
sistema nervoso
sistema endócrino
sistema respiratório
sistema cárdio-vascular
sistema digestivo
sistema genito-urinário
sistema ósteo-muscular

SISTEMA NERVOSO - é o mais complexo no que se refere às funções e às atividades. Coordena todas as atividades orgânicas, conduzindo sensações e idéias para o espírito e do espírito, serve como elemento adaptador do organismo às condições do momento.

SISTEMA ENDÓCRINO - é formado por glândulas que secretam hormônios: hipotálamo, hipófise, tireóide, paratireóide, supra-renais, pâncreas, epifise, ovários (mulher) e testículos (homem).

Hipófise e hipotálamo- estão divididas no interior do crânio e elaboram diversos hormônios que participam do:
desenvolvimento do indivíduo.
controle da secreção dos hormônios produzidos pelas supra-renais, tireóide, ovários, testículos, etc.


Pineal - situada no interior do crânio. A sua função não está devidamente esclarecida.



Nota do Blog TULCA: Ultimamente, temos notícias dos avanços nas pesquisas da glândula pineal através da contribuição do Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, psiquiatra brasileiro, mestre em Ciências pela USP e destacado pesquisador na área da Psicobiofísica. A sua pesquisa reúne conceitos de Psicologia, de Física e de Biologia.

Ele é pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo e em seu estudo sobre a pineal, chegou à seguinte conclusão: “A pineal é um sensor capaz de ‘ver’ o mundo espiritual e de coligá-lo com a estrutura biológica. É uma glândula, portanto, que ‘vive’ o dualismo espírito-matéria. O cérebro capta o magnetismo externo através da glândula pineal“. 



Tireóide - localizada no pescoço. Interfere no psiquismo, freqüência cardíaca, peso ponderal, tensão arterial, etc.


Paratireóide - são em número de quatro e estão ao nível do pescoço. Regulam o metabolismo do cálcio.

Supra-renais - localizadas no abdome, estão alojadas na parte superior do rim e exercem múltiplas funções: controle da pressão arterial, influencia o psiquismo, regula o peso ponderal, etc.

Pâncreas endócrino - localizado no abdome, produz a insulina que participa do metabolismo da glicose.

Ovários - situados bilateralmente no abdome, elaboram os hormônios que asseguram os caracteres sexuais femininos.

Testículos - são em número de dois; produzem o hormônio responsável pelos caracteres sexuais masculinos.

SISTEMA RESPIRATÓRIO - É formado pelos seguintes componentes: fossas nasais, laringe, traquéia, brônquios e pulmões. Função:
absorção do oxigênio proveniente da atmosfera;
transformar o sangue venoso enviado pelo coração em sangue arterial.

SISTEMA CARDIO-VASCULAR - constituído pelo coração e vasos sangüíneos. O coração é formado por quatro cavidades: aurícula direita, ventrículo direito, aurícula esquerda e ventrículo esquerdo. A fisiologia cardíaca é composta pela sístole e diástole. Durante a sístole ( fase de contração), o sangue arterial é enviado para todo o organismo garantindo a vitalidade dos órgãos e o sangue venoso é impulsionado para os pulmões. Na fase de diástole (fase de relaxamento), ocorre o enchimento das cavidades cardíacas. Sintetizando: sístole- esvaziamento, diástole- enchimento.

SISTEMA DIGESTIVO - é formado pelos órgãos: boca, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, pâncreas, fígado e vesícula biliar. Boca- A digestão inicia-se nesta cavidade, quando os alimentos são submetidos à ação das enzimas. Esôfago- possui a função de transportar alimentos para o estômago Estômago- realiza a digestão, armazenamento e produção do suco gástrico. Intestino Delgado- participa da digestão dos alimentos e contribui decisivamente para a absorção das substâncias nutritivas ou seja, encaminhando-as para o sangue. Intestino Grosso- tem a função principal de armazenar o bolo fecal e excretá-lo. Fígado- é uma glândula que exerce múltiplas atividades:
transformação das substâncias
armazenamento da glicose
metabolismo do colesterol
produção de bile
produção de substâncias que participam da coagulação sangüínea.

Vesícula biliar - órgão localizado no abdome. Armazena a bile temporariamente, a qual será encaminhada para o intestino delgado.

Pâncreas exócrino - produz suco pancreático rico em água e enzimas que participam da digestão dos alimentos.

Sistema Gênito-urinário - tem os seguintes componentes:

Urinário - formado pelos rins, bexiga e uretra. Elabora a urina, que é um veículo de excreção das substâncias tóxicas ou em excesso, existentes no sangue.

Genital - No sexo feminino encontramos: ovários, trompas, útero e vagina. No masculino, detectamos os testículos, os epidídimos, vesículas seminais, canais deferentes e próstata. Em ambos os sexos, desempenham a função de reprodução.

Sistema ósteo-muscular - No seu conjunto, originam o arcabouço rijo que sustenta o corpo, protege-o e dá-lhe forma. Divisão anatômica do abdome. É dividido em regiões, visando localizar a situação topográfica dos órgãos:
hipocôndrio direito
epigastro
hipocôndrio esquerdo
flanco direito
mesogástrio
flanco esquerdo
fossa ilíaca direita
hipogástrio
fossa ilíaca esquerda.
Chacras e Plexos

Os corpos orgânicos são compostos de células que nascem, alimentam-se, reproduzem-se e morrem. Por isso, dizem os biólogos que o corpo inteiro e renova totalmente de sete em sete anos, embora alguns tecidos se refaçam com maior rapidez.

As células nervosas, no entanto, não sofrem essas mutações; elas nascem e crescem, permanecendo as mesmas até a desencarnação, jamais se reproduzem e, se lesadas, não se recompõem.

O sistema nervoso constitui a parte mais grosseira do corpo astral ou perispírito. Os neurônios são células altamente especializadas; unidos vão formar as fibras nervosas e estas, os nervos.

O sistema nervoso é complexo e atravessa todo o corpo físico, formando uma série de "cordões". Em certos pontos, as células nervosas formam uma espécie de rede compacta, em emaranhados que parecem nós de uma linha embaraçada. Chama-se esses pontos de "plexos" nervosos. Existem alguns no corpo, mas alguns são considerados de maior importância, pela localização e pelo trabalho que realizam.

Esses plexos, localizados no corpo físico, se apresentam no corpo astral, contraparte que não se materializa, e possuem funções que realizam trabalho específico. Assim, correspondendo aos locais dos plexos físicos, o corpo astral possui "turbilhões", que servem de ligação e captação dos elementos fluídicos do plano astral. A estes pontos ou centros de força, chamamos "chakras".

Vários são os chakras existentes, variando sua denominação e número total, de acordo com os autores estudados. Os mais importantes, no entanto, são:

básico, genésico, gástrico, esplênico, cardíaco, laríngeo, frontal e coronário.

Chakra básico ou fundamental - está localizado no períneo (região entre o ânus e os órgãos genitais, no fim da coluna vertebral). Possui força vitalizadora conhecida como kundaline; essa força revigora o sexo e também pode ser transformada em vigor mental, alimentando outros centros.

Chakra genésico - localiza-se na região dos órgãos genitais; recebe influência direta do básico; regula as atividades ligadas ao sexo.

Chakra gástrico ou umbilical - responsável pela absorção de elementos extraídos da atmosfera que vitalizam o sistema digestivo; controla o funcionamento do sistema vago - simpático. É responsável pelas emoções. Nesta chakra é que se operam as ligações, por fio fluídico, de espíritos sofredores e obsessores, nas reuniões mediúnicas.

Chakra esplênico - situado na altura do baço. É responsável pela vitalidade do organismo pois absorve o prana (vitalidade do sol) e o distribui pelo corpo; é nesse chakra que os espíritos inferiores se ligam (obsessões) e sugam toda a energia vitalizadora do indivíduo (vampirismo).

Chakra cardíaco - localiza-se na altura do coração físico, sobre o plexo cardíaco; sua função principal é governar o sistema circulatório, presidindo à purificação do sangue nos pulmões e ao envio de oxigênio a todas as células. Comanda os sentimentos, mas nos indivíduos menos evoluídos, deixa-se influenciar pelas vibrações do chakra umbilical, que transfere para o cardíaco as emoções inferiores.

Chakra laríngeo - está localizado na garganta, mais ou menos na altura da tireóide; responsável pela emissão da voz e pelo controle de certas glândulas endócrinas. O desenvolvimento desse chakra apura não só a emissão da voz, que se torna agradável e musical, como ainda a pronúncia das palavras.

Chakra frontal - Está localizado entre as sobrancelhas; corresponde à hipófise. É responsável pela clareza do raciocínio e pela percepção intelectual; comanda os cinco sentidos.

Chakra coronário - está localizado no alto da cabeça, na direção da glândula pineal, a que corresponde. É o sintonizador das intuições provenientes do mundo espiritual.

Localização dos principais Chakras:

O Perispírito e as Doenças

Na gênese das doenças, encontramos a participação da mente, do perispírito e do corpo físico. O indivíduo que possui um campo mental constituído por ondas de baixo teor vibratório, de maneira constante, gera um desequilíbrio no perispírito, que por sua vez, desequilibra a fisiologia do corpo físico.

MENTE. - Depressão constante, mágoa, ódio duradouro, paixão intensa, irritabilidade freqüente, distúrbios sexuais, associações de ondas mentais (depressão e irritabilidade.)

LESÕES NO PERISPÍRITO .- Distúrbio no chakra gástrico, distúrbio no chakra genésico ou desequilíbrio de vários chakras.

DOENÇAS NO CORPO FÍSICO. Às vezes a doença atual possui origem em encarnações anteriores; condutas negativas originam lesões perispirituais, com repercussão no corpo físico atual, dificultando a cura pelos processos médicos habituais. Em outras situações, as doenças são geradas pelas condutas atuais.

A partir desses conhecimentos, concluímos que no tratamento das doenças, é fundamental o acoplamento das seguintes medidas:
modificação do campo mental - otimismo - objetivo constante - oração - meditação
reestruturação do perispírito - passes
recuperação da saúde física - tratamento médico.
Preparo do Passista e do Paciente

Kardec ( obras póstumas ) nos informa que "A força magnética é puramente orgânica; pode, como a força muscular, ser partilha de toda gente, mesmo do homem perverso; mas só o homem de bem se serve dela exclusivamente para o bem... mais depurado, o seu fluido possui propriedades benfazejas e reparadoras, que não pode ter o homem vicioso ou interessado."

Analisando esta assertiva, concluímos que, para que exista um perfeito entrosamento Espírito protetor - passista, e para o Espírito que vem auxiliar possa realmente combinar o seu fluido com o fluido humano, lhe imprimindo qualidades de que ele carece, é necessário que o passista dê condições para que esse intercâmbio se faça, condições essas de natureza física e espiritual.

A saúde do passista é uma condição primordial para a realização de um bom trabalho. Assim, como a qualidade do fluido está na razão direta do estado de evolução da alma, assim também, a maior ou menor eficiência da magnetização, depende da saúde do corpo físico; a razão é clara: um corpo sem saúde não pode transmitir aquilo que não possui.

Quanto mais equilibrado o organismo, maior o rendimento de suas energias, que serão partilhadas. De um modo geral, deve-se evitar tudo quanto implica em desgaste ou perda de energia: Excessos sexuais, trabalhos demasiados, alimentação imprópria, hiperácida, bem como o álcool, a nicotina e os entorpecentes de toda a espécie.

