A palavra de ordem para que nós, Umbandistas de fato e de direito, e que tanto amamos nossa religião, possamos vê-la materialmente estruturada é cooperação.
Cooperar significa operar em conjunto, coletivamente, a fim de se alcançar um ideal ou interesse em comum, no presente caso o progresso do Movimento Umbandista.
E como os Umbandistas sérios e comprometidos com as diretrizes do Astral Superior, podem colaborar para o engrandecimento de nossa religião de fé ?
Falemos especificamente do sistema de mensalidades implantado nos vários terreiros existentes.
É público e notório que, embora os Templos de Umbanda (os sérios, é claro!!) sejam locais sagrados onde o binômio caridade-amor sempre se faz presente, difundindo os sublimes valores do Mestre Jesus, a fim de se minorar ou solucionar problemas de ordem espírito-psico-fisiológica, estes lugares, a terreno físico, funcionam como verdadeiras pessoas jurídicas (Instituição), assumindo uma série de deveres para com os que a eles, os terreiros, prestam algum labor.
Assim, as Casas de Umbanda também contraem despesas com água, luz, telefone, taxas, material litúrgico e outros mais. E baseado nisto, temos nas mensalidades uma fonte legal, legítima e moralmente correta de se arrecadar fundos para o cumprimento dos compromissos retrocitados.
A partir daí, é crucial que médiuns e assistentes, microcélulas humanas que constituem as macrocélulas nominados terreiros, que por sua vez formam, este grande corpo religioso chamado Umbanda, tenham consciência de seu real papel como veículos dinamizadores da organização e progresso da religião que amorosamente abraçaram.
Devemos observar que, ao contrário de alguns segmentos ditos religiosos que através de famigado dízimo coagem pessoas por meio de promessa e terror psicológico a darem dinheiro, proveniente do suor do trabalho, a Umbanda, que não adota esta prática de espoliação financeira, depende basicamente das mensalidades e, em alguns casos, de cantina, para ver os templos funcionarem a bom termo.
Infelizmente, assim como uns todos os outros setores da sociedade, um número razoável de agrupamentos umbandistas também são constituídos de algumas pessoas que não têm o mínimo compromisso com a religião. São de opinião que caridade é caridade, e que não precisam contribuir financeiramente para as atividades do terreiro. Possuem ponto-de-vista de que, já emprestando seu corpo para a manifestação da Espiritualidade Superior, é um absurdo ainda ter que auxiliarem na manutenção da casa.
Há assistentes que vivem negando as entidades espirituais à resolução de seus problemas, mas quando são solicitados a contribuírem, simplesmente, podendo, dizem que não têm como ajudar.
Médiuns, assistentes e simpatizantes, avaliem suas condutas, visualizem se a relação que frequentam é de sinceridade e fraternidade. Perguntem a vocês mesmos, num profundo exame de consciência, se estão sendo, corretos e sinceros para com a Umbanda.
Façamos um valoroso esforço de coesão, no sentido de juntos, lutarmos por uma religião mais estruturada, mais unida. Que possamos, a par disto, deixarmos aos nossos descendentes, que são o futuro da Umbanda, um segmento religioso harmonizado, forte e em integral comunhão com nosso Pai Oxalá.
Umbandistas, colaborem !!!
Fonte: Jornal Umbanda Hoje
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