TEMA DA DOUTRINA ESPÍRITA
L.E. Cap. III
RETORNO DA VIDA CORPÓREA À VIDA ESPIRITUAL
Negar a individualidade da alma é negar a vida espiritual como um todo. Tomamos como exemplo as psicografias de Chico Xavier, onde até a assinatura do desencarnado provava a sua existência pós morte do corpo físico.
Já vimos no livro dos médiuns, que o espírito toma a aparência que quiser e de acordo com o seu propósito. Na questão 150 do L.E. observamos que aparência da última escarnação se apresenta como forma de constatar para o desencarnado a sua individualidade, neste caso não é a vontade do espírito que faz a sua aparência e sim a bondade de Deus para lhe ajudar no momento que pode ser confuso para ele, que é o momento da sua morte.
Existem espíritos em estado de perturbação tal, que não percebem que morreram e não enxergam, na vida espiritual, os espíritos que vêm em seu socorro. Daí a necessidade do acolhimento a estes espíritos dentro da casa espírita e de Umbanda, o choque anímico que experimenta com o médium que lhe dá passividade é como um bálsamo a acalmar a sua aflição, a partir daí o orientamos com relação ao seu estado de desencarnado, geralmente pedimos que ele perceba as mãos, os braços e o corpo do médium e perguntamos se ele sabe de quem é aquele corpo, neste momento ele constata que não possui mais o veículo físico.
O momento da separação da alma do corpo não é dolorosa, porém as sensações que o espírito experimenta vai depender da sua evolução moral, do ser humano bom ou mau enquanto encarnado, do seu apego ou não as coisas materiais. As pessoas muito apegadas à matéria demoram muito para o desenlace e dão maior trabalho aos socorristas espirituais no momento da morte, já as mais evoluídas, tem consciência da sua situação e facilitam o trabalho. Sabemos que o fenômeno da morte, em qualquer espírito, proporciona o sofrimento da saudade dos que ficam e, de certa forma, torna o desenlace mais lento, podemos observar quando os enfermos em coma, demoram-se para o desenlace. Além do sofrimento do enfermo que se prepara para a morte, tem também o sofrimento dos familiares e amigos. Por isto ouvimos tanto o termo "melhora da morte: ele teve uma melhora e logo após, morreu!", que nada mais é do que os socorristas espirituais proporcionarem uma melhora aparente a fim de que a família relaxe o seu mental, retorne para a sua casa mais tranquila e desta forma facilite o desenlace do corpo físico do seu ente familiar.
A alma se liberta pouco a pouco, o primeiro laço a se desfazer é o correspondente do perispírito nos pés. Geralmente, a alma próxima do desenlace, a primeira parte do corpo que esfria são os pés.
E nas mortes violentas, o que acontece? Antes do choque final, o espírito perde a consciência e não participa do desenlace.
E os que ficam sofrendo junto ao corpo em decomposição? Mais uma vez a evolução moral de cada um irá interferir neste processo. Percebam que evolução moral não tem relação com a evolução intelectual. Pode ser um trabalhador rural, que nem sabe que a Doutrina Espírita existe, mas se é puro de coração, a espiritualidade não irá permitir nenhum tipo de sofrimento a este espírito.
Sugerimos a leitura do livro "Voltei" do Irmão Jacob, em psicografia de Chico Xavier, para enriquecer o tema aqui abordado.
Ednay Melo
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