Para o passista, na execução da tarefa que lhe está subordinada, não basta a boa vontade, como acontece em outros setores; é necessário revelar determinadas qualidades de ordem superior, apresentando grande domínio de si mesmo, espontâneo equilíbrio de sentimentos, acentuado amor aos semelhantes, alta compreensão da vida, fé vigorosa e profunda, confiança no poder divino.

Semelhantes requisitos constituem exigências a que não se pode fugir, mas a boa vontade sincera, em alguns casos pode suprir essa ou aquela deficiência, o que se justifica em virtude da assistência prestada pelos benfeitores espirituais aos servidores humanos, ainda incompletos no terreno das qualidades desejáveis.

A prece representa elemento indispensável para que a alma do passista estabeleça comunhão direta com as forças do bem, favorecendo assim, a canalização através da mente, dos recursos magnéticos necessários das esferas elevadas.

Não se deve também abusar da magnetização, com processos prolongados ou em grandes quantidades, o que ocasiona dispêndio de fluidos, e consequentemente, a fadiga. Não se deve transmitir uma força já em grau de esgotamento, a qual não beneficia quem recebe, e prejudica quem transmite.

Resumindo, vida sóbria e moderada, sem abusos, desequilíbrios, sem excessos e desvios, é o que se prescreve ao magnetizador.

Existem doentes, em que o magnetismo nenhuma influência exerce, e outros em que a ação desde logo é evidenciada e decisiva, por fatores devido ao magnetizador, ao magnetizado, ou a ambos.

Preparar um doente para aplicação do devido tratamento espiritual, é colocá-lo em estado de perfeita harmonia com a fé em Deus.

Alguns itens deverão ser observados para a preparação do paciente, tais como o ambiente familiar, a sua posição mental e o estado espiritual.

O principal agente de cura, reside no próprio doente: é o desejo de transformação interior, e a elevação mental. Com isso, muito mais eficiente será a ação da magnetização, e do auxílio do mundo espiritual superior, far-se-á mais naturalmente.

O magnetismo, em certos estados de ordem psíquica ou espiritual, basta e pode ser o melhor agente corretivo. Porém não se pode ter o magnetismo, como agente curador exclusivo, para a maioria dos casos e dos indivíduos. É preciso atentar para o corpo já afetado, e principalmente, para problemas cármicos, quando então o magnetismo atuará como renovador de energias, para que possa se suportar com fé e equilíbrio, as expiações de vidas pretéritas.

O Fluido Magnético

A força vital é uma forma sutil de energia eletromagnética. Pode ser imaginada como um campo de energia circulando e penetrando o corpo. Flui através do organismo como se estivesse seguindo uma corrente circulatória invisível carregando todas as células em sua trajetória.

Esse fluido magnético forma em torno do corpo uma atmosfera característica do indivíduo e não sendo impulsionada pela vontade, não age sobre os indivíduos que nos cercam; porém, desde que a vontade do espírito o impulsione e dirija, ele se move com toda a força que se lhe imprima.

Embora as radiações se propaguem de aura a aura, as mãos do passista colocadas próximas ao corpo do assistido, criam para elas um caminho mais curto, de mais fácil penetração e portanto de maior escoamento.

O pensamento e a vontade constantemente ativos, aceleram a emissão desses fluidos, que seguem o trajeto dos condutores naturais, os braços e os dedos, que irão atingir os órgãos sobre os quais se pretende atuar.

Contato

O magnetizador deverá, antes de tudo, certificar-se do ambiente em que vai operar, de maneira que possa agir com calma, atenção, recolhimento, sem receio de que possa ser perturbado.

Depois da prece, passará o passista à tomada de relação ou contato, isto é, a estabelecer entre ele e o paciente, uma relação magnética ou ligação mental, pela qual se possa realizar a transmissão do fluido de um para o outro. Essa ligação é imprescindível para o bom êxito da operação a realizar.

Para estabelecer contato com o doente, muitas vezes bastam apenas poucos minutos de concentração contínua, sendo que outras vezes é mister mais tempo.

O tempo depende muito da simpatia que possa existir entre o passista e o paciente. No começo do tratamento, a ligação leva mais tempo; se estabelece, ordinariamente dentro do espaço de cinco minutos, tempo este que poderá ser diminuído nas magnetizações posteriores.

Os sinais que denunciam quando o contato está estabelecido, embora muitas vezes não se apresentem, são:

em primeiro lugar, a impressão física causada pelos fluidos que começam a envolver o passista; quando já está um pouco exercitado, sente depressa quando a relação se estabelece: grande calor nas mãos, formigamento na ponta dos dedos, são os indícios mais comuns. Pode-se sentir também adormecimento nas mãos e cãibras nos dedos.

O paciente pode, também, sentir sinais semelhantes, sendo mais comum a sensação de calor ou de frio, peso na cabeça, sonolência, aceleração ou diminuição do pulso, etc. Esses sinais não são infalíveis. Vezes há que nenhum sinal se apresenta, e nem por isso o contato deixa de ser estabelecido.

Passes Longitudinais

Passe longitudinal é aquele feito ao longo do corpo, de cima para baixo. A base fundamental desta aplicação é a formação de uma corrente de fluidos que, partindo do operador, veiculado pelas suas mãos, transmite-se ao corpo do paciente.

Os passes longitudinais movimentam os fluidos e os distribuem, mas quando ultrapassam as extremidades ( pés e mãos), os descarregam.

O passe é composto de três movimentos: O primeiro é a imposição das mãos na altura dos parietais, onde é estabelecido o contato entre as correntes magnéticas, do passista e do receptor.

Os passes se executam com os braços estendidos naturalmente, sem nenhuma contração e com a necessária flexibilidade para a realização dos movimentos; como regra geral, que deve ser rigorosamente observada, os passes não podem ser feitos no sentido contrário às correntes, isto é, de baixo para cima, o que seria, se assim podemos nos exprimir, uma verdadeira "desmagnetização". Por isso, as mãos devem descer suavemente, em movimento nem muito lento, nem muito apressado, até o ponto terminal do passe e cada vez que se repete um passe, deve-se ter o cuidado de fechar as mãos e afastá-las do corpo do paciente e, assim voltar rapidamente ao ponto de partida.

Com a descida das mãos, inicia-se o segundo movimento que é a limpeza dos fluidos arrastados pelas mãos; ao final do movimento, as mãos se fecham e em seguida é feita a eliminação dos fluidos negativos da mesma, para baixo ou para trás.

O terceiro movimento é a colocação dos fluidos salutares. Neste momento, através das mãos, se realiza a doação dos fluidos e o movimento deve ser suave, não sendo necessário imprimir força ao mesmo. Com relação a esta terceira etapa, pode-se estabelecer a seguinte comparação: Na frente do paciente existe uma linha contendo gotas de orvalho que descerão sobre o mesmo, de forma suave. Assim deve-se dimensionar o ato de doação.

C. E. CAMINHO DA REDENÇÃO
IPP - Instituto de Pesquisas Psíquicas
Revista Presença Espírita

Referências Bibliográficas

ARMOND, Edgard- Passes e Radiações, São Paulo, Editora Aliança, 23. edição, 1984.
CURTI, Rino- O Passe,(Imposição das mãos), São Paulo, Livraria Allan Kardec Editora, 1. edição, 1985.
GORDON, Richard- A Cura pelas mãos, São Paulo, Editora Pensamento, 1978
JACINTO, Roque- Passe e Passista, São Paulo, Edições Culturesp Ltda, 3. edição, 1984
KARDEC, Allan- Obras Póstumas, Rio de Janeiro, Federação Espírita Brasileira ( Departamento Editorial) 12. Edição, pág. 60.
KARDEC, Allan- O Livro dos Médiuns, Rio de Janeiro, Federação Espírita Brasileira ( Departamento Editorial), 49. Edição, 1983, pág. 208.
LAPPONI, José- Hipnotismo e Espiritismo, Rio de Janeiro, Federação Espírita Brasileira ( Departamento Editorial) 2. Edição, l979. 8- LEADBEATER, C. W.- Os Chakras, São Paulo, Editora Pensamento.
LHOMME, José- O Livro do Médium Curador, Rio de Janeiro, Editora ECO, 2. Edição. 10- MICHAELUS- Magnetismo Espiritual, Rio de Janeiro, Federação Espírita Brasileira ( Departamento Editorial), 3. Edição, 1975
PASTORINO, C. Torres- Técnica da Mediunidade, Rio de Janeiro, Sabedoria Livraria Editora Ltda, 3. Edição, 1975
TOLEDO, Wenefledo de- Passes e curas Espirituais, São Paulo, Editora Pensamento.
Círculo Espírita de Oração- Os chakras e a Mediunidade (apostila), l985.



Respostas às Perguntas mais Frequentes

CONCEITOS RELATIVOS AO PASSE

1. O que é energia?

A energia de um corpo é a capacidade que este tem de gerar qualquer ação. Como há várias formas de energia, pode haver várias formas de ação possíveis. À energia calorífica, uma ação possível seria o aquecimento. À energia elétrica, uma ação possível seria a geração de corrente. À energia magnética, uma ação possível seria a magnetização de outro corpo. Em geral os corpos têm vários tipos de energia, e, por conseguinte, podem atuar no meio no qual estão inseridos de várias formas. Por exemplo: o corpo humano é capaz de aquecer o ambiente – nesse caso é utilizada a energia calorífica; é capaz de movimentar objetos – nesse caso é utilizada a energia mecânica; é capaz realizar o processo da digestão – nesse caso, dentre outras, utiliza a energia química; e assim por diante. No passe, os pensamentos do passista e da equipe de Espíritos, reunidos, formam a energia espiritual que atua no paciente e diretamente nos fluidos, que são energia magnética, dando- lhe características necessárias ao paciente. Assim, podemos dizer que a energia relacionada ao passe é capaz de atuar diretamente no paciente. (Veja questão 114)

2. O que é fluido?

Fluido é substância sutil, maleável, imponderável, energética, que pode ser manipulada pelo pensamento de Espíritos encarnados e desencarnados, que imprimem nele características positivas ou negativas, conforme o teor do pensamento. No passe, utiliza- se o pensamento do Espírito que coordena a tarefa, assim como do passista, de forma a impressionar positivamente os fluidos que serão doados ao paciente. O fluido, em sua mais simples expressão, é chamado de fluido cósmico universal, que representa a simplificação máxima da matéria, que, manipulada pelo pensamento do Espírito, imprime- lhe variações de onde se originam os diversos tipos de elementos hoje conhecidos. (Veja questões 4 e 5)

3. O que é transubstanciação?

Transubstanciação é o efeito de se alterar uma ou mais qualidades que caracterizam determinada substância. No passe, quando se altera diversas características dos fluidos, afim de doá-los ao paciente, diz- se que os fluidos foram transubstanciados. (Veja questão 98)

4. O que é fluido animal?

Fluido animal ou magnetismo animal é a parcela de energia vital doada pelo ser encarnado, passista, no momento do passe. Tal fluido é inerente apenas a seres encarnados, sendo uma das razões pelas quais que companheiros encarnados participam de tarefas aparentemente de cunho apenas espiritual, tal como reuniões de “desobsessão”. (Veja questões 2 e 114)

5. O que é fluido vegetal?

Fluido energético exalado pelos seres vivos do reino vegetal. (Veja questão 2)

6. O que é perispírito?

É o corpo intermediário entre o corpo físico e o Espírito, necessário à relação entre estes dois últimos. É o laço que liga o corpo ao Espírito. Nos processos de reencarnação, é o molde determinante das características do corpo físico do Espírito que renasce. (Veja questões 8 e 123)

