ORIXÁ DA MATURIDADE, RAZÃO E SABEDORIA
Na idade madura, o ser, ao tornar-se mais racional, começa a ter uma "luz interior' alimentada por sólidos princípios que o guiam. Essa "luz interior"´é que, logo após o desencarne, irá distinguir um ser livre de outro preso aos instintos e impulsos.
A divindade que acompanha nosso fim, na carne, assim como nossa estrada, em espírito, no mundo astral, é Mãe Nanã. Nessa porta de passagem, ela atua sobre nosso carma, conduzindo esta transição com calma e serenidade. Mãe Nanã Buruquê é a maleabilidade e a decantação, é a calma absoluta, que se movimenta lenta e cadenciadamente. Essa calma absorvente de Mãe Nanã exige silêncio; descarrega e magnetiza o campo vibratório, que se modificam, passando a agir com mais ponderação, equilíbrio e maturidade.
Como Orixá, sua manifestação é pelos movimentos lentos e cadenciados, porque traz em si uma energia e magnetismo muito forte.
Nanã é uma guardiã que tem seu campo de força natural nos lagos, mangues, rios caudalosos e nos deltas e estuários dos rios. Seu campo de ação está localizado nos lagos; tudo ali traz uma calma, uma tranquilidade que não é encontrada nos outros pontos de força da natureza.
No lado místico, Nanã é a divindade que acompanha nosso fim na carne, assim como nossa entrada, em espírito, no mundo astral. Nessa porta de passagem, Nanã atua sobre nosso carma, conduzindo esta situação com calma, para que o espírito não tome conhecimento da sua transição de um plano vibratório a outro. Nanã é também guardiã do ponto de força da natureza que absorve as irradiações negativas que se acumulam no espaço, criadas pelas mentes humanas nos momentos de angústias, dor ou ódio.
Nanã Buruquê forma com Obaluaiê um par natural; são os Orixás responsáveis pela evolução dos seres. Se Obaluaiê é estabilidade e evolução, Nanã é a maleabilidade e a decantação que polariza com ele e, ambos, dão origem à irradiação da Evolução.
Ela atua também na linha da vida, que no início tem Oxum, estimulando a sexualidade feminina, no meio tem Iemanjá, estimulando a maternidade e no fim tem Nanã, paralisando a sexualidade e a geração de filhos, quando se instala a menopausa.
Nanã é um dos Orixás mais respeitados no ritual de Umbanda, por se mostrar como uma vovó amorosa, sempre paciente com nossas imperfeições como espíritos encarnados tentando trilhar a senda da luz.
Os santuários naturais, pontos de força regidos por nossa mãe Nanã Buruquê (os lagos), têm seu próprio campo magnético absorvente poderosíssimo, que varia de sete a setenta e seta metros, a partir das margens. Ali reina a calma absoluta, característica que é própria de Nanã, que se movimenta lenta e cadenciadamente, porque traz em si uma energia e um magnetismo muito fortes.
Fonte:
Manual Doutrinário, Ritualístico e Comportamental Umbandista / Coordenação de Lurdes de Campos Vieira - Supervisão de Rubens Saraceni.
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