Flávio de Oxossi é o pseudônimo de Flávio Lettieri, empresário, palestrante, escritor e coach de executivos. Em parceria com seu guia espiritual Pai Benedito de Aruanda, surge esta obra de inestimável valor a quem deseja compreender a Umbanda.
Confesso a dificuldade em escrever esta resenha de tanto que gostei do livro. Não é uma obra, digamos, didática repleta de definições e classificações; tampouco um romance. Parece mais um bate-papo entre o autor e leitor, repleta de "causos" e experiências, sem deixar de ter todo um embasamento teórico.
O livro possui apenas 136 páginas, é fininho e quando o vi na livraria Saraiva não botei muita fé. Me sentei para dar uma folheada e não consegui mais parar de ler, trazendo-o então para minha biblioteca. Li com muita calma, para absorver todo o conhecimento que foi gentilmente compartilhado pela bondade de nobre Entidade.
A obra é dividida em 4 partes. Para que vocês possam sentir a essência do livro, citarei os capítulos e colocarei pequenos trechos para ilustrar.
Parte I: A religião na História da Humanidade, possui 4 capítulos onde encontramos o sentido da palavra religião, a Igreja e a demonização das religiões pagãs, os diferentes caminhos de Deus e a jornada de um homem em busca do Criador.
Fui chamado por outra médium, incorporada com a Cigana Joana. (...) de repente, a médium fala para mim: "Temos aqui uma senhora clarinha e gordinha que diz ser sua avó."Parte II - Umbanda: uma religião brasileira. Nesta parte o autor aborda a história da Umbanda e seu provável vínculo com os atlantes; seu nascimento em 1908 através do Caboclo das 7 Encruzilhadas e a sua evolução atual.
Pra mim, aquilo só poderia ser brincadeira. Tudo bem que minha avó era clarinha e gordinha, mas minha avó era evangélica. Ela nunca aparecia em um centro de macumba.(...)
Eu estava atordoado com tudo aquilo. Aguardei ansioso o término dos trabalhos.
Ao final me chamaram. Havia uma carta endereçada a mim. A emoção que senti naquele momento somente pode ser comparada ao nascimento do meu filho. (pg 33)
Hoje, Luciano, vivemos uma outra época dentro da religião. Mais do que com a religiosidade, os Guias trabalham com a espiritualidade. Por isso, a grande maioria dos médiuns que atualmente trabalham nos terreiros são semiconscientes. Essa é uma oportunidade de se elevarem espiritualmente enquanto realizam seus trabalhos.Parte III: Umbanda tem fundamento. Composta por 5 capítulos, na terceira parte o autor entra nos fundamentos e preceitos da Umbanda, explicando o que e quais são os Orixás; a questão da magia branca x magia negra; o que é e como funcionam os trabalhos de caridade; como são realizados os trabalhos dos Guias, sempre respeitando a Lei Maior, o livre arbítrio e merecimento dos consulentes.
Por isso, nessa nova era da religião, é essencial que os médiuns estudem, que busquem as informações. Não basta seguir o que o Guia pede, é preciso entender o que Ele faz. (pg 54)
Os Guias, por estarem em outro plano e por terem uma visão mais ampla de nossas necessidades, vão nos ajudar de acordo com o que realmente precisamos, sempre respeitando o nosso livre arbítrio. Os Guias não podem adivinhar o futuro das pessoas, sobretudo porque o futuro de alguém sempre será a consequência de suas escolhas presentes. O que ele pode fazer é, tomando por base aquilo que está acontecendo no presentes, falar sobre as maiores possibilidades de ocorrência no futuro.Parte IV: Preces aos Sagrados Orixás e ao Divino Criador Olorum. Nesta parte encontramos uma coletânea de lindas preces.
E, ainda assim, ele só vai dizer isso para a pessoa se for permitido pela Espiritualidade Maior, se essa descoberta for de merecimento da pessoa e se isso for contribuir para a evolução dela. Ou seja, os Guias não agem de forma impulsiva e desordenada. Tudo é regido com muito discernimento e as coisas só acontecem segundo a Vontade de Deus. (...) Os Guias. via de regra, mostram opções e as prováveis consequências de cada escolha. Todavia respeitam aquilo que decidimos. (pgs 89 e 90)
Blog do Livro Espírita
Nenhum comentário:
Postar um comentário