7. O que é duplo etérico?

O duplo etérico pode ser considerado um corpo físico menos denso, energético, de onde dimanam as doações fluídicas animais (fluido animal) que o passista realiza durante a tarefa do passe. (Veja questões 14, 15, 25, 26 e 123)

8. O que é centro vital?

Centro vital, ou centro de força, é um ponto de convergência de energias captadas pelo perispírito, posteriormente redistribuídas a todos os órgãos deste, assim como aos corpos “inferiores” , tais como o físico e o duplo. Em geral estuda- se sete centros vitais, que se vinculam, no corpo físico, a sete importantes centros do organismo humano: centro genésico ou básico, situado próximo à região genésica; centro gástrico, situado próximo ao estômago; centro esplênico, situado próximo ao baço; centro cardíaco, situado próximo ao coração; centro laríngeo, situado próximo à laringe; centro frontal, situado entre os dois olhos e centro coronário, situado próximo à glândula pineal (ou epífise), no cérebro. (Veja questões 16 a 24)

9. O que é receituário mediúnico?

É mensagem que um médium recebe por via mediúnica, geralmente pela psicografia, direcionada ao solicitante. A grosso modo, tais mensagens contêm orientações para tratamento ou uso de remédios homeopáticos. Recomenda- se que toda e qualquer receita mediúnica seja analisada racionalmente, pois submeter- se às orientações recebidas é decisão que só cabe ao paciente, sendo portanto dele quaisquer responsabilidades posteriores. (Veja questões 62, 64, 88 e 91)

10. O que é passe?

Passe é transmissão de fluidos de uma pessoa (encarnada ou não) a outra, ou a objetos. O passista imprime aos fluidos doados, pelo pensamento, características positivas ou negativas conforme a sua vontade e o seu merecimento. (Veja questões 113 a 126)

11. O que é a câmara do passe?

Local utilizado pela casa espírita para a tarefa do passe. (Veja questões 68 a 73)

12. O que é sugestão mental?

Sugestão mental é o ato de incutir- se determinada idéia na mente de uma pessoa, que venha a se manifestar através de alterações comportamentais ou mesmo orgânicas. Em geral, os processos de sugestão mental envolvem a influenciação de uma pessoa pelo conjunto de idéias de outra. No entanto, observamos também a existência da auto- sugestão, caso em que o próprio sugestionado cria idéias para si, passando então a se comportar como se tais idéias fossem verdade absoluta. Os casos de falsa gravidez podem ser classificados como sendo de sugestão mental. (Veja questão 128)

13. O que é placebo?

Substância sem efeito que uma pessoa absorve crendo que o efeito existe. É comum encontrarmos, em hospitais, pacientes tomando água pura pensando que estão tomando remédio. Neste caso, a água está sendo usada como placebo. (Veja questão 118)

14. O que é aura?

De forma geral, todo corpo emite energias. A emissão de tais energias se chama radiação. Aura é o conjunto das radiações emitidas por determinado corpo, que o envolvem. A grosso modo, podemos dizer que há duas auras bem características em cada indivíduo: a aura do perispírito, cuja composição varia em função das aquisições milenárias do Espírito, e a aura do duplo etérico, também conhecida como aura da saúde, cuja composição, forma e coloração apresentam considerável variação mesmo ao longo dos minutos, pois reflete, quase que imediatamente, as alterações psíquicas e orgânicas ocorridas no ser. (Veja questão 25)

15. O que é fotografia Kirlian?

Método de sensibilização de uma chapa fotográfica através da radiação emitida pelo corpo duplo, ou duplo etérico. Muito utilizada para a realização de diagnósticos de saúde. (Veja questões 25 e 118)

CENTROS VITAIS, AURAS E CORPOS

16. O que é centro coronário?

Representado no corpo pela epífise. Supervisiona todos os demais centros de força, pois é ela que recebe, em primeiro lugar, os estímulos do Espírito encarnado. (Veja questão 135)

17. O que é centro frontal?

Relacionado com os lobos frontais do cérebro e a hipófise. Exerce influência decisiva sobre os demais centros de força, sendo responsável pelo funcionamento do Sistema Nervoso Central e dos centros superiores do processo intelectivo. (Veja questão 135)

18. O que é centro laríngeo?

Relacionado ao plexo cervical. Regula os fenômenos vocais, bem como as funções do timo e da tireóide.

19. O que é centro cardíaco?

Relacionado com o plexo cardíaco, no corpo físico; é responsável pelo funcionamento do aparelho circulatório e pelo controle da emotividade.

20. O que é centro esplênico?

Relacionado com o plexo mesentérico e o baço. Regula a distribuição e a circulação dos recursos vitais, bem como a formação e a reposição das defesas orgânicas através do sangue.

21. O que é centro gástrico?

Relacionado com o plexo solar, responsável pelo funcionamento do aparelho digestivo, pela assimilação de elementos nutritivos e reposição energética no organismo.

22. O que é centro genésico?

Relacionado aos plexos hipogástrico e sacral. Responsável pelo funcionamento dos órgãos de reprodução, bem como das emoções sexuais e energias criativas.

23. Os centros vitais funcionam em conjunto?

Sim. Da mesma forma que os órgãos do corpo físico funcionam em conjunto.

24. Para quê estudar os centros vitais?

No passe misto, o pensamento do passista desempenha papel importante, qual seja o de imprimir as características que deseja aos fluidos que doa, em trabalho conjunto com a Espiritualidade. Pelo conhecimento do funcionamento dos centros vitais, o passista pode direcionar de forma mais adequada seus pensamentos, para que os fluidos atuem mais propriamente em um ou outro centro de força do paciente, com base nas intuições que recebe. (Veja questão 47)

25. Temos várias auras?

Sim. Costuma- se encontrar na literatura espírita dois tipos distintos de aura, residentes no perispírito e no duplo etérico, respectivamente. A aura do duplo etérico, também conhecida como “aura da saúde”, pode ser visualizada pela fotografia Kirlian, ou kirliangrafia, ao passo que a aura do perispírito, em situações normais, pode ser visualizada pela faculdade de clarividência. (Veja questão 15)

26. Temos vários corpos?

Sim. Os corpos mais amplamente tratados na literatura espírita são o físico, o duplo etérico, e o perispírito. Os dois primeiros são ditos corpos materiais, pois são reciclados a cada reencarnação, ao passo que o perispírito, também dito corpo espiritual, é classificado como semi- material, apresentando- se como corpo de transição entre o físico e o Espírito, que, por não ter forma, não o consideramos como um corpo propriamente dito. Além disso, encontramos raramente referências a outros corpos, que necessitam de mais amplo estudo e entendimento, dentre os quais destaca- se o corpo mental. No entanto, para se abordar a problemática do passe, cremos ser suficiente o conjunto de corpos físico, duplo e espiritual, além – é claro – do Espírito. (Veja questão 123)

O PASSISTA E O PASSE

27. A higiene pessoal influencia no passe?

Sim. Podemos destacar duas razões básicas: (1) os desequilíbrios a que submetemos o corpo físico são refletidos nos outros corpos do indivíduo, contribuindo para a piora dos fluidos que formam tais corpos. Sendo esses fluidos doados no momento do passe, é natural esperarmos que tal parcela deletéria seja também transferida ao paciente. (2) Tanto o passista quanto o paciente necessitam de concentração mental para que se alcance maior eficácia no passe. A falta de higiene provoca muitas vezes odores fétidos que desarticulam a capacidade de concentração, afetando inclusive quem esteja localizado no mesmo ambiente físico, prejudicando a todos.

28. O vestuário do passista influencia na tarefa?

Sim. A grande maioria das pessoas encarnadas ainda enfrenta problemas relacionados à área sexual. Nesse sentido, muitas vezes o uso de roupas mais curtas e justas funciona como catalisador de pensamentos abusivos que destoam completamente da serenidade requerida na câmara do passe. Tendo em vista esse problema comum, não só o passista ou o paciente, mas qualquer um de nós deverá observar com cautela o vestuário a ser utilizado no dia a dia, lembrando sempre que “o equilíbrio está no meio”. (Veja questões 94 e 99)

29. Para ser passista preciso ser vegetariano?

Não. Conforme a questão 723 de O Livro dos Espíritos, “permitido é ao homem alimentar- se de tudo o que lhe não prejudique a saúde”. (Veja questão 32)

29. O passista precisa fazer tratamento de desobsessão antes de ingressar na tarefa?

Não. Freqüentemente a falta de trabalho em benefício do semelhante é o ponto de apoio de variada gama de processos obsessivos. Em relação ao passista, apenas os casos de subjugação (Livro dos Médiuns, item 240, cap. 23) deverão merecer tratamento antecipado.

30. Estou fazendo uso de remédios. Posso ser passista?

Depende. Há medicamentos que podem ser ditos “simples”, tais como remédios para dor de cabeça, cólica, azia, resfriado e coisas afins. Sabemos ser provável que parcela sutilizada do remédio venha a se agrupar aos fluidos do passista, vindo parte desta ser posteriormente transferida para o paciente. Há casos raros na literatura espírita relacionada aos passes que acusem esses fatos. No entanto,

mesmo que a transferência ocorra, cremos que para os remédios ditos “simples” a parcela transferida chega a ser desprezível. O único problema aqui encontrado é a classificação exata de um remédio como sendo “simples” ou não. Na dúvida, talvez o melhor seja abster- se de participar da tarefa pelo período de uso do remédio. No rol dos medicamentos impeditivos da participação na tarefa, caso o passista os use, estão enquadrados todos aqueles que afetem o Sistema Nervoso Central. (Veja questão 31)

31. E se o passista estiver doente?

Em geral um organismo adoentado apresenta maior dispêndio de energia para sua manutenção e/ ou maior dificuldade em absorção desta. Excetuando- se os casos em que as observações acima não se verifiquem, tal como ocorre em algumas doenças que acompanham o indivíduo durante toda a vida, o passista deverá se afastar da tarefa até o restabelecimento adequado. (Veja questão 30)

32. A ingestão de carne influencia na tarefa do passe?

Sim. Embora o passista não deva ser obrigatoriamente vegetariano, encarando o passe como recurso terapêutico físico e espiritual, geralmente utilizado quando apresentamos indisposições de variada ordem, é útil abstermo-nos de alimentos mais pesados, tal qual fazemos quando em tratamentos médicos convencionais. A alimentação do passista afeta os fluidos que este doará no momento do passe. Conforme aprendemos na questão 724 de O Livro dos Espíritos, a abstinência de carne será meritória se a praticarmos em benefício dos outros. Tendo em mente o benefício do próximo, compre-nos preferir a alimentação vegetariana pelo menos no dia exato da tarefa. (Veja questão 33)

33. Posso dar passe de estômago cheio?

Via de regra, quanto menor a atividade orgânica, melhor possibilidade de contato com o plano espiritual encontrará o Espírito. Tanto quanto possível, apresentar-se-ão à tarefa, passista e paciente, apenas levemente alimentados.

34. Estou cheio de preocupações. Posso dar o passe assim mesmo?

Se o passista já aprendeu que amparar o semelhante é a melhor forma de auxiliar a si mesmo, compreenderá que principalmente nesses casos sua presença se faz mais útil.

35. Sou fumante. Posso ser passista?

O ideal é que ninguém seja fumante. No entanto, o bom não poderá ser inimigo do ótimo. Pessoas que ainda se utilizem do cigarro, mas estejam se esforçando continuamente para abolir o vício, encontrarão na aquisição de responsabilidade como passistas maior motivação para absterem- se do fumo, desde que – enquanto ainda fumem – procurem não fazer uso do cigarro pelo menos 3 a 4 horas antes da tarefa. Aos companheiros que não estão interessados no combate às próprias deficiências, preferível é que se esforcem primeiramente por convencer a si mesmos do imperativo da mudança de hábito.

