Sabemos que a mediunidade, seja ela qual for, é uma faculdade neutra ofertada pelo Criador, antes mesmo de reencarnarmos, com os fins específicos de servirmos de instrumentos à missão dos espíritos, para acelerarmos nosso progresso espiritual através da caridade; e também para que nossos amigos Caboclos (as), Pretos (as) - Velhos (as), Crianças (Ibejis), Exus e Bombogiras (Pomba-Gira), possam subir cada vez mais os degraus da escala espírito-evolutiva. Deste modo, a mediunidade constitui-se em um modo de nos redimirmos de faltas pretéritas (mediunidade expiatória); de alcançarmos progresso espiritual (mediunidade evolutiva), e, de igual forma, cumprirmos metas para o progresso espiritual da humanidade (mediunidade missionária).
Neste sentido, a faculdade mediúnica tem como um de seus atributos maiores o "dar de graça o que de graça foi recebido", vale dizer, sermos veículos gratuitos de ação dos bons espíritos para auxílio ao próximo, assim como a mediunidade nos foi concebida por Deus para nos auxiliar em nossa jornada. A partir daí, observamos que o médium deve imbuir-se dos mais nobres sentimentos existentes e dedicar-se desinteressadamente a atividade mediúnica, para que a Espiritualidade possa amparar e orientar aqueles que, por razões diversas, não conseguem suplantar suas angústias e sofrimentos. E nada mais salutar do que observarmos um irmão outrora combalido pelas intempéries cotidianas terrenas, levantar-se espiritualmente e retomar seu caminho, de cabeça em pé, seguindo as diretrizes do Plano Astral Superior. Fica claro então que a mediunidade jamais poderá ser exercida como profissão, onde o vil metal (dinheiro) eleva-se como fator preponderante, relegando-se a segundo plano o fim caritativo de tal labor.
Jornal Umbanda Hoje
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