Na Umbanda, os templos ainda refletem o estágio em que nossos irmãos se encontram, procurando maiores esclarecimentos. Muitos deles ainda estão presos às lendas, às mitologias do passado, carentes de informação.
Falaremos da ética na Umbanda, a conduta que cada filho deve ter mediantes a busca pessoal do Divino. Precisamos realmente tomar cuidado com tudo aquilo que é por demais extravagante ou “bizarro”.
Será que nosso Deus precisa ou quer esse tipo de manifestação? Pergunto-lhe: será nossas Entidades precisam de tanta decoração, de tantos adereços para praticarem a caridade e o amor ao próximo? Muitos irmãos apresentam um exibicionismo exagerado, querem aparecer mais, querem ser mais importantes do que a própria necessidade obriga. Na prática da caridade, do amor ao próximo, não podemos levar conosco toda uma herança de orgulho e vaidade. Onde existem orgulho e vaidade, o amor não prevalece.
São vários os caminhos que nos levam ao Divino, ao nosso Deus maior, ao “religare” que as religiões tanto oferecem. Muitas vezes, as religiões não estão organizadas ou preparadas para exercer sua responsabilidade neste plano, neste planeta, de forma que, ficam a mercê dos dominadores, daqueles que colocam seu orgulho pessoal na frente de tudo, que são verdadeiros vampiros de almas. Em nome de um Astral Superior, absorvem a energia dos seus filhos, tomando-os para si, deixando-os cada vez mais impotentes diante da grandiosidade que é o templo interior.
Muitas religiões se perdem em ritos, em cultos que não levam a nada e nem a lugar nenhum, a não ser a banalidade e ao lugar comum. Um hospital de caridade não é um palco para exibicionismo baratos, é sim um lugar de transparência, um lugar onde a vida corre em busca da evolução.
Em nosso grande hospital chamado Umbanda, precisamos realmente que predomine o amor ao próximo. Chega de banalidades ritualísticas que não levam a nada, a não ser a enganações e mistificações de nosso povo, cada vez mais o distanciando do verdadeiro espírito racionalizado. Precisamos, acima de tudo, entender esse estágio evolutivo e organizar cada vez mais a nossa Umbanda, a nossa religião, para que no Plano Astral ela possa ter uma função muito mais clara, porque, com a consciência, nossos irmãos, uma vez desencarnados, poderão trabalhar com muito mais satisfação, porque a consciência os levou a um plano de participação cósmica, inserindo-os no equilíbrio universal, no amar o próximo, no dar e receber. Essa é a Lei do Equilíbrio, a Lei do Processo Evolutivo.
Precisamos respeitar os cultos e as formas de direcionar o pensamento ao Divino. Não podemos transformar a nossa religião em um amontoados de lendas e mistificações, de metáforas e metafísica.
A nossa religião é simples, é a religião dos mortos, é a religião da vida, e a religião do Divino em nós.
Fiquem em paz.
Saravá, meus irmãos.
Pelo Espírito Pedro Miguel – Médium Marques Rebelo
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