36. Faço uso de bebidas alcoólicas. Posso ser passista?

Relativamente às bebidas alcoólicas, deverá o passista esforçar- se por discernir adequadamente entre o uso e o abuso. Em caso de abuso, recomenda- se que o passista não participe da tarefa do passe nos próximos 4 ou 5 dias, de forma a alijar o máximo possível os fluidos deletérios contraídos pelo excesso praticado. Em situações normais, recomenda- se que particularmente no dia da tarefa o passista não faça uso de qualquer tipo de bebida alcoólica.

37. Faço uso de tóxicos. Posso ser passista?

Não. O usuário de tóxicos não deverá participar de tarefas de doação de fluidos.

38. Qual o número máximo de passes que posso dar em cada tarefa?

Esta questão tem causado muita polêmica. À guisa de sugestão, vamos analisar as duas colocações a seguir: (1) o passe misto, também chamado de passe espírita, praticado na maioria das casas espíritas, leva em conta a doação de energia tanto por parte do Espírito responsável pelo passe, como do passista. Assim, o desgaste energético por parte do passista não pode ser desprezado. (2) É sempre importante criarmos oportunidades de trabalho para os interessados, dentro da casa espírita. Assim, se há número de passistas maior que o recomendado para a tarefa, é interessante que haja um rodízio destes, para que todos trabalhem. Com base nessas duas considerações, cremos ser de responsabilidade do coordenador da tarefa dimensionar o número de passes por passista, de forma que todos participem igualmente, evitando a sobrecarga. Em casos excepcionais que requeiram a participação intensa do passista em uma ou outra oportunidade, devemos recordar a assertiva de Emmanuel: “a necessidade está acima da razão”, sem contudo utilizarmo-nos dessa frase para justificar qualquer tipo de abuso de nossa parte, mesmo em se tratando de auxílio ao semelhante. O passe misto, necessariamente, envolve gasto de energia por parte do passista. E gasto, obviamente, requer reposição. (Veja questões 39 e 41)

39. Quantas vezes por semana posso participar da tarefa do passe?

Recomenda- se que o passista intercale um dia de atividade na tarefa de doação de fluidos com um dia de descanso para a reposição natural de fluidos. Nesse particular, as reuniões mediúnicas são também considerados eventos de doação fluídica.

40. Sou médium ostensivo e participo de reuniões mediúnicas. Posso dar passes?

Sim, desde que observados os períodos de descanso para reposições fluídicas. No entanto, como a tarefa do passe não exige qualquer tipo de mediunidade ostensiva, é sempre um gesto de amor dar preferência a tarefeiros que não apresentem os requisitos para o mediunato. (Veja questão 48)

41. Minha vida é muito corrida e agitada. Posso ser passista?

Há muitas pessoas que, mesmo com propósitos nobres, abarcam mais responsabilidades do que podem dar conta. A tarefa do passe, como outras, exige presença assídua de seus colaboradores, assim como dedicação – sempre que possível – aos estudos para melhoramento individual do passista. Normalmente é preferível não contar com um passista, do que contar com ele apenas raramente. A disciplina é a alavanca do progresso. (Veja questão 38)

42. Para ser passista, qual é o sexo mais adequado?

Para a tarefa do passe, não há diferenciação entre os sexos.

43. A vida sexual do passista influencia em seu desempenho na tarefa?

Sim, principalmente a vida sexual a nível mental, pois o pensamento atrai energias positivas ou não, conforme o que se pensa. Assim, o que gravita em nosso redor invariavelmente se combina com nossos fluidos com base na lei de afinidade. Esses mesmos fluidos são transferidos posteriormente ao paciente. A grosso modo, recomenda- se que principalmente no dia da tarefa o passista procure manter sua “casa mental” adequadamente limpa e organizada. (Veja questão 46)

44. Qual é a conduta ideal do passista?

À medida que o passista avança na compreensão da importância da tarefa do passe, ele percebe que o seu bem- estar físico e espiritual não mais representa benefício para si próprio, mas também para todos os companheiros que se utilizam desse recurso terapêutico na casa espírita. Naturalmente, a conduta ideal de qualquer um de nós está descrita no Evangelho de Jesus, cuja interpretação cristalina encontramos atualmente na Doutrina Espírita. (Veja questões 45 e 100)

45. Quero ser passista. Preciso ser “santo”?

Não. O passe é tarefa de amor, recurso terapêutico para as almas. Assim como o lavrador é o primeiro a recolher os benefícios da colheita, o passista pode ser encarado como o indivíduo que mais recebe na tarefa. (Veja questão 44)

46. O passista precisa se preparar ao longo do dia para dar o passe?

Podemos comparar o passista a um cirurgião. O cirurgião, antes do trabalho, deverá apresentar- se o mais higienizado possível para o desempenho adequado de sua tarefa sem a infecção do paciente. O passista deverá higienizar sua “casa mental” para evitar a contaminação de seus próprios fluidos que serão transferidos ao paciente. Tal higienização só poderá ocorrer com o esforço de se evitar pensamentos incorretos de qualquer tipo, a leitura de publicações inadequadas, a conversa de temas inferiores, e absorção de qualquer tipo de idéia nociva aos princípios cristãos. (Veja questão 43)

47. O passista deve estudar sempre?

Sempre que possível, o passista deverá melhorar sua compreensão dos mecanismos do passe pelo estudo e observação. No entanto, o bom desempenho na tarefa do passe não se vincula exclusivamente ao aspecto intelectual, mas principalmente ao amor com que se participa da tarefa. (Veja questões 24 e 126)

48. O passista é médium?

Nas casas espíritas geralmente pratica- se o passe misto. Nesse tipo de passe, o passista atua como mediador entre o Espírito responsável pelo passe e o paciente. Dessa forma, o passista pode ser considerado médium, ou melhor, médium passista. (Veja questão 40)

49. O passista absorve os fluidos negativos dos pacientes?

Na tarefa de passe realizada dentro da casa espírita, com a observância dos critérios de segurança e disciplina conhecidos, a coordenação da tarefa ocorre a nível espiritual, embora se tenha sempre um coordenador encarnado. Assim, é lícito pensar- se que a Espiritualidade procura sempre resguardar os tarefeiros durante o trabalho. (Veja questão 116)

50. Posso dar passe fora do centro espírita?

Há casas espíritas que possuem equipes de passistas que vão à casa do paciente ou a hospitais. Essas equipes sempre trabalham sob condições de disciplina e ordem para se garantir a segurança adequada ao desempenho da tarefa. O passista, sozinho, nunca deverá assumir responsabilidades por qualquer tipo de trabalho fora do âmbito da casa que freqüenta, embora, a título de beneficência, em visita a companheiro adoentado, poderá orar por ele – o que na verdade é também um passe -, chegando mesmo a aplicar- lhe um passe (com as gesticulações tradicionais), somente nos casos em que o próprio doente manifeste o interesse pela aplicação. Mesmo nesses casos, deverá o passista agir com extrema cautela afim de se evitar inconvenientes tais como manifestações mediúnicas de qualquer parte. Atendimentos a companheiros vinculados a processos obsessivos que envolvam manifestação mediúnica e que se encontrem impossibilitados de se dirigir à casa espírita nunca deverão ser realizados pessoalmente por qualquer indivíduo, mas apenas por equipe especializada da própria casa espírita. (Veja questão 89)

O PACIENTE E O PASSE

51. Estou cheio de preocupações. Posso tomar o passe mesmo assim?

O passe é terapia que atinge tanto o físico como o espiritual. Embora o passe não vá resolver seus problemas, ele pode atuar como elemento motivador para a solução. No momento do passe, o paciente está mais apto a receber impressões e intuições de seus benfeitores espirituais. O passe definitivamente não é aconselhado para os casos em que a pessoa não apresenta qualquer tipo de problema. Tomar passe simplesmente por tomar, como se fosse uma mania, é erro comum no qual incorre boa parte das pessoas.

52. O paciente que está em tratamento de desobsessão pode tomar passe?

Sim, e muitas vezes até mesmo a Espiritualidade recomenda que tal pessoa receba passes durante um determinado período, embora não haja qualquer regra. Há processos obsessivos em que o obsediado apresenta tamanho grau de afinidade com o obsessor (ou obsessores) que chega, algumas vezes, a perder momentaneamente o controle de si mesmo. Pacientes que possam ser enquadrados em tais casos, ditos de “subjugação”, devem necessariamente informar com discrição ao coordenador da tarefa, para que o passe seja aplicado com restrições, de forma a se evitar o máximo possível a manifestação mediúnica dentro da câmara de passes, ou mesmo seja aplicado em equipe, quando o coordenador julgar conveniente.

53. O paciente que está fazendo uso de remédios pode tomar passe?

Sim. Pelo que temos observado e aprendido, a fluidoterapia é um excelente coadjuvante para quaisquer tipos de tratamento pelos quais o paciente possa estar passando.

54. O paciente que está doente pode tomar passe?

Sim. Aliás, o objetivo principal do passe é o auxílio às pessoas necessitadas. (Veja questões 51, 52 e 65)

55. O paciente pode comer carne no dia do passe?

Muitas vezes durante tratamentos de saúde convencionais o médico recomenda- nos utilizar alimentação mais leve, afim de não aumentar a carga de trabalho do organismo. Com o passe ocorre o mesmo. O problema de ingestão de carne no dia da tarefa do passe não tem qualquer aspecto místico ou esotérico. O paciente necessita entender que a tarefa do passe é também um tratamento, para o qual deverá preparar seu organismo (físico e espiritual) convenientemente para a recepção dos fluidos benéficos que há de receber. Assim, recomenda- se que nesse dia, o paciente se esforce para não ingerir quantidades excessivas de carne, e caso não consiga abster- se totalmente da alimentação carnívora, pelo menos faça uso de alimentação mais “leve”, tal como carne de frango ou peixe. (Veja questão 63)

56. O paciente pode se alimentar antes de receber o passe?

Sim. Porém o excesso de alimentação traz uma série de inconvenientes que devem ser evitados para maior integração do paciente à tarefa, tais como a sonolência, a falta de ar, gases intestinais, dentre outros. Um erro muito comum reside no fato de as pessoas acreditarem que a eficácia do passe depende apenas do passista. Naturalmente, em um tratamento médico, se o paciente não seguir com disciplina as prescrições do profissional de saúde, por melhor que este seja, o tratamento não terá sucesso. Com o passe ocorre o mesmo. (Veja questão 63)

57. O paciente pode fumar no dia de receber o passe?

Seja qual for a situação, a melhor opção é não fumar. No entanto, até mesmo o desequilíbrio pelo qual esteja passando determinado paciente faz com que este apele para o cigarro. De forma geral, recomenda- se que o paciente evite fumar o maior intervalo de tempo possível, tanto antes quanto depois do passe. (Veja questão 67)

58. O paciente pode usar bebidas alcoólicas no dia de receber o passe?

Da mesma forma que o fumo, recomenda- se que o paciente abstenha- se de usar o álcool o maior intervalo de tempo possível, tanto antes quanto depois do passe. É um erro acreditar- se que após a tarefa o paciente poderá fazer “qualquer coisa”. Seria o mesmo que começar a ingerir bebidas alcoólicas após a ingestão de um antibiótico. Qualquer tipo de medicamento, após ingerido, tem o seu tempo de ação no organismo. Com os fluidos recebidos durante o passe ocorre o mesmo. (Veja questão 67)

59. E se o paciente usar tóxicos?

O paciente usuário de tóxicos, fora do estado de desequilíbrio mental causado pelo uso, poderá também se servir da terapêutica de passes, se possível, acompanhado de orientação moral e evangélica adequada. (Veja questão 67)

60. Gestante pode tomar passe?

Sim. Não há qualquer tipo de impedimento neste caso. Conforme relatos espirituais, nestes casos mesmo a criança que vai renascer recebe os benefícios fluídicos. Apenas, como em todos os casos, deve- se avaliar a necessidade do passe, que não deve ser ministrado simplesmente pelo fato de uma pessoa estar grávida.

