Transmutar energias para movimentar o ar, expandir o fogo, contrair a água e coerir a terra é fácil, pois são magias que se processam externamente, manipulando-se "coisas concretas" e de fácil acesso. Agora, difícil mesmo é realizar a magia "interior", onde você trabalha com as "coisas abstratas", procurando transmutar a ira em paciência, a leviandade em firmeza, o receio em esperança, a soberba em humildade, a luxúria em castidade, o arrebatamento em prudência e o egoísmo em generosidade.
Têm-se que compreender que, na maioria das vezes, os grandes conflitos e "demandas" são interiores ou sejam, nós mesmos criamos o emaranhados de situações que ficam pululando em nossos pensamentos, sentimentos e, por decorrência, nas nossas ações.
O material aqui descrito, facilitará a busca e o encontro daquela paz interior, que todos necessitam e muitos anseiam.
Num primeiro momento, considerando distâncias, tempo e templos, você poderá dentro da linha justa, concretizar o que busca, mas cabe o alerta da simplicidade: com os preceitos/trabalhos aqui propostos, ao invés de manipular as energias etérea, eólica, ígnea, hídrica e telúrica, terá condições de irradiar, mover, expandir, conduzir e coerir, na sua essência e forma e na busca do auto-conhecimento, a fortaleza, o respeito, o entendimento, a sabedoria, a pureza, o conselho e justiça, que traduzem os atributos dos Orixás.
Antes, porém, esforçando-me em compreender a Umbanda em seu dogma, poderá parecer pretensão ou mesmo intransigência, visto não realizar ou mesmo não concordar com algumas práticas, que por deturpação, desinformação, ignorância ou mesmo dolo, alguns querem travesti-la de Umbanda. Sinto-me impelido a conduzir a voz à um punhado de Umbandistas, que em determinados momentos, devido a nossa natureza humana, ficam incomodados em ouvir acusações vãs e comentários agressivos, sobre determinadas práticas, que por não terem sustentação ou mesmo consistência, são impingidas ao Movimento Umbandista da atualidade.
São necessários alguns esclarecimentos às práticas inerentes à Sagrada Corrente Astral de Umbanda, pois são chegados novos tempos, onde algumas só têm aceite em planos astrais, sob a minha ótica, não muito iluminados. E, por estar comprometido em orientar àqueles, que não têm o necessário esclarecimento e estão "vagando" por "terreiros", alerto para evitarem sucumbir perante algumas hordas não muito nobres... Assim: Não se praticam ações que fujam ao bom senso; Não se questionam as origens das pessoas, em quaisquer sentidos: filosófico, étnico, religioso, social, econômico, político...; Não se impressionam ou mesmo não se assustam as pessoas que por ventura não estejam dentro desta ótica; Não se estimulam ou mesmo não levam as pessoas à exposições constrangedoras ou mesmo ridículas, na realização de preceitos; Não se realizam preceitos em locais inadequados; Não se praticam, inclusive questiono de forma veemente, quaisquer atividades que possam prejudicar as pessoas; E, não se agride o meio ambiente, pois temos de ser cônscios da necessidade de preservação dos sítios naturais (praias, cachoeiras, matas, rios, lagos e campinas, etc.), não só pelo fato de serem centros energéticos e sagrados, mas também absolutamente necessários à vida.
Em determinados momentos da vida, especialmente quando nos lançamos nos grandes desafios ou quando surgem obstáculos, por algum motivo muitos se acham sozinhos ou abandonados, ampliando aquilo que se interpõe à nossa frente, desestimulando transformar os nossos sonhos, quer sejam espirituais e materiais, em realizações. Magia "é ação da vontade" A realidade é que, por motivos vários, sentimo-nos solitários, entretanto, "Papai-do-Céu", através da Confraria dos Espíritos Ancestrais, manifesta-se em nós, ou seja, a força está com você ou melhor, está em você. Basta! Talvez, haja apenas a necessidade realizarmos pequenos estímulos para que percebamos.
A magia é única, ela está no todo. A determinação da magia como sendo branca ou negra, boa ou má, dependerá única e exclusivamente do direcionamento dado por cada um (Vontade). A magia pode ser ritualizada ou íntima, e poderá ser encontrada no ar, no fogo, na água e na terra, cabendo apenas a utilização inteligente, visando a sua aplicação adequada, em benefício próprio e de terceiros, buscando aquelas forças interiores, visto que ao fazermos algo para o bem, o "universo conspira a favor".
Quando se pratica magia, deseja-se que sejamos envolvidos pelas energias das Vibrações Originais (Orixás), bem como tenham-se reforçados os seus atributos e ações positivas e aliviadas as ações negativas. Por sua vez, quando se aborda a magia, temos de considerar que suas formas são interdependentes, ou sejam, utilizamos os nossos recursos físicos e abstratos, conscientes e inconscientes de modo a aplicar nossas habilidades mentais, visuais, auditivas, olfativas, degustativas e de tato.
Bom, para não ficarmos no pleonasmo, pois magia pressupõe movimento, poderia denominá-la de ritual, ação, magia, ... denominemos esta magia, como sendo o exercício da transformação porque nos induz a uma atividade dinâmica para mudança, bem com a utilização de recursos físicos. Sabemos, pois, se realizarmos ações por motivos considerados justos, com certeza, os estímulos necessários e adequados ocorrerão.
Ter conhecimento sobre Magia, implica em se ter poderes pessoais de ação e reação no plano astral, com ou sem a participação de antagonistas ou sejam, entidades espirituais.
Por sua vez, alguns aspectos devem ser levados em consideração, visto que ao movimentarem-se "Forças Sutis", para uso próprio ou de terceiros, deve-se levar em consideração o que é passível de merecimento, positivo ou negativo. Ações deletérias podem até surtir efeitos, entretanto ficarão registradas em "nossos arquivos kármicos", para cobrança no presente ou no futuro, desta ou de outra vida.
Thashamara
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