Geralmente, a pessoa que procura um terreiro de Umbanda para receber um passe energético ou orientação do plano espiritual chega em desequilíbrio emocional, mental, quando não com distúrbios no corpo físico, e, por sintonia, traz consigo espíritos desencarnados que estão vibrando no mesmo diapasão. O auxílio espiritual inicia-se no momento em que o consulente entra no terreiro.
Já no portão de entrada encontramos, a postos, os Exus que farão a triagem dos espíritos desencarnados, acompanhantes do consulente. Essa triagem separará os desencarnados conforme o seu momento consciencial, de merecimento e grau de maldade, liberando para alguns a entrada ao templo, enquanto, para outros, a permissão será vetada, ficando esses últimos retidos na tronqueira – assentamentos dos Exus.
A reclusão será por um determinado tempo e, após esse período, serão encaminhados a outros locais, conforme determinação do Alto.
Para que o terreiro tenha o amparo dos espíritos benfeitores, é de máxima importância que haja disciplina, organização e respeito, bases essas onde serão firmados todos os trabalhos. Para tanto, é essencial um horário predeterminado para iniciar e terminar os trabalhos, bem como um ritual que organizará as tarefas, sejam elas mediúnicas ou relativas à assistência; respeito entre os médiuns trabalhadores e à hierarquia; ausência ou controle de fofocas, melindres ou qualquer outro tipo de desarmonia nos relacionamentos.
Consequentemente, a sessão de caridade no plano físico terá horário de término, ao passo que, na sua contraparte invisível, os trabalhos de socorro continuarão adentrando a noite. Geralmente, nessa segunda parte dos atendimentos, a espiritualidade solicita a presença de alguns médiuns que, em desdobramento natural do sono físico, ajudarão nas tarefas de socorro, fornecendo o ectoplasma necessário.
Do livro Ensinamentos Básicos de Umbanda - Lizete Chaves e Daisy Mutti
Muito esclarecedor.
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