61. Criança pode tomar passe?

Naturalmente, como qualquer outra pessoa. Pelo que temos observado, muitas vezes a criança entra na câmara de passes amedrontada. Há passistas que durante a tarefa, por questão pessoal, franzem a testa ou apresentam fisionomia fechada, extremamente séria, como se isso representasse algo de útil. Geralmente conseguem apenas amedrontar mais ainda os pequeninos, fazendo com que estes bloqueiem sua capacidade de recepção. O bom passista deverá se esforçar, principalmente no caso das crianças, em expressar uma fisionomia mais “risonha”, ou que pelo menos não cause estranheza, afim de se conseguir maior abertura psíquica do paciente e por conseguinte melhor desempenho.

62. Qual o número máximo de passes que o paciente deverá tomar?

Não há regra. Em geral, deve- se analisar a orientação do receituário mediúnico, caso exista, e com base na interpretação segura, seguir ou não suas diretrizes. O que não deve ocorrer é o paciente submeter- se à fluidoterapia apenas porque “não tinha nada pra fazer antes de começar a reunião”. Mesmo que a câmara de passes esteja vazia, tomar o passe simplesmente por tomar é falta de caridade para com a equipe de passistas, pois estes estarão doando de si o que o paciente absolutamente não precisa. (Veja questões 9, 64 e 103)

63. O paciente precisa se preparar para tomar o passe?

Sim. Na verdade, conforme os ensinamentos do Cristo, devemos estar continuamente nos preparando, “vigiando” para que nossas deficiências estejam cada vez menos ativas, e “orando” para que possamos captar a influenciação benéfica do Alto, orientando nossa vida para o bem. Embora tais diretivas sejam ideais, cumpre recordar que na maioria dos casos o paciente é companheiro que encontra- se em dificuldade, e por isso mesmo, merecedor principal de nosso respeito e consideração. (Veja questões 55 e 56)

64. O paciente pode tomar passe mais de uma vez por semana?

Exceto nos casos provenientes de receituário mediúnico que foi devidamente analisado, a maioria das pessoas não tem necessidade de tomar mais de um passe por semana. Abusar da bondade dos irmãos tarefeiros é falta de caridade e desrespeito à tarefa. (Veja questões 9 e 62)

65. Deve haver motivo para se tomar passe?

Sim. Muitas vezes o indivíduo chega à casa espírita e sente necessidade de tomar um passe, pelas vias da intuição. Tal fato pode ocorrer e é muito natural. O problema está em se tomar passes todas as vezes que se visite a casa espírita, deliberadamente. Para se tomar um passe, deve necessariamente haver uma causa que o justifique, da mesma forma que não se deve tomar remédios sem o conhecimento e o endosso de um médico. (Veja questão 54)

66. Se o paciente for médium ostensivo ele poderá tomar o passe?

Sim. Nos casos em que a mediunidade ainda não foi devidamente educada ou o processo educativo está em curso, o paciente deverá informar tal fato ao coordenador da tarefa, antes de receber o passe, para que este tome as precauções necessárias, caso julgue conveniente. Sendo os fluidos a base do fenômeno mediúnico, companheiros que tenham mediunidade ostensiva sem capacidade de contenção têm boas chances de experimentar uma manifestação no momento da tarefa. O passista, desde que consciente da situação, pode fazer o máximo para evitar o acontecimento. (Veja questão 137)

66. A fé do paciente na eficácia do passe é importante?

Sim. Simplificando, entendemos fé como estado de receptividade aos fluidos. Caso um paciente tenha muita fé na ação do passe, podemos dizer que ele está totalmente receptivo aos fluidos que receberá. Caso o paciente não tenha fé, certamente suas defesas psíquicas atuam contra a invasão de qualquer tipo de fluido em seu cosmo orgânico. Se pudéssemos fazer um paralelo, mesmo que irreal, apenas para ilustração, diríamos que “a falta de fé”, em relação aos medicamentos comuns, representa uma substância qualquer dentro do organismo do paciente que anula quase por completo o efeito do remédio. Deve- se ressaltar, mais uma vez, que tal exemplo é apenas uma comparação. (Veja questão 105)

67. Qual é a conduta ideal do paciente?

O paciente deverá considerar a fluidoterapia como recurso sagrado, não ignorando os benefícios espirituais que recebe a cada passe, devendo portanto se esforçar cada vez mais por apresentar conduta que o torne digno da continuidade do tratamento que recebe da Misericórdia Divina por intermédio dos colaboradores da casa espírita. O passe não cura, mas age como alívio e alimento da alma para que ela cure a si mesma. (Veja questões 57 a 59)

A CÂMARA DO PASSE

68.Deverá haver um local destinado exclusivamente ao passe na casa espírita?

Sim. Deverá haver local apropriado para a aplicação de passes na casa espírita. Esse espaço, se possível, deverá servir apenas a esse fim, evitando- se ao máximo o tráfego de pessoas ou o depósito de objetos não relacionados à tarefa. A maioria das casas espíritas não pode se servir de um local exclusivamente para tal fim. Neste caso, deve-se escolher o recinto que mais se aproxime das condições adequadas à câmara do passe. (Veja questões 69 a 74)

69.Qual é o tamanho ideal da câmara do passe?

Não há regra. Deve- se sim dimensionar o número de passistas trabalhando ao mesmo tempo em função do tamanho da câmara. Para tanto, recomenda- se observar a distância mínima de aproximadamente 50 centímetros entre cada assento ou posição

destinada ao paciente, afim de evitar- se colisões entre passistas e/ ou pacientes, assim como facilitar a ventilação do ambiente. (Veja questão 81)

70.Qual é a luminosidade ideal da câmara do passe?

Os fluidos doados durante o passe são afetados pela luz branca. Por esse motivo, recomenda- se que a câmara do passe não seja excessivamente clara, nem excessivamente escura. No primeiro caso, anular- se- ia boa parte dos fluidos doados pelo passista, e no segundo causar- se- ia mal estar no paciente, naturalmente receoso de adentrar em um local totalmente escuro. É comum encontrarmos nas casas espíritas câmaras fracamente iluminadas por lâmpadas de 10 a 20 W (watts) nas cores azul ou vermelha.

71.Deve haver ventilação na câmara do passe?

Sim. Deve- se evitar qualquer situação que provoque mal estar tanto no paciente quanto no passista. A falta de ventilação, em geral, é um dos maiores causadores de indisposição, de forma que se deve, sempre que possível, manter circulação de ar adequada na câmara do passe. Muitas câmaras apresentam janelas direcionadas para a rua, e que por esse motivo não deverão permanecer abertas. Nesse caso, recomenda-se seja utilizado aparelho de ventilação o mais silencioso possível, para que a concentração de passistas e pacientes não seja perturbada.

72.Podemos usar aparelhos elétricos na câmara do passe?

Depende da finalidade. Aparelhos que utilizem perfumes ou incensos não deverão ser utilizados, pelo simples fato de que não se deve admitir nas casas espíritas a introdução de quaisquer hábitos que não estejam amparados pela Codificação. Os aparelhos mais comuns que encontramos são o circulador de ar, que deve ser usado dentro da necessidade, e desde que seja silencioso e o aparelho de som para a reprodução mecânica, em baixo volume, de músicas suaves e que remetam pacientes e passistas a temas espiritualizantes. (veja questões 71, 73 e 85)

73.Podemos usar “perfumes” ou incensos na câmara do passe?

Não. O Espiritismo não endossa em seu corpo doutrinário quaisquer manifestações de caráter exterior ou místico.

A TAREFA DO PASSE

74. A tarefa do passe deve ter horário fixo?

Sim. Entre os encarnados, a tarefa do passe é apenas uma pequena parte da tarefa que ocorre a nível espiritual. Certamente os benfeitores espirituais têm também sua programação, que se vincula à nossa. Não raro, durante todo o dia, a Espiritualidade prepara o ambiente da casa espírita para o recebimento da vasta gama de espíritos sofredores que vêm receber o lenitivo do passe. Em todas as tarefas da casa espírita, a ordem e a disciplina presidem o progresso. (Veja questão 68)

75. A tarefa do passe precisa de um coordenador?

O Espiritismo não endossa qualquer tipo de hierarquia. Pelo contrário, sabe- se que de acordo com a Doutrina, o indivíduo que está investido da maior autoridade é necessariamente aquele que mais doa de si próprio. No entanto, a tarefa deve ter um coordenador, que represente para os passistas a fonte segura de orientação respaldada na experiência, e para os pacientes seja a fonte de referência segura para o esclarecimento. Conforme temos aprendido, o coordenador será o indivíduo que controla a entrada de pessoas na câmara de passes, e que toma as decisões cabíveis nas eventualidades que venham a ocorrer. Além disso, é também tarefa do coordenador esclarecer os pacientes quanto à importância do passe e à necessidade de empenho na reforma íntima de cada qual, como elemento único para a cura definitiva do Espírito.

76. O grupo de passistas deve orar em conjunto antes do início da tarefa?

Sim. A prece em conjunto antes do início da tarefa facilita a integração de todos no propósito único de servir ao próximo, além de elevar o passista a estado mental mais próprio à afinização com os Espíritos responsáveis pelo passe.

77. Os passistas devem fazer a prece final em conjunto?

Sim, no sentido de agradecer a oportunidade de participarem de mais uma tarefa em nome do Cristo.

78. Durante cada “rodada” de passes, alguém deverá fazer a prece em voz alta?

Não. Embora tal prática seja utilizada por várias casas espíritas, recomenda- se que cada passista faça suas preces individualmente e em silêncio, propiciando maior concentração e maior integração com o paciente ao qual está servindo. A prece em voz alta tende a atrapalhar pacientes e passistas que preferem fazer suas próprias preces, assim como muitas vezes faz com que paciente e passista pensem que não devem se concentrar mentalmente, pois alguém já está fazendo isso por eles.

79. O passista precisa tomar passe antes da tarefa?

Não há necessidade. A própria Espiritualidade, durante todo o dia, auxilia na preparação do passista para a tarefa. É particularmente importante que, ao acordar, o passista não deixe de fazer suas preces, procurando desde cedo a sintonia mental com os benfeitores espirituais, e participe da prece de início dos trabalhos, pela qual estabelece- se em definitivo a ligação Espírito- passista para a execução da tarefa, ligação esta que deve ser mantida, por parte do passista, através da prece contínua durante toda a tarefa.

