Miguel, um sacerdote umbandista, é convidado por seu mentor para acompanhá-lo em desdobramento durante o sono físico a fim de observar situações reais pelas quais passam irmãos de fé que se desequilibram e se afastam de suas missões. Além disso, Miguel irá participar de palestras e conferências no mundo astral a fim de depurar-se como dirigente e líder do movimento umbandista.
O livro é composto de pequenas histórias narradas por Miguel em suas incursões de estudo no mundo espiritual.
Cada narrativa figura como uma pedra no árduo caminho do aprendizado pela dor. Na verdade, o caminho das pedras é o da Lei Divina, sendo cada pedra supervisionada por Pai Xangô. cabe ao indivíduo aprender ou não com as lições que as pedras lhe oferecem. (pg 13)
Trata-se de um livro muito interessante, pois na literatura umbandista ainda é muito raro encontrarmos obras romanceadas, que apresentam a contraparte astral dos trabalhos espirituais.
Iremos conhecer a seguintes histórias:
- uma mãe de santo que foi traída pelo marido, ogã de seu terreiro e abandonou sua missão;
- um jovem médium preso a dependência de filmes pornográficos pela internet;
- três médiuns dependentes do álcool e suas consequências;
- giras denominadas de pseudo-esquerda;
- o caso de uma cambona que fofocava demais;
- provações e testes de fé para uma futura dirigente;
- uma irmã que resolve escrever sobre as Iabás e é refutada tanto por umbandistas quanto por candomblecistas
- e, ao final, Miguel irá assistir uma palestra com o Mestre Zé Pelintra;
Nestes relatos, o autor apresenta um pouco da atuação de Caboclos, Pretos Velhos e Guardiões em nossas vidas, sempre tentando nos ensinar algo e nos proteger de nós mesmos.
O livro possui 140 páginas, com linguagem simples e agradável.
Ademir Barbosa Junior (Dermes) é mestre em Literatura pela USP, Pai Pequeno da Tenda de Umbanda Iansã Matamba e Caboclo Jiboia, terapeuta holístico e mestre em Reiki. Possui diversos livros publicados sobre Umbanda e terapia holística.
Trecho:
Com um sorriso e outro leve toque, meu Mentor fechou a tela etérea.
- Bom trabalho, Miguel. Devagarinho e apesar de tantos séculos de desregramento de ambos os lados, isto é, por parte dos que apresentam o corpo humano como algo pecaminoso e dos que insistem no esgotamento de todas as suas energias por meio de toda sorte de satisfações inconsciente e desequilibrada (...)
- E não apenas da questão sexual, mas em todas as outras, a internet, por exemplo, pode exaurir forças e infelizmente afastar as pessoas dos relacionamentos mais diversos como família, amigos, vizinhos, e etc. (...)
Sorri, com o pensamento em tantos amigos e filhos que vivem com o celular á mão, conectados sabe-se lá com que urgência, inclusive em aberturas de giras.
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