Existe Demanda, Feitiço ou "Macumba"?
Publicado em
31/01/2019
Se a resposta for sim, você está corretíssimo.
A bem da verdade, devemos esclarecer que há milhares de anos já existia a demanda e o feitiço, ficando a “macumba” para bem depois, como desmembramento cultural e contemporâneo das religiões Afro.
Uma DEMANDA pode ser realizada através de trabalhos que envolvem a prática da Baixa Magia ou Magia Negra – como é mais conhecida. São ritos calculados praticados por irmãos que, infelizmente, ainda se prestam a este tipo de atividade. Na maioria das vezes, atuam como “agenciadores” das trevas, na manipulação de hostes diabólicas, e cobram vultosa pecúnia de seus “clientes” encarnados, sequiosos pela feitura de um “trabalhinho” espiritual.
Essa simbiose entre o pedinte desavisado, o Mago Negro maniqueísta e as Entidades do Astral Inferior podem viabilizar egrégoras que, com certeza, nos pertubarão consideravelmente. Esses seres se esquecem, no entanto, que existe uma lei superior, que se chama LEI DO RETORNO, e ela é implacável. Com o decorrer dos tempos, ela vem cobrar o mal que fizemos. Isto pode ocorrer tanto durante a vida encarnada quanto após a morte do corpo físico, no plano Astral (o que é bem pior!).
O que mais lamentamos é o fato de esses seres se servirem da espiritualidade para cometer atos tão repulsivos, usando o nome da Umbanda e deturpando ainda mais a nossa imagem. Muitos de nossos irmãos visam tão somente o ganho fácil, usando os cultos de matiz africana como se estes fossem um emprego, uma fonte de renda para sobreviverem.
No caso do FEITIÇO, cabe ressaltar que é preciso muita “excelência” neste ofício, para que alguém possa realizá-lo com a devida proficiência. Antigamente, existiam temíveis feiticeiros encarnados, que traçavam seus trabalhos sob fórmulas seculares, transmitidas oralmente, de geração para geração. Essa conjuntura, inclusive, é a razão de ser do feitiço: são receitas mecanicamente acionadas, e seu operador é desobrigado de dominar a engenharia esotérica das artes mágicas. Por conta dessa tradição oral, muitas receitas foram perdendo o seu real conteúdo com o passar dos séculos. Atualmente, observa-se que a maioria dos feiticeiros se serve de superstições pouco eficazes, quando não, de charlatanices hilariantes.
Em ambos os casos, nas demandas e nos feitiços, os executores e pedintes irão, com certeza, receber a cobrança através da Lei do Retorno.
A MACUMBA, segundo o dicionário Aurélio, é qualificado como um ritual sincrético, de magia negra, bruxaria. Também dá nome a um instrumento de percussão usado pelos africanos. Nós, que estudamos o culto afro-brasileiro, sabemos que esta palavra, na verdade, dá nome a uma árvore cujos troncos formam uma espécie de “gruta”, local ideal para se depositar oferendas. Macumba não é feitiço, tampouco demanda. Mas por conta de contrações culturais preconceituosas, acabou assumindo um significado atrelado a toda ação nefasta e reprovável, em termos de Magia Prática.
Diante da imagem deturpada da Umbanda, somos chamados “macumbeiros”. Pobre ignorância dos adeptos de outras religiões ou seitas. São pessoas que não procuram tomar conhecimento da verdade, ou pior, instigam seus seguidores a acreditarem em fantasias preconceituosas, para a promoção mercantilista de seus próprios cultos. Em muitas igrejas, inclusive, os feitos do diabo são mais pronunciados do que os do próprio Cristo!
Nós, militantes da Umbanda Esotérica, ou mesmo os irmãos da conhecida Umbanda de Linha Branca, labutamos continuamente para desfazer os efeitos de práticas escusas que são levadas à cabo no campo da Magia. Através da honestidade, respeito e amor ao nosso próximo, cultuamos princípios plenamente cristãos, bem distantes da moral que rege a feitura de demandas, feitiços e “macumbas”.
Enfim, meus irmãos, quando suspeitarmos da influência de alguma demanda em nosso campo astral, mormente pela presença de moléstias sem solução médica ou psicológica, é conveniente procurar por uma confraria religiosa idônea, seja Espírita, seja Umbandista. Um lugar no qual não haja a comercialização da mediunidade. Em ambientes assim, os Espíritos de Luz certamente o ajudarão, pois não cobrarão retribuição de qualquer espécie, a não ser o compromisso de amar e servir a Jesus. Esse compromisso, inclusive, será o apanágio de nossa própria cura! Não considerando esse compromisso, o tempo de nosso convalescimento se delongará por semanas ou meses, podendo até se tornar impraticável. Mas não desanime. Lembre-se que tudo dependerá do seu empenho e merecimento, e que estamos sempre regidos por Leis Divinas.
Lute para vencer os obstáculos, e a sua vitória está garantida. O Astral Superior jamais abandona aqueles que têm Jesus em seus corações. Porém, é preciso estarmos vigilantes, e aprender a conhecer melhor as pessoas que nos cercam. ORAI E VIGIAI, eis o sacro lema proferido pelo Cristo redivivo!
JESUS NÃO FALHA. A falha é sempre nossa.
Mãe Tina
(artigo originalmente publicado no Periódico Buscando Luz Nº 22 – edição de outubro de 1998)
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