80. A tarefa do passe pode se desenvolver paralelamente à exposição doutrinária?

De forma ideal, a tarefa do passe deve ser realizada antes do início ou após o término da exposição doutrinária, para se evitar a quebra do raciocínio nos espectadores, através da intervenção necessária para se tomar o passe. O mesmo acontece em relação aos passistas, que muitas vezes adentram a câmara do passe insatisfeitos por não poderem assistir à palestra da ocasião. Atualmente, observamos que na maioria das casas espíritas a administração do passe antes da exposição doutrinária é praticamente inviável, devido ao elevado número de pacientes, pois número considerável de pessoas acostumou- se – erroneamente - a enxergar a tarefa do passe como um serviço adicional que a casa espírita presta aos ouvintes da preleção da noite, e não como um serviço especializado, cujo uso deve ser baseado na necessidade. (Veja questões 81 e 82)

81. Qual é o número ideal de passistas trabalhando simultaneamente?

Esse número dependerá de três fatores: tamanho da câmara de passes, quantidade de trabalhadores disponíveis e número de pacientes a serem atendidos. (Veja questão 69)

82. Há necessidade de passista reserva?

Sim. É um fato comum eventualmente um dos passistas da equipe estar impossibilitado de comparecer à tarefa. Para se evitar que o trabalho seja desestruturado em função da ausência de um companheiro, recomenda- se que a equipe de passe tenha pelo menos um passista reserva. O passista reserva também estará disponível para substituir qualquer passista que apresente indisposição durante o tarefa ou para trabalhar juntamente com os outros caso no dia da tarefa o número de pacientes ultrapasse a quantidade costumeira, além, é claro, de proporcionar um rodízio dos tarefeiros, criando maiores facilidades para todos. (Veja questão 83)

83. Pode- se fazer rodízio de passistas?

Sim. Tal prática é recomendável pois possibilita que os tarefeiros possam se alternar na tarefa, usufruindo das exposições doutrinárias e outras atividades que, normalmente, não teriam condição de participar, facilitando o aspecto de integração dos componentes da casa espírita como um todo. Além disso, como cada qual tem suas peculiaridades fluídicas, o rodízio permite que haja maior variação fluídica a cada tarefa, propiciando atendimento mais amplo por parte da equipe espiritual. Onde todos trabalham mais, cada um, individualmente, trabalha menos.

84. O passista deve posicionar- se à frente ou atrás do paciente?

Não há regra. Mesmo à frente do paciente, o passista pode posicionar- se mentalmente atrás dele.

85. Pode- se usar música mecânica durante a tarefa do passe?

Sim. A música auxilia a criação de pensamentos nobres, desde que sejam reproduzidas faixas com temas espiritualizantes, e em baixo volume. (Veja questão 72)

86. Pode- se usar música ao vivo durante a tarefa do passe?

Sim. Deve- se, porém, evitar a formação de coros em momento indevido, restringindo a manifestação artística ao grupo ou à pessoa responsável. Além disso, as músicas devem naturalmente estar baseadas em mensagens positivas. (Veja questão 87)

87. Pode- se cantar durante a tarefa do passe?

Em geral, a cantoria durante a tarefa do passe mais atrapalha do que ajuda, pois cada um controla a intensidade de sua voz deliberadamente, e algumas pessoas chegam a cantar muito alto, vindo a atrapalhar a concentração de passistas e pacientes. (Veja questão 86)

88. Quando o passe deve ser em equipe?

Nos casos em que o coordenador da tarefa, pela sua experiência, julgar conveniente. Freqüentemente, tais passes são aplicados em companheiros que estejam vivenciando processos obsessivos ao nível da subjugação ou em casos que o paciente necessite de tipos de fluidos diferentes. Nesses casos, a aplicação do passe em equipe tanto fornece mais vasta gama de elementos para o trabalho da Espiritualidade, como proporciona a todos maior segurança, em virtude da possibilidade de haver manifestação mediúnica sem controle por parte do paciente. (Veja questão 9)

89. A tarefa do passe deve funcionar exclusivamente dentro da casa espírita?

Muitas casas espíritas mantêm equipes de passistas que atendem aos irmãos necessitados em suas residências ou em hospitais, quando estes encontram- se impedidos de locomoção por algum motivo. Neste caso, a tarefa é dirigida pela própria casa espírita como se fosse uma tarefa interna. O que não deve ocorrer é um passista, deliberadamente, assumir a responsabilidade de dar passes fora do controle e do âmbito da casa espírita a que esteja vinculado. A tarefa do passe é completamente vinculada às questões da mediunidade, e naturalmente, deve ser trabalhada com segurança, afim de se evitar os escolhos comumente encontrados nos casos de mediunismo mal direcionado. (Veja questão 50)

O PASSISTA DURANTE A TAREFA

90. Devo dar conselhos durante a aplicação do passe?

Não. A tarefa é de aplicação de passes, e não de sugestões e conselhos. Não que os conselhos e as sugestões embasadas na vivência do Evangelho sejam incorretas, mas no momento da tarefa do passe, tal prática não deve ser permitida, por melhor que seja a intenção. Em algumas casas espíritas observamos a tendência à conversação durante a aplicação do passe, estando o passista muitas vezes mediunizado. Embora tal prática seja adotada nas respeitáveis religiões africanistas, ela não encontra suporte na Doutrina dos Espíritos. O passe misto, praticado nas casas espíritas, exige concentração tanto do paciente como do passista, e intercâmbio de idéias apenas a nível mental, e não verbal.

91. Devo receitar durante a tarefa do passe?

Não. A tarefa do passe não é receituário mediúnico, mas apenas ministração, por via fluídica, de elementos terapêuticos extremamente sutis ao paciente, que atuam diretamente no perispírito, atuando à semelhança dos compostos homeopáticos, fazendo repercutir seus benefícios inclusive no corpo físico. Tal prática difere completamente do receituário mediúnico, que aliás que deve ser utilizado somente com o amplo entendimento das responsabilidades, tanto físicas quanto espirituais, que seu exercício acarreta. (Veja questão 9)

92. Posso prometer cura a alguém?

Não. Aprendemos com Jesus que a cura somente pertence ao próprio doente que, mercê de Deus, aproveita as oportunidades de progresso espiritual. A promessa de cura, sobretudo endereçada a pessoa realmente doente, excita demasiadamente o psiquismo desta, podendo levá-la a estados muito piores se a melhora não se verifica conforme o prometido. Assim, por mais segura seja a fé do passista em relação à eficácia do tratamento fluidoterápico, devemos relembrar o mestre lionês, quando diz que “fé inabalável é aquela que pode encarar a razão, face a face”. (Veja questão 117)

93. Posso dar passe mediunizado?

Não. Se todos os companheiros das casas espíritas trabalhassem apenas mediunizados, muito provavelmente os Espíritos não precisariam de nosso concurso inteligente. O estado de consciência plena do passista durante o passe indica que este também participa ativamente do processo de doação, através de seu raciocínio e seu sentimento, doando não somente os fluidos animais necessários ao transporte e à absorção dos elementos por parte do paciente, mas também sua ideação nobre que irá impressionar positivamente os fluidos a serem transmitidos. (Veja questões 40 e 138)

94. Posso dar o passe com qualquer roupa?

Não há regra. Entretanto, recomenda- se que o passista vista- se de forma confortável, para que não venha a sentir incômodo durante a tarefa, podendo atingir seu término com tranqüilidade. Deve- se evitar o uso de roupas espalhafatosas, o que poderá ocasionar pensamentos de estranheza em uns, assim como de crítica em outros, desviando os pensamentos do campo nobre de ilações que a tarefa exige. Essencial também não abusar de decotes, roupas muito justas, curtas e coisas afins que, naturalmente, possam gerar pensamentos libidinosos nas outras pessoas. De maneira geral, todos nós ainda temos vinculações no campo da sexualidade mal direcionada. E por fim, como grande parte dos companheiros movimenta os braços durante a aplicação do passe, conforme a técnica preferida, sugerimos que os passistas não façam uso de colares, pulseiras ou qualquer outro objeto que faça barulho durante a tarefa, para evitar- se desviar a atenção dos outros co- participantes. (Veja questão 28)

95. Posso tocar no paciente?

Não. O toque denota, essencialmente, intimidade. Por mais bela e pura que seja a relação entre passista e paciente, deve- se evitar o toque dentro do ambiente da casa espírita, como forma de respeito aos outros companheiros, em relação à unidade de trabalho que deve haver dentro da casa espírita. Quando participamos de qualquer tarefa dessa natureza, não podemos agir da maneira que queremos, mas submeter- nos às orientações da casa. Nunca é pouco ressaltar que a ordem e a disciplina presidem o progresso. No que diz respeito ao toque em pessoa que não se conhece, a situação se complica ainda mais. É possível que o paciente se assuste, e com maior intensidade se este for do sexo feminino. Em qualquer trabalho, principalmente com o público, o cuidado deve ser redobrado. Imagine a seguinte situação: determinado companheiro vai ao centro espírita pela primeira vez; encontra- se amedrontado; indicam- lhe a câmara de passes; ele observa a escuridão, o silêncio, e estes lhe causam estranheza maior; na sua vez, senta- se de olhos arregalados, enxergando com deficiência; subitamente o passista à sua frente põe a mão em seus ombros; talvez este companheiro não volte àquela ou qualquer outra casa espírita, ou talvez saia correndo. Embora o caráter cômico da narrativa, observamos que tal fato já ocorreu mais de uma vez. Não é demérito algum para o Espiritismo reconhecermos que, em virtude da ignorância, muitas pessoas ainda se amedrontam quando passam em frente a uma casa espírita. (Veja questão 94)

96. Os olhos devem ficar abertos ou fechados?

Em geral, abertos. Particularmente os passistas que se servem de movimentos para a aplicação do passe não poderão agir de olhos fechados, sob pena de virem a colidir com outro passista também em movimento, ou até mesmo com o próprio paciente. Além, é claro, dos inconvenientes trazidos pelo toque indesejado. (Veja questão 136)

97. Senti tonturas durante a aplicação do passe. O que aconteceu?

Os fluidos são a base da manifestação mediúnica. Determinados companheiros que tenham ostensividade mediúnica podem tender para o estado sonambúlico em ambientes com grande reserva fluídica. A tontura, muitas vezes, indica o limiar entre os estados de vigília e sonambúlico. Sendo fenômeno natural, pode ser coibido pelo passista com a devida educação da mediunidade. Quando ocorrer, deve- se, sem alarde, informar ao coordenador da tarefa, para que, se possível, substitua- se o passista em questão, até o restabelecimento adequado, que geralmente ocorre em poucos minutos. Costuma- se recomendar que o passista tome um pouco de ar, procure relaxar e orar rogando aos benfeitores espirituais que o auxiliem. Tal fato não é, definitivamente, motivo para que qualquer companheiro se afaste da tarefa do passe. (Veja questão 140)

98. O que o passista deve pensar na hora do passe?

O passista deverá orar continuamente durante a tarefa. O pensamento bem direcionado é essencial para o desempenho da tarefa. Assim, quanto mais se estuda os mecanismos do passe, maior capacidade de orientação de sua força mental terá o passista. Embora não haja regra sobre “o que pensar”, observamos que muitos companheiros mais afinizados com o estudo imaginam correntes magnéticas luminosas entrando e saindo pelos centros vitais do paciente, outros projetam na tela mental a figura de Jesus, e ainda outros imaginam descargas enormes de fluidos saindo das pontas de seus dedos, dos olhos, ou de todo o corpo. Seja qual for a ideação, esta sempre deverá ser nobre, além de ser alimentada pela crença profunda do passista na eficácia da aplicação, embora, como já dissemos, o passista não tenha autoridade suficiente para garantir cura a qualquer pessoa. (Veja questões 3 e 136)

99. Devo dar passe descalço?

Não há regra. Porém, dentro da casa espírita, preferível é apresentar- se convencionalmente, ou seja, com vestuário adequado e sapatos confortáveis, que não causarão incômodos durante a tarefa. Dar passes descalços traz sérios inconvenientes, que variam da estranheza de se ver uma pessoa descalça dentro da câmara de passes, até o desconforto nasal que os companheiros possam vir a sentir. Além disso, o passista não é mais eficaz por estar descalço. (Veja questão 28)

100. Tenho problemas com o paciente que acabou de se sentar à minha frente. Devo dar o passe?

Sim. Devemos entender tal fato como oportunidade que Deus oferece ao passista de renovar suas concepções com base no perdão e na amizade. Nesse particular, devemos entender que um “inimigo” é sempre um amigo perdido, de forma que tal amizade é sempre passível de ser recuperada. (Veja questão 44)

O PACIENTE DURANTE A TAREFA

101. Devo usar roupa apropriada para o passe?

Não há regra. Há pessoas que se sentem bem usando roupas de cor lilás, amarela, branca, dentre outras, assim como há casas espíritas que sugerem ao paciente, que está submetido a tratamento fluidoterápico mais longo, a utilização de roupas brancas. No primeiro caso, o paciente deverá utilizar a cor que preferir, da mesma forma como escolhe uma roupa ao sair de casa, e no segundo, deverá acatar as sugestões da casa espírita, se concordar com elas. De forma geral, fatores tais como fé, merecimento e vontade de melhoria influenciam muito mais na eficácia do passe do que a simples cor de uma roupa.

