Ednay Melo
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Há neófitos que se colocam numa posição de entendedor da Umbanda, ou seja, se iniciam num terreiro em busca do que lhes agradam, querem que a Umbanda se molde perante suas vontades, pra falar a verdade um certo mimo.
Isto a meu ver é uma falta de respeito com a religião, pois esses neófitos costumam passar de templo em templo, assistem um culto, se encantam e pedem para adentrar o templo, enaltece seu/sua dirigente, o templo e irmãos, então no primeiro obstáculo bandeiam para outro templo, sempre com uma desculpa adequada aos ouvidos de seus dirigentes, no fundo tais neófitos ficam na caça de seus agrados e mimos, tentando encontrar frestas para impor suas vontades, se sentirem livres para fazer o que bem quiser, com isso não estão pensando na religião e muito menos na prática de uma missão espiritual, estão pensando em preencher vazios que têm em suas vidas pessoais e até mesmo profissionais, querem preencher seus egos, querem atenção, fazem de tudo para chamar atenção, começando pela pose do aprendiz mais humilde e aberto aos ensinamentos que o templo lhe passa, depois vêm os questionamentos, porém, jamais de forma direta ao seu dirigente e sim de pouco há pouco entre seus irmãos espirituais, quando percebem que não estão obtendo êxito simplesmente desaparecem com uma desculpa vitimista, daquelas bem comoventes.
É preciso mais atenção ao colocar pessoas pra dentro de suas correntes mediúnicas e mesmo colocando-as é preciso dar tempo ao tempo, deixar tudo fluir naturalmente dando ao neófito a maior ferramenta que o umbandista precisa para seguir sua jornada, principalmente em seu princípio: paciência. Como diz o dito: "A fruta dá com o tempo!"
Pai Carlos Pavão
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