Há três tipos específicos de passe: o Passe Magnético, quando aplicado pelo indivíduo encarnado; o Passe Espiritual, que realizado pela ação dos espíritos desencarnados; e o Passe Misto, onde os fluidos do médium se misturam com os da Espiritualidade. Essa última modalidade é a mais utilizada nos terreiros de Umbanda, onde os médiuns atuam incorporados com seus Caboclos, Pretos Velhos, Ibejadas e outras entidades para trabalhar no passe.
O passe é aplicado pelos médiuns de Terreiro incorporados com suas entidades. Dessa forma, a energia da entidade em sintonia com a energia do médium atuam juntas na corrente que é transmitida para o irmão ajudado.
Um fator característico do passe na Umbanda é que, na maioria dos terreiros, as entidades utilizam de outros elementos magísticos que auxiliam na aplicação do passe. É o caso, por exemplo, de vermos alguns Caboclos que fumam charutos, Pretos Velhos com seus cachimbos, Ibejadas com doces, etc.
Porém, nada disso é à toa. A entidade não chega simplesmente para fumar o charuto, ou o cachimbo. O fumo tem um elemento mágico que atua no etéreo e elimina larvas astrais que servem de parasitas espirituais no irmão necessitado de ajuda.
Dentro de um terreiro, o assistente fica na esfera fluídica da Casa, guardado por seus sentinelas e sob as suas firmezas. Mas, para ser bem sucedido, o passe depende muito, também, da pessoa que está recebendo as vibrações.
Os cuidados também são necessários, tanto da parte do médium quanto do assistente. O médium precisa manter uma boa relação com as suas entidades, e compreender delas a necessidade de seus elementos na aplicação do passe.
O assistente também deve fazer a sua parte, mantendo-se sempre em boa sintonia com o terreiro, buscando estar em prece, mantendo bons pensamentos, e acima de tudo, não deve pensar que o passe será a solução imediata para todos os seus problemas.
Além disso, para percebermos os resultados dos passes é necessário que haja o entendimento do trabalho realizado, a boa vontade de quem doa e o merecimento de quem recebe os fluidos.
Autor desconhecido
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