102. Os olhos devem ficar abertos ou fechados?

Não há regra. Tudo deve ser feito para que o paciente se concentre melhor. Há pessoas que preferem, para se concentrar, permanecer com os olhos fechados. Há outras que gostam de mantê-los abertos. O mais importante, no momento do passe, é o relaxamento físico e psicológico do paciente, de forma que este esteja mais receptivo aos fluidos em transmissão. (Veja questões 107 e 108)

103. Qual o número máximo de passes que posso tomar?

Este número não existe. Conforme temos aprendido, particularmente com André Luiz, no capítulo 19 do livro “Missionários da Luz”, o melhor é submeter- se ao tratamento fluidoterápico acompanhado de um empenho constante no processo de reforma íntima. Além disso, o paciente deve procurar não tomar o passe “apenas por tomar”, da mesma forma que não toma antibióticos simplesmente porque “não tinha nada pra fazer”. O passe, assim como qualquer remédio, deve ser encarado como elemento terapêutico para o corpo e o espírito. (Veja questão 62)

104. Senti tonturas durante o passe. O que aconteceu?

A tontura pode ocorrer por vários motivos, dentre os quais a caracterização de mediunidade ostensiva por parte do paciente. Neste caso, tal fato indica que o paciente atingiu o limiar entre os estados de vigília e sonambúlico, e pode tender para qualquer tipo de manifestação mediúnica. Sendo fenômeno natural, pode ser coibido pelo paciente com a devida educação da mediunidade. Quando ocorrer, deve-se, sem alarde, informar ao passista, para que este, se possível, continue a aplicação do passe com o devido cuidado, ou mesmo paralise- o, até o restabelecimento adequado, que geralmente ocorre em poucos minutos. Deve- se tomar um pouco de ar, procurando relaxar e orar rogando o auxílio necessário junto aos benfeitores espirituais. Recomenda- se que o paciente procure o coordenador da tarefa posteriormente, relatando o acontecido, afim de orientar- se sobre uma possível mediunidade, e sua efetiva educação, lembrando sempre que mediunidade não é doença, mas sim disposição orgânica que faculta maior grau de sensibilidade para captação de influências psíquicas ou espirituais, dentre outras. (Veja questão 139)

105. Após o passe piorei. O que aconteceu?

Traçando um paralelo entre o passe e os medicamentos convencionais, observamos que muitas vezes tomamos remédios que causam inicialmente estados de piora repentina, para em seguida revigorar o aparelho orgânico do paciente. Sendo o passe também um remédio, é natural que este fato venha a ocorrer em alguns casos. Por outro lado, pessoas mais sensíveis, principalmente no tocante à questão da mediunidade, podem apresentar variações mais perceptíveis, como traço indicativo de necessidade de educação mediúnica. Quando tal fato ocorrer, procure orientação junto ao coordenador da tarefa. (Veja questão 66)

106. Preciso virar as palmas das mãos para cima para receber melhor o passe?

Não. Os fluidos do passe não são captados diretamente pelo corpo físico, mas por corpos mais sensíveis às energias que são doadas, razão pela qual não há necessidade de se virar as palmas das mãos para cima no momento da aplicação. O paciente poderá fazê-lo, naturalmente, se tal prática lhe trouxer qualquer tipo de conforto a nível mental. (Veja questão 123)

107. Devo fazer silêncio durante o passe?

Sim. A concentração desempenha papel importante para a eficácia do passe. Assim, o paciente não deverá produzir barulhos, nem tampouco questionar o passista durante a tarefa, mas sim concentrar-se o melhor possível, procurando fazer- se o mais receptivo possível aos fluidos benéficos que recebe. (Veja questão 102)

108. O que o paciente deve pensar na hora do passe?

Deve se esforçar por criar bons pensamentos, sedimentados pela prece constante. Para os irmãos que tenham maior dificuldade nesse particular, sugere- se imaginar quadros que traduzam beleza espiritual, passagens evangélicas da vida do Cristo, cantar mentalmente, mas apenas mentalmente, canções espiritualizantes, e até mesmo se servir das preces decoradas, procurando sempre pronunciá-las com o máximo de sentimento. Poderá também mentalizar o lar, o ambiente de trabalho, a família, os amigos e “inimigos”, dentre outros. (Veja questão 107)

109. Devo tomar o passe descalço?

Não há necessidade, além de ser inconveniente. Sendo o passe também um remédio, sua eficácia não está relacionada a este fato, assim como o uso de qualquer outro remédio não traz na bula a necessidade de o paciente estar calçado ou descalço.

110. Posso ficar com as pernas cruzadas?

Sim. O paciente deverá procurar se sentir o mais confortável possível para que se coloque de forma receptiva ao passe que irá receber. Se esse conforto estiver relacionado às pernas cruzadas, que cruze então as pernas. O simples fato de cruzar ou não as pernas não irá incluir na eficácia do passe.

111. Posso sempre escolher meu passista predileto?

Não. Em respeito aos irmãos que doam seu tempo e seu amor à tarefa, não devemos interferir com nosso personalismo exagerado e egoístico. Muitas vezes a energia que é canalizada para determinado paciente pode mesmo não vir do próprio passista que gesticula à sua frente, mas sim ter sua origem em outro passista que esteja na câmara, em outras pessoas que nem mesmo esteja na câmara do passe, ou até na vegetação que se encontra próxima ou distante. Também por este motivo, não encontrarmos fundamento seguro para a preferência desse ou daquele passista.

112. Não gosto do passista. Devo tomar o passe?

Sim. É provavelmente boa oportunidade para recomeçar o estreitamento dos laços que conduzam os dois à amizade novamente. Na certeza de que o acaso não existe, devemos analisar com carinho as situações pelas quais Deus nos permite superar a nós próprios no dia a dia. Além disso, cumpre sempre lembrar a assertiva do Mestre da Galiléia: “Perdoai os vossos inimigos”. (Veja questão 109)
O PASSE

113. Quais os tipos de passe?

Essa questão é problemática. Muitos autores preferem criar suas próprias nomenclaturas. De nossa parte, consideraremos apenas as mais usuais: passe magnético, onde somente o passista, nesse caso dito “magnetizador”, atua como a fonte dos fluidos a serem doados, não havendo portanto a influência espiritual; passe espiritual, cuja origem dos fluidos é primordialmente espiritual; e passe misto, também conhecido como passe espírita, onde atuam de forma colaborativa o passista e o Espírito, embora o passista não esteja propriamente mediunizado, podendo inclusive haver a adição de fluidos vegetais previamente manipulados pela Espiritualidade. Este último tem sido utilizado de forma mais ampla nas casas espíritas, e é o que recomendamos. (Veja questões 132 a 135)

114. O que é passe magnético?

É a doação de fluidos originada exclusivamente de um ou mais doadores encarnados, chamados de “magnetizadores”. Embora usado em algumas casas espíritas, e ter seus benefícios já confirmados pela experiência, não é tão difundido quanto o passe dito misto. Digno de nota é o fato de Allan Kardec ter sido aluno da escola de Mesmer, famoso estudioso do Magnetismo no século XIX, segundo consta em alguns registros históricos. (Veja questões 1 e 4)

115. O que é passe espiritual?

É o passe cuja origem é espiritual. Não há, neste caso, participação de criatura encarnada, embora os Espíritos possam naturalmente manipular fluidos animais para o fim almejado. O passe espiritual não é idêntico ao passe misto, em virtude da participação ativa do passista que este requer.

116. O que é passe misto?

O passe misto pode ser considerado como a soma do passe magnético e do passe espiritual, unindo as qualidades de ambos. Nesse caso, tanto há doação de energia espiritual por parte dos Espíritos encarnados e desencarnados, como manipulação de fluidos animais, vegetais e outros que desconhecemos, por parte da Espiritualidade que coordena o trabalho. É o passe mais praticado nas casas espíritas, por envolver a equipe de tarefeiros encarnados, subordinada à equipe espiritual. (Veja questão 49)

117. O passe cura?

Não. O passe atua como paliativo que alivia as dores físicas e/ ou morais sofridas pelo paciente, e lhe reanima espiritualmente para continuar a enfrentar os testes da vida de forma mais tranqüila. Naturalmente a eficácia do passe está vinculada ao esforço do paciente em superar- se. (Veja questão 92)

118. O passe é placebo?

Não. O Magnetismo é ciência já largamente comprovada, não se tratando pois de mera questão de crença. Podemos, modernamente, verificar com clareza a radiação emitida pelos seres vivos através de vários métodos, dentre os quais destaca- se como dos mais conhecidos a fotografia da aura energética, também chamada de kirliangrafia. Os efeitos magnéticos do passe são uma realidade que pode ser comprovada. Dessa forma, o passe não é placebo. (Veja questões 13 e 15)

119. Qual a finalidade de se aplicar passes em objetos?

Os objetos, assim como os corpos vivos, têm uma aura magnética que os reveste, sendo esta passível de ser magnetizada positiva ou negativamente. Quando alguém toca no objeto, é natural ocorrer a interação dos campos magnéticos, transmitindo- se assim parcela das características de tais campos de um para outro. O mais comum nas casas espíritas é a magnetização da água, dita “água fluida”, ao passo de magnetização de roupas e outros objetos é fato mais raro.

120. Deve-se dar passe antes das reuniões mediúnicas?

O passe na reunião mediúnica é mais utilizado durante ou após os trabalhos, embora encontremos casas que o ministrem antes do início. Durante a reunião os passes podem atuar de duas formas básicas: sustentação fluídica de uma manifestação ou dispersão de fluidos após alguma entidade ainda sofredora ter se servido do médium, causando- lhe fadiga. Após a reunião, costuma- se utilizar o passe tanto para dispersão de fluidos como para energização dos médiuns, em quem geralmente o desgaste é maior. O passe antes do início das reuniões mediúnicas pode ser aplicado no intuito de relaxar os companheiros para melhor receptividade mental na tarefa em questão.

121. Deve- se dar passe durante as reuniões mediúnicas?

Não há regra. Depende principalmente de como aplicar o passe. É comum depararmo-nos, em reuniões mediúnicas, com situações em que o médium se esforça por não permitir a manifestação de determinada entidade que se encontra descontrolada em excesso por algum motivo. Tais manifestações perturbam a reunião, além de fatigar o medianeiro. Ocorre que companheiros responsáveis pela tarefa do passe durante a reunião, algumas vezes, aplicam passes de energização nos médiuns, procurando auxiliar- lhes. Não raro, o passista – naturalmente bem intencionado – está cometendo o engano de prover os recursos de base para que o fenômeno venha a ser continuado. Pelo que temos observado e aprendido, a aproximação das mãos ou o direcionamento do pensamento (mesmo sem qualquer movimento do corpo) com o objetivo de se fornecer fluidos à região próxima à nuca sensibiliza bastante o médium, facilitando- lhe o processo de vinculação psíquica e conseguinte manifestação. Assim, sugere- se observar a diferença básica entre a aplicação dispersiva e a energizante, de forma a se trabalhar corretamente durante as reuniões mediúnicas. (Veja questões 122 e 135)

122. Deve- se dar passe após as reuniões mediúnicas?

Não há regra. Sugere- se que apenas os companheiros que se encontrem mais fatigados sejam atendidos, para que não se “vicie” o tarefeiro a receber sempre o passe, sem qualquer tipo de cogitação quanto à necessidade ou não de recebê-lo. (Veja questão 135)

123. Em qual corpo atua o passe?

Em todos. Entendemos que há duas parcelas energéticas no passe: a espiritual e a animal. A segunda, animal, serve de suporte à primeira, como se fosse um “carrinho de mão”. Os Espíritos encarnados, assim como os desencarnados excessivamente vinculados à matéria, ainda necessitam deste “veículo” de transporte (fluido animal) para captar os fluidos espirituais, que nesse caso ficam impregnados no fluido animal. Esse também é um dos motivos pelos quais as reuniões ditas de “desobsessão” necessitam do componente humano (encarnado). Os fluidos animais, semi- materiais, que transportam as energias espirituais canalizadas no passe encontram ressonância maior com o perispírito, razão pela qual este corpo capta em primeiro lugar as vibrações da fluidoterapia, vindo a distribuí-las posteriormente aos outros corpos. (Veja questão 106)

124. O passe afeta o corpo físico?

Sim. Sendo o perispírito, ou corpo espiritual, ligado ao corpo físico, naturalmente esse recebe as impressões captadas por aquele. Ocorre que, pelo fato de muitas pessoas não sentirem imediatamente os resultados do passe, como queriam, não se acredita em sua eficácia, contribuindo, de fato, para que tais energias sejam atenuadas, diminuindo sua ação. Em termos da Medicina convencional, podemos comparar um tratamento fluidoterápico a uma terapia homeopática, que em princípio passa mais tempo “despercebida”, atingindo, no entanto, as causas profundas do problema. (Veja questão 123)

125. Existe relação entre o passe e o africanismo?

Espiritismo não é africanismo, assim como as religiões africanistas, tais com a Umbanda, Candomblé e outras, não são Espiritismo. Não obstante, boa parte das religiões africanistas, senão todas, assim como o Espiritismo, tem trabalhos de fluidoterapia.

126. Há bibliografia recomendada para o estudo do passe?

Evitando enumerar livros em excesso, citemos apenas quatro: “O Passe – seu estudo, suas técnicas, sua prática”, de Jacob Melo, FEB; “O Passe Magnético – seus fundamentos e sua aplicação”, Salvador Gentile, IDE; “Missionários da Luz”, capítulo 19, André Luiz/ Francisco Cândido Xavier, FEB e “Conduta Espírita”, lição 28, André Luiz / Waldo Vieira, FEB. (Veja questão 47)

PASSE E TÉCNICA

127. Existem técnicas específicas para o passe?

Sim. O passe misto, do qual estamos tratando, se utiliza das técnicas (a nível de movimentos) do passe magnético. É comum classificarmos os passes conforme o objetivo e os movimentos que o passista produz quando de sua aplicação, embora os movimentos não sejam obrigatórios. Visando simplificar ao máximo, restringiremos a duas técnicas, que chamaremos de “dispersão” e “energização” ou “fortalecimento”. Em geral, todo passe realizado durante a tarefa é uma seqüência destes, dois: primeiramente o dispersivo, seguindo- se o energizante. (Veja questões 128 a 136)

128. Os movimentos são realmente necessários?

Não. Os movimentos apenas auxiliam o passista a direcionar seu pensamento corretamente durante o passe, assim como funcionam à guisa de sugestão mental para o paciente. Este segundo aspecto se deve ao fato de, culturalmente, o paciente sempre esperar que o passista irá movimentar os braços ou as mãos. Há pacientes que, em tomando passe com passista que não se movimenta, saem da câmara de passes insatisfeitos, chegando a pensar inclusive que não receberam o passe. (Veja questões 12, 134 e 135)

129. Qual é a duração ideal do passe?

Não há regra. Embora os passes realizados fora da casa espírita, em residências ou hospitais possam ser mais longos, nas tarefas costuma- se utilizar um tempo padrão próximo de um minuto, que naturalmente pode variar de paciente para paciente em função da intuição do passista. No entanto, o passista não deve se preocupar em “cronometrar” o passe, pois adquirirá facilmente, com dedicação à tarefa, a noção adequada do tempo necessário a cada caso.

130. Há cuidados especiais quando da aplicação de passes em médiuns ostensivos?

Sim. O passista deve procurar ser breve na “fase” de energização do passe, evitando ao máximo direcionar por muito tempo os fluidos, seja através de movimentos ou apenas com o pensamento, para a região da nuca do paciente, pois neste caso aumenta- se o risco de ocorrência de manifestação mediúnica. Além disso, pelo uso dos olhos abertos, o passista poderá, ao longo do passe, verificar se o paciente tende ou não para o estado sonambúlico. (Veja questões 134 e 135)

131. Preciso contrair os músculos para dar o passe?

Não. A cota de fluidos doada pelo passista não tem relação com a força muscular que este faz. Muitos passistas consideram incorretamente, pelo fato de ficarem com os músculos doloridos após a tarefa, que sua participação foi mais ampla, assim como outros que, por produzirem suor em excesso, julgam ter sido eficazes na tarefa. Nenhum dos dois fenômenos fisiológicos citados se relaciona com a eficácia do passe. Assim, não se faz necessária a aplicação de força para se ministrar o passe.

132. O que é passe de dispersão?

O passe de dispersão é técnica destinada a retirar os fluidos deletérios que possam estar vinculados ao paciente, pela ocasião das ocorrências do dia a dia, ou de causas específicas, tais como processos obsessivos. É comumente ministrado aos médiuns, nas reuniões mediúnicas, após manifestação de entidade perturbada. A função básica dessa técnica é propiciar alívio ao paciente, assim como desobstrução de sua capacidade intelectiva, e de vinculação com os benfeitores espirituais.

133. O que é passe de energização?

O passe de energização é técnica que objetiva principalmente o fortalecimento energético do indivíduo. Com base nesse fortalecimento, o paciente pode reorganizar seus mecanismos de defesa contra investidas espirituais e encontrar motivação com base nas novas reservas de energia, dentre outros.

134. Como aplicar o passe de dispersão?

Conforme se observa nas figuras 1 e 2, o passe de dispersão é realizado pela movimentação dos braços de cima para baixo, e não de baixo para cima, ao longo do corpo do paciente. As palmas das mãos devem estar direcionadas para baixo, de forma a se pensar que algo está sendo retirado do paciente. Os passistas não necessitam, ao final do percurso dos braços, fazer qualquer tipo de movimento com as mãos com o objetivo de livrarem- se dos fluidos retirados do paciente, pois tais fluidos não ficam agregados no passista. Lembramos, mais uma vez, que os movimentos aqui descritos funcionam apenas como sugestão mental tanto para o passista, como para o paciente. (Veja questões 128 e 131)

135. Como aplicar o passe de energização?

Conforme se observa nas figura 3, o passe de energização é realizado pela imposição de mãos, que são movimentadas vagarosamente, desde a cabeça até às pernas do paciente, podendo ser repetido várias vezes tal movimento. É comum o passista, conforme sua intuição, fixar as mãos por algum tempo em determinada parte do corpo do paciente, com o objetivo de fornecer maior parcela de fluidos aos órgãos daquela área, como vemos na figura 4. Durante tais movimentos, o passista deverá imaginar a transferência de fluidos luminosos de si para o paciente, tendo a plena convicção de que tais fluidos estão repletos de boas energias. Ao final do passe, que geralmente começou pela técnica de dispersão, caso o passista deseje comunicar mentalmente votos de confiança, esperança e paz ao paciente, é comum o posicionamento das mãos acima da cabeça (centro coronário) e na direção dos olhos (centro frontal), como mostrado na figura 3. (Veja questões 16, 17, 128 e 131)

136. O pensamento influencia no passe?

Sim. Movimentando ou não as mãos, é o pensamento do passista, aliado ao do Espírito coordenador do passe, que direciona os fluidos às regiões mais necessitadas no organismo do paciente. Em função de seu livre- arbítrio, o passista pode aumentar ou diminuir o fluxo energético que direciona ao paciente, desde que acredite em sua capacidade de operar no bem. O paciente, pelo pensamento, pode se colocar no estado mais receptivo possível, recebendo o maior percentual fluídico, ao passo que, quando desconfia da eficiência do passe, ou se amedronta por qualquer motivo, forma como que uma camada de proteção em torno de si que impede a passagem de boa parte dos fluidos doados. Assim, concluímos que a responsabilidade pelo sucesso do passe é não apenas do passista e do Espírito que o assiste, mas também do paciente. (Veja questões 96 e 98)

O QUE FAZER QUANDO...

137. O que fazer quando o paciente fica mediunizado?

Deve- se procurar despertá-lo do transe, com tranqüilidade, batendo ou apenas pressionando levemente seu ombro, tomando o máximo cuidado para não chamá-lo de supetão, assustando- o. Nestes casos, preferível é que o passe seja interrompido, e que se indique ao paciente tomar um pouco de ar, ou água, no sentido de relaxar, conduzindo- o quando possível à presença do coordenador da tarefa ou companheiro que possa orientá-lo adequadamente aos programas de educação da

mediunidade desenvolvidos na casa espírita. Desnecessário dizer que deve- se evitar, dentro do possível, qualquer tipo de alarde dentro da câmara de passes. (Veja questões 66 e 130)

138. O que fazer quando o passista fica mediunizado?

Embora tal prática não seja recomendada, raramente encontramos passista que aplicam o passe mediunizados, sem que o paciente perceba tal fato. Dos casos de mediunização na câmara de passes, esse pode ser considerado o mais simples, ao passo que a manifestação mediúnica ostensiva de qualquer Espírito por intermédio do passista não é indicada na tarefa em questão. Assim, quando tal fato ocorrer, caso a segurança e a estabilidade do trabalho em curso se vejam ameaçados, deve- se procurar despertar com cuidado o passista do transe, orientando- lhe posteriormente a trabalhos de educação da mediunidade. (Veja questão 93)

139. O que fazer quando há indisposição orgânica no paciente?

Deve- se, com tranqüilidade, interromper o passe, acompanhando o paciente, com gentileza, até o exterior da câmara de passe, onde poderá receber auxílio do próprio coordenador da tarefa, de passista reserva, ou qualquer outro irmão disponível. (Veja questão 104)

140. O que fazer quando há indisposição orgânica no passista?

Deve- se substituí-lo, sempre que possível, por passista reserva. Posteriormente, é sempre útil investigar- se se a origem da indisposição reside na mediunidade, para correta orientação do passista. (Veja questão 97)

Eugênio Lysei Junior
Casa do Caminho – Sabará 1a. Edição – Janeiro